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Quinta-feira • 04 de abril de 2019 • 1004 •1

04 abril 2019
Ano 19
quinta-feira
 0.75 iva incluído
Diretor: Luís Baptista-Martins
semanário

IPG
Três candidatos
a Provedor do
Trancoso aposta Município já está a trabalhar
no futuro dos soutos de cas-
tanheiros do concelho e na

na clonagem de
melhoria da produção de cas-
Estudante tanha. A tarefa envolve uma
Nunca houve tantas candida- parceria com a Universidade
turas ao cargo como agora. Os de Trás-os-Montes e Alto
professores Anabela Sardo, An- Douro (UTAD), com a qual

castanheiros
tónio Pissarra e Helena Saraiva vai implementar o projeto
concorrem ao cargo deixado “TRANCASNUT” e apostar
vago por Paula Pissarra, atual na criação de castanheiros in
diretora da Escola Superior de vitro Pág.4
Saúde ____________________ 7

Economia
Lítio atrai Pavilhão 5 do Hospital Sousa
Martins excluído de plano de
australianos para
o distrito da
Guarda

investimentos do Governo
O quarto maior produtor mun-
dial de minério de ferro reque-
reu direitos de prospeção em
áreas identificadas com poten-
cial de exploração de lítio, entre Programa de Investimentos na Área da Saúde, com uma dotação de 90 milhões
outros minerais, nos concelhos
de Almeida, Figueira, Pinhel, de euros, não contempla a requalificação do edifício que deveria acolher o serviço
Guarda e Sabugal _ _________ 20 materno-infantil da Unidade Local de Saúde Pág.4

Guarda
Feira Ibérica de
Turismo bate
recordes
FIT terá este ano 500 entidades
representadas na Guarda e
uma extensão de 11 mil metros
quadrados de área coberta, na-
quela que será a maior edição
de sempre_ _________________ 9

Covilhã
GNR garante que
não vai encerrar
postos
Comandante do Comando Ter-
ritorial tranquilizou populações
nas comemorações do Dia da
Unidade, que tiveram lugar na
Covilhã __________________ 12

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Região

Câmaras aderem ao acordo de

pagamento de dívidas à Águas
de Portugal
Municípios terão 25 anos para liquidar dívidas, mas querem acertar valores devidos
e a haver, bem como as taxas de juro a aplicar no empréstimo a contratar _______ 5
 2• • Quinta-feira • 04 de abril de 2019
no  fio  da  navalha
Câmara de Trancoso
O futuro da castanha pode estar na
clonagem de castanheiros e é a pensar na
melhoria desta cultura e produção endógena
que o município de Trancoso se prepara
para dar mais um passo para apoiar os
900 produtores existentes no concelho. A
parceria com a UTAD tem-se revelado uma
aposta estratégica para o crescimento desta
fileira agrícola.
FIT
A Feira Ibérica de Turismo continua a
afirmar-se como um evento de grande rele-
vância. A edição inaugural, em 2014, ocupou
uma área de 4 mil metros quadrados. Este
ano a FIT ocupará 11 mil metros quadrados,
confirmando o interesse de instituições e
empresas em marcar presença no certame.
Estarão representadas na feira 500 entida-
des, solidificando o impacto da maior feira
de turismo do interior, na cidade da Guarda,
como palco de ações promocionais e negó-
cios na área turística.
Governo
Apesar da divulgação de uma linha de
crédito destinada à Limpeza das matas, as
autarquias foram obrigadas a recorrer às
suas receitas para a realização dos traba-
lhos. Após anunciar que disponibilizaria
um total de 50 Milhões de euros para a
concretização desta medida de limpeza e
prevenção aos incêndios, o Governo não
disponibilizou o envelope financeiro pro-
metido, afirmando agora que só se destina
às autarquias que já realizaram a limpeza
e que possuem recibos que comprovam o
trabalho que foi feito. A linha de crédito
«para limpar» foi esquecida.
Marta Temido
Os socialistas não conseguem resol-
ver o problema do Pavilhão 5 do Hospital
Sousa Martins, na Guarda. A prova disso é
que a requalificação do edifício não integra
o Programa de Investimentos na Área da
Saúde, aprovado no último Conselho de
Ministros com 90 milhões de euros para
aplicar. Mais uma oportunidade perdida
para a ULS e para o hospital da cidade
mais alta, onde investir parece não ser a
prioridade do atual Governo. O pacote de
investimento na saúde anunciado vai para
os grandes centros e litoral, o interior foi
uma vez mais esquecido.
Cara
Entrevista
a P e r f i l
cara
Luís Fonseca
«Falta fazer Naturalidade: Covilhã
Idade: 43 anos
chegar a ajuda Profissão: Jornalista
Currículo: jornalista da Lusa - Agência
humanitária,
de Notícias de Portugal desde 2001,
estudante de Design Multimédia da UBI
Livro preferido: “Ebano”, de Ryszard
sobretudo
Kapuściński
Hobbies: Programação para a web
comida, abrigos
e roupas, a
vários locais»
P - Foi o primeiro jornalista portu-
guês a chegar à zona devastada da Beira
após a passagem do ciclone Idai. Qual
é a imagem que guarda desse contacto
inicial?
R - Uma correção: eu coordenei a
equipa da agência Lusa que se deslocou
para a Beira um dia antes do ciclone e que
primeiro reportou e enviou imagens do que
se passava. Ficámos incrédulos ao ver cor-
rentes fortíssimas de rios a transbordar e a
levar tudo na frente, criando lagos gigantes.
Tive que fazer a produção a partir de Ma-
puto. A Beira estava “apagada” do mundo,
sem eletricidade, nem telecomunicações.
Entrar lá era como cair num angustiante
buraco negro.
P - Quais são as maiores dificulda-
des de um repórter no pós-furacão em
Moçambique?
R - Já passaram 15 dias e as maiores
dificuldades continuam a ser a falta de tele-
comunicações nalgumas zonas e a ausência
de acessos para chegar a alguns locais, mas
a situação está a melhorar dia após dia.
P - Qual foi o pior momento deste
trabalho? falta fazer chegar a ajuda humanitária, da Lusa em Moçambique e como é ser
R - Ouvir os relatos de quem sobrevi- sobretudo comida, abrigos e roupas, a jornalista em África?
veu às enxurradas e às cheias que depois vários locais. R - Sou delegado há dois anos (desde
se estabeleceram agarrado a árvores e
que viu familiares e amigos caírem à água P - Como jornalista, como vê a re-
2017) em Moçambique, após quatro (desde
2013) na Guiné-Bissau. Passar a ser jor-
por cansaço. A recolha de cadáveres com a ação das autoridades moçambicanas nalista em África é aprender a relativizar
descida das águas. A descrição de fome de à tragédia? E a das autoridades portu- problemas ao descobrir que o mundo é
mães com três ou mais filhos que deixaram guesas? muito maior e diferente daquele em que
tudo par trás. R - As autoridades moçambicanas pensamos viver em Portugal. É valorizar
emitiram avisos, mas não conseguiram eva- aquilo que damos por garantido no nosso
P - E o mais compensador? cuar locais baixos onde viviam milhares de país de origem, como a alimentação, assis-
R – Foi assistir à solidariedade inter- pessoas. O Governo mobilizou-se na Beira tência médica básica e educação. Por muito
nacional que chegou à Beira e permitiu logo que foi possível lá chegar, mas ficou que os critiquemos (e bem).
salvar centenas de vidas. Essa assistência patente a falta de meios de salvamento e
continua a fazer a diferença agora no socorro. Felizmente muitos países amigos P - Quais são as maiores dificulda-
combate à fome e a doenças derivadas das e empresas privadas acudiram de imediato, des do dia-a-dia de um jornalista em
águas estagnadas, como a cólera e malária. desde logo a África do Sul. Ficou demons- África?
trado que Moçambique tem muitos amigos. R - Conseguir passar o teste da paci-
P - Quinze dias depois, o que falta, Portugal é um deles. Demorou mais um dia ência que a realidade nos impõe. Em cada
ou o que é preciso fazer, para ajudar as ou dois a responder, mas está presente em canto há usos e costumes que falam mais
pessoas afetadas? força na assistência. alto que a voragem mediática na qual so-
R - Falta restabelecer a energia elétri- mos treinados. Aqui, o autocarro não tem
ca e as telecomunicações a 100 por cento, P - Há quanto tempo é o delegado hora: só parte quando está cheio.
 Quinta-feira • 04 de abril de 2019 • •3

editorial Luís Baptista-Martins

baptista-martins@ointerior.pt

O regime de casta
1
Enquanto a mais antiga democracia do mundo nos dá este
espetáculo surpreendente e mirabolante que tem sido o
processo de saída do Reino Unido da Europa - o “Brexit” – na
jovem democracia portuguesa os valores republicanos são metidos
na gaveta e o governo é naturalmente arrogado como uma família
que governa o país.
Se é natural que haja – e sempre houve – pessoas que se
distinguem na vida pública com relações familiares, o que agora
temos é um regime tomado de assalto por uma casta socialista
onde proliferam as relações de parentesco. Inaceitável. “À mulher
de César não basta ser honesta, é preciso parecer” e muito mais
do que isso, a governação exige probidade e distanciamento e não
pode ser uma mesa de jantar de família.
Se um pai quer sentir o orgulho de ver uma filha chegar a
ministra, pois bem, abandona ele o cargo e dá lugar à afirmação
da filha; se um secretário de Estado quer os melhores no seu
gabinete, e mesmo não tendo dúvidas que a pessoa de mais con-
fiança vive lá em casa, pois tem de separar a “coisa pública” da
vida privada, porque além da confiança e da competência, o seu
colaborador tem de contribuir para o distanciamento que decidir,
governar ou representar o Estado implicam. É a ética republicana
a ser diminuída a “coisa nenhuma”… como o insuspeito Vital
Moreira reconheceu.
Passados 100 anos sobre o fim da monarquia é estranho que
tenhamos de conviver com esta falta de pudor e de sobranceria
partidária em que as conexões familiares são a base da escolha
de dirigentes e nomeados. E a resposta abstrusa do PS à falta de
opinião
Fidélia Pissarra
“Barroco da Moura” sentido de estado tem sido sobranceira e inadmissível

