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MINISTRANTES DA AULA:
Ana Lima Dantas
Antônio Augusto
AREIA- PB
ABRIL-2015
1. INTRODUÇÃO
Recomendados por nutricionistas e médicos, as frutas e verduras são grandes aliadas a
saúde humana, pois possuem vitaminas, minerais, e fibras que auxiliam na prevenção de doenças
como, obesidade, doenças cardiovasculares, envelhecimento precoce entre outros. Com bases
nesses dados a Organização Mundial de Saúde recomenda no mínimo 400g diárias desses
alimentos (SILVA, 2011). Para tender tal demanda e necessário aumentar a produção de frutas e
hortaliças, bem como prolongar a vida útil desses alimentos pós colheita. Dessa forma torna-se
importantíssimo saber a fisiologia desses alimentos, para que possa se criar formas de
conservação adequadas e assim prolongar sua vida útil. Commented [1]: Aqui eu acho que tem referência
Nos últimos anos, o consumo de frutas tem acrescentado no mercado interno. Todavia,
ainda não suprimos de forma adequada no mercado externo, especialmente pela falta de
regularidade na produção e pela falta de adequação dos atributos de qualidade de nossos
produtos às preferências dos consumistas (CHITARRA e CHITARRA, 2005).
O extenso território brasileiro, caracterizado por variadas condições climáticas e por
distintos tipos de solos, apresenta uma produção agrícola extremamente diversificada, que
confere ao país o título de principal produtor mundial de vários produtos. A fruticultura, não
obstante representar apenas cerca de 5% das áreas cultivadas no país, é uma das atividades
capazes de assegurar ao Brasil um percentual significativo do volume de produção global,
colocando-o em primeiro lugar no ranking dos produtores de frutas (FAO, 1992 e Carraro &
Cunha, 1994).
O principal objetivo da Fisiologia e Tecnologia pós-colheita é reduzir perdas e facilitar a
disponibilização de frutas e hortaliças com alta qualidade, alto valor nutritivo, conveniência e
valor agregado (CALBO, 2001). A produção de frutas e hortaliças para abastecimento de um
mercado consumidor cada vez mais sofisticado e exigente, impõe a necessidade de uma mão de
obra de qualidade, com cultura suficiente para entender, adotar e operacionalizar as modernas
técnicas de produção, colheita, embalagem, conservação e transporte dos produtos (ASSIS,
1999). A pós-colheita de um produto agrícola é o conjunto de processos realizados visando
preservar a qualidade do produto adquirida através das técnicas adequadas de cultivo, para
aumentar o período de conservação deste produto.
Portanto o processamento pós-colheita envolve desde a colheita, observando-se uso de
mão-de-obra e equipamentos adequados; a separação da parte de interesse, eliminando-se partes
deterioradas e materiais estranhos; o processo da secagem; nova separação do produto; a
embalagem e o armazenamento (MARCHESE, 2005).
Deste modo o conhecimento de técnicas e materiais utilizados para conservação e
processamento pós colheita são de extrema importância para a qualidade e conservação do fruto
colhido.
2. OBJETIVO
O objetivo da aula pratica foi conhecer o laboratório de pós colheita, bem como o
funcionamento de equipamentos e metodologias empregadas na tecnologia pós colheita, a fim
de prolongar a vida útil de frutas e hortaliças.
3. MATERIAL E MÉTODOS
A aula prática foi ministrada no Laboratório de Biologia e Tecnologia Pós-Colheita -
Centro de Ciências Agrárias - Areia/PB da Universidade Federal da Paraíba, divido em oito
salas, cada uma suprida de equipamentos específicos.
Seguindo a ordem das salas visitadas, vem a sala de Microbiologia e Biologia Molecular,
a qual contém uma Capela para manuseio de materiais de forma isolada a fim de determinar se
há contaminação. As Placas de Petri são utilizadas para instalar os meios de cultura, e
dependendo da análise a ser feita, também utiliza-se Tubos. O Bico de Bunsen, nesta sala, é
utilizado para esterilizar materiais no momento da utilização. Efetua-se a transferência de um
meio contaminado para um meio de cultura através de Alças de Platina. Utiliza-se a Geladeira
para guardar as placas de Petri ou tubos de ensaio até o momento em que a análise for feita.
Algumas análises necessitam de que o meio de cultura esteja aquecido, usando-se o Microondas,
uma vez que o material sairá sólido da geladeira. O Leitor de Colônias facilita a leitura de
colônias de fungos, contendo uma lupa com uma fonte de luz.
