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Autoria:
Edson Guedes da Costa
Vicente Delgado Moreira
2. Princípios Gerais
O grupo de radiações compreendidas entre os comprimentos de onda de 380 e 760
nm é especialmente para o estudo da iluminação. Estas radiações são capazes de
estimular a retina do olho humano produzindo a sensação luminosa. O espectro visível
está limitado em um dos extremos pelas radiações infravermelhas (de maior comprimento
de onda), e no outro extremo pelas radiações ultravioletas (de menor comprimento de
onda). Os diferentes comprimentos de onda das radiações estão ligados à impressão de
cor, conforme mostrado na Figura 1.
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Pode-se entender mais claramente a definição de intensidade luminosa como sendo
a potência da radiação luminosa numa dada direção. A intensidade luminosa pode ser
calculada por:
d
I , (1)
dw
onde
d é o fluxo luminoso;
dw é o ângulo sólido.
(a) (b)
Figura 3 - (a) Curvas Fotométricas Horizontais e Verticais; (b) Curva Fotométrica
Vertical de uma Lâmpada de Vapor de Mercúrio de Cor Corrigida de 250W. (Moreira,
2001).
Define-se por iluminamento a razão entre o fluxo luminoso incidente por unidade
de área iluminada, ou seja, é a densidade de fluxo luminoso na superfície sobre a
qual este incide. A unidade é o Lux [lux], definido como o iluminamento de uma
superfície de 1 m2 recebendo de uma fonte puntiforme a 1 m de distância, na direção
normal, um fluxo luminoso de 1 lúmen, uniformemente distribuído. A Figura 4 mostra o
fluxo luminoso de 1 lúmem irradiado num ângulo sólido de 1 esterorradiano.
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3.6. Diagrama de Isolux
Figura 5 - Diagrama Isolux de uma Luminária para Iluminação Pública (Moreira, 1976).
3.7. Uniformidade
3.8. Ofuscamento
0,25 𝐿2 ∙ 𝑤
𝑈𝐺𝑅 = 8 ∙ 𝑙𝑜𝑔 ( ∙ ∑ 2 ), (2)
𝐿𝑏 𝑝
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onde:
Lb é a luminância de fundo (cd/m²);
L é a luminância da parte luminosa de cada luminária na direção do olho do
observador (cd/m²);
w é o ângulo sólido da parte luminosa de cada luminária junto ao olho do
observador (esferorradiano);
p é o índice de posição Guth de cada luminária, individualmente relacionado ao
seu deslocamento a partir da linha de visão.
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4. Leis do Iluminamento Produzido por uma Fonte Puntiforme
Deseja-se calcular o iluminamento causado por uma fonte pontual num elemento de
área dS , cuja localização relativa à fonte é dada pela Figura 6.
Figura 6 - Fonte puntiforme iluminando uma área elementar no plano P (Moreira, 1976).
dS cos
dw . (3)
d2
Sabe-se também que intensidade luminosa é dada por
d
I , ou ainda, d I dw . (4)
dw
Substituindo (3) em (4), temos:
I dS cos
d . (5)
d2
O iluminamento, por sua vez, é matematicamente definido por:
d
E . (6)
dS
Finalmente, substituindo (5) em (6):
I cos
E (7)
d2
O resultado obtido resume as três leis do iluminamento proporcionado por uma
fonte puntiforme em um ponto de uma superfície:
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5. Noções de Fotometria
(a) (b)
Figura 7 - (a) Célula Fotoemissiva;
(b) Célula Fotovoltaica: (1) Contato Elétrico Frontal;
(2) Material Fotosensível; (3) Placa-base (Moreira, 2001).
Existem alguns cuidados que devem ser tomados quando se utilizam fotômetros. A
corrente gerada por uma fotocélula varia com a temperatura. Por isso, os luxímetros
deverão ser utilizados nas temperaturas para as quais foram aferidos. Além disso, os
luxímetros de boa qualidade deverão ser dotados de filtros para adequar a sua
sensibilidade espectral. Finalmente, os luxímetros deverão ter uma correção para os
diversos ângulos de incidência da luz.
8
(b)
(a)
Figura 8. (a) Curva de Resposta Espectral de um Fotoresistor Típico:
(1) Fotoresistor; (2) Curva Internacional de Luminosidade Espectral Relativa
(b) Princípio Básico da Correção do Co-seno em uma Célula Fotoelétrica:
(a) Incidência Normal; (b) Incidência Oblíqua (Moreira, 2001).
Escritórios 500-1000
Datilografia 500-1000
Comercial
Computadores 500-1000
Desenho 1000-2000
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Determinação da Malha de Cálculo para Projeto do Sistema de Iluminação
𝑑
𝑝 = 0,2 ∙ 5𝑙𝑜𝑔10 , (8)
onde
p é o tamanho da malha, expresso em metros (m);
d é a maior dimensão da superfície de referência, expressa em metros (m).
