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3oAno – 5oSemestre
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3oAno – 5oSemestre
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I
2. Metodologia de investigação
A elaboração do presente trabalho foi baseada em pesquisas científico-didácticas com base em,
artigos electrónicos, obtidos via internet.
II
3. Motores de Corrente Contínua (MCC)
3.1. Conceitos fundamentais
Máquinas eléctricas: são dispositivos destinados à conversão de energia eléctrica em
mecânica ou vice-versa, ou ainda à transformação de grandezas eléctricas (tensão e
corrente) de um nível para outro. Sendo o primeiro grupo classificado como máquinas
eléctricas rotativas (motores e geradores) e o segundo como máquinas eléctricas estáticas
(transformadores).
Máquinas eléctricas de corrente contínua: diz-se que uma máquina é de corrente
contínua quando em todos os seus terminais as grandezas que a caracterizam (tensões e
correntes ) são unidireccionais.
3.3.1. Rotor
É um eletroímã constituído de um núcleo de ferro com enrolamentos em sua superfície
que são alimentados por um sistema mecânico de comutação e que consiste de:
A espira percorrida por uma corrente elétrica produz outro campo magnético em torno da espira
que causa uma reação da bobina dentro das linhas de força do campo fixo, determinada pela
regra da mão direita para motores.
Segundo estágio
No segundo estágio a bobina girou no sentido determinado e está em uma posição em que é
pouco atingida pelas linhas de força, portando não há reação entre o campo fixo e o da bobina,
mas esta continua a girar por ação da força anterior, até atingir o próximo estágio.
Quarto estágio
No quarto estágio temos uma posição intermediária em que a bobina está inclinada com relação
ao campo em um ângulo de aproximadamente 30º. Esse estágio serve para explicar a ação
contínua sofrida pela bobina com a interação dos campos.
Essa ação tem seu máximo no estágio 1 ou 3, e até que atinja o estágio 2, tem sua força reduzida
conforme o aumento do ângulo, sendo 0 (zero) no estágio 2. O motor passa do estágio 2 ao 3,
ou do 2 ao 1, pois a força produzida no estágio 1 ou 3 é suficiente para que ele tenha um
deslocamento maior que 90º.
Em casos em que a queda de tensão nas escovas é demasiada pequena ela pode ser desprezada
e/ou incluir-se de forma aproximada ao valor de RA.
Figura 10: O circuito equivalente de um motor CC. Fonte: CHAPMAN (2013: 467)
Figura 11: Um circuito equivalente simplificado em que a queda de tensão nas escovas foi eliminada e Raj foi
combinada com a resistência de campo. Fonte: CHAPMAN (2013: 467)
A equação da lei de Kirchhoff das tensões (LKT) para o circuito de armadura dos motores
supracitados é:
𝑉𝑇 = 𝐸𝐴 + 𝐼𝐴 𝑅𝐴 (Equação 1)
Figura 12:(a) O circuito equivalente de um motor CC de excitação independente. (b) O circuito equivalente de um motor
CC em derivação (shunt). Fonte: CHAPMAN (2013: 470)
𝑉
𝐼𝐹 = 𝑅𝐹 (Equação 2)
𝐹
𝑉𝑇 = 𝐸𝐴 + 𝐼𝐴 𝑅𝐴 (Equação 3)
𝐼𝐿 = 𝐼𝐴 (Equação 4)
Motor de Shunt:
𝑉
𝐼𝐹 = 𝑅𝑇 (Equação 5)
𝐹
A característica de saída de um motor CC em derivação pode ser obtida a partir das equações
da tensão induzida e do conjugado, mais a lei de Kirchhoff das tensões (LKT). A equação LKT
para um motor CC em derivação é:
𝑉𝑇 = 𝐸𝐴 + 𝐼𝐴 𝑅𝐴 (Equação 7)
𝑉𝑇 = 𝐾∅𝜔𝑚 + 𝐼𝐴 𝑅𝐴 (Equação 8)
E uma vez que o torque induzido é 𝜏𝑖𝑛𝑑 = 𝐾∅𝐼𝐴 e explicitando a corrente na armadura:
𝜏𝑖𝑛𝑑
𝐼𝐴 = 𝐾∅
(Equação 9)
𝑉 𝑅
𝜔𝑚 = 𝐾∅𝑇 − (𝐾∅)
𝐴
𝜏
2 𝑖𝑛𝑑
(Equação 11)
Importa referir que, para a velocidade do motor varie linearmente com torque induzido, os
outros termos da Equação 11 deverão ser constantes quando a carga variar. Supondo-se que a
tensão de terminal fornecida pela fonte de tensão CC seja constante, se assim não for, então as
variações de tensão afectarão a forma da curva do torque versus velocidade.
