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União dos Escoteiros do Brasil

Região do Paraná

Curso Preliminar – Parte 2

Técnico do Ramo Sênior

Diretoria de Formação

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SUMÁRIO

CERIMÔNIAS 3
COMO ENSINAR E AVALIAR 8
COMIDA MATEIRA E FOGUEIRAS 13
ARTES MATEIRAS 18
ESPECIALIDADES 40
ESPIRITUALIDADE 44
FOGO DE CONSELHO 46
MEIO AMBIENTE 50
O PAPEL DO ESCOTISTA 53
PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE ATIVIDADES 56
PRÁTICA NA DIREÇÃO DE JOGOS 61
SEGURANÇA EM ATIVIDADES 69

Cursante:
Diretor do Curso:
Data do Curso:

ÍNDICE

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CERIMÔNIAS

“Cerimônia é uma reunião festiva, de caráter solene, por ocasião de um acontecimento."

As cerimônias fazem parte dos marcos simbólicos do Movimento Escoteiro, e têm características específicas
em cada Grupo e em cada ocasião. A freqüência em que as cerimônias ocorrem e os participantes também
variam em cada Grupo. As cerimônias prestigiam o desenvolvimento do jovem e incentivam os demais.

• As cerimônias devem ser:


ƒ Simples
ƒ Rápidas
ƒ Personalizadas
• As cerimônias devem ocorrer:
ƒ Logo após a conquista
ƒ Em momento oportuno
ƒ Em local adequado
As cerimônias de entregas de distintivos para jovens marcam o crescimento individual, incentivam os demais e criam
um espírito de Grupo / Seção.
Independente da cerimônia, para realizá-la devemos ter um planejamento e alguns critérios a seguir, entre
eles:

ƒ O que será entregue?


ƒ Por que será entregue?
ƒ Quem recebe? Quem participa?
ƒ Quando ocorrerá? (data e hora)
ƒ Onde será realizada?
ƒ Como será feito? Qual o protocolo e tradições a seguir? Quais os materiais necessários?
Em um cerimonial escoteiro, todos os participantes com exceção dos novos Escotistas ou Jovens que
ainda não o possuem, deverão estar devidamente trajados ou uniformizados. As cerimônias deverão ser curtas,
sinceras e no caso Promessa e Passagem, deverão ser preferencialmente individuais.

1. Bandeira

Em toda reunião escoteira a Lei e a Promessa devem ser lembradas e cumpridas. Assim sempre deve
existir a abertura e o encerramento formal onde colocamos em prática os nossos deveres cívicos e realizamos a
Cerimônia da Bandeira.
Desta forma a sua real importância para o Escotismo é bastante evidente.
A Bandeira deverá ser hasteada no inicio de cada reunião e arriada no término da mesma. Se a atividade
durar mais que um dia a Bandeira deverá ser hasteada no inicio das atividades do dia e arriada antes que
escureça, ou deve ser providenciada iluminação adequada.
Para esta cerimônia a Tropa deve ficar formada em ferradura, com sua abertura de frente para o mastro.
Se a Tropa tiver sua própria bandeira, ela também poderá ser hasteada.

A. Hasteamento

Um Escotista da Tropa deverá supervisionar a colocação da Bandeira, verificando se ela está presa
correta e firmemente à adriça com um nó de escota alceado. Se o mastro possuir mais de um guia para a
adriça, verificar se a Bandeira não está na posição de cabeça para baixo.

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O Escotista da Tropa que dirige o cerimonial solicita dois
voluntários para o hasteamento. Estes deixam suas posições, vão
até o mastro, e enquanto um dos elementos fica junto ao mesmo
(tendo nas mãos a adriça que será puxada no hasteamento), o
outro fica afastado tendo em um dos braços a Bandeira. As mãos
deste Sênior ficam segurando a adriça próximo a Bandeira.
Assim, vista de lado a adriça forma um triângulo retângulo
com o angulo reto junto ao Sênior do mastro. A Bandeira irá subir
pelo lado maior do triângulo. A posição do Sênior afastado do
mastro deve ser tal que, olhando de cima, a adriça divida o circulo
em duas partes iguais. O Escotista que dirige a cerimônia fica em
uma das extremidades da ferradura junto aos demais Escotistas.
O Sênior que estiver com a Bandeira, faz a saudação
escoteira e diz:
-Chefe, Bandeira (nacional, da tropa ou...) pronta para ser
hasteada!’
O Escotista dirá:
-Atenção, Tropa, firme!
-A Bandeira em saudação!
-Pode hastear!

O Sênior que está junto ao mastro vai puxando a adriça, de


maneira uniforme para que a Bandeira não atinja o topo do mastro
aos pulos, porém com certa velocidade para que a cerimônia não
seja cansativa.
Quando a Bandeira atingir o topo a adriça deve ser presa ao
mastro. Enquanto isso o Escotista comanda:
-Descansar!
Os dois elementos que hastearam a Bandeira afastam-se cerca
de três passos do mastro e juntos fazem a saudação para a Bandeira,
voltando em seguida para a ferradura.

B. Arriamento

O Escotista da Tropa que dirige o cerimonial solicita dois


voluntários para o arriamento. Estes deixam suas posições,
aproximam-se, e a mais ou menos três passos de distância do mastro
e fazem a saudação para a Bandeira. Vão até o mastro, desatam a
adriça do mastro, e enquanto um dos Seniores fica junto ao mesmo (tendo nas mãos a adriça), o outro fica
afastado tendo nas mãos a adriça que será puxada para o arriamento. A posição do Sênior afastado do mastro
deve ser tal que, olhando de cima, a adriça divida a ferradura em duas partes iguais. O Escotista que dirige a
cerimônia em uma das extremidades da ferradura junto aos demais Escotistas. O Sênior que está no centro da
ferradura, faz a saudação escoteira e diz,
-Chefe, Bandeira (nacional, da tropa ou...) pronta para ser arriada!’
O Escotista dirá:
-Atenção, Tropa, firme!
-A Bandeira em saudação!
-Pode arriar!
O Sênior que está afastado do mastro vai puxando a adriça, de maneira uniforme para que a Bandeira
não desça aos pulos, porém com certa velocidade para que a cerimônia não seja cansativa.
Quando a Bandeira estiver suficientemente baixa para que o Sênior possa pegá-la e ambos os seniores
começarem a desatar o nó, o Escotista comanda:
-Descansar!
Os dois Seniores dobram a Bandeira, entregam a mesma ao dirigente e voltam para os seus lugares da
ferradura.

Nota:
O Hino Nacional ou da Bandeira pode ser tocada durante o hasteamento ou arriamento. Se os
participantes da cerimônia estiverem cantando o hino não devem fazer a saudação, pois o canto já é uma
saudação. Caso estejam só ouvindo deverão fazer a saudação da forma usual.
Esta cerimônia poderá ser dirigida por qualquer Escotista da Tropa.

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Se houver mais de uma bandeira, a bandeira nacional é a primeira que chega ao topo no hasteamento e
a última a descer no arriamento.

C. Apresentação da Bandeira

Apresenta-se a bandeira em locais que não exista mastro, substituindo o hasteamento e arriamento. Dois
jovens seguram as pontas superiores da bandeira dobra:
Jovem: Chefe bandeira pronta para ser apresentada:
Chefe: Atenção Tropa, Firme, a bandeira em saudação. Pode apresentar a bandeira.
É aberta a bandeira para apresentação deixando-se cair a parte superior da dobra.
Chefe: Firme
Ao fim os dois jovens dobram a bandeira e entregam ao chefe que conduz a cerimônia, podendo fazer a
saudação escoteira para o chefe. Após a saudação o chefe diz: Atenção tropa descansar.

2. Investidura

Essa cerimônia acontece quando o jovem, após sua entrada na Tropa, demonstra interesse em nela
permanecer. Esse é o momento em que ele recebe o lenço que simboliza o Grupo Escoteiro que passará a
integrar. A Cerimônia de Investidora deve desenvolver-se de maneira simples e informal, não devendo ter mais
destaque que a Cerimônia de Promessa. Conforme as circunstâncias e os costumes do Grupo Escoteiro, ela
poderá ser individual ou coletiva. Para um pouco mais de formalidade, poderá haver a presença dos pais.

A Tropa deve estar formada em ferradura. O escotista chama o jovem para ficar à sua frente, e diz
algumas palavras apresentando o novo jovem à Tropa e sobre a importância da data, poderá ser convidado,
um Diretor do Grupo Escoteiro para fazer a entrega do lenço ao jovem, e dizer algumas palavras sobre o que
representa o lenço para o G.E. e a importância do mesmo.

Nota:
Não espere data especial para a Investidura. Marque a data logo que ao jovem manifeste este desejo. Em
alguns casos o distintivo de patrulha é entregue também nesta cerimônia, já que ele também passa a fazer
parte dela.

3. Cerimônia de Promessa

A cerimônia deve ser simples, sincera e solene. É preciso cercá-la da importância que ela
merece, criando um momento especial. A Tropa, os amigos e a família devem ser informados com
a devida antecedência.
Segundo algumas tradições, o lenço escoteiro só deve ser entregue depois que se formulou
a Promessa, mas isso não é apropriado, pois o lenço é uma peça do traje ou do uniforme escoteiro
e não simboliza a Promessa. O único símbolo cuja entrega é apropriada nessa ocasião é o distintivo
de Promessa.
O jovem, após decisão pessoal, fará a Promessa Escoteira. A data é marcada após o Chefe de seção ou
seu Assessor Pessoal ter explicado a ele(a) a importância da Promessa e perguntado se realmente deseja
fazê-la.
A Tropa está formada em ferradura. O Escotista (usualmente o responsável pela seção) pode dizer
algumas palavras sobre a importância da data.
Pede ao Monitor da patrulha à qual o aspirante pertencer que conduza ao centro da ferradura, e retorna
para o seu lugar.
O Chefe da tropa, ou um dos assistentes deverá ter em mãos o distintivo da Promessa (com o respectivo
alfinete de segurança) e o certificado da Promessa, devidamente preenchido e assinado.
Aí se inicia um diálogo que deverá ser feito com voz pausada, alta e clara, mais ou menos nos seguintes
termos:
Escotista: Você conhece a nossa Lei e a Promessa?
Aspirante: Sim!
Escotista: Você está disposto a viver de acordo com a nossa Lei e a Promessa?
Aspirante: Sim
Nota: Se o Escotista pretender que o aspirante cite um artigo da Lei de sua preferência, prepare o jovem
antecipadamente de forma que a resposta pareça natural. Não esquecer que o jovem pode estar nervoso e
pode ter um ‘branco’ na hora
Escotista: Você quer fazer sua promessa hoje?
Aspirante: Sim
O Escotista se dirigindo a Tropa diz:

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-Atenção Tropa firme! Sinal da Promessa!
Escotista diz para o jovem.
-Repita depois de mim: PROMETO FAZER O MELHOR POSSÍVEL PARA CUMPRIR MEUS DEVERES PARA
COM DEUS E A MINHA PÁTRIA AJUDAR O PRÓXIMO EM TODA E QUALQUER OCASIÃO E OBEDECER A LEI
ESCOTEIRA.
O Escotista se dirige a Tropa e diz:
-Tropa firme, descansar.
Aí o Escotista se adianta e coloca o distintivo da Promessa sobre o bolso esquerdo da camisa do traje
escoteiro contando-lhe sobre o significado da Flor de Lis e prega o distintivo do lado esquerdo acima do
coração, pelo compromisso que acaba de ser firmado de coração. Após pregar o distintivo o Escotista da Tropa
deve cumprimentar o novo Sênior, lembrando-o que a partir deste momento ele passa a fazer parte da
GRANDE FRATERNIDADE MUNDIAL ESCOTEIRA.
Em seguida caso o jovem não tenha recebido durante a sua investidura, o monitor deve entregar o
distintivo de patrulha (pregar na manga esquerda), dar as boas vindas a patrulha e retornar a ferradura. Um
dos assistentes ou os pais podem ser convidados pelo Escotista da Tropa para fazer a entrega do certificado de
Promessa. Os pais e demais Escotistas podem então cumprimentá-lo.
O Escotista que comanda a cerimônia pede ao Sênior que se vire para sua Tropa e saúde-a com o seu
primeiro Sempre Alerta em voz bem alta. Ao que a Tropa toda responderá também: Sempre Alerta.
Então o novo sênior retorna para sua Patrulha onde poderá dar o grito de Patrulha seguido do grito de
Tropa.

As seguintes recomendações deverão ser seguidas:


• O período introdutório que antecede a promessa deve ser rápido, não excedendo três meses desde
chegada do Jovem a Tropa.
• A Promessa é feita pelo jovem para a Tropa e não deve acontecer com o objetivo de mostrar o
movimento escoteiro a comunidade ou numa festa da cidade.
• Caso você tenha mais de um Jovem para fazer a Promessa numa mesma reunião faça uma no inicio e
uma no final da mesma. Em quaisquer caso lembre-se que as cerimônias são individuais, isto é se existir mais
de um aspirante para a Promessa, toda a seqüência do cerimonial deve ser repetida para cada jovem
individualmente.
• Esta cerimônia deverá ser dirigida por um Escotista da Tropa (de preferência o Chefe da Seção).
• Lembre a todos que esta é uma cerimônia especial para o novo Sênior, mas que também é uma
oportunidade para que todos renovem a Promessa, refletindo um pouco sobre o seu significado.

4. Cerimônia de Investidura Sênior

Após a promessa ou passagem (no caso de jovens que já pertenciam ao


Movimento escoteiro) o Sênior/Guia pode iniciar seu adestramento no Período Probatório
(Investidura Sênior) paralelamente a conquista de especialidades
Após o término dos demais itens do estágio probatório, deve ser feito o item de
Valores onde o jovem irá assumir o compromisso Sênior. O compromisso sênior é algo
muito marcante na vida do Jovem. Pois provavelmente pela primeira vez em sua vida
está assumindo um compromisso por escrito e com testemunhas. Devido a importância da data a Cerimônia
de Investidura deve ser algo especial e secreto para aqueles que ainda não passaram por ela.
Cada Tropa pode desenvolver uma Cerimônia característica, mas todas devem ter os seguintes itens:
• Os participantes com traje Escoteiro;
• Um local especial para a cerimônia da tropa;
• Um livro onde todas as cerimônias sejam registradas;
• Renovação da promessa;
• Leitura em voz alta e disposição perante todos a cumprir o compromisso Sênior, e logo em seguida
assiná-lo;
• A entrega do distintivo de Sênior Investido;
• Caráter Secreto, somente os investidos sabem sobre a cerimônia;

Como sugestão a Cerimônia pode ter os seguintes itens:


o Um elemento símbolo, que só os investidos reconheçam;
o Ocorrer à noite com iluminação de velas ou tochas;
o Ser assinado por todos os presentes como testemunhas;
o Ser seguida de uma atividade social para os participantes;

A cerimônia NÃO deve ter os seguintes itens:

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o Pactos de sangue;
o Trotes;
o Sacrifícios;
o Provas físicas;
o Qualquer atitude que ponha em risco a segurança física ou moral do jovem.

5. Passagem da Tropa Escoteira para a Tropa Sênior

O(A) Escoteiro(a) está apto a passar para a Tropa Sênior quando estiver entre 14 e 15 anos. A
Tropa Escoteira está formada em ferradura e próximo, a Tropa Sênior está formada também em ferradura. É
possível a colocação de um obstáculo simbólico que não apresente nenhuma dificuldade para o(a) jovem, mas
que marque um novo desafio.
O(A) Escoteiro(a) despede-se de cada membro da Tropa Escoteira e junto com seus companheiros dá
o Grito de Patrulha e de Tropa. Então é levado pelo Chefe da Tropa para o Diretor de Programa ou Diretor
Presidente que o apresenta ao Chefe da Tropa Sênior. O chefe da Tropa Sênior dá as boas vindas e propõe o
desafio para que ele chegue até os Seniores.
OBS:
• A presença do Diretor representa o elo de ligação entre as Seções.
• É importante que os pais sejam convidados para participar de mais uma etapa da vida escoteira de seu
filho.
• Sugerimos que a ficha 120 seja entregue ao chefe da seção subseqüente na ocasião da passagem.

6. Passagem para o Ramo Pioneiro

O Sênior está apto a passar para o Clã de Pioneiros quando estiver entre 17 e 18 anos. Da mesma forma
que na passagem da tropa escoteira, a Tropa Sênior está formada em ferradura e, próximo, o Clã de Pioneiros
está formado também em ferradura.
O Sênior despede-se de cada membro da Tropa Escoteira e junto com seus companheiros dá o Grito
de Patrulha e de Tropa. Então é levado pelo Chefe da Tropa e apresentado para o Diretor de Programa ou
Diretor Presidente. Nesta apresentação é importante falar sobre o desenvolvimento do jovem no período que
permaneceu na tropa, sobre as principais atividades que participou, sobre suas conquistas, destaques de
liderança e importância para a tropa. Então o diretor o apresenta ao Mestre Pioneiro que dá as boas vindas e
convida-o para integrar-se ao Clã.
OBS:
• A presença do Diretor representa o elo de ligação entre as Seções.
• Sugerimos que a ficha 120 seja entregue ao chefe da seção subseqüente na ocasião da passagem

7. Entrega de Distintivos ou Insígnias

Entrega de distintivos de:


Classe
Especialidades
Graduação
Atividade
Participação em atividades
Anual*
Insígnias**
Distintivos Especiais**

Estas entregas são mais simples que uma Promessa, podem ser entregues vários distintivos e
certificados em uma mesma cerimônia. Deve-se destacar o esforço e dedicação do(a) Escoteiro(a).
É obrigatória a emissão dos certificados para etapas de Classe, especialidades, graduação, de
atividade, de participação em atividades, insígnias e distintivos especiais. Estes certificados devem ser
entregues juntamente com o distintivo.

*O distintivo anual deve ser entregue juntamente com o cartão anual.

** As Insígnias e os distintivos especiais podem ser entregues em uma cerimônia mais elaborada onde
o esforço do jovem seja reconhecido. As outras seções do ramo e os pais do jovem podem se convidados, e o
jovem pode renovar sua promessa.

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COMO ENSINAR E AVALIAR

Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja, no movimento escoteiro ou na escola, de


um modo ou de outro, todos nós acabamos envolvendo algum tempo da nossa vida com ela. Em alguns
momentos para aprender e outros para ensinar. Para poder saber, para poder fazer, para ser ou para
conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação.

Não há uma forma única nem um único modelo de educação, a escola não é o único lugar onde ela
acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a única prática e o professor não é o seu único
praticante.

Educação é um processo contínuo, que começa nas origens do ser humano e se estende até à morte. É um
processo vital, para o qual concorrem forças naturais e espirituais, conjugadas pela ação consciente do educador e
pela vontade livre do educando. Não pode, pois, ser confundida com o simples desenvolvimento ou crescimento
dos seres vivos, nem como a mera adaptação do indivíduo ao meio em que vive.

É atividade criadora, que visa levar o ser humano a realizar as suas potencialidades físicas, morais,
espirituais e intelectuais.
Não se reduz à preparação para fins exclusivamente utilitários, como uma profissão, nem para
desenvolvimento de características parciais da personalidade, como um dom artístico, mas abrange o homem
integral, em todos os seus aspectos.

Dividamos aqui a educação em formal e informal:

A formal é regulamentada, é a chamada dos bancos escolares, obrigatória, regular, com inicio, meio e fim.
Já a não formal, relaciona-se à família, à igreja, ao meio social em que estamos inseridos e participamos.
O movimento escoteiro, é uma opção de educação não formal, voluntária e participativa.
Isto posto, vamos então relacionar a "educação", a que chamaremos "ensinar" dentro dos parâmetros
do movimento escoteiro, que nada mais é do que uma outra forma de educação.

Definamos então ensinar:

"Ministrar o ensino, transmitir conhecimento, instruir, lecionar, ensinar boas maneiras, treinar, adestrar, dar
a conhecer, indicar um caminho... " (Aurélio p.660) - 2º Edição, revista e aumentada - 1986.

Como o propósito do movimento escoteiro é contribuir para que os jovens assumam o seu próprio
desenvolvimento, o papel do ensino de técnicas mateiras, atividades manuais ou primeiros socorros incentiva o
jovem a buscar o seu próprio caminho na conquista de seus objetivos pessoais, por isso, dentro das definições
relacionadas acima, a nós, do movimento escoteiro, cabe INDICAR CAMINHOS. Para isso são necessários alguns
cuidados no transmitir.

COMO ENSINAR

Um dos pontos que caracteriza o Movimento Escoteiro é o APRENDER FAZENDO. Educando pela ação, o
Escotismo valoriza:
ƒ O aprendizado pela prática;
ƒ O treinamento para a autonomia, baseado na auto-confiança e iniciativa;
ƒ Os hábitos de observação, indução e dedução.

Para alcançar esses objetivos, alguns pontos são importantes:

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1º - Um bom relacionamento: Ter um clima favorável à transmissão, ser o irmão mais velho, o amigo da
turma, aquele que na hora de brincar e se divertir é brincalhão e participa da alegria, mas sabe parar na hora de
falar sério e mesmo mantendo a disciplina tem uma postura simpática e amigável.

2º - Palavras adequadas: A linguagem é um dos meios de comunicação mais eficazes, se bem utilizada.
Para tanto deverá ser, clara, de domínio dos jovens, de fácil entendimento. Ouvir também é importante! B-P já
dizia: “ouça o jovem”.

3º - Ênfase ao importante: Não se prender em detalhes, muitas vezes desnecessários, e esquecer do


principal, aquilo que realmente desejamos que seja fixado.

4º - Material apropriado: Os recursos que utilizarmos deverão estar presentes para uma melhor fixação
dos conteúdos, tem que ser adequados e apropriados a faixa etária, e principalmente ao objetivo que desejamos
alcançar. Por exemplo, se desejo ensinar a utilizar um rádio HT, devo estar com um, se desejo ensinar nós, devo
ter cabos próprios à esta finalidade.

5º - Prática - Preconizado com um dos pontos do método escoteiro, o aprender fazendo é fundamental
para nos auxiliar na aprendizagem. Utilizar o que se aprendeu, para que o jovem veja objetivo nos conteúdos
transmitidos, além, é claro, de base para o desenvolvimento futuro. Se não usamos regularmente algo que
aprendemos acabamos esquecendo.

6º Posição adequada dos jovens e do instrutor: Em muito auxiliará se tanto o instrutor como os jovens
estiverem bem acomodados e no local adequado. Cuidados com barulhos desagradáveis, circulação de pessoas
etc... e principalmente com a segurança dos jovens.

7º - Esclarecer as dúvidas: No momento em que o jovem leva a tona uma dúvida, é o momento adequado
para que esta seja dirimida. Deixe que os jovens façam as perguntas desejadas, a qualquer tempo. Mas cuidado
para que não se fuja do objetivo e se perca muito tempo com especulações.

8º - Envolver especialistas: Procure profissionais das diversas áreas para que o ensinamento seja dado
da melhor maneira possível. Os pais, pioneiros, mães ou outras pessoas, do grupo ou fora dele, podem e
devem colaborar neste serviço. Não queira ser um super-homem e ministrar todos os ensinamentos do ramo.
Você com certeza não fará bem feito.

9º - Preparação do escotista: Para toda atividade que desenvolvemos na Tropa há necessidade de


preparação, o mesmo ocorrendo com o escotista ou instrutor para ministrar algum ensinamento. Leia, procure
todas as informações possíveis para que realmente esteja preparado para as diversas dúvidas que poderão ocorrer.
Quanto mais apto estiver ao ensino, mais seguro estará da atividade.

10º - Tempo apropriado: Com jovens, através do sistema de bases, não se recomenda que o tempo de
instrução seja demasiado longo, porque estaremos sujeitos a dispersão e isto torna o ensino dificultoso. O
tempo sugerido para uma base é de, aproximadamente, 15 minutos. Se houver necessidade de mais tempo,
planeje a atividade de maneira que os assuntos sejam sub-divididos em várias bases e que os jovens possam
praticar os ensinamentos recebidos.

Para o ensino devemos utilizar os mais diversos recursos, adequados é claro à faixa etária na qual
trabalhamos. Na Tropa podemos lançar mão, por exemplo de: Jogos, canções, dramatizações, quadros, slides,
filmes, flanelógrafo, teatro, álbum seriado, pistas, cartazes, demonstrações, modelagem, pinturas, discos, gravuras,
rotofólio, revistas, modelos que funcionem, objeto real, gravações em fita, quebra-cabeças, etc...
Para cada espécie de aprendizagem há maneiras que são mais adequadas, que imprimem mais
significação e tornam o aprendizado mais fácil para o jovem, que devem ser determinados pela natureza do
aprendizado e pelo nível de desenvolvimento dos jovens que queremos atingir. Quanto mais criativo e dinâmico o
modo de ensinar, mais facilmente se atingirá o aprendizado.

Lembre-se:

"A pior maneira de aprender é ficar sentado ouvindo, e dificilmente possa ser chamado de alegre.”

Até agora percebemos o quão importante é o papel da transmissão do conhecimento e ainda cabe neste
processo:

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- Definição de objetivos a serem atingidos: Aqui cabe ressaltar, outro ponto do método escoteiro -
Orientação individual. Temos que considerar cada jovem, seu progresso, o que necessita, o que pode auxiliá-lo a
melhorar no aprendizado: métodos, técnicas individuais etc...

