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Em 2016, 50% das ações da Veracel pertenciam à empresa Fibria e os outros 50% à Storaenso. A primeira,
brasileira (maior produtora mundial de celulose de eucalipto) e a segunda, finlandesa/sueca ( maior produtora
mundial de papel e cartão além de trabalhar com mercado de “soluções” renováveis em empacotamento,
biomateriais, construções que utilizam madeira, etc.) têm uma relação do tipo join operation na qual dividem
igualmente custos e lucros que no caso uma produz a celulose e a outra, o papel.
Fonte:Relatório de Sustentabilidade 2017 - Veracel.
A fábrica da Veracel onde se concentram as operações industriais está entre
Eunápolis e Belmonte, ocupando uma área total de 1.200.000 m². A empresa também
construiu o Terminal Marítimo de Barcaças (TMB) que está localizado no município de
Belmonte. Possui um armazém de celulose com capacidade para 14 mil toneladas, edificações
de apoio e todo o sistema de atracação e espera para as barcaças.
As propriedades da Veracel mantêm a relação de um hectare de área destinado ao
plantio de eucalipto para um hectare dedicado à preservação e conservação ambiental. Além
disso, uma das condicionantes de licença da Veracel estipula que o plantio de eucalipto não
deve exceder 15% da base territorial dos municípios litorâneos, guardando uma faixa de
distância mínima de dez quilômetros do mar, uma vez que essa é uma área com determinadas
características ambientais, históricas e culturais com vocação para a preservação, turismo e
lazer (imagine se não fosse?!). Já nos municípios do interior podemos dedicar até 20% da área
total do município ao plantio de eucalipto.
A última expansão da Veracel ocorreu em 2012 quando o INEMA concedeu
lincença prévia para aumentar em 93.000 há a área plantada com capacidade de produção de
1.500.000 tsa/ano. Apesar da licença estabelecer condicionantes de implementação de tal
expansão, durante as audiências públicas realizadas no ano de 2011 houve protestos de
ambientalistas e movimentos sociais ligados ao MST. Os manifestantes alertam para os efeitos
devastadores do plantio de eucalipto sobre o meio ambiente e geração de empregos,
prejudicando, também, o desenvolvimento da agricultura familiar nas localidades onde ocorre
o plantio. Ao que parece, as reivindicação tiveram de ser silenciadas ou no mínimo
relativizadas.
Os impactos socioambientais gerados direta e indiretamente pela atividade de
exploração da Veracel são: a supressão da Mata Atlântica (a RPPN serve meramente como
“compensação” frente à quantidade do que já foi suprimido), esgotamento dos recursos
hídricos, perda da biodiversidade, concentração das terras em propriedade da empresa,
influência econômica no poder político do extremo sul da Bahia.
Garoto
A Garoto é uma empresa brasileira do ramo alimentício, sediada na cidade de Vila
Velha, estado do Espírito Santo, mais especificamente no bairro da Glória. É uma das dez
maiores fabricantes de chocolates do mundo, sendo a maior da América Latina. A empresa
conta hoje com um portfólio de aproximadamente 70 produtos, e é a segunda marca mais
vendida de chocolates no país, com 22,8% do mercado em 2014.
A empresa Chocolates Garoto foi fundada em 16 de agosto de 1929, pelo o
imigrante alemão Heinrich Meyerfreund, com o nome de fábrica de balas H. Meyerfreund &
Cia., em um galpão localizado na Prainha, bairro tradicional de Vila Velha. A empresa foi
batizada pelos próprios consumidores com o nome Garoto: os primeiros produtos eram
vendidos por meninos nos pontos de bonde em Vila Velha. Rapidamente os consumidores
passaram a procuras pelas balas dos "Garotos".
Durante os anos de 1970 e 1980, a Garoto ampliou e modernizou suas instalações
industriais e seus processos produtivos, adotou novas políticas comerciais e marcou presença
em todo o mercado nacional (expansão nos moldes liberais, isto é, redução de custos mediante
medidas internas e incentivos fiscais por parte do Estado).
