Sei sulla pagina 1di 18

Universidade Cruzeiro do Sul

Campus Virtual
Unidade I:

Unidade: Psicologia como


Ciência: Evolução Histórica

2010
0
Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução
Histórica Notas

Embora seja uma ciência recente, a psicologia é


constituída de uma história bastante extensa, uma vez
que a investigação de aspectos pertinentes ao homem,
objeto de estudo desta ciência, dá-se de longa data.
Assim, ao considerar a psicologia como uma ciência
independente faz-se necessário, primeiramente, avaliar a
história das práticas e dos conhecimentos produzidos a
partir da busca de compreensão do homem e de suas
relações entre si e com o ambiente que o cerca.
Um ponto a ser considerado nesse resgate
histórico é o conhecimento filosófico, uma vez que não se
pode compreender a psicologia, sem a análise das
indagações filosóficas sobre o homem e o mundo. O
desenvolvimento do pensamento filosófico, no que
concerne ao entendimento do ser humano, com
contraposições entre os estudiosos, apontando maneiras
diferentes de conceber e descrever o universo da
existência humana, deve ser considerado na análise da
evolução da psicologia enquanto ciência.
Keller ressalta a importância do olhar atento ao
pensamento filosófico na compreensão da evolução da
ciência psicológica ao afirmar:
Muito antes que a psicologia viesse a ser tratada
como ciência experimental havia homens interessados
nestes assuntos que hoje seriam chamados de
psicológicos. A influência destes homens sobre as
gerações posteriores foi bem grande e não é demais que
se deva abordar a questão de definir a psicologia

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
8
moderna pela menção de suas opiniões e descobertas.
(KELLER, 1974, p. 3) Notas
Os pensamentos acerca do que Keller chama de
“assuntos que hoje seriam chamados psicológicos” são
encontrados na análise detalhada das discussões tanto
dos filósofos antigos, quanto dos contemporâneos.

Filósofos Antigos
São considerados filósofos antigos, os pensadores
desde o período pré-socrático, mas trataremos nesse
texto a partir do período socrático, uma vez que, conforme
elucida Andery, Micheleto e Sério:
Sócrates, Platão e Aristóteles contrapunham-se
aos pensadores jônicos 1 porque traziam para o centro de
suas preocupações o homem, em lugar da natureza física
dos jônicos, e porque viam este homem como capaz de
produzir conhecimento por possuir uma alma –
absolutamente diferenciada do corpo, mas essencial.
(ANDERY, MICHELETO e SÉRIO, 1988, p. 63 e 64).
Essa preocupação em entender o homem é que faz
com que tais pensadores sejam importantes para o
desenvolvimento de uma psicologia na Antiguidade.
Sócrates (469-399 a.C. aproximadamente)
contribui para a psicologia ao voltar seu interesse ao
homem, mais especificamente ao que esse homem
abriga: sua alma. Sócrates propôs a distinção entre o
conhecimento da natureza e o conhecimento do homem,
valorizando a razão. Para Sócrates, só por meio do
pensamento é que se podia chegar ao conhecimento de si
próprio.

