Sei sulla pagina 1di 1

FICHA INFORMATIVA

Ano Lectivo 2005 / 2006


ADEQUAÇÃO DISCURSIVA

FORMAS DE TRATAMENTO 1

Na comunicação / interacção desenvolvem-se objectivos sociocomunicativos e princípios conversacionais


como o da cortesia*, controlados ainda por códigos de boas maneiras existentes numa sociedade.
A opção por uma forma de tratamento mais adequada à situação interactiva é determinada pela
familiaridade / proximidade ou distância psicossocial entre o locutor e o interlocutor.
Para evitar obstáculos ou ruptura na comunicação, o uso formal da língua revela eficientemente as faces*
do locutor e do interlocutor.
Algumas formas de tratamento :

 familiar – tu, amigo, você … ;


 honorífico – senhor Presidente, senhor Ministro, Meretíssimo Juiz … ;
 nobiliárquico – Sua Majestade, Sua Alteza … ;
 eclesiástico – monsenhor, sua eminência, senhor padre … ;
 académico – senhor doutor, senhor professor, Professor Doutor …

* Princípio de cortesia 2 (princípio regulador para um modo correcto da interacção discursiva)


A delicadeza e a cortesia, embora princípios de comportamento social (dar prioridade às senhoras ou aos
mais velhos, por exemplo), têm reflexo na expressão linguística. Há uma série de fórmulas e expressões
convencionalmente consideradas de delicadeza que impedem que a enunciação seja ofensiva ou ameaçadora
para os interlocutores.
O princípio da cortesia determina uma certa suavidade da força ilocutória dos actos directivos que se
revela, principalmente, no uso de actos de fala indirectos.
- Importas-te de estar calado? (em vez de “- Cala-te!” segue o princípio de cortesia.)
- Desculpe, mas não poderá calar-se? (Cale-se! / Esteja calado!)
- Lamento, mas não percebi. (é marcadamente assertivo, mas o princípio de cortesia aproxima-o do expressivo.)
As ordens, os pedidos, as instruções ou as perguntas podem ser atenuados por formas ou expressões como :
é capaz de … ; podia … / poderia …; do meu ponto de vista …; na minha opinião …; desculpe …;
lamento …; importa-se de … / importas-te de …

* Face 3
A face, na acepção de auto-imagem no desempenho do discurso, consiste no modo como uma pessoa
mantém a sua face ou a perde. Esta pode melhorar ou deteriorar-se de maneira a apresentar-se uma imagem
mais ou menos firme perante os outros.
Quanto melhor for a imagem, mais os outros mostrarão a sua aprovação. Através da comunicação verbal,
cada pessoa revela a sua imagem pessoal aos outros e é avaliada pelo que diz e pela maneira como o diz.
Acontece que a face do locutor está relacionada com a qualidade da face do interlocutor, por isso ambos se
empenharão em manter uma boa imagem da sua própria face.
A face negativa revela a vontade do locutor em não encontrar obstáculos no desempenho das suas acções
– princípio de cortesia da não imposição ;
A face positiva demonstra a vontade do locutor em conseguir a adesão do(s) interlocutor (es) aos seus
objectivos / intenções – necessidade de aprovação ou de admiração.

1
OLIVEIRA,Luísa e SARDINHA, Leonor, in Saber Português Hoje, Gramática Pedagógica da Língua Portuguesa,
Didáctica Editora, Junho de 2005, p. 155.
2
Idem p. 152.
3
Idem p. 153.

Potrebbero piacerti anche