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E conhecereis a verdade, e a verdade

vos libertará João 8:32)


"Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele:
Se vós permanecerdes na minha palavra, sois
verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará" João 8:31-32.

Introdução

Continuamos com o estudo sobre a purificação dos


pecados e hoje falaremos sobre a escravidão do pecado e
a libertação que temos destes através de Cristo Jesus. O
que é a liberdade falada na palavra de Deus? Será que
somos livres de fato? Ou será que ainda somos escravos
do pecado? Este texto tentará responder estas perguntas e
iniciar a discussão sobre como seremos totalmente libertos.

Não esqueça de ler as outras partes deste estudo. A lista


está disponível ao fim da página. Se houver começado a ler
neste texto, inicie a leitura com o texto "A luta contra o
pecado".

A escravidão do pecado

"Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e


jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu:
Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em
verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo
do pecado" João 8:33-34.

A escravidão da lei

Meditando neste tema da escravidão retratada por Jesus


eu percebi que o verdadeiro sentido desta escravidão está
relacionada a Lei e a Velha Aliança. Se percebermos as
palavras de Jesus chegamos a conclusão que a Lei nunca
foi apta a libertar o homem do pecado. A Lei não foi capaz
de levar o homem a Deus, pois como nos fala Romanos 8,
ela estava enferma pela carne. E nós sabemos, também
por Romanos, que "[...] os que estão na carne não
podem agradar a Deus" Romanos 8:8.

No tempo da Lei o local de adoração e onde estava a


presença de Deus era externo (o tabernáculo) e por isso
não era possível que santificasse o homem por completo.
O carne do pecado era purificada, mas o homem não tinha
força para superar o pecado. O resultado era a escravidão
do pecado, visto que o homem não podia vencê-lo e
continuamente pecava, visto que o Espírito não havia sido
santificado em seus corações. Mas, vindo o Cristo, entrou
de uma vez por todas no Santo dos Santos e ofereceu
sacrífico superior ao sangue de bodes e carneiros. E se o
sangue de bodes e carneiros purificava os pecados destes,
como então nos purificará o sangue imaculado do Cordeiro
de Deus?

Por isso era necessário vir o Cristo para fazer a Paz de


uma vez por todas. E também para estabelecer este novo
caminho para o pai e assim todos nós podemos ser libertos
do pecado. Sejam judeus, sejam gregos, ou quaisquer que
clamam por esse nome. Este é o primeiro aspecto. Apenas
o filho é capaz de libertar o homem da escravidão do
pecado, o que a Lei não teve poder de realizar.

Por que ainda somos escravos?

Porém, apesar do sacrifício de Cristo ser suficiente para


nos livrar dessa escravidão, quando pensamos sobre os
nossos dias percebemos que a maioria dos irmãos ainda
não vive verdadeiramente esta liberdade. Infelizmente nós
não conhecemos a palavra de Deus e por isso continuamos
errando em muitíssimas coisas cometendo muitos pecados,
que nos enredam em muitas fadigas. É triste ver essa
realidade, porque ainda somos escravos do pecado. E o
pior é que a maioria nem mesmo percebe essa situação e
até se consideram justos por suas próprias obras
religiosas. Quão estranha é essa realidade!

Me sinto abatido considerando estas coisas, pois se


vivemos ainda no preceito da Lei, ou seja, vivendo de
purificações pontuais, então é certo que ainda vivemos
conforme as obras da Lei e a obra completa e maravilhosa
de Jesus é anulada. Na verdade se ainda vivemos desta
forma certo é que crucificamos Jesus com as nossas
próprias mãos. Veja: "É impossível, pois, que aqueles
que uma vez foram iluminados, e provaram o dom
celestial, e se tornaram participantes do Espírito
Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes
do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra
vez renová-los para arrependimento, visto que, de
novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de
Deus e expondo-o à ignomínia" Hebreus 6:4-6.

Nós não somos diferentes dos religiosos para os quais


Jesus estrava pregando. Na verdade eu considero que esta
geração é ainda pior do que os Fariseus, pois eles estavam
naquela situação sem nenhuma revelação daquele que era
o Cristo. E ainda assim diz a história que muitos fariseus
como Nicodemos se converteram ao Caminho e seguiram
Jesus até a morte. Como podemos julgar o sangue dos
santos, santificado pelo sacrifício da sua própria vida?
Porque não existe maior amor do que este, de dar a vida a
seus amigos. Nós, porém, tudo sabemos e tudo
conhecemos. Para nós não há nem haverá desculpas no
dia do juízo. E se não conhecemos nos falta zelo em
conhecer, pois tudo já passou e nos está disponível.

Estas palavras de Jesus são palavras revolucionárias.


Quando Jesus disse: "e conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará", estas palavras foram de encontro
a vaidade e entendimento dos judeus. Eles, porém,
retrucaram: "Somos descendência de Abraão e jamais
fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis
livres?" A resposta de Jesus, entretanto, foi ainda mais
sensacional: "todo o que comete pecado é escravo do
pecado". Veja que Jesus não delimitou um tipo de cristão
ou um tipo de judeu específico. Ele se limitou a falar sobre
cometer ou não pecado. No primeiro texto deste estudo, A
luta contra o pecado, nós vimos que pecado é a
transgressão da lei. Então se nós vivemos pecando e
transgredindo a lei, então nós somos escravos do nosso
pecado. Não importa quem seja, pois Jesus não se limitou
a um alguém específico. Isso significa que sejam fariseus e
saduceus (como era o público que o ouvia) ou sejam
cristãos em nossa era não fará diferença. Se cometemos
pecado, nos tornamos seus escravos.