Procedimento de Verificação
m2 m7
1. 𝑑 = 10𝑚
m5 m10
10
m3 m8 2. 𝑝 = 0,2 ∙ 5𝑙𝑜𝑔10 = 1𝑚
5m
𝑑
m1 m6 3. = 10 → 𝒏 = 𝟏𝟎
𝑝
m4 m9 ∑𝑛
𝑘=1 𝑚𝑘
4. 𝐸𝑚 =
𝑛
10 m
Figura 10 - Procedimento de verificação da iluminância
Caso 1 Caso 2
d = Maior dimensão d = Menor dimensão
𝑑1 = 15 𝑚 𝑑2 = 10 𝑚
p1 = 1,328 m ≈ p2 = 1 m
10m p1
(a) 𝑑 𝑑
= 11,3 → 𝒏 = 𝟏𝟏 = 10 → 𝑛 = 10
𝑝 𝑝
15m
10
𝑑1 = 30 𝑚 𝑑2 = 10 𝑚
𝑝1 = 2,155 𝑚 >> 𝑝2 = 1 𝑚
10m p2
(b) 𝑑1 𝑑2
= 13,92 → 𝑛 = 14 = 10 → 𝑛 = 10
𝑝1 𝑝2
30m
Figura 11 - Espaçamento entre pontos da malha.
Obs. 2: Para as superfícies de referência do tipo faixa (ver Figura 12), que
normalmente resultam das imediações das áreas avaliadas, convém que seja considerada
a dimensão da faixa em seu ponto mais largo como base, para determinar o tamanho da
malha. No entanto, não é recomendado que o tamanho da malha assim estabelecido seja
superior à metade da dimensão da faixa em seu ponto mais estreito, se este for de 0,5
m ou mais.
d = 1,5
p = 0,266
z
𝑤
Logo, 𝑝 > (não é recomendado!).
2
m3
m1
5m m4 m6
m7 m9
m2 m5 m8 m10
10 m
Figura 13 – Procedimento de verificação de superfícies de referência não
retangulares.
I cos
E , (9)
d2
de acordo com a Figura 14:
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Figura 14 - Iluminação de uma Superfície Vertical por um Projetor. MN = Normal ao
Plano; P = Projetor de Facho Luminoso Simétrico em Relação ao Eixo; I = Intensidade
luminosa Irradiada pelo Projetor em Direção ao Ponto M; D = Distância Horizontal
entre o Projetor e o Plano Vertical que Contém M; H = Altura do Ponto M em Relação ao
Projetor; L = Distância Horizontal entre P e a Normal ao Ponto M (Moreira, 1976).
Nas condições supracitadas, a Lei de Lambert torna-se:
I cos
E , (10)
( H D 2 L2 )
2
ou ainda:
I D
E . (11)
( H D 2 L2 )3 / 2
2
6. Roteiro Experimental
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f. Faça as suas observações sobre as condições do recinto indicado para medição.
7. Avaliação
As questões abaixo devem ser resolvidas por grupos de três alunos, e um aluno de cada
grupo será escolhido para arguição. Exceto quando recomendado, todas as questões
devem ser entregues em formato “.doc”, via e-mail para [ george@dee.ufcg.edu.br ],
até as 23:59 h do dia estabelecido para a entrega. As questões manuscritas devem ser
entregues até às 18:00 do dia estabelecido para a entrega, na sala do professor.
7.4. Nesta questão, propõe-se que o aluno realize o projeto de iluminação utilizando
o software DIALux®.
7.5. Que tipos de lâmpadas você escolheria para os ambientes abaixo? Justifique sua
resposta. (Valor da questão 1,0 ponto)
a. Escritório;
b. Sala de TV;
c. Cubículo de conexões de uma central telefônica;
d. Loteamento residencial (iluminação pública);
e. Quadra de esportes.
3 Exemplos: sala de estar, quarto, sala de aula, restaurante, ateliê, quadra desportiva, praça, avenida,
monumento, sala de cirurgia, etc.
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Bibliografia
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR ISO/CIE 8995-1: 2013: Iluminação
de ambientes de trabalho Parte 1: Interior. Rio de Janeiro, RJ, 2013.
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Anexo A – Tipos de Lâmpadas
Lâmpadas de descargas
fluorescentes utilizam a descarga
elétrica através de um gás para produzir
energia luminosa. As lâmpadas
fluorescentes tubulares consistem de um
bulbo cilíndrico de vidro, tendo em suas
extremidades eletrodos metálicos de
tungstênio recobertos de óxidos que Figura A.3. Lâmpada de descargas fluorescente. (a)
aumentam seu poder emissor, por onde Bulbo; (b) Revestimento fluorescente; (c) Vapor onde
circula a corrente elétrica. Em seu ocorrerão as descargas; (d) Filamentos; (e) Terminais
interior existe vapor de mercúrio ou externos. (Moreira, 2001)
argônio a baixa pressão e as paredes
internas do tubo são pintadas com materiais fluorescentes conhecidos por cristais de fósforo.