Outro efeito interno do motor que também pode afectar a forma da curva de conjugado versus
velocidade é a reação de armadura. Se um motor apresentar reação de armadura, então os
efeitos de enfraquecimento de fluxo reduzirão o seu fluxo quando a carga aumentar. Como a
Equação 11 mostra, para qualquer carga, o efeito de uma redução de fluxo é o aumento da
velocidade do motor em relação à velocidade na qual o motor giraria se não houvesse a reação
de armadura, mostrado na figura 13a). Este efeito pode ser minimizado com a introdução de
enrolamentos de compensação no motor CC em derivação de modo que seu fluxo seja
constante independentemente da carga.
Figura 13: (a) Característica do torque versus velocidade de um motor CC em derivação ou de excitação
independente, com enrolamentos de compensação para eliminar a reação de armadura. (b) Característica do torque
versus velocidade de um motor em que a reação de armadura está presente. Fonte: CHAPMAN (2013: 472)
Em uma máquina CCIP, o fluxo dos polos consiste apenas em fluxo residual presente nos ímãs
permanentes. Se a corrente de armadura tornar-se muito elevada, então haverá algum risco de
que a força magnetomotriz da armadura possa desmagnetizar os polos, reduzindo
permanentemente e orientando de outra forma o fluxo residual presente neles. A
desmagnetização também pode ser causada pelo aquecimento excessivo devido a um choque
(queda do motor) ou a períodos prolongados de sobrecarga. Além disso, os materiais CCIP são
mais fracos fisicamente do que a maioria dos aços normais. Desse modo, os estatores
construídos com esses materiais podem ter limites devido às exigências físicas do conjugado
de motor.
Para aplicações normais em máquinas, como rotores e estatores, deve-se escolher um material
ferromagnético que tenha as menores Bres e HC possíveis, porque tal material terá baixas perdas
por histerese. Por outro lado, um bom material para os polos de um motor CCIP deverá ter a
maior densidade de fluxo residual Bres possível e, ao mesmo tempo, deverá ter a maior
intensidade de campo magnético coercitivo HC possível. A curva de magnetização desse
material está mostrada na Figura 14.
Figura 15: Segundo quadrante das curvas de magnetização de alguns materiais magnéticos típicos. Fonte:
CHAPMAN (2013: 494)
Ferrites de Estrôncio: este material possui baixo campo de indução residual (Br = 0,4
Wb/m2), mas campo coercitivo elevado (Hc = 350 KA/m). Sua vantagem em relação
ao anterior é que uma vez sofrido alteração do circuito magnético (montagem e
desmontagem após a magnetização) o campo de indução se restabelece ao valor original
(através da linha de retorno), quando a relutância do circuito ao valor original.
O corte transversal é mostrado na figura 17. Este material tem o menor custo comercial
e por isso é utilizado em praticamente todo o universo dos motores de corrente contínua
a imã permanente.
Figura 18: O circuito equivalente de um motor CC série. Fonte: CHAPMAN (2013: 495)
O fluxo dessa máquina é diretamente proporcional à sua corrente de armadura (no mínimo até
que o metal sature). Portanto, o fluxo da máquina pode ser dado por:
Em que “c” é uma constante de proporcionalidade. Assim, o conjugado induzido dessa máquina
é dado por:
Como base na equação 15 pode-se concluir que o torque induzido em um motor CC série é
directamente proporcional ao quadrado da sua corrente na armadura.
Supondo uma curva de magnetização linear, o fluxo do motor será dado pela equação 14, o
desenvolvimento da característica de torque induzido versus velocidade parte da lei de
Kirchhoff das tensões:
𝐾𝑐
𝐼𝐴 = √𝜏 (Equação 17)
𝑖𝑛𝑑
𝐾𝑐
𝑉𝑇 = 𝐾∅𝜔𝑚 + √𝜏 (𝑅𝐴 + 𝑅𝑠 ) (Equação 18)
𝑖𝑛𝑑
∅
𝐼𝐴 = (Equação 19)
𝑐
𝐾
𝜏𝑖𝑛𝑑 = 𝑐 ∅2 (Equação 20)
𝐾
∅ = √ 𝑐 √𝜏𝑖𝑛𝑑 (Equação 21)
𝐾 𝜏𝑖𝑛𝑑
𝑉𝑇 = 𝐾 √ √𝜏𝑖𝑛𝑑 𝜔𝑚 + √ (𝑅 + 𝑅𝑠 )
𝑐 𝐾𝑐 𝐴
𝑅𝐴 + 𝑅𝑠
√𝐾𝑐√𝜏𝑖𝑛𝑑 𝜔𝑚 = 𝑉𝑇 − √𝜏𝑖𝑛𝑑
√𝐾𝑐
Pela equação pode-se notar que, para um motor série não saturado, a velocidade do motor varia
com o inverso da raiz quadrada do conjugado. O gráfico que relaciona o torque induzido e a
velocidade do motor é mostrado na figura 19.