A primeira carta de João também nos diz que "todo aquele


que permanece nele não vive pecando; todo aquele que
vive pecando não o viu, nem o conheceu" 1 João 3:6. A
carta também diz que "[...] ele se manifestou para tirar
os pecados, e nele não existe pecado" 1 João 3:5. Assim
entendemos que se vivemos na prática constante do
pecado, então certamente não o conhecemos e vivemos
ainda segundo o preceito da Lei. Veja que esta é uma
grande revelação! Como vivemos na prática do pecado
indiscriminadamente! Infelizmente a maioria dos irmãos
foram escravizados, porque permanecem na prática do
pecado assim como fizeram os fariseus e saduceus do
tempo de Jesus.

Nós costumamos tratar os fariseus como grandes


pecadores (o que eles realmente eram), mas esquecemos
de olhar para dentro de nós mesmos. Será que sem motivo
foi dito: "Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e,
então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de
teu irmão" Mateus 7:5. Mas nós continuamos nos
considerando justos e salvos por frequentar uma
denominação. Será mesmo que fomos salvos e libertos?
Se frequentar uma denominação me fizer um cristão, então
podemos dizer que frequentar uma garagem fará de mim
um carro. Porém, frequentar uma denominação não faz de
mim um cristão como frequentar uma garagem não fará de
mim um carro.

Todos nós, a começar pela liderança das denominações,


devemos rever radicalmente a vida que vivemos. Se você é
servo e serve os irmãos da sua comunidade saiba que
sobre ti reside ainda maior responsabilidade e o preço do
seu testemunho estará sobre o sangue daqueles que
correm para o pecado. Porque se nós que somos os
atalaias do Senhor não avisamos o povo sobre o perigo
que vem sobre nós, quem os livrará da espada? E se nós
não resplandecemos a luz nas trevas deles, como verão a
luz de Deus? Cabe a luz resplandecer nas trevas, assim
como a lâmpada enche o ambiente com a sua luz.

Libertos da escravidão do pecado

"Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele:


Se vós permanecerdes na minha palavra, sois
verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará" João 8:31-32.

Libertos do pecado de uma vez por todas

No texto acima propositadamente eu deixei passar a


resposta à pergunta: porque ainda somos escravos do
pecado? A resposta foi dita indiretamente no texto e é bem
simples: o pecado. Ainda somos escravos porque
permanecemos na prática do pecado. Ainda somos
escravos porque apesar do sacrifício perfeito de Jesus
continuamos vivendo conforme o preceito da Lei, que é
composto de ordenanças para a purificação do corpo. A lei,
entretanto, não pode purificar a nossa mente e
consequentemente não consegue mudar a nossa vida. Se
vivemos religiosamente cumprindo todos os preceitos da
nossa religião, mas a nossa consciência não é limpa pela
palavra de Deus, vivemos conforme os preceitos da Lei.
Porque Jesus não veio apenas para purificar a nossa carne
dos pecados, mas para que a nossa consciência fosse
totalmente limpa e liberta a fim de que nós servíssemos ao
Deus vivo (Hebreus 9:13-14).

Verdade é que Jesus veio sim para cumprir a lei (Mateus


5:17). Mas dalém disso ele também veio para estabelecer a
era do Espírito, isto é, da graça. E hoje o evangelho não se
resume no cumprimento de mandamentos e ordenanças,
mas de fazer morrer a sua vida para que a Lei de Deus
seja inscrita em nossos corações. Se assim andarmos
cumpriremos completamente a Lei de Moisés. E além da
purificação dos pecados também purificaremos a nossa
mente através do Espírito. Veja: "Porquanto o que fora
impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso
fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança
de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com
efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de
que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não
andamos segundo a carne, mas segundo o
Espírito" Romanos 8:3.

A obra que Jesus realizou é grandiosa. Através da


purificação da nossa mente ele nos permitiu viver uma vida
que vai além do pecado, que é verdadeiramente livre do
pecado. Por isso foi dito: "Se, pois, o Filho vos libertar,
verdadeiramente sereis livres" João 8:36. Jesus nos
libertou, portanto hoje podemos andar verdadeiramente
livres do pecado. Não se trata de uma teoria morta, mas da
realidade prática daquilo que Jesus nos ensinou. Esta é a
Nova Aliança. O que é velho nos serviu de parábola para
que em nós se cumpra a justiça de Deus em santidade e
perfeição diante dele. Imaculados e intocáveis pelo pecado.
É esta vida que Jesus prometeu a tantos quanto creram no
seu nome.

Andar de modo digno da nossa vocação

"Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que


andeis de modo digno da vocação a que fostes
chamados" Efésios 4:1.

A grande dificuldade que o cristão tem em todas estas


coisas que falamos é trilhar o caminho que Jesus preparou.
Este caminho se chama vocação e é acerca disso que
Paulo nos incita a andar de modo digno. O que Paulo nos
diz em Efésios é que devemos andar, na prática, conforme
a vida que Jesus nos preparou. Para andarmos dessa
forma no presente século antes de qualquer outra coisa é
necessário crer na obra de Jesus por nós. Se não cremos
inteiramente que Cristo pode nos santificar até a perfeição,
então certamente não seremos santificados. A fé é o início
do caminho da purificação. Por mais que eu não consiga
enxergar, é necessário que eu creia com fé inabalável.
Tudo dependerá desta fé.

Em seguida devemos, conforme foi dito na primeira parte


deste estudo A luta contra o pecado, fazer guerra contra o
pecado e entender que ele é nosso inimigo. Se abrimos
mão dessa guerra, então seremos derrotados. Mas se
guerreamos purificando sempre a nossa mente, faremos
retos caminhos para os nossos pés e andaremos com a fé
que temos naquilo que Cristo realizou por nós na cruz.
O espírito está pronto, mas a carne é
fraca Mateus 26:41)
"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o
espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é
fraca" Mateus 26:41.

