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b. QUADRO CLÍNICO
Dor torácica em peso, queimação ou constrição, geralmente com
localização retroesternal, pode ser irradiada para extremidades superiores,
ombro ou mandíbula. A dor do infarto é semelhante a da angina, porém
tem maior duração e maior intensidade, o socorrista deve suspeitar de
infarto agudo do miocárdio sempre que a duração dos sintomas ultrapassar
vinte minutos.
O quadro pode ser acompanhado por sudorese, náusea, vômitos,
dispnéia e palpitações.
Avaliar a presença de fatores de risco para doença coronariana e outros
fatores de risco para isquemia miocárdica.
Idosos e diabéticos podem apresentar infarto agudo do miocárdio sem
dor, as manifestações clínicas podem ser descompensação de insuficiência
cardíaca e síncope.
Algumas vezes náuseas e vômitos podem ser os únicos sintomas de
infarto agudo do miocárdio de parede inferior.
O exame físico pode ser totalmente normal e as alterações quando
presentes são inespecíficas.
Pode haver sinais de hipoperfusão com hipotensão arterial, diaforese
e extremidades frias, que indicam o choque cardiogênico.
É comum a ocorrência de uma quarta bulha e menos frequentemente
de uma terceira bulha que indica insuficiência cardíaca. A turgência
jugular indica sobrecarga de volume ou disfunção do ventrículo
direito.
Os sinais vitais podem estar dentro dos limites da normalidade ou
apresentar alterações. O paciente pode apresentar-se taquicárdico ou
bradicárdico, a tensão arterial pode estar elevada ou baixa. Em alguns casos
pode estar presente um sopro sistólico de disfunção mitral ou estertoração
pulmonar compatível com disfunção ventricular esquerda.
O prognóstico do infarto está diretamente relacionado à escala de
Killip Kimball, baseado em ausculta pulmonar, cardíaca e nos sinais de
choque.
Alterações do ECG ocorrem inicialmente em 50% dos pacientes com
IAM.
O ECG inicial normal não afasta isquemia.
Parte II – P R O T O C O L O S D E D O E N Ç A S C A R D I O V A S C U L A R E S [113]
Classificação de Killip Kimball, baseada em ausculta pulmonar,
cardíaca e em sinais de choque. Usada para estabelecer o prognóstico
dos pacientes com infarto agudo do miocárdio
Classificação Características Clínicas
Ausculta cardíaca normal. Ausculta pulmonar normal.
Killip I
FC < 100 bpm. PAS > 90 mmHg. FR < 20 irpm.
Presença de B3 ou estertoração nas bases pulmonares.
Killip II
FC < 100 bpm. PAS > 90 mmHg. FR < 20 irpm.
Killip III Presença de B3. Estertoração > 50% nos hemitóraces.
(Congestão pulmonar) FC > 100 bpm. PAS > 90 mmHg. FR > 20 irpm.
Presença de B3. Estertoração > 50% nos hemitóraces.
Killip IV
FC > 100 bpm. PAS < 90 mmHg. FR > 20 irpm.
(Choque cardiogênico)
Perfusão capilar lentificada. Oligúria.
Idade
Sexo masculino
Hipertensão arterial
Tabagismo
Diabetes Mellitus
Dislipidemia
História Familiar positiva
c. CONDUTA
Administrar oxigênio sob máscara com fluxo de 10 litros por minuto.
Monitorar o paciente com cardioscópio, oxímetro de pulso e monitor
de PNI.
Administrar AAS 200 mg VO, exceto se: hipersensibilidade, distúrbios
de coagulação, doença hepática grave ou doença péptica ativa.
Administrar dinitrato de isossorbitol 5 mg SL, que pode ser repetido
por até três vezes a cada 5 minutos dependendo da resposta apresentada
pelo paciente. Não deve ser empregado se a PA sistólica for menor que 90
mmHg ou se a frequência cardíaca for menor que 60/minuto.
Obter acesso IV periférico utilizando cateter curto e calibroso.
Colher sangue venoso para dosagem de: hemograma, glicemia,
creatinina, uréia, troponina, TAP e PTT.
Iniciar nitroglicerina venosa na dose inicial de 5 µg/min devendo-se
aumentar esta dose em 5 µg a cada cinco minutos até atingir 50-100 µg/
min ou a pressão arterial sistólica de 100 mmHg.
