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UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E ARTES

De que modo o processo relacional do discurso-imagem


influência a percepção do produto final da Grande
Reportagem televisiva?
(O caso das Grandes Reportagens no programa “Linha da Frente” da RTP)

Joana Gonçalves, m8516

Projecto de Investigação
Orientado por: Marcos Palácios

Covilhã, 2018
“Existem dias em que o jornalismo registra fatos que, no futuro serão contados nos
livros - e serão guardados por gerações. Nesses dias, o que o jornalismo faz é escrever a
história.”
(No Jornal Nacional, Brasil, Fátima Bernardes, 05 novembro de 2008)

“The newspapers are making morning after morning the rough draft of history.”

(No jornal The State, South Carolina, 05


dezembro de 1905)

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Introdução ao Tema

Investigar afincadamente uma história: decifrá-la, aprofundá-la e analisá-la. Escrever,


riscar e voltar a reescrever. Gravar, apagar e regravar. Ordenar acontecimentos, criar
uma sequência orientadora e esclarecedora de imagens, de sons, de factos. Produzir uma
reportagem é na sua essência contar uma história. De alguém, de um acontecimento, do
mundo. Este género jornalístico serve-se das ferramentas necessárias para revelar a
realidade dos factos – é isto capaz de tornar conhecido, nacional ou mundialmente, um
acontecimento. É ter influência e, talvez, conseguir transformar realidades. Até mesmo
denunciar situações ilegais e desfavoráveis, numa das suas mais ínfimas finalidades. Há
quem diga que “uma imagem vale mais do que mil palavras”, mas será isso suficiente?
Chegar às pessoas através da transmissão de imagens, de entrevistas reais a pessoas
reais, é conseguir tocar o jornalismo na sua origem. Pensar no género jornalístico da
reportagem televisiva é dar destaque a todo e qualquer assunto que possa ser
aprofundado a um nível investigativo - que consiga, de alguma forma, fazer a diferença.
Todavia, para que este género jornalístico ganhe destaque no meio extensivo que é a
televisão é preciso ter-se em atenção detalhes técnicos que fazem toda a diferença.

Realizar uma reportagem televisiva não é uma tarefa fácil, muito menos uma tarefa
que seja de produção rápida. É um processo detalhado. Entender os passos para a
realização de uma reportagem televisiva é essencial para que se consiga produzir um
conteúdo significativo. Através do chamado interesse jornalístico é possível considerar-
se determinado tema relevante para investigação, mas é preciso mais do que isso para
cativar a atenção do público. É essencial que se trabalhe o argumento da reportagem e
que a realização da mesma siga sempre a mesma linha condutora, sem que se perca.
Mas como é que essa narrativa se define? É exatamente aqui que nasce a questão deste
projecto investigativo.

De que modo o processo relacional do discurso-imagem influência a percepção de


uma temática na Grande Reportagem televisiva?

Estado da Arte

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Num mundo tão tecnológico como este em que vivemos hoje existem possibilidades
que vão além daquilo que os nossos antepassados poderiam imaginar. Parte disso é
exposto, todos os dias, nos diversos estudos feitos sobre o Jornalismo que actualmente
abrange muito mais do que apenas o jornalismo impresso, como nos primórdios da
profissão. Nesse sentido, faz-se imprescindível, antes de proceder ao levantamento
bibliográfico da questão central deste projecto, identificar os trabalhos realizados no
âmbito da temática seleccionada.

“Também são reconhecidas por realizarem uma metodologia de


caráter inventariante e descritivo da produção acadêmica e
científica sobre o tema que busca investigar, à luz de categorias
e facetas que se caracterizam enquanto tais em cada trabalho e
no conjunto deles, sob os quais o fenômeno passa a ser
analisado.” (Ferreira, 2002 , p.258)