Introdução

Continuamos o estudo sobre a purificação dos pecados e


hoje falaremos sobre a tentação e como fugir delas para
viver continuamente em purificação. O texto escolhido para
tratar este tema não foi aleatório, mas um dos textos que
melhor tratam sobre este tema. Percebemos que
continuamente utilizamos este texto de Mateus de forma
incorreta e por isso tentaremos verificar o que, de fato, o
texto está dizendo. Também é interessante falar sobre
estas coisas após lermos o texto acerca do caminho do
pecado e da concupiscência. Esta é a sua continuação.
Portanto se você ainda não leu, não deixe de ler o texto
anterior: Cada um é tentado pela sua própria cobiça. E se
você começou a ler nesta parte, sugiro iniciar no começo
deste estudo com o texto A luta contra o pecado. Todas as
demais partes estão ao final deste texto.

As tentações
Antes de iniciar as tratativas sobre as tentações devemos
nos perguntar algo bem simples: o que são as tentações?
Resumidamente as tentações são os nossos desejos da
carne que estão continuamente nos incitando a pecar e a
comentar todo tipo de impureza e devassidão. É quando
aquele desejo interior, que nos instiga ao pecado, floresce
e se torna real e tangível.

No texto anterior sobre o caminho do pecado nós


estudamos as etapas que nos levam a morte, iniciando seu
trajeto pelos nossas cobiças internas. Conforme a própria
carta de Tiago nos ensina, "[...] cada um é tentado pela
sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz" Tiago
1:14. Ou seja, a tentação é a nossa cobiça sendo colocada
em nossas vidas na prática. Então quando eu cobiço o
pecado, ou sou tentado pelo pecado, estou sofrendo
tentação. É por isso que o texto anterior, Cada um é
tentado pela sua própria cobiça, é tão importante. Entender
este processo nos levará a fugir dele em seu início, ou seja,
nas tentações.

Quem nos tenta?

"Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário,


anda em derredor, como leão que ruge procurando
alguém para devorar" 1 Pedro 5:8.

Muitas pessoas acham que Deus é que nos tenta ou


mesmo o diabo. Então por quem somos tentados? O
mesmo texto de Tiago nos diz que nós somos tentados
pela nossa própria cobiça (ou concupiscência). Não
podemos culpar a Deus e nem mesmo o diabo pelas
nossas tentações, porque primeiramente nós somos
tentados por nós mesmos. É a nossa cobiça que nos
engoda e atrai ao pecado.

É claro que o diabo tem parte neste processo e também se


oferece para nos tentar. O evangelho de Mateus nos fala
que "[...] foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para
ser tentado pelo diabo" Mateus 4:1. Então é certo que o
diabo nos tenta, porém ele apenas nos tenta naquilo que
cobiçamos. Ele nada mais é do que um amplificador da
nossa própria maldade interior. Se somos tentados pelo
diabo é porque a nossa cobiça foi manifestada e
conhecida. Sabemos não é pecado ser tentado como nós
vimos no estudo anterior, porém é bom atentar para a
tentação, pois se somos tentados temos apenas dois
caminhos a seguir: podemos vencer ou ser derrotados.
A tentação é a prova da nossa fé e o que irá comprovar se
a nossa fé é verdadeira ou não. Se permanecermos sendo
derrotados em nossas tentações, fato é que a nossa fé não
é verdadeira, mas falsa. Mas se através do sangue de
Cristo vencermos todas as tentações, então certamente a
nossa fé é aprovada e comprovada pela prova da fé.

Vigiai e orai

"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação" Mateus


26:41.

É certo que vencer o pecado não é tarefa fácil. Por isso é


necessário considerar como, na prática, podemos alcançar
esta vitória e fugir das tentações. O versículo deste estudo
responde exatamente esta pergunta: devemos vigiar e orar.
Mas o que Jesus está querendo dizer com estas coisas? É
interessante perceber o contexto destas palavras. Aqui
Jesus estava orando no Getsêmani alguns momentos
antes de ser preso pelos judeus. Ele chamava os discípulos
para permanecerem acordados e orando com ele, mas os
discípulos não conseguiram e adormeceram. Neste
momento Jesus referiu tais palavras.

Veja que a cruz foi a maior das tentações de todos os


tempos. Não à toa Jesus também disse em sua
oração: "Meu Pai, se possível, passe de mim este
cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu
queres" Mateus 26:39. Tamanha era a angústia de Jesus
que ele chegou a suar gotas de sangue! O seu corpo
certamente desfalecia, mas no seu interior ele se renovava
em oração. Por isso a única e mais perfeita forma de nos
manter firmes contra as ciladas e tentações do diabo é
permanecer vigilantes, sempre "acordados" e orando com
ainda mais fervor.

Não se engane! O diabo anda em nosso redor buscando


meios de nos derrotar. Se somos tentados, como o Senhor
nos ensinou, devemos vigiar e orar. E o que seria vigiar
senão permanecer acordado e atento a tudo que acontece
à nossa volta? Devemos permanecer atentos quantos aos
seus ardis sempre em orações e súplicas para que a
vontade eterna e perfeita de Deus tome todo o nosso
coração. Mas vigiar também é ter zelo em escolher e
permanecer firmado na vontade de Deus. Veja que Jesus,
ainda que estive extremamente angustiado pelo que se
seguiria, permaneceu firme a vontade de Deus para ele,
que era a cruz. Se andarmos dessa forma orando em todo
momento andaremos sob a luz do Espírito e não conforme
as cobiças do nosso interior.