Há quem cresça sob saraivadas, ou isolados tiros
certeiros, de “és um burro”, “sua besta”, “anormal”, e
há quem cresça no embalo de um “pior que o barroco
da moura”. Pelo menos, não sei se por me agradar a
robustez do pedregulho e o mistério da moura, sempre
achei que era um embalo ser comparada, ainda que
inferiormente, àquilo. Se bem que desconheça onde se
encontra tal barroco, ou sequer se existe, sempre o ide-
alizei velado por musgo verde com uma moura estirada
em cima. Exercício muito útil na hora de me escapulir ao
que, desde cedo, intuí como insulto, já se vê.
Por não me parecer bem ser de instigar rancores,
há um ror de anos que não me ocorria chamar a alguém
“barroco da moura” e, como quem mo chamava já há
muito que por cá não anda, quase que esqueci tal epíteto.
Esse e os do resto do lote de onde esse saiu, mas que
agora não vêm ao caso. E ainda bem que não esqueci,
pois dizer a mim própria que sou pior que o “barroco
da moura” soa-me um bocadinho menos penoso que
desatar a gritar-me que sou uma “burra”, uma “besta”,
uma “anormal” ao aperceber-me que não tenho passado
de uma preconceituosa de província.
Leva uma pessoa a vida a querer afastar-se do
feitio da avó, só porque sim, e acaba a descobrir que
afinal lhe é mais igual do que ela própria nos seus dias
mais brandos. Aqueles em que para ela não havia pior e
melhor gente que a sua, em simultâneo e às carradas. A
vizinha do lado de cima não passava de uma esquisita,
ainda que muito séria e honesta. A do lado de baixo era
uma empertigada, mas gente de bem. Para o lado da
frente, como não havia ninguém, esperava em segredo
que pudesse vir a ser ocupado por alguém a quem ela
reconhecesse legitimidade para se avizinhar. A Gertru-
des, a Felismina, a das Dores e a das Neves estavam
fora de questão. A de Jesus, da Conceição e a de Fátima
ainda pior. Ninguém, não havia na cidade Maria que lhe
assentasse. Por fim, lá acabou por chegar alguém de fora
com todos os predicados requeridos. Séria e honesta
sem ser esquisita, gente de bem sem ser empertigada.
Tal e qual as antigas vizinhas, que só tinham ido viver
para Coimbra porque não queriam ficar longe do filho
doutor e dos netinhos que nascessem.
Lembro-me de, nessa altura, lhe ter perguntado
porque não voltavam os filhos doutores para o pé das
mães em vez de serem elas a ter de partir e de ela me
ter explicado com o facto de a «Guarda ser mãe para os
de fora e madrasta para os seus». À conta disso, passei
parte da minha infância agastada com a boa da Guarda.
O problema agora é que, se bem que há muito que
me tenha reconciliado com ela, passar a apreciar mais as
vizinhas do lado de cima e do lado baixo é que ainda não
consegui. Tal qual minha avó – ou um “barroco da mou-
ra” que não percebe nada – acabo sempre a achar que só
quem ainda não vi reúne suficientes qualidades para se
avizinhar. Aos que já conheço, continuo a só achar-lhes
defeitos que mais arrefentam do que aquentam. Mas do
mal o menos: não sou a Guarda. Esta culpa já ninguém
lha atribui. Quero que fique só minha e, como também
não me apetece continuar a ser “barroco da moura” o
resto da vida, estou capaz de a arrumar de uma vez por
todas. Há que aprender a dar o devido valor aos nossos,
pois para os depreciar e esquecer já bastam os outros.
2
A contratação para a administração pública de membros
da “casta” não tem nada de novo – e tem de ser combatida
como princípio. É assim ao mais alto nível, e por isso vai
sendo escrutinada pela imprensa e pelos políticos que defendem
mais transparência (também os há!), mas está implantada como
um cancro na sociedade portuguesa. A “cunha”, o amiguismo, o
“empurrãozinho”, fazem parte do dia-a-dia da sociedade portu-
guesa, e quase nada nos espanta (na Assembleia da República os
deputados do PSD tiveram a habilidade de contornar os objetivos
e missão de uma comissão da transparência que, nomeadamen-
te, devia acabar com o “patrocínio judiciário” em processos “a
favor ou contra o Estado”, introduzindo uma nota subtil, em que
o deputado-advogado não pode, mas a sociedade de advogados
onde trabalha, pode, desde que o deputado-advogado não inter-
venha…). É assim nos corredores do poder em Lisboa, como o é,
discretamente, por todo o país – que dizer das autarquias locais,
das administrações públicas desconcentradas, dos serviços pú-
blicos por todo o país, mesmo quando se promovem supostos
concursos públicos para uma suposta contratação por mérito o
que há é o desenho de concursos à medida do candidato, que
é filho, afilhado ou militante do partido. Os “jobs for the boys”
estão por todo o lado. Seria bom que não fosse assim, mas se o
governo de um país diz orgulhosamente que nomeia os seus por
confiança, obviamente que não é possível erradicar este cancro da
sociedade – e que ninguém se atreva a comentar ou repudiar tais
escolhas (neste jornal tivemos esse atrevimento algumas vezes,
por exemplo quando Álvaro Amaro chegou à Câmara da Guarda e
contratou uma jovem apoiante ou quando foram contratados muito
outros depois, para a autarquia, para o Hospital da Guarda e para
outros serviços, o extraordinário, para muitos, não foram essas
contratações foi que o jornal o tenha revelado!!!).