Entender a forma como a linguagem das Grandes Reportagens televisivas é


pensada é um dos pilares fundamentais da investigação deste projecto, na medida em
que se pretender entender a forma como a relação discurso-imagem influência a
percepção do leitor. No âmbito deste projecto, a Grande Reportagem entende-se como o
conteúdo jornalístico apresentado num contexto de um programa “Linha da Frente” da
RTP, que é apresentado fora do âmbito de jornais nacionais e tem longa duração,
podendo estar dividida em partes, se assim a estação televisiva o definir. Este género
jornalístico apresenta geralmente uma linguagem narrativa mais livre do que os outros
géneros jornalísticos, podendo ser um pouco subjectiva no sentido de tornar possível
que através da narração de factos o publico se transporte para o local. É de caractér
longo e trata de assuntos que geralmente não são noticiados no telejornal por serem
demasiados extensivos e complexos, necessitando demais tempo do que aquele que é
dado a peças televisivas. Ainda assim, a Grande Reportagem televisiva tem várias
características que vão ao encontro das reportagens. Nesse sentido, na mesma linha de
trabalho, a autora Patrícia Thomaz escreveu um artigo, intitulado “A linguagem
experimental da vídeoreportagem” que aborda o entendimento da produção de uma
narrativa televisiva num contexto semiótico.

“A investigação foi amparada pela ciência que se dedica a


estudar a produção de sentido e que tem nas linguagens seu
objeto privilegiado de análise: a semiótica. A atenção aos fatores
simbólicos que, muitas vezes, estão além das aparências será

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fundamental para a compreensão dessa linguagem.” (Thomaz,
2006)

Esta análise semiótica é fundamental, uma vez que a selecção dos planos (o
enquadramento de uma Grande Reportagem) é feito no sentido de guiar o leitor por
determinado argumento. Editar um conjunto de vivos e uni-los a uma voz-off é pensar
num determinado ângulo para uma temática específica e delinear uma estratégia que vá
fazer os leitores influenciarem-se para a entenderem dessa determinada forma. Os
autores Canelas, Godinho e Abreu (2016) produziram um artigo “Um contributo para o
Ensino da Edição de Imagens de Conteúdos Noticiosos Televisivos”, onde abordam
exatamente essa questão da necessidade do jornalista televisivo de entender a mecânica
de trabalhar em televisão.

“As narrativas jornalísticas televisivas são compostas por cenas


e/ou sequências, resultantes da seleção e organização de planos.
Nesta perspetiva, os discentes devem compreender o que é um
plano e devem ter conhecimento de uma escala de planos e,
principalmente, da significação de cada um dos planos que
compõem esta escala, de maneira a que estes os possam utilizar
de um modo adequado.” (Rocha de Sousa, 1992; Sousa e Aroso,
2003; Antero, 2007; Oliveira, 2007; Simão e Fernandes, 2007;
Pato, 2012 apud Canelas, Abreu e Godinho, 2016)

É, ainda, pertinente abordar a questão da narrativa na Grande Reportagem televisiva,


de modo a entender o tipo de linguagem utilizada na redacção dos textos que fazem a
voz-off da mesma. Existem divergências naquele que é o entendimento do tipo de
linguagem a utilizar-se, existindo estudos que apoiam uma linguagem mais literária e
outros com opiniões contrárias. Júlio César Degl’iesposti (2009) contribuiu para este
estudo quando escreveu a sua dissertação de mestrado, intitulada “A grande-reportagem
na televisão brasileira: Um estudo do Globo Rural”. Neste trabalho, o autor abordou
aspectos inerentes a esta questão da linguagem da narrativa, como também apresentou
algumas mudanças no âmbito da grande-reportagem televisiva no seu país.

Assim, a questão que este projecto pretende analisar surge aqui com a pertinência de
mostrar a influência da relação discurso-imagem tem no entendimento da mesma pelo
leitor. Esta questão vai levar a que se percebam os mecanismos usados pelos jornalistas

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televisivos, assim como os enfoques pretendidos e as técnicas utilizadas na hora de
captar as imagens, assim como na edição da peça.

Revisão Teórica

Uma Grande Reportagem televisiva tem de esclarecer o público da melhor forma


possível. Como se produz uma reportagem num sistema mediático como o nosso? A
verdade é que ao pensar-se em reportagem televisiva, pensa-se também na prática,
simultânea, de som, imagem e texto, ainda que existam outras diversas variáveis a ter
em conta. Essas três são os pilares deste género de reportagem. Da articulação dessas
três ferramentas, arranja-se forma de transmitir a informação de forma clara. O som, a
imagem e o texto têm funções que são distintas e princípios que se regem pelas mais
variadas características. Segundo Fidalgo (s.d.), «enquanto as palavras designam (na
linguagem de Kant) conceitos, representações gerais, as imagens são de cariz intuitivo,
e, portanto, representações particulares.». Juntas, estas ferramentas, tornam possível a
tentativa de reprodução da realidade – mantêm viva a memória de determinado
acontecimento.

