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O ensino escolar teve início em Angola nos séculos XVI e XVII, portanto
muito antes do actual território constituir uma unidade. No decorrer da sua
presença no Reino do Kongo, os padres católicos presentes na corte de
M’Banza Kongo empenharam-se em divulgar não apenas o cristianismo, mas
também a língua portuguesa e a correspondente escrita, bem como rudimentos
de matemática.
Alguns dados apontam que o ensino missionário não era praticado apenas
pelas Missões Católicas, pois com o passar do tempo instalaram-se também no
território angolano, algumas Missões Protestante que contribuíram para o
ensino das primeiras letras às populações autóctones.
Até os primeiros anos do século XIX, a educação laica em Angola era ainda
muito limitada e não estava por isso ao alcance de todos, só uma minoria de
europeus abastados e da burguesia africana radicada principalmente em
Luanda, podia frequentar algumas instruções de carácter privado que existiam
no território, principalmente nos aglomerados de população colonial.
De uma maneira geral podemos afirmar que o ensino colonial não era um
ensino virado para as populações angolanas, para a sua cultura e para a
promoção dos seus valores, era sim um instrumento ideológico do sistema
colonial que tinha como objectivo inculcar valores morais, éticos, políticos e
religiosos acerca da realidade portuguesa, incluindo ideias de servilismo na
consciência do angolano, enquanto a escola era uma forte instituição de
expansão da língua portuguesa em detrimento das línguas angolanas.
Anos mais tarde, num balanço sobre esta actividade, o Ministério da Educação
referia que, ao fim dos primeiros dez anos de Batalha de Alfabetização, foram
alfabetizados 1.048.000 cidadãos numa média calculada em 100.000 por ano.
Mas este período, embora sendo áureo, rapidamente foi acompanhado de
constantes debilidades, uma vez que as dificuldades de ordem económica e o
agudizar da guerra em quase todo o país, contribuíram para o decréscimo da
campanha em muitas regiões.
Durante anos, uma alta prioridade foi dada a uma ampla campanha de
alfabetização de adultos que utilizou a técnica didáctica, mas não a
metodologia de base do educador brasileiro Paulo Freire. Para além da
transmissão de conhecimentos instrumentais básicos, a campanha teve por
objectivo a promoção sistemática de uma identidade social abrangente
nacional e uma mentalização política destinada a obter a aceitação do regime
estabelecido. Não são conhecidas estatísticas fiáveis quanto a esta campanha,
mas pode ser dado como certo que ela atingiu centenas de milhares de
pessoas.
Este facto encontrava-se ainda patente nos manuais usados nas escolas, até a
década de 1970, o que dificultou a reorganização do sistema educacional uma
vez que esta exigia ruptura em termo de hábitos, costume e pensamento
libertar a mente. Ora, os professores de que Angola dispunha para a sua
educação eram frutos da Educação Colonial.
Ensino de Base
Educação Ensino Médio ou
Ensino Superior
(Regular, Adultos
Pré-Escolar Pré-Universitário
e Especial)
1º nível – 1ª à 4ª
Médio Normal
classe
Creche (9ª à 12ª classe ==============
(Obrigatório)
2º nível – 5ª à 6ª
1º Nível (do1º ao
classe Médio Técnico
3º ano)
Jardim de
(formação (9ª à 12ª classe)
Infância Bacharelado
profissional)
3º nível – 7ª à 8ª 2º Nível (do 4º ao
Pré-Universitário
classe 5º ano)
Iniciação (formação (9ª à 11ª classe) Licenciatura
profissional)