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ÉTICA E CIDADANIA

WEBCONFERÊNCIA I

Dra. Andressa R. Queiroz


EAD- dicas
• Planejamento.
• Desafio colaborativo: datas e discussão.
• Atividade contextualizada: datas e discussão.
• Dicas de leitura.
• Dicas de livros.
• Biblioteca.
• Tutoria.
O conceito de ética
• Moral e ética são conceitos habitualmente empregados como sinônimos,
ambos se referindo a um conjunto de normas e condutas obrigatórias.

• A partir dos textos de filósofos como Platão e Aristóteles, é possível dizer


que a ética (ou filosofia moral) inicia-se com Sócrates.

• A ética pode ser vista como o conjunto de ideias que orientam a


humanidade na busca de uma convivência satisfatória, um conjunto de
normas e princípios a partir dos quais os seres humanos procuram elaborar
distinções entre o bem e o mal, o certo e o errado, para que haja uma
melhor convivência em sociedade.
O conceito de ética
• A ética regulamenta as ações do convívio humano e também configura-se como um
conjunto de conhecimentos e teorias, expressos em princípios e normas, de que
serve a vontade humana para bem conduzir as suas ações.

• Ética se firma em três grandes princípios da vida moral:

• Por natureza, os seres humanos aspiram ao bem e à felicidade, que só podem ser
alcançados pela conduta virtuosa.
• A virtude é uma força interior do caráter, que consiste na consciência do bem e na
conduta definida pela vontade guiada pela razão, uma vez que cabe a esta última o
controle sobre instintos e impulsos irracionais descontrolados que existem na
natureza de todo ser humano.
• A conduta ética é aquela na qual o agente sabe o que está e o que não está em seu
poder realizar, referindo-se, portanto, ao que é possível e desejável para um ser
humano.
O conceito de ética

A ética, portanto, consiste numa forma de


postura e num modo de ser, à natureza
humana. Trata-se de uma maneira de lidar
com as diversas situações da vida e os
modos como estabelecemos relações com
outras pessoas.

A ética é parte da filosofia que estuda a


moral, refletindo e empreendendo
questionamentos sobre as regras morais.
O conceito de moral
• A palavra moral é proveniente do termo em latim Morales, que significa
“relativo aos costumes”, aquilo que se consolidou como sendo verdadeiro,
do ponto de vista da ação.

• A moral pode ser concebida como um conjunto de regras aplicadas no


cotidiano e que são utilizadas como elementos norteadores dos
julgamentos sobre o que é certo ou errado, moral ou imoral, bem como as
suas ações.

• A moral é, ainda, construída mediante os valores previamente


estabelecidos pela própria sociedade e os comportamentos aceitos e
passíveis de serem questionados pela ética.
O conceito de moral
• A vida coletiva só se tornou possível porque o ser humano passou a
estabelecer normas de convívio.

• Quando falamos de moral, ela não se refere apenas a um conjunto de


normas impostas aos seres humanos, mas também à livre adesão a elas,
motivo pelo qual um ato só pode ser considerado moral se passar pela
aceitação da norma, ou seja, aquele que é aceito por livre vontade, e não
por uma imposição mediante ameaças.
O conceito de moral
• Moral é uma palavra da origem latina que provém do termo “costume”.

• Trata-se de um conjunto de crenças, costumes, valores e normas que uma


pessoa ou grupo social utiliza como parâmetro para o seu agir. A moral pretende,
dessa forma, orientar as ações que se estabelecem, sendo elas positivas ou
negativas.

• Por sua forma de apresentação, a moral se mostra de maneira plural variando


tanto para cultura e estilos estabelecidos pela sociedade. A moral se caracteriza
na prática e no cotidiano do indivíduo nas relações de valores.

• Para o senso comum, falar de moral significa falar de proibições e obrigações


formais (BARROCO, 2010, p.71).
O conceito de moral
• A partir dos primeiros grupos sociais existentes, a consciência moral
atribuiu a dualidade entre o bem e mal, o certo e o errado nas relações
estabelecidas.

• Sendo assim, a moral sempre esteve presente e inserida na vida em


sociedade. Trata-se de um conjunto de valores construídos socialmente de
acordo com a cultura de cada localidade, estado, país.
O conceito de moral
• Para Piaget, a moral autônoma é uma moral de igualdade, da reciprocidade
e do respeito mútuo.

• Para Kholberg, o vetor do desenvolvimento moral leva ao ideal de justiça


pela equidade, pela perspectiva da reciprocidade universal.

• Ao imperativo categórico de Kant, que afirma que devemos sempre tratar a


humanidade, na nossa própria pessoa e na pessoa de outrem, como um fim
em si e não apenas como um meio.

A moral é uma construção histórica.


