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- Dividem-se em 3 famílias:
Alphaherpesvirinae
- HSV 1
- HSV 2
- VVZ
Betaherpesvirinae
- CMV
- HSV 6
- HSV 7
Gammaherpesvirinae
- EBV
- HSV 8
HSV tipo 1 e 2:
- Herpes genital
- Herpes labial
- Encefalite herpética
Varizela-zoster:
- Varicela em primo-infecção
- Herpes zoster na recorrência
Epstein-Barr vírus:
- Mononucleose infecciosa
- Carcinoma nasofaríngeo
- Linfoma de Burkitt
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Citomegalovírus (CMV)
- Mononucleose citomegálica
- Doença invasiva em imunodeprimidos
- Exantema súbito
- Não esclarecido
- Sarcoma de Kaposi
- Os herpes vírus são por isso vírus que apresentam um reservatório humano.
Vias de transmissão:
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Distribuição geográfica
- Existem mesmo algumas zonas do mundo onde algumas das espécies desta família são
endémicas:
África Tropical
Infecção
- Agora que já fizemos uma introdução geral acerca de quais os principais elementos e
características da família dos herpes vírus, vamos estudar individualmente as patologias
a estes associadas.
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Vírus Herpes Simples (tipo 1 e tipo 2)
- Orofaringe
- Região genital
Recorrência
- Infecção por Herpes Simplex cursa com latência vírica ao nível do:
- Ora, verifica-se que por esta mesma razão, perante factores predisponentes adequados,
pode haver reactivação vírica com recorrência da infecção causada por estes vírus.
- Importa realçar que as recorrências podem com frequência ser assintomáticas, pelo
que o doente nem se apercebe de tal coisa.
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Quais os factores de risco para recorrência?
- Febre
- Menstruação
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Infecção por vírus herpes simplex
- As manifestações clínicas associadas a infecção por este vírus podem ser várias
- Dor
- Hemorragia gengival
- Febre
- Adenopatias cervicais
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Recorrência
Herpes Labial
Herpes Genital
Herpes Ocular
- Queratite
- Conjuntivite
- Iridociclite
- Corioretinite
- Catarata
Meningite
Encefalite
Herpes Neonatal
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Meningoencefalite herpética
- Cursa com alta letalidade, sendo que esta varia de acordo com a faixa etária dos
doentes:
Doença focal:
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Como se faz o diagnóstico?
Tratamento
- Aciclovir e.v.
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Patogénese da infecção por HSV neonatal
Contágio
- In útero: raro
- No parto: 75 a 85%
- Pós-parto: 15 a 20%
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Infecção por vírus Varicella-Zoster (VVZ)
Primo-infecção
- Varicela
Infecção latente:
Infecção recorrente:
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Varicela
Transmissão
- Partículas respiratórias
- Existe risco de contágio pelo VVZ desde 48 horas antes do aparecimento do exantema
até ao desaparecimento das vesículas com formação de crostas.
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Manifestações clínicas da varicela
- Fase prodrómica
- Fase eruptiva
- Mal-estar;
- Anorexia;
- Inquietude;
- Febre ou febrícula
Fase eruptiva
Exantema pruriginoso;
- Couro cabeludo
- Mucosas oral, ocular e genital
Febre;
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- Em relação à fase eruptiva podemos dizer que:
- Pápulas
- Vesículas
- Crostas
Como termina?
- Importa realçar que, em situações nas quais a lesão vesiculosa era de grandes
dimensões, é frequente ficarem àreas despigmentadas ligeiramente escavadas no
local onde as crostas se encontravam.
- Pápulas
- Vesículas
- Crostas
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Complicações da varicela
- Embora na grande maioria dos casos a varicela constitua uma doença clinicamente
benigna, é sempre muito importante não esquecer que pode surgir associada a uma série
de complicações, algumas delas de grande gravidade:
- Streptococcus pyogens
- Staphylococcus aureus
- Encefalite
- Síndrome de Reye
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1)- Infecções cutâneas secundárias
- Streptococcus pyogenes
- Staphylococcus aureus
- Celulite
- Abcesso
- Fasceíte necrotizante
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2)- Complicações respiratórias
- Pneumonia bacteriana
Características
Como se manifesta?