Esta ligação triádica do som, da imagem e do texto, resulta num processo ao qual se
chamada: relação discurso-imagem. Na verdade, a relação entre discurso-imagem é
complexa. Passa por processos de seleção que são escolhidos a dedo e que visam, de
alguma forma, causar impactos no telespectador. O início de toda a reportagem tem
origem na agenda. Há uma equipa que selecciona o tema e, já partindo desse
pressuposto, a grande reportagem avança com um objectivo, de acordo com a temática
seleccionada. Este trabalho de produção de uma Grande Reportagem é oriundo de
diversos processos e, consequentemente, de vários indivíduos envolvidos nesse mesmo
trabalho. São eles jornalistas e editores de imagem – os primeiros vão tratar do trabalho
de campo, os segundos de montar a reportagem. Para percebermos como funciona a
produção de um Grande Reportagem é preciso entender-se de que forma funciona a
relação do discurso-imagem.

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«O jornalista e o editor vão selecionar as melhores imagens de
acordo com o trabalho que queiram fazer, e fazer a sequência
que mais lhes agrade. Desta forma eles vão fazer com que as
pessoas acreditem no que (eles) “querem”, pois é a sequência
por eles montada que as pessoas vão ver e assimilar como
verdadeira e concreta.” (Sena, 2013)

“A narrativa sempre se mobilizou a partir da capacidade de as palavras estarem no


lugar das imagens. Não para as substituírem, mas para as apresentarem fantasticamente
na imaginação. Esse aparecer na imaginação não anulava, no entanto, o desejo de ver,
desejo de concretizar o tesouro de imagens por detrás da narrativa oral.” (Godinho,
2011, p.64). A voz e a imagem têm papeis distintos, mas que convergem. Se por um
lado, há quem considere a imagem como primária numa grande reportagem, há quem
por outro não o ache. As imagens dão ao leitor a sensação de continuidade, uma vez que
estão associadas ao que Godinho (2011) entende como “object a” de Lacan (1973). Este
“object a” refere-se aquilo que move o desejo, colocando-o em constante presença na
audiência.

É o desejo de querer ver mais, por não existir satisfação momentânea. Uma imagem
pede outra imagem que, por sua vez, vai voltar a pedir outra imagem. Apesar desta força
da imagem que surge essencialmente como uma componente de verificação –afinal, não
se pode gravar algo que não aconteceu, a voz representa no género da grande
reportagem um factor essencial ao seu entendimento.

De acordo com Godinho (2011, p.64 a p.70), a voz que narra uma reportagem pode
surgir em três formas: 1) o repórter a aparecer no enquadramento e a falar (o vivo); 2) o
repórter narra a reportagem, mas raramente ou nunca aparece na reportagem, embora se
conheça quem a narre; 3) reportagem narrada de forma neutra, sem aparecimento do
repórter na imagem. A estes três tipos de narrativa associa-se o “re-portar” que, nas
palavras de Godinho compõe-se “sobretudo, por um conjunto de princípios
fundamentais que visam proporcionar uma experiência do acontecimento através do
dispositivo da montagem possibilitado pelas “novas imagens” e, acrescento, pelos
“novos sons”. O “re-portar” activa uma ligação à realidade diferente do “noticiar”
(telejornal), do “interpretar” (comentário), do “opinar” (critica) e do “testemunhar”
(entrevista).”

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Estas formas de narrar uma história vão pesar naquela que é a percepção final de uma
Grande Reportagem. A influência que a presença (ou falta dela) do repórter nutre no
entendimento da narrativa final pode afectar a experiência que se quer “reproduzir”.

De acordo com o autor, no primeiro caso a voz que narra a reportagem é entendida
como “mestre-significante”. Esta “presença constante do narrador pode fazer com que a
energia narrativa se transfira das palavras e suas “imagens” para a imagem do narrador,
anulando o poder de transferência que estas activam”. Essa presença marcante do
narrador (do repórter, no caso) pode desviar as atenções do assunto que está tratado e
liga-lo inerentemente à voz (e pessoa) que narra, tirando a importância das imagens e
daquilo que se quer ter percepcionado. Com isto, não se quer dizer que não se deva
utilizar esta técnica, mas sim que é necessário ter em conta a forma como essa voz é
utilizada. Faz-se pertinente avaliar a força da presença daquele repórter, para que não
seja em excesso e não anule o “argumento” daquela reportagem.