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4• • Quinta-feira • 04 de abril de 2019
Futuro dos
castanheiros de
Trancoso está
na clonagem
Município prolongou parceria com a Universidade de Trás-os-
Montes e Alto Douro para melhorar a cultura dos soutos e a
produção de castanha
«Queremos ter mais e melhor castanha nos próximos anos graças a esta parceria», diz Amílcar Salvador
Luis Martins
Trancoso já está a trabalhar
no futuro dos soutos de castanhei-
ros do concelho e na melhoria da
produção de castanha. A tarefa
envolve uma parceria com a Uni-
versidade de Trás-os-Montes e
Alto Douro (UTAD), com a qual
vai implementar o projeto “TRAN-
CASNUT” e apostar na criação de
castanheiros in vitro.
As duas ações foram apre-
sentadas no passado dia 27 de
março no primeiro “dia aberto
do castanheiro” no auditório do
pavilhão multiusos. «O TRAN-
CASNUT visa a melhoria do cas-
tanheiro e da castanha no nosso
concelho através de dois campos
experimentais, um dos quais é
um souto em que os produtores
vão poder acompanhar todo o
processo necessário para obter
uma boa produtividade», refere
Pedro Fidalgo. A parceria impli-
ca também o aconselhamento
técnico dos produtores, a análise
dos solos e ações de formação,
entre outras iniciativas. Segundo
o técnico do município, o futuro
deste setor passa por «termos
melhores árvores, melhores
enxertias e melhor cultura do
souto, que é ainda muito rudi-
mentar em Trancoso. Não teve
qualquer tipo de evolução nos
últimos 40 anos».
O que vai revolucionar esta
cultura será também o recurso
à micropropagação in vitro em
castanheiros. Isto é, a clonagem
de árvores a partir uma planta
mãe para dar enxertias de boa
qualidade aos produtores. «Estes
castanheiros criados em laborató-
rio serão o futuro, pois terão ex-
celentes condições fitossanitárias,
não terão doenças e o seu preço
vai baixar rapidamente porque
a produção é rápida e em pouco
espaço», acredita Pedro Fidalgo,
segundo o qual, atualmente, um
castanheiro custa 8 a 9 euros e
com a clonagem «o preço cairá
para metade e com a garantia de
árvores mais resistentes e com
mais e melhor castanha». É que
esta técnica permite definir «a
quantidade a produzir, o tempo
de produção, as características
das plantas e garante a inexis-
tência de variabilidade genética
entre plantas, que não é possível
noutro modo de produção não
é possível», acrescenta o técnico
municipal.
O projeto da micropropaga-
ção foi apresentado por Andreia
Afonso, da Deifil, uma empresa
que já faz a criação de castanhei-
ros in vitro. Já o “TRANCASTNUT”
foi explicado pela professora
DR
Maria João Gaspar, da UTAD. Para
Amílcar Salvador, presidente da
Câmara de Trancoso, estas serão
duas medidas que vão contribuir
para desenvolver a cultura do
castanheiro no município. «Que-
remos ter mais e melhor castanha
nos próximos anos graças a esta
parceria, que será fundamen-
tal para apoiar os nossos 900
produtores», considera o edil,
lembrando que nos primeiros
três anos deste acordo com a
UTAD foram plantados 4.000
novos castanheiros. «É muito
bom, mas o estudo apresentado
pela universidade conclui que o
concelho tem capacidade para 14
mil novos castanheiros que terão
mais produtividade e produzirão
castanha de melhor qualidade»,
acrescenta o autarca trancosense.
Assinado na última feira do
fumeiro, em fevereiro, o proto-
colo com a UTAD foi renovado
até 2023 e representa um inves-
timento de 110 mil euros – cerca
de 22 mil euros por ano. Ainda no
âmbito desta fileira, Trancoso vai
acolher o Xº Encontro Europeu da
Castanha, que deverá reunir cerca
de 300 participantes vindos de
Espanha, França, Itália e Portugal.
A atividade vai decorrer de 12 a
14 de setembro no pavilhão mul-
tiusos e é organiza em parceria
com o município de Penedono.
Saúde
Plano de investimentos do
Governo não contempla
Pavilhão 5 do Hospital da
Guarda
O Governo aprovou o
Programa de Investimentos
na Área da Saúde, com uma
dotação de 90 milhões de
euros, mas dele não consta a
requalificação do Pavilhão º5
do Hospital Sousa Martins, na
Guarda.
A não inclusão desta obra
reclamada há vários anos e
considerada fundamental para
a melhoria do serviço mater-
no-infantil guardense foi con-
firmada pela administração da
Unidade Local de Saúde (ULS).
«Não há novidades», disse fon-
te autorizada do Conselho de
Administração. O programa foi
aprovado no Conselho de Mi-
nistros da última quinta-feira
e «permitirá dar autorização
a aspirações como a remodela-
Guarda
Candidaturas ao Prémio Solidário
Transportes Bernardo Marques
O Clube Escape Livre
anunciou que tem a decorrer
até segunda-feira as candi-
daturas à sexta edição do
Prémio Solidário Transportes
Bernardo Marques, que está
associado ao projeto Cápsula
do Tempo Guarda 2050.
O galardão distingue uma
IPSS do concelho da Guarda,
sendo que cada instituição
deve concorrer com um pro-
jeto ou justificar onde tenciona
aplicar os mil euros da distin-
ção concedidos pela empresa
de transporte de mercadorias
da Guarda. As candidaturas
serão analisadas por um júri
constituído pelos parceiros
da Cápsula do Tempo, a saber
o Clube Escape Livre, a Rádio
Solidariedade
Resiestrela recolhe bens
para Moçambique
A Resiestrela está a pro-
mover uma campanha de re-
colha de bens para apoiar
a população moçambicana
atingida pelo ciclone Idai.
A empresa multimunicipal
de resíduos sólidos urbanos
da Cova da Beira adianta, em
comunicado, que «aderiu à
campanha de recolha de bens
de primeira necessidade para
as crianças moçambicanas,
promovida pela organização
não-governamental (ONG)
HELPO». Os bens devem ser
entregues até dia 11, nos pon-
tos de recolha, nomeadamen-
ção do serviço de urgência do
Centro Hospitalar de Tondela-
Viseu ou a aquisição de dois
novos aceleradores lineares,
um para o Centro Hospitalar de
Trás-os-Montes e Alto Douro e
outo para o Centro Hospitalar
do Barreiro-Montijo», disse a
ministra da Saúde, Marta Te-
mido, no final da reunião. O
comunicado do Conselho de
Ministros acrescenta que «o
investimento no setor da saúde
constitui um objetivo claro do
XXI Governo Constitucional, que
assumiu como prioridade dotar
o Serviço Nacional de Saúde de
infraestruturas e equipamentos
indispensáveis à prossecução
da sua missão de prestação de
cuidados de saúde de qualidade
a toda a população».
Altitude, o Instituto Politécnico
da Guarda e os Transportes
Bernardo Marques.
Desde a primeira edição,
em 2014, já foram galardoados
o Refúgio Ana Luísa, uma casa
de acolhimento temporário
de crianças pertencente à
Fundação José Carlos Godinho
Ferreira de Almeida; o Centro
Cultural e Social do Marme-
leiro, de apoio aos idosos; a
Associação para a Promoção
Social Cultural e Ambiental
de Avelãs de Ambom, também
de apoio aos idosos; o Centro
de Apoio à Vida/NASCER da
Cáritas Diocesana da Guarda e
o Centro Social Paroquial Nos-
sa Senhora da Conceição, da
Castanheira, de apoio a idosos.
te nos ecocentros e na sede da
empresa, no Fundão. Roupa
para criança e bebé, fraldas
de pano, mantas polares,
farinhas, sabão, bem como
enlatados e alimentos não pe-
recíveis são alguns dos bens
que podem ser entregues.
«Fazer chegar os donativos
a Moçambique não é uma ta-
refa fácil, pelo que contamos
com o apoio da ‘ONG HELPO’
para encaminhar os donati-
vos para Moçambique, pois
já está no terreno com toda
a logística montada», refere
a Resiestrela.