- Definição do recurso de ensino: Qual o recurso mais adequado para a transmissão do conteúdo. Um
quadro? Um cartaz? Um filme? Um jogo? Qual a maneira mais adequada para que os jovens possam receber o
ensinamento e realmente alcançar um aprendizado? Como irão demonstrar se absorveram os conteúdos?

- Preparação do ensinamento - pesquisa: Como já dissemos acima a pesquisa é necessária para que o
instrutor esteja preparado, embasado, com um bom conteúdo a ser transmitido e demonstre segurança.

- Distribuição das tarefas: Em uma Tropa, normalmente sua chefia é composta por mais do que um
escotista. A responsabilidade do ensino é dividida por todos. Todos somos educadores dentro de uma Tropa, a
responsabilidade não é única do Chefe de Seção, todos são igualmente responsáveis pelo que a equipe venha a
desenvolver.

- Troca de experiências: O escotista deve estar aberto a todo tipo de novidade no campo da educação, e
somente através de encontros, cursos, Indabas, seminários, etc... poderá vivenciar, perceber e realizar novas
atividades, programações e utilizar novos recursos de ensino em sua seção, o que, com certeza, só trará bons
resultados.

Tudo o que vimos até agora refere-se apenas ao ensino, as maneiras pelas quais TRANSMITIREMOS o
conteúdo necessário. O que difere-se em muito de avaliação, que veremos a seguir.

AVALIAR

Definamos então avaliação:

"Determinar a valia ou valor, o preço, estima, calcular, o merecimento, fazer apreciação..." (Aurélio p.205)
- 2º Edição, revista e aumentada - 1986.

Será o momento em que verificaremos se: O que transmitimos foi assimilado e aprendido pelos jovens.

Este momento merece um comentário especial: Quando estamos transmitindo um determinado conteúdo,
não estamos avaliando se o jovem aprendeu. Este jovem deverá receber o ensinamento para posterior avaliação.
Entenda-se posterior avaliação como o mínimo de uma semana após receber o ensino.

A avaliação, como no ensino, poderá ser dividida em:

Formal - Quando o jovem sabe que está sendo avaliado.

São os momentos em que eu digo: "Neste momento vou avaliar se vocês aprenderam como tratar de um
ferimento leve", ou seja, o jovem tem conhecimento de que está passando por um processo de verificação.

Informal - Não é do conhecimento do jovem que ele está no processo avaliativo.

Poderá ser verificada a qualquer momento, num jogo, em uma conversa, desde que, primeiramente ele
tenha recebido o conteúdo. A avaliação será eficaz se seu processo for:
ƒ Dinâmico – a avaliação é movimento, reflexão e ação;
ƒ Participativo – trabalho participativo e de cooperação entre escotista e jovem;
ƒ Sistemático – cabe ao escotista organizar diversos instrumentos e formas de avaliar;
ƒ Objetivo – deve-se ter de forma clara quais os resultados que se pretende alcançar;
ƒ Válido – tem que ser confiável e segura para ambos.

A avaliação tem características que deverão ser observadas:

1º - Deverá ser relacionada ao objetivo do ensino: Deverá estar intimamente ligada ao nosso planejamento
de ensino. O que pretendo atingir com cada jovem. É isto que iremos avaliar, se atingimos nosso objetivo com
aquela criança específica.

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2º - É continua, não é um momento, é constante: Quando transmitimos um conhecimento esperamos que
este seja sempre mantido, ou melhor, seja a base para um novo conhecimento, portanto, a avaliação é contínua
pois, para um novo aprendizado, é necessário o conhecimento anterior.

3º - Analisa individualmente cada jovem: A avaliação dentro da Tropa refere-se a cada indivíduo. Não
existem médias, ou estimativas, cada jovem é avaliado de acordo com suas próprias potencialidades, independente
dos demais.

4º - É fundamental para o aperfeiçoamento do planejamento do ensino: Através da análise do


aperfeiçoamento de cada jovem da Tropa poderemos alimentar nosso planejamento do que precisamos ensinar e
do modo que iremos fazê-lo. Verificaremos as necessidades dos jovens e o progresso que cada um obteve e o que
estamos alcançando com nossas atividades. Assim podemos buscar ações corretivas.

5º Utilizar técnicas e processos variados: Da mesma maneira que utilizamos recursos diferentes para
ENSINAR, utilizamos também recursos diferentes para AVALIAR os conteúdos trabalhados. Por exemplo: jogos,
dramatizações, canções, brincadeiras, atividades específicas, observação, conversações, etc...

Um dos melhores instrumentos para avaliar é a observação individual e constante dos jovens, através de
suas atitudes.

É através da avaliação que saberemos como estamos e para onde podemos ir. Existem 3 técnicas básicas
de avaliação:

ƒ Observação;
ƒ Auto-avalição;
ƒ Aplicação de provas = jogos ou atividades para demonstrar o aprendizado.

O processo de avaliação também segue alguns princípios:

- Determinar quem vai ser avaliado: Através do acompanhamento individual de seus jovens, deverá ser
estabelecido, ou determinado quem vai ser avaliado, e a maneira pela qual será avaliado.

- Determinar o que vai ser avaliado: Utilizando-se do planejamento você terá condições de saber o que os
jovens receberam de ensinamentos, e será isto que irá avaliar: O QUE OS JOVENS RECEBERAM DE ENSINAMENTO
E O QUE REALMENTE APRENDERAM.

- Estabelecer critérios para a avaliação: Estabelecer o que deve ter sido aprendido de mínimo para
considerar o objetivo alcançado, ou verificado, sempre considerando as diferenças individuais de cada jovem.
Lembre-se: o processo de ensino é individual, e cada jovem tem o seu ritmo em aprender, da mesma forma seu
ritmo deve ser respeitado no demonstrar o conhecimento do aprendizado.

Com isso podemos levantar as principais funções da avaliação: primeiramente para acompanhar o
progresso de cada jovem, razão de nosso trabalho, e realimentar o nosso planejamento.
Planejamento este que deve ser flexível, sujeito a alterações necessárias de acordo com ritmo de nossa
Tropa e coerente com a realidade de nossa seção. Executaremos o que nos é possível realizar, não planejar
situações utópicas e fora da realidade de nosso grupo.

Ao escolher uma técnica ou instrumento de avaliação, deve-se cuidar com o tipo de habilidade que se
deseja verificar. Podemos classificar os diferentes níveis ou categorias de habilidades em:
ƒ Conhecimento – refere-se à habilidade de memorização;
ƒ Compreensão – refere-se à habilidade de entendimento de uma comunicação literal, onde o
jovem não deve apenas repetir, mas compreender o que aprendeu;
ƒ Aplicação – refere-se à habilidade para usar abstrações em situações particulares e concretas;
ƒ Análise – refere-se à habilidade de desdobrar uma comunicação em seus elementos ou partes
constituintes;
ƒ Síntese – refere-se à habilidade de combinar partes e elementos de modo a formar um todo;
ƒ Avaliação – refere-se à capacidade de julgamento.

Por fim, listamos abaixo quem avalia:


ƒ O escotista;

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ƒ A equipe de escotistas;
ƒ O Jovem;
ƒ Os pais dos jovens;
ƒ O monitor;
ƒ Os demais membros da patrulha;
ƒ A Corte de Honra;
ƒ Os professores;
ƒ Os amigos.

ANOTAÇÕES

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COMIDA MATEIRA E FOGUEIRAS

COMIDA

Ao escolhermos o cardápio para o acampamento, devemos lembrar de uma palavra: C A V E


Essa palavra diz muito o que precisamos para uma boa refeição:

C– custo C – cereais – arroz, feijão, trigo, pão, macarrão, etc.


A- adequação A – animal – carne, leite, manteiga, ovos, presunto, etc.
V- variedade V - vegetal – legumes, verduras, etc.
E- equilíbrio E - evitar – balas, doces, chicletes, salgadinhos, etc.

Esses itens devem ser balanceados, isto é, um pouco de cada um, conforme a tabela.
Um escoteiro experiente consegue fazer uma refeição em poucos minutos, tendo tudo preparado de antemão,
antes de sair da sede. É bom Ter uma relação de pratos e seus ingredientes, para melhor lembrar das variações
possíveis, ou seja, com os mesmos ingredientes, faz-se mais de um prato.

COMIDA MATEIRA

A comida mateira é composta de pratos e técnicas especiais, receitas que utilizam o que está a mão em
ocasiões onde os utensílios de cozinha ou muitos ingredientes não estão disponíveis. Mesmo assim o resultado
quase sempre é delicioso.

Cozinha em papel alumínio

Cozinhar em papel alumínio é a versão moderna de cozinhar em folhas ou argila. É uma maneira limpa e fácil, e
sem panelas para carregar ou pratos para lavar.
Princípio: o papel alumínio é usado para grelhar, cozinhar, fritar, dourar e cozinhar alimentos no vapor.
Cozinhar no vapor se faz selando o alimento num envelope de maneira que a umidade não possa escapar.

Fogo(s): para cozinhar em papel alumínio, é necessário um fogo que produza rapidamente um leito de brasas
de mais ou menos 5 cm. Pode-se usar madeira boa condutora de brasas, carvão em pedaços ou uma mistura
dos dois.

Preparação: para fazer uma frigideira de papel alumínio, corte um galho flexível o suficiente para fazer uma
alça no final.Prenda a alça com um nó no próprio galho ou com arame. Se não for possível fazer uma alça,
corte uma forquilha, com pontas de 10-20 cm, depois da forquilha, dependendo do tamanho da frigideira
desejada. Quer usando a alça ou a forquilha, corte um pedaço de papel alumínio que ultrapasse de 8 cm as
dimensões da alça ou da forquilha. Se você desejar uma frigideira com maior profundidade, deixe o papel
alumínio afundar um pouco no meio. Depois de formar a frigideira, enrole o excesso de papel alumínio ao redor
do galho na alça ou na forquilha.

Alimentos: tais como: carnes, vegetais e frutas são com mais frequência cozidos em papel alumínio. Cozinhar a
vapor é o método mais comum utilizado. Refeições completas são frequentemente colocadas juntas e cozidas
numa só peça de papel alumínio.
A cozinha em papel alumínio pode ser usada de várias maneiras:
* aquecer pão
* cozinhar vegetais (espigas de milho, cebolas, tomates, etc.).
* fritar toucinho e ovos
* ferver pequenas quantidades de água ou outros líquidos.

PASSOS:

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- corte duas peças de papel alumínio fino ou uma peça de papel alumínio espesso na dimensão igual a duas
vezes a circunferência do item a ser embrulhado.
- coloque o alimento no meio do lado mais brilhante da folha.
- adicione uma pequena quantidade de água se o alimento for muito seco.
- dobre a folha juntando e dobrando as pontas em dobras de mais ou menos 1 cm, até que não possa mais ser
dobrada.
- achate o topo do envelope e verifique que ele fique bem selado.
- se ainda precisar selar, coloque este envelope sobre outra folha de papel alumínio e dobre novamente.

Se as brasas estiverem muito quentes ou se estiver usando carvão, pode-se prevenir a queima do alimento
enrolando o primeiro envelope de alumínio em 3 camadas de jornal antes de enrolar uma nova folha de
alumínio.
Uma outra forma de prevenir a queima do produto é colocar um vegetal com grande quantidade de umidade ao
redor do alimento.
Por exemplo: coloque fatias de cebola dos dois lados de um hambúrguer; enrole folhas de repolho em carne
moída. Uma outra maneira de garantir que a sua comida não irá queimar é virá-la de 5 em 5 minutos, evitando
que qualquer ponto fique muito quente.

PÃO À CAÇADOR

Ingredientes: 500gr de farinha de trigo, 1 colherinha de sal, 1 xícara de água morna, 1


tablete de fermento fresco tipo padeiro. (este é o tradicional)
O sofisticado: 1 k de farinha de trigo, 2 ovos, 1 colherinha de fermento royal, água ou
leite, sal e açúcar.
Tradicional: coloque em um recipiente a água morna e dilua na mesma, o sal. Agora
misture o fermento com a farinha. Após isso, faça um monte com a farinha de trigo,
cave uma depressão e nela coloque um pouco da água preparada anteriormente, vá
mexendo, apertando, colocando mais farinha e água a medida que a mistura vai se
transformando em massa. Amasse com paciência até que a massa não grude mais nas mãos.
Transforme essa massa em uma tripa da grossura de um dedo e enrole-a num espeto, previamente aquecido.
Cozinhe-o em um fogo de brasas, a distância de 10 a 15 cm, girando de tempos em tempos para que asse de
todos os lados, lentamente.
O sofisticado: em uma bacia, ou mesa forrada com plástico limpo, coloca-se a farinha em forma de vulcão.
Sobre a farinha, quebra-se os ovos, e coloca-se o fermento, o sal e o açúcar. Mais sal se o pão deve ser
salgado. Mais açúcar se o pão deve ser doce. Coloca-se um pouco de água ou leite e vai misturando com as
mãos. A água ou leite deve ser adicionada aos poucos para evitar que a massa fique muito mole. Para evitar
que a massa grude nas mãos, molhe-as com água antes de misturar e sovar a massa.
Após sovar bem a massa, dê a forma de uma linguiça, com cerca de 5 cm de diâmetro.Enrole a massa em um
espeto e põe para assar sem contato com a chama e de modo lento. Se não tiver um espeto pronto, pega-se
um galho, retira-se a casca e põe-se ao fogo para secar. É necessário a retirada da casca e a secagem para
evitar que o galho verde deixe gosto ruim no pão.

PÃO DE MINUTO

Para fazer o pão de minuto, utiliza-se a mesma massa da receita tradicional acima, porém, ao invés de enrolar
a massa em um espeto, faça pequenas “bolinhas” com a massa, de aproximadamente 3 cm cada uma. Coloque
as bolinhas em uma bandeja metálica e leve ao fogo. Quando as bolinhas secarem, o pão está pronto.

SONHO

A mesma massa de pão a caçador sofisticado. Faz-se um bolo do tamanho que se quer o sonho e recheia-se
com goiabada ou outro doce. Fecha-se o bolinho e envolve-se com papel alumínio. Com um palito, fura-se o
bolo para evitar pressões internas que o doce provoca. Joga-se na brasa, cobrindo com as brasas ou então
virando de vez em quando. O papel alumínio deve ser usado com a parte brilhante para dentro, junto ao
sonho.(pode-se untar o papel alumínio com óleo para evitar que a massa grude no papel).

BATATA RECHEADA

Ingredientes: batatas grandes, carne moída, sal e temperos.

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Corta-se a batata ao meio e com uma colher escava-se o interior das duas metades. Coloca-se a carne já
temperada na cavidade, fecha-se a batata prendendo-a com palitos e embrulha-se em papel alumínio. Joga-se
na brasa, cobrindo-a com brasas ou virando-a de vez em quando.

OVO NO ESPETO

É necessário furar o ovo nas duas extremidades, para isso, utilize um espeto destes que é vendido nos
mercados para espetinhos de carne ou um galho sem a casca, com a ponta bem afiada, é necessário cuidado
para não quebrar o ovo, sendo também possível se colocar mais de um ovo, dependendo do tamanho do galho
(sem exageros). Após, coloque o espeto com o ovo ou os ovos a uma distância de cerca de 15 cm de um fogo
em brasas.
Obs: caso você tenha feito o pão a caçador utilize um pouquinho da massa para vedar os buraquinhos nos
ovos.

OVO NO BARRO

Quando o barro começar a rachar, o ovo estará cozido.Envolve-se o ovo com barro com cerca de 1 cm de
espessura. Joga-se nas brasas.

TROUXINHA SABOROSA

Com as sobras das batatas podemos adicionar um cubinho de caldo de carne (ou menos) diluído em um pouco
de água, cenoura picadinha, repolho, ovos crús, pimentão ou ainda uma seleta de legumes, em um recipiente
misture bem tudo, com cuidado faça uma trouxa com estes ingredientes em um bom pedaço de papel alumínio,
apertando bem as extremidades, coloque sobre as brasas, virando com cuidado apenas uma vez, não demora
muito para ficar pronto.

ARROZ SEM PANELA

Ingredientes: arroz, água, sal, caixa de leite.


1- abra a caixa de leite pela parte de cima.
2- encha dois terços da caixa com água.
3- coloque 3 punhados de arroz e uma pitada de sal.
4- feche a caixa com um pedaço de papel alumínio, de forma que você possa tirar e recolocar para verificar o
cozimento e coloque perto da brasa.
5- não deixe o arroz queimar
6- o arroz demora cerca de meia hora para ficar pronto.
Nesta receita pode-se acrescentar linguiça calabresa, milho e ervilha, formando um pequeno carreteiro, ou
ainda um arroz doce, acrescentando leite condensado, côco ralado e canela já no prato.

BANANA CARAMELADA

Pegue a banana e abra pela metade uma de suas abas. Coloque então o açúcar, que pode ser colocado em
excesso. Agora feche novamente a aba da banana e envolva-a completamente com papel laminado. Agora
coloque-a dentro de um fogo em brasas, após cerca de 15 minutos retire-a do fogo e do papel laminado,
polvilhe canela e delicie-se.

MAÇÃ COM GOIABADA

Ingredientes: maçã, goiabada, papel alumínio.


1- retire o caroço da maçã
2- preencha o buraco com goiabada
3- embrulhe a maçã no papel alumínio
4- coloque a maçã embrulhada perto da brasa da fogueira
5- a maçã estará pronta quando o papel alumínio estiver escuro.

ARROZ NA MORANGA

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Abra na moranga uma tampa de uns 7 cm., na parte de cima da mesma e retire seu miolo. Coloque o arroz, a
água e seus temperos na moranga. Agora, basta cozinhar da mesma maneira que se fosse uma panela normal.
Assim, o arroz trará o sabor da moranga, junto com o seu gosto natural.
Se dispensar o sal, coloca-se côco ralado e leite condensado, fica uma excelente sobremesa.

Bom acampamento e bom apetite!

FOGUEIRAS
Os índios Peles-Vermelhas tinham quatro tipos de fogueiras:
- O fogo de conselho dentro do Tipi, era do tipo solene e formal.
- O fogo da amizade, algo maior que o fogo de conselho, era usado por todos do povoado para se aquecerem.
- O fogo de sinalização era feito para a sinalização com fumaça.
- O fogo de cozinha era uma fogueira muito pequena de brasas vermelhas e brilhantes, de elevada
temperatura.

Limpando o chão: num raio de 2 metros de distância do fogo, varrendo a relva e folhas
secas, galhos. Recoloque-os onde estavam quando apagar a fogueira. Cave um buraco no
centro da área preparada, use pedras condutoras de calor para forrar o buraco. Evite pedras
que contenham calcário, xisto ou umidade, pois podem explodir ao serem aquecidas.
Numa área relvada cave a relva e suas raízes com uma pá, guardando a terra num local
úmido e à sombra. Depois de apagado o fogo, recoloque a relva com as raízes e molhe o
relvado a fim de que continue a crescer.

TIPOS DE FOGUEIRAS

O tipo de fogueira que se fizer, dependerá do propósito a que ela se destina.

Fogueira tipo pirâmide:


Reuna os gravetos a serem usados para acender o fogo e a lenha antes de começar a montar a figueira.
Mantenha a pilha de lenha perto do fogo o suficiente para uso rápido. Arme uma fogueira tipo pirâmide como
base para todos os outros tipos. É boa para ser usada com o forme refletor porque produz chamas altas.
Para fazer uma fogueira pirâmide, coloque uma grande quantidade de ísca no centro da área onde fará o
fogo. Cerque a ísca com gravetos dispostos de maneira que as pontas se toquem no alto. Coloque lenha ao
redor dos gravetos da mesma forma. Deixe uma pequena abertura, no lado onde bate o vento, para que o ar
atinja o meio da fogueira. Também pelo meio da fogueira, acenda a ísca com um fósforo. A chama se alastrará
pela ísca e a seguir pela lenha. Mantenha a fogueira compacta, com cada pedaço de madeira tocando os
outros pedaços.

Fogueira quadrada:
A fogueira quadra é usada quando se quer obter uma base profunda de carvão para cozinhar algo num
caldeirão de ferro, assar salsichas ou alimentos enrolados em papel de alumínio. Como queima por longo
tempo, é também boa para ser usada no fogo de conselho.Para se fazer uma fogueira quadrada, arme primeiro
uma pequena fogueira do tipo pirâmide entre dois pedaços grossos de madeira. Usando-os como apoio,
coloque várias camadas de lenha, cruzando umas com as outras, por cima da primeira fogueira.Acenda a
fogueira pirâmide e a lenha da fogueira em patamares pegará fogo.

Fogueira tipo estrela:


A fogueira tipo estrela, as vezes chamada de “fogueira de preguiçoso” porque a lenha é colocada à medida que
queima. Comece fazendo uma fogueira tipo pirâmide. Assim que estiver queimando, coloque pedaços de lenha
em volta, formando uma estrela. Vá colocando a lenha no fogo conforme necessário. Use essa fogueira para
fazer fogo lento, necessário quando se cozinha com uma panela num tripé.

Como apagar o fogo:


Apague fogueiras comuns, cobrindo-as completamente com terra ou derramando água.

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sobre elas.
Para apagar fogueiras com terra, faça o seguinte:
1- deixe que o fogo abaixe.
2- separe os pedaços de lenha em chamas, mas mantenha-os na área da fogueira.
3- jogue terra sobre as brasas e cinzas para abafar o fogo. Fique mexendo o carvão e as cinzas até se
apagarem.
4-certifique-se de que o fogo está completamente apagado, colocando as mãos por sobre as cinzas para ver se
ainda há algum calor. Use mais terra se necessário.
5-quando as cinzas estiverem frias, cubra a área com terra, Recoloque toda a relva com as raízes que tenha
retirado. Faça com que o local pareça não Ter sido visitado por ninguém.

Para apagar fogueiras com água, faça o seguinte;


1- molhe a área em volta da fogueira.
2- borrife água sobre o fogo. Não derrame água, pois o vapor resultante poderá queimá-lo.
3- espalhe as brasas com uma vara.
4- borrife água novamente. Vire os gravetos ainda acessos e molhe-os de todos os lados.
5- derrame água no fogo, mexendo até que só restem cinzas encharcadas.
6- siga os mesmos procedimentos e cuidados relativos à terra.

Incêndios acidentais:

1- caso se inicie um incêndio mande alguém notificar o corpo de bombeiros.


2- se uma barraca pegar fogo ou houver fogo perto de uma barraca, arranque as ferragens ou mastros que a
sustentam. Estando no chão, pode-se abafar o fogo com os pés, ou jogar água ou terra sobre ela, e se estiver
armada corre-se o risco de queimar rapidamente e o fogo se alastrar para o alto das árvores.
3- se suas roupas pegarem fogo, role na terra, enrole-se num cobertor ou toalha, ou pule dentro da água.Não
corra. Correr faz o fogo alastrar-se mais rápido.
4- se a gordura numa panela pegar fogo enquanto estiver cozinhando, jogue sal, bicarbonato de sódio, farinha
ou areia. Não jogue água na gordura em chamas. Se possível abafe o fogo com uma tampa de panela.

A NATUREZA DEVE SER PRESERVADA E PLANEJANDO BEM O LOCAL DO FOGO, ELA NÃO
SERÁ PREJUDICADA.

Impermeabilização de fósforos:

- impermeabilize os fósforos, mergulhando-os em parafina derretida. Guarde os fósforos num recipiente à prova
d’água e em locais diferentes na sua bagagem, para o caso de chuva ou acidentes. Potinhos de filmes são
ótimos para guardar fósforos.

Isca de massa de isopor:

- isopor em pedaços, obtidos de embalagens, caixa de ovos, etc. A massa é feita misturando-se o isopor com
gasolina e amassados na mão até virar uma pasta. Se os pedaços forem muito pequenos, usa-se uma lata com
gasolina dentro e joga-se aí os pedaços de isopor que vai se desmanchando e formando uma pasta na fundo.
Esse tipo de ísca pode ser guardada em saquinho de plástico, ou latas, ou potinhos de filme.Corta-se em
pedaços e em contato com o ar, ela vai criando uma casca exterior, porém internamente continuará úmida,
podendo ser usada.

Algodão com parafina:

- derrete-se a parafina de tocos de velas em uma lata. Coloca-se algodão na lata, para embebê-lo na parafina,
forçando-o para dentro do líquido. Deixa-se esfriar e corta-se em pedaços. No lugar do algodão pode-se usar
outro material como papel higiênico, trapos.

Jornal com parafina:


- enrola-se jornal em rolos com cerca de 4 cm de diâmetro e amarra-se com barbante a cada 5 ou 6 cm. Corta-
se em pequenos cilindros entre as amarras e mergulha-se em parafina derretida. Após os mesmos absorverem
a parafina, retira-se para esfriar.

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ARTES MATEIRAS

NÓS

Anel de Giwell

Falcassa

Falcassar um cabo faz com que suas pontas não se separem ou desfiem. Use barbante
ou fio torcido (de preferência alcatroado). Coloque-o dobrado ao longo do cabo e
comece a enrolar o chicote mais longo. Faça cada volta bem apertada e bem próxima
da volta anterior. Vá enrolando, até cerca de um centímetro da extremidade do cabo.
Depois, passe a extremidade dentro do anel e puxe lentamente a outra extremidade
do fio, evitando dar puxões. Esta operação conduzirá a ponta para dentro da falcassa.
Leve-a ao meio desta e, finalmente, corte as pontas do fio, bem rentes, dos dois
lados.