No que diz respeito ao segundo caso, estamos perante aquilo que Godinho (2011)
chama de “discurso da universidade”. Quando o repórter dá voz a um discurso, mas
abstém-se de aparecer nas imagens cria uma espécie de “invisibilidade”. Aqui, corre-se
o risco de uma ambivalência de significados – uma vez que o espectador vai depender
do perfil do repórter que narra para avaliar a credibilidade da reportagem. Com isto
quer-se dizer que ao ocultar-se o repórter, vai estar-se a criar dúvida no telespectador, o
que pode comprometer o seu interesse na notícia. De acordo com Quevedo (2009, p.13),
“o Jornalismo deve ser pensado constantemente como uma atividade que envolve
responsabilidades que se atribui enquanto prática e que lhe atribuem (público, leitor,
telespectador) como produtor de notícias, informações verídicas”.

Por último, mas não menos importante, está a terceira forma de narrar uma
reportagem. A esta associa-se o conceito de “voz acusmática”, onde existe um locutor,
que não é o repórter, responsável pela voz que narra a história. Esta desassociação do
repórter à voz que narra vai influenciar a forma como o público vai encarar aquela
história. Afinal, quem narra? Godinho (2011) analisa esta questão, considerando que
esta “voz, à partida mascarada nas imagens, obtém no espectador o mesmo efeito que o
“enquadramento”, abre um fora de campo que o põe em movimento, buscando nas
imagens o “ausente” que parece escapar. A voz alia-se tão bem às imagens porque lhes
amplia o efeito de pulsão, ou seja é algo que mobiliza fortemente o espectador, pondo-o

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a procurar a “descustomização” numa figura visível que subjectivize a voz”. A
neutralidade da voz que dá nome aquela reportagem vai trazer ao público uma sensação
semelhante à que as imagens causam, como anteriormente foi referido. O público não
conhece, de todo, o estilo daquela voz, o que vai criar um factor surpresa na forma
como a reportagem será levada. Não será possível prever intervenções, nem entoações
de vozes, o que vai suscitar mais interesse.

“A Psicologia clássica dizia-nos que cada um dos nossos


sentidos era como um mundo, quase sem comunicação uns com
os outros. As relações entre eles seriam construídas pelo
pensamento e pela memória. Pelo contrário, para a Gestalt
(alternativa à chamada Psicologia clássica) nós percepcionamos
de uma maneira indivisa com a totalidade do nosso ser,
percepcionamos um conjunto, um todo, uma organização, e esta
percepção é a percepção natural. (Cf. Merleau-Ponty, 1945).
Embora a visão seja o orgão pelo qual obtemos a maior parte da
informação, isso não implica que os outros sentidos estão
adormecidos enquanto vemos. As imagens e sons dirigem-se
mais imediatamente aos sentidos da visão e audição. O tacto, o
paladar, e o cheiro são estimulados pela imagem e pelo som.”
(Manuela Penafria, s.d. , p. 1 & 2)

Neste sentido, torna-se essencial que se entenda que o papel da voz –off na relação
entre o espectador e o tema exposto na grande reportagem tudo tem a ver com a
produção de sentido adquirida pelo leitor em si. Tudo aquilo que é exposto na grande
reportagem, desde as imagens aos sons, à ambientação e ao enquadramento
seleccionado, vão transmitir uma sensação ao leitor que o estimula a produzir uma
determinada emoção ou opinião sobre o assunto retratado. Em casos de reportagens
sobre Guerra, por exemplo, muitas vezes o ângulo repassado retrata a violência que se
vivem em determinados países, o que vai passar ao leitor a sensação de empatia e de
solidariedade, fazendo-o experienciar sensações de compaixão que não existiriam caso
essa realidade não estivesse a ser tratada daquela determinada forma.

Entendido o papel da voz e da imagem neste que é o género da reportagem urge agora
a necessidade de se entender a ligação da imagem, da voz e do texto escrito, da relação
entre discurso-imagem.