Se tentarmos vencer as tentações pela nossa capacidade


ou por quaisquer outros meios que não sejam a vigilância e
a oração nada mais seremos do que religiosos. Certamente
pecaremos no final de tudo e seremos derrotados.
Qualquer subterfúgio que você encontre que não seja vigiar
e orar certamente não funcionará. A chave para vencer
todas as coisas já nos foi dada: vigiai e orai.

O Espírito está pronto, mas a carne é fraca

Jesus concluiu suas palavras dizendo que o Espírito está


pronto, mas que a carne é fraca. O que ele quis dizer com
estas palavras? Hoje percebemos que as pessoas usam
este texto para explicar o seu próprio pecado e insuficiência
em se purificarem. Afinal de contas, a carne é fraca, não é
mesmo? E esta afirmação realmente não está incorreta.
Porém, nós nos esquecemos da parte mais importante
deste texto, que é: o Espírito está pronto.

Quando Jesus diz que o Espírito está pronto ele está


dizendo que é possível vencer as tentações, mas somente
através da vida do Espírito. Quem vive na carne não pode
agradar a Deus, pois não cumpre a sua vontade, mas
cumpre a vontade da carne. Porém, os que se inclinam
para o Espírito cogitam das coisas do alto onde Deus está
assentado. O Espírito Santo, que nos foi entregue, sempre
esteve pronto. Apensa ele é apto para vencer o pecado que
nos enreda. O que seria a prática de vigiar e orar senão
voltar para este espírito? A única forma possível de se
purificar, fugindo constantemente das tentações é através
desta vida do Espírito. Apenas o Espírito está pronto.
Todos nós somos carne e enquanto carne somos
pecadores em nossa essência (e até mesmo Jesus). Assim
para viver uma vida que transcende a nossa natureza é
necessário que nos envolva uma nova natureza, a natureza
do Espírito. Somente através deste revestimento seremos
capazes e aptos a nos purificar inteiramente para Deus.

Por isso quando te falarem que a carne é fraca lembre


estas pessoas que o Espírito já está pronto. É muito fácil
usar desculpas como a fraqueza da nossa carne para
pecar, assim também fazem os incrédulos que seguem
para a perdição do lago de fogo. Mas os verdadeiros
adoradores, os vencedores que segue o Cordeiro por onde
quer que vá, são aqueles que se oferecem em sacrifício e
oblação a Deus para a santificação e purificação de seus
pecados. Se não fizermos dessa forma será impossível
vencer qualquer coisa. A primeira vitória que o cristão
precisa buscar não é a conversão de um membro da sua
família, mas a conversão da sua mente a Deus em
santificação e purificação dos pecados. O Espírito está
pronto, portanto podemos caminhar conforme a vontade do
Deus que habita as alturas do Céus. Como é louca esta
revelação! Assim como é loucura que um homem morra por
seus amigos, viver a vontade de Deus em nossos dias será
desafiador. Mas a todos quantos são aqueles corajosos
que enfrentam todas as coisas em prol do conhecimento
pleno de Deus, eu digo que "nem olhos viram, nem
ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração
humano o que Deus tem preparado para aqueles que o
amam" 1 Coríntios 2:9.
A luta contra o pecado Hebreus 12:4)
"Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes
resistido até ao sangue" Hebreus 12:4.

Introdução

Iniciamos o nosso estudo sobre a purificação com este


texto sobre a nossa luta contra o pecado. Este estudo se
debruçará sobre o tema da purificação, que como vários
temas tratados neste blog, não é ensinado pelos
pregadores da nossa época. Aquele que não atenta para
estas coisas, como nos diz o apóstolo Pedro, é cego e se
esqueceu da purificação dos seus pecados de outrora.

É importante que o cristão não se amolde aos padrões


religiosos da nossa era e renove a sua mente para que
possa comprovar qual a vontade de Deus. Se continuarmos
a ouvir pregadores hipócritas e religiosos nada mais
seremos que hipócritas e religiosos. O destino deles,
porém, há muito foi profetizado para sua destruição. São
raça de víboras e enganadores que a muitos maculam com
as suas mentiras. Quanto a nós, bom é buscar a nossa
purificação pessoal, pois bem-aventurado é puro de
coração. O prêmio deles é ver o Senhor.

Purificação Vs Santificação

"Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-


nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito,
aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus" 2
Coríntios 7:1.

Purificação é a atitude de purificar a sua vida de toda


impureza que exista em seu procedimento. Sendo que a
impureza na palavra de Deus está relacionada ao pecado e
a morte. Esta é uma atitude específica do homem, visto
que Deus é totalmente puro e nele não há trevas. Sendo
assim não existe a necessidade de que Deus se purifique
do pecado e da morte.

A purificação faz parte do processo da santificação do


homem, sendo que santificação e purificação não são
exatamente a mesma coisa. A santificação é o processo
em que separamos alguma coisa para o serviço e vida a
Deus. Por exemplo, os levitas eram santos, pois foram
separados por Deus para realizarem os serviços em meio
ao povo de Israel. Hoje a nossa santificação se dá, em
grande medida, em relação ao mundo. Devemos nos
afastar de tudo que é deste mundo para nos dedicar
totalmente a Deus. Se afastar de toda religião mentirosa
para ganhar a vida revelada pela palavra de Deus. Se
afastar do pecado, através da purificação, para aperfeiçoar
a santificação. Tudo isso, porém, integra a santificação do
cristão.

Pecado Vs Embaraço

"Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos


tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-
nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos
assedia, corramos, com perseverança, a carreira que
nos está proposta" Hebreus 12:1.

Para nos purificar de pecados é importante conhecer mais


sobre a diferença entre o pecado e os embaraços e até
mesmo o processo completo do pecado, que veremos na
próxima parte deste estudo "Cada um é tentado pela sua
própria cobiça".