1
Povo helênico oriundo da antiga Jônia.

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
9
Platão (426-348 a.C. aproximadamente), discípulo
de Sócrates, mantém a busca do mestre pelo Notas
conhecimento verdadeiro, busca a essência das coisas, o
conhecimento proveniente da alma do homem.
“A coisa mais indispensável a um homem é
reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio
conhecimento.” Platão
Platão acreditava que o homem era formado por
um corpo mortal, mas também por uma alma que não
morre e de onde provém todo conhecimento. Define o
mundo das ideias e instaura a preocupação com a
localização da alma no corpo do homem, estabelecendo
esse lugar como sendo a cabeça. Para Platão, a medula
era o componente de ligação da alma com o corpo.
Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão, é
considerado o verdadeiro pai da psicologia. Chegou a
estudar as diferenças entre a razão, percepção e
sensação. Diverge de seu mestre, Platão, ao postular que
corpo e alma são elementos indissociáveis.
No homem, como em todo o ser vivo, corpo e alma
compunham uma unidade. A alma garantia a vida, a
realização das funções vitais; a alma era a forma,
enquanto o corpo a matéria que precisava dessa forma
para tornar-se em ato. Era a forma, a alma, que dava
vida, que emprestava finalidade aos corpos animados. E
assim como não se podia pensar em matéria destituída de
forma, também o contrário era sem sentido.
(ARISTÓTELES apud ANDERY, MICHELETO e SÉRIO,
1988, p. 90 e 91).
No pensamento aristotélico tudo o que vive possui
alma ou psyché. Assim ao considerar tudo o que vive,

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
10
considera-se que tanto os homens, como os animais e as
plantas possuem alma. Notas
Fica claro nessa breve análise acerca dos filósofos
antigos, o início de um pensamento psicológico. Sócrates,
Platão e Aristóteles, ainda que evidentemente
influenciados por questões de sua época, apresentam em
seus pensamentos a preocupação com o homem e com
sua psyché, quer estabelecendo a imortalidade da alma,
quer postulando a mortalidade da mesma e sua relação
ativa com o corpo.
Seguindo a evolução do pensamento acerca do
homem, passamos à análise do período Patrístico, que se
inicia com o Cristianismo e segue até o século VIII d.C.
Período Patrístico
O pensamento no período Patrístico, um
pensamento tido como filosófico, é formado por tratados
de padres, teólogos, apologetas, exegetas, os quais
procuravam compreender as questões do universo com
base em sua doutrina religiosa. Merece destaque aqui
Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.
Santo Agostinho (354-430), considerado um dos
poucos a analisar com profundidade a psicologia,
corrobora a visão de Platão da existência de alma e corpo
dissociados. Todavia, complementa a compreensão de
que a alma é a manifestação de Deus no homem e que
essa se sobrepõe ao corpo. A divisão entre corpo e alma,
na visão de Santo Agostinho, contempla ainda a ideia de
que a alma é o elemento mortal que liga o homem a Deus
e o corpo é a matéria, fonte de todos os males. O homem
que submete a alma ao corpo, material, afasta-se de
Deus.

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
11
O homem deve, portanto, desvencilhar-se das
coisas mundanas e carnais, voltando-se às espirituais, as Notas
quais lhe vão propiciar a aproximação de Deus, o sumo
Bem. Embora a degradação humana ocorra por livre-
arbítrio, voltar-se novamente para o Bem e para Deus não
é mais opção do homem: ao contrário, é necessária a
graça divina para tirar o homem do pecado. (RUBANO e
MOROZ (A), 1988, p. 140)
Visto que a alma toma lugar tão importante na ação
humana, compreender a alma, a psique humana, passa a
ser preocupação da igreja.
São Tomás de Aquino (1225-1274), pensador
Patrístico anterior a Santo Agostinho, tem como
influenciadores o próprio Santo Agostinho, mas também
Platão, Aristóteles e Alberto Magno, esse último seu
professor; além da própria Escritura Sagrada.
O período em que Aquino viveu anuncia a ruptura
da Igreja Católica pelo aparecimento do protestantismo, o
que provoca questionamento acerca do conhecimento
proferido pela igreja.
Aquino defende a posição da Igreja ao postular um
sistema coerente e conciso, considerando que o governo
é de origem divina e, portanto o homem deve se submeter
a esse. Para Aquino:

...a legislação do Estado é para o bem do


povo e que o governo deve submeter-se à Igreja.
Santo Tomás de Aquino defende uma postura de
passividade e obediência da sociedade frente à
situação vigente. (RUBANO e MOROZ (B), 1988, p.
140)