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Mais do que o trabalho feito em campo é necessário que esse conteúdo recolhido
passe novamente por outro processo de selecção. Esta selecção de conteúdos, tanto
textuais como imagéticos, vai surgir de acordo com um argumento/mensagem que se
quer ver passada e percepcionada pelo leitor. A escolha não é aleatória. À semelhança
dos outros géneros, a Grande Reportagem Televisiva também nutre, na sua essência,
valores-notícia que a guiam, numa primeira instância, na sua realização. A verdade, a
objectividade e a neutralidade (Souza, 2008). Estes conceitos têm de ser garantidos no
produto da reportagem, onde serão posteriormente verificados.

A reportagem é composta por imagens, pela voz off e pela sonorização. Estes são os
três pilares que sustentam esta forma de informação. Entender a forma como se
relaciona a imagem com o discurso da voz off é fundamental, sendo a partir deste ponto
que toda a questão ao redor deste projecto surge. A relação do discurso-imagem dá-se a
partir de dois pontos fundamentais: o enquadramento das imagens e da relação de
semiótica que existe entre o significante e o significado.

O enquadramento das imagens

O framing visual tem de ser seleccionado de acordo com os intuitos daquela Grande
Reportagem – a partir daquela selecção da realidade, do frame, vai visar a construção de
uma realidade.

“A noção de «frame» apresenta-se, assim, como conceito central


da possibilidade de abstracção da comunicação, operando ao
nível da metacomunicação: é o enquadramento da situação que o
rganiza a estrutura de sentidos das mensagens e acções.
«Qualquer mensagem que explícita ou implicitamente defina um
enquadramento – explica Bateson – ipso facto dá ao destinatário
i nstruções ou ajudas na sua tentativa de perceber as mensagens
inseridas no enquadramento. O inverso também é verdade. Toda
a mensagem metacomunicativa ou metalinguística define, e
xplícita ou implicitamente, o conjunto de mensagens sobre as
quais comunica, i.e., toda a mensagem metacomunicativa é ou
define um enquadramento psicológico».” (Bateson 1972, p. 188,
apud Gonçalves, 2005, 158)

Neste sentido, só através da selecção adequada das imagens é que o jornalista e o


editor de imagem conseguirá criar uma coerência na narrativa daquela reportagem.

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Através daquele enquadramento o leitor vai percepcionar determinado acontecimento,
nomeadamente com o sentido que o jornalista assim entender.

“A variedade de imagens oferecidas aparece também como um


forte apelo para a audiência e, de modo a manter o telespectador
no fluxo televisivo, no telejornalismo as imagens são
estruturadas de acordo com a estética de produção de
mercadoria.” (Gomes, 2006, p. 13)

Realizar a selecção de um enquadramento em detrimento de outro é ter consciência do


impacto que uma imagem terá na concepção de uma realidade a ser transmitida em
relação a outra. O jornalista e o editor de imagem, em conjunto, vão indicar como
aquela realidade deve ser transmitida. “A noção de interpretação passa por evidente
quando, na realidade, cada teoria lhe dá um sentido diferente de acordo com os
diferentes métodos praticados” (ORLANDI, 2001, p. 19 apud Lopez e Dittrich, s.d.
p.3).

De acordo com Lopez e Dittrich (s.d.), é neste sentido que nasce “a importância da
interpretação na construção e na reconstrução do discurso jornalístico: sem a
interpretação não se cria e não se identifica sentido no discurso.” (p.3). Assim sendo,
através do enquadramento seleccionado irá, pois então, procurar-se atribuir a um
conjunto de signos o seu significado.

O processo de semiótica na relação discurso-imagem

A semiótica está, inerentemente, ligada ao sentido. Afinal, é ela que trata de analisar a
relação que o conteúdo e o significado têm, sendo deste abraço que surge, por sua vez, o
sentido. O discurso da Grande Reportagem tem de ser tratado de forma cautelosa,
porque tratamos ao mesmo tempo de um discurso jornalístico e do enquadramento das
imagens que o acompanham. “A semiótica é uma fisiologia das formas constitutivas de
todo o pensamento que procura sobretudo elaborar enquanto gramática especulativa
uma teoria fenomenológica dos signos” (Fidalgo, 1998, p.14). Neste processo de

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semiose, pode entender-se que algo funciona como um signo e, consequentemente, vai
produzir um significado.