Essas iniciativas deram sustentação a um crescimento ainda mais acentuado da Garoto, na
passagem para os anos de 1990. Investindo continuamente em tecnologia, nesse período
foram lançados novos produtos e consolidada a estrutura comercial da Garoto. Em 1989, foi
inaugurado um moderno Centro de Distribuição em São Paulo, para atender os estados de São
Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Em 1997, foi concluída a montagem do então
mais moderno armazém vertical do país, o Centro de Distribuição do Espírito Santo.
Em meio às sucessivas crises internas entre os sócios desde o fim dos anos 90, a
empresa anunciou a venda para a multinacional suíça Nestlé S.A. no início de 2002. O
processo de aquisição perdurou a cerca de quinze anos, até o Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (CADE) em 2016 elaborar algumas orientações para aceitar o negócio
(60% do mercado nacional do ramo), por acreditar-se tratar de intensa de concentração de
mercado e por isso colocar em risco a livre concorrência. Ao mesmo tempo, o aumento do
poder de compra da Classe C e as novas marcas no mercado podem limitar o poder de
absorção do consumo.
2 Parque Botânico:
a) Levantar o histórico do Parque, objetivos e importância para a comunidade local;
Inaugurado em maio de 2004, o Parque Botânico Vale fica no Complexo
Industrial do Porto de Tubarão, em Vitória/ES. Distante 12 quilômetros do centro da cidade, o
Parque está localizado dentro do Cinturão Verde da Vale e revela o processo de restauração
florestal e preservação da Mata Atlântica. Com 33 hectares de área verde, o Parque Botânico
se configura como um espaço de lazer e, principalmente, uma unidade de conservação da
Mata Atlântica. A ideia aqui é semelhante à RPPN da Veracel – espécie de “compensação” dos
impactos ambientais e “amortecimento” da opinião pública acerca do tema.
Quem visita o local tem a oportunidade de conhecer o primeiro Jardim Sensorial
permanente do Espírito Santo, estrutura que tem capaz de estimular os cinco sentidos e
promover uma forma diferenciada de interação com a natureza. Seu objetivo é proporcionar
um verdadeiro encontro com o meio ambiente e a descoberta de sensações. Para poder atender
o público em geral, os orientadores do Parque Botânico Vale também receberam treinamento
em libras, a linguagem dos sinais utilizada por pessoas com deficiência auditiva.
Mais de 140 espécies de árvores, tais como pau-brasil, jacarandá e ipê, além de
animais silvestres, como caticocos, gambás, saguis e várias espécies de aves podem ser vistas
em cinco trilhas ecológicas. Também é possível agendar uma visita guiada de ônibus às
instalações da Vale, em Tubarão.
O parque conta também com o Vagão do Conhecimento, biblioteca com
capacidade para 3.500 exemplares, montada em um vagão de trem, e com acervo de
audiolivros, voltado para deficientes visuais. O único orquidário da Grande Vitória aberto à
comunidade também está instalado neste parque. O espaço conta hoje com mais de 350 mudas
divididas em 113 espécies.
Mensalmente, é ofertada aos visitantes uma programação diversificada que busca
atingir todos os públicos, baseada nos pilares da Cultura, Educação, Saúde e Entretenimento.
b) Pesquisar sobre “o uso econômico da natureza: os elementos naturais como mercadoria;”
Após a primeira onda de preocupação com o meio ambiente e a capacidade
danosa das ações humanas sobre a natureza nos anos 70 e 80, o debate acerca da “economia
da natureza” vem no bojo de temas que se propõe a racionalizar o consumo e exploração dos
recursos naturais bem como a mitigação dos impactos antrópicos nos ecossistemas.
Os serviços ambientais ou ecossistêmicos (do inglês, ecosystem services), são uma
forma de quantificar, em valores monetários, os “serviços” que a natureza oferece aos seres
humanos, como os recursos hídricos, biodiversidade, banco genético, energia elétrica,
fotossíntese, etc. Nem todos os recursos naturais são passíveis de ter um valor econômico
estabelecido (pelo menos com a tecnologia atual).