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
12
Aquino também endossa que a Igreja é a
verdadeira produtora de conhecimento acerca do Notas
psiquismo. Ele separa fé e razão, ou ainda Filosofia e
Teologia, afirmando que a primeira deve cuidar das coisas
da natureza e a segunda, do sobrenatural. E, ao estudar o
sobrenatural e a fé divina, São Tomás de Aquino, afirma
que alguns conhecimentos só podem ser obtidos pela
revelação divina e que o homem, a mais perfeita criação
de Deus, distinta dos outros seres, uma vez que esse é
racional, só pode alcançar a perfeição por meio da busca
em Deus.
Num período conturbado por questionamentos à
Igreja Católica, Aquino busca a ordem pública, com o
objetivo de estabelecer a convivência pacífica entre os
homens.
O fim do período Patrístico fica marcado quando a
soberania da Igreja na busca de compreensão da
existência humana dá lugar a novas formas de
pensamento, a partir do crescente questionamento de
seus dogmas, advindos da Reforma Protestante.
A partir da segunda metade do século XV e durante
todo o século XVI e XVII ocorrem marcantes mudanças
religiosas, políticas, econômicas, sociais e culturais,
provocando outras formas de concepção da ciência e do
homem, dando início a um novo período do pensamento
filosófico, o período da chamada ciência moderna.

Ciência Moderna ou Contemporânea


Nesse período, a razão, a preocupação com
elementos precisos e a experiência, contrapõem-se à fé.
Transferindo as preocupações das relações Deus e
homem, para as preocupações da natureza e homem.

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
13
Pesquisas, experimentações e formulações
marcam esse período. Galileu Galilei (1564-1642), físico, Notas
matemático, astrônomo e filósofo italiano, estuda a queda
dos objetos em famosos ensaios na Torre de Pisa. Isaac
Newton (1642-1727), físico e matemático, também estuda
fenômenos da natureza, o movimento dos objetos tanto
na Terra como celestiais. René Descartes (1596-1650),
filósofo e matemático, analisa as leis do movimento, tanto
da natureza quando dos homens.
Descartes merece maior atenção, uma vez que é
considerado por muitos o pai da psicologia moderna. Foi o
primeiro a fazer distinção nítida entre corpo e mente,
questionamento que inquietava os filósofos desde a
Antiguidade.
Descartes propõe a distinção mente (alma e
espírito) e corpo, mas ao mesmo tempo, declara que há
interação entre tais elementos. A mente podia interferir no
corpo, sendo assim considerado um “Interacionista”.
Outro aspecto importante do trabalho de Descartes
é que a partir da separação mente (alma e espírito) e
corpo, propicia o estudo do corpo humano morto, uma vez
que esse deixa de ser sagrado.
Os seguintes pensadores marcam o período de
transição: a era mecanicista.
Pereira e Gioia (1988) descrevem essa nova fase
do pensamento:
Seguindo os novos caminhos traçados pelos
pensadores que se destacaram neste período de
transição, foi-se firmando um novo conhecimento, uma
nova ciência, que buscava leis, e leis naturais, que
permitissem a compreensão do universo. Esta nova
ciência – a ciência moderna – surgiu com o surgimento do

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
14
capitalismo e a ascensão da burguesia (...) estava aberto
o caminho para o acelerado desenvolvimento que a Notas
ciência viria a ter nos períodos seguintes. (PEREIRA e
GIOIA, 1988, p. 173-174)
A ascensão da burguesia e o surgimento do
capitalismo, junto à Revolução Industrial e a criação da
máquina resultaram em fortes mudanças na maneira de
se conceber as relações humanas e o próprio homem.
Para Alvin Toffler (1980) a Revolução Industrial, a qual ele
designa a Segunda Onda, resultou em mudanças em
todas as esferas, desde a constituição familiar que passa
a ser nuclear, à produção cultural, que se torna produção
em massa, passando pela própria educação, que segue o
modelo das fábricas.
Os estudos acerca do homem também são
influenciados por essas mudanças no sistema sócio-
econômico-cultural. Eram necessários métodos mais
rigorosos, medidas, instrumentos de controle, todos
buscando mais precisão no estudo do funcionamento da
mente.