Esta ciência pode ser entendida em três campos distintos: semântica, pragmática e
sintáctica. No campo da Grande Reportagem televisiva, a relação que deve ser tida em
conta é a pragmática, pois estuda a relação que os signos e os intérpretes têm (no caso:
relação discurso-imagem com o leitor). “Os signos, incluindo os codificados, mas
sempre circunstanciais, adquirem um valor semiótico concreto em cada uso, um sentido
(...) para além do que possam precisar nos limites convencionais do mesmo texto.”
(Fidalfo, 1998, p.102).

A narrativa televisiva, no contexto do género jornalístico em análise neste projecto,


vai produzir “um modo de significação para o mundo no contexto em que é produzido e
interpretado” (Stevanim, 2009 , p.4). Entender a realidade percepcionada através de
signos (como o vídeo e o som) vão transmitir ao leitor sentidos e fazê-lo, pois então,
conseguir entender o mundo e a sociedade através de processos de semiótica que dão
um valor específico a determinado signo e/ou signos.

A espetacularização da reportagem

O jornalismo tem como característica a neutralidade em relação aos assuntos


noticiados. Na Grande Reportagem televisiva uma coisa que todos também sabemos
assenta, exatamente, na capacidade de guiar o leitor de acordo com a própria
perspectiva a ser criada pelos jornalistas, através de uma sequência de imagens.
Segundo Ana Sena (2013, p.50), “pode haver uma manipulação da peça jornalística,
para o bem ou para o mal, embora no que diz respeito à informação não haja
transformações, apenas sequências trabalhadas.”.

Desta forma, não se está aqui a por em causa a neutralidade, nem a imparcialidade, do
conteúdo da notícia. Está-se, pois, a entender a reportagem como modelo de sequências
a serem trabalhadas, tendo em vista atingir determinado sentido na Grande Reportagem.

«A «realidade» torna-se então menos vigorosa que a «imagem»,


pois vivemos segundo uma permanente «telerrealidade». Ou

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seja, um «universo» principalmente construído pela televisão,
onde se chocam e se misturam as imagens com maior carga
emotiva, dramática e espetacular. (Brandão, 2010, p. 132, apud
Sena, 2013, p.51)

Objectivos e Hipóteses

Com este projecto de investigação pretende-se alcançar diversos e distintos objetivos.


Através deles será possível que se esclareça a forma como o texto e o enquadramento
das imagens se entrelaçam num mesmo conteúdo jornalístico (Grande Reportagem
televisiva). Assim, numa primeira instância é necessário que se teorizem conceitos.

Objetivo geral:

1) Entender quais os processos/técnicas utilizados para produzir a relação


entre discurso-imagem; o que me induz a querer compreender os motivos que
levam aos jornalistas e editores de imagem a conduzir uma reportagem em
determinado sentido em detrimento de outro;

Objetivos específicos:

2) Entender, caracterizar e historiar a Grande Reportagem como género


jornalístico;
3) Distinguir de forma clara os conceitos inerentes à Grande Reportagem, ao
enquadramento, à retórica da imagem e à semântica, de forma a entender o papel
que têm na reportagem televisiva;
4) Perceber como é realizada uma Grande Reportagem, os passos de produção da
mesma, assim como a importância dos elementos que a compõem;
5) Identificar os critérios de selecção para a escolha das imagens (vídeos) que vão
fazer a reportagem – o enquadramento;
6) Entender de que forma funciona o processo semiótico na escolha das imagens
que vão compor a reportagem e a influência que têm no público;
7) Distinguir as técnicas utilizadas na escrita do texto que vai acompanhar as
imagens (vídeos);
8) Conseguir distinguir as teorias que influenciam a montagem de uma reportagem
televisiva para que o som e a imagem funcionem em simultâneo – trabalhando
no sentido de uma mesma interpretação do argumento ;

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9) Enfim, conseguir perceber a influência que a relação discurso-imagem tem na
forma como a Grande Reportagem é percepcionada.

Tendo por base estes objetivos parte-se, pois então, para o estabelecimento das
hipóteses que vão acompanhar a problemática que neste projecto será avaliada. Afinal,
se queremos desvendar a influência da relação do discurso-imagem na forma como é
percepcionada a narrativa na Grande Reportagem, o que achamos que dessa
investigação irá surgir?