Para as lâmpadas fluorescentes chamadas da “partida lenta”, são necessários dois
equipamentos auxiliares: o dispositivo de partida (starter) e o reator. O starter é um
dispositivo constituído de um pequeno tubo de vidro dentro do qual são colocados dois
eletrodos imersos em gás inerte, responsável pela
formação inicial do arco que permitirá estabelecer
um contato direto entre os referidos eletrodos e
destina-se a provocar um impulso de tensão a fim
de deflagrar a ignição da lâmpada.
Figura A.4. Starter Existem dois tipos de reatores, o
para lâmpadas
eletromagnético que consiste essencialmente de uma
fluorescentes. C,
capacitor; D, capa bobina com núcleo de ferro, ligada em série com a
de proteção; M, alimentação da lâmpada, o qual tem por finalidade
eletrodo fixo; N, provocar um aumento da tensão durante a ignição e
lâmina bimetálica uma redução na intensidade da corrente durante o
recurvada; P, funcionamento da lâmpada; e o reator eletrônico,
terminais; T, bulbo que tem a mesma função do reator eletromagnético,
de vidro. (Moreira, consiste basicamente de um circuito de retificação
2001)
e um inversor oscilante, de 16 a 50 kHz. Segundo
os fabricantes, os reatores eletrônicos oferecem
inúmeras vantagens em relação aos
eletromagnéticos, a saber: menor ruído audível; menor aquecimento; menores níveis de
interferência eletromagnética, menor consumo de energia elétrica e redução da cintilação.
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Ao se fechar o interruptor (X), ocorre no
starter (S) uma descarga, e o elemento bimetálico
aquecido fecha o circuito. A corrente se estabelece
através do starter, do reator (R) e dos eletrodos
da lâmpada (F). Depois que a lâmina bimetálica
recurvada toca o eletrodo fixo, os contatos do
starter fecham-se e a descarga cessa, o que provoca
Figura A.5. Circuito básico de funcionamento rápido esfriamento do elemento bimetálico.
de uma lâmpada fluorescente. Resfriado o contato bimetálico volta à sua posição
original e, desta forma, abrem-se os contatos,
cessando a corrente pelo starter. Todavia, o reator (indutor) tende a manter a corrente
através do circuito, e expõe o gás interno à lâmpada a uma tensão suficientemente elevada para
romper a sua rigidez dielétrica. Os elétrons, deslocando-se de um filamento a outro, esbarram
em seu trajeto com átomos do vapor (de mercúrio ou argônio) que provocam liberação de energia
luminosa não visível (ultravioleta e freqüências superiores).
As radiações em contato com a pintura fluorescente do tubo produzem radiação luminosa
visível. A tensão final no starter é insuficiente para gerar uma nova descarga, o que faz com
que o mesmo fique fora de serviço enquanto a lâmpada estiver acesa.
Como os reatores eletromagnéticos são bobinas (indutâncias), absorvem potência reativa
da rede e podem apresentar baixo fator de potência (FP). Para melhorar o FP, o starter é
provido de um capacitor ligado em paralelo com o elemento bimetálico. Ainda, para melhorar o
FP e reduzir o efeito estroboscópico pode-se executar uma ligação em paralelo de duas lâmpadas
fluorescentes, utilizando um reator duplo. Neste caso uma das lâmpadas é ligada normalmente
com o reator e a outra em série com um reator e um capacitor de compensação constituindo um
reator capacitivo.
Existem dois tipos de reatores eletromagnéticos: os comuns ou convencionais necessitam
de starter para prover a ignição, podendo ser simples ou duplos; os reatores de partida rápida
(eletrônicos) não necessitam de starter, podendo ser simples ou duplos. O uso de reatores
eletrônicos permite que seja feito o ajuste de intensidade luminosa das lâmpadas
fluorescentes.
Existe atualmente uma imensa gama de tipos de lâmpadas fluorescentes, desde tubulares,
até compactas ou de formato circular, podendo o projetista optar conforme suas necessidades e
preferências. Resumidamente pode-se citar os seguintes tipos de lâmpadas fluorescentes:
b. Lâmpadas fluorescentes compactas não integradas: são lâmpadas de dois pinos constituídas
por um grupo de pequenos tubos revestidos de pó fluorescente, interligados de modo a formar
uma lâmpada com dimensões muito compactas, e reator eletromagnético acoplável. O revestimento
das lâmpadas é feito com fósforos tricomáticos, e apresentam um IRC de 82. São lâmpadas ideais
para serem utilizadas em luminárias de mesa, arandelas, luminárias de pedestais ou embutidas.
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A.3.2. Lâmpadas de luz mista
Lâmpadas de luz negra podem ser baseadas em diversos tipos de lâmpadas, diferindo destas
somente no vidro utilizado na confecção da ampola externa. Nesse caso utiliza-se o bulbo
externo de vidro com óxido de níquel (vidro de Wood), que sendo transparente ao ultra-violeta
próximo absorve em grande parte o fluxo luminoso produzido. São usadas em exames de gemas e
minerais, apurações de fabricações, setores de correio, iluminação de casas noturnas,
levantamento de impressões digitais, na indústria alimentícia para verificar adulterações,
etc.
Figura A.9. Exemplos de
lâmpadas de luz negra.
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