Alguns frutos necessitam passar por procedimentos os quais modificam seus estados
físicos mas que mantêm os seus estados frescos. Estes tipos de procedimentos são feitos na sala
de Processamento Mínimo, mais especificamente na Câmara Fria (fotografia 8) que é mantida
entre 10 e 12º C, evitando o estresse do material. Realiza-se o corte dos frutos na Mesa de Aço
Inoxidável (fotografia 9), que deve ser devidamente higienizada, evitando maiores
contaminações do material. Os frutos minimamente processados são embalados à vácuo,
empregando-se o uso da Máquina Seladora (fotografia 10).
Fotografia 8: Câmara fria Fotografia 9:Mesa de Aço Fotografia 10: Mesa seladora
Inoxidável
A sala de Recepção de Frutos, além de ser a porta de entrada para o material a ser analisado no
laboratório, é também a sala que comporta equipamentos de alto aquecimento e que exigem
alguns cuidados, sendo necessária a existência de uma porta para saída de emergência. A
exemplo de um equipamento de alto aquecimento, encontra-se a Autoclave (fotografia 10), que é
utilizado para a esterelização, onde mantém o material contaminado em contato com um vapor
de água em temperatura elevada, por um período de tempo suficiente para matar todos os
microrganismos. O Agitador Magnético com Aquecedor (fotografia 11) aquece e agita soluções.
Já a Estufa (fotografia 12), tem a função de acumular e conter o calor no seu interior, mantendo
assim uma temperatura maior, sendo utilizada para secagem de materiais e equipamentos.
Outro equipamento presente nesta sala é o Banho-Maria (fotografia 13) que aquece lenta
e uniformemente qualquer substância líquida ou sólida num recipiente, submergindo-o em outro
equipamento, sendo utilizado para análises de açúcar. A Chapa Aquecedora (fotografia 14) serve
para aquecer soluções, possuindo várias cerâmicas em que se torna possível o controle das
chamas. O Destilador de Nitrogênio (fotografia 15) é utilizado para isolar o nitrogênio em forma
de amônia dos materiais vegetais utilizados na análises, essa amônia é capturada por ácido bórico
e levada para titular, e logo após a titulação quantifica algumas proteínas. O Destilador de Água
(fotografia 16) é utilizado para retirar a maioria dos sais e íons presente na água normal utilizada
no dia a dia , já o Purificador (fotografia 17) purifica a água tornando-a mais rentável para as
análises de enzimas, isso devido não ter nenhuma presença de sais ou qualquer outro composto
que se liga com a molécula de água. Na sala de recepção também contém equipamentos de
extrema importância para análises que requerem retirada de umidade, como a mufla e a estufa de
secagem. A primeira tem como principal função retirar umidade do material em uma alta
temperatura, já a estufa é necessária para secar algumas sementes que posteriormente serão
analisadas, lembrando que a secagem é um pouco mais demorada do que na mufla.
Fotografia 13: Banho-Maria Fotografia 14: Chapa aquecedora Fotografia 15: Destilador de N
Fotografia 17: Destilador de Água Fotografia 18: Purificador
5. CONCLUSÃO
A visita técnica ao Laboratório de Biologia e Tecnologia Pós-Colheita apresentou-se
como de fundamental importância para o embasamento prático de análises físicas e químicas,
conservação e manejo de frutas e hortaliças.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALBO, A.G. Limites fisiológicos e genéticos para a conservação. In: Luengo, R.F.A.; Calbo,
A.G. (Org.). Armazenamento de hortaliças. 1 ed. Brasília: Embrapa, 2001, v. 1, p. 33-55.
CARRARO, F.; CUNHA, M.M. Manual de exportação de frutas. Brasilia: MARRA -SDR -
FRUPEX / IICA, 1994. p.254.
CHITARRA, B.A; CHITARRA, F.I.M. Técnicas modernas em Pós-Colheita de frutas e
hortaliças: Aspectos Fisiológicos do Desenvolvimento dos frutos. In: ______. (Org.) 13°
Semana da fruticultura, floricultura e agroindústria. Fortaleza - CE: FRUTAL, 2006. p. 11 a 37.
MARCHESE, J.A; FIGUEIRA, G.M. O uso de tecnologias pré e pós-colheita e boas práticas
agrícolas na produção de plantas medicinais e aromáticas. REVISTA BRASILEIRA
PL.MED., Botucatu, v.7, n.3, p.86-96, 2005.