Diferenças entre ética e moral?
• Ética refere-se ao campo da filosofia que investiga os comportamentos dos
seres humanos, em diversas situações cotidianas, enquanto a moral diz
respeito aos valores, aos julgamentos, isto é, o campo prático das ações
humanas.

• A ética tem como objeto de estudo a própria moral.

• Tanto a ética implica a moral – enquanto “matéria-prima” de suas reflexões


e sem a qual não existiria – quanto a moral implica a ética para se repensar,
desenhando-se, desse modo, uma importante relação de circularidade e
complementaridade.

• Não se pode tratar ética e moral como antônimos.


Diferenças entre ética e moral?
• Toda ética contém uma moral, pois cabe justamente à moral regrar a vida
em sociedade;

• Três virtudes morais: justiça, generosidade e honra.

• A justiça, a mais racional de todas as virtudes, segundo Piaget. Um dos elementos que a
inspira é o princípio de igualdade. A segunda virtude diz respeito à generosidade. Essa
virtude consiste no fato de se dar ao outro o que lhe falta, sendo que essa falta não
corresponde a um direito. A honra decorre do autorrespeito, é o valor moral que a
pessoa tem aos próprios olhos e a exigência que faz ao outro para que esse valor seja
reconhecido e respeitado.
Diferenças entre ética e moral?

• Cada sociedade, em diferentes épocas de sua história, define os


valores positivos e negativos, os atos permitidos ou proibidos para
seus membros. Ser ético e livre será, portanto, estar de acordo com as
regras morais de nossa sociedade, interiorizando-as (CHAUÍ, 2000).
Moral e sociedade
• O homem, enquanto ser social constituído na história, apresenta em sua própria
existência a dependência de viver de forma social. Tudo se torna social.

• E o trabalho, enquanto natureza humana acaba por ser o fundamento da ontologia do


mundo dos homens.

• O trabalho, no seu sentido ontológico, é uma atividade essencialmente humana.

• A natureza humana organiza o trabalho para atender às necessidades materiais e sociais


sendo produto da história.

• O trabalho é o que primeiro possibilita a distinção dos homens dos demais animais e
enquanto categoria gerada pelo mundo dos homens, rompe com a categoria natural,
exigindo instrumentos, habilidades e conhecimento para a sofisticação das
necessidades.
Moral e sociedade
• Desde a existência da convivência em grupos, existe a moral.

• A moral é fruto da história, pois para haver a vida em sociedade e a


organização social, são necessárias regras de convivência.

• E ela pode ser entendida de forma plural, pois delibera sobre escolhas em
nível mais pessoal e está vinculada à vida cotidiana, a respostas imediatas,
sempre com validade temporal.
Moral e sociedade
• A consciência é conhecida como a ciência que se faz, do que se projeta, do
conhecimento do que se vai realizar. Já a liberdade pode ser entendida
como a habilidade para escolher o necessário para ser livre e possuir
alternativas para o seu exercício. Todas essas ações são desenvolvidas a
partir do trabalho.

• A consciência moral conhece as diferenças e também avalia sua própria


capacidade de julgar as condutas e de agir em consonância com valores
morais.
Ética e responsabilidade moral
• Responsabilidade quer dizer que uma pessoa deve ser capaz de prestar
contas por suas ações e pelas consequências que delas decorrem.

• Sendo assim, só pode responder por suas ações o indivíduo capaz de


possuir a liberdade de escolha. Para que se possa falar em responsabilidade
moral é necessário que se entenda o livre arbítrio.

• A responsabilidade é o que nos faz sujeitos e objetos da ética, do direito ou


das ideologias.

• Como parte integrante da ética, a responsabilidade moral tem como


objeto as ações que possam, a qualquer modo, causar danos ou ofensas a
outros.
Ética e responsabilidade moral
• Responsabilidade moral é um segmento das obrigações éticas, circunscrito
pela interseção das esferas que o separam, em um plano o direito e em
outro plano a responsabilidade privada.

• Ser moralmente responsável é cuidar para que as relações não sejam


negativas. Isso compreende cada ser humano e a humanidade como um
todo.

• É preciso verificar as condições concretas nas quais a responsabilidade


moral seja determinante. Logo, se existe a possibilidade de opção e de
decisão necessárias para transferir a responsabilidade moral, os indivíduos
serão responsáveis pelas suas ações na sua concretude.
Ser cidadão
• Segundo Aristóteles, ser cidadão é se reconhecer enquanto parte de um
grande conjunto de pessoas que possuem vontades, desejos e
ambições diferenciadas, mas que são unidos pela busca pela
felicidade.

• Compreender que a administração pública deve prover os meios para que a


felicidade geral seja atingida, e não a de um pequeno grupo, isto é, buscar
beneficiar a todos e não apenas uma pequena parte, é essencial.