A relação entre discurso-imagem vem trazer à Grande Reportagem a capacidade de


tocar o leitor através da escolha das imagens que compõem as sequências da peça.
Assim sendo, tem-se por aqui a primeira hipótese.

1) Em primeira instância, a hipótese parte por testar o papel dos jornalistas e


editores de imagem na concepção das sequências de imagens de forma a
entender a influência directa do sentido da Grande Reportagem, ou seja,
testar se a pré-seleção das sequências de imagens tem peso na forma como o
público recebe o argumento da reportagem - é através desta selecção de
imagens que se vai compor a reportagem, consequentemente é através dela que o
argumento vai ganhar vida. Se falássemos com os jornalistas que fizeram uma
das reportagens sobre a Síria perceberíamos que tiveram o cuidado de mostrar
determinadas imagens para mostrar ao público a violência que existe no mundo.
Por outro lado, se falássemos com os jornalistas que produziram uma
reportagem sobre os Soldados veríamos que a selecção de imagens foi feita de
outra forma, para mostrar outra perpestiva. Como realça Canavilhas (2001, p.7)
«uma frase bombástica a abrir, um pequeno oráculo a dizer "exclusivo", uma
filmagem em contraluz ou uma voz distorcida, são alguns elementos que
introduzidos na montagem que despertam a atenção e permitem espectacularizar
a notícia», neste caso a reportagem. A mensagem que se ia passar não ia ter o
mesmo impacto se x imagens não fossem selecionadas - seja esse impacto
negativo, ou positivo. A verdade é que o enquadramento das imagens tem
influência sobre a forma como a mensagem (argumento) é passado ao leitor. A

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reportagem é imparcial, mas a forma como é feita dá rédeas ao leitor para a
interpretar de acordo com os dados passados.

“A decisão de mostrar umas imagens e ocultar outras, a


distribuição das imagens ao longo da peça e a sua própria
sequência permitem uma infinidade de possibilidades para
explorar a vertente espetacular da notícia.” (Canavilhas, 2001,
p.7 apud Sena, 2013, p.50)

2) Provar a importância que a voz-off nutre em relação à percepção do


discurso-imagem, provando o seu papel como fundamental para este género
jornalístico – Esta hipótese que aqui coloco insere-se exatamente na questão da
anteriormente referida “voz-off”. A verdade é que embora a imagem tenha força
sozinha, só acompanhada do discurso ganha asas para chegar até ao leitor. Uma
precisa da outra. Se fôssemos ver uma Grande Reportagem que fosse composta
só com entrevistas e imagens não íamos ter acesso à contextualização do tema –
provavelmente ficaríamos perdidos num mar de testemunhos. É, neste sentido,
que a narrativa ganha lugar neste mundo das Grandes Reportagens. Ela é
essencial para que o tema, em si, tenha interesse e seja claro aos olhos do
público. Assim, a narrativa desempenha a função de contextualizar o tema, de
fazer a ligação das imagens e de proporcionar ao leitor as orientações
necessárias para que ele possa entender as imagens e entrevistas que compõe a
reportagem. A sonorização, por sua vez, vem complementar todo o trabalho que
existe na elaboração deste tipo de reportagens, uma vez que emprega mais
realismo naquele que é o processo criativo. Este discurso, quando é pensado e
escrito, vai recorrer à semântica para que se consiga dar dignificado à imagem
seleccionada.
3) Testar a voz-off enquanto ferramenta de credibilidade na Grande-
Reportagem, existindo determinadas vozes jornalísticas que por si só
podem induzir já o leitor a aceitar aquele conteúdo como confiável - faz-se
importante dar aqui a vez à retórica enquanto meio para deliberar aspectos
ligados ao modo de colocar a voz, na forma como certas palavras são
pronunciadas e, até mesmo, no produto final desse discurso. Neste sentido, seria
interessante conseguir comprovar o cariz ético de toda esta relação, na

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credibilidade que esta relação discurso-imagem traz ao leitor. Através da
imagem o jornalista/editor de imagem consegue dar credibilidade ao que é
pronunciado no discurso da voz-off, dado que a imagem comprova, de certa
forma, o que é dito. No entanto, não terá esse enquadramento, essa produção de
sentido escolhida pelo jornalista, um factor que pode distorcer essa
credibilidade?