Câmaras da região aderem
ao acordo de pagamento
de dívidas à Águas
de Portugal
Luis Martins
A Câmara da Guarda e
as restantes autarquias que
integram o sistema multimu-
nicipal de água e saneamento
das Águas do Vale do Tejo vão
aderir ao acordo de pagamento
de dívidas proposto pelo Mi-
nistério do Ambiente.
Álvaro Amaro adiantou na
sexta-feira que as 16 Câmaras
da região «estão cansadas
deste litígio e disponíveis para
pagar». Segundo o presiden-
te guardense, os municípios
terão 25 anos para liquidar
os valores em dívida, mas as
condições ainda vão ser nego-
ciadas. «Não é admissível que
quem aceite este acordo de
pagamento tenha que pagar
uma taxa de juros de 4,5 por
cento, o dobro da praticada
atualmente no mercado», afir-
mou o edil social-democrata.
Álvaro Amaro adiantou tam-
bém que a Águas de Portugal
reclama um total de 110 mi-
lhões de euros aos municí-
pios da ex-Águas do Zêzere e
Côa. «Mal seria se o Governo
não aceitasse esta proposta»,
acrescentou. Na sexta-feira, o
executivo guardense deliberou,
por unanimidade, solicitar ao
Governo que prorrogue o prazo
do diploma – que terminava a
31 de março – que permite o
pagamento da dívida. No caso
da Guarda será de 34 milhões
de euros, pelas contas da Águas
de Portugal, mas a autarquia
considera que é «na ordem dos
24 milhões», disse o presidente
do município.
«A Câmara quer esclarecer
devidamente o tema porque há
uma diferença de dez milhões
de euros entre o valor da dívida
apontado pelo Estado e aquela
que o município reconhece»,
acrescentou o edil, recordando
que o município tem dispo-
níveis 6,5 milhões de euros e
quer decidir sobre o seu desti-
no. «Podemos abater na dívida
ou não e aplica-los noutros
investimentos necessários. O
município da Guarda tem capa-
Acordo de 2015 garante às autarquias que permaneceram no sistema multimunicipal uma compensação
de 22 milhões de euros pela saída da Covilhã
cidade negocial», afirmou Álva- justificaram o voto favorável
ro Amaro. Os vereadores do PS, por pretenderem contribuir
Eduardo Brito e Pedro Fonseca, para que seja feito «um bom
Guarda e Fundão são as maiores devedoras
As Câmaras da Guarda e do Fundão são
as maiores devedoras às Águas de Portugal
(AdP). No final de 2016, conforme noticiou
O INTERIOR em junho de 2017, a dívida
da cidade mais alta era superior a 25,7
milhões de euros e a do Fundão chegava
quase aos 24 milhões de euros. Valores que
continuaram a subir por causa dos juros de
incumprimento.
Mas havia mais autarquias com paga-
mentos em falta desde a Águas do Zêzere e
Côa, extinta em 2015 para dar lugar à Águas
de Lisboa e Vale do Tejo, que entretanto
passou a designar-se Águas do Vale do Tejo.
Era o caso de Gouveia (mais de 7 milhões
de euros), Sabugal (cerca de 6 milhões de
euros), Pinhel (5,9 milhões), Belmonte (4,4
milhões) e Figueira de Castelo Rodrigo (2
milhões). Já se vê que o problema é antigo
e nunca as partes se entenderam sobre o
problema criado pela saída da Covilhã do
sistema multimunicipal inicial e que se
traduziu no aumento das tarifas cobradas
Municípios terão 25 anos para liquidar montantes, mas
querem acertar valores devidos e a haver, bem como
as taxas de juro a aplicar no empréstimo a contratar
acordo para a Guarda, caso
contrário a fatura vai recair
sobre os munícipes». Eduardo
pela empresa municipal às autarquias.
Desde então tem havido acordos de paga-
mento, descontos, injunções e processos
em tribunal.
Em 2016 as Câmaras da região que
estavam a amortizar parte da dívida e a
liquidar a faturação anual eram Fundão,
Belmonte, Gouveia, Celorico da Beira, Man-
teigas, Mêda, Aguiar da Beira, Almeida,
Sabugal e Seia. Guarda, Pinhel e Fornos
de Algodres não efetuaram qualquer pa-
gamento, enquanto a Covilhã e Trancoso
não tinham dívidas por terem os seus
próprios sistemas de água e saneamen-
to. Entretanto, a Câmara da Guarda e as
restantes começaram a pagar as faturas
de 2018. Álvaro Amaro e outros autarcas
da região sempre disseram que queriam
pagar, mas têm-se escudado na falta de
conhecimento do valor da dívida recla-
mada pela gestora do sistema. É que os
municípios também têm contas a acertar
com a Águas do Vale do Tejo e só depois es-
Quinta-feira • 04 de abril de 2019 • •5
AR
Brito acrescentou que prefere
ver aplicados os 6,5 milhões
de euros na despoluição dos
rios Diz e Noéme. O decreto-lei
nº5/2019 foi publicado em ja-
neiro e estabelece as condições
para os municípios regulariza-
rem as suas dívidas históricas
às gestoras dos sistemas mul-
timunicipais de abastecimento
de água e saneamento.
O regime aprovado pelo
Governo alarga até 25 anos o
prazo máximo para o paga-
mento das dívidas vencidas e
reconhecidas e estipula que
estes acordos vão beneficiar de
uma redução correspondente a
30 por cento dos juros venci-
dos a 31 de dezembro de 2018.
Será a solução para resolver
«de forma estrutural e conso-
lidada» as dívidas avultadas
das Câmaras e das entidades
municipais de todo o país às
empresas de abastecimento
de água e de saneamento.
Atualmente, o grande volume
de dívida neste setor está a
«prejudicar a sustentabilidade
económico-financeira e a exe-
cução do plano de investimen-
tos» das entidades gestoras.
tarão disponíveis para negociarem acordos
de pagamento.
Memorando de entendimento
falhou em 2015
Em 2015, com a extinção da Águas do
Zêzere e Côa (AdZC) desapareceu parte da
dívida dos municípios ao sistema multimu-
nicipal criado em 2000.
No final de junho desse ano foi mesmo
assinado um memorando de entendimento
com a Águas de Portugal, que previa uma
compensação pela saída da Câmara da
Covilhã do sistema, em outubro de 2010.
Na prática, os municípios que permanece-
ram na AdZC têm agora direito a cerca de
22 milhões de euros, mais juros – o valor
inicial era de 19,5 milhões, mas foi atualiza-
do – para repartir no abatimento das suas
dívidas ao sistema. Mas nada aconteceu
porque as partes não chegaram a consenso
sobre os valores devidos.
6• • Quinta-feira • 04 de abril de 2019
S
Sociedade
Solidariedade
Semana da
Interculturalidade
começa na
segunda-feira
Estão agendadas, a
partir de segunda-feira,
diversas atividades organi-
zadas pela EAPN Portugal
- European Anti Poverty
Network (Rede Europeia
Anti-Pobreza) para «sen-
sibilizar todos os cidadãos
para a importância da con-
strução de uma sociedade
mais justa, igualitária e
intercultural».
A S e m a n a d a I n te r -
culturalidade vai ter lu-
gar nos municípios da
Guarda, Pinhel e Mantei-
gas e vai começar com o
evento “Muraliz’arte para
a interculturalidade”, esta
segunda-feira (14h30) no
Centro Social e Recreativo
do Lamegal, no concelho
de Pinhel. No dia seguinte
haverá a tertúlia (com en-
trada livre) “Criar Pontes
na Interculturalidade”, a
partir das 14h30 no Centro
Comercial La Vie, na Guarda,
cidade onde terão lugar a
maioria das atividades. Em
Manteigas acontecerá no
dia 11 a tarde cultural “Con-
hecer o Mundo a partir do
Vale Glaciar”, no ATL do In-
stituto de Educação Infantil
de Manteigas. A Semana da
Interculturalidade vai real-
izar-se em várias cidades de
norte a sul do país e inclui
como workshops, teatro,
exposições, entre outras
iniciativas. A EAPN Portugal
é a maior rede europeia de
entidades nacionais, region-
ais e locais, que colaboram
para sensibilizar e mobilizar
as comunidades contra a
pobreza e a desigualdade
social.
Encenações, música
e teatro religioso na
Semana Santa da Guarda
As comemorações da quadra pascal começam este domingo, com a Procissão
dos Passos, e terminam dia 20 em Pousade
DR
Luis Martins
Música, teatro religioso, en-
cenações e cerimónias religiosas
são as propostas para a celebra-
ção da Semana Santa na Guarda,
entre domingo e dia 20. O progra-
ma foi apresentado na sexta-feira
e envolve várias coletividades do
concelho.
Os destaques do Ciclo “Cultu-
ra e Fé” são a encenação da Paixão
de Cristo Segundo São Lucas, dia
14 na Guarda (21 horas), o con-
certo do grupo búlgaro Quartet
Slavey na Sé Catedral (dia 16) e
a encenação da Paixão de Cristo
pelo grupo espanhol Manantial,
de Ciudad Rodrigo, no Marmelei-
ro (dia 17, pelas 20h30). Já no dia
19, em Pousade, será representa-
da a peça de teatro popular reli-
gioso “A Última Ceia” (22 horas),
com encenação de Daniel Rocha.
Encenação da Paixão de Cristo Segundo São Lucas acontece dia 14 na Guarda
As comemorações da Semana
Santa guardense começam este do teatro popular nas nossas cisco Barbeira, do arciprestado esta encenação religiosa de dois
domingo, com a Procissão dos freguesias, nomeadamente em da Guarda, que a encenação da em dois anos.
Passos, pelas 16 horas, a partir Pousade». Paixão de Cristo vai partir do Juan Carlos Sanchéz, do gru-
da Igreja da Misericórdia. «É um Na localidade, os ensaios Largo da Misericórdia e terminará po Manantial, revelou que a atu-
cartaz afirmativo da identidade estão a decorrer a bom ritmo junto à Torre de Menagem. «As ação no Marmeleiro será a única
cultural do concelho e valoriza as para um espetáculo que terá 23 pessoas ficaram muito entusias- em Portugal e vai envolver 50
nossas tradições religiosas com o participantes, todos naturais de madas há dois anos e decidimos elementos com uma encenação
objetivo de promover o turismo Pousade, com idades entre 7 e 80 repetir um espetáculo que conta «fabulosa, pois são profissio-
nesta quadra», disse o vereador anos. «Este ano não se recorreu a também com o apoio de algu- nais e já fazem isto há 26 anos»,
com o pelouro da Cultura no transcrições da Bíblia, a “Ultima mas paróquias do concelho, que acrescentou Francisco Barbeira.
município. Com estas iniciativas, Ceia de Cristo” foi escrita por Da- apresentarão as suas tradições Já a escolha daquela aldeia para a
Victor Amaral pretende também niel Rocha, que também encena pascais durante o percurso», apresentação da Via Sacra deve-se
«valorizar o trabalho de gerações a peça», revelou Carlos Batista, disse o pároco. O responsável ao facto de uma jovem se ter casa-
e gerações de atores amadores presidente do Grupo Cultural e também adiantou que o objetivo do em Ciudad Rodrigo e integrar
que têm perpetuado a tradição Desportivo Pousadense. Já Fran- dos promotores é representar atualmente o grupo.
Criminalidade violenta desce mais na Guarda
que em Castelo Branco
Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2018 regista um crescimento de 200 por cento dos crimes de
extorsão comparativamente com o ano anterior
A criminalidade violenta bai- (+200 por cento). As autoridades Os crimes violentos e graves crimes de extorsão, que subiram
xou 16,3 por cento no distrito da referenciaram ainda dez crimes diminuíram 42,5 por cento nos úl- 46,4 por cento em relação a 2017.
Guarda em 2018 comparativa- de ofensa à integridade física vo- timos dez anos, representando 4,2 No distrito de Castelo Branco, a
mente a 2017, segundo dados luntária grave (+42,9 por cento) e por cento de toda a criminalidade criminalidade violenta baixou 6 por
do Relatório Anual de Segurança onze por roubo por esticão (-26,7 participada em 2018, segundo cento, com 78 crimes participados
Interna (RASI), que foi entregue por cento), tendo havido ainda 20 o relatório. Os crimes que mais às autoridades. Em 2018 houve oito
na sexta-feira na Assembleia da casos de resistência e coação sobre contribuíram para esta diminuição casos de rapto e sequestro (+700
República. funcionário, um número idêntico foram o roubo por esticão, que por cento), nove crimes de ofensas
De acordo com o documento, ao registado em 2017. Segundo desceu 18,6 por cento (menos 734 à integridade física voluntária gra-
no ano transato houve 67 crimes o RASI, a criminalidade violenta participações) e o roubo na via pú- ve (-18,2 por cento) e dez crimes
violentos na região, tendo-se re- e grave apenas subiu em três dos blica sem ser por esticão, que bai- de roubo por esticão (-23,1 por
gistado quatro casos de roubo na 18 distritos do continente, são eles xou 9,4 por cento, menos 552. Em cento). Registaram-se também 15
via pública (-66,7 por cento), cinco Beja, Leiria e Vila Real. Em contraci- sentido contrário, entre os crimes situações de roubo na via pública
por rapto e sequestro (-37,5 por clo com a tendência nacional, estes violentos que mais subiram, foram (-31,8 por cento) e 22 crimes de
cento), seis por violação (0 por crimes também diminuíram (-8,6 o homicídio voluntário consumado, resistência e coação sobre funcio-
cento) e outros seis por extorsão por cento) na Madeira e nos Açores. que aumentou 34,1 por cento e os nário (+15,8 por cento).