Direito

Para emendar ataduras e emendar cabos com o mesmo diâmetro.

Direito alceado

É o nó que quando precisa ser solto, e é feito deixando-se uma alça em um dos
chicotes bastando, então puxar uma das extremidades para que ele se desfaça.

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Aselha

Usado para suspender prumo, formar uma alça ou asa, ou destinado a pendurar um cabo. É
dado na ponta de um cabo; não poderá receber esforço, pois será difícil de desfazer. Outras
vezes é feito em um ponto puído do cabo para substituir o catau.

Balso pelo Seio

É o nó dado em cabos dobrados, de modo que fiquem duas alças firmes, usado em
casos de salvamento, ficando as pontas do cabo livre para o trabalho de descer e
guiar o paciente.

Cadeira de Bombeiro

Ficando as pontas do cabo livres para os casos de salvamento, sobretudo de certa


altura, em casos de incêndio. O nó é reforçado por dois cotes laterais, para firmá-
lo bem.

Catau

Para encurtar ou esticar um cabo frouxo.

Nó de Correr

Feito com um alça para apertar sempre que puxar.

Enfardador

Nó utilizado para esticar um cabo. Prende um cabo a um estai (ribeira) e


em seguida, no outro estai, faz-se um S na corda colocando a ponta do S
virado para o lado onde foi dado a ribeira, fazendo-o um cote, do outro
lado, ficará com uma alça. Pegue a ponta da corda e dê uma volta sobre
a árvore, esticando-a e volte pela árvore dando no cabo vários cotes.

Nó de Fateixa

É o nó que se faz para firmar um cabo em uma barra, em anel, para


amarrações firmes, ou para prender a fateixa, que é uma âncora

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pequena como argola. O nó consiste em uma volta redonda com cotes, passando o primeiro por uma volta para
não apertar.

Escota / Escota Alceado


Para emendar cabos de diâmetros igual ou desigual, ou para pender um cabo numa
argola.

O alceado para prender a bandeira.

Volta do Fiel

Para amarrar o cabo à vara nos trabalhos de pioneiria.

Volta do Fiel Duplo

É usada em lugar da simples volta do fiel e para amarrar cabos de retenção e


espias.

Forca

Arme a laçada conforme o esquema, deixando a ponta de trabalho para executar as


voltas. Realize finalmente e, ao fazer a última volta, introduza da ponta de trabalho na
laçada superior do nó. Em seguida puxe a laçada inferior pelo lado correspondente à
ponta e conservar as voltas seguras. O laço é regulado movimentando-se o lado da
corda correspondente à sua parte fixa.

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Nó de Frade

Nó utilizado para criar um tensor na corda, servindo para parar uma roldana, ou
como escada ou até mesmo em transmissão de morse.

Lais de Guia

Forma uma laçada que não corre. É usado para salvamento.

Nó Moriga

Nó especial para amarrar nos gargalos de garrafas ou jarros, de grande utilidade. É


seguro e resistente.

Nó Oito

Este nó volumoso fácil de ser desfeito, quando não for apertado demasiadamente. É
usado comumente sempre que queira criar uma protuberância numa corda, servindo
perfeitamente quando se fizer necessária a fixaçaõ de uma corda em seu encaixe. Neste
caso, o nó poderá ser empregado se não houver uma estaca ou outro local se amarre a
corda.

Volta do Salteador

Nó utilizado para descer de um tronco com um dos cabos e desamarrar o nó


com a outra ponta do cabo.

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Volta Redonda com Cotes

Este nó é bem útil. Serve para amarrar um cabo a um


mastro ou verga e também a uma argola ou arganéu
apertando-o. O importante é fazer o cabo dar duas voltas
em torno do mastro para segurar bem apertado.

Volta da Ribeira

Utilizado para prender uma corda a um bastão (tronco, galhos, etc.) depois
mantê-la sob tensão.

Nó de Arnez

É utilizado para fazer uma alça fixa no meio de uma corda (sem utilizar as
pontas).

ANOTAÇÕES

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AMARRAS

Amarra Quadrada

É usada para unir dois troncos ou varas mais ou menos em ângulo


reto. O cabo deve medir aproximadamente setenta vezes o diâmetro da
peça mais grossa. Começa-se com uma Volta de Fiel bem firme. A
ponta que sobre desse nó, deve ser torcida com o cabo para maior
segurança. As toras ou varas são rodeadas por três voltas completas
redondas entre as peças (toras) concluindo-se com a Volta do Fiel na
vara oposta ao que se deu o nó de início. Observe o desenho.

Amarra Diagonal

Serve para aproximar e se unir duas varas que se encontram


formando um ângulo agudo. É menos usada que a Amarra
Quadrada, mas é muito utilizada na construção de cavaletes de
ponte, pórticos etc. Para começar usa-se a Volta da Ribeira
apertando fortemente as duas peças. Em seguida dão-se três
voltas redondas em torno das varas no sentido dos ângulos,
arrematando-se com um anel de duas ou três voltas entre as
peças e uma Volta de Fiel para encerrar.

Amarra Paralela

Serve para unir duas varas colocadas paralelamente. Pode ser


usada para apoiar ou até sustentar o outro bambu.

Amarra para Tripé

Usada para unir três cabos, a fim de montar um tripé; este é


usado como suporte de lampião, por exemplo, e em diversas
pioneirias.

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ARRUMANDO A MOCHILA
A mochila é o objeto mais importante de uma atividade, pois dentro dela, vão estar todos os seus materiais
pessoais e alguns coletivos. Nunca deixe a mochila largada em lugares desconhecidos.
É importante tomar alguns cuidados para não tornar a caminhada desconfortável e a viagem desprazerosa.

A mochila deve ser do tipo escoteira, com alças de três pontos (duas nas costas e uma na cintura) e, todo o
conteúdo deve ser pré-acondicionado em sacos plásticos, para evitar acidentes com umidade. Já dentro dos
plásticos, as vestimentas devem ser arrumadas como rocamboles, enroladinhas, para tornar seu volume menor.

O Material

Aqui está uma listagem básica, mas lembre-se , cada atividade necessita de um material específico, procure
saber qual o tipo de atividade para melhor montar sua mochila.

Mochila p/ bivaque Mochila p/ jornada Mochila p/ acampamento

12 horas 2 dias 2 ou 3 dias

- Mochila confortável e pequena - Mochila confortável média - Mochila grande


- 1 calça de abrigo - 2 camisetas - 3 camisetas
- 1 camiseta - 1 calça comprida - 2 calça comprida
- Máquina fotográfica com filme - 1 calção - 2 calção
- Calçado reserva, confortável - 2 roupas íntimas - 2 roupas íntimas
- 1 cantil ( 1 litro ) - 3 pares de meias - 3 pares de meias
- 1 escova de dente - 1 agasalho - 2 agasalhos
- 1 pasta de dente - 1 impermeável ou capa de chuva - 1 impermeável ou capa de chuva
- 1 escova ou pente para cabelos - 1 cobertor grosso ou saco de - 1 cobertor grosso ou saco de
- 1 toalha pequena dormir dormir
- Papel higiênico - 1 tênis confortável reserva - 1 tênis confortável reserva
- 1 chapéu - 1 pasta de dente - 1 pasta de dente
- 1 par de meias - 1 escova de dente - 1 escova de dente
- 1 agasalho - 1 sabonete - 1 sabonete
- 1 impermeável ou capa de chuva - 1 toalha - 1 toalha
- 1 desodorante - 1 desodorante
- Papel higiênico - Papel higiênico
- 1 escova ou pente para cabelo - 1 escova ou pente para cabelo
- 1 lanterna pequena e pilhas - 1 lanterna pequena e pilhas
reserva reserva
- 1 canivete ou faca - 1 canivete ou faca
- 1 cantil ( 1 litro) - 1 cantil (1 litro)
- 1 prato, talheres 1 caneca - 1 prato, talheres, 1 caneca
- 1máquina fotográfica com filme - 1 máquina fotográfica com filme

Como arrumar a mochila

Para o tipo de atividade com a finalidade de caminhada, o material mais pesado da mochila, deve ser colocado
na parte mais alta da mesma, justamente para evitar problemas de coluna.

Nós começamos a arrumar a mochila por baixo dela, onde primeiramente colocamos o saco de dormir; em
seguida as roupas leves(shorts, camisetas), mais acima as roupas pesadas(calças, casacos, mantas), acima o
tênis reserva, e o impermeável para chuvas, tendo ao lado o seu material de cozinha (fogareiro, pratos,
panelas, comidas) e na tampa da mochila, devem ficar luvas e toucas e o material de S.O.S.

Nos bolsos laterais devemos colocar a toalha, lanterna, material de higiene pessoal, e o restante do material de
pequena acomodação. Não se pode esquecer de saco plástico (para colocar as roupas sujas) e do Isolante
térmico, pois ele é que vai te proteger do frio exposto ao chão, que o saco de dormir não isola toda a passagem
de calor.

24
Sacos de dormir e colchonetes

É fundamental no acampamento conforto na hora de dormir. Um passeio vira um pesadelo se você acorda
várias vezes à noite e levanta com dores nas costas pela manhã. Os sacos de dormir são feitos de tecido
(nylon) forrado com material isolante (espuma). São muito práticos, mas podem acabar atrapalhando a vida do
campista. Alguns modelos são muito finos, quentes no calor e insuficientemente quentes no frio. Já os
colchonetes proporcionam maior conforto mas são mais incômodos para carregar e há a necessidade de se
levar roupa de cama. O ideal é fazer um teste em casa, dormindo por uma noite sobre o saco de dormir ou
colchonete, para avaliar o conforto.

Identificação do material individual

Todo o material devera sempre estar identificado. A identificação das mochilas deve ser feita de forma visível,
evite etiquetas adesivas porque descolam com facilidade a fazem sujeira. Pode-se ainda costurar um pedaço de
tecido branco na mochila a escrever seus dados com um marcador para tecido. Outro cuidado a ser tornado
com o equipamento, é jamais deixa-lo abandonado, por mais que conhecidos estejam por perto. Avise seus
amigos se precisar se ausentar.

Considerações e dicas

Todo a material a ser levado deverá ser pensado com o objetivo de ocupar pouco espaço, ser pratico e durar o
necessário. Eis algumas dicas:

• todos os itens devem estar identificados (nome completo ou sobrenome) de forma que seus amigos possam
ajudá-lo a localizar suas coisas. Deve-se colocar nome também nos bonés e camisetas;

• shampoo e condicionadores devem durar apenas o necessário. Procure saber o quanto você consome
desses itens por banho e leve apenas o necessário em uma embalagem pequena. Dê preferência aos tipos 2
em 1 (Shampoo + Condicionador em um só produto):

• mochilas: lembre-se sempre que o peso e o tamanho devem ser compatíveis com quem carrega. Arrume
bem a sua mochila e procure proteger todos os itens frágeis que estiver levando.

• mochila de assalto ou bolsa: deve conter uma troca de roupas e um agasalho, para que você não passe
apuros no caso de sua mochila cortar caminho por Hong Kong;

MONTAGEM DE CAMPO

Planta de instalação do acampamento

Quanto mais cedo puder chegar ao local com os acampantes, mais fácil será a instalação de um acampamento
confortável. Não recomendamos o hábito de mandar alguns previamente para instalar o acampamento, porque
desta maneira os escoteiros perdem uma parte preciosa de seu adestramento. A planta de instalação do
acampamento pode ser previamente traçada pelo mapa ou croquis feito na visita ao local e as tarefas e
encargos distribuídos antes da partida.

Ao fazer a planta do acampamento tenha em mente os seguintes pontos principais:

1 - Cada Patrulha acampa como uma unidade. Cada acampamento de Patrulha deve ficar, se possível, fora
das vistas dos outros e não muito próximo de qualquer deles.
2 - Barraca do Chefe no centro, com o mastro para a Bandeira e o Quadro de Avisos do acampamento nas
proximidades.
3 - Cada cozinha próxima do acampamento da mesma patrulha. O local da cozinha deve ter de 4 a 5 metros
quadrados e cercados por um cabo.
4 - Latrinas e fossas, nos lugares mais convenientes, a favor do vento e no máximo a cerca de cem metros do
acampamento. Poderá ser usada à noite, uma lanterna se, bem protegida, for conservada acesa,
principalmente nas noites mais escuras.
5 - Barraca-Enfermaria e Barraca-Intendência, na sombra, próximo da barraca da Chefia.
6 - Incinerador principal a favor do vento.
7 - Local de lavagem do material, e água para beber tão próximos do acampamento quanto possível.

25
Distribuição de encargos para armar o acampamento.

1 - Cada Patrulha arma suas próprias barracas. Os Chefes armam suas barracas e a barraca-enfermaria.
2 - Uma Patrulha para cada uma das seguintes tarefas:
a) cavar as latrinas e armar as paredes de lona;
b) cavar a fossa de detritos e fazer o incinerador;
c) fixar e melhorar o local de lavagem (lavadouro) e armar o mastro para bandeira;
d) armar a barraca de intendência e armazenar os gêneros, sob a direção do Intendente.
3 - O Chefe e seus auxiliares supervisionam estas tarefas.
4 - Terminadas as tarefas do item 2, todos devem reunir e arrumar o material nas barracas, apanhar lenha,
preparar as cozinhas etc.

Latrinas

É da maior importância a
instalação de latrinas
adequadas e higiênicas.
Consiste em vários fossos
ou valas com cerca de um
metro de comprimento, 30
centímetros de largura e 60
centímetros de
profundidade.

Não são necessários suportes ou bancos porque é


possível ficar de cócoras, com um pé de cada lado da
vala. A terra retirada é amontoada atrás de cada vala e
uma pá fica à disposição para lançar terra na vala após
o uso. As paredes (de algodãozinho ou lona velha),
devem começar 10 centímetros acima do chão e ir até
1,80 metro de altura. Divisões idênticas entre as
diversas valas são necessárias para que cada uma fique
isolada e reservada. O papel higiênico é colocado em
cada reservado numa caixa com tampa para protegê-lo
em caso de mau tempo. Uma bacia com água, sabão e
toalha estão junto à porta, para lembrar a necessidade
de lavar as mãos. Em geral o conjunto não tem
cobertura para melhor arejamento, mas, em caso de
chuva persistente, pode ser coberto por um toldo,
desde que este fique suspenso 50 centímetros acima
da parte superior das paredes. Tendo em vista o
número de componentes, devemos ter uma vala para
cada 10 rapazes durante dois dias; depois, aterram-se
estas e cavam-se outras mais adiante.

SE ESTE MÉTODO FOR SEGUIDO, NÃO TEREMOS


ODORES DESAGRADÁVEIS, NEM SERÁ NECESSÁRIO O
USO DE DESINFETANTES.

Maus odores e uso de desinfetante significam má


higiene.

O mictório separado deve ser feito junto da latrina; um


buraco pouco profundo, revestido de pedras, com uma
valeta de saída, é o suficiente. Tome bastante cuidado
em verificar se as infiltrações das latrinas e do mictório
não vão poluir as águas de uso no acampamento.

26
Lavadores

O lavadouro precisa de um cuidadoso arranjo para


que a terra em torno não se transforme em lamaçal.
Os cuidados necessários para conseguir este objetivo
dependem muito do local utilizado, sendo útil
lembrar: a fabricação de uma bica com bambu ou
tronco oco, o calçamento do local com pedras, o
recolhimento da água num tanque ou fosso revestido
de pedras com uma valeta de saída, etc. Lembre-se
do número de pessoas que procurarão este local ao
mesmo tempo, de manhã, para a higiene matinal e
após cada refeição, para lavar o material de mesa e
cozinha. Lembre-se da necessidade de um local para
ensaboar e esfregar vigorosamente as panelas, antes
de enxaguar. Lembre-se que trabalhar de pé cansa
menos do que trabalhar curvado.
Para a higiene pessoal podem ser improvisadas pias
com bacias e suportes simples como na figura As
águas servidas ou com detritos devem ser despejadas
numa fossa longe do lavadouro.

Cozinha

A área da cozinha deve ser cercada. O fogão de campo


mais usado é o tipo trincheira, mostrado na figura.
Antes de fazer o fogão retire a relva com terra suficiente
- uma área um pouco maior do que aquela que o fogão
vai tomar - e ponha-a num canto, para refazer o relvado
no fim do acampamento. Regue esta relva de vez em
quando.

27
Escorredor de louça

Junto ao fogão deve haver


um depósito coberto para
guardar a lenha seca.
Métodos de pendurar
panelas e outros utensílios
de cozinha são mostrados
na figura.

Toldo

Um toldo para a cozinha e um toldo para o


refeitório devem ser armados nos dias de
chuva

Mesa

Mesas rústicas podem ser armadas da maneira


indicada pela figura ao lado. O tampo da mesa é
feito de sarrafinhos usados pelos carpinteiros.

Canto do lenhador

Deverá ficar fora da área de circulação do campo e terá de ser cercado. Nunca deverá ficar embaixo de árvores
com galhos baixos pois a machadinha poderá bater nos mesmos.

O tamanho da cerca do local será determinado da seguinte maneira: depois de fixar o cepo no chão, o maior
escoteiro da patrulha, pega a machadinha pelo cabo e gira o braço completando uma volta em torno de si. A
cerca deverá ser traçada por fora da linha por onde passou a machadinha.

Quando um escoteiro estiver trabalhando com a machadinha nenhum outro poderá entrar no local do lenhador.

28
Cargos da patrulha no acampamento

obrigações do cozinheiro obrigações do almoxarife


• é o primeiro a levantar-se • cuida todo o equipamento da patrulha
• acende o fogo e põe a água ferver • repara todos os estragos
• cozinha higienicamente • cuida da limpeza dos lampiões
• mantém limpos todos os utensílios da • acende os lampiões na hora certa
cozinha • limpa e afia as ferramentas
• nunca põe utensílios e alimentos no chão • é responsável por todo o equipamento da
• deixa tudo ordenado para inspeção diária patrulha
• apaga o fogo e limpa o fogão
• não faz desperdício de água, alimentos,
etc... obrigações do lenhador
• não usa água já usada • responsável de ter a disposição do cozinheiro
• demarca a área da cozinha lenha grossa e média
• para inspecão é de sua responsabilidade a
ordem e a limpeza do canto das lenhas
obrigações do ajudante do cozinheiro
• ajuda o cozinheiro em todos os afazeres
• limpa o local da cozinha obrigações do monitor
• lava e limpa todos os utensílios da • coordena todas as atividades da sua patrulha
cozinha • é responsável pela ordem, disciplina.
• ajuda a servir a mesa • é exemplo de espírito escoteiro, ordem e
• junto ao cozinheiro é o ultimo a servir-se asseio.
• chama a comer por ordem do cozinheiro • saber mandar e considerar seu próximo
• decide qualquer problema interno na patrulha
• passa a revista antes da inspeção
encarregado da água • leva consigo a bandeirola da patrulha
• tem sempre água na cozinha
• ajuda o ajudante do cozinheiro na
limpeza obrigações do sub-monitor
• queima os restos na fossa ou no • todas as obrigações do monitor, se este
crematório estiver ausente
• varre a água na hora da inspeção • passa a revista antes da inspeção de campo.

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Uma bacia para lavar as mãos deve ser colocada na cozinha para lembrar aos cozinheiros a necessidade de
ter as mãos limpas. Também junto à cozinha deve haver uma fossa para gorduras. Um buraco é cavado no
chão, do tamanho de um balde grande. (Veja figura D); a abertura é vedada por um entrançado de gravetos
cobertos de capim. As águas gordurosas e com detritos são renovadas e estes queimados no incinerador
duas vezes por dia. Também os detritos secos da cozinha devem ser levados para o incinerador. (Veja figura
E). As latas vazias devem ser furadas, amassadas, e queimadas antes de serem enterradas num buraco
profundo que deve estar próximo ao incinerador. Se o acampamento é numa fazenda, talvez o fazendeiro
queira as sobras da alimentação para o chiqueiro.

Lembre-se que é muito importante trazer à mesa os diferentes pratos de uma refeição, separados em
travessas, com uma apresentação bonita e apetitosa, tal como fazemos habitualmente em casa.

Ao servir a refeição, devemos deixar sobre o fogão, panelas ou chaleiras com bastante água quente, para
poder lavar facilmente as panelas, utensílios de cozinha, pratos talheres engordurados, imediatamente após
a refeição.

Portal e cercas

São os que marcarão teu lugar no acampamento.

São muito fáceis de fazer , mas deve se colocado, nos


fios de sustentação, pedaços de pano ou outro enfeite,
para que não se tropece. Usam–se principalmente as
amarras quadradas e redonda.

Os portais devem ficar um pouco enterrados para dar-


lhe mais estabilidade. Lembre disso no cálculo do
tamanho das varas a serem utilizadas. O portal dá a
primeira impressão a entra em seu acampamento,
assim, estando ela bem feita, dará uma boa imagem da
tua patrulha.

A cerca deve ser respeitada por todos e não deve ser


usada como uma “segunda porta”, pois pode danificar-
se.

Barraca de Intendência

O intendente tem uma das tarefas mais importantes do


acampamento. Além de encomendar os gêneros alimentícios e
distribuí-los, ele deve ter grande cuidado com o que está, no
momento, armazenado. Não deve haver nem moscas nem
formigas na barraca da intendência!

Excelentes armários para armazenar os gêneros podem ser feitos


com caixotes pedidos ao fornecedor. Mosquiteiros de filó, papel
impermeável ou celofane, em quantidade suficiente, servem para
cobrir ou embrulhar os gêneros, não deixando que fiquem
expostos. Vidros ou latas abertas devem estar sempre cobertos e
com o lado externo bem limpo. A carne deve ser guardada num
lugar fresco.

31
Não encomende carne além da estritamente necessária para o dia. O leite deve ser guardado numa
vasilha ou jarro de boca larga, e bem coberta. O jarro ou vasilha deve ser lavado e escaldado antes de
receber novo leite. Cada Patrulha deve receber apenas o leite necessário para uma refeição. Suas leiteiras
ou vasilhames, também, devem ser escaldados antes de receber cada nova porção. A manteiga deve ser
guardada num recipiente com água ou em água corrente. Também não deve ser encomendada uma
quantidade maior do que a necessária de cada vez.

Saúde e limpeza em acampamento

Essas duas coisas andam juntas. A limpeza é assegurada pelo uso apropriado do incinerador e das fossas
de detritos, pelas latrinas bem construídas e pelo cuidado diário com a área do acampamento que deve
estar sempre, absolutamente, sem um detrito ou lixo.

Cada patrulha deve ter uma caixa, lata ou saco de lixo que periodicamente é esvaziada no incinerador.
Quanto à limpeza individual, é muito importante o exemplo dos Chefes. Se os escoteiros vêm os Chefes
lavando-se freqüentemente eles seguirão o exemplo.

A inspeção diária deve chamar a atenção para os dentes, pés e limpeza geral. O ar puro é tão necessário
à noite como de dia. Verifique se durante a noite cada barraca tem, pelo menos, uma porta aberta, e, se
possível, todas as portas. A luz do sol é saudável, mas é preciso cuidado para que o sol não dê
queimaduras desagradáveis. Conserve o pescoço e os ombros dos escoteiros cobertos durante o sol
quente nos primeiros dias.

Permita que os escoteiros fiquem sem meias, mas não descalços. Devem usar alparcatas, sapatos de
tênis, sapatos de corda e lona ou tamancos. Algumas palestras aos escoteiros sobre os assuntos
encontrados no livro "Escotismo para Rapazes" - conversas 18 e 19 - (Hábitos saudáveis e prevenção de
doenças), farão com que todos assumam a atitude que desejamos quanto à saúde e à limpeza.

A alimentação é outro importante fator na conservação da saúde. Frutas e verduras são essenciais à
alimentação. Enfermidades menores, como constipação (prisão de ventre) podem ser tratadas no próprio
acampamento. Mas, SE HÁ ALGUMA DÚVIDA, CHAME O MÉDICO, E NÃO CORRA RISCOS.

Todos os ferimentos, contusões, etc., devem ser imediatamente levados ao conhecimento do Chefe. A
inspeção diária é o grande momento para verificar se o acampamento está limpo e se todos os escoteiros
estão de boa saúde.

Vizinhos

Lembre-se que um acampamento escoteiro pode criar uma boa ou má impressão nas pessoas que entram
em contato com ela. Uma boa conduta nos transportes e nas vilas ou cidades, darão aos escoteiros uma
boa fama. Mau procedimento prejudicará todo o Movimento.

Os escoteiros devem estar sempre uniformizados corretamente quando fora da área restrita do
acampamento. Nenhum escoteiro deve sair do acampamento sem conhecimento, permissão ou inspeção
do Chefe. Evite tudo que possa ofender, prejudicar ou aborrecer alguém. Se o acampamento é próximo
de casas, procure saber se o barulho do fogo de conselho não perturba o descanso dos vizinhos. Em
qualquer hipótese o silêncio no acampamento deva ser sempre às 22 horas.

Os escoteiros devem receber uma instrução prévia sobre a importância de, nos campos ou fazendas,
fechar as porteiras, não pular cercas, não tirar madeira seca dos mourões dos cercados, saber atravessar
campos plantados, etc. Seu objetivo deve ser deixar, como resultado do seu acampamento, um grupo de
pessoas bem impressionadas com as coisas do escotismo e predispostas a receber alegremente outros
escoteiros.