Utilizar morfina de 2 a 4 mg por via IV até 10 mg quando os nitratos
não forem eficazes no controle da dor ou o paciente apresentar edema
agudo de pulmão e pressão arterial sistólica acima de 100 mmHg.
Corrigir hipotensão arterial seguindo o protocolo.
[114] protocolos das u nidades de pronto atendimento 2 4 h oras
a. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Podem representar ou não situações de emergência.
É sempre necessário avaliar o paciente e não só as alterações observadas
no ECG.
As arritmias podem reduzir o débito cardíaco quando a frequência
cardíaca está elevada ou baixa, produzir instabilidade elétrica do coração
e mesmo causarem parada cardíaca.
As taquiarritmias podem causar aumento do trabalho cardíaco
aumentando o consumo de oxigênio e causando a isquemia miocárdica.
Parte II – P R O T O C O L O S D E D O E N Ç A S C A R D I O V A S C U L A R E S [125]
O tratamento de emergência deve ser adequado ao paciente e não a
arritmia.
A monitorização cardíaca não fornece informação sobre a atividade
contrátil do coração. O paciente pode estar em estado de choque ou
mesmo em parada cardíaca com ritmo cardíaco normal.
A instabilidade clínica é evidenciada por um ou mais dos seguintes
achados: hipotensão arterial, dor torácica tipo isquêmica, dispnéia, edema
agudo de pulmão e sensório alterado.
49. BRADIARRITMIAS
a. CONSIDERAÇÕES GERAIS
São definidas como ritmos apresentando frequência ventricular inferior
a 60 bpm.
As anormalidades da condução cardíaca podem ocorrer entre o nódulo
sinusal e o átrio, dentro do nódulo AV e intraventriculares.
A doença cardíaca isquêmica envolvendo a coronária direita pode
apresentar-se com bradicardia e hipotensão.
A bradicardia sinusal pode ocorrer em atletas em boas condições físicas,
não sendo patológica.
Parte II – P R O T O C O L O S D E D O E N Ç A S C A R D I O V A S C U L A R E S [127]
Podem ser causadas por: patologias extracardíacas (meningite,
hipertensão intracraniana, hipotireoidismo, etc.); intoxicação
medicamentosa (beta bloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio ou
parassimpaticomiméticos); doença do nódulo sinusal e isquemia miocárdica.
b. QUADRO CLÍNICO
Existe um amplo espectro de sintomas que pode ser atribuído as
bradicardias.
Pacientes capazes de aumentar o volume sistólico podem ser
assintomáticos.
A presença de hipertensão arterial sistólica isolada não deve ser
considerada como emergência hipertensiva e sim como um mecanismo
de adaptação à bradicardia, portanto, não deve ser tratada, em especial
nos casos de bloqueio átrio ventricular total (BAVT).
A bradicardia pode manifestar-se com fadiga, fraqueza, intolerância
ao exercício ou síncope.
Obter história de episódios anteriores de arritmia ou alternância de
taquiarritmias ou bradicardia.
Pesquisar doença cardíaca estrutural, hipotireoidismo e cirurgia cardíaca
prévia.
Informar-se sobre medicações que afetam o nódulo sinusal ou AV, com
ênfase em beta bloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio e digitálicos.
Obter ECG de 12 derivações, e verificar as derivações que mostram
melhor a atividade atrial (II, III, aVF e V1) e procurar evidências de doença
coronariana.
Às vezes o episódio de bradicardia é transitório e episódico e o paciente
tem que ser monitorizado e observado.
Obter dosagem de eletrólitos e função renal em todos os casos.
50. TAQUIARRITMIAS
a. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Frequentemente encontradas nas emergências.
São definidas como ritmos apresentando frequência ventricular superior
a 100 bpm.
Podem ser classificadas com base nos complexos QRS, em taquicardia
de complexos estreitos (QRS < 120 ms) e de complexos alargados (QRS
> 120 ms).
A grande maioria é causada por mecanismo de reentrada, outras causas
são por aumento da automaticidade.