Metodologias:

Para a realização deste projecto, o objectivo é traçar um caminho que leve ao encontro
dos resultados que se querem ver obtidos. Para isso, numa primeira fase irei proceder a
uma recolha de dados teórica, com recurso a livros, documentos e artigos que tenham
pertinência em relação ao tema em questão. Esta técnica metodológico vai tornar
possível que através de uma pesquisa teórica consiga ter acesso a dados verificados,
com fundamentação e argumentação adequados ao tema que pertendo analisar.

Numa outra fase, vou também recorrer à técnica das Entrevistas para conseguir
recolher mais dados.

“O movimento desencadeador da própria lógica de fazer


pesquisa é uma curiosidade sobre situações do mundo que se
mostram indeterminadas para o pesquisador, não imediatamente
explicáveis pelo conhecimento estabelecido. A pesquisa
começa, então, por perguntas que tentam organizar e direcionar
essa curiosidade, reelaborada com base em três prefigurações:
do tipo de conhecimento solicitado para resolver a
indeterminação; dos encaminhamentos que levarão a resultados
específicos; e das questões teóricas, como horizonte em que se
inscreverá o processo investigativo.” (Moura & Guedes, 2016,
p.91)

O foco destas entrevistas serão, essencialmente, editores de imagem e jornalistas


responsáveis pela produção destas Grandes Reportagens. Além disso, também haverá o
cuidado de perceber de que forma há intervenção para se fazer x em vez de y. Neste
sentido, será através da própria experiência empírica e da partilha de conhecimento

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próprio que se perceberá a influência que a relação discurso-imagem tem no produto
final deste tipo de conteúdo jornalístico. Na mesma linha, também vou entrevistar o
responsável pelo programa “Linha da Frente”, onde se inserem estas grandes
reportagens, de modo a perceber quais os princípios e valores que regem este programa.
Além disso, esta entrevista vai também fazer com que eu consiga perceber qual é o
objectivo desta estação com a elaboração das grandes-reportagens e de que forma se
produz conteúdo já com uma ideia final em mente.

Através da observação-participante no meio, outro método que pretendo utilizar para


este projecto, quero conseguir perceber a rotina de trabalho na redacção. Feitas as
imagens, quero perceber como se passa para a selecção do que vai ou não ser utilizado,
qual o enquadramento feito e de que forma o texto vai influenciar a percepção daquelas
imagens. Com esta observação tenho o interesse de tentar descobrir até que ponto os
editores de imagem e os próprios jornalistas trabalham o conteúdo que têm de forma a
passarem uma mensagem específica, daquele assunto, para os leitores – a ideia é
entender se há, de facto, essa preocupação.

Por fim, mas não menos importante, é ainda através da análise de conteúdos que
pretendo fazer análise de duas grandes-reportagens, sobre uma mesma temática de
assuntos, para entender o enquadramento que foi dado aquele assunto e de que forma a
relação discurso-imagem foi produzida no sentido de influenciar uma perspectiva em
detrimento de outra.

Estrutura do projecto:

1. Introdução
2. Parte I - Enquadramento teórico
Capítulo 1 – Da reportagem à grande reportagem televisiva
Capítulo 2 – Aspectos essenciais da Grande Reportagem televisiva
Capítulo 3 – A importância do discurso-imagem no género jornalístico
3.1) O papel da voz que narra a história
3.2) O papel da imagem que mostra a história
Capítulo 4 – A espetacularização do conteúdo televisivo
Capítulo 5 – O papel da ética na construção de uma grande reportagem

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3. Parte II – Estudo Empírico
Capítulo 6 – Metodologia utilizada
Capítulo 7 – Análise de resultados
4. Parte III – A minha estadia na redacção da RTP
Capítulo 8 – Levantamento de reportagens analise
Capítulo 9 – A minha experiência
5. Parte IV – Conclusões
6. Parte V – Referencias bibliográficas
7. Parte VI – Anexos

Cronograma

Atvds. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun.
Procura de
conteúdo X X X X
Leitura de
artigos e
livros X X X
Estágio na
RTP e X X X
elaboração
de
entrevistas
Análise de
conteúdos X X X
Redação
final do
relatório de X X X
estágio
Revisão X X
Entrega e
apresentação X

18 | P á g i n a
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