A Psicologia e a Ciência
As alterações na forma de compreensão do homem
e do funcionamento do Universo abrem espaço para
novas indagações e formas de estudo. Os avanços da
Anatomia, da Fisiologia e da Neurologia propiciaram a
constituição de uma ciência distinta da Filosofia.
A Psicologia que nasce a partir dos estudos da
alma realizados pelos grandes filósofos passa a ser uma
ciência “sem alma” (BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, 2005,
p. 43), no sentido de que tem seu conhecimento

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
15
produzido em laboratórios por meio de experimentos de
observação e medição. Notas
Wilhelm Wundt (1832-1920), fisiólogo alemão da
Universidade de Leipzig e pioneiro da Psicologia
Experimental, cria o primeiro laboratório para realizar
experimentos na área de Psicofisiologia, fato que pode
ser considerado o início da psicologia como ciência
independente.
Wundt era considerado um paralelista psicofísico,
ou seja, acreditava que havia fenômenos do mundo físico,
constituídos pelo corpo, e fenômenos do mundo mental,
constituídos pela mente. Os experimentos de Wundt
envolviam as sensações, percepções, sentimentos e
emoções e se davam por meio do método de
“introspecção”, método e termo criado por ele próprio.
O método instituído por Wundt se baseava no
sujeito da experiência, previamente treinado para auto-
observação, descrever ao experimentador suas
sensações, percepções e sentimentos. Um exemplo: o
experimentador estimulava o sujeito com uma picada de
agulha e esse fazia o relato introspectivo sobre tamanho,
intensidade e duração do estímulo, descrevendo o
caminho percorrido no seu interior, como que
descrevendo o processo mental. Wundt acreditava que
cada processo da mente envolvia simultaneamente um
processo físico, daí a análise dos estímulos físicos, e um
processo mental, ou seja, as sensações mentais
correspondentes.
A influência de Wundt marcou a constituição da
psicologia enquanto ciência, fazendo com que ele fosse
considerado pai da Psicologia Moderna ou Científica.

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
16
Essa psicologia científica teve como primeiras
abordagens três escolas: o Estruturalismo, o Notas
Funcionalismo, e o Associacionismo.

Estruturalismo
O Estruturalismo teve como principal instituidor
Edward Titchener (1867-1927). Para o Estruturalismo a
psicologia é a ciência que estuda a consciência ou a
mente, sendo que a mente é compreendida para esses
pensadores como a soma de todos os processos mentais.
A função da Psicologia era então compreender esses
processos e o modo como a mente é estruturada, como
funcionam os sistemas nervosos centrais.
Titchener mantém a tradição de Wundt em relação
ao método de estudo, mas sua forma introspectiva era
mais ampla. Titchener questionava a possibilidade de
uma descrição isenta de viés. Para ele a descrição
introspectiva tendia a ser mais uma análise do que uma
descrição, em função disso, defende o uso da
experimentação e da descoberta sobre “o que”, “como” e
“por que” dos processos mentais.

Funcionalismo
Um dos principais pensadores do Funcionalismo foi
William James (1842-1910).
Os Funcionalistas assim como os Estruturalistas
elegem a consciência como foco para análise, mas os
Funcionalistas estavam interessados na função da mente
e não em sua estrutura. Assim, ao contrário dos
Estruturalistas, a Psicologia Funcional define a psicologia
como uma ciência biológica, uma ciência interessada em

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
17
analisar os processos mentais, interessava-se pelo
funcionamento, pela função da mente e não por sua Notas
estrutura, por suas propriedades. Consideravam que a
mente é um acúmulo de funções e processos que
conduzem a experiências práticas. A mente passa a ser
analisada em função das interações com o ambiente e o
estudo da vida psíquica é considerado a partir de sua
adaptação ao meio.