Três candidatos
a Provedor
do Estudante
no IPG
DR
Anabela Sardo
Reclamação
referente à falta
de cumprimento
dos requisitos de
admissão foi feita por
um dos candidatos
com vista à nulidade
das duas outras
candidaturas. Mas a
queixa foi indeferida
pelo IPG.
No passado dia 20 de
março foram confirmadas as
candidaturas dos professores
Anabela Sardo, António Pis-
sarra e Helena Saraiva ao cargo
de Provedor do Estudante do
Instituto Politécnico da Guar-
da (IPG). Mas no dia seguinte,
Helena Saraiva apresentou
uma reclamação sobre a falta
de cumprimento dos requisitos
de admissão por parte dos seus
adversários: «Entendo, salvo
melhor opinião, que as candi-
daturas à função, à excepção
da que eu própria apresentei,
se encontram feridas de nu-
lidade, uma vez que nenhum
dos restantes candidatos de-
clara a aceitação da função»,
invocou a professora da Es-
cola Superior de Tecnologia
e Gestão (ESTG) no despacho
nº 37/P.IPG/2019, disponível
para consulta no site do IPG.
Os restantes candidatos apre-
sentaram as suas justificações
jurídicas (que se basearam na
vontade dos alunos e na acei-
tação implícita do cargo) e a
reclamação acabou indeferida,
DR
António Pissarra
colocando um ponto final no
assunto.
Confrontada por O INTE-
RIOR, Helena Saraiva esclare-
ce que não apresentou «uma
reclamação, apenas coloquei
uma questão, que me foi res-
pondida e, por essa razão, não
tenho mais nada a acrescen-
tar». Relativamente às funções
que pretende desempenhar,
a docente afirma o desejo de
ser «a voz do estudante den-
tro da instituição» e refere
que pretende ir mais além
das funções tradicionais do
Provedor: «Penso que pode
afirmar-se como alguém que
valida e facilita a concretização
das iniciativas propostas pelos
estudantes, de forma a cultivar
não só as relações que ocorrem
entre as várias unidades do
IPG, mas também a relação
com as comunidades externas
à instituição», sublinha Helena
Saraiva. Por sua vez, António
Pissarra também desvaloriza
a reclamação por considerar
que «não fez qualquer sentido
e foi apenas uma questão de
vocabulário, mas é óbvio que
não gostei e penso que estas
situações se poderiam dis-
pensar».
O professor da Escola Su-
perior de Educação, Comunica-
ção e Desporto (ESECD) garan-
te que, se for eleito Provedor,
vai «promover os interesses
dos estudantes porque assim
se promovem os interesses da
instituição». O candidato lem-
DR
Helena Saraiva
bra que está no IPG há 31 anos
e que já testemunhou «bom
e mau, já vi várias evoluções
e penso que, por isso, tenho
alguma vantagem em relação
aos restantes candidatos. Farei
agora a minha comunicação
com os estudantes, mas só
quando souber os locais des-
tinados ao efeito». Anabela
Sardo é a terceira candidata,
cuja indicação é proposta por
iniciativa dos alunos. A do-
cente afirma que «ficou muito
lisonjeada pelo convite dos
estudantes e vou encará-lo
como uma candidatura de mis-
são». Além disso, a docente da
Escola Superior de Turismo e
Hotelaria (ESTH) invoca a sua
experiência: «Já leccionei em
vários institutos, pertenci a
um conselho pedagógico e fui
directora de uma escola, o que
me confere uma experiência
diversificada, importante para
o desempenho deste cargo»,
assume.
Helena Sardo também des-
valoriza o caso da reclamação
interposta por Helena Saraiva,
referindo que «o IPG emitiu o
seu parecer jurídico, onde afir-
mou que essa reclamação não
tinha cabimento e eu concordo.
A partir daqui cada um faz a
leitura que entender da situ-
ação». As eleições terão lugar
a 23 de abril. Segue-se o prazo
de um dia útil para contestação
dos resultados. Os resultados
definitivos serão depois afixa-
dos no dia 29 de abril.
Quinta-feira • 04 de abril de 2019 •
Violência doméstica
GNR registou 80 casos nos
primeiros três meses do ano
Apesar da avalanche de
situações noticiadas nos últimos
meses, o número de casos de
violência doméstica registado
desde o início do ano até 31 de
março pelo Comando Territorial
da GNR da Guarda é exatamente
o mesmo que no período homó-
logo do ano passado: 80.
Destes casos, 20 resultaram
em detenções de indivíduos aos
quais foram aplicadas medidas
de coação como prisão preven-
tiva (3), prisão domiciliária (1),
colocação de pulseira eletrónica
(9) e termo de identidade e re-
sidência (7). Para o capitão João
Reis, estes dados confirmam que
«não houve de facto nenhum
aumento do número de casos
Finalistas
GNR aumenta fiscalização na fronteira
durante o fim de semana
A GNR iniciou, na segunda-
feira, uma operação com o ob-
jetivo de combater o consumo
de álcool e drogas pelos jovens
finalistas que rumam a Espanha
nesta altura do ano.
A operação “Spring Break”
inclui a fiscalização de fronteiras
terrestres em Vilar Formoso
(Guarda), Caia (Portalegre)
e Vila Real de Santo António
(Faro) entre esta sexta e segun-
da-feira para «detetar a prática
de ilícitos associados ao con-
sumo de substâncias estupe-
La Vie com mais atividades para animar
a Páscoa
O centro comercial La Vie
na Guarda programou várias
ações e eventos gratuitos para
animar o período da Páscoa.
Até 5 de maio está patente
a exposição “A reciclagem é uma
miragem”, da autoria do autodi-
data do Soito José Oliveira, que
apresenta esculturas metálicas,
feitas com materiais recicláveis
e de médias dimensões. As
várias obras estarão expostas
por todos os pisos do centro
comercial. De regresso está o
cinema grátis ao domingo de
manhã, nos dias 7 e 21 de abril,
quando serão exibidos os filmes
de animação “Rodolfo, o gatinho
preto” e “Ralph VS Internet”. As
sessões são grátis para crianças
a partir dos 5 anos de idade. O La
•7
registados, o que existe é um au-
mento da proatividade da GNR
relativamente aos mesmos».
Também as últimas ocorrências
do mês passado, que envolveram
indivíduos mais jovens, «não
refletem necessariamente a con-
juntura», de acordo com aquele
oficial do Comando Territorial,
pois, «infelizmente, estas situa-
ções são transversais a todas as
faixas etárias». De resto, o capitão
João Reis lembra que «sem a GNR
ter conhecimento nada pode ser
feito. Por isso, nas nossas ações
de sensibilização apelamos sem-
pre às pessoas que têm relações
afetivas com as vítimas para que
denunciem. Só assim podemos si-
nalizar e intervir nestes casos».
facientes, bem como garantir
as condições de segurança dos
veículos que irão transportar
os jovens», adianta a GNR em
comunicado. Além desta ação,
estão igualmente previstas ses-
sões de sensibilização nas es-
colas (esta semana), de forma
a alertar os estudantes para os
riscos do consumo de substân-
cias ilícitas, e ainda fiscalizações
a centros comerciais (6 a 21 de
abril) com o intuito de detetar
eventuais vendas de álcool a
menores.
Empresas
AR
Vie vai também abrir a “Aldeia
gaulesa de Obélix e Asterix”,
entre 13 e 21 de abril, um es-
paço onde as crianças poderão
brincar com as célebres perso-
nagens de banda desenhada,
participar no atelier temático de
ovos da Páscoa, brincar no insu-
flável, fazerem pinturas faciais,
participar nos jogos medievais
e assistir a espetáculos de magia.
Já em maio, o centro co-
mercial guardense vai come-
morar do Dia da Mãe com um
atelier alusivo. De resto, o La
Vie continua a promover a ação
“Refeição + Cinema”, em que,
por 7,5 euros, pode jantar e a
assistir a uma sessão de cinema.
A iniciativa está em vigor todos
os dias da semana.
8• • Quinta-feira • 04 de abril de 2019