O pecado
Pecado é toda transgressão da Lei de Deus. João no diz
que "Todo aquele que pratica o pecado também
transgrede a lei, porque o pecado é a transgressão da
lei" 1 João 3:4. É interessante definir este conceito porque
muitos pensam que estamos livres de cumprir a lei do
Senhor. A verdade é que, assim como Jesus cumpriu toda
a lei, nós podemos também viver em santidade cumprindo
a lei do Senhor através do Espírito Santo. Se assim
andamos seremos purificados através do sangue de Cristo.
O versículo seguinte de 1 João nos fala exatamente sobre
estas coisas: "Sabeis também que ele se manifestou
para tirar os pecados, e nele não existe pecado. Todo
aquele que permanece nele não vive pecando; todo
aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu" 1
João 3:5-6.

O embaraço

O embaraço, por sua vez, não é a transgressão da lei, mas


atitudes que atrapalham a nossa purificação. São aquelas
coisas que nos prendem para não frutificarmos em
santificação. São os ídolos que permeiam a nossa vida e
que o diabo semeia para não termos força nem tempo para
aperfeiçoar a nossa santificação pela purificação dos
nossos pecados.

A luta contra o pecado


"Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes
resistido até ao sangue e estais esquecidos da
exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho
meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor,
nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o
Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a
quem recebe" Hebreus 12:4-6.

O capítulo 12 de Hebreus é uma lição muito elevada sobre


como resistir e se livrar dos embaraços e do pecado. Ele
cita diversas coisas que seria impossível tratar todas em
poucas palavras. Há, entretanto, uma consideração
importante que eu gostaria de frisar nesta primeira parte
deste estudo: a luta contra o pecado.

Tenho percebido que os cristãos não lutam mais contra o


pecado, por vários motivos. O mundanismo e a religião
estão enfraquecendo a nossa luta contra as impurezas
deste mundo. Somos cristãos relativistas que ponderam
todas as coisas, mas que nunca conseguem praticar a
verdade em Cristo. Fomos enfraquecidos pelo pecado e
derrotados pelo diabo. Como poderemos vencer desta
forma? Se nós que fomos chamados a santidade nos
entregamos à imundícia como veremos a vitória da Igreja
sobre o mundo?

Nós, enquanto cristãos, devemos atentar para esta luta. Se


não percebermos que estamos em guerra contra o pecado,
e contra o diabo em consequência, nunca venceremos
coisa alguma. Lembre-se que todas as promessas
do livro de Apocalipse se destinam aos vencedores. Ora,
se não lutamos, como venceremos? Verificamos, assim, a
necessidade de uma luta ferrenha e diária contra o pecado.
Não se engane! Quem não luta esta luta já está derrotado.
Deus não chamou sãos para si, mas pecadores que
através do seu sacrifício foram aproximados do trono da
graça para que o nosso proceder seja santificado.

E muito além de apenas lutar, nós devemos resistir até o


sangue! O capítulo 12 de Hebreus trata sobre isso. Ele
discorre sobre como o povo no deserto temeu a Deus, que
estava sobre o monte, e como foi aterrorizante o
espetáculo que se via naquele lugar. Nós nem mesmo
presenciamos tamanha grandeza para fugir desta luta
contra o pecado. E nem mesmo fomos entregues à cova
dos leões para morrer pelo nome de Cristo; nem tentados
pelo diabo no deserto; nem feitos tochas vivas como
nossos irmãos no século II; nem mesmo vivemos nas
cavernas como muitos santos, que como Hebreus cita, o
mundo não era digno. Mas ainda assim recusamos a
batalhar e tememos o mundo e o que as pessoas podem
dizer sobre nós. Que diremos, pois, a vista destas coisas?
Se Deus é por nós, quem será contra nós? O que
temeremos?

Eu digo que devemos marchar como soldados. Batalhar a


carreira que nos está entregue em Cristo com toda
perseverança. Não se deixe vencer pelas mentiras! Não se
deixe vencer pelos falsos profetas e pelo mundanismo.
Nem pelo academicismo que relativa a nossa fé. A nossa fé
é prática e produz frutos de arrependimento e mudança de
mente. A metanoia que direciona a nossa vida a apenas
um lugar em todo o universo: A CRUZ.

Cada um é tentado pela sua própria


cobiça Tiago 1:14)
"[...] cada um é tentado pela sua própria cobiça
(concupiscência), quando esta o atrai e seduz. Então, a
cobiça, depois de haver concebido, dá à luz ao
pecado e o pecado, uma vez consumado, gera a
morte" Tiago 1:14-15.

Introdução

Continuamos o nosso estudo sobre a purificação dos


pecados. Nesta parte do estudo veremos um pouco sobre a
relação entre a concupiscência, o pecado e a morte.
Entender estes pontos nos ajudará em nossa luta contra o
pecado e em nossa santificação pessoal.

É claro que o Espírito Santo sempre nos guia e ensina


acerca do pecado e de todas as coisas das quais devemos
nos afastar. E é claro que é o Espírito que testifica em
nossos corações sobre a veracidade de tudo que falamos.
Esta meditação não veio substituir o papel do Espírito
Santo, mas para nos ajudar a purificar a nossa mente. Sem
purificar a nossa mente é impossível crer em nossa
santificação.

A concupiscência (cobiça)

O que seria essa concupiscência? A concupiscência não é


o pecado, mas é o que nos atrai para ele. É tudo aquilo que
me atrai para cometer pecados. Todos nós possuímos
desejos e cobiças específicas, que são as nossas
concupiscências pessoais. É este desejo que nos atrai ao
pecado.