A forma mais comum de taquicardia paroxística é a supraventricular,
que costuma ocorrer em indivíduos sem doença cardíaca estrutural. Começa
e termina abruptamente e pode durar de segundos a horas. É causada
geralmente por mecanismo de reentrada.
A fibrilação atrial é a arritmia crônica mais comum, afeta cerca de 10%
dos indivíduos com mais de 80 anos. Pode ocorrer em pacientes com doença
valvular, cardiomiopatia dilatada, hipertensão arterial e doença coronariana
e em indivíduos normais.
[130] protocolos das u nidades de pronto atendimento 2 4 h oras
b. QUADRO CLÍNICO
São sintomas atribuíveis a taquiarritmia: palpitações, dor torácica,
dispnéia e síncope.
Caso palpitações estejam associadas ao quadro pesquisar na história
seu início e término.
Início súbito de palpitações é sugestivo de taquiarritmia.
A supressão dos sintomas da arritmia após a manobra de Valsalva é
sugestiva de origem supraventricular.
Pesquisar doença cardíaca estrutural (isquêmica, valvular, hipertensão
arterial), história de cardiopatia familiar ou congênita (cardiomiopatia
hipertrófica e QT longo).
Uso de medicações e história de doenças endócrinas (doença de
tireóide) deve ser avaliado.
Procurar sinais de instabilidade relacionados a arritmia: dor torácica,
dispnéia, alteração do nível de consciência e choque.
A fibrilação atrial é a única arritmia comum na qual a frequência
ventricular é rápida e o ritmo muito irregular. A frequência atrial está
entre 400-600 min e a ventricular entre 80-180 min. O déficit de pulso é
comum na FA, a frequência de pulso é menor que a frequência cardíaca
(não ocorre o enchimento do ventrículo antes do batimento). A dispnéia,
de início recente, associada ou não a esforços, precedido de palpitações
costuma ser o quadro clínico mais frequente.
d. ALGORITMOS DE TAQUICARDIA
51. SÍNCOPE
b. ALGORITMO DE SÍNCOPE
c. QUADRO CLÍNICO
A história e exame físico são as principais ferramentas para identificar
as causas da síncope.
Sugerem síncope neuro cardiogênica: sudorese, náusea, rubor facial e
emoções ou situação particular agindo como fatores desencadeantes.
Pródromo sensorial, incontinência ou redução do nível de consciência
com melhora gradual, sugerem crise convulsiva como causa do quadro.
Os exames de laboratório são geralmente de pouca ajuda, exceto pela
glicemia.
d. CONDUTA
Realizar medidas de suporte básico de vida caso necessário.
Manter o paciente em observação.
Avaliar a vítima através de exame físico cuidadoso, aferição ortostática
dos sinais vitais e de manobras como Valsalva e “squatting”.
Efetuar ECG de 12 derivações (anormal em 50% dos casos), mas dá
o diagnóstico em cerca de 5% dos casos.
Solicitar internação de pacientes apresentando: doença cardíaca conhecida,
idade superior a 65 anos, achados neurológicos focais, ECG anormal
(insuficiência coronariana aguda, distúrbios do ritmo) e sinais vitais instáveis.
Parte II – P R O T O C O L O S D E D O E N Ç A S C A R D I O V A S C U L A R E S [137]
52. ATAQUE VASCULAR CEREBRAL
a. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS DE AVALIAÇÃO
Em 75% dos casos deve-se a trombose ou embolia cerebral.
Estão relacionados a doença aterosclerótica e a problemas cardíacos.
É a 3ª causa de óbito em países desenvolvidos e a principal causa de
déficit neurológico crônico. No Estado do Rio de Janeiro, é a principal causa
de mortalidade, segundo o DATASUS.
d. CONDUTA
Verificar nível de consciência.
[138] protocolos das u nidades de pronto atendimento 2 4 h oras
Hipotensão
arterial, náusea
e vômitos. Em
transportes
prolongados
Furosemida (2 Diurético de Edema Agudo 40 mg por via
podem ocorrer
ml = 20 mg) ação rápida. de Pulmão. intravenosa.
desidratação
e hipocalemia
com arritmias
cardíacas
associadas.
