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UNIVERSIDADE NILTON LINS

ARQUITETURA E URBANISMO

SAMUEL CAMELI FERNANDES

Resenha crítica

Este trabalho busca levantar uma crítica


sobre o artigo “O que é o urbano, no mundo
contemporâneo”.

Prof. Edmar

MANAUS-AMAZONAS
2019
RESENHA CRÍTICA

1. INFORMAÇÕES BIBLIOGRAFICAS
MONTE MÓR, Roberto Luís de Melo. “O que é urbano, no mundo contemporâneo”.
REVISTA PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO - Rio de Janeiro, v.21, n.3,
maio/jun. 2005.

2. DADOS SOBRE O AUTOR


Graduação em Arquitetura (1970) e Urbanismo (1971) pela Universidade Federal de
Minas Gerais - UFMG, mestrado em Planejamento Urbano e Regional (1980) pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, e Ph.D. em Planejamento Urbano (2004) pela
Universidade da Califórnia, Los Angeles - UCLA. Atualmente é Professor Associado no Centro
de Desenvolvimento e Planejamento Regional -Cedeplar, da Face - Faculdade de Ciências
Econômicas e no Núcleo de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo - NPGAU, da Escola
de Arquitetura, ambas da UFMG.
Leciona e pesquisa nas áreas de Economia e de Urbanismo, com ênfase em Teorias
da Urbanização e do Planejamento Urbano e Regional, atuando principalmente nos seguintes
temas: planejamento urbano e regional, planejamento metropolitano, economia regional e
urbana, economia popular e solidária, urbanização (extensiva e intensiva), organização do
espaço e meio ambiente, produção do espaço entre populações tradicionais, urbanização e
alternativas de desenvolvimento na Amazônia.

3. RESUMO DA OBRA
No texto o autor acredita que a forma de organização da cidade influencia
diretamente a questões centrais da vida contemporânea dos indivíduos. Tais questões
como a política, civilização e cidadania. Monte Mór (2006) explica que segundo Henri
Lefebvre, a cidade expressa a divisão socioespacial do trabalho e propõe pensar na
sua transformação se estendendo da cidade política ao urbano, de forma que se
complete a dominação sobre o campo.
Segundo o artigo, a cidade era inexistente antes da era industrial. Enquanto
hoje, pós cidade-industrial, a cidade foi completamente tomada pela indústria, que
consequentemente trás a produção e os proletariados para o espaço do poder. Monte
Mór (2006) conceitua o exemplo da cidade, que era lócus do excedente, do poder e
da festa, cenário privilegiado da reprodução social, ficou, assim, subordinada à lógica
da indústria.
Sofreu, então, um duplo processo: sua centralidade implodiu sobre si mesma
e sua periferia explodiu sobre o entorno sob a forma de tecido urbano. No Brasil, o
urbano teve sua origem na política ao mesmo tempo concentradora e integradora dos
governos militares, que deram sequência à centralização e expansionismo varguista
e à interiorização desenvolvimentista juscelinista. Hoje, o urbano-industrial impõe-se
virtualmente a todo o espaço social, na urbanização extensiva dos nossos dias.
O texto trata especificamente da relação entre o campo e a cidade até a sua
urbanização ao longo dos séculos. De acordo com o autor, a cidade foi marcada ela
entrada da indústria e a partir daí iniciou-se a cidade industrial.
Contudo, o campo, a princípio foi isolado e fez-se autossuficiente, mas hoje
depende da produção urbano-industrial até para alimentos e bens de consumo básico.
Ou seja, o campo virou subordinado da cidade. A cidade passou a não mais apenas
controlar e comercializar a produção do campo, mas também a transformá-la e a ela
agregar valor em formas e quantidades jamais vistas anteriormente.
O espaço privilegiado da reprodução da sociedade fica, então, subordinado à
lógica do industrialismo e às necessidades da indústria e, como tal, deve reunir as
condições de produção necessárias. As grandes cidades industriais estendem-se,
assim, sobre suas periferias de modo a acomodar as indústrias, seus provedores e
trabalhadores, gerando amplas regiões urbanizadas no seu entorno: as regiões
metropolitanas.
Então é dessa maneira que a cidade cresce extensivamente e faz surgir uma
urbanização contemporânea.

4. POSICIONAMENTO CRÍTICO

Do ponto de vista acadêmico, não poderia de destacar o artigo como uma


fonte explicativa do desenvolvimento da cidade-campo e sua urbanização extensiva.
É certo que a industrialização figura como um fator-chave foi que desencadeou
profundas modificações na produção do espaço metropolitano.
Além de que o crescimento econômico e o avanço do capital industrial
expandiram suas consequências ao conjunto do território. O campo ou a não-cidade
se integrou à indústria e aos produtos de consumo dessa indústria. Enquanto a
indústria fez a cidade explodir, estendeu-a desmesuradamente. Nesse sentido, a
grande cidade explodiu, abrindo espaço para uma urbanização extensiva que tomou
de assalto periferias mais ou menos distantes, incorporando o âmbito da ruralidade.
Conforme segue Monte-Mór (2006), o campo que outrora se encontrava com
um status de relativa autonomia em relação à urbe agora é marcado pelo seu regime
de necessidade destas relações, pois passa a ser tarefa da cidade o processo de
agregação de valor na produção oriunda do espaço rural.
É neste contexto de interdependência, que, como mencionado pouco acima,
resulta de um contemporâneo movimento dialético onde a cidade não é cidade sem o
campo e o inverso segue com a mesma condição, que Monte-Mór (1994), juntamente
com a carga teórica de Lefebvre (1999), traz, de modo bastante interessante, o
percurso do conceito da denominada urbanização extensiva.
Podemos pensar à princípio que as cidades dependem umas das outras para
a sua existência, não sendo, portanto, um regime solitário de relações circunscritas.
Estas relações se desenvolvem plenamente a partir da associação de diversos fatores
de produção material, mesmo que um local não esteja vinculado diretamente a outro
modo de construção do capital, mas sim trabalhando de modo conjunto, síncrono.
No estudo de Monte-Mór (2006) consegue-se um entendimento à luz das
modificações mais recentes na forma de ordenamento urbano, especialmente a
brasileira. Destacamos do autor a ideia de que, além do efeito de transbordar sobre o
território, a cidade também amplia a práxis urbana, levando a outros espaços que não
o primariamente citadino, o âmago da política que caracteriza a sociedade atual,
ambiciosa sobre os meios de produção que condicionam tudo e todos a sistemas
hegemônicos de produção e geram a acumulação a parcelas ínfimas da comunidade.
Ao compreender Lefebvre (2001b), é possível interpretar, de modo a aprimorar
o entendimento dessa relação entre as cidades (e o campo), o entendimento de que
a divisão do trabalho está correlacionada com a rede de cidades, onde o trabalho se
divide social, política e tecnicamente.

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