Associacionismo
O termo associacionismo origina-se da concepção
de que a aprendizagem se origina a partir da associação
de ideias, partindo das mais simples às mais complexas.
Os Associacionistas não aceitavam o método
introspectivo e lançaram as bases da psicologia
comportamentalista, utilizando para tanto pesquisas com
animais.
Edward L. Thorndike (1874-1949), o principal
pensador do Associacionismo, formulou a Lei do Efeito,
contribuindo para a primeira teoria de aprendizagem em
Psicologia.
De acordo com a Lei do Efeito, todo o
comportamento de um organismo vivo tende a se repetir
se recompensado. Todavia, se o efeito for um castigo,
esse comportamento deixará de ser repetido. Thorndike
realiza vários experimentos com animais, estudando a lei
do efeito na aprendizagem de novos comportamentos.
Na atualidade, as três principais escolas da
psicologia não são mais o Estruturalismo, o
Funcionalismo e o Associacionismo. Mas, essas escolas
serviram como base para a formulação das três principais
teorias dos dois últimos séculos: o Behaviorismo (ou

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
18
Psicologia Experimental ou Psicologia Comportamental);
a Psicanálise; e a Gestalt (ou Psicologia da Forma). Notas

Behaviorismo
O Behaviorismo, que tem forte influência das ideias
de Thorndike e da visão funcionalista, nasce com John
Watson (1878-1958). Watson, a partir dos estudos de Ivan
Petrovich Pavlov (1849-1936) acerca de estímulo-reflexo,
estabelece o objeto de estudo da Psicologia enquanto
ciência: o comportamento (behavior em inglês), um objeto
de estudo mais concreto, mensurável. Watson traz como
grande contribuição a análise do Comportamento
Respondente.
Iniciado com Watson, o Behaviorismo tem como
principal teórico Burrhus Frederic Skinner (1904-1990), o
qual formula a compreensão do Comportamento
Operante, das noções de reforçamento e do controle dos
estímulos.

Psicanálise
A Psicanálise nasce com Sigmund Freud (1856-
1939), o qual a partir de sua prática médica postula o
inconsciente como objeto de estudo da ciência. Freud e
a Psicanálise, ao contrário do Behaviorismo, se detém a
investigar processos obscuros do psiquismo, analisando
sonhos, fantasias e esquecimentos.
Freud, influenciado por suas observações em
atendimentos médicos, bem como por outros médicos da
época, cria teorias e métodos de pesquisa, sendo o mais
conhecido: o método catártico.

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
19
Com a descoberta do inconsciente, Freud postula
sua Primeira Tópica, composta por três instâncias do Notas
aparelho psíquico: Inconsciente, Consciente e Pré-
consciente. A primeira tópica é reformulada e substituída
posteriormente pela Segunda Tópica Freudiana, formada
a partir da noção de ID, Ego e Superego.

Gestalt
A Gestalt, Psicologia da Forma, como é chamada
por alguns ou simplesmente Gestalt, como é mais
conhecida, é a escola mais ligada à filosofia, uma vez,
que tem como objeto de estudo os processos perceptivos,
envolvendo sensação e percepção. Tem como principais
teóricos Mas Wetheimer (1880-1943), Wolfgang Köhker
(1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1940).
Para os gestaltistas o comportamento humano
deve ser estudado considerando os aspectos globais que
cercam o homem, pois suas ações, mediante aos
estímulos do ambiente, são influenciadas pela forma
como o comportamento percebe esses estímulos. E, essa
percepção é por sua vez influenciada por aspectos sócio-
culturais.
Outra importante teoria da Psicologia atual, que
merece destaque, é a Cognitiva de Jean Piaget.

