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Os três paradigmas da sociologia

Introdução

De um modo geral, é o francês August Comte quem é considerado o

pai da sociologia, entendendo-se a sociologia enquanto um campo autônomo e

independente dos demais campos de saber das ciências humanas. Com

August Comte, a sociologia, se separa do que ele ira rotular de preocupações

metafísicas, as quais, em nada contribuíam para o entendimento da

sociedade.
Todavia, em seu amadurecimento, a sociologia vai se desenvolver

historicamente a partir de três paradigmas, genericamente denominados de

sociologia funcionalista, a sociologia marxista e, a sociologia weberiana, a

qual para fins de identificação estamos denominando de paradigma

racionalista.
De um modo geral, podemos perguntar: o que estes paradigmas têm

em comum? A revolução industrial. E, a questão que doravante estaria posta

era: o tinha produzido a Revolução Industrial? Era esta a questão que

estava sendo colocada. Para estas questões e as suas problemáticas –

desenvolvimento, racionalidade, miséria, etc. – cada paradigma apresentava

uma explicação. Todavia, cada um partia de um pressuposto sobre o que

tornava possível a existência em uma sociedade, se eles partiam de

diferentes pressupostos, eles também explanavam diferentes explicações

para a ordem e a desordem da modernidade advinda com a Revolução

Industrial.

A Sociologia funcionalista

O paradigma funcionalista foi desenvolvido por um discípulo de

August Comte, o também francês Emile Durkheim. Para a sociologia


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funcionalista o que torna possível a existência da sociedade é a ordem. Em

toda a escrita de sua obra, a ordem e as bases, tanto de sua estruturação,

bem como ainda de sua desestruturação, é que vão estar permeando a sua

noção de sociedade enquanto uma entidade em busca de um equilíbrio. Este

é um pressuposto que vai estar presente em seus principais livros: O

Suicídio, em A divisão do Trabalho Social e em sua obra de maturidade, As

Formas Elementares da vida Religiosa.

Na escrita de seu livro O Suicídio, ao argumentar sobre os três tipos

de suicídio, o anômico, o egoísta e o altruísta, o seu principal argumento vai

ser no sentido de demonstrar que o homem é necessariamente um ser social

e que para ser saudável, ele deve estar ligado por laços afetivos aos grupos

sociais. Assim, neste roteiro de argumentação, se o suicídio anômico seria

uma conseqüência do desligamento do indivíduo dos grupos sociais, e daí, se

colocar em um estado de ausência de regras, anomia; o suicídio egoísta seria

uma conseqüência do desenvolvimento de algumas características do grupo,

as quais, tornando o indivíduo diferente do grupo, o deixaria suscetível a

crises de depressões e enquanto tal, em um estado de espírito aberto ao

suicídio. Já o suicídio altruísta seria o suicídio realizado em conseqüência

dos deveres do indivíduo para com ou a sociedade ou para com o grupo do

qual ele faz parte.


Já em seu, A Divisão do Trabalho Social, ele vai desenvolver o

argumento de que a sociedade ao longo de seu processo de evolução da

tradição no caminho da modernidade, vai desenvolver dois tipos de

solidariedade: a mecânica e a orgânica. Enquanto a primeira vai ser uma

característica das sociedades tradicionais, a segunda vai ser uma

característica da sociedade moderna. Para ambas as solidariedades,

corresponderiam dois tipos de direitos


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Já em sua obra de maturidade, As Formas Elementares da vida

Religiosa, Durkheim vai desenvolver toda a sua argumentação no sentido de

demonstrar as diversas formas através da qual as sociedades vão estar se

criando e se recriando através de suas festas e rituais, os quais vão se

recriando através de momentos que ele vai conceituar de efervescência.

Momentos de efervescência, seriam momentos de celebração dos valores

de uma sociedade.

A Sociologia Marxista

O paradigma marxista – uma crítica devastadora da modernidade da

sociedade capitalista - foi o modelo de explicação da sociedade desenvolvido

por Karl Marx e Friedrich Engels. O contexto de onde Marx estava

escrevendo era a Inglaterra do séc. XIX, um pais que, devido por estar na

vanguarda da Revolução Industrial, estava mergulhado em todo o tipo de

miséria e de conflitos sociais entre os proletários e os donos dos meios de

produção, os burgueses.
Para a sociologia marxista , ao contrário da sociologia funcionalista , o

que torna a existência da sociedade é o conflito. Desde sempre foi o

conflito que produziu a diferenciação social. Assim, enquanto uma primeira

forma de exploração do homem pelo homem foi a divisão do trabalho

social: homens x mulheres.


O paradigma marxista vai exercer uma crítica radical a ideologia

burguesa, realizando uma crítica da razão iluminista, a sociologia vai

denunciar que, a razão, ao contrario de libertar o homem da miséria e do

sofrimento, como pensavam os positivistas, estava sendo instrumentalizada

pela burguesia e ao contrário de libertar, estavam ainda mais escravizando o

homem. Neste contexto, ao contrário do que preconizavam os iluministas, a


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maquina e a ciência, enquanto criações do homem estariam no capitalismo a

serviço das classes dominantes.