Vasodilatador
arteriolar e
dos vasos de Dor torácica típica ou 5 mg por via
Cefaléia e
capacitância. atípica em presença sublingual
hipotensão
Reduz o de tensão arterial que pode ser
arterial,
Nitratos consumo normal ou elevada; repetido, caso
por vezes
miocárdico presença de edema necessário em
acompanhada
de oxigênio e agudo de pulmão (de intervalos de
de bradicardia.
aumenta o fluxo etiologia hipertensiva). 5 minutos.
sanguíneo para
o coração.
Raramente
empregado em
atendimento pré-
hospitalar primário.
Vasodilatador Dose inicial Diluente: 250
Medicamento de
arteriolar e de 5 a 10 µg/ ml de solução
escolha no transporte
dos vasos de min em infusão glicosada
interhospitalar da Cefaléia e
capacitância. venosa contínua, ou isotônica.
dor torácica típica hipotensão
Reduz o titulando até Frasco de
Nitroglicerina (5 em presença de arterial,
consumo o máximo de nitroglicerina
ml = 25 mg) hipertensão arterial. por vezes
miocárdico 200 µg/min. contém 50 mg.
Observações: não é acompanhada
de oxigênio e se necessário Concentração
tão eficaz quanto o de bradicardia.
aumenta o fluxo aumentar a dose 50 mg/250 ml =
nitroprussiato de sódio
sanguíneo para em 10 µg a cada 200 µg/ml (10
em pacientes com
o coração. 15 minutos. µg/min = 3 ml/h).
hipertensão arterial
grave. Monitorar
a tensão arterial
continuamente.
Transportes
inter-hospitalares
de pacientes
Dose inicial
apresentando
de 0,5 µg/kg/
dissecção aórtica
min que pode
Atua dilatando (associado a
ser aumentada
diretamente beta bloqueador),
até o máximo
os vasos encefalopatia
de 10 µg/kg/ Hipotensão
sanguíneos hipertensiva, acidente Diluente: 250
min. O aumento arterial
arteriais e vascular encefálico ml de solução
de dose deve principalmente.
venosos. Reduz e insuficiência glicosada a 5%.
ser efetuado Não costumam
Nitroprussiato rapidamente a ventricular esquerda. O frasco de
gradualmente ocorrer
de sódio (Frasco tensão arterial. Observações: nitroprussiato
a cada 5 problemas
= 50 mg) Fácil de titular, raramente empregado contém 50 mg.
minutos com relacionados a
seu efeito no ambiente pré- Concentração:
monitorização toxicidade nas
desaparece hospitalar, devido 50 mg/250 ml
contínua da primeiras horas
poucos a necessidade de = 200 µg/ml.
tensão arterial, do tratamento.
minutos após infusão contínua e
que deve
a suspensão de ser preparado
ser efetuada
da infusão. imediatamente antes
preferencialmente
da utilização. Depende
por método
de bomba infusora
invasivo.
e de aparelhagem
para monitorar a
pressão arterial.
Parte II – P R O T O C O L O S D E D O E N Ç A S C A R D I O V A S C U L A R E S [141]
c. CONDUTA
Indicar a intervenção pré-hospitalar imediata em emergências
hipertensivas associadas à insuficiência ventricular esquerda, insuficiência
coronariana aguda, eclâmpsia e suspeita de dissecção aórtica.
Empregar nas emergências sempre um agente titulável e de ação curta
como o nitroprussiato de sódio ou a nitroglicerina venosa, mantendo
sempre a pressão arterial monitorizada.
Manter a PAM entre 100 e 110 mmHg, pois em níveis pressóricos
considerados “normais” alguns pacientes podem apresentar isquemia
miocárdica ou do sistema nervoso central.
b. QUADRO CLÍNICO
Dispnéia severa, escarro espumoso esbranquiçado ou róseo.
Taquipnéia, taquicardia, estertores pulmonares, 3ª bulha ou 4ª bulha.
Associação com arritmias cardíacas, especialmente fibrilação atrial.
Hipertensão arterial é frequente.
História de dispnéia aos esforços e ortopnéia.
c. condutA
Elevar a cabeceira a quarenta e cinco graus.
Administrar oxigênio suplementar sob máscara com fluxo de dez a
quinze litros por minuto.
Abrir vias aéreas de paciente inconsciente com manobra manual.