A tarefa de valorar os recursos naturais é complexa e envolve grandes dificuldades
como os riscos de atribuir preços a esses bens ambientais são elevados e impossíveis, pois
requer que se arbitrem valores no presente e com dados imprecisos e incompletos os
interesses das futuras gerações, atendendo ao princípio constitucional do art. 225 da CF/88 –
“todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida (...)”.
Embora o uso de recursos ambientais não tenha seu preço reconhecido no
mercado, seu valor econômico existe na medida em que seu uso altera o nível de produção e
consumo (bem-estar) da sociedade. O resultado é um padrão de apropriação do capital natural
onde os benefícios são providos para alguns usuários de recursos ambientais sem que estes
compensem os custos incorridos por usuários excluídos. Além disso, as gerações futuras serão
deixadas com um estoque de capital natural resultante das decisões das gerações atuais,
arcando os custos que estas decisões podem implicar.
A intervenção governamental é fundamental na contenção ou mitigação das
externalidades provenientes das falhas da cadeia produtiva e do uso dos recursos naturais,
alguns instrumentos como, a determinação dos direitos de propriedade, o uso de normas ou
padrões, os instrumentos econômicos, as compensações monetárias por danos, são alguns
deles.
e) Convento da Penha:
Num penhasco – de 154 metros de altitude e localização privilegiada a 500 metros
do mar – que ostenta no seu entorno imponente fragmento da mata atlântica, está edificado o
Santuário de Nossa Senhora da Penha, fundado por Frei Pedro Palácios, que aqui chegou em
1558, trazendo consigo o Painel de Nossa Senhora das Alegrias.
No interior do Convento, o espaço mais expressivo é o da Igreja com sua preciosa
Capela-Mor. O interior da igreja é revestido, parcialmente com madeira em cedro, entalhada
com motivos fitomorfos, executada pelo escultor português José Fernandes Pereira, nos anos
de 1874 a 1879, inclusive o assoalho com trabalho de marchetaria que no ano de 1980 foi
reformado.
Este santuário testemunha, desde os primórdios do povoamento da terra capixaba,
a trajetória histórica evangelizadora dos religiosos da Ordem dos Frades Menores da
Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil e, também, a devoção a Nossa
Senhora da Penha, padroeira do Estado do Espírito Santo, que ultrapassa as barreiras do
Estado, pois milhares de romeiros e devotos chegam ao Santuário para visita-lo, render graças
e apresentar suas homenagens e pedidos.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
CARVALHO, Sonia A. de; ADOLFO, Luiz Gonzaga Silva. O Valor Econômico dos Recursos
Naturais no Sistema de Mercado. Diponível em:
<https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rdp/article/viewFile/5613/3015>. Acesso em 20 out
2018.
ELICHER, Maria Jaqueline. Produção do espaço turístico. V.1, Rio de Janeiro: Fundação
CECIERJ, 2012.
G1. Porto de Tubarão faz 50 anos e é responsável por 13% do PIB do ES. Disponível em:
<http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2016/04/porto-de-tubarao-faz-50-anos-e-e-
responsavel-por-13-do-pib-do-es.html> Acesso em 20 ou 2018.
JOTA. Estudo do CADE mostra que Nestlé-Garoto não terá mesmo poder de mercado que
antes. Disponível em: <https://www.jota.info/tributos-e-empresas/concorrencia/fusao-nestle-
garoto-nao-ameaca-tanto-mais-mercados-de-chocolates-e-coberturas-01062016>. Acesso em
20 out 2018.
MOTTA, Ronaldo Seroa da. Manual para Valoração Econômica de Recursos Ambientais.
IPEA/MMA/PNUD/CNPq. 1997. Disponível em:
<http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/manual-para-valoracao-economica-de-
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SILVA. Carlos Henrique Costa da. O Turismo e a Produção do Espaço: Perfil Geográfico de
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2012.
STORA ENSO. About us. Disponível em: <https://www.storaenso.com/en/about-stora-enso>.
Acesso em 20 out 2018.