É interessante entender este processo, pois podemos nos


beneficiar disso. Por exemplo, você sabia que não é
pecado ser tentado? Não é pecado ser tentando, pois todos
nós somos tentados todos os dias. Se a tentação fosse
pecado até mesmo Jesus teria falhado em sua missão, pois
o Espírito Santo o conduziu ao deserto para ser tentado
pelo diabo. Mas Jesus venceu, porque foi tentado e não
cometeu pecado algum e nem dolo foi encontrado em sua
boca. Glória a Deus que nos ensina o caminho da
santidade.

Ninguém peca sem uma origem. Podemos dizer que a


nossa concupiscência é a origem do pecado, de onde ele
emana. Há uma citação supostamente de Martinho Lutero
que diz que “Você não pode impedir que um pássaro pouse
em sua cabeça, mas, pode impedir que ele faça ninho”.
Essa frase explica bem a diferença entre concupiscência e
pecado. É impossível impedir que venham as tentações e
pensamentos malignos, pois somos todos carnais. Mas é
possível evitar que este pássaro crie morada em nossa
cabeça, pensamentos e emoções.

O pecado
"Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz
ao pecado" Tiago 1:15.
Quando damos espaço para os nossos desejos,
pensamentos e concupiscências, e não voltamos os nossos
olhos para o Espírito Santo, a nossa cobiça pode dar luz ao
pecado. Jesus nos disse que "[...] qualquer que olhar
para uma mulher com intenção impura, no coração, já
adulterou com ela". Assim entendemos que para pecar
não precisamos necessariamente praticar alguma ação,
basta dar espaço para os nossos desejos no nosso
coração e assim o pecado será concebido.

Apesar de ser bem possível para nós, crentes, vencer o


pecado quando somos tentados (e é o que deve ser),
muitas vezes não conseguiremos evitá-lo. O pecado,
entretanto, não é o fim da linha. Ainda que pecarmos,
teremos uma chance de voltar atrás e nos arrepender, pois
o nosso pecado não é para morte. Se nos arrependermos
quando pecamos (de preferência logo depois do pecado) o
Espírito nos encherá e seremos cheios do amor e do
perdão de Deus. Neste momento devemos colocar de lado
a nossa vaidade e orgulho e clamar pelo sangue do
Cordeiro. Se não nos limpamos neste momento podemos
dar espaço para o pecado tomar ainda mais o nosso
coração.

Nosso grande problema é que brincamos muito com o


pecado e não nos limpamos quando pecamos. Veja que o
problema aqui não é o pecado, mas o nosso coração, ou
seja, a nossa concupiscência. Se o nosso coração estiver
voltado para o Senhor o pecado será um acidente
ocasional e não nos impedirá de continuar a nossa carreira.
Mas se o nosso coração está cheio de maldade, vaidade e
orgulho, então não nos arrependeremos e podemos cair na
última parte deste texto.
A morte

"[...] e o pecado, uma vez consumado, gera a


morte" Tiago 1:15.

"Os que se assentaram nas trevas e nas sombras da


morte, presos em aflição e em ferros, por se terem
rebelado contra a palavra de Deus e haverem
desprezado o conselho do Altíssimo, de modo que lhes
abateu com trabalhos o coração – caíram, e não houve
quem os socorresse" Salmo 107:10-12.

A última parte deste processo é a morte. Nesta parte a


cobiça se tornou pecado e nós não nos arrependemos. O
pecado tomou todo nosso coração e por fim ele foi
consumado. Se chegamos a este ponto é porque já
negligenciamos a nossa cobiça e não demos ouvidos a voz
do Espírito Santo, que nos convence do pecado. Significa
que estamos bem distantes do Espírito e de Deus.

Então se o nosso pecado é consumado ele gera morte.


Normalmente as pessoas que chegam a esta fase estão
em pecado já há algum tempo e a consumação deste
pecado é só uma questão de tempo. É por isso que
precisamos nos arrepender assim que pecamos. Se não
nos arrependemos os nossos pecados começam a
deteriorar a vida de Deus em nós. O pecado vai nos
minando até o momento em que não mais conseguiremos
viver uma vida santa e por fim nos entregamos à prática do
pecado. Tudo isto é um processo que costuma levar meses
e até mesmo anos.

Quando praticamos o pecado, geramos morte. A morte é o


produto do pecado. Quanto mais permitimos que o pecado
atue em nosso coração, mais nós pecaremos na prática.
Para vencer o pecado em nossa vida, portanto, devemos
vencê-lo em nossos corações primeiramente. A morte
também nos separa de Deus, pois ele não pode ter
comunhão com as trevas. Também é por isso que muitas
pessoas não têm comunhão com o Espírito ou porque não
conseguem ouvir a voz de Deus. É necessário nos
santificar da morte em nossas vidas.

"Então, na sua angústia, clamaram ao SENHOR, e ele


os livrou das suas tribulações. Tirou-os das trevas e
das sombras da morte e lhes despedaçou as
cadeias" Salmo 107:13-14.

Mas se estamos afastados da comunhão do Espírito e


sentimos a nossa vida completamente suja e cheia de
morte será o fim da nossa caminhada? É claro que não! Se
há morte em nossa vida precisamos ser lavados para voltar
à comunhão com o Senhor. Devemos clamar ao Senhor,
como nos ensinou o salmista. O Senhor é poderoso para
destruir todas as nossas cadeias e toda morte que prende
os nossos pés no pecado. Para tanto devemos clamar e
buscar santidade do Senhor. E qual a forma de clamar?
Clamar é gritar ao senhor, buscá-lo com toda a sua vida. É
invocar o Senhor para dentro de si mesmo. Orar a Deus
com sinceridade e não como um religioso qualquer. Orar
com fé crendo que ele é um Deus que nos lava, liberta e
que pode nos tirar do lamaçal das trevas e da morte.