UBI

Cavaco Silva falou sobre Linha de crédito

a União Europeia SC
para limpeza de
matas não chegou
às autarquias
DR

Câmaras do Fundão e Covilhã

candidataram-se, mas apoios do
Estado nunca foram atribuídos

Aníbal Cavaco Silva esteve do próprio país». Acrescentou,

na UBI na passada quarta-feira no entanto, que a «União Euro-
para participar numa confe- peia é uma construção única».
rência relacionada com temas Questionado por O INTERIOR
da União Europeia e da moeda acerca da situação atual das
única. regiões do interior, Cavaco
O ex-Presidente da Repú- Silva mostrou relutância em
blica falou da sua experiência responder e não falou sobre
enquanto «participante ativo» este tema. Já sobre a polémica
nas mudanças económicas que das relações familiares exis-
marcaram o país nos anos 80 tentes entre membros do atual
do século passado e salientou Governo, ao qual deu posse,
que «o Portugal de hoje é ra- o ex-Presidente da República Ações de limpeza ficaram dependentes do investimento dos próprios munícipios
dicalmente diferente daquele acabou por dizer desconhecer A Covilhã e o Fundão encon- o gabinete de Vítor Pereira. A os munícipios têm de analisar
que encontrei em 1985». O as referidas situações. «Era tram-se na lista de 18 munícipios Câmara acrescenta ainda que se precisam do dinheiro, têm de
antigo primeiro-ministro alu- bastante ignorante em relação candidatos à linha de crédito dis- lhe pedido «que enviássemos aprovar em reunião de Câmara,
diu também às dificuldades a quase tudo o que foi revelado, ponibilizada pelo Governo para a faturas/ despesas relativas a em Assembleia Municipal e de-
que as mudanças económicas mas entendo que não devo fazer limpeza de matas, de entre os 308 trabalhos de substituição de pois de tudo isso têm de levar a
geraram no país no final da qualquer comentário porque já que foram sinalizados, mas nunca proprietários incumpridores em visto do Tribunal de Contas. Só
década de 90, afirmando que foi tudo dito ou quase tudo e receberam qualquer montante. 2018, visto que o empréstimo com isto, passou o Verão».
foi «necessária muita audácia eu não acrescentaria nada de No caso do Fundão, a autar- só seria para este fim. Como não Na Guarda, foram feitas «to-
para decretar o fim da moeda novo», declarou Cavaco Silva. quia confirma que a candidatura temos qualquer fatura, não temos das as ações nas freguesias. Há
à Linha de Crédito para Limpeza direito a quaisquer montantes de uma sensibilidade muito grande
PUB de Faixas de Gestão de Combus- empréstimo». dos particulares, das instituições
tível, «nunca foi aprovada nem Apesar do incumprimento e das autarquias, mas nada disso
recusada, assim como nunca foi por parte do Governo, a autar- se deve ao Governo», acrescen-
enviado ao município o contrato quia da Covilhã realizou ações de tou Álvaro Amaro. O despacho
de crédito a assinar». Apesar de limpeza de propriedades onde nº744/ 2019 discriminava num
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DA GUARDA, E.P.E. não fornecer informações acerca «aplicámos verbas exclusivamen- mapa as 1.142 freguesias com
de valores, no que respeita a ações te do município:  300 mil euros risco elevado de incêndio florestal
ANÚNCIO realizadas com vista à prevenção em 300 hectares, rede secundária e que, por essa razão, são consi-
Torna-se público o seguinte: de incêndios, a edilidade presidi- (10m). As faixas em redor dos deradas prioritárias para ações
1. Entidade contratante: Unidade Local de Saúde, E.P.E. - Av. Rainha D. Amélia, 6301-857 da por Paulo Fernandes adianta núcleos urbanos são da respon- de limpeza de matas. O distrito
Guarda; Telefone: Geral 271210840; Telefone: Aprovisionamento 271205143 - Fax. 271205144: que «tem vindo a realizar um sabilidade dos proprietários e da Guarda tem 144 dessas fre-
2. Objeto do procedimento trabalho constante na prevenção estão limpas mais ou menos 50 guesias, sendo 107 consideradas
N.º do Designação Prazo para receção da contra os incêndios, nomeada- por cento, ou seja, 350 hectares». de primeira prioridade para ações
Procedimento proposta mente num enorme investimento Devido a questões burocráticas e de limpeza. No distrito de Castelo
Concessão da Exploração do Salão de 18:00H do 15º dia a em silvicultura de prevenção na a falta de clareza nos processos Branco existem 61 freguesias sina-
Cabeleireiro Unisexo sito no Hospital Sousa contar do dia seguinte ao rede primária e secundária, assim de candidatura, várias autarquias lizadas com 39 classificadas como
Martins (Novo Edifício) da Unidade Local de da publicação do anúncio. como na limpeza dos espaços desistiram de obter fundos atra- sendo de primeira prioridade.
Saúde da Guarda pelo período de 36 (trinta
adjacentes a edifícios públicos vés dessa linha de crédito, sendo O Governo prometeu dispo-
e seis) meses
e nas zonas de maior risco de que a grande maioria nem tentou. nibilizar às autarquias uma Linha
3. No Programa do Concurso e no Caderno de Encargos indicam-se as condições que se incêndio.» A Guarda foi um dos municípios de Crédito para Limpeza de Faixas
pretendem ver respeitadas pela concessão a adjudicar.
A Covilhã também se candi- que não se candidatou à linha de de Gestão de Combustível de 50
4. Local de entrega das candidaturas: Exclusivamente para o e-mail paula.almeida@ datou à mesma linha de crédito, crédito para limpeza das matas. milhões de euros com a finali-
ulsguarda.min-saude.pt tendo solicitado pouco mais de «Não conheço nenhuma linha de dade de financiar a limpeza dos
5. Os documentos que constituem o processo do concurso encontram-se patentes no Serviço um milhão de euros. Contudo, crédito deste ano e, relativamente terrenos florestais, sendo que as
de Aprovisionamento do ULSG, para consulta, na morada indicada no n .º 1, todos os dias apesar do pedido realizado, em à linha de crédito do ano passado, autarquias consideradas de risco
úteis das 09:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30. Desde que solicitadas, serão entregues que «50 por cento seria destinado na maior parte das situações são mais elevado tinham a hipótese
cópias do processo do concurso a levantar no Aprovisionamento, ou podem também ser
solicitadas pelo paula.almeida@ulsguarda.min-saude.pt à limpeza das faixas de gestão puras falácias», disse Álvaro Ama- de receber um montante superior.
de combustível da rede primá- ro a O INTERIOR. O autarca expli- As Câmaras podiam candidatar-
6. O critério de adjudicação é o indicado no Programa do Concurso.
ria (10m) e 50 por cento  para ca ainda que «é preciso sermos se até 30 de setembro. Até 15 de
Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E., 1 de abril de 2019 limpeza das faixas em torno dos realistas. Se o Governo anuncia março estavam obrigadas a fazer
A Presidente do Conselho de Administração núcleos urbanos e casas isoladas que vai disponibilizar uma linha a limpeza de terrenos privados
(100 e 50m) para que pudésse- de crédito não basta dizer que vai caso os seus proprietários não o
mos fazer face aos proprietários emprestar dinheiro. É preciso pri- fizessem. O dinheiro concedido
(Dra. Isabel da Natividade de Carvalho Coelho Cruz Antunes) incumpridores, não nos foi atri- meiro preparar as bases de acesso deveria ser devolvido ao Estado
O Interior, nº 1004 de 06/04/2019 buída qualquer verba», confirma à linha de crédito. Depois disso, no prazo de cinco a dez anos.