Teoria Cognitiva
A teoria de Jean Piaget (1896-1980) também se
ocupa da interação do organismo-meio e a aprendizagem
decorrente dessa interação. Para Piaget o eixo central da
análise é essa interação, que resulta em dois processos
simultâneos: a organização interna e a adaptação ao

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
20
meio. Por meio da assimilação e acomodação, os
esquemas de assimilação vão se modificando e Notas
configurando estágios de desenvolvimento.
Em suma, ao descrever a história da psicologia,
fica evidente a contribuição dos diversos pensadores
acerca do assunto e essa evolução gradual mostra a
Psicologia como uma ciência em desenvolvimento.
Evidencia também que a ciência, e aqui nos referimos a
todas as ciências e não só a Psicologia, não nasce
pronta, mas está sempre em transformação, influenciada
por novas pesquisas, novas descobertas.
Assim, ao buscar compreender a psicologia
enquanto ciência, torna-se fundamental a análise dessas
diferenças de concepções entre seus pesquisadores.
Torna-se fundamental compreender questões levantadas
por Freud e as investigações psicanalíticas; por Watson, e
o estudo do comportamento observado; por Skinner e as
investigações sobre condicionamento operante; por
Piaget e seu incremento da investigação experimental do
desenvolvimento da criança e do adolescente; pelos
alemães com a psicologia da forma, visando à
compreensão de relações de sentido e a percepção de
formas, dentre outros estudiosos.
Conhecer o processo de formação da psicologia
enquanto ciência permite-nos uma visão mais ampla para
compreensão do homem, de suas ações e
questionamentos. Como afirmou Aristóteles “nada melhor
para compreender um tema em sua extensão do que
historicizá-lo”, assim ao tentar compreender a psicologia
como ciência independente vale, sem dúvida, a análise
histórica desta.

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
21
Referências
Notas
ANDERY, Maria Amália Pie Abid; MICHELETTO, Nilza; e
SÉRIO, Tereza Maria de Azevedo Pires. O pensamento
exige método, o conhecimento depende dele. Em:
ANDERY, Maria Amália Pie Abid et. al. Para
compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 4º ed.
Rio de Janeiro: Espaço e tempo, 1988.

BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; e


TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma
introdução ao estudo de psicologia. 13º ed. São Paulo:
Saraiva, 2005.

KELLER, Fred. Simmons. A definição da psicologia:


uma introdução aos sistemas psicológicos. Tradução
brasileira de Rodolpho Azzi, São Paulo: EPU, 1974.

PEREIRA, Maria Eliza Mazzilli e GIOIA, Silvia Catarina.


Do feudalismo ao capitalismo: uma longa transição. Em:
ANDERY, Maria Amália Pie Abid et. al. Para
compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 4º ed.
Rio de Janeiro: Espaço e tempo, 1988.

RUBANO, Denize Rosana e MOROZ, Melania. (A) O


conhecimento como ato da iluminação divina: Santo
Agostinho. Em: ANDERY, Maria Amália Pie Abid et. al.
Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica.
4º ed. Rio de Janeiro: Espaço e tempo, 1988.

________________________. (B) Razão como apoio à


verdade de fé: Santo Tomás de Aquino. Em: ANDERY,
Maria Amália Pie Abid et. al. Para compreender a

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
22
ciência: uma perspectiva histórica. 4º ed. Rio de Janeiro:
Espaço e tempo, 1988. Notas
TOFFLER, Alvin. A terceira onda. Tradução brasileira de
João Távora. Rio de Janeiro: Record, 1980.

Unidade: Psicologia como Ciência: Evolução


Histórica
23
Responsável pelo Conteúdo:
Profª. Ms. Gisele de Lima Fernandes

Revisão Textual:
Profª. Esp. Sandra Regina Fonseca

www.cruzeirodosul.edu.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
01506-000
São Paulo SP Brasil
Tel: (55 11) 3385-3000

Potrebbero piacerti anche