Assistir ventilação de pacientes inconscientes com bolsa e máscara,
utilizando oxigênio suplementar.
Intubar pacientes com nível de consciência deprimido e assistir a
ventilação.
Parte II – P R O T O C O L O S D E D O E N Ç A S C A R D I O V A S C U L A R E S [147]
Êmbolos pequenos obstruem só uma pequena parte da árvore vascular
pulmonar causando atelectasia e desequilíbrio V/Q com hipoxemia.
Pode haver ou não infarto pulmonar associado a embolia.
A embolização maciça de 60% da árvore pulmonar causa hipertensão
pulmonar aguda, sobrecarga de VD, hipotensão sistêmica e choque.
b. QUADRO CLÍNICO
Início súbito de: tosse, dispnéia, ansiedade e dor torácica em várias
combinações.
Hemoptise e síncope podem ocorrer.
A taquicardia e a taquipnéia são achados comuns.
A radiografia de tórax é anormal na maioria dos casos de infarto
pulmonar, mas os achados são inespecíficos. Podem surgir: atelectasias,
derrames pleurais e infiltrados pulmonares.
O ECG é geralmente anormal mostrando taquicardia ou alterações
difusas de ST-T. O padrão de sobrecarga de VD é mais específico, mas é
incomum, a presença de S1/Q3/T3.
Gasometria arterial mostra na maior parte dos casos hipoxemia com
PaO2 < que 80 mmHg.
Os níveis séricos de D Dímero, que é um produto de degradação da
fibrina dosado pelo método ELISA tem 95% de sensibilidade para formação
de trombo. Se o teste for negativo evita a realização de exames mais
invasivos (angiografia).
Os exames mais específicos são disponíveis apenas no hospital, a
cintilografia ventilação perfusão, tomografia helicoidal com contraste,
ultra-som com doppler e angiografia pulmonar.
§ A pontuação maior que 4 pontos sugere uma elevada probabilidade de embolia pulmonar.
[148] protocolos das u nidades de pronto atendimento 2 4 h oras
c. CONDUTA
Administrar oxigênio suplementar 10 a 15 litros por minuto sob
máscara.
Monitorar ECG e oximetria de pulso.
Obter acesso venoso periférico com cateter curto e calibroso.
Identificar se existe alta probabilidade de embolia pulmonar.
Colher sangue para gasometria arterial, dosagem de D Dímero,
hemograma, TAP, PTT, função renal, eletrólitos e glicemia.
Intubar caso haja hipoxemia refratária, hipercapnia com queda do nível
de consciência (Glasgow ≤8).
Estabilizar hemodinâmica com volume ou infusão contínua de aminas
caso a hipotensão seja refratária a volume.
Efetuar radiografia de tórax e ECG de 12 derivações.
Encaminhar pacientes apresentando hipotensão ou choque pós-embolia
pulmonar para trombólise.
Iniciar terapêutica anticoagulante com heparina não fracionada na
dose inicial de 80 UI/kg IV seguida por infusão de 18 UI/kg/h, ajustando
pelo PTT.
Transferir o paciente para hospital de referência com UTI.
a. CONDUTA
Administrar oxigênio suplementar sob máscara com fluxo de 10 a 15
litros por minuto.
Obter acesso venoso periférico em extremidade superior com cateter
calibroso.
Monitorar eletrocardiograma e oximetria de pulso.
Fazer ECG de 12 derivações e dosagem de troponina sérica.
Adaptar o monitor de pressão arterial não invasiva programando-o
para verificar a tensão arterial a cada cinco minutos.
Administrar:
AAS 200 mg por via oral caso não haja contra-indicação.
Dinitrato de isosorbitol 5 mg por via sublingual, repetindo se
necessário a cada cinco minutos até três vezes.
Sulfato de morfina 3 a 5 mg por via intravenosa, repetindo se
necessário até a dose máxima de 10 mg em casos refratários ao
nitrato.
Considerar o uso de metoprolol na dose de 5 mg IV a cada cinco
minutos até o máximo de 15 mg caso a frequência cardíaca seja superior
a 100 bpm, e não exista contra-indicação.
Iniciar infusão contínua de nitroglicerina IV 10 a 20 µg/min.
Manter o ritmo cardíaco, oximetria e PNI continuamente
monitorizados.