32
BARRACAS

A barraca será a habitação do escoteiro durante o período de acampamento. Deve, portanto, oferecer o
máximo conforto e muita segurança para proteção contra o vento, a chuva, o frio, o sol e os insetos. Sua
aquisição deve ser muito criteriosa, já que se trata de um equipamento caro e que deve ter a aplicação
específica para seu uso.

Basicamente, são três as categorias de barracas:

Próprias para campismo

Normalmente grandes, espaçosas, do tipo “bangalô”, que se assemelha a uma “casa” ou “chalé”. Existem
vários modelos e tamanhos para atender a todas as exigências de conforto, assim como quartos
separados, varandas, cozinhas, etc. Como são usadas para campismo e normalmente transportadas de
carro, não existe tanta preocupação com relação ao volume e peso.

Para acampamentos de um modo geral

São mais leves do que as anteriores, muito confortáveis e resistentes, geralmente no formato
“canadense”. Espaçosas, abrigam cerca de três a quatro pessoas e não pesam tanto quanto as primeiras.

Para montanhismo

Esta atividade exige um equipamento mais especializado, leve, e de eficiência comprovada. Nos últimos
anos, as barracas para montanha têm sofrido muitas modificações, a partir dos novos materiais que estão
sendo utilizados na sua fabricação. Isso tem permitido que elas se tornem cada vez mais leves,
compactas e resistentes. Diferentes tipos de náilon, duralumínio e a fibra de vidro vieram ocupar o lugar
da lona, do emborrachado, dos tubos de ferro, etc.

Há diversos modelos disponíveis no mercado, com formas e aplicações variadas. São indicadas as mais
leves (com cerca de 2 a 4 quilos), nos estilos “canadense”, “iglu” ou “tubular”, para duas ou três pessoas.

Modelos

Eis algumas características de alguns modelos mais comuns:

Barraca do tipo Canadense


• É um dos modelos mais tradicionais, de formato triangular
quando vista de frente.
• Fácil de montar, pode ser encontrada em tamanhos variados.
• Como sua armação geralmente é de metal, é pesada para ser
carregada a pé por trechos longos.
• O material também influi na escolha, sendo as feitas de lona
mais quentes e pesadas que as fabricadas em nylon.

Barracas do tipo Iglu


• Vários modelos, de formato variável, desde o tradicional
iglu até modelos tubulares semelhantes a casulos.
• Há modelos grandes de base hexagonal com capacidade
para mais de cinco pessoas.
• A armação é de fibra sintética (vidro, carbono), muitas
vezes mais leve que as armações metálicas.
• São fabricadas em nylon e muito leves para carregar.
• Perdem em durabilidade para as de armação metálica

Barraca do tipo Bangalô


• Também tradicional, parece uma casa. Tem quartos e uma varanda onde pode ser instalada a
cozinha.
• É muito pesada por possuir a armação de metal e ser fabricada em lona.
33
• Abriga no mínimo 5 pessoas. Boa para famílias inteiras

Montando a barraca - dicas


Uma vez escolhido o local, monte a barraca. Note que a barraca possui duas partes principais: o quarto
(parte de baixo) e o toldo (parte de fora). Tanto o quarto quanto o toldo possuem em seus lados e
extremidades tirantes e argolas, para fixação com estacas metálicas.

• Se a barraca for do tipo Bangalô, arme a ferragem e encaixe a lona por cima, pendurando os quartos na
ferragem pelo lado de dentro.

• No caso do tipo Canadense, monta-se a ferragem e pendura-se o quarto, cobrindo com a lona em
seguida. Em alguns modelos menores a armação pode ir por dentro do quarto.

• As barracas do tipo Iglu são montadas estendendo-se o quarto no chão e encaixando as varetas de
sustentação, introduzindo-as na bainha do tecido do quarto. Assim a barraca vai se elevando. Alguns
modelos são constituídos por um compartimento único e impermeável (não têm quarto e toldo
separados).

Em seguida posicione as estacas metálicas que acompanham a barraca nas extremidades do quarto e do
toldo, nos tirantes da barraca, deixando bem esticado, porém sem forçar o tecido da barraca.

Embora alguns modelos de barracas sejam feitos com tecidos impermeáveis, a maioria é fabricada em
tecido permeável. Assim, em caso de chuva, o toldo (parte de fora) fica encharcado de água. Se o toldo
formar bolsões ou encostar no quarto (parte de dentro) haverá passagem de água para o interior da
barraca, o que é muito desagradável. Por isso o toldo deve estar bem esticado, não devendo haver pontos
de contato entre o toldo e o quarto. Pode-se colocar um pedaço de cabo de nylon ou sisal entre a estaca e
o tirante da barraca, como uma extensão. Assim, a estaca será fixada mais longe da barraca, mantendo o
toldo mais afastado do quarto.

Estacas curtas prestam-se para terreno firme. Se a barraca for montada em terreno arenoso o melhor são
estacas mais longas (30 cm ou mais).

Uma vez armada a barraca, pode-se fazer uma canaleta em toda a sua volta, para evitar que a água da
chuva entre na barraca, caso haja formação de poças.

Atenção

dependendo do fabricante, modelo ou aplicação, as barracas podem ser construídas com dois tetos ou
apenas um. As de teto simples – que deve ser obviamente impermeabilizado – apesar da vantagem de
serem mais leves, não possuem um isolamento térmico eficiente, além de condensar internamente, no
tecido, a umidade da transpiração dos ocupantes. Na barraca de dois tetos, só o primeiro é permeável, e
entre ele e o sobreteto, mantém-se uma camada de ar isotérmica de aproximadamente 10 centímetros.

Características de uma boa barraca

• Ter armação interna ou preferivelmente externa, com pólos bem construídos, leves e resistentes, de
duralumínio anodizado ou fibra de vidro resinada.

• Ter costuras duplas, transpassadas e impermeabilizadas.

• Ser fácil de montar e desmontar.

• O tecido do chão deve ser espesso, impermeável e resistente, preferivelmente de náilon


impermeabilizado ou tecido vulcanizado.

• Altura preferivelmente não superior a 1,5 metros, especialmente quando se tratar de acampamento
nas montanhas.

• Observe-a quando armada: deve ser firme, aerodinâmica, sem franzido ou dobras.

• O sobreteto deve ser mantido afastado do teto, aproximadamente 10 cm, e suas bordas devem
quase tocar o solo.

34
• Os espeques devem ser de alumínio ou plástico, com um desenho que os torne resistente à tração.

Cuidados com a barraca

Ao armar e desarmar a barraca não pise calçado em cima do tecido.

Ao desarma-la, procure limpar e secar seu interior e exterior. Se estiver molhada de água de chuva, não se
esqueça de providenciar a secagem assim que puder. Se for água do mar, lave-a antes com água doce e
seque-a em seguida.

Observe periodicamente as costuras. Sempre que re-costurar ou remendar, re-impermeabilize o local com
selante de silicone, cuidando para deixar apenas uma fina camada.

Não a mantenha embalada por um longo tempo. Periodicamente estenda-a por alguns minutos num local
arejado e com sol para preveni-la do mofo.

Não cozinhe no seu interior. A maioria das barracas modernas possui em avanço próprio para isso.

Dificilmente uma barraca precisará ser lavada. Caso seja necessário, passe apenas um pano úmido
cuidando para não encharca-la, colocando em risco sua impermeabilidade.

Evite cores como o vermelho ou laranja, que atraem certos insetos e espantam os pássaros.

Ao acampar nas praias, em vez de fincar os espeques, enterre-os na areia. Ao invés de usar espeques, um
galho seco, caído, também enterrado funcionará melhor.

Recorte, de uma câmara de ar de automóvel, anéis para serem usados como esticadores entre as espias e
os espeques. Essa medida manterá sua barrava mais segura e sempre esticada, mesmo durante uma
ventania.

Lembre-se de que várias substâncias químicas causam danos tanto aos tecidos, como aos
impermeabilizantes, assim como os óleos de qualquer tipo: detergentes, repelentes de insetos,
combustíveis, etc.

FOGÃO E FOGAREIRO
O fogão de acampamento mais comum possui duas bocas e funciona ligado por uma borracha a um bujão
de gás dos pequenos. É o mais indicado, pois é mais estável e seguro que o fogareiro.

O fogareiro, de uma só boca, é ligado diretamente ao bujão. Tomba facilmente. O calor do fogareiro é
conduzido ao bujão por contato. Deve-se sempre estar atento à temperatura do bujão pois seu
superaquecimento pode causar acidentes (explosões).

Hoje em dia há modelos que usam um cartucho de gás, muito mais leve e seguro que os bujões, porém de
menor duração. Há ainda modelos de uma só boca ligados ao cartucho por uma mangueira (mais estável e
seguro).

DICAS

Fogareiro

• Transportar sempre dentro de caixa de proteção.

• Verificar se a mangueira de borracha está ressecada.

• Verificar o estado de funcionamento do registro de gás.

• Verificar se a passagem de gás não está entupida e se o anel de regulagem da mistura ar/gás está
equilibrado.

• Verificar se os queimadores estão limpos e secos.

• Proteger o fogão da chuva e do orvalho.

• O fogareiro exala gás carbônico, que é nocivo á saúde. Não usar dentro ou muito próximo de barracas.

35
Botijão de gás

• Evitar choques mecânicos.

• Manter longe do calor.

• Verificar se o anel de borracha de vedação que se encontra na rosca está em boas condições.

• Verificar se não existe vazamento de gás.

• Verificar se a válvula está limpa.

• Recarregar o botijão em postos autorizados.

• Não usar adaptadores de rosca.

• Não guardar dentro de barracas.

LANTERNA E LAMPIÃO
Leve sempre uma lanterna, mesmo que seja pequena, e deixe sempre à mão. Modelos com mais pilhas
proporcionam luz mais forte. O tamanho das pilhas determinam a durabilidade, sendo pilhas maiores mais
duráveis que as menores.

O lampião é acoplado no mesmo tipo de bujão do fogão de camping. Para acendê-lo deve-se colocar a
camisa de amianto no queimador e queimá-la totalmente sem abrir o gás, com cuidado para não encostar
nela o palito de fósforo, ou ela se quebrará. Após isso, aproxima-se um palito de fósforo aceso da camisa e
abre-se o gás.

Após algum tempo a redoma de vidro e a alça do lampião ficam extremamente quentes, podendo causar
acidentes.

Há modelos menores que utilizam cartuchos de gás muito mais leves que os bujões. São tão bons quanto
os maiores, porém mais fracos.

Dicas

• Transportar sempre dentro de caixa de proteção.

• Verificar o estado de funcionamento do registro de gás e da borracha de vedação.

• Verificar se o vidro usado é do tipo temperado. Não use vidros trincados ou defeituosos.

• Verificar se o filtro ou o difusor estão em perfeitas condições.

• Usar camisas novas. Levar sempre de reserva.

• Verificar se a passagem do gás não está entupida e se o anel de regulagem da mistura ar/gás está
equilibrada.

• O lampião exala gás carbônico, que é nocivo à saúde. Não usar dentro de barracas ou recintos
fechados.

36
Fogareiro de lata de alumínio

• Materiais:
• 2 latas de refrigerante de alumínio.
• Perlita (encontra-se em floriculturas e nas casas de
jardinagem).
• Pedaço de arame.
• Álcool.

• Ferramentas:
• Tesoura
• Furadeira
• Broca de 2mm
• Alicate

1º Passo
Corte uma das latas a 3.5 cm da base. Corta a outra
a 2.5 cm da base.

2º Passo
Faça entre 18 a 30 buraquinhos na borda da tampa e
no centro, como se mostra; use uma broca de 2mm.

3º Passo
Encha um pouco mais da metade da base com perlita.

4º Passo
Faça 6-8 cortes verticais na tampa. Faça os cortes até encima, mas não ultrapasse a
borda arredondada. Introduza lentamente a tampa na base (uma pequena tábua pode
ajudar a fazer de forma regular).

5º Passo
Coloque álcool até a metade. Acenda o queimador com um fósforo ou isqueiro
sobre sua borda. Nota: se não permanecer aceso, mexa suavemente para
derramar um pouco de álcool em sua borda e logo acenda-o. Segure até que se
acenda ou se aqueça demasiado.

6º Passo
Corte um pedaço de arame. Dobre o pedaço até dar-lhe uma forma que mantenha uma panela uns
centímetros acima do queimador (veja o exemplo ).

37
MACHADINHA
A machadinha é um dos utensílios mais utilizados em atividades ao ar livre. Ela serve para
cortar madeiras, desde gravetos para o fogo até troncos de médio porte para pioneirias.
Alguns tipos de machadinhas possuem um lado chato, que serve como martelo e para
arrancar pequenos pregos. Para usar uma machadinha é necessário que ela esteja em boas
condições de conservação e que o usuário saiba como maneja-la com segurança.

Partes de uma machadinha

A machadinha é composta do corpo, que é a parte metálica, e do


cabo onde é feita a empunhadura. A machadinha trabalha com seu
próprio peso. Isto acontece com maior rendimento quando o peso
do cabo e o corpo ficam em equilíbrio ao ser apoiada sobre um dedo
colocado na junção do cabo com o corpo.

Nas machadinhas que podem ser usadas para arrancar pequenos


pregos é necessário cuidado com os pregos maiores. Eles exigem um
esforço para o qual o cabo não está dimensionado e pode quebrá-lo.

O cabo é fixado no corpo por um orifício chamado olho. O olho é


mais estreito do lado onde o cabo entra. Pelo lado mais largo, com o
objetivo de fixar o corpo ao cabo, é introduzida uma cunha.

Emprego do machado

A madeira deve ser atingida num ângulo de 45 graus. A


machadinha deve trabalhar com seu próprio peso. Isto significa que
não aumenta muito seu desempenho se o usuário imprimir muita
força ao usá-la. O que acontece na prática é que o usuário fica
cansado mais depressa.

O corte da madeira deve ser feito sobre um cepo, que tem duas
finalidades: dá maior apoio na hora da batida, melhorando o
rendimento, e protege a machadinha no final do corte evitando que
ela entre na terra ou
bata em alguma pedra.

Porte e conservação

Durante as atividades, quando as machadinhas não estão sendo usadas, elas devem ser colocadas de forma
a não causarem perigo aos usuários nem danos à natureza. Após a atividade, a machadinha deve ser
guardada limpa e azeitada, para evitar que enferruje. Ela deve ser afiada periodicamente.

Métodos para afiar o machado

pedra circular:
38
É muito comum afiar o machado em pedras giratórias de alta velocidade, como o esmeril. É desaconselhável
utilizar este método. O conveniente seria utilizar as pedras com água, especiais para afiar ferramentas:
utilizam menos velocidade e mantêm-se continuamente molhadas. Algo que se deve ter em conta, já que o
metal se destempera com facilidade ao aquecer-se em demasiado.

pedra horizontal:

É o método mais indicado para obter um fio perfeito. Depois de


pingar duas ou três gotas de óleo sobre a superfície da pedra,
"passe" o fio ao longo da pedra com movimentos circulares.
Para esta operação pode-se segurar a pedra com a mão
esquerda e efetuar os movimentos com a direita. É importante
ter em conta o angulo indicado anteriormente para o fio.

Mesmo que tenha empregado outro método é


necessário terminar a afiação com uma passada pela
pedra com óleo.

39
ESPECIALIDADES

Uma Especialidade é um conhecimento ou habilidade particular que se possui sobre um determinado


assunto.

Para chegar a conquistar uma especialidade, é necessário tempo, estudo e dedicação, mas sempre
existe um ponto de partida, uma pessoa ou circunstância que nos estimula em uma determinada direção e
nos faz ficar interessado em conhecer mais sobre aquele assunto. As especialidades que propomos aos
jovens pretendem ser este ponto de partida, estimulando os jovens a adquirirem mais conhecimento sobre
algum assunto que lhes chamou a atenção. Assim podem desenvolver aptidões inatas, são motivados a
explorar novos interesses e, como consequência, melhoram sua auto-estima, graças à segurança que resulta
do desenvolvimento de uma capacidade.
Na realidade a conquista de uma especialidade não faz de nenhum jovem um especialista, até
porque estamos mais interessados no esforço que ele desenvolve para conquistá-la do que exatamente nos
conhecimentos e habilidades que adquire, mas pode ser um bom começo. Tendo contato com os mais
variados temas, o jovem tem melhores condições para, mais tarde, eleger aquele em que efetivamente vai
querer se especializar e quem sabe até ser sua futura profissão.

A CONQUISTA DE UMA ESPECIALIDADE É VOLUNTÁRIA – Na Tropa Escoteira o jovem é


estimulado a desenvolver e conquistar especialidades, mas a decisão de fazê-lo é inteiramente voluntária. A
Especialidade se desenvolve individualmente, em diferentes momentos, num tempo adicional àquele
destinado às reuniões habituais e em período muito variável, cuja duração depende do assunto escolhido e
da profundidade com que o jovem decidiu abordá-lo. O jovem pode conquistar uma especialidade a partir do
momento que ingressa na Tropa. Um instrutor ou examinador de especialidade apóia o jovem, esta função
pode ser desempenhada por algum membro da equipe de escotistas ou por qualquer pessoa capacitada e
designada pela equipe. Muitas vezes não dispomos de conhecimento ou mesmo de tempo para atuar como
instrutores ou examinadores, nestes casos devemos sempre buscar alguém de nossa confiança para cumprir
este papel.

OS OBJETIVOS, AÇÕES E REQUISITOS DE UMA ESPECIALIDADE SÃO FLEXÍVEIS – O


jovem, depois de escolher o assunto, deve traçar com seu instrutor o desenvolvimento da especialidade,
fixando os objetivos que terá, as ações que serão executadas e os requisitos que deverão ser observados
para que se considere a especialidade conquistada. Os requisitos e ações constantes no Guia de
Especialidades devem servir como referência, mas eles podem ser adaptados, levando em conta as
diferenças geográficas, culturais, sociais. econômicas e outras, próprias do meio em que o jovem vive.

AS ESPECIALIDADES PERMITEM EXPLORAR, CONHECER, FAZER E SERVIR – Por meio de


uma especialidade, um jovem explora um campo novo e que lhe era então desconhecido, obtém
informações sobre o assunto escolhido, faz coisas que com ele se relacionam e se qualifica para servir
aplicando a aprendizagem adquirida. É preciso fazer com que o jovem vá em busca de informações,
permitindo que as coisas que faz, ou que vai poder fazer, o estimulem a aprender por sua própria conta. O
bom é avaliar o cumprimento dos requisitos por meio de ações do jovem, e melhor ainda se ele, além de
demonstrar que a especialidade lhe permite fazer coisas, demonstrar que as coisas que faz constituem um
serviço útil para as outras pessoas.

AS ESPECIALIDADES COMPLEMENTAM A PROGRESSÃO PESSOAL – A especialidade


representa um aprofundamento, um esforço adicional do jovem, que complementa e enriquece seu processo
educativo global. E como ainda podem ser criadas outras especialidades além das constantes no guia, elas

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ajudam a reforçar os objetivos educativos em todas as áreas de desenvolvimento em qualquer fase de
progressão.

FAZEM AUMENTAR A NECESSIDADE DE ATENÇÃO ESPECIAL AOS JOVENS – Para orientar o


desenvolvimento de uma especialidade, os escotistas necessitam conhecer mais sobre os interesses,
aptidões e possibilidades de cada jovem, o que significa conviver mais e escutá-los com mais freqüência e
atenção do que o habitual. Este contato será a chave para ampliar o conhecimento sobre cada jovem.

SÃO AGRUPADAS EM RAMOS DE CONHECIMENTO – Em razão da natureza objetiva dos seus


temas, as especialidades se agrupam em conjuntos, cada um relacionado com um determinado ramo de
conhecimento.
• Ciência e Tecnologia • Serviços
• Cultura • Habilidades Escoteiras
• Desportos

NÍVEIS DAS ESPECIALIDADES – Os distintivos de especialidades se apresentam bordados sobre


um fundo que pode ser amarelo, representando o nível 1, ou verde, representando o nível 2, ou grená,
representando o nível 3.

Todas as especialidades possuem um número de requisitos múltiplo de 3.


• Nível 1 = fundo amarelo = 1/3 dos requisitos.
• Nível 2 = fundo verde = 2/3 dos requisitos.
• Nível 3 = fundo grená = 3/3 dos requisitos.

As especialidades são exatamente as mesmas para o ramo lobinho, ramo escoteiro e ramo
sênior.Sempre existem os requisitos mais simples, os médios e os mais difíceis, estabelecidos em níveis
progressivos. O que não quer dizer que um lobinho não possa tirar o nível 3 (grená) ou que um sênior não
possa ficar com o nível 1 (amarelo). A cor não corresponde ao ramo e sim ao nível que aquela especialidade
foi conquistada. É o jovem que determina o nível que quer alcançar, o que depende muito do conhecimento
anterior que já tenha do assunto ou da profundidade que queira chegar. No caso do ramo senior, somente
as especialidades obrigatórias para se conquistar a Insígnia da Modalidade, o Cordão Dourado e o Escoteiro
da Pátria, é que devem ser conquistadas no nível 3. Também não existe uma ordem na qual os requisitos
devam ser conquistados, é o jovem que escolhe quais os ítens que vai realizar e em que ordem irá fazê-lo. O
importante é estimular cada jovem a conquistar o nível que corresponda ao seu grau de amadurecimento ou
conhecimento específico do asunto escolhido.

LOCALIZAÇÃO DOS DISTINTIVOS – Depende ao ramo de conhecimento ao qual a especialidade


pertence:

Manga Direita = Ciência e Tecnologia, Cultura e Desportos.


Manga Esquerda = Serviços e Habilidades Escoteiras.

FICHA DE ACOMPANHAMENTO DAS ESPECIALIDADES – Um dos Escotistas da seção deve ser


o responsável pelo preenchimento da Ficha de Acompanhamento de Especialidades. Quando um jovem
resolve conquistar uma especialidade, cada ítem que ele realiza deve ser anotado na ficha. Quando ele
completar o nível 1 desta especialidade deve receber o certificado e o respectivo distintivo e a data deve ser
anotada na ficha. E assim sucessivamente com todas as especialidades que ele for conquistando. Esta ficha
deve acompanhar a Ficha de Vida Escoteira na ocasião da passagem para outro ramo, já que contém toda a
progressividade do jovem que pode continuar no ramo seguinte. Exemplo de modelo anexo no final da
apostila.

COMO CRIAR UMA NOVA ESPECIALIDADE – O Guia de Especialidade tem mais de 100
especialidades, mas existe a possibilidade de um jovem se interessar por um tema que nunca ninguém
pensou em converter em especialidade. Para que esta idéia se torne uma especialidade é necessário seguir
os seguintes passos:

1- Identificar um interesse – A idéia do jovem, que deve discutir sobre o assunto com a Tropa e os
Escotistas, decidindo o nome da especialidade e a qual ramo de conhecimento se enquadra.
2- Definir os requisitos – O jovem deve listar os requisitos necessários para conquistar a
especialidade, com a ajuda de uma pessoa que conheça o assunto, depois de um amplo
processo de discussão para que se tenha certeza que a conquista desta especialidade trilhe o

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caminho do aprender, do fazer e do servir. O número de requisitos devem sempre ser múltiplos
de 3. A lista deve ser apresentada na Corte de Honra e na Assembléia de Tropa.
3- Conquistar a Especialidade – O jovem que teve a idéia inicia a conquista de Especialidade.
Depois outros jovens que tenham interesse podem tentar conquistá-la.
4- Propor a inclusão no Guia de Especialidades – Após um jovem ter conquistado pelo menos o
nível 1 da nova Especialidade, o Grupo Escoteiro encaminha uma proposta ao Escritório Nacional
que a submeterá à apreciação da Comissão Nacional de Programa. Depois de examinar o
assunto e introduzir as modificações que se façam necessárias, a comissão restituirá a proposta
ao Escritório Nacional para que seja incluída no Guia de Especialidade. Se, por acaso, a proposta
for rejeitada pela Comissão, o Escritório Nacional informará as razões e nenhum outro jovem
poderá conquistar a especialidade, mas aqueles que já conquistaram conservam o direito de
utilizar o distintivo, embora não possam mais conquistar outros níveis.