Turismo de
Interior em
destaque
na FIT
Grande objetivo da edição deste ano é colocar no mapa as regiões do interior
Feira Ibérica de Turismo
terá este ano 500 entidades
representadas na Guarda
e uma extensão de 11 mil
metros quadrados de área
coberta, naquela que será a
maior edição de sempre.
A cidade da Guarda será novamente o
ponto de encontro do turismo ibérico com
a VIº edição da Feria Ibérica de Turismo
(FIT). Este ano o foco do certame será o
Turismo de Interior que, de acordo com
Pedro Machado, presidente do Turismo do
Centro, «é ainda um diamante por lapidar».
A feira decorrerá no já habitual Parque
Urbano do Rio Diz, onde está a ser mon-
tada uma estrutura que atingiu o limite
da sua capacidade com os 11 mil metros
quadrados de área coberta. Carlos Condes-
so, diretor da FIT, confirma que «este ano
fomos obrigados a rejeitar 61 entidades,
por limitações de espaço e também por não
se enquadrarem no âmbito do turismo.»
A FIT terá 500 expositores que abrangem
regiões de turismo, hotéis, agências de
viagens, termas, munícipios, associações de
munícipios, comunidades intermunicipais,
empresas ligadas ao desporto de aventura
e a áreas tecnológicas, gastronomia, or-
ganismos oficiais, turismo de natureza e
enoturismo. A edição de 2019 daquela que
é a segunda maior feira da especialidade
a nível nacional terá como destino con-
vidado a província de La Coruña (Galiza,
Espanha) e o seu custo global rondará os
350 mil euros.
Dada a dimensão e notoriedade alcan-
çadas, Carlos Condesso pediu mais apoios
para a organização do evento. «Gostávamos
Quinta-feira • 04 de abril de 2019 • •9
PUB
SC
GUARDA - VILA N. FOZ COA GUARDA - FAMALICÃO DA SERRA
Moradia com 312 m2 constituída por 3 quartos, Terreno com 14,434 m2 com vista panorâmica
um dos quais suite. 3 w’c, 2 salas, lavandaria e sobre o vale, excelente exposição solar e possibi-
zona de bar. Garagem, piscina e barbecue. lidade de construção. Possui ainda oliveiras. *
\046190017 250.000€ \046190044 45.000€
GUARDA - ESTAÇÃO GUARDA - CENTRO
Apartamento com 94,14 m2, composto por 2 Apartamento com 88.3 m2 composto por 2 quar-
quartos, recuperador de calor na sala, termoacu- tos, lareira na sala e sótão. Próximo do centro
de ter mais apoio do Turismo de Portugal e mulador no hall de entrada e sótão para arrumos. comercial La Vie.
também da Entidade de Turismo do Centro, \046190037 67.000€ \046180218 45.000€
não apenas apoio financeiro, mas também
de “know-how”», disse o responsável, lem-
brando que a FIT não beneficia de qualquer
apoio estatal. Por sua vez, Álvaro Amaro,
que já não poderá inaugurar esta edição por
ter suspendido o mandato, disse esperar
que «esta marca fique para sempre colada
à Guarda, não a mim». Já Pedro Machado
salientou o fator que distingue o turismo
em regiões de baixa densidade e que
será crucial para o seu desenvolvimento:
«Quando interpretamos as tendências dos GUARDA - CENTRO GUARDA - TRAVESSA DAS COVAS
Apartamento de 63 m2 composto por 3 assoalha- Lote de Terreno para construção com 580 m2.
mercados nacionais, mas sobretudo dos das. Ótima oportunidade para habitação própria Situado numa zona calma, próximo de escolas,
internacionais, percebemos que os turistas ou para investimento. serviços e comércios. *
mais informados e com maior poder de \046180219 75.000€ \046190045 76.000€
compra procuram aquilo que temos nesta
Cada Agência é jurídica e financeiramente independente AMI - 9317
região: segurança, silêncio, autenticidade,
diferenciação… coisas que não se conse-
guem alcançar nos grandes aglomerados
urbanos e nos terrenos mais massificados.
É algo que se conquista nestes territórios
e que a FIT vai promover», referiu o presi-
dente do Turismo Centro.
A FIT, organizada pelo município da
Guarda, tem-se crescido desde a sua pri-
meira edição, em 2014. Nesse ano o certa-
GUARDA - PANOIAS DE CIMA GUARDA - BAIRRO DA LUZ
me contou com cerca de 20 mil visitantes,
Moradia com 173 m2, composta por 2 quartos, Moradia com 164 m2, remodelada, constituída
número que aumentou para 35 mil no ano recuperador de calor na cozinha/sala, aqueci- por 4 quartos, 2 wc's e ainda garagem para 2
passado. Este ano a feira será inaugurada mento central e janelas com vidro duplo. Arma- carros. Pré instalação de aquecimento central.
zém com 105 m2.
pelo ministro-adjunto e da Economia, \046180160 57.000€ \046180179 140.000€
Pedro Siza Vieira, no dia 2 de maio, às 17
horas. As portas abrirão ao público duas * EXCLUÍDO DO SCE, AO ABRIGO DO ARTIGO 4º, DO DECRETO-LEI Nº 118/2013, DE 20 DE AGOSTO
horas antes, sendo que os bilhetes podem ERA GUARDA
ser adquiridos no próprio local. O ingresso
diário terá um custo de 2 euros e o geral,
que permite a entrada nos três dias do Largo Gen. Humberto Delgado, N.º 12A - R/C
evento, custará 5 euros. As crianças até aos
12 anos têm entrada gratuita.
10 • • Quinta-feira • 04 de abril de 2019
CIMBSE aplica descontos nos
passes a partir de 15 de maio
Data limite para introdução das medidas do Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes
Públicos foi revelada pelo primeiro-ministro, António Costa, na sexta-feira
Os descontos nos passes de trans-
portes públicos na área da Comunidade
Intermunicipal das Beiras e Serra da
Estrela (CIMBSE) entrarão em vigor a
15 de maio, a data limite imposta pelo
primeiro-ministro para a aplicação da
medida em todo o território.
Na sexta-feira, no Porto, António
Costa assegurou que até essa data todas
as Comunidades Intermunicipais vão
ter «medidas ajustadas» aos territórios,
«para aumento da oferta de transporte
público ou redução tarifária». Na cerimó-
nia de assinatura dos contratos do Pro-
grama de Apoio à Redução do Tarifário
dos Transportes Públicos (PART), entre
o Estado e a Área Metropolitana do Porto
(AMP), o chefe do Governo acrescentou
que é «cada CIM que está nas melhores
condições de dizer como, em concreto,
a redução tarifária pode ser aplicada e
desenhar a melhor resposta para as suas
necessidades». O primeiro-ministro es-
clareceu também que a redução tarifária
no transporte público é uma «medida em
quatro», porque é «amiga do ambiente,
Na região estão previstas reduções de 20, 30 e 40 por cento nos passes e bilhetes nos transportes
das famílias, da economia e da coesão
territorial». E reiterou que, «ao contrário
do que dizem os que mais criticam, esta
PUB
medida não se destina só às Áreas Metro-
politanas de Lisboa e Porto. O Governo
deu o passo que devia ter dado, alargando
Covilhã
Câmara entrega 300 mil euros a
associações
A Câmara da Covilhã atribuiu 300 mil
euros às associações do concelho, tendo
os respetivos contratos-programa de
apoio sido assinados no sábado.
As verbas foram entregues no âmbito
do Regulamento de Apoio ao Associati-
vismo e repartem-se em três categorias:
“Atividade Regular”, “Investimento e
Aquisição de Equipamentos” e “Atividade
Pontual de Caráter Supraconcelhio”. A
fase de candidaturas decorreu de 8 de
outubro e 30 de novembro de 2018,
tendo os resultados definitivos sido
publicados em fevereiro passado.
Segundo o município, houve 89 candi-
Fundão
Visitas de comboio e caminhadas
comentadas às cerejeiras em flor
A Câmara do Fundão está novamen-
te a promover a paisagem natural das
cerejeiras em flor como cartaz turísti-
co, através de um programa que conta
com passeios de comboio na zona dos
pomares, piqueniques e até caminhadas
comentadas.
Em nota de imprensa, o município
adianta que o programa decorre até dia
14 e permitirá aos visitantes desfru-
tarem de «um dos cenários mais des-
lumbrantes da natureza, que ocorre no
início da Primavera, quando milhares
de cerejeiras pintam de branco a Serra
da Gardunha». As atividades acontecem
a medida a todo o país».
Conforme noticiou O INTERIOR na
última edição, no território da CIMBSE o
processo de negociação ainda está a de-
correr. «A primeira opção foi a subsidia-
ção dos passes, pois parece mais lógico
subsidiar os utilizadores habituais face
aos ocasionais. Contudo, face ao reduzido
número de passes na região, poderão
surgir, das conversas com os operadores,
outras soluções», disse fonte não iden-
tificada da Comunidade Intermunicipal
à agência Lusa. A proposta da CIMBSE
tem um custo total de 545 mil euros, dos
quais 496 mil euros serão atribuídos
pelo Fundo Ambiental, e prevê a redução
de 30 por cento para todos os passes
(aplicável apenas a residentes), para
todos os passes para maiores de 65 anos
e para menores de 19 anos. Está também
contemplada a redução de 40 por cento
dos passes dos transportes urbanos e de
todos os bilhetes em transporte flexível
na Covilhã, Gouveia, Guarda e Seia, e um
desconto de 20 por cento em todos os
passes em transporte ferroviário.
daturas aprovadas na linha de apoio à
“Atividade Regular”, 30 para “Investi-
mento e Aquisição de Equipamentos”
e 19 candidaturas para “Atividade
Pontual de Caráter Supraconcelhio”. Na
cerimónia, o presidente da Câmara da
Covilhã declarou que «o regulamento
é transparente justo e objetivo. É um
instrumento que permite premiar o
mérito e o trabalho». Vítor Pereira
também admitiu que o valor concedido
às coletividades «ainda é reduzido», mas
prometeu que a autarquia vai continuar
a trabalhar para «engrossar o envelope
financeiro nos próximos anos».
sobretudo aos fins de semana e incluem
passeios pelos trilhos da Gardunha,
passeios de bicicleta, a possibilidade
de alugar uma cesta de piquenique ou
de apadrinhar uma cerejeira. A novi-
dade é a realização de caminhadas
comentadas sobre as cerejeiras, que
acontecem este sábado e no dia 13. Já
os passeios de comboio turístico esta-
rão disponíveis nos fins de semana. Os
interessados poderão também efetuar
passeios de balão sobre os pomares,
mas a sua realização carece de marca-
ção prévia e dependerá das condições
meteorológicas.
 Quinta-feira • 04 de abril de 2019 • • 11

Agricultura DR

Seca faz antecipar campanha de

rega na Cova da Beira em um mês
A Associação de Beneficiários do Rega-
dio da Cova da Beira iniciou na quinta-feira,
de forma gradual, a campanha de rega,
antecipando a data em cerca de um mês
devido à seca, confirmou o seu presidente.
«Começámos a abrir as bocas de rega
para os blocos em que há maior necessi-
dade, sendo que as situações mais críticas
estão nos pomares, no cereal e nos prados,
que estão sem pinga de água», adiantou An-
regar um mês mais cedo, portanto,
vamos gastar mais água e, neste
momento, a água que temos ao
nosso dispor nas barragens está
mesmo à justa. São pouco mais de
60 milhões de metros cúbicos»,
aponta, adiantando que na próxi-
ma reunião com os regantes vai
apelar a uma gestão eficiente e ao
racionamento da água para que
chegue, «pelo menos», até outubro.
Na sua opinião, esta situação tam-
bém vem mostrar a necessidade
do Regadio a Sul da Gardunha,
mas desde que seja abastecido por
barragens próprias e não dependa
das infraestruturas do Regadio da
Cova da Beira.