Figura 19: característica do torque versus velocidade de um motor CC série. Fonte: CHAPMAN (2013: 497)
Figura 20: O circuito equivalente de motores CC compostos: (a) ligação em derivação longa; (b) ligação em
derivação curta. Fonte: CHAPMAN (2013: 501)
Na figura 20 as marcas circulares correspondem à composição cumulativa do motor e as marcas
quadradas correspondem à composição diferencial.
𝐼𝐴 = 𝐼𝐿 − 𝐼𝐹 (Equação 24)
𝑉
𝐼𝐹 = 𝑅𝑇 (Equação 25)
𝐹
O Sinal positivo nas equações está associado a um motor CC composto cumulativo e o sinal
negativo está associado ao motor CC composto diferencial.
Dessa forma, o motor composto cumulativo tem um torque de partida mais elevado do que um
motor em derivação (cujo fluxo é constante), mas um torque de partida mais baixo do que o de
um motor série (cujo fluxo inteiro é proporcional à corrente de armadura). Como em um motor
série, ele apresenta um torque extra para a partida e, como um motor em derivação, a velocidade
não dispara quando ele está sem carga.
Com cargas leves, o campo em série tem um efeito muito pequeno, o que leva o motor a
comportar-se aproximadamente como um motor CC em derivação. Quando a carga torna-se
muito grande, o fluxo do enrolamento em série torna-se bem importante e a característica de
conjugado versus velocidade começa a se tornar semelhante à curva característica de um motor
série.
Figura 21: (a) característica do torque versus velocidade de um motor CC composto cumulativo comparada
com a de motores série e em derivação, com a mesma carga plena nominal. (b) característica do torque versus
velocidade de um motor CC composto cumulativo compara. Fonte: CHAPMAN (2013: 502)
Figura 22: Característica de conjugado versus velocidade de um motor CC composto diferencial. Fonte:
CHAPMAN (2013: 503)
a) Sob tensão reduzida: É necessário dispor de uma fonte de tensão regulável. Vai-se
subindo a tensão da máquina à medida que esta for aumentando a velocidade.
b) Utilizando um reóstato de arranque: Consiste em inserir resistências em série no
circuito do induzido. Estas resistências serão sucessivamente curto-circuitadas
manualmente à medida que o motor for aumentando a sua velocidade.
c) Por processos automáticos: Podem ser baseados nos princípios descritos na alínea a)
ou na alínea b). Podem utilizar elementos de electrónica ou ser baseados em relés
electromecânicos.
ra – é a resistência da armadura.
Figura 27: Variação de corrente consumida em função da velocidade durante um arranque reostático do motor
série.
As resistências de arranque são calculadas de tal modo que a corrente máxima consumida
(pontos A1, A2, A3, A4, A5) seja uma percentagem razoável da corrente nominal (150 a
200%).
Motor Série: dado o seu elevado torque de arranque é utilizado, sobre tudo, em tracção
eléctrica, no entanto não podem ser aplicados em sistemas ou cargas que ofereçam risco
de embalamento, o que pode acarretar danos ao próprio motor.
Motor shunt: devido a sua velocidade constante e independentemente da carga, são
empregues em máquinas cuja velocidade deve manter-se constante, como máquinas-
ferramentas (tornos, fresas, etc.), máquinas de elevação, bombas, ventiladores etc.
Vantagens
Os motores de corrente contínua são maiores e mais caros que os motores de indução,
para uma mesma potência;
Maior necessidade de manutenção (devido a existência de comutadores);
Arcos e faíscas devido à comutação de corrente por elemento mecânico (não pode ser
aplicado em ambientes perigosos);
Tensão entre lâminas não pode exceder 20V, ou seja, não podem ser alimentados com
tensão superior a 900V, enquanto que motores de corrente alternada podem ter milhares
de volts aplicados aos seus terminais;
Necessidade de medidas especiais de partida, mesmo em máquinas pequenas.
Que os motores de corrente continua são máquinas elétricas que sendo alimentados
por corrente continua convertem em mecânica a energia que lhes é fornecida
São máquinas com uma constituição complexa quando comparadas com as maquinas
de indução o que acarreta mais dificuldades na manutenção e consequentemente
elevados custos da manutenção
Dependendo da aplicação, os acionamentos em corrente contínua são geralmente os
que apresentam os maiores benefícios, também em termos de confiabilidade, operação
amigável e dinâmica de controle