EXEMPLOS DE USOS DE DISTINTIVOS:

1- Um jovem da tropa, que ainda não conquistou nenhuma Especialidade, assiste uma notícia
sobre um incêndio numa Reserva Florestal que chama sua atenção para o combate ao fogo.
Resolve então adquirir mais conhecimento sobre o trabalho dos Bombeiros e acha no Guia de
Especialidades, no ramo de Serviços, uma especialidade chamada de Prevenção de
Incêndios, com 12 requisitos. Em negociação com seu instrutor ele escolhe 4 requisitos que
consegue completar. Ele recebe então o certificado e o distintivo de Prevenção de Incêndio/
nível 1 - amarelo.
2- Após alguns dias, observando o trabalho de um eletricista que foi instalar um chuveiro elétrico
na sua casa, este jovem resolve aprender mais sobre eletricidade. No Guia de Especialidades
existe a especialidade de Manutenção Elétrica, com 15 requisitos. Numa conversa com o
instrutor ele seleciona 5 e trata de alcançá-los. Recebe o certificado e o distintivo de
Manutenção Elétrica / nível 1 – amarelo .
3- Como este jovem sempre morou na mesma cidade acredita que, sem muito trabalho, pode
conquistar a especialidade de Informações Turísticas, que segundo o Guia é contituída de 9
requisitos. Realmente eram tão fáceis para ele que conquistou logo 6 requisitos. Recebe o
certificado e o distintivo de Informações Turísticas / nível 2 – verde.
4- Sua seção fez uma visita ao Corpo de Bombeiros e aproveitando os ensinamentos e a
oportunidade este jovem conquista os 8 requisitos que faltavam da especialidade de Prevenção
de Incêndios. Ele recebe o certificado e o distintivo de Prevenção de Incêndios / nível 3 –
grená, substituindo pelo mesmo distintivo de nível 1 – amarelo conquistado
anteriormente.
5- O interesse do jovem por eletricidade continua e ele conquista mais 5 requisitos da
especialidade de Manutenção Elétrica. Ele recebe o certificado de Manutenção Elétrica /
nível 2 – verde.
6- O jovem demonstra interesse em conquistar a Insígnia da Modalidade e, para isto, corre atrás
de desenvolver os 9 requisitos da especialidade de Excursões. Após cumprir todos os pré-
requisitos e conquistar a especialidade, recebe então o certificado e o distintivo de Excursões /
nível 3 – grená
7- Para conquistar a Insígnia da Modalidade, é necessário ter 8 especialidades, sendo obrigatória a
de Excursões, Primeiros Socorros e mais uma da modalidade (ambas no nível 3) e a Insígnia
Mundial de Conservacionismo – IMC em qualquer uma de suas etapas (sendo desejável a
etapa azul). Então, ele escolhe a de Informática, com 12 ítens, do ramo de Ciência e
Tecnologia (alcançando 1/3 dos requisitos), a de Coleções, com 9 ítens do ramo de Cultura
(alcançando 2/3 dos requisitos), a de Primeiros Socorros, do ramo Serviços (alcançando
todos os 18 itens) e a de Acampador, do ramo Habilidades Escoteiras (alcançando todos os
18 itens). Recebe os certificados correspondentes e os distintivos de Informática / nível 1 –
amarelo, Coleções / nível 2 – verde, Primeiros Socorros / nível 3 – grená e
Acampador / nível 3 – grená. Após todo esse processo, se ele já tiver conquistado a IMC,
poderá receber a Insígnia da Modalidade se for proposta pelos Escotistas da Seção e
especialmente recomendado pela Corte de Honra da Seção.

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• CONCLUSÃO – As Especialidades são um rico instrumento de aprendizado, conquista de
objetivos pessoais e de temas para atividades, contendo também muitos ítens que levam o jovem a procurar
ensinamentos, antes contidos nas chamadas etapas de classe, podendo dispertar para uma profissão futura.
Você é o grande incentivador para que o jovem tenha acesso a tudo isto. Usem e abusem deste instrumento
!!!

RESPONDA: O que falta para esse jovem (do exemplo acima) conquistar o cordão
dourado?

ANOTAÇÕES

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ESPIRITUALIDADE

O Escotismo é um movimento franqueado a todos os que crêem em Deus (a palavra Deus abrange um ser
superior, independente da religião, orientador, apaziguador, motivador, valorizador da vida )

POR, capítulo 3

Religião - Significa a relação entre o homem e o poder sobre-humano no qual ele acredita ou do qual se
sente dependente. Essa relação se expressa em emoções especiais (confiança, medo), conceitos (crenças) e
ações (culto e ética). C.P.Tiele (1830-1902)

Espiritualidade - É uma doutrina acerca do progresso metódico na vida espiritual.

Vida espiritual - é a manifestação relativa ao espírito (parte imaterial do ser humano), característica das
religiões.

ORIENTAÇÃO ESPIRITUAL

O Movimento Escoteiro, através do seu programa e método, procura ajudar o jovem a crescer
espiritualmente, principalmente em uma sociedade multi-cultural como a em que vivemos.

Para crescer como um ser integral neste mundo, há diferentes partes do caráter que se desenvolvem
durante a nossa vida. Estas incluem nossas habilidades físicas e mentais, o desenvolvimento emocional, a
interação social e a consciência espiritual. O Escotismo considera importantes todas estas áreas de
desenvolvimento para a vida dos jovens.

O Escotismo requer crer em Deus, uma fé em um Criador e Fonte de tudo que


existe. Nosso entendimento de Deus se desenvolve através dos anos. O
Escotismo está preocupado com a presença de Deus em nossas vidas; a
diferença entre o bom e o mau, o amor aos demais e o carinho pelo mundo onde
vivemos.

Desenvolvimento espiritual - é a tarefa de estabelecer vínculos pessoais,


íntimos e recíprocos com Deus, assumindo sua presença e integrando-a à vida,
modificando o coração e a conduta. Por isso a fé se integra de um modo natural
à aventura escoteira, está presente em tudo aquilo que os jovens propõem e
realizam e não apenas nos momentos de recolhimento e celebração.

Promessa - É o compromisso formal que cada membro faz ao entrar no


Movimento Escoteiro. Ela é o elo de compromisso entre o M.E. e o participante.
Além de relacionar os princípios recomenda uma conduta prática a ser seguida
por todos.

Promessa para os Ramos Escoteiro, Sênior e Pioneiro - Prometo pela minha honra fazer o melhor possível
para: cumprir meus deveres para com Deus e minha Pátria; ajudar o próximo em toda e
qualquer ocasião e obedecer à Lei Escoteira.

Promessa para o Ramo Lobinho - Prometo fazer o melhor possível para: cumprir meus deveres para
com Deus e minha Pátria; obedecer a Lei do Lobinho e fazer todos os dias uma boa ação.

O ME incentiva a busca desta relação com Deus através das seguintes orientações:

a) Estímulo a ter uma religião - Todos os membros do Grupo devem ser estimulados a ter uma religião e
seguir fielmente seus preceitos. O M.E. auxilia seus membros a se desenvolverem em suas próprias religiões

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e incentiva todos aqueles que não tem uma religião a buscar uma que melhor atenda suas necessidades e
expresse sua fé.
Como o desenvolvimento da maioria das religiões passa por conceitos universais como a caridade, a
solidariedade ao próximo, o respeito ao ser humano, a honestidade, a lealdade e a fraternidade, o ME pode
e deve criar oportunidades para que seus membros apliquem estes conceitos universais independentemente
de sua religião e em harmonia com membros praticantes de outras religiões.

b) Jovens da mesma religião - Quando o Grupo for composto por jovens de uma única religião, seus
Escotistas deverão pertencer a essa mesma religião e terão que zelar pelas práticas religiosas de seus
integrantes e pela orientação religiosa do Grupo de acordo com a entidade religiosa.

c) Jovens de diversas religiões – Quando o Grupo for composto por jovens de religiões diferentes, seus
Escotistas devem respeitá-las cuidando para que cada jovem observe seus deveres religiosos. Os membros
do M.E. devem conhecer, de uma forma geral, as religiões dos demais membros no sentido de promover
uma convivência harmônica e participativa. Nas atividades do Grupo os cultos e orações devem ser simples,
ecumênicas e de assistência voluntária.

d) Cultos e orações em acampamentos – Os jovens devem ser estimulados a assistir às cerimônias


religiosas do seu próprio culto e tem o direito, quando em acampamentos, de isolar-se para orações
individuais ou coletivas e para o estudo de sua religião.

e) Participação dos jovens nas cerimônias religiosas - O comparecimento dos jovens às cerimônias
religiosas nunca pode ser obrigatório. A prática da religião deve ser estimulada, mas nunca forçada.

f) Orientação espiritual – Os Grupos Escoteiros devem ter orientação espiritual adequada às diferentes
religiões dos jovens e deve ser sempre ministrada por pessoas da religião deles.

ATIVIDADES QUE MOTIVAM O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL:

Jornada: aproveitar a vida ao ar livre para observar a natureza e refletir sobre a criação de Deus.

Culto: planejado e executado pelo próprio jovem

Auto-análise: avaliação de seu próprio comportamento através de diálogo com outro jovem ou Escotista.

Vigília: pode-se utilizar o momento de reflexão para apresentar uma pesquisa sobre diferentes religiões
apresentando algum aspecto desta religião como canções, vestimenta, odores, ...

Canção: A música pode ser utilizada para criar uma atmosfera espiritual. Pode ser usada uma música
moderna ou, ainda, uma música religiosa.

Meditação: Peçam para alguns membros da seção que encontrem um lugar deserto para sentar-se
tranqüilamente. Deve-se motivar para que pensem sobre o que aprenderam, o que significa para eles e que
benefício podem obter.

Tradições das religiões do mundo: A hora da comida é o momento de compartilhar e muitas das
religiões do mundo celebram festas com comidas especiais. Os jovens podem pesquisar quais são essas
comidas e preparar uma delas.

As religiões do mundo: Os jovens da seção com diferentes religiões podem ser convidados para falar à
seção sobre as suas crenças. Os jovens fazem uma análise sobre os principais pontos de cada uma das
crenças e verificam se existe um vínculo entre elas.

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FOGO DE CONSELHO

O FOGO DE CONSELHO NO M.E , É UMA REUNIÃO NOTURNA PARA:


ƒ confraternizar
ƒ cantar e dançar
ƒ improvisar representações teatrais
ƒ se alegrar e se divertir
ƒ refletir e aprender

O Fogo de Conselho, como muitas outras atividades que caracterizam a mística e


ambientação do Programa Escoteiro, tem sua origem nas observações de Baden
Powell sobre os costumes, valores e tradições culturais dos povos que conheceu
durante suas viagens.
Muitos nativos da Ásia, África e América, reuniam-se à noite em torno do fogo que,
com sua luz e calor, espantava as trevas, o frio e os animais selvagens. Era o
momento em que todos se encontravam para conversar, cantar, contar histórias,
realizar cerimônias religiosas, planejar caçadas, a guerra ou a paz. Colonizadores,
vaqueiros e homens que viviam no campo também se reuniam em torno de fogueiras
com motivos semelhantes.
No Movimento Escoteiro sua finalidade é educacional, cabendo ao Escotista ou Dirigente preservar os
Princípios do Movimento Escoteiro. Eventuais situações inconvenientes devem ser tratadas com cortesia e
firmeza.
É importante que o Escotista conheça previamente o conteúdo das esquetes, canções e brincadeiras que
serão apresentadas, recomendando alterações quando julgar necessárias.
O Fogo de Conselho ainda traz como contribuição educacional aspectos como: criatividade, habilidade
artística, imaginação, expressão, autoconfiança, espiritualidade, sociabilidade e cultivo de tradições.

TIPOS DE FOGOS DE CONSELHO

O tipo e o tamanho da fogueira dependem do Fogo de Conselho que queremos fazer. A concepção inicial de
Baden Powell era de uma reunião íntima de uma Seção. Este continua sendo o mais significativo de todos os
Fogos de Conselho.
Atualmente são realizados Fogos de Conselho maiores, envolvendo várias Seções, um Grupo, um Setor,
uma Região ou grandes atividades. Pais e membros da comunidade podem ser convidados. Tipos de Fogos
de Conselho:
ƒ Seção
ƒ Grupo
ƒ Relações Públicas

Fogo de Conselho de Seção - Deste Fogo de Conselho participam membros da Seção: Escotistas e
Jovens. As apresentações são por Patrulha e individuais.
Fogo de Conselho de Grupo - Dele participam todas as Seções do Grupo, Dirigentes, Escotista, Pais,
antigos escoteiros e amigos do Grupo. As apresentações geralmente são por Seção.
Fogo de Conselho de Relações Públicas - Dele participam membros da comunidade, além dos membros
do Grupo. As apresentações geralmente são por Seção e visam, entre outros, impressionar bem os
convidados.

LOCAL DO FOGO DE CONSELHO

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Para a realização do Fogo de Conselho deve-se considerar alguns aspectos quanto ao local, para atender as
necessidades desta atividade:
ƒ Próximo ao acampamento
ƒ Preferencialmente desconhecido
ƒ Espaço suficiente para acomodar os participantes
ƒ Privado para evitar desvios de atenção

O local deve permitir a privacidade ao público a que se destina. Por exemplo, num Fogo de Conselho de
Seção, outras Seções não devem participar. Esta privacidade faz com que os jovens se sintam mais à
vontade.
A disposição mais usual dos participantes é em ferradura. Deve ser observada a direção do vento para evitar
que a fumaça atrapalhe.

Os apresentadores usualmente ocupam o centro da ferradura, tendo um lado iluminado pelo fogo e outro
escuro o que poderá prejudicar algum efeito visual para alguns participantes.

PREPARAÇÃO DA FOGUEIRA

A preparação da fogueira é outro fator que deve ser planejado, pois o fogo cria todo o ambiente para
desenvolver a mística do Fogo de Conselho. Devem-se considerar os seguintes aspectos:
ƒ Observar a direção do vento
ƒ Retirar a grama e repor no dia seguinte
ƒ Durar apenas durante o F.C.
ƒ Preparar com antecedência
ƒ Cobrir para evitar o orvalho
ƒ Extinguir o fogo completamente antes de se retirar do local

A fogueira deve durar o tempo do Fogo de Conselho, devendo-se evitar aquelas muito grandes, que além
consumir lenha exageradamente, fazem com que os participantes tenham que ficar muito distantes para
evitar o calor.

Todos os cuidados com a segurança devem ser tomados: o local para o fogo deve ser limpo e sem grama.
No caso de existir grama, ela deve ser removida em quadrados de 12 cm de espessura e reposta no dia
seguinte. Após o Fogo de Conselho devemos nos assegurar que não existam brasas que possam provocar
algum incêndio. A Patrulha de serviço, equipe de interesse ou os Escotistas encarregados, devem preparar a
fogueira com antecedência, dispor de lenha reserva, alimentar o fogo entre uma apresentação e outra e se
encarregar do rescaldo e da eliminação dos vestígios no dia seguinte.

Tipos de Iscas - Iscas são materiais empregados para auxiliar no início do fogo, os tipos mais comuns de
iscas são: jornal com parafina; algodão com parafina; massa de isopor; acendalha (gravetos, grimpas,
etc...).

Um cuidado especial deve ser dado a líquidos combustíveis (álcool, gasolina, querosene, parafina, e outros).

Nunca deve ser colocado após o Fogo ter sido aceso a partir da garrafa ou recipiente que a contém, pois
existe o risco do fogo residual incendiar o líquido e explodir a garrafa. O procedimento correto é colocar o
líquido em uma lata ou recipiente de boca larga e utilizar uma haste ou bastão para levá-lo ao fogo.

FUNÇÕES NO FOGO DE CONSELHO

Dirigente do Fogo de Conselho - Planejar e dividir tarefas; Escolher o(s) animador(es); Elaborar a
programação; Realizar a abertura e encerramento; Elaborar e apresentar o "Minuto do Escotista "; Cuidar
para que os Princípios do M.E. sejam observados.

Animador(es) - Conduzir a programação com entusiasmo; Anunciar apresentações e solicitar aplausos;


Dirigir canções e brincadeiras.

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A PROGRAMAÇÃO

Deve ser variada, intercalando canções, representações, brincadeiras, aplausos e o Minuto do Escotista .
Qualquer atividade, quando bem planejada, com a devida antecedência, tende a produzir melhores
resultados. Um Fogo de Conselho anunciado no próprio acampamento, para o qual os Jovens não tiveram a
oportunidade de se preparar, muitas vezes perde os aspectos educacionais e o interesse dos participantes. É
recomendado que os jovens dediquem parte do tempo das reuniões de sede (de Unidade ou Patrulha), que
antecedem o Fogo de Conselho, para prepará-lo.

SUGESTÃO DE PROGRAMAÇÃO

Abertura: dirigente

Canção animada: animador

Esquete: Patrulha "a" ou equipe "a"

Aplauso: Patrulha "b" ou equipe "b"

Brincadeira: dirigida pelo animador

Esquete: Patrulha "b" ou equipe "b"

Aplauso: Patrulha "a" ou equipe "a"

Canção: Patrulha "b" ou equipe "b"

História de ... : ...

Dança: Patrulha "a" ou equipe "a"

Minuto do Escotista : dirigente

Cadeia da Fraternidade: canção calma e oração para encerramento

Abertura - Geralmente a abertura de um Fogo de Conselho tem um caráter formal. Pode ser feita por uma
ou mais pessoas. Abaixo estão relacionados alguns dos itens que podem compor a abertura:

ƒ Saudação aos participantes e mensagem de otimismo.


ƒ Acendimento do Fogo com tochas ou engenhoca.
ƒ Declaração oficial de abertura do Fogo feita pelo dirigente.
ƒ Canção animada de abertura.
Canções - As canções podem ter temas variados, desde as tradicionais do Movimento Escoteiro até
modernas músicas populares. Não se deve utilizar canções complicadas que ninguém conhece. Elas devem
ser simples e de fácil assimilação.

Para criar um ambiente mais alegre podem ser usados toca-fitas ou instrumentos musicais, inclusive aqueles
improvisados pelos próprios jovens, que criam efeitos especiais tais como latas com pedras, areia, assopros
em garrafas, batidas em garrafas com água e outros. São bem recebidas canções com gestos e danças.

Brincadeiras, concursos, charadas e jogos - Estas atividades alegram o Fogo de Conselho. Os


Escotistas devem cuidar para que elas não causem constrangimentos, humilhações ou medo nos
participantes. Elas devem ser agradáveis a todos.

Histórias - Histórias bem contadas cativam os participantes. O escuro da noite e o fogo criam um clima
propício para contar histórias.

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• Representações / Esquetes - São representações teatrais de curta duração feitas pelas Patrulhas ou por
alguns jovens. Elas criam oportunidades para os jovens perderem a inibição desenvolvendo a facilidade de
expressão, comunicação e criatividade.

• Assim como outras atividades no Movimento Escoteiro, as esquetes também evoluem de forma
progressiva. Quando os jovens têm pouca experiência, as apresentações e os papéis que representam são
simples. Com o passar do tempo é esperada (e incentivada) a busca de melhorias no conteúdo e na
representação de esquetes.

Alguns jovens trazem de fora do Movimento Escoteiro habilidades de representação que


contribuem significativamente para a qualidade das esquetes.

A escolha dos temas pode ser feita pela Unidade, pela Corte de Honra, pela Chefia ou pela livre escolha da
Patrulha.

A falta de treinamento, criatividade, motivação ou tempo para a pesquisa do tema e elaboração do roteiro
da esquete e ensaios, faz com que os jovens improvisem as esquetes, repetindo muitas vezes os programas
de TV. Este procedimento diminui a possibilidade do jovem se desenvolver.

Existem várias critérios de avaliação de esquetes que podem ser empregados pela Corte de Honra ou Chefia:
ƒ O tema é apropriado para o momento e tipo de Fogo de Conselho?
ƒ O tema trará interesse e novidades aos participantes?
ƒ O tema é adequado? Está de acordo com os princípios da Promessa Escoteira
ƒ A distribuição dos papéis dá oportunidades a todos os elementos da Patrulha ou equipe?

Minuto do Escotista - Este é um momento em que o Escotista apresenta uma mensagem final
relacionada aos valores, com o objetivo de levar os participantes a uma reflexão. A mensagem não deve ser
lida, nem ser moralista com o objetivo de criticar, mas sim, deve ser contada como uma história, ser uma
mensagem positiva e de curta duração.

Encerramento - Geralmente o encerramento do Fogo de Conselho também tem um caráter formal. Pode
ser formada uma Cadeia da Fraternidade e cantada uma canção. É muito usada a Canção da Despedida.

PROTEJA A NATUREZA, MAS NÃO SEJA CHATO


A consciência ecológica nos faz questionar sobre a validade de acender uma fogueira, quando ela poderia,
com alguma imaginação, ser substituída por uma lâmpada envolta em um papel vermelho. Esta atitude
levada ao extremo nos coloca na vanguarda dos protetores das árvores e do oxigênio. Observamos porém
que determinadas florestas, chamadas renováveis, produzem lenha e que o oxigênio em proporções
pequenas é reposto pela própria natureza.
A destruição da camada de ozônio, as produções industriais e automobilísticas de gás carbônico, os
depósitos de lixo comum e atômico, a limitação dos mananciais de água potável são bons temas para
debates e palestras em Fogos de Conselho.

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MEIO AMBIENTE

ESCOTISMO DIVORCIADO DA REALIDADE É UMA COISA IMPOSSÍVEL!

(BP)

ESCOTISMO E NATUREZA – UMA RELAÇÃO ANTIGA

Desde a criação do Escotismo por Baden-Powell, estava implícita uma relação íntima
entre a prática do Escotismo e a natureza. Não é à toa que a data oficial da sua criação
coincide com a realização do acampamento de Brownsea. Até hoje, a “vida ao ar livre”
faz parte do Método Educativo do Movimento Escoteiro, conforme explicitado no seu
Projeto Educativo:

A vida ao ar livre é um meio privilegiado para as atividades escoteiras.

Os desafios que a natureza apresenta permitem aos jovens equilibrar seu corpo,
desenvolver suas capacidades físicas, manter e fortalecer a saúde, ampliar a
criatividade, exercitar espontaneamente sua liberdade, estabelecer vínculos profundos
com outros jovens, compreender as exigências básicas da vida em sociedade, valorizar
o mundo, formar seus conceitos estéticos, descobrir e se encantar com a ordem da
Criação.

O método escoteiro propõe aos jovens Integrar essas experiências a seus hábitos
freqüentes e a seu estilo de vida, recuperando continuamente o silêncio interior e
retornando sempre aos ritmos naturais e à vida sóbria.

Portanto, é natural que a preocupação com o meio ambiente esteja sempre presente no planejamento e
desenvolvimento das atividades Escoteiras. E lembre-se:

“Da natureza nada se tira, a não ser fotografias;


nada se deixa, a não ser pegadas,
e nada se leva, a não ser saudades.”

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Várias são as formas de se definir Educação Ambiental. Entre as mais significativas podemos citar:

........a de formação de cidadãos, cujos conhecimentos acerca do ambiente e seus problemas possam alertá-
los e habilitá-los a resolver seus problemas, ou
....... desenvolvimento progressivo de um senso de preocupação com o meio ambiente, baseado num
completo e sensível entendimento das relações do homem com o ambiente a sua volta, ou ainda:
....... processo de reconhecimento de valores e de esclarecimentos de conceitos, que permitam o
desenvolvimento de habilidades e atitudes necessárias para entender e apreciar as inter-relações entre o
homem, sua cultura e seu ambiente biofísico
Em qualquer uma destas opções com facilidade encontramos uma grande afinidade com temas que com
grande freqüência utilizamos em nossas atividades escoteiras.

50
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PROCESSO FORMATIVO QUE SE UTILIZA, DE UM CONJUNTO DE
ATIVIDADES E IDÉIAS QUE LEVAM O HOMEM A CONHECER O AMBIENTE E UTILIZAR OS
RECURSOS NATURAIS DE MANEIRA RACIONAL

“ O Escotismo Mundial, com seus mais de 25 milhões de jovens e adultos, em 216 países e territórios de
todo mundo , esteve sempre ativo com o que hoje chamamos temas ambientais. Ao inspirar o amor e o
respeito pela natureza a milhões de crianças e jovens que passam pelo Movimento, o escotismo tem
contribuído de forma significativa para o presente momento da causa do ambiente em todo mundo”.
(J.Moreillon,1993)

Em 1954 , Albert Schweitzer, por popularizar a ética ambiental foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz e
com esse passo iniciou-se em todo mundo um movimento que objetivava reverenciar as coisas vivas, e
questionava os estilos de desenvolvimento.

No Escotismo, após o Jamboree do Canadá em 1957, a Conferência Mundial definiu que o ano de 1957,
seria o ano das Medidas para Proteção da Natureza, mostrando dessa forma a preocupação em orientar
os jovens no sentido de que o futuro do planeta, depende inteiramente do empenho e da vontade de todos.
Para compreender o mundo, suas necessidades e carências, é preciso informação. Conhecendo é possível
amar e, amando, nos sentiremos capazes de defender.

No final da década de 60 os países industrializados experimentavam um acelerado processo de degradação


ambiental causado principalmente por sistemas de produção que negligenciavam os cuidados necessários ao
meio ambiente. Os nítidos sinais de perda de qualidade de vida , desencadearam inquietações internacionais
em relação ao meio ambiente.

CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO, 1972 – ONU

“DECLARAÇÃO SOBRE O MEIO AMBIENTE”

Expressa a necessidade de se adotar princípios comuns que sirvam para inspirar e orientar a humanidade na
preservação e melhoria da qualidade do meio ambiente.

No Brasil, na década de 80, a Educação Ambiental passou a ser um dos instrumentos da Política Nacional do
Meio Ambiente e em 1988, com a promulgação da Constituição Brasileira, reconheceu-se em nosso país que:

“ Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

Também ficou estabelecido que cabe ao Poder Público, promover a educação ambiental em todos os níveis
de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.

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FINALIDADES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Considerando que a Educação Ambiental deve contribuir para consolidar a paz e desenvolver a compreensão
mútua entre os povos, e constituir um verdadeiro instrumento de solidariedade internacional e de eliminação
de todas formas de discriminação racial, política e econômica, ela tem como principais finalidades:

1. fazer compreender, claramente a existência e a importância da interdependência econômica, social ,


política e ecológica , nas zonas urbanas e rurais;
2. proporcionar a todas as pessoas, a possibilidade de adquirir os conhecimentos, o sentido dos
valores, as atitudes, o interesse ativo e praticar as ações necessárias para proteger e melhorar o meio
ambiente
3. induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade em seu conjunto,
a respeito do meio ambiente.