Conclusão

Para vencermos o mundo é necessário entender bem a


relação entre concupiscência, pecado e morte. Sem
entender estas coisas é bem difícil conseguir vencer o
mundo. O mundo que se baseia em desejos e
concupiscências para nos engodar e para tirar o nosso foco
da vida e virtude de um Deus vivo e poderoso.

Acima de tudo devemos entender onde estamos nestes


pontos. A maioria dos irmãos está morta, pois não
conseguem vencer o pecado. Quando estamos mortos a
nossa visão fica submissa a morte, portanto não vemos
coisa alguma. É bem provável que a maioria deles se
considera sem pecado ou livre do pecado. Para entender
onde estamos só temos um caminho: a santificação.

Que a nossa vida seja livre do pecado e que assim a Igreja


do Senhor na nossa geração seja vitoriosa e cheia da glória
eterno de um Pai misericordioso. Oh Deus Jeová, dono de
todas as coisas! Tem misericórdia sobre a tua Igreja e nos
ensina a vencer estas coisas! Levanta um povo santo e
agradável a ti. Amém!

Andar na Luz 1 João 1:7)


"Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz,
mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue
de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado" 1
João 1:7.

Introdução

Partimos para a última parte do nosso estudo sobre a


purificação dos pecados. Hoje falaremos sobre andar na
Luz, o último passo para a nossa purificação. No texto
anterior nós verificamos que, apesar da carne ser fraca, o
Espírito já está pronto (clique aqui para ler). Assim a
continuação deste estudo se debruçará na seguinte
pergunta: além de vigiar e orar o que, na prática, pode nos
ajudar a Andar na Luz para aperfeiçoar ainda mais a nossa
purificação? E mais: o que é, de fato, andar na Luz? Se
você ainda não leu as demais partes deste estudo veja no
final desta página a lista com todas as partes.

Luz e Trevas

"Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e


vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele
treva nenhuma" 1 João 1:5.

Antes de continuar no estudo propriamente dito é


necessário que se entenda a diferença entre Luz e Trevas.
A palavra de Deus retrata desde o início esta parábola
acerca da Luz de Deus em contraponto às trevas.
Conforme vemos nas leis da física a luz é aquilo que é
proveniente das estrelas no universo como o nosso sol, por
exemplo. As trevas, por outro lado, não são uma força
como é o caso da luz. As trevas são apenas a ausência da
luz. Quando falamos sobre Luz e Trevas na palavra de
Deus este princípio tende a se repetir. Deus é luz e como
luz nele não pode existir trevas, assim como é impossível
que exista trevas no nosso Sol. Não é possível que a
origem da Luz possua trevas, pois as trevas não fazem
parte da sua natureza, que é luminosa. É por isso que João
nos ensina que Deus é Luz e que nele não há trevas. Se
usarmos o exemplo do universo, mais uma vez, podemos
dizer que Deus é o Sol. Conhecemos o Sol e sabemos que
dele provém a nossa luz. As trevas, por outro lado, não tem
uma fonte específica nem uma força motriz. Elas são
unicamente a ausência da luz do Sol.

Ao contrário do que se pensa as trevas não se tratam de


uma força maligna contrária a Deus, porque ninguém pode
contender contra Deus. As trevas são apenas a união
daquilo que não se submete a vontade de Deus. É por isso
que onde há Luz não pode haver trevas. E é por isso que
os espíritos malignos não podem resistir ao Espírito Santo.
Houve uma situação em que Jesus foi à terra dos
Gadarenos e havia ali um homem endemoninhado que
vivia nos sepulcros. Este homem veio a Jesus e
disse: "Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste
aqui atormentar-nos antes do tempo?" Mateus 8:29. E
disse ainda: "Então, os demônios lhe rogavam: Se nos
expeles, manda-nos para a manada de porcos" Mateus
8:31. Veja que não houve discussão. Jesus, que era a
plena Luz de Deus na terra, resplandeceu sobre aqueles
espíritos que nada puderam fazer senão sair daquele
homem. Assim entendemos que as trevas não possuem
força ou poder provenientes deles mesmos. Tudo está sob
o poder absoluto e soberano de um Deus que é a plena luz
do nosso universo.

A comunhão

"Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz,


mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue
de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado" 1
João 1:7.

Quando estamos em trevas nossa primeira atitude é nos


afastar da comunhão do irmãos. Por não existir
possibilidade do pecado ser atraído pela Luz é certo que a
comunhão será abalada. Assim vemos aqui
um belo termômetro. Se não estamos sedentos por
comunhão pode ser que estamos em trevas ou que temos
dado lugar às nossas concupiscências e pecados. O maior
exemplo quando falamos destas coisas é o exemplo de
Adão e Eva no Jardim do Éden. Quando eles perceberam
que estavam nus e ouviram o Senhor, que caminhava no
Jardim, logo se esconderam. A Luz brilha e resplandece
sobre os nossos pecados e a primeira atitude que tomamos
é nos esconder.

Entretanto, a comunhão também pode nos indicar que


estamos na Luz. Se o nosso coração é desejoso em
receber o que Deus tem dado na vida do meu irmão e
também está desejoso de compartilhar o que Deus tem
colocado em meu coração, com toda humildade e
mansidão, é certo que temos andado na Luz. Todo aquele
que anda na Luz se aproxima de Deus e dos seus filhos e
não é possível que ande sozinho ou afastado da comunhão
dos santos. Por mais que possam existir dificuldades o seu
desejo será estar entre aqueles que invocam o nome do
nosso Senhor Jesus.
A confissão dos pecados

"Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós


mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo
para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça" 1 João 1:8-9.

Uma das grandes realidades do homem é o pecado.


Entender do que ele se trata é vital para o cristão. Uma das
grandes verdades descritas neste trecho de 1 João é que
ainda que andemos na luz ainda teremos algum pecado em
nossa vida. Andar na Luz não significa estar
completamente livre do pecado, mas estar livre do seu
jugo, do seu domínio. É por isso que João nos diz que "se
dissermos que não temos pecado nenhum, a nós
mesmos nos enganamos, e a verdade não está em
nós". É importante entender essa realidade e assumir que
temos pecado. Este é o primeiro passo para nos livrar dele.

Em seguida João nos ensina o antídoto do pecado: "Se


confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo
para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça". A confissão dos pecados é forma mais perfeita
de nos livrar dos pecados. Não existe possibilidade do
crente viver a vida na luz sem confissão constante dos
pecados, porque todos nós pecamos constantemente. É
muito bom entender estas cosias, pois percebemos que a
nossa perfeição não está ligada a nunca mais errar, mas
em saber que nós podemos nos achegar ao trono da graça.
Alguém permanece na Luz não porque não erra mais, mas
porque constantemente está se achegando ao trono da
graça para se purificar. Este é o grande princípio e a
grande chave para permanecermos na Luz. Não se trata de
se purificar para se achegar a Deus, mas se achegar a
Deus para se purificar. É a santidade de Deus que enche a
nossa vida de santidade. É a Luz de Deus que nos livra das
trevas, pois as trevas não podem vencê-la.

O Advogado

"Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que


não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos
Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" 1 João
2:1.

Talvez possa soar um tanto quanto libertino o fato de


apenas confessar os nossos pecados, porém é bom
lembrar que assim agiremos se estamos na Luz. Se
estamos em trevas devemos, antes de mais nada, de nos
achegar à Luz de Deus. João também nos escreve estas
coisas não para continuarmos nos pecado
indiscriminadamente confessando quando cometemos
pecado. O evangelho é exatamente a luta contra a
natureza pecaminosa e o pecado. E se pensamos que
basta-nos confessar e poderemos continuar fazendo aquilo
que bem entendemos, então nós não somos filhos do Deus
vivo. Certamente a nossa mente não está no alto.

João também nos ensina que se andamos na Luz,


caminhando em santidade, e alguém vier a pecar, podemos
ter a certeza de que temos um advogado junto ao Pai,
Jesus Cristo, o Justo. Ele é a nossa justificação, ainda que
viermos a pecar. É claro, o ideal é não pecar. Mas como
vimos anteriormente, quem é aquele que pode dizer que
não tem pecado? Mesmo os pastores mais ungidos e os
profetas mais usados por Deus pecam todos os dias, assim
como cada um de nós. A forma de sair de uma vez da
religião é entender que eu sou, definitivamente, mal em
todo o meu proceder. Porém, dou glórias a Jesus, o meu
Senhor. Ele é o meu advogado junto ao Pai. É perto Dele
que devemos correr e nos esconder. É ele que irá nos
purificar, pois ele é a própria Luz de Deus que revela a
pureza e santidade de Jeová, o Deus eterno e imutável.
Não mais eu, mas Cristo em mim.

Por isso devemos nos achegar constantemente ao nosso


advogado. Devemos habitar nos seus átrios cada vez mais
próximos do seu trono para o calor do Sol queime toda a
impureza da nossa vida. Que a força e santidade dessa luz
penetre o mais profundo da nossa alma e que sejamos
puros, assim como Ele é puro.

Andar na Luz

"Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no


Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto da luz
consiste em toda bondade, e justiça, e verdade),
provando sempre o que é agradável ao Senhor. E não
sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas;
antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em
oculto, o só referir é vergonha. Mas todas as coisas,
quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas;
porque tudo que se manifesta é luz" Efésios 5:8-13.

Quando nos arrependemos e mudamos a nossa vida sendo


limpos pela palavra de Deus voltamos a nossa vida para a
Luz. Porém ainda é necessário andar na luz ou como filhos
da luz como diz o texto. Andar na luz, como explica este
texto de Efésios, é frutificar conforme a luz em toda
bondade, justiça e verdade. Se estamos na luz, logo
fugiremos do pecado e ele tenderá a ser menos frequente
em nossas vidas. A nossa natureza começa a se fazer
conforme a natureza divina e eu sou renovado no espírito
da minha mente. Este processo de transformação vai se
aperfeiçoando na medida em que eu ando na luz.

Andar na luz é um dos grandes desafios que vemos no


Evangelho. A realidade é que é muito difícil se afastar das
trevas para permanecer na luz do Senhor. Mas se
andamos na luz iremos nos purificar com grande
naturalidade, porque a nossa natureza será transformada.
Andar na luz é a grande diferença que existe entre o nosso
tempo e o tempo dos profetas. Hoje nós temos o Espírito
Santo que nos ajuda a permanecer constantemente no
Espírito e a andar na luz. Este mesmo espírito testifica ao
nosso espírito quando pecamos e precisamos nos achegar
a Deus em humilhação confessando os nossos pecados
para que eu seja curado.

É por isso que devemos vigiar e orar para não cair em


tentação. Se vigiarmos e orarmos constantemente, será
impossível cair em tentação, pois estaremos sempre no
espírito vivendo debaixo da luz de Deus. Se tampouco
buscamos andar na luz nós iremos nos achegar a Deus,
confessar os nossos pecados e seremos libertos de toda
impureza. Quanto mais permitirmos que o Espírito viva na
nossa vida, mais as trevas deixaram de fazer parte em
nossa mente e coração, pois as trevas não podem resistir a
luz do Espírito.

Por fim, andar em Espírito fará com que a nossa


purificação seja completa e perfeita: "[...] andai no
Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da
carne" Gálatas 5:16.

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