Transferir assim que possível para unidade de cuidados intensivos.
a. QUADRO CLÍNICO
Pré-eclâmpsia: pressão arterial acima de 140/90 mmHg ou elevação
da pressão sistólica de 30 mmHg ou da diastólica 15 mmHg acima dos
níveis basais. A paciente apresenta edema mais pronunciado na face e nas
mãos, acompanhado por queixas de cefaléia, embaçar visual, vômitos e
dor epigástrica.
[144] protocolos das u nidades de pronto atendimento 2 4 h oras
b. CONDUTA
Acalmar pacientes lúcidas.
Manter o ambiente tranquilo, pois ruídos e movimentação podem
precipitar uma convulsão.
Posicionar a paciente em decúbito lateral esquerdo.
Administrar oxigênio sob máscara 10 a 15 litros por minuto.
Adotar inicialmente medidas básicas de permeabilização seguida da
intubação orotraqueal, caso a paciente esteja inconsciente (Glasgow ≤8)
ou com depressão dos reflexos de proteção de vias aéreas.
Monitorar oximetria de pulso, eletrocardiograma e tensão arterial por
método não invasivo.
Obter acesso venoso periférico.
Administrar diazepam 0,1 a 0,2 mg/kg por via intravenosa em paciente
apresentando convulsões.
Considerar a utilização do sulfato de magnésio na dose de 4 g não
excedendo 1 g / minuto.
Utilizar cuidadosamente medicamentos anti-hipertensivos no pré-
hospitalar.
a. CONSIDERAÇÕES GERAIS
A laceração da aorta permite que o sangue alcance a camada média
dessa artéria e a separe de sua adventícia.
Não é uma condição incomum.
A mortalidade é elevada nas primeiras horas de evolução.
As dissecções envolvendo a aorta torácica constituem indicação
cirúrgica de emergência.
b. QUADRO CLÍNICO
Apresentação súbita de dor muito intensa localizada geralmente no
tórax anterior podendo se irradiar para o pescoço e região interescapular
ou abdome.
Parte II – P R O T O C O L O S D E D O E N Ç A S C A R D I O V A S C U L A R E S [145]
Dependendo do local de dissecção podem ocorrer: AVE, infarto
agudo do miocárdio, síncope, tamponamento cardíaco, paralisias ou
paraplegias, insuficiência aórtica aguda, hemotórax, isquemia visceral e
de extremidades.
Pesquisar no exame físico: assimetria de pulsos, diferença de pressão arterial
nos membros superiores, turgência de jugulares e atrito pericárdico, sopro de
regurgitação aórtica, sinais de derrame pleural e déficit neurológico.
Diagnóstico diferencial com IAM, angina instável, AVE e abdome
agudo. Geralmente é impossível no ambiente pré-hospitalar.
O diagnóstico de certeza é hospitalar através de TC e ecocardiograma
bidimensional.
c. CONDUTA
Administrar oxigênio suplementar sob máscara 10 a 15 litros por
minuto.
Obter dois acessos venosos periféricos calibrosos.
Efetuar analgesia com sulfato de morfina 2 a 4 mg por via intravenosa,
repetindo se necessário até a dose máxima de 10 mg.
Evitar a administração de nitratos e outros medicamentos vasodilatadores
que produzam taquicardia.
Monitorar oximetria de pulso, eletrocardiograma e PNI.
Ficar atento ao desenvolvimento de hipotensão arterial durante o
atendimento. A rotura do aneurisma pode causar hemorragia interna para
cavidade pleural, pericárdica ou retroperitôneo.
Fazer radiografia de tórax no leito.
Transportar rapidamente a hospital de referência com cirurgia cardíaca
e/ou vascular.
Administrar nitroprussiato de sódio IV em infusão contínua 0,5 a 10 µg/
kg/min associado a beta bloqueador venoso (esmolol é o medicamento de
escolha).
Manter a PAM em 70 a 80 mmHg.
b. QUADRO CLÍNICO
Tosse noturna ou dispnéia, ortopnéia, dispnéia aos esforços e edema
de membros inferiores.
A presença de dispnéia em repouso ou com esforços mínimos indica
um quadro grave.
Cardiomegalia é um achado frequente.