A identificação de problemas ambientais traz uma enorme quantidade de alternativas, mas não é suficiente
para a promoção de atividades atraentes e variadas que fiquemos apenas nas sugestões. A prática e a
eficiente participação das crianças e jovens neste processo, se faz através de ações concretas, instrumentos
também da participação comunitária

OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O conceito de meio ambiente, não pode ficar restrito aos temas ligados apenas à natureza. Os problemas
ambientais devem ser considerados em todos os seus aspectos, e orientados em enfoques interdisciplinares,
atendendo objetivos educacionais de uma ou mais áreas de desenvolvimento ao mesmo tempo, assim como
uma participação ativa de cada indivíduo e da coletividade.

Os objetivos da Educação Ambiental não podem ser definidos sem que se leve em conta as realidades
econômica, social e ecológica de cada sociedade. Deve também definir os valores e motivações que
conduzam a padrões de comportamento, de conservação e melhoria do meio ambiente. Tal efeito só será
possível se os membros de uma equipe e da própria sociedade internalizarem de forma livre e consciente as
etapas do processo.

ANOTAÇÕES

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O PAPEL DO ESCOTISTA

Capa de “Scouting for Boys” nº 1

Quando em janeiro de 1908, com a publicação dos fascículos sobre Escotismo Para Rapazes,
os jovens ingleses passaram a adquiri-los nas bancas de jornal, surgiram por toda Londres, patrulhas
formadas por estes rapazes que começavam a praticar Escotismo. Do ponto de vista do jovem a idéia
parecia estar definida. O adulto aparentemente era desnecessário.
Era impressionante observar como a mensagem moral contida nos folhetos, havia operado
grandes modificações no comportamento e no interesse da maioria dos jovens.
Mas os problemas com os pais e a polícia, começaram a surgir. As competições, que eram
organizadas por eles mesmos, às vezes degeneravam em conflitos. Ou então, como não havia uniforme
regular, muitos começaram a improvisar, dando aspecto extravagante em alguns casos.
Porém, por mais entusiasmado que o jovem fosse e desejoso de praticar o Escotismo, os
problemas criados por esta “prática” desordenada, passaram a preocupar B.P. Ele então, incentivou pais,
professores, autoridades, que de alguma forma preocupavam-se com o futuro dos jovens, a ajudarem com
sua experiência, passando a ser para eles o “irmão mais velho”, e desta forma viver em harmonia com a
comunidade.
Começava a surgir à figura do adulto no Movimento Escoteiro.
B.P. ficou tão impressionado com tal participação, que mais tarde escreveu em seu livro “Lições
da Escola da Vida...”:
“A tarefa continua a mesma, ou seja, auxiliar o jovem a transformar em atividades as suas
legítimas aspirações, desenvolvendo-lhes a auto-confiança, a coragem, o espírito de equipe e,
principalmente, dando-lhes valores morais e espirituais, mais elevados.”

O PERFIL DO ESCOTISTA

Os escotista que necessitamos devem ser simplesmente homens e mulheres de boa vontade,
adultos e jovens adultos, que possuem maturidade e equilíbrio pessoal; e que gozam de liberdade para
inovar porque conhecem o método escoteiro, são capazes de compartilhar um projeto para o futuro, que

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sabem motivar e gerar compromissos e estão conscientes de que são responsáveis pela execução de uma
tarefa educativa em beneficio dos jovens, em cujo desempenho eles se desenvolvem como pessoas.

O ESCOTISTA COMO EDUCADOR

Um Escotista deve possuir, antes de tudo, o sentimento de sua responsabilidade. Sua missão é
SERVIR.
Como Escotista atuamos diretamente com o jovem, objetivo maior do M.E.. É justo pensar que,
uma das tarefas mais importantes será sua atuação como educador. Nesta ação devemos ter como objetivo
“modelar” caráter. Disto depende a qualidade dos jovens que pretendemos devolver à comunidade aos 21
anos de idade.
Atuando como responsável por uma seção, ou como assistente nela, temos que ser o exemplo de
moralidade e comportamento; personificarmos a Promessa e a Lei Escoteira.
De uma forma geral o Escotista é responsável por uma atmosfera imaginativa de aventura e
romantismo. Inspirador do Escotismo no jovem, sendo responsável por dirigir reuniões; jogos; excursões;
acampamentos; etc.. Para tal, deve conhecer os objetivos educacionais inerentes à seção em que atua. Deve
ser orientador nos momentos que mantém um contacto mais formal com os jovens da seção em que atua,
possuidor da amizade, respeito e obediência dos jovens, assim como, depositário da confiança dos pais destes.
O Escotista precisa ter consigo alguns predicados que podem tornar-se a chave do seu sucesso
dentro de sua seção:

• Possuir espírito de liderança;


• Saber as necessidades e perspectivas e desejos das diversas idades dos jovens;
• Saber tratar o jovem tanto individualmente e como conjunto;
• Considerar as coisas sob o ponto de vista do jovem;
• Fomentar o espírito de cooperação para obter melhores resultados;
• Ensinar através do exemplo pessoal;
• Possuir domínio de si próprio;
• Atuar com tato.

AS ATRIBUIÇÕES DO ESCOTISTA

As atribuições do Escotista podem ser classificadas em 3 áreas, que são interligadas entre si, são
elas:

• Realizar e cumprir TAREFAS;


• Manter GRUPOS de pessoas unidas; e
• Desenvolvimento de INDIVÍDUOS.

REALIZAR E CUMPRIR TAREFAS

Um líder deve verificar que as tarefas acertadas sejam realizadas. A maioria dos chefes diria até,
que passam a maior parte do tempo verificando e assegurando-se que as tarefas sejam cumpridas. Um
Escotista capaz planeja a realização de tais tarefas. Sua responsabilidade está implicitamente incorporada
no desenvolvimento do ciclo de programa. As ações que asseguram o funcionamento de uma seção são
desempenhadas pelos Escotistas de Seção; Assistentes; Instrutores; etc.

MANTER GRUPOS DE PESSOAS UNIDAS

Toda nossa vida se resume em nos manter em pequenos grupos de pessoas, seja em nossa casa,
em nosso trabalho ou lazer. Todo e qualquer grupo terá um líder, seja ele indicado, eleito ou escolhido
pelo próprio grupo, as vezes emergido naturalmente, e a responsabilidade maior deste líder, é o de

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manter o grupo unido. O Escotista de seção assumirá estas responsabilidades juntamente com seus
assistentes, e encorajará os jovens lideres a o fazerem junto àqueles que estão sob sua responsabilidade.
Este objetivo somente é alcançado apoiando, encorajando e motivando a iniciativa e a liderança dos
componentes do grupo.

DESENVOLVIMENTO DE INDIVÍDUOS

Finalmente um Escotista tem a responsabilidade perante cada indivíduo do grupo. Ele deve ser
sensível aos problemas e sentimentos de cada pessoa. Deve estar preparado a dedicar tempo e espaço para
cada indivíduo, de forma a fazê-los sentir que pertencem, são importantes e têm uma contribuição
específica a fornecer. É neste momento que o Adulto tem a grande oportunidade de aplicar o quinto item
do Método Escoteiro - DESENVOLVIMENTO PESSOAL PELA ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL - Para
conseguir isto o Escotista capaz deve criar uma atmosfera amistosa, onde uma pessoa se sinta bem-vinda e
portanto, deseje permanecer. Somente após conhecer os membros como indivíduos, será possível ao
Escotista definir as áreas de necessidades deles e fazer algo a respeito. É necessário buscarmos ter com o
jovem um relacionamento de cortesia, simpatia, sinceridade, firmeza e compreensão:
A forma pela qual um Escotista apresenta suas crenças e ideais aos membros individualmente, irá
afetar extraordinariamente as atitudes e valores adotados pelo grupo em que estiver atuando.
Segundo B.P., o Escotista que quiser ser digno de exercer a Liderança sobre os demais, deve
começar por ser capaz de mandar em si mesmo, sobre sua língua, seus nervos e seu coração, devendo
prestar contas, antes de qualquer coisa, a DEUS sobre seus atos, depois aos Jovens, aos Pais destes, à
Pátria , ao G.E., etc.

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PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE ATIVIDADES

PROGRAMAÇÃO

É o processo de planejamento para realizar uma atividade ou evento. Entendemos por planejamento o
caminho para se chegar a um futuro desejado. No caso de nossas atividades de sede, é transformar nossa
intenção em prática.

A IMPORTÂNCIA DA PROGRAMAÇÃO

- É a única ferramenta que nos permite atingir os objetivos;


- Conseguimos maximizar nossos recursos materiais e financeiros;
- Nos leva a realizar atividades bem sucedidas, seguras e realizadas dentro do método escoteiro;
- Distribui adequadamente as tarefas de escotistas e colaboradores;
- Garante aos jovens a satisfação de participar de atividades atrativas e envolventes;
- Garante aos escotistas a satisfação de realizar atividades equilibradas e variadas.

O PROCESSO

A programação é uma parte do Planejamento da Seção. Entende-se por planejamento o trabalho de


preparação, que terá como resultado uma programação que visa alcançar uma ou mais metas durante um
período de tempo.
O planejamento de cada item da programação da seção irá detalhar a atividade , com a descrição
dos horários, materiais e responsáveis por cada fase da programação.

Vamos relembrar as etapas do PLANEJAMENTO DA SEÇÃO:

a) Realizar uma AVALIAÇÃO da situação atual da tropa (Conselho de Patrulha, Conselho de Tropa e Corte
de Honra) ;
b) Definir os OBJETIVOS da seção para o período (Corte de Honra e Chefia);
c) Coletar SUGESTÕES de atividades (Conselho de Patrulha e no Conselho de Tropa) ;
d) Buscar calendários maiores como do Grupo, do Setor, da Região, da UEB, etc.(Corte de Honra e Chefia);
e) Selecionar as ATIVIDADES sugeridas de acordo com os objetivos definidos ( Corte de Honra);
f) Organizar o CALENDÁRIO (Corte de Honra);
g) Colocar o planejamento em prática, ou seja, a PROGRAMAÇÃO (Corte de Honra e Chefia).

PASSOS PARA O PLANEJAMENTO DA PROGRAMAÇÃO

1) Relembrar os objetivos:
Existem objetivos educativos e objetivos da gerais da atividade.
Os objetivos educativos, são aqueles negociados com cada jovem e o Escotista que o acompanha. Eles
devem ser trabalhados através de atividades e vivências conforme as sugestões da Corte de Honra e da
equipe de Escotistas . Como exemplo, citamos a realização de uma atividade de saúde (área de
desenvolvimento físico) para atender as necessidades de um ou mais jovens.
Os objetivos gerais da atividade, são definidos pela Corte de Honra com a supervisão dos Escotistas,
conforme as necessidades do Planejamento da Seção e das situações que ocorrem com o andamento das
atividades. Como exemplo, podemos citar a necessidade de trabalhar a amizade e o respeito ao próximo
com toda a tropa.

2) Brainstorming – Tempestade de idéias;

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Esta é uma técnica onde a equipe que está confeccionando a programação, sugere inúmeras atividades
diferentes e variadas para o alcance de objetivos. Nesta fase, todos podem opinar livremente, não existindo
discussão. Todas as sugestões são aceitas provisoriamente até o passo seguinte.

3) Definição das alternativas


Neste momento, lêem-se todas as sugestões do Brainstorming e escolhem-se as melhores, levando-se
em conta os objetivos traçados, a atratividade, os materiais disponíveis, custos e operadores ( Escotistas e
monitores) que estarão presentes no dia da atividade.

4) Estruturação e Formalização
Estruturação é a “montagem” da programação numa ordem próxima do ideal, conforme vemos abaixo:
a) Cerimônia de abertura, que é um momento rápido onde consta o hasteamento da bandeira, a oração e
os gritos de patrulha.
b) Jogo Quebra-gelo, que é uma atividade geral para gerar grande entusiasmo e alegria.
c) Atividades diversas. Veja sugestões no tópico “Ingredientes de uma atividade”.
d) Formação: Momento em que trabalhamos um ou mais objetivos educativos.
e) Jogo Final. Deve ser tão ou mais animado que o jogo quebra-gelo. Deve deixar um gostinho de “quero
mais” e o desejo de retornar ao grupo escoteiro na próxima semana.
f) Cerimonial de encerramento, que também é um momento rápido para o arriamento da bandeira,
oração, gritos de patrulha e avisos.

Formalização, é escrever a programação e distribuir uma cópia para cada Escotista, auxiliar, monitor ou
colaborador.

INGREDIENTES DE UMA ATIVIDADE

Para uma atividade divertida e alegre, devemos “rechear” nossa programação com alguns destes
ingredientes:
a) Jogos
b) Canções
c) Danças
d) Dramatizações
e) Trabalhos manuais
f) Boa ação
g) Atividades Sociais
h) Atividades Culturais
i) Serviço Comunitário
j) Reflexões e Espiritualidade
k) Motivação para especialidades
l) Aventuras
m) Atividades Físicas
n) Adestramentos
o) Desafios
p) Muita alegria

DICAS IMPORTANTES

a) Não repetir jogos e atividades num curto intervalo de tempo;


b) Variar e mesclar os ingredientes de uma atividade para outra;
c) Nosso Método é “aprender fazendo” e não olhando;
d) Propiciar um ambiente alegre e divertido;
e) Programar a atividade com a antecedência necessária para que o responsável pela atividade possa se
preparar adequadamente, providenciar materiais e escolher o local da prática de sua atividade;
f) Lembrar que o ar livre é muito melhor que a sede, por mais bonita que ela seja;
g) No momento da atividade deve estar tudo pronto, local escolhido e materiais prontos. Nada mais
desmotivante para os jovens, do que aguardar seu chefe ir até o almoxarifado buscar uma bola que ele
esqueceu.
h) Ter sempre uma programação alternativa para caso de mau tempo.

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EXEMPLO DE UMA PROGRAMAÇÃO DE CURTA DURAÇÃO :

PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES

Data : 07/07/2010
Objetivo : Saúde

HORÁRIO ATIVIDADE MATERIAL RESPONSÁVEL


0:00 Abertura-IBO Bandeira e cizal Monitor da Patrulha “a”
0:10 Jogo Quebra-gelo Fita Crepe, 20 folhas de papel Escotista “a”
Sulfite e 20 canetas.
0:25 Jogo de Revezamento 4 Bolas Monitor “b”
0:35 Canção Cartaz com a letra da canção Monitor “c”
0:40 Objetivos Educativos Especialista (ortopedista
convidado)
1:00 Jogo Técnico Bastões e Sisal 4 monitores
1:30 Jogo Final Escotista “b”
1:35 Encerramento IBOA e debandar Escotista “a”

Fazemos abaixo um "esqueleto" de duas programações, para esclarecer como transformar as programações
elaboradas na sessão de 120 para 60 minutos.

EXEMPLO DE UM PROGRAMA DE 120 MINUTOS:

HORÁRIO ATIVIDADE MATERIAL RESPONSÁVEL SITUAÇÃO


00:00 h I.B.O. Bandeira Fica
00:10 h Jogo Quebra-gelo Fica
00:20 h Jogo de Revezamento Fica
00:30 h Canção Fica
00:35 h Objetivos Educativos:
Objetivo 1 Fica
Objetivo 2 Fica
00:55 h Jogo Geral Sai
01:05 h Trabalho Manual Descrição Sai
01:30 h Canção Sai
01:35 h Jogo Técnico Sai
01:50 h Jogo Final Fica
02:00 h I.B.O.A. e debandar Fica

HORÁRIO ATIVIDADE MATERIAL RESPONSÁVEL SITUAÇÃO


00:00 h I.B.O Bandeira Fica
00:10 h Jogo Quebra-gelo Fica
00:20 h Jogo de Revezamento Fica
00:30 h Canção Fica
00:35 h Objetivos Educativos
Objetivo 1 Fica
Objetivo 2 Fica
00:50 h Jogo Final Fica
01:00 h I.B.O.A. e debandar Fica

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PROGRAMANDO:

Sua equipe terá 30 minutos, para elaborar uma programação de reunião de sede de 85 minutos (uma hora e
25 minutos), que deverá atender aos seguintes objetivos gerais:

1) Objetivos Educativos:
a) Desenvolvimento Intelectual : 3. Ampliar suas habilidades a partir de alguns campos técnicos
mais complexos: som, imagem, mecânica, informática, etc.

b) Desenvolvimento Físico : 4. Preparar programas de alimentação apropriada para as atividades


de sua tropa.

2) Motivar a obtenção da especialidade de Sobrevivência, sendo necessária a elaboração de uma fogueira


por patrulha.

3) Iniciar os preparativos da tropa para a Festa de 50 anos do grupo daqui a um mês.

INSTRUÇÕES GERAIS

a) Os demais elementos da programação serão retirados de um hipotético Planejamento da Seção.

b) Utilizar os conhecimentos da sessão “Como programar uma atividade” e identificar os ingredientes


necessários para tornar esta programação atraente e variada.

c) Tempo total da reunião a ser programada: 85 minutos

d) Número de escotistas disponíveis: 03

e) Sua tropa é composta por: 02 jovens aspirantes (período introdutório)


08 jovens investidos
06 jovens com eficiência 1 e Insígnia da Modalidade
01 jovem com eficiência 2 e Cordão Dourado

f) Efetivo atual da Tropa: 17 Seniores e Guias


03 escotistas

g) Em caso de dúvidas procurar o instrutor.

h) Ao final do tempo de 30 minutos um ou mais elementos da equipe fará uma exposição aos demais alunos
sobre a programação elaborada.

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BOM TRABALHO.

Espaço reservado para o desenvolvimento do exercício de programação

HORÁRIO ATIVIDADE MATERIAL RESPONSÁVEL

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PRÁTICA NA DIREÇÃO DE JOGOS

O mundo do jogo é o meio natural para o crescimento pessoal e aprendizagem positiva. Isto porque o jogo
é ativo, natural e altamente motivador para a maioria dos jovens. Os jogos, constantemente, envolvem as
pessoas no processo de agir, reagir, sentir e experimentar.

Para o movimento escoteiro, o jogo é o meio pelo qual se propõe atingir os fins, Baden-Powell dizia:

“O escotismo é um grande jogo”.

Os jogos aplicados na Tropa Sênior são diferentes daqueles que o jovem conhece da escola ou da casa. Na
Tropa, joga-se alegremente, e por este motivo os jogos devem ser variados: jogos ativos, de revezamento,
grandes jogos, jogos intelectuais, etc. todos diferentes uns dos outros.
Os jogos nunca podem ser aplicados sem ter em vista o objetivo a que ele se propõe. Não propomos aos
escotistas, simplesmente selecionar jogos e brincar com os seniores e as guias da Tropa. Mas sim aplicar
jogos de forma correta, de modo que leve o jovem a aprender brincando.
O Escotismo é um movimento educacional para jovens. A educação mais eficiente é aquela que proporciona
aos jovens atividades, auto-expressão e participação social, o que é atingido através dos jogos. Quando
provocamos uma busca permanente de solução, quando estimulamos a diversão estratégica, estamos
educando pela inteligência.

O jogo desenvolve-se em três campos:

Material - imaginação, dedução, raciocínio rápido, observação, criatividade,etc.


Físico - resistência, força, agilidade, coordenação motora, etc.
Social - lealdade, cortesia, disciplina, obediência, cooperação, participação e espírito esportivo.
Saber ganhar e saber perder é de importância capital para o relacionamento do indivíduo na sociedade.

Assim, o jogo escoteiro é formado de cinco elementos:

AÇÃO - O Escotismo é a educação pela ação. Sugere atividades atraentes, onde se aprende a partir de
experiências realizadas. Existe sempre um toque de surpresa e emoção.

IMAGINAÇÃO - Cada ramo é motivado por um apelo próprio à faixa etária: a fantasia dos Lobinhos; a
aventura dos Escoteiros e Escoteiras; o desafio dos Seniores e Guias.

ASSOCIAÇÕES - Os jovens aprendem a viver em pequenos grupos sociais: matilhas, patrulhas e grupos
de interesses.

FUNÇÕES - Alguns jovens assumem funções de líderes: Monitores nas patrulhas e Primos nas Matilhas.
Outros Jovens assumem funções de colaboradores: cozinheiros, lenhadores e almoxarifes.

ORGANIZAÇÃO E REGRAS - A Lei Escoteira está presente em todas as atividades do Movimento e


nelas os jovens aprendem lições para suas vidas.

E contempla as 6 áreas de desenvolvimento dos jovens (também tratados como “desafios” para os jovens),
estabelecidos no Propósito do Movimento Escoteiro:
ƒ Física;
ƒ Social;
ƒ Espiritual;
ƒ Afetiva;
ƒ Intelectual;
ƒ do Caráter.

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Através do jogo pretende-se, no Movimento Escoteiro, desenvolver o senso de obediência ás regras, a
disciplina voluntária, o domínio de si mesmo, o entusiasmo, a capacidade de liderar e de cooperar. Jogando
com freqüência, com regras estabelecidas, claras e simples, o jovem aprende a não gritar e discutir
continuamente visando impor seu ponto de vista.

TIPOS DE JOGOS

Podemos considerar como treinamento a parte da atividade onde os jovens recebem instruções que serão
utilizadas para a conquista de etapas e de realizações de ações. O importante do treinamento é conseguir
transmitir as informações necessárias e obter o entendimento de todos.

JOGO INICIAL
É um jogo simples e rápido para quebrar a apatia ou “gelo" dos jovens quando,
iniciam uma atividade. É importante que todos participem dele,
Exemplo: Acerte o rabo do dragão.
O dragão é constituído de seis jogadores, formados em coluna.O primeiro é a
cabeça e o último o rabo. O rabo segura a cintura do companheiro que estiver à
sua frente e este segura a cintura do seguinte Os demais jogadores são os
caçadores, formam um círculo de 6 metros de diâmetro. O dragão fica dentro do
círculo. Os caçadores tentam acertar o rabo do dragão usando uma bola de tênis.
A cabeça do dragão deve defender o rabo. Os caçadores não podem andar com a
bola mas podem fazer passes para confundir o dragão. Se o caçador acertar o
rabo ou a cabeça do dragão passa a ser caçador. Se o arremesso for perdido, o
caçador passa a ser rabo do dragão.

JOGOS DE COBRANÇA
São atividades para avaliar os conhecimentos adquiridos durante o treinamento. Estes jogos devem ser
variados para que a cobrança não se torne repetitiva. Um caso típico é o da cobrança de uma etapa que
envolve conhecimento sobre nós e amarras, onde o jogo evita a cobrança formal.
Exemplo: Nó de catau com luta de cordas.
Dois jogadores - cada um segurando um extremo de uma corda - tentam fazer o nó de catau, um antes do
outro. É permitido puxar tanto quanto quiserem.

JOGOS DE REVEZAMENTO
Estes jogos são caracterizados por ações repetitivas. São usados como cobrança de treinamento. É
considerada vencedora a Patrulha que concluir as tarefas corretamente no menor tempo.
Exemplo: A Patrulha corta lenha. Estes jogos só podem ser feitos após instrução teórica e prática sobre o
uso correto da machadinha. As Patrulhas formam colunas. A 20 metros é colocado um tronco e uma
machadinha por Patrulha. A partir do apito de início do jogo, corre um elemento de cada patrulha até o
tronco, dá 5 machadadas e volta, a seguir, corre o próximo elemento de cada patrulha e assim por diante.
Vence a primeira patrulha que cortar o tronco dentro das regras de uso e segurança. Os Escotistas devem
observar se os jovens utilizam corretamente a ferramenta, chamando a atenção para os erros.

JOGOS DE EQUIPE
É um jogo onde equipes se confrontam. Para a realização deste tipo de jogo é importante que os limites da
área ou do campo sejam facilmente identificados por todos os participantes e que as regras sejam
esclarecidas a todos antes do início. Estas regras poderão ser adaptadas em função do numero de
participantes, das condições do terreno e dos materiais disponíveis. Contribui para o sucesso de um jogo de
equipe a participação de um árbitro imparcial. Citamos como exemplo jogos de futebol, handebol, vôlei,
basquete, caçador e suas adaptações.

JOGOS NOTURNOS
Os jogos noturnos são recebidos com grande satisfação por todos os jovens.
Estes jogos criam condições para o jovem - perder o medo da escuridão, se deslocar e observar o
movimento dos outros no escuro. A escuridão é uma dificuldade que transforma pequenas tarefas em
grandes desafios. Deslocamentos no escuro sem ser percebido por outros, faz com que o jovem se sinta
como um rastreador experiente.

JOGOS NOTURNOS DE RASTREAMENTO

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São jogos que envolvem deslocamentos no escuro; os jovens agrupados ou individualmente devem executar
uma tarefa ou atingir um determinado lugar. - Exemplo: Raio Laser O dirigente fica no centro do campo,
geralmente junto da fogueira; os jovens se afastam a uma distância de aproximadamente 50 metros e
tentam se aproximar do dirigente sem serem vistos. O dirigente ouve quando os participantes estão se
aproximando e liga uma lanterna, focando diretamente o local de partida. São considerados vencedores
todos os que conseguirem chegar até o dirigente.