IV
tónio Gomes. A gerir o Regadio da Cova da PUB

Beira há vários anos, o dirigente reconhece

que a situação que se vive nos campos da
região «é mesmo muito preocupante» e
assume que nunca esteve tão apreensivo
como este ano. «Se não chover em abril
ou maio, e em abundância, podemos ter
pela primeira vez uma situação em que a
água pode faltar no nosso regadio», alerta
o responsável da organização sediada no
12 a 14 ABRIL
Fundão. Atualmente, o Regadio da Cova da
Beira abastece cerca de 3.600 explorações
agrícolas, num total de cerca de 6.000
hectares de terreno espalhados pelos con-
celhos de Belmonte, Penamacor, Fundão e
Covilhã, no distrito de Castelo Branco, bem
como no concelho do Sabugal, no distrito
da Guarda.
António Gomes disse «muito preo-
cupado» com a situação porque em anos
considerados «normais» são gastos cerca
de 55 a 58 milhões de metros cúbicos,
mas, este ano, se não chover entretanto,
serão precisos mais. «Estamos a começar a

Seia
CISE organiza 1ª ETAPA
12 ABRIL - VILAR FORMOSO / PINHEL 1ª ETAPA - 12 abril
passeios pedestres *Vilar Formoso
*Almeida
nas rotas das *Castelo Rodrigo
*Figueira Castelo Rodrigo
Canadas e de *Marialva
*Mêda
Loriga *Trancoso
*Vila Franca das Naves
Para conhecer a riqueza natural e *Pinhel
cultural das Aldeias de Montanha e da
Serra da Estrela, o Centro de Interpreta- 2ª ETAPA - 13 abril
ção da Serra da Estrela (CISE) vai realizar *Manteigas
dois passeios pedestres este mês. 2ª ETAPA *Belmonte
13 ABRIL - MANTEIGAS / FUNDÃO
Os percursos terão lugar na próxima *Guarda
quarta-feira e no dia 17, sendo que o *Sabugal
primeiro segue pela rota das Canadas, *Penamacor
na cabeceira do vale de Alvoco da Serra. *Fundão
Classificada com um grau de dificuldade
baixo, a rota tem uma extensão de cerca 3ª ETAPA - 14 abril
de seis quilómetros e desenvolve-se a *Celorico da Beira
montante daquela aldeia, «entre matos *Fornos de Algodres
e afloramentos graníticos enquadrados *Gouveia
pelos cimos da Torre», refere a Câmara de *Seia
Seia em comunicado. A segunda caminha- *Manteigas
da dará a conhecer a rota de Loriga, no *Belmonte
troço compreendido entre a vila e a aldeia *Covilhã
de Cabeça. Este percurso está classifi-
cado com um grau de dificuldade difícil 3ª ETAPA
e percorre um vale extenso, alojado no
flanco sul da Serra da Estrela, num total
14 ABRIL - CELORICO DA BEIRA / COVILHÃ
de 7,2 quilómetros. Os interessados em
participar podem inscrever-se online (em
www.cise.pt), ou diretamente no CISE por
telefone ou através do email cise@cise.pt
. A participação é limitada a 13 pessoas e
custa 10 euros.
12 • • Quinta-feira • 04 de abril de 2019
GNR não vai encerrar postos
no distrito de Castelo Branco
Garantia foi deixada pelo comandante do Comando Territorial nas comemorações do Dia da Unidade,
que tiveram lugar na Covilhã
A GNR não vai encerrar ne-
nhum posto no distrito de Castelo
Branco e o projeto-piloto que foi
testado em 2018 visava apenas
otimizar os recursos, garantiu o
comandante do Comando Terri-
torial nas comemorações do Dia
da Unidade, que este ano tiveram
lugar na Covilhã no passado dia
27 de março.
«Não é intenção do Comando
da GNR fazer qualquer proposta
no sentido de encerramentos,
porque me parece que o terri-
tório é demasiado grande para
haver uma concentração ou uma
espécie de superpostos. A malha
deve manter-se, agora o funciona-
mento e a sua organização deve
ser minimizada nas áreas admi-
nistrativas», afirmou o coronel
Jorge Bolas. Quanto ao projeto-
piloto implementado durante um
mês nalguns postos do distrito e
que criou receios da população
relativamente a eventuais encer-
ramentos, o oficia garantiu que
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«esse cenário de fechos nunca
esteve em cima da mesa». Essa
experiência destinou-se apenas
a «concentrar áreas administra-
tivas para libertar militares para
a patrulha» e os resultados estão
agora a ser analisados. «Melho-
rámos em todos os indicadores
testados. Tivemos mais gente
disponível, mais patrulhas, mais
DR
presença, maior concertação
para a vida dos militares, mais
disponibilidade, mais seguran-
ça», adiantou o comandante
Jorge Bolas.
O responsável acrescentando
que «aumentámos em 304 por
cento o número de patrulhas de
proximidade junto dos nossos
idosos e populações mais dis-
tantes, passando de 48 para 194
patrulhas». Presente na cerimó-
nia, o inspetor da Guarda, major-
general José Luís Gonçalves, re-
velou que o Comando Territorial
de Castelo Branco recebeu, no
final de 2018, cerca de 30 novos
guardas e oito novas viaturas,
meios que permitiram compensar
as 20 saídas de militares para o
Grupo de Intervenção, Proteção
e Socorro.
Atualmente, o Comando Ter-
ritorial de Castelo Branco tem
um efetivo de 700 pessoas, mas
o oficial admitiu que gostaria de
ver esse número reforçado, até
porque, dos 31 postos em funcio-
namento, 13 não são autónomos
e funcionam em regime de aten-
dimento reduzido, porque têm
menos de 24 militares.
PUB

Pintura
Ana Leal com nova exposição
no Museu da Guarda
“Olhares Sentidos” é o
nome da exposição que mos-
tra o mais recente trabalho da
pintora guardense Ana Leal.
A mostra é inaugurada esta
sexta-feira (18 horas) na ga-
leria de arte Paço da Cultura e
estará patente até 23 de maio.
Ana Teixeira Diniz, que
assina as suas obras com o
nome artístico Ana Leal, nas-
Música
Rita Redshoes no Sabugal
Rita Redshoes atua esta
sexta-feira (21h30) no audi-
tório municipal do Sabugal em
versão acústica.
Cantora, compositora,
multi-instrumentista e letris-
ta, é considerada uma das mais
versáteis artistas portuguesas
tendo editado quatro álbuns
de originais, o último dos quais
intitulado “Her” (2017). Neste
disco com 13 temas, a artista
escreve e interpreta, pela pri-
meira vez a solo, três temas
em português, um dos quais
em coautoria com Pedro da
Silva Martins. Rita Redshoes
iniciou o seu percurso como
baterista num grupo de te-
atro de escola, passou por
inúmeros projetos musicais
como autora e intérprete,
onde tocou muitos instru-
mentos e gravou vários discos
(Atomic Bees, Photographs,
Rebel Red Dog, David Fonse-
Exposição
Igrejas do mundo para ver
na Covilhã
A exposição “Igrejas do
Mundo” está patente no Museu
de Arte Sacra da Covilhã até
dia 28.
Inaugurada no domingo,
a mostra mista de fotografia e
miniaturismo apresenta traba-
lhos de Luís Agostinho e João
Música
Fado solidário em Celorico
da Beira
O município de Celorico
da Beira organiza o espetácu-
lo “Fado Cruzado” no sábado
(21h30), no Centro Cultural
da vila, para ajudar as vítimas
das inundações de Moçambi-
que, revertendo a receita de
bilheteira a favor da Cáritas
moçambicana.
O concerto junta os sons
de Coimbra e de Lisboa, dois
fados «irmãos que o tempo
ceu na cidade mais alta em
1956, tendo-se graduado em
Arquitectura na ESBAL em
1980. A artista iniciou a sua
atividade profissional no en-
sino, tendo mais tarde optado
por se dedicar exclusivamente
à Arquitetura. Em 2003 arran-
cou a sua jornada na pintura,
tendo exposto na Guarda pela
primeira vez em 2014.
DR
ca, The Legendary Tigerman,
Noiserv). Estreou-se a solo
em 2008 com o álbum “Gol-
den Era” e ao longo dos anos
tem também colaborado em
inúmeras bandas sonoras
premiadas para teatro e ci-
nema, tendo, inclusivamente,
discos editados nesta área.
Fernandes, respetivamente,
que, através de técnicas muito
diferentes, revelam algumas das
mais belas estruturas eclesiás-
ticas espalhadas pelo mundo. A
exposição pode ser visitada de
terça a domingo, entre das 10 às
18 horas, e tem entrada gratuita.
afastou e que aqui se juntam
como se dois destinos se cru-
zassem para nunca mais serem
os mesmos», refere a produ-
ção. Os bilhetes custam 5 euros
e podem ser adquiridos no
Centro Cultural. Os interessa-
dos podem também contribuir
para a causa adquirindo vales
solidários de 1, 