Estertores pulmonares, derrame pleural e terceira bulha.
Radiografia de tórax mostra cardiomegalia e congestão pulmonar.
ECG geralmente está alterado, mas não existem achados típicos.
c. CONDUTA
Orientar o paciente a seguir dieta hipossódica.
Prescrever diurético tiazídico VO caso não haja insuficiência renal.
Considerar o uso de captopril VO.
Colher sangue para hemograma, eletrólitos, função renal e TAP.
Hospitalizar pacientes com quadros graves, sintomas de início recente
e doenças de base.
Referir os demais para revisão ambulatorial em no máximo sete dias.
b. QUADRO CLÍNICO
Início súbito de: tosse, dispnéia, ansiedade e dor torácica em várias
combinações.
Hemoptise e síncope podem ocorrer.
A taquicardia e a taquipnéia são achados comuns.
A radiografia de tórax é anormal na maioria dos casos de infarto
pulmonar, mas os achados são inespecíficos. Podem surgir: atelectasias,
derrames pleurais e infiltrados pulmonares.
O ECG é geralmente anormal mostrando taquicardia ou alterações
difusas de ST-T. O padrão de sobrecarga de VD é mais específico, mas é
incomum, a presença de S1/Q3/T3.
Gasometria arterial mostra na maior parte dos casos hipoxemia com
PaO2 < que 80 mmHg.
Os níveis séricos de D Dímero, que é um produto de degradação da
fibrina dosado pelo método ELISA tem 95% de sensibilidade para formação
de trombo. Se o teste for negativo evita a realização de exames mais
invasivos (angiografia).
Os exames mais específicos são disponíveis apenas no hospital, a
cintilografia ventilação perfusão, tomografia helicoidal com contraste,
ultra-som com doppler e angiografia pulmonar.
§ A pontuação maior que 4 pontos sugere uma elevada probabilidade de embolia pulmonar.
[148] protocolos das u nidades de pronto atendimento 2 4 h oras
c. CONDUTA
Administrar oxigênio suplementar 10 a 15 litros por minuto sob
máscara.
Monitorar ECG e oximetria de pulso.
Obter acesso venoso periférico com cateter curto e calibroso.
Identificar se existe alta probabilidade de embolia pulmonar.
Colher sangue para gasometria arterial, dosagem de D Dímero,
hemograma, TAP, PTT, função renal, eletrólitos e glicemia.
Intubar caso haja hipoxemia refratária, hipercapnia com queda do nível
de consciência (Glasgow ≤8).
Estabilizar hemodinâmica com volume ou infusão contínua de aminas
caso a hipotensão seja refratária a volume.
Efetuar radiografia de tórax e ECG de 12 derivações.
Encaminhar pacientes apresentando hipotensão ou choque pós-embolia
pulmonar para trombólise.
Iniciar terapêutica anticoagulante com heparina não fracionada na
dose inicial de 80 UI/kg IV seguida por infusão de 18 UI/kg/h, ajustando
pelo PTT.
Transferir o paciente para hospital de referência com UTI.
a. CONSIDERAÇÕES GERAIS
A maioria dos aneurismas é assintomática e é detectada em exames
de rotina.
Cerca de 90% dos aneurismas de aorta são infra-renais.
É uma condição comum que pode estar presente em 5% dos homens
acima dos 65 anos de idade.
A ruptura do aneurisma é um quadro muito grave associada a 90%
de óbito, antes da chegada ao hospital.
A ruptura do aneurisma pode causar hemorragia interna para cavidade
abdominal ou retroperitôneo.
b. QUADRO CLÍNICO
A ruptura do aneurisma é sugerida por quadro de dor súbita muito
intensa no dorso, abdome ou flanco e hipotensão.
Dor abdominal ou no dorso na presença de pulsação aórtica
proeminente pode indicar expansão rápida do aneurisma.
Embolias periféricas podem ser causadas por aneurismas de aorta.
A radiografia de abdome pode indicar a presença do aneurisma.
c. CONDUTA
Administrar oxigênio suplementar sob máscara 10 a 15 litros por minuto.
Obter dois acessos venosos periféricos calibrosos.
Efetuar reposição com cristalóide IV em bolo de modo a manter a
perfusão.