- Manifesta-se por:
- Tosse
- Polipneia
- Dispneia
- Febre
- Hipoxemia progressiva
- De realçar que em algumas situações esta condição pode apresentar uma evolução
subclínica.
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Factores de risco
- Tabagismo
- Imunossupressão
- Sexo masculino
Pneumonia bacteriana
Etiologia
- A etiologia mais frequente das pneumonias bacterianas que surgem como complicação
de varicela são:
- S. Aureus
- S. Pneumoniae
- H. influenzae
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3)- Complicações neurológicas
Encefalite
O que é?
Como se manifesta?
- Manifesta-se por:
- Febre
- Cefaleias
- Vómitos
- Convulsões
Características
Letalidade: 10%
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Ataxia cerebelosa aguda
- Surge em 1 por cada 400 casos de varicela até aos 15 anos de idade.
Como se manifesta?
- Manifesta-se por:
- Febre
- Cefaleias
- Vómitos
- Ataxia
- Perturbações da fala
- Sinais meníngeos
- Vertigens
- Tremor
Alterações analíticas
- São muito comuns ao nível do LCR (ou não se tratasse isto de uma patologia
neurológica).
- LCR claro
- Pleocitose discreta mononuclear
- Proteinorraquia elevada (80/100 mg/dl)
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Como evolui esta condição?
Sindrome de Reye
Quando surge?
O que é?
Como se manifesta?
- Vómitos
- Inquietude
- Irritabilidade
- Alteração do estado de consciência – consequência de edema cerebral
- Uma vez que existe atingimento hepático e dado que o fígado constitui um importante
local de síntese de factores de coagulação, verifica-se que o síndrome de Reye surge
ainda associado a uma certa tendência hemorrágica.
Analiticamente:
- Amónia elevada
- Hiperglicemia
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Relação com o uso de aspirina
- Estudos têm vindo a demonstrar uma forte associação entre o uso de ácido
acetilsalicilico em crianças e o desenvolvimento de síndrome de Reye.
- Ora, nesse sentido, e dado que a grande maioria dos indivíduos que desenvolvem
varicela são crianças, a aspirina é agora um fármaco contra-indicado em situação de
varicela.
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5)- Complicações hemorrágicas
- Varicela Hemorrágica
- Púrpura trombocitopénica
- Diátese Hemorrágica
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Varicela no adulto
- Pneumonia
- Complicações neurológicas
-Maior letalidade:
Varicela no imunodeprimido
Manifestações clínicas
Complicações
- Sépsis em neutropénicos
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Varicela congénita
- Por varicela congénita entende-se a varicela que já está presente na altura do parto.
- Cicatrizes cutâneas
- Alterações oculares
- Catarata
- Corioretinite
- Microoftalmia
- Alterações do SNC
- Atrofia cortical
- Convulsões
- Atraso de desenvolvimento
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Varicela neonatal
Como se manifesta?
- Pneumonia
- Hepatite
- Meninfoencefalite
Algumas considerações
- Isto porque, dada a sua prematuridade, não existe a transferência típica dos
anticorpos IgG maternos que ocorre durante o 3º trimestre da gravidez
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Prevenção da Varicela
- Deve ser dada antes do contacto com o vírus, de modo a favorecer a criação de defesas
contra uma eventual infecção pelo mesmo.
Estirpe OKa
Imunogénica
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Inócua
- Febre
- Exantema
- Em casos raros:
- Anafilaxia
- Ataxia
- Encefalopatia
- AVC
- Púrpura trombocitopénica
- Pneumonia
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2)- Imunização passiva
- VariZIG
- Grávidas
- Como é relativamente óbvio, o isolamento dos doentes constitui uma boa medidade de
prevenção da infecção por varicela:
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Herpes zoster
O que é?
De que resulta?
- Como referido, o Herpes zoster constitui a recorrência da infecção pelo vírus varicela
zoster o qual, após a resolução da varicela, permanece latente ao nível dos gânglios
raquidianos dorsais.
Quem afecta?
- Idosos
- 5 a 10 casos por cada 1000 indivíduos com >60 anos.
