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ARQUITETURA E URBANISMO
Resenha crítica
Prof. Edmar
MANAUS-AMAZONAS
2019
RESENHA CRÍTICA
1. INFORMAÇÕES BIBLIOGRAFICAS
MONTE MÓR, Roberto Luís de Melo. “O que é urbano, no mundo contemporâneo”.
REVISTA PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO - Rio de Janeiro, v.21, n.3,
maio/jun. 2005.
3. RESUMO DA OBRA
No texto o autor acredita que a forma de organização da cidade influencia
diretamente a questões centrais da vida contemporânea dos indivíduos. Tais questões
como a política, civilização e cidadania. Monte Mór (2006) explica que segundo Henri
Lefebvre, a cidade expressa a divisão socioespacial do trabalho e propõe pensar na
sua transformação se estendendo da cidade política ao urbano, de forma que se
complete a dominação sobre o campo.
Segundo o artigo, a cidade era inexistente antes da era industrial. Enquanto
hoje, pós cidade-industrial, a cidade foi completamente tomada pela indústria, que
consequentemente trás a produção e os proletariados para o espaço do poder. Monte
Mór (2006) conceitua o exemplo da cidade, que era lócus do excedente, do poder e
da festa, cenário privilegiado da reprodução social, ficou, assim, subordinada à lógica
da indústria.
Sofreu, então, um duplo processo: sua centralidade implodiu sobre si mesma
e sua periferia explodiu sobre o entorno sob a forma de tecido urbano. No Brasil, o
urbano teve sua origem na política ao mesmo tempo concentradora e integradora dos
governos militares, que deram sequência à centralização e expansionismo varguista
e à interiorização desenvolvimentista juscelinista. Hoje, o urbano-industrial impõe-se
virtualmente a todo o espaço social, na urbanização extensiva dos nossos dias.
O texto trata especificamente da relação entre o campo e a cidade até a sua
urbanização ao longo dos séculos. De acordo com o autor, a cidade foi marcada ela
entrada da indústria e a partir daí iniciou-se a cidade industrial.
Contudo, o campo, a princípio foi isolado e fez-se autossuficiente, mas hoje
depende da produção urbano-industrial até para alimentos e bens de consumo básico.
Ou seja, o campo virou subordinado da cidade. A cidade passou a não mais apenas
controlar e comercializar a produção do campo, mas também a transformá-la e a ela
agregar valor em formas e quantidades jamais vistas anteriormente.
O espaço privilegiado da reprodução da sociedade fica, então, subordinado à
lógica do industrialismo e às necessidades da indústria e, como tal, deve reunir as
condições de produção necessárias. As grandes cidades industriais estendem-se,
assim, sobre suas periferias de modo a acomodar as indústrias, seus provedores e
trabalhadores, gerando amplas regiões urbanizadas no seu entorno: as regiões
metropolitanas.
Então é dessa maneira que a cidade cresce extensivamente e faz surgir uma
urbanização contemporânea.
4. POSICIONAMENTO CRÍTICO