Obter hemograma, função renal, eletrólitos e ECG de 12 derivações.
Efetuar analgesia com sulfato de morfina 2 a 4 mg por via intravenosa,
repetindo se necessário até a dose máxima de 10 mg.
Monitorar oximetria de pulso, eletrocardiograma e PNI.
Ficar atento ao desenvolvimento de hipotensão arterial durante o
atendimento.
Manter a PAM em 70 a 80 mmHg.
Manter o ritmo cardíaco, oximetria e PNI continuamente monitorizados.
[150] protocolos das u nidades de pronto atendimento 2 4 h oras
61. PERICARDITE
b. QUADRO CLÍNICO
Dor torácica pleurítica e postural, que é aliviada quando o paciente
se senta.
A dor é subesternal podendo irradiar-se para pescoço, epigástrio, dorso
ou ombros.
Pode haver um atrito pericárdico.
Febre e leucocitose podem estar presentes.
O ECG mostra alterações difusas de ST e T, que apresentam uma
Parte II – P R O T O C O L O S D E D O E N Ç A S C A R D I O V A S C U L A R E S [151]
progressão característica que começam com elevação do ST, seguida por
retorno a linha de base e inversão de T. Pode haver evidência de injúria
atrial com depressão de PR.
A radiografia de tórax é normal, mas pode mostrar aumento da área
cardíaca se houver derrame pericárdico.
A apresentação da pericardite tuberculosa tende a ser subaguda, com
sintomas não específicos como febre, perda de peso e fadiga.
A pericardite urêmica pode ter ou não sintomas e o paciente não
apresenta febre.
Os pacientes com pericardite neoplásica geralmente apresentam
sinais e sintomas decorrentes do comprometimento hemodinâmico
(tamponamento) ou da doença de base.
c. CONDUTA
Avaliar a hemodinâmica procedendo com medidas de estabilização
caso necessário.
Solicitar ECG de 12 derivações, hemograma, função renal, troponina
e coagulação.
Utilizar medicações analgésicas caso necessário.
Encaminhar o paciente para atendimento em unidade hospitalar de
referência.
Diagnóstico diferencial de dor torácica
ATAQUES CARACTE- ACHADOS
CAUSA LOCAL INÍCIO DURAÇÃO SINAIS OUTROS
PRÉVIOS RÍSTICA ASSOCIADOS
Retroesternal,
irradiando ECG normal
Geralmente
Angina para os Constritiva Estresse entre ataques
Sim 2 a 10 minutos Dispnéia, nenhum.
estável braços, dorso, Dor surda Exercício vertigem Alívio com
pescoço ou B4 algumas vezes nitroglicerina
epigástrio
Retroesternal,
irradiando Não há Náuseas,
Constritiva, ECG pode ser CK, troponina
Infarto Agudo Às vezes para os necessidade >30 minutos vômitos,
braços, dorso, piora com diagnóstico elevados - Necessita
do Miocárdio de fator diaforese,
o tempo ou normal de curva
pescoço ou precipitante dispnéia
epigástrio
Dispnéia Comum em
Prolapso Clique ou sopro mulheres jovens
Sim Variável Variável Variável Horas Às vezes
mitral meso sistólico
síncope ECO é diagnóstico
Endoscopia mostra
Esofagite Sintomas
Retroesternal Varia com a alterações
Espasmo Geralmente Gradual Variável gastro- Nenhum
ou epigástrica alimentação Alivia com antiácidos
esofageano intestinais
e beta bloqueadores
Hipoxemia e
hipocapnia
Radiografia Diagnóstico
Dispnéia, tosse, alterada, mas com Tomografia
Embolia Tipo Minutos a taquipnéia
Possível Tórax lateral Súbito inespecífica ECG computadorizada,
pulmonar pleurítica horas e às vezes mostra taquicardia cintigrafia ou
hemoptise sinusal Às vezes ressonância
sobrecarga de VD
D-dímero elevado
Músculo
esquelética
Junção Variável.
(Síndrome Piora com a
costocondral, Tipo Posição Sem alterações na
de Tietze, Às vezes Gradual Piora com palpação dos
retroesternal pleurítica antálgica radiografia ou ECG
estiramento, movimentação locais afetados
e lateral
fratura de
arco costal)