Conflito e luta de classes.

Se a sociedade desde sempre esteve articulada através dos conflitos,

a luta de classes seria uma conseqüência do desenvolvimento da riqueza da

sociedade, a qual, em seu desenvolvimento econômico, estaria produzindo,

diferentes camadas, as quais, devido a relações de poder, estariam se

apropriando de diferentes formas da riqueza da sociedade. Assim. Se na

antiguidade, os conflitos estavam polarizados entre senhores e escravos,

com o desenvolvimento da história, ele vai estar se tornando cada vez mais

complexo. É o que acontece, por exemplo no conflito que se desenvolvera no

mundo feudal entre, camponeses e artesões, e, no capitalismo, entre

burgueses e proletários. Ao contrário do mundo da aristocracia medieval, o

mundo burguês vai ser determinado pelo mundo do trabalho. De um modo

geral, a sociedade capitalista que emergiu a partir do mundo burguês podem

ser caracterizadas pelos seguintes aspectos:

a. As relações sociais determinadas através da manufatura enquanto uma

engrenagem da divisão de trabalho mais acentuado do que o trabalho

artesanal;
b. O mundo das máquinas e o desenvolvimento de relações impessoais a

partir da realidade e os valores do mundo capitalista.


c. O domínio da máquina sobre o homem enquanto um fenômeno típicos (e

emergente) da economia capitalista;


d. Um explosivo desenvolvimento da ciência, que passará a dominar todas

as concepções de mundo, e, a sua utilização para intensificar o

desenvolvimento da indústria;
e. O fenômeno da alienação e a produção do excedente da mais valia.
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A alienação

 O homem já não se reconhece em sua obra.


 A perda de contato com o seu produto.
 O somatório destes dois fenômenos é que constituem o fenônemo da

alienação.

Em resumo: este estado de coisas, somente seria transformado com o

advento da sociedade socialista.

A Sociologia Compreensiva

Estamos identificando a formulação do paradigma racionalista

enquanto o desenvolvimento de argumentos sociológicos a partir da

produção da obra do sociólogo alemão Max Weber. A obra do alemão Max

Weber vai ser posterior aos escritos de Durkheim e Karl Marx.


Ao contrário de Karl Marx, a análise de Max Weber vai desenvolver

uma análise co capitalismo, não a partir de seus aspectos econômicos, mas,

sobretudo a partir de uma análise dos aspectos culturais da sociedade

européia, analisando de que forma as mudanças no comportamento das

pessoas foi capaz de produzir uma mentalidade e, somente a partir daí é que

, segundo Weber, é que vai se dar o desenvolvimento de um modo de

produção capitalista. Este tipo de argumento – de uma análise do cultural

para determinar, tanto comportamentos sociais, bem como estruturas

econômicas – vai estar presente em todos os seus escritos. Todavia, ele vai

estar presente enquanto um argumento fundamental, através de sua

principal obra: A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Mas, de

um modo geral, o que vai nos dizer este livro?


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Para Weber, a racionalidade ocidental, seria uma das racionalidades

e ela seria desenvolvida através de uma característica da sociedade

ocidental em decorrência de uma racionalidade que seria desenvolvida a

partir de elementos da ética Cristã que seria desenvolvida a partir de

alguns conceitos que seriam desenvolvidas em decorrência do

protestantismo. Seria o protestantismo, particularmente o do suíço Calvino,

que desenvolveria uma nova ética cristã a partir de um conceito de trabalho.


De que modo se desenvolveria esta nova ética?
Ela se desenvolveria a partir do conceito cristão de predestinação,

que foi desenvolvido por Santo Agostinho. O que dizia o conceito de

predestinação?
Segundo o conceito de predestinação, em decorrência do pecado

original, todos nós já estávamos condenados. Todavia, - era esta a questão

que se colocaria no desenvolvimento desta nova ética – os cristãos poderiam

dar testemunhas de Deus através da produção de boas obras, as quais,

somente poderiam ser produzidas através do trabalho. No geral, esta

concepção do trabalho iria se opor a concepção do trabalho tal como

entendido e propagado pelo catolicismo, o qual, encarava o trabalho uma

atividade reservada a pessoas desclassificadas socialmente. Neste sentido,

a concepção do trabalho que seria desenvolvida pelos protestantes vai ser

uma forma revolucionária, uma vez que, para trabalhar, os homens têm que

desenvolver o controle de todos os seus sentidos, e assim, vai ser

desenvolvida uma nova ética.


O que Weber vai observar historicamente neste processo? No geral,

ele vai observar que o desenvolvimento de uma nova economia – ao contrário

de Marx segundo o qual a riqueza é que vai gerar a riqueza – Weber vai

analisar que a acumulação da riqueza vai ser antecedida pela formação de

uma nova cultura. Em linhas gerais, vai ser esta a argumentação


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desenvolvida em seu livro mais importante: A Ética Protestante e a Ética

do Capitalismo.

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