• Ser cidadão consiste em agir em prol daquilo que proverá um maior bem a todos,
mesmo que diretamente você não seja atingido. Deve-se estar consciente de
que, indiretamente, toda decisão em prol do bem alheio também lhe proverá
uma melhor condição de vida.
Ser cidadão
• Em um sentido teórico, ser cidadão demanda responsabilidade para com o
próximo, reconhecimento de pertencimento e confiança em seus
governantes. Em contrapartida, o governo deve manter um canal de
comunicação constante com seus cidadãos e, acima de tudo, deve ser ético
em seu compromisso de prover o bem comum.
Ser cidadão
• Quando falamos em estruturas políticas sociais, sejam elas quais forem, é
inevitável esbarrarmos na questão dos direitos e dos deveres de cada
cidadão.

• Os direitos consistem em toda a liberdade conquistada ou permitida aos


cidadãos.

• Os deveres consistem nas obrigações que os cidadãos têm com o Estado


A desigualdade social
• A sociedade é fruto de um sacrifício voluntário consequente do despertar
da necessidade por segurança, visto que, em um estado natural, todo
indivíduo é visto como uma ameaça em potencial, não havendo limites
para o desejo de matar, roubar ou, até mesmo, violentar (HOBBES, 2014).

• A desigualdade social se daria, portanto, por meio da relação de poder


entre os donos dos bens (que antes eram públicos) e aqueles que passaram
a ter de se sujeitar à obediência de acessar apenas aquilo que lhes fosse
permitido acessa (ROUSSEAU, 2014).
A desigualdade social
• Na prática, ocorre a exploração e a sujeição de uns ao poder de outros
como consequência, tanto na perspectiva de Hobbes quanto na de
Rousseau, pois, independente da teoria, existe um movimento de
preservação de uma estrutura de poder e a manutenção de uma massa
orientada à obediência.
Diferenciação e preconceito
• A desigualdade social decorre de um direito auto atribuído, que define
benefícios exclusivos a um determinado grupo em detrimento a outros.

• Essa desigualdade, muitas vezes, é oriunda de um sentimento de superioridade


em relação ao próximo, o que, por consequência, institui a depreciação das
qualidades alheias.

• A desigualdade não tem uma raiz comum, ela pode ser originária de
diferenciações econômicas, partidárias, religiosas, culturais, étnicas, sexuais ou
de outros motivos quaisquer.

• A diferenciação que origina a desigualdade pressupõe uma relação de valorização


das qualidades de um determinado grupo e a condenação das qualidades de
outros grupos.
Conceito de razão moral objetiva
• Dentre os argumentos para sustentar a tese de que a moral é objetiva,
costuma-se utilizar:

• A noção histórica de que fatos como os ocorridos durante a Segunda Guerra


Mundial, como, por exemplo, o holocausto, são imorais objetivamente, isto é,
independentes dos resultados que levaram à queda do regime nazista.

• A afirmação de que a noção contrária, isto é, de que a moral seria o resultado da


construção subjetiva e intersubjetiva, não é capaz de sustentar a obrigatoriedade da
ação moral, o que tornaria permissível qualquer tipo de comportamento em
particular.

• Na ausência de Deus e, por conseguinte, na ausência de leis morais objetivas, nada


seria “bom” ou “mau”, pois tudo dependeria da perspectiva definida pelo próprio
observador de acordo com seu ponto de vista em particular.
Distinção entre as razões morais objetivas e as
relações concretas
• Em termos modernos, encontramos em correntes como o empirismo e o
materialismo histórico uma semelhante negação às razões morais
objetivas, tendo por fundamento a premissa de que as fontes de todo
conhecimento e de toda a legislação ética são concretas e dependes da
experiência histórica.
Distinção entre as razões morais objetivas e as
relações concretas

• No empirismo, de autores como John Locke e


David Hume, a raiz de todo conhecimento é a
experiência empírica, concreta, pela qual o
indivíduo apreende informações do mundo real
e transforma tais impulsos em pensamentos,
inicialmente simples e posteriormente mais
complexos. Assim, mesmo noções
extremamente abstratas, como a concepção de
um Deus, ou qualquer tipo de divindade
transcendente, seriam produto de processos
mentais a partir de elementos que foram
capturados a princípio pela experiência
concreta coma matéria.
Distinção entre as razões morais objetivas e as
relações concretas

• De acordo com o materialismo histórico, de Karl Marx, as


condições concretas que definem os modos de produção e
consumo, o sistema econômico adotado e as constituições
sociais e políticas desenvolvidos pela cultura ao longo do
tempo, determinam também os valores que são
legitimados enquanto ideologia dominante.

• Tais valores se tornam a base para as distinções morais que,


segundo esta perspectiva, não teriam existência
independente da dinâmica concreta, objetiva, mas seriam o
produto mais sofisticado dos modos de vida que foram
assumidos pela sociedade.

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