- Imunodeprimidos
- Aproximadamente 4% têm um segundo episódio de herpes zoster.
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Contagiosidade
Patogenia
4)-Ora, o que se verifica é que mais tarde, por razões que a medicina ainda
desconhece, este vírus que se encontra latente nos gânglios raquidianos dorsais
vai ser reactivado
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Manifestações clínicas do herpes zoster
- Manifesta-se por:
1)- Pródromos
- Correspondem a :
- Dores
- Pápulas
- Vesículas
- Crostas
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Localização das lesões
Localização raquidiana
- Braquial e crural
Localização cefálica
- Oftálmica
- Mandibular
- Facial
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Herpes zoster cefálico
- Queratite
- Iridiciclite
- Glaucoma
- Cegueira
- Palato
- Amígdalas
- Língua
- Pavimento da boca
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Herpes zoster facial ou do gânglio geniculado
- Caracteriza-se por:
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Complicações do herpes zoster
- Tal como o nome indica é subclínica, ou seja, não está associada a quaisquer
sintomas.
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Nevralgia pós-herpética
- Caracteriza-se por:
- Dor tipo choque, de intensidade variável, que se prolonga por mais de 1 mês
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Herpes zoster no imunodeprimido
- Mais grave;
Características
- Pneumonias
- Hepatite
- Meningoencefalite
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Diagnóstico
Diagnóstico clínico
- O diagnóstico quer de varicela quer de herpes zoster é na grande maioria das vezes
clínico.
- Ora:
- Se
- Se:
- Lesões generalizadas
- Se:
- Predomínio de dor.
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Diagnóstico laboratorial
Isolamento do vírus
Serologia
- PCR
- ELISA
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Tratamento
- Medidas de higiene
- Unhas cortadas
- Desinfecção local
Medicação sintomática
- Anti-histamínicos
- Anti-víricos
- Antipiréticos
Antibioterapia
Hospitalização
- Há atingimento visceral
- Infecção em imunocomprometidos
- Complicações
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Antivíricos
Aciclovir
- Oral
- Administrar por 5 dias em imunocompetente
- Administrar 10 dias em imunocomprometido
Valaciclovir
- Oral
- 7 a 10 dias
Fanciclovir
- Oral
- 7 a 10 dias
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Tratamento Varicela
Hospedeiro imunocompetente:
- Aciclovir
- Valaciclovir
- Fanciclovir
- Aciclovir
Hospedeiro imunodeprimido
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Tratamento do herpes zoster
Hospedeiro imunocompetente
Hospedeiro imunodeprimido:
- Nestas condições:
- Aciclovir e.v.
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Tratamento da nevralgia pós-herpética:
- Podemos recorrer a:
Analgésicos:
- Lidocaína tópica
Antidepressivos:
- Amitriptilina
- Nortriptilina
Anticonvulsionantes:
- Gabapentina
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Prevenção do herpes zoster
- Em indivíduos com mais de 60 anos, está indicada a vacinação para o herpes zoster,
no sentido de prevenir o aparecimento de herpes zoster e de nevralgia pós-herpética.
O que se usa?
Zostavax
A quem administrar?
- A profilaxia do herpes zoster por vacina está indicada nos indivíduos com mais de 60
anos.
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Porque razão devemos fazer profilaxia do VVZ nos indivíduos com mais de 60 anos?
- A nossa população actual é uma população em que a grande maioria das crianças se
encontram vacinadas contra o VVZ
- Nesse sentido, existe uma franca diminuição do número de casos por este vírus, o que
cursa com uma menor exposição dos elementos de contacto próximo com o mesmo.
- Trocando por miúdos, uma vez que actualmente a grande maioria das crianças
está vacinada para o VVZ, o número de casos diminuiu consideravelmente pelo
que a exposição dos avós destas crianças a este vírus diminuiu também.
- Ora, o que acontece é que, em função da reduzida exposição dos doentes a este vírus,
existe uma progressiva perda da imunidade adquirida para o mesmo
- Por esta razão se percebe a importância da imunização dos indivíduos com mais de 60
anos. Isto porque dada a sua idade e diminuição da exposição a casos de doença, a
imunidade destes doentes para este vírus é baixíssima.
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