JOGOS NOTURNOS POR EQUIPE


São jogos com instruções mais complexas, que envolvem comportamentos múltiplos tipo ataque e defesa.
Prestam-se para este tipo de jogos mensagens cifradas que devem ser interpretadas pelos jovens; “vidas"
em forma de escalpos, que podem ser perdidas a qualquer momento; cidadelas que devem ser alcançadas
ou protegidas...
Estes jogos têm características semelhantes aos jogos amplos e deve-se tomar alguns cuidados
extras:
Avisar ao proprietário do local em que o jogo se desenvolverá em determinado horário da noite.
Avisar a polícia, quando o local for público.
Vistoriar o local, visando identificar área que apresentem riscos. Estes locais deveram ser isolados ou
sinalizados e de conhecimento dos jogadores, para evitar acidentes.
Se o jogo envolver confrontação física, como escalpos ou furtos de objetos, é recomendável que os
escotistas acompanhem o desenvolvimento para evitar abuso de violência. Outra recomendação é que o
período de tempo em que a confrontação irá acontecer será pequeno e próximo ao final do jogo.
Exemplos: Espiões no acampamento.
Dividem-se os participantes em dois grupos. Um deles é de espiões, identificados por
braceletes brancos, todos munidos de lenha para o fogo (e não para ser utilizado como arma). O outro
grupo é o dos guardiões.
Todos os espiões abandonam o acampamento e tomam posições escondidos no mato, a pelo menos
100 metros do fogo central.
Os guardiões tomam posições estratégicas a pelo menos 50 metros do fogo.
Os espiões tentarão chegar ao fogo e colocar sua lenha, tentando passar despercebidos pelos
guardiões. Caso os guardiões identifiquem os espiões pelo nome ou tocando a sua mão em suas costas, os
espiões são obrigados a retornar ao ponto inicial e tentar uma nova aproximação. Vencem os espiões se até
o final do jogo tiverem colocado mais do que a metade da lenha no fogo.

JOGOS AMPLOS
Jogos amplos são caracterizados pela surpresa, espaço e tempo. Os participantes desconhecem o terreno
como no caso dos jogos “caça ao tesouro" ou "seguir pistas". Os participantes vão travando conhecimento
com as regras ao longo do jogo, abrindo instruções após terem concluído tarefas ou após determinado
horário.
O sucesso dos jogos amplos está relacionado com o detalhamento das instruções e a garantia de que serão
bem entendidas, pelos participantes. Esta etapa preparatória do jogo deve ser realizada na Corte de Honra:
Monitores treinados e motivados têm importância fundamental no desenvolvimento do jogo, uma vez que
uma grande parte do jogo será realizado sem observação direta dos escotistas.
Jogos amplos podem ser iniciados c terminados em horários determinados ou por sinais sonoros, tais como
foguetes ou "apitos”. Devem existir também dispositivos de emergência. Caso alguma Patrulha se perca ou
alguém sofra um acidente.

JOGOS DE CIDADE
Jogos de cidade são caracterizados por deslocamentos dentro da cidade, incluindo particularidades da vida
urbana, programação cultural, história e meios de transporte. Este tipo de jogo cria uma oportunidade para
que os jovens conheçam melhor o lugar onde vivem.
As instruções podem ser apresentadas em forma de charadas ou cartas-prego que devem ser abertas em
horários determinados.
Exemplos de tarefas para jogos de cidade:
Buscar uma carta em um determinado lugar e entregá-lo em outro;
Encontrar uma estátua em determinada praça e anotar o nome do homenageado;
Descobrir a programação de um teatro ou cinema;
Pesquisar um restaurante que forneça um cardápio simples custo até X cruzeiros.

JOGOS DE OBSERVAÇÃO E TREINAMENTO DOS SENTIDOS


Estas duas categorias de jogos estão classificadas juntas porque desenvolvem o raciocínio e a memória. A
partir de impressões recebidas pela visão, tato, olfato, audição ou paladar, o jovem deve deduzir os aspectos
mais importantes jogo é armazená-los na memória, para uso posteriores.
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Exemplo 1: Jogo de Kim.
São os jogos que envolvem a memória. Inicialmente são feitos com poucas amostras, que o jovem deve
interpretar, memorizar e posteriormente registrar.
Exemplo 2: Vista panorâmica.
Selecionar um local onde se disponha de um mapa detalhado e um postal ou foto que indique detalhes que
possam ser identificados em ambos. Assinalar no mapa o local onde a foto foi tirada.
As Patrulhas deverão localizar o ponto onde as fotos foram tiradas e, a partir dele, identificar em ambos
alguns detalhes indicados na instrução. Este tipo de jogo requer raciocínio, exame minucioso do mapa e da
foto, em confronto com a natureza.

JOGOS COOPERATIVOS
Os jogos são maneiras ideais de aprendizagem social, unindo pessoas. No entanto, se o jogo for distorcido
pela recompensa à competição excessiva, à agressão física para com os outros e ao jogo desleal, pode
ocorrer uma desmotivação nos jovens. Jogar de forma cooperativa remonta a milhares de anos quando as
tribos se reunião para celebrar a vida. È uma forma de ajudar os jovens a se desenvolverem como seres
humanos felizes e capazes.
O conceito dos jogos cooperativos é simples: “as pessoas jogam uma com as outras em lugar de uma contra
as ouras”.
Elas jogam para superar desafios e não para superar outras pessoas. Os jogos são projetados de maneira
que a cooperação entre os jogadores é necessária para atingir os objetivos do jogo. Os jovens jogam juntos
visando um fim comum, em lugar de uns contra os outros visando objetivos mutuamente exclusivos.
Os jovens aprendem de uma maneira divertida como terem mais considerações uns com os outros,
perceberem mais as pessoas se sentem e ficam mais desejosos de cooperar no melhor interesse de todos.

JOGOS DIVERSOS
Por mais que se tente encontrar formas diferentes de classificar jogos, sempre haverá aqueles que não se
encaixem bem em nenhum dos tipos existentes ou que sejam uma combinação de dois ou mais tipos.

Um jogo escoteiro deve ter três qualidades básicas:


1- interessar e entusiasmar
2- ser bem regulamentado
3- Ter alguma coisa de educativo, sem parecer.

Para que isto seja possível, alguns passos devem ser observados:

PREPARAÇÃO

Definir o objetivo do jogo: todo o jogo tem um objetivo. Pode ser utilizado para a fixação de assuntos
trabalhados (antigo adestramento), para a verificação de aprendizagem ou fixação de conhecimento, etc.,
pode ser aplicado por simples diversão. O importante é que quem aplica um jogo, saiba qual o objetivo que
pretende atingir, e qual a melhor forma de alcançar este objetivo.

Escolher o tipo de jogo: os jogos se classificam em diversos tipos, de acordo com suas características
predominantes: ativo, moderado, calmo, técnico, revezamento, memória, raciocínio, etc. O Escotista deve
escolher qual o tipo de jogo adequado tanto ao objetivo, quanto ao momento em que o jogo deve ser
aplicado.
Outra escolha a ser feita é a formação adequada do jogo: geral (em círculo ou dispersos) / equipe / patrulha
/ individual.

Análise do ambiente: antes de iniciar a escolha dos jogos, é importante analisar, preliminarmente, os
pontos positivos e negativos do local e do público destinados à aplicação do jogo.
Ambiente físico: dimensão – tipo de piso – opção par o caso de chuva (se o local for a céu aberto) –
delimitação de espaço, etc.
Público para quem o jogo será aplicado: faixa etária – interesses – aspectos físicos – problemas que poderão
surgir na aplicação do jogo – formas de resolvê-los.

Adequação dos objetivos ao ambiente: o plano de ação depende quase exclusivamente da


determinação dos objetivos e dos dados levantados da análise do ambiente. Conhecidos os dados do
ambiente poder-se-á fazer uma adequação do objetivo que se pretende aos jogos disponíveis.
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Definir as regras do jogo : mesmo em atividades simples, os participantes devem estar cientes de todas
as regras do jogo. As regras devem ser simples, para que todos tenham condição de entender. Cabe ao
dirigente saber exatamente quais são as regras, para que possa esclarecer adequadamente aos
participantes. Não se deve confiar na memória. É preferível que se tenham todas as regras por escrito, para
que não se esqueça de nada e não se corra o risco de deixar algo de lado e dificultar ou inviabilizar a
execução do jogo.

Preparar o material necessário com antecedência: se for necessária a utilização de algum material,
este deverá ser separado ou preparado com antecedência, para que na hora da aplicação o dirigente já
esteja com tudo em mãos. Muitas vezes, o material pode não estar disponível e será necessária a
substituição ou adequação do mesmo. Por isto, é melhor ver tudo antecipadamente e evitar aborrecimentos
de última hora.

Preparar-se para aplicar o jogo: na hora da aplicação do jogo, é importante que jovens saibam que o
Escotista sabe o que está fazendo. Por isto, ele deve estar bem preparado, deve conhecer todas as
seqüências do jogo. Cada palavra ou gesto deve representar entusiasmo ou estímulo. Se, apesar da prévia
preparação, houver confusões na primeira aplicação de um jogo, o Escotista deve interromper o jogo (se
julgar conveniente, para explicar novamente o jogo, antes de recomeçar), anotar as falhas, a fim de que
uma próxima aplicação não cometa os mesmos erros. O ideal é que durante a aplicação do jogo esteja
presente um assistente que também tenha conhecimento do jogo e que o auxilie no processo de observação
para verificarem se os objetivos foram alcançados e trocarem opiniões sobre o comportamento pessoal dos
jovens.

EXPLICAÇÃO

Para a explicação do jogo, os seguintes passos devem ser seguidos:

Explicar o jogo: a explicação e conseqüentemente o entendimento do jogo é vital para sua aplicação. Para
obter os resultados desejados, o Escotista deve respeitar os seguintes procedimentos:

- formação de ferradura - o chefe deve estar em ferradura com os jovens, só assim poderá verificar se
todos estão prestando atenção, se todos estão ouvindo e perceber, pela reação deles/as, se realmente estão
entendendo o que está sendo explicado.

- entonação de voz - o Escotista deve falar claramente e em um tom de voz que todos possam ouvir e
seguir uma seqüência de forma que os jovens tenham condições de entender o que se pretende. Se houver
qualquer interrupção, o Escotista deve parar a explicação e só recomeçar quando tiver o domínio da
situação. De nada adianta aumentar a voz ou até mesmo gritar. Isto só cansará todo mundo.

- explicação das regras - esclarecer todas as regras do jogo, delimitação do espaço, o que é permitido ou
não, como o jogo começa e como termina, o que cada um deve fazer. Se for um jogo competitivo, explicar
como se vence o jogo. Assegurar que todos entenderam as regras, perguntar sobre dúvidas e esclarecer
todas as questões existentes. Existindo muitas dúvidas, explicar tudo outra vez, desde o começo, para evitar
confusões entre os participantes.

- distribuir o material necessário – se for necessário algum material , entregar aos participantes e
assegurar que todo o material necessário está em poder dos participantes. Caso seja um material fácil de
danificar (ex.: bexiga) que se tenha algumas de reserva, porque alguém pode ficar sem o mesmo antes do
jogo começar.

APLICAÇÃO

Dar início – iniciar o jogo somente quando todos os passos anteriores estiverem completos. Antes de dar
início, preparar os participantes. Para iniciar o jogo, utilizar o apito, dizer: Atenção... Já, ou qualquer coisa
similar, de forma que os participantes saibam que o jogo está prestes a começar e quando efetivamente
começou.

Dirigir o jogo – durante o jogo, o Escotista deve ser o ‘juiz’.


- deve colocar-se em local onde não atrapalhe a movimentação dos participantes

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- deve cuidar de sua postura ou atitude, gritos não resolvem, só irritam...
- deve agir como um animador e um incentivador
- deve conduzir o jogo tendo sempre em vista o objetivo proposto
- observar e registrar o desempenho de cada participante, durante o desenvolvimento do jogo
- deve observar o cumprimento das regras do jogo
Se o jogo não estiver atingindo os objetivos, ou se os participantes não estiverem cumprindo as regras, o
dirigente deve interromper o jogo, esclarecer o que está acontecendo e só então reiniciá-lo.
Se for um jogo de eliminação, os jovens que forem sendo eliminados devem ter uma ocupação, para não
ficarem ociosos nem terem atitudes que possam prejudicar o andamento do jogo, assim, poderão auxiliar o
dirigente a observar, ou qualquer outra função.

Encerrar o jogo – quando o jogo tiver alcançado seu objetivo, mas sempre no clímax e antes de perder o
interesse, este deve ser encerrado formalmente. Se houverem vitoriosos, mencionar quem venceu, mas
nunca menosprezar os perdedores, e tentar fazer de cada jogo um incentivo à participação de outros jogos.
Se algum participante se sentir humilhado com uma derrota, não terá nenhum empenho em outras
atividades. É bom fazer os participantes apontarem fatores propulsores, pontos positivos do grupo perdedor
e levá-los a criticar sua atuação, percebendo o motivo do seu desempenho, avaliar os motivos da vitória.

AVALIAÇÃO

Avaliação do jogo – a avaliação é um processo contínuo de renovação. A avaliação será feita visando três
aspectos:
1 – avaliação do jogo em si – verificar se o que foi aplicado está adequado e se os objetivos foram atingidos,
se o jogo despertou entusiasmo dos participantes.
2 – auto-avaliação – verificar se o jogo foi bem explicado, bem conduzido, a postura e o comportamento de
quem o aplicou. Avaliar, enfim, cada passo executado, anotar as dificuldades, para que não se repitam. Não
se sinta derrotado/a se não gostar do desempenho, utilize como meio de aperfeiçoamento.
3 – finalmente – anotar todos os itens observados nos participantes: se o jogo for para avaliação de etapas,
quais os jovens que conseguiram, as dificuldades individuais dos que não atingiram os objetivos, reações
positivas e negativas dos participantes.
Para facilitar, anote tudo o que observar, durante ou logo após o jogo, assim, evitará esquecimentos ou
confusões entre as atitudes dos participantes.
A avaliação de cada jogo só beneficiará a todos, tanto na correção de atitudes, quanto na preparação de
outras atividades.

Arquivar o jogo – manter um arquivo dos jogos aplicados, com comentários sobre a aplicação, data e uma
espécie de qualificação (ex: bom, deve melhorar,etc).
Pode ser feito um caderno de jogos, caixa de jogos, ou qualquer outra forma de armazenamento que facilite
próximas consultas.
Lembre-se: o êxito de toda atividade depende exclusivamente do com preparo e liderança de quem a dirige.

Em resumo, os pontos essenciais para o sucesso dos jogos são:

OBJ ETIVO:
- definir quais os resultados esperados com a aplicação do jogo.

PLANEJAMENTO:
- Pesquisar em livros de jogos;
- Definir os materiais necessários;
- Escolher a área par realizar os jogos;
- Determinar as regras que serão seguidas, adaptadas ou criadas.

EXECUÇÃO:
- instruir os jovens para usarem o vestuário adequado;
- criar o clima do jogo. apresentando o fundo de cena;
- imprimir entusiasmo e otimismo em relação ao desenvolvimento do jogo;
- dirigente e jovens deverão estar convictos de que o jogo será um sucesso;
- garantir que todos os participantes entenderam as regras do jogo;

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- garantir o fiel cumprimento das regras durante o jogo (a qualquer sinal de descontrole, o
dirigente deverá determinar a interrupção da ação, realizar um levantamento rápido dos motivos
que levaram ao descontrole, avaliar se será necessário alterar regras, comunicar nova mente as
regras aos participantes e só depois reiniciar o jogo);
- observar o cumprimento do tempo determinado para o jogo, que deverá terminar no clímax, na
"hora do quero mais".

AVALIAÇÃO:
- verificar se os objetivos do jogo foram alcançados;
- verificar se o jogo foi do agrado de todos, desde os mais novos até os mais adestrados;
- verificar se o jogo foi composto dos cinco elementos que compõem o jogo Escoteiro (ação,
imaginação, associações, funções. regras);
- verificar quais os fins educacionais do Movimento que foram atingidos (físico, intelectual, social,
afetivo, espiritual e caráter);
- verificar se a duração do jogo foi dimensionada corretamente;
- verificar se os materiais empregados foram adequados e se a área apresentava as condições
necessárias para a realização do jogo;

CARACTERÍTICAS DO DIIRIGENTE DE JOGOS


- ser um pesquisador, buscando novos jogos, classificando-os para saber onde encontrá-los
quando os for usar;
- ter imaginação para adaptar os jogos ás características do local; recursos humanos e materiais
disponíveis;
- saber planejar a execução do jogo, tendo a segurança como um fator fundamental;
- saber simular o jogo que ira dirigir, visando a revisar as regras e os indicadores de resultados,
garantindo que todas as equipes tenham iguais chances de vencer;
- ser entusiasmado na motivação antes do jogo e durante sua aplicação;
- saber avaliar os jogos, levando em conta o ponto de vista dos jovens e a consecução dos
objetivos.

ATIVIDADES PRÁTICAS:

1) JOGO DE DESAFIO FÍSICO:

Lutas de Carroças – A Seção divide-se em grupos de três. Em cada grupo, dois se tomam pelos
braços e o terceiro toma a estes dois por sua cintura, sendo que leva, um lenço preso ao cinto sem amarrar,
os que vão de braços dados, (cavalos) tentam arrancar os lenços dos outros condutores (o que vai
segurando na cintura).
As “carroças” que perdem seus lenços saem do jogo. Os que capturam maior número de lenços vencem o
jogo.

Variações: - um elemento vai à frente, outro o segue agachado e abraçado à sua cintura, um
terceiro vai a cavalo sobre o segundo e os três têm de desmontar os contrários.

2) JOGO DE DESAFIO INTELECTUAL:

Jogos de Garrick – para este jogo se requer uma certa habilidade em dramatizar e uma certa dose
de imaginação, por parte de quem o aplica. O Escotista deve contar com uma caixa vazia, de bom tamanho.
Desta irá tirar diversos artigos inexistentes. Por meio de mímica, dará os elementos a impressão do objeto
que se supõe ter retirado da caixa. Estes terão de entender o objeto extraído e recordar a ordem em que
foram retirados. Após a apresentação, cada elemento deverá fazer uma lista destes artigos e, depois, cada
um representará com mímica que devolve determinado objeto à caixa. O jogo se faz mais realista se o
Escotista comprova cada atuação, retirando, de outra caixa o objeto real que tenha representado.
Apresentamos aqui doze objetos, suficientes para praticar o jogo.

- Um pedaço de corda, o qual se passa ao redor da cintura e se ata com um nó direto ou o Lais
de Guia.
- Um relógio, com o qual se comprova a hora de relógio de pulso, ajustando-o e dando corda.
- Um cachimbo, uma bolsa de tabaco e uma caixa de fósforos, representando o encher o
cachimbo e acendê-lo.
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- Uma lâmpada elétrica, que não funcione.
- Um livro de piada.
- Uma arranha que não se deixe pegar.
- Um telefone
- Uma faca, com a qual o chefe corta o dedo.
- Uma caçarola.
- Uma toalha.
- Uma ratoeira.

3) JOGO DE DESAFIO ESPIRITUAL:

O Fio de Ariadne – o fio de Ariadne consiste em que os participantes percorram um determinado


trajeto, marcado com um fio de sisal contínuo, sem enxergar o trajeto que percorrem. O jogo é
bastante conhecido e provoca, em quem participa, uma certa euforia.
A colocação deste jogo como de desafio espiritual se deve ao fato de que iremos realizar o jogo com
os olhos dos participantes vendados e eles terão de relatar as sensações que tiveram durante o
percurso, sons que ouviram, etc.

COMENTÁRIOS

1 – Desafio Físico – comentar principalmente o seguinte:

- Trabalhamos o aspecto físico através de jogos em que realmente haja desgaste de energia, ou
jogos mais calmos, que envolvam o desenvolvimento psico-motor. Por ser um jogo para
seniores, não obrigatoriamente deverá ser violento.

2 – Desafio Intelectual – comentar principalmente o seguinte:

- Além dos conhecimentos, fazem parte do desenvolvimento intelectual o raciocínio, a criatividade


e a relação entre o aspecto mental e o físico. No jogo apresentado, tivemos os aspectos de
memorização, raciocínio, criatividade e expressão corporal (olha o desafio físico fazendo parceria
com o intelectual).

3- Desafio Espiritual – os jogos que se requer uma grande dose de honestidade por parte dos
participantes são jogos que desafiam espiritualmente (o aspecto moral e ético do jogo). Convém
fazer com que os cursantes reflitam sobre sua participação no jogo: se olharem o trajeto, acharam o
jogo interessante, ou teriam achado melhor se não tivessem olhado?

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SEGURANÇA EM ATIVIDADES

POR - REGRA 131 – ORIENTAÇÃO GERAL SOBRE SEGURANÇA

A participação de todos os membros juvenis em atividades escoteiras externas é de responsabilidade do


Chefe da Seção, da Diretoria de Grupo/Conselho de Pais da Seção Escoteira Autônoma e dos pais ou
responsáveis, sendo que, no ato de inscrição do jovem no Grupo Escoteiro ou na Seção Escoteira
Autônoma, os pais ou responsáveis devem estar cientes de que a "Vida ao Ar Livre" é essencial para a
prática do Escotismo.

A Diretoria de Grupo/Presidente do Conselho de Pais da Seção Escoteira Autônoma e os pais ou


responsáveis, em todos os casos e em cada caso, devem fornecer ao Chefe da Seção autorização por
escrito para tal fim (no pedido de autorização preparado pelo Chefe da Seção, devem constar informações
detalhadas sobre a atividade e o local).

No caso de atividades externas realizadas pelo Ramo Pioneiro, não é necessária a autorização dos pais ou
responsáveis, mas é indispensável a autorização da Diretoria de Grupo/Presidente do Conselho de Pais da
Seção Escoteira Autônoma.

Dependendo da natureza da atividade externa, o Chefe da Seção deve obter, com os pais ou responsáveis,
informações sobre as condições de saúde do jovem e a sua eventual necessidade de usar medicação ou
realizar dieta especial. Nas atividades do Ramo Pioneiro, essas informações devem ser prestadas, por
escrito, pelo próprio jovem.

Todos os participantes em atividades escoteiras externas devem estar previamente inteirados e capacitados
às regras de segurança estabelecidas e necessárias para atividade a ser desenvolvida, cumprindo-as e as
fazendo cumprir.

Conforme avaliação do Chefe da Seção, pode ser autorizada a realização de atividades externas de
patrulhas/equipes de interesse, sendo tais atividades de sua inteira responsabilidade. Para a realização
dessas atividades, o Chefe da Seção deve, como nos demais casos, obter autorização por escrito da
Diretoria do Grupo/Presidente do Conselho de Pais da Seção Escoteira Autônoma e dos pais ou
responsáveis, onde deverá constar que não há a presença de Escotistas acompanhando os jovens (no caso
de atividades externas realizadas pelas equipes de interesse do Ramo Pioneiro, não é necessária
autorização dos pais ou responsáveis, mas é indispensável a autorização da Diretoria de Grupo/ Presidente
do Conselho de Pais da Seção Escoteira Autônoma).

Os encarregados de um acampamento devem ter conhecimento preciso do livro "Padrões de Acampamento"


e seguir as suas recomendações. Deve-se ter especial cuidado na escolha dos locais de acampamentos,
tendo em vista as condições climáticas, a possível ocorrência de eventos naturais adversos, a salubridade
do terreno, a água a ser usada para beber, cozinhar e para higiene. Além disso, deve-se sempre estar
preparado para eventual necessidade de socorro médico.

Não são permitidos, sob quaisquer pretextos, os trotes, os castigos físicos, os ataques a acampamentos, os
jogos violentos e as cerimônias de mau gosto, que humilhem ou que possam pôr em risco a integridade
física, psíquica ou moral do jovem. Também não é permitido aos jovens o uso de pólvora, morteiros, fogos
de artifício e materiais semelhantes em qualquer tipo de atividade escoteira.

Os responsáveis pela organização de uma atividade escoteira externa devem revesti-la de todas as
iniciativas e providências necessárias para garantir o mínimo impacto ambiental e a maior segurança
possível, observando, cumprindo e fazendo com que todos os envolvidos preservem o meio ambiente e

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cumpram as regras de segurança, atentando sempre, e inclusive, para as peculiaridades do local e do tipo
de atividade.

ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA PARA ATIVIDADES

APRESENTAÇÃO

Acidentes ? Imprevistos ?...


Nós, escotistas muitas vezes nos deparamos com fatos envolvendo segurança e achamos que a situação
aconteceu, embora tivéssemos tomado todos os cuidados e providências.

Será ?
Após o fato acontecer, nos vemos atônitos e muitas vezes despreparados para enfrentar a situação com
calma e prudência.

Que tal observar algumas regras básicas antes do problema surgir?


Esta documentação (compilada de Cursos, Seminários e Indabas.) pretende mostrar aspectos mínimos de
segurança em alguns tipos de atividade. Temos certeza de que o escotista, observará mais atentamente,
cada caso, aperfeiçoando e melhorando onde achar conveniente.

Cada atividade tem 6 itens a serem consultados:

LOCAL
PROGRAMA
EQUIPAMENTO
CHEFIA
TRANSPORTE
DOCUMENTAÇÃO

REUNIÃO NA SEDE

⇒ LOCAL
‰ Evitar locais perigosos existentes na sede e nas redondezas (arame farpado, buracos, cacos de vidro,
lixo, objetos que despencam, insetos, etc.)
‰ Demarcar área para jogos e atividades movimentadas
‰ Conhecer os locais de atendimento médico e policial próximo à sede
‰ Cuidados especiais com fios elétricos e conhecer instalações (chaves)
‰ Cuidados redobrados com armazenamento de gás e materiais inflamáveis.
‰ Usar sinalização de alerta em locais a utilizar (risco), que não possam ser evitados

⇒ PROGRAMA
‰ Dosar a programação conforme as condições do lugar
‰ Explicar claramente as regras do jogo/atividade
‰ Iniciar as atividades na hora programada
‰ Evitar tempo ocioso entre as atividades
‰ Conhecer o melhor possível cada jovem da seção

⇒ EQUIPAMENTO
‰ Utilizar equipamentos de acordo com a idade e compreensão dos jovens e com manutenção permanente

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‰ Ter sempre disponível uma caixa de primeiros socorros
‰ Ter no mínimo um carro disponível para emergências
‰ Evitar atividades com materiais inflamáveis, cortantes, etc.
‰ Se necessário, explicar a utilização correta desses materiais
‰ Ter sempre a mão: f.Mod.120; f. médicas; carteiras de convênio; cópias das Identidades.
‰ Não usar equipamentos danificados, que ofereçam perigo.

⇒ ESCOTISTAS
‰ Ter no mínimo 2 (dois) escotistas acompanhando a atividade
‰ Manter chefes adestrados e nomeados
‰ Além de caixa de primeiros socorros, um socorrista.
‰ Adestrar os monitores para casos de emergência e que pelo menos um dos chefes tenha um curso de
técnicas de primeiros socorros

JOGOS NA SEDE E NO CAMPO

⇒ LOCAL
‰ Conhecer o posto policial mais próximo e avisá-lo da atividade
‰ Conhecer os locais de atendimento médico, próximos à sede/campo
‰ Cuidado com animais (cães de guarda, gado, cavalos, etc..)
‰ Cuidado com atividades próximas a rios e lagoas
‰ Cuidados especiais com água para beber no local
‰ Cuidados especiais com fios elétricos, cercas elétricas ou de arame farpado
‰ Demarcar área para jogos e atividades movimentadas
‰ Evitar pasto (na medida do possível) devido a parasitas
‰ Evite local perigoso existente na sede e nas redondezas
‰ Inspecione alojamentos e salas antes de acomodar os jovens
‰ Maior atenção à área para jogos noturnos
‰ Manter um pai como contato para notícias
‰ Mapa do local para os pais
‰ Observe e evite buracos, fossos, poços, etc.
‰ Obtenha referências sobre caseiros e familiares
‰ Referências sobre o local com autoridades (polícia)
‰ Sinalizar locais que ofereçam riscos
‰ Ter um local de apoio, no caso de chuva
‰ Verificar incidência de queda de raios e enchentes
‰ Visite e inspecione o local antes da atividade no mínimo 30 dias antes, se for a primeira atividade neste
local, visite pelo menos 2 vezes

⇒ PROGRAMA
‰ Dosar a programação conforme as condições do lugar
‰ Explicar claramente as regras do jogo/atividade
‰ Iniciar as atividades na hora programada
‰ Evitar tempo ocioso entre as atividades
‰ Conhecer o melhor possível cada jovem da seção
‰ Em gincanas ou grandes jogos, manter um adulto acompanhando a Patrulha
‰ Fazer uma reunião com os pais pelo menos l5 dias antes do evento, para apresentação do programa a
ser desenvolvido.

⇒ EQUIPAMENTO
‰ Utilizar equipamentos de acordo com a idade e compreensão dos jovens
‰ Ter sempre a mão uma caixa de primeiros socorros.
‰ Ter no mínimo um carro disponível para emergências
‰ Evitar atividades com materiais inflamáveis, cortantes, etc.
‰ Tomar os devidos cuidados com lampiões e fogueiras nos fogos de conselho
‰ Iluminar com lampiões os lugares onde a luz do fogo não é intensa evitando agitações próxima à ela,
deslocar o fogo do centro do círculo
‰ Ter sempre a mão: f.Mod.120; f. médicas; carteiras de convênio; cópias das Identidades.
‰ Levar alimentação leve e balanceada e cuidar da sua conservação

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⇒ ESCOTISTAS
‰ Ter no mínimo dois escotistas acompanhando a atividade
‰ Os chefes devem ter completa visão da atividade
‰ Manter chefes adestrados e nomeados
‰ Manter um carro no local para retirada de emergência

PASSEIO NA CIDADE

⇒ LOCAL
‰ Visite e inspecione o local antes da atividade
‰ Evite locais perigosos, existentes no local
‰ Conhecer os locais de atendimento médico próximo ao passeio
‰ Conhecer o tipo dos freqüentadores do local.
‰ Conhecer o posto policial
‰ Definir um ponto de encontro no caso de qualquer emergência

⇒ PROGRAMA
‰ Oriente quanto à segurança no trânsito
‰ Dosar a programação conforme as condições do lugar
‰ Explicar claramente as regras do jogo/atividade
‰ Iniciar as atividades na hora programada
‰ Evitar tempo ocioso entre as atividades
‰ Conhecer o melhor possível cada jovem da seção
‰ Observe os horários de visita a museus, exposições, etc.
‰ Observe as regras internas em cada local de visita
‰ Contar regularmente o efetivo, principalmente antes de cada deslocamento.
‰ Usar crachás de identificação completos

⇒ EQUIPAMENTO
‰ Ter sempre a mão uma caixa de primeiros socorros
‰ Ter sempre a mão: f.Mod.120; f. médicas; carteiras de convênio; cópias das Identidades.
‰ Levar alimentação leve e balanceada ou
‰ Observe o local de refeições, quanto às condições de higiene

⇒ ESCOTISTAS
‰ Ter no mínimo dois escotistas acompanhando a atividade
‰ Os chefes devem ter completa visão da atividade
‰ Manter chefes adestrados e nomeados

⇒ TRANSPORTE

Se for utilizar transporte público:


‰ Compre antecipadamente as passagens
‰ Evite transporte com excesso de lotação
‰ Observe os horários do transporte
‰ Verificar as opções de itinerário

⇒ DOCUMENTAÇÃO
‰ Informar com antecedência os pais sobre a atividade e solicitar sua autorização

EXCURSÃO NO CAMPO

⇒ LOCAL
‰ Contatar autoridades locais
‰ Visite e inspecione o local antes da atividade no mínimo 30 dias antes, com mais de um chefe,
‰ Visite novamente o local, se for a primeira vez que vai ser utilizado
‰ Aproveite a oportunidade e peça auxílio a um guia local
‰ Cuidados especiais com a água para beber no local (de preferência à água tratada)
‰ Cuidado com animais (cães de guarda, gado, cavalos, etc.)
‰ Demarcar área para jogos e atividades movimentadas
‰ Conhecer os locais de atendimento médico e policial próximo ao campo
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‰ Cuidados especiais com fios elétricos e cercas elétricas de arame farpado.
‰ Observe e evite buracos, fossos, poços, pedreiras, etc.
‰ Cuidado com atividades próximas a rios e lagoas, cachoeiras, barragens.
‰ Cuidados com pontes (pinguelas)
‰ Instalações sanitárias adequadas.
‰ Obter informações sobre atividades na área (pedreiras, barragens, treinamentos do Exército, etc.)
‰ Faça um croque do local indicando as áreas que irá utilizar
‰ Faça um mapa do local para os pais
‰ Verificar onde fica o telefone mais próximo do local

⇒ PROGRAMA
‰ Dosar a programação conforme as condições do lugar
‰ Explicar claramente as regras do jogo/atividade
‰ Iniciar as atividades na hora programada
‰ Evitar tempo ocioso entre as atividades
‰ Conhecer o melhor possível cada jovem da seção
‰ Evite exposição prolongada ao sol (insolação)
‰ Certificar-se do consumo regular de água.
‰ Contar regularmente o efetivo, principalmente antes de qualquer deslocamento.
‰ Fazer uma reunião com os pais pelo menos l5 dias antes do evento, para apresentação do programa a
ser desenvolvido.
‰ Previsão do tempo 48 horas (cuidado especial com raios)
‰ Mantenha o horário de banho e faça com que todos se lavem

⇒ EQUIPAMENTO
‰ Estar equipado para tempo chuvoso
‰ Utilizar equipamentos de acordo com a idade e compreensão dos jovens
‰ Ter sempre a mão uma caixa de primeiros socorros e um socorrista
‰ Ter no mínimo um carro disponível para emergências.
‰ Evitar atividades com materiais inflamáveis, cortantes. Etc.
‰ Tomar os devidos cuidados com lampiões e fogueiras
‰ Ter sempre a mão: f.Mod.120; f. médicas; carteiras de convênio; cópias das Identidades.
‰ Levar o mapa do local.
‰ Levar alimentação leve e balanceada e cuidar da sua conservação.
‰ Todo medicamento individual que deva ser tomado regularmente, deve ficar com a chefia.
‰ Levar uma corda comprida

⇒ ESCOTISTAS
‰ Ter no mínimo dois escotistas acompanhando a atividade
‰ Os chefes devem ter completa visão da atividade
‰ Manter chefes adestrados e nomeados
‰ Ter um carro e meio de comunicação no local

⇒ TRANSPORTE

Se for utilizar transporte público:


‰ Comprar antecipadamente as passagens
‰ Evite transporte com excesso de lotação
‰ Observe os horários de ida e volta do transporte
‰ Instrua os jovens sobre os cuidados nos transportes públicos

Se utilizar os pais:
‰ Reuna os pais antes da atividade para saber quem vai auxiliá-lo no transporte
‰ Distribua grupos pequenos em cada veículo, anotando quem está indo com quem (andar em caravanas)
‰ Evite excesso de lotação
‰ Dar mapa do local para cada carro acompanhante
‰ Dar opções de itinerário

⇒ DOCUMENTAÇÃO
‰ Autorização dos pais
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‰ Autorização da Diretoria do Grupo e do nível superior
‰ Autorização do proprietário do local (caso necessário)
‰ Autorização do juizado de menores caso use transporte público
‰ Verificar a documentação dos pais, caso use transportes dos mesmos

ACANTONAMENTO

⇒ LOCAL
‰ Visite e inspecione o local 30 dias antes da atividade.
‰ Visite novamente o local, se for a primeira vez que vai utilizá-lo.
‰ Inspecione alojamentos e salas antes de acomodar os jovens.
‰ Inspecione os sanitários e cozinha.
‰ Cuidados especiais com a água para beber no local (se possível usar água tratada).
‰ Cuidado com animais (cães de guarda, gado, cavalos etc.)
‰ Demarcar área para jogos e atividades movimentadas.
‰ Conhecer os locais de atendimento médico próximo ao campo.
‰ Cuidados especiais com fios elétricos
‰ Observe e evite buracos, fossos, poços, etc.
‰ Cuidado com atividades próximas a rios e lagoas (cerca-las com cordas).
‰ Telefone de resgate
‰ Efetuar ronda noturna de adultos, se julgarem necessários.
‰ Forneça um mapa do local para os pais.
‰ Mapa do local e autorização
‰ Manter um pai como contato para notícias.
‰ Conheça e informe o posto policial e de socorro mais próximo

⇒ PROGRAMA
‰ Fazer uma limpeza prévia (colchões, atrás dos móveis, etc.)
‰ Dosar a programação conforme as condições do lugar
‰ Explicar claramente as regras do jogo/atividade
‰ Iniciar as atividades nas horas programadas.
‰ Evitar tempo ocioso entre as atividades
‰ Conhecer o melhor possível cada jovem da seção e seus hábitos.
‰ Ter sempre uma programação alternativa caso chova

⇒ EQUIPAMENTO
‰ Utilizar equipamentos de acordo com a idade e compreensão dos jovens
‰ Ter sempre a mão uma caixa de primeiros socorros e um socorrista
‰ Ter no mínimo um carro disponível para emergências
‰ Evitar atividades com materiais inflamáveis, cortantes, etc.
‰ Tomar os devidos cuidados com lampiões e fogueiras
‰ Ter sempre a mão: f.Mod.120; f. médicas; carteiras de convênio; cópias das Identidades.
‰ Levar alimentação leve, balanceada e cuide de sua conservação.
‰ Deixar com apoio cópias dos cardápios

⇒ ESCOTISTAS
‰ Ter no mínimo dois escotistas acompanhando a atividade
‰ Os chefes devem ter total conhecimento da atividade
‰ Manter chefes adestrados e nomeados

⇒ LOCAL
‰ Telefone de contato para emergência

⇒ TRANSPORTE

Se for utilizar transporte público:


‰ Compre antecipadamente as passagens
‰ Evite transporte com excesso de lotação
‰ Observe os horários de ida e volta do transporte

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Se utilizar os pais:
‰ Procure reunir os pais antes da atividade para saber quem vai auxiliá-lo no transporte.
‰ Distribua pequenos grupos em cada veículo, anotando quem está indo com quem (sempre fazendo a
contagem).
‰ Evite excesso de lotação (verifique se o veículo possui cinto de segurança para todos os ocupantes)
‰ Não permita carros abertos (caminhões, caminhonetes, etc.)

⇒ DOCUMENTAÇÃO
‰ Autorização dos pais
‰ Autorização das autoridades escoteiras normalmente exigidas
‰ Autorização do proprietário do local (caso necessário)
‰ Autorização do juizado de menores, caso use transporte público
‰ Deixe um mapa na sede e entregue aos pais, inclusive um telefone para contato
‰ Autorização do juizado para crianças menores de 12 anos

ACAMPAMENTO

⇒ LOCAL
‰ Visite e inspecione o local 30 dias antes da atividade.
‰ Visite o local outras duas vezes, caso seja a primeira vez que vai utilizá-lo.
‰ Inspecione alojamentos e salas antes de acomodar os jovens.
‰ Inspecione os sanitários e cozinha.
‰ Cuidados especiais com a água para beber no local, se a quantidade é suficiente (se possível tratá-la).
‰ Cuidado com animais (cães de guarda, gado, cavalos etc.)
‰ Demarcar área para jogos e atividades movimentadas (fazendo um pente fino para os pontos perigosos)
‰ Conhecer os locais de atendimento médico próximo ao campo.
‰ Cuidados especiais com fios elétricos, cercas elétricas ou de arame farpado.
‰ Observe e evite buracos, fossos, poços, etc.
‰ Cuidado com atividades próximas a rios e lagoas (cercando-as com cordas).
‰ Verificar a disponibilidade de lenha para fogo, madeira ou bambu para atividades, etc.
‰ Certificar-se que é possível o acesso pelos veículos de transporte (imagine com chuva)
‰ Fazer um croqui da área indicando os locais de cada atividade.

⇒ PROGRAMA
‰ Dosar a programação conforme as condições do lugar.
‰ Explicar claramente as regras do jogo/atividade (distribuindo xerox aos monitores).
‰ Iniciar as atividades na hora programada.
‰ Evitar tempo ocioso entre as atividades.
‰ Conhecer o melhor possível cada jovem da seção.
‰ Os jovens devem ter treinamento de segurança para o uso de equipamentos cortantes (machados,
serrotes, etc.)
‰ Ter previsão do tempo de 48 horas ou mais
‰ Fazer uma reunião com os pais pelo menos 15 dias antes para apresentação do programa a ser
desenvolvido.

⇒ EQUIPAMENTO
‰ Utilizar equipamentos de acordo com a idade e compreensão dos jovens.
‰ Ter sempre a mão uma caixa de primeiros socorros
‰ Ter no mínimo um carro disponível para emergências
‰ Evitar atividades com materiais inflamáveis, cortantes, etc.
‰ Tomar os devidos cuidados com lampiões e fogueiras
‰ Ter sempre a mão: f.Mod.120; f. médicas; carteiras de convênio; cópias das Identidades.
‰ Levar alimentação leve e balanceada
‰ Levar sempre corda comprida

⇒ LOCAL
‰ Verifique a existência de local alternativo para mau tempo
‰ Verifique incidência de enchentes e queda de raios

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⇒ ESCOTISTAS
‰ Ter no mínimo dois escotistas acompanhando a atividade
‰ Os chefes devem ter total conhecimento da atividade
‰ Manter chefes adestrados e nomeados

⇒ TRANSPORTE

Se for utilizar transporte público:


‰ Compre antecipadamente as passagens
‰ Evite transporte com excesso de lotação
‰ Observe os horários de ida e volta do transporte

Se utilizar os pais:
‰ Procure reunir os pais antes da atividade para saber quem vai auxiliá-lo no transporte.
‰ Distribua pequenos grupos pequenos em cada veículo, anotando quem está indo com quem (fazer a
contagem).
‰ Evite excesso de lotação.
‰ Verificar condições de veículos e documentação.
‰ Dar opções de itinerário para os pais.

⇒ DOCUMENTAÇÃO
‰ Autorização dos pais.
‰ Autorização da autoridade escoteira necessária.
‰ Autorização do proprietário do local (caso necessário).
‰ Autorização do juizado de menores caso use transporte público.

EXPLORAÇÃO NA MATA

⇒ LOCAL
‰ Visite e inspecione o local antes da atividade 30 dias antes do evento junto com um guia, até sabe-lo de
cor!
‰ Cuidados especiais com a água para beber no local (levar tratada).
‰ Cuidado com animais peçonhentos e selvagens e armadilhas de caça.
‰ Conhecer os locais de atendimento médico nas redondezas e disponibilidade de soro antiofídico.
‰ Observe e evite buracos, fossos, cachoeiras, etc.
‰ Cuidado com atividades próximas a rios e lagoas (cercar o local).
‰ Contratar o auxílio de um guia do local para o evento.
‰ Mapa para os pais.
‰ Faça um croque detalhado do local, envie cópia aos monitores com antecedência.
‰ CONHEÇA A INCIDÊNCIA DE ENCHENTES E QUEDAS DE RAIOS
‰ Reunião com os pais 15 dias antes para demonstração do programa

EM CASO DE PERDA TER UMA CAIXA DE EMERGÊNCIA CONTENDO:


‰ Pequena lanterna.
‰ Fósforos impermeáveis
‰ Buzina a gás
‰ Rolo de fita amarela e preta para sinalizar caminhos percorridos
‰ Sinalizador de emergência
‰ Canivete multifunções
‰ Cópia do código Morse
‰ Cópia de Semáfora
‰ Cópia de sinais de pista
‰ Bússola

⇒ PROGRAMA

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‰ Dosar a programação conforme as condições do lugar.
‰ Explicar claramente as regras do jogo/atividade.
‰ Iniciar as atividades nas horas programadas.
‰ Evitar tempo ocioso entre as atividades.
‰ Conhecer o melhor possível cada jovem da seção.
‰ Lembre-se que na mata, a luz do dia termina mais cedo.
‰ Explicar onde ficam as clareiras para sinalização para aviões

⇒ EQUIPAMENTO
‰ Utilizar equipamentos leves e adequados aos jovens.
‰ Ter sempre a mão uma caixa de primeiros socorros, revisada.
‰ Ter sempre a mão apito, lanterna, agasalho e capa impermeável.
‰ Usar vestuário adequado para proteger contra espinhos, insetos, pedras, etc.
‰ E procure usar cores que facilitem a visualização.
‰ Levar mapa do local e cantis com água.
‰ Ter no mínimo um carro disponível para emergências.
‰ Evitar atividades com materiais inflamáveis, cortantes, etc.
‰ Tomar os devidos cuidados com lampiões e fogueiras.
‰ Ter sempre a mão: f.Mod.120; f. médicas; carteiras de convênio; cópias das Identidades.
‰ Levar alimentação leve e balanceada.
‰ Levar lona para proteção de chuva.
‰ Notificar o serviço de saúde sobre a atividade e possíveis acidentes

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LEVAR UM SOCORRISTA OU ALGUM ESCOTISTA QUE TENHA PREPARAÇÃO DE PRIMEIROS
SOCORROS. LEVAR CORDA COMPRIDA, MOSQUETÃO E OITO (BOMBEIRO), SINALIZADOR
NOTURNO, CABO SOLTEIRO CADA

⇒ ESCOTISTAS
‰ Ter no mínimo dois escotistas assistentes acompanhando a atividade
‰ Os chefes devem ter total conhecimento da atividade e do local.
‰ Manter chefes adestrados e nomeados.
‰ Ter o cuidado de impermeabilizar todas as documentações

⇒ TRANSPORTE

Se for utilizar transporte público:


‰ Compre antecipadamente as passagens.
‰ Evite transporte com excesso de lotação.
‰ Observe os horários de ida e volta do transporte.
‰ Saber as opções do itinerário.

Se utilizar os pais:
‰ Procure reunir os pais antes da atividade para saber quem vai auxiliá-lo no transporte
‰ Distribua pequenos grupos em cada veículo, anotando quem está indo com quem (sempre as
conferindo)
‰ Evite excesso de lotação.

⇒ DOCUMENTAÇÃO
‰ Autorização dos pais.
‰ Autorização da autoridade escoteira necessária.
‰ Autorização do proprietário do local (caso necessário).
‰ Autorização do juizado de menores, caso use transporte público.
‰ Informe as autoridades locais da excursão (se precisar não deixe de pedir auxílio de um guia ou aos
serviços públicos de segurança).
‰ Em qualquer atividade externa “'grande” os pais deverão assinar a Autorização, após reunião explicativa
do evento.
‰ E estarem cientes se o local oferece perigo se “abusado”.

ATIVIDADES AQUÁTICAS

⇒ LOCAL
‰ Visite e inspecione o local antes da atividade pelo menos 30 dias antes, se possível mais de uma vez
‰ Inspecione a embarcação e não superlote a mesma.
‰ Demarcar área para jogos e atividades movimentadas.
‰ Conhecer os locais de atendimento médico próximo ao campo
‰ Observe e evite lugares profundos, com pedras, galhos ou raízes de árvores.
‰ Cuidado com atividades em represas.
‰ Pesquise junto à população os riscos existentes.
‰ Avise a equipe de socorro da atividade

⇒ PROGRAMA
‰ Não permita “brincadeiras” na água.
‰ Cuidado com a exposição ao sol (insolação).
‰ Cuidado com câimbras e congestão.
‰ Dosar a programação conforme as condições do lugar.
‰ Explicar claramente as regras do jogo/atividade.
‰ Iniciar as atividades nas horas programadas.
‰ Conhecer o melhor possível cada jovem da seção.
‰ Levar um socorrista ou que um dos chefes saibam primeiros socorros.
‰ Faça as atividades em duplas (de preferência um bom nadador com experiência).
‰ As atividades devem ser, sempre, em direção a terra (do fundo para o raso).
‰ A chefia deve estar dentro d'água, junto à área da atividade, um deve estar fora da água, com um apito.

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‰ Recomendar uso de protetor solar.
‰ Banho de água doce após entrar no mar.

⇒ EQUIPAMENTO
‰ Levar um salva vidas para cada elemento (adequado ao peso).
‰ Levar uma corda para demarcar o local da atividade.
‰ Utilizar equipamentos de acordo com a idade e compreensão dos jovens (corda/bóia, e salva-vidas).
‰ Ter sempre a mão uma caixa de primeiros socorros, revisada.
‰ Ter no mínimo um carro disponível para emergências.
‰ Ter sempre a mão: as fichas modelo 120; as fichas médicas e as autorizações.
‰ Ter sempre a mão: f.Mod.120; f. médicas; carteiras de convênio; cópias das Identidades.
‰ Levar alimentação leve e balanceada.
‰ Levar bóias de arremesso e cabos.
‰ Pelo menos 15 dias antes fazer reunião com os pais para demonstração do programa.

⇒ ESCOTISTAS
‰ Ter no mínimo dois escotistas acompanhando a atividade.
‰ Os chefes devem ter total conhecimento da atividade.
‰ Os chefes devem saber nadar ou levar pessoa especializada.
‰ Manter chefes adestrados e nomeados.
‰ Não forçar os que não querem entrar na água (devido a possível trauma) e os que não sabem nadar.
‰ Atenção aos bancos de areia, buracos, profundidade, correntezas e sujeira no fundo.
‰ Enfim em todas as atividades, por menor que seja “antes prevenir que remediar”
‰ Segurança acima de tudo.

⇒ TRANSPORTE

Se for utilizar transporte público:


‰ Compre antecipadamente as passagens.
‰ Evite transporte com excesso de lotação.
‰ Observe os horários de ida e volta do transporte.
‰ Saber o itinerário.
‰
Se utilizar os pais:
‰ Procure reunir os pais antes da atividade para saber quem vai auxiliá-lo no transporte
‰ Distribua pequenos grupos em cada veículo, anotando quem está indo com quem (sempre as
conferindo)
‰ Evite excesso de lotação.
‰ Verificar condições dos veículos e documentação.

⇒ DOCUMENTAÇÃO
‰ Autorização dos pais.
‰ Autorização da autoridade escoteira necessária.
‰ Autorização do proprietário do local (caso necessário).
‰ Autorização do juizado de menores, caso use transporte público.
‰ Informe as autoridades locais da atividade programada (se necessário não
deixe de pedir auxílio de um guia).
‰ Não omitir dos pais se o local oferece perigo aos “abusados”.
‰ Caso de crianças menores de 12 anos, solicitar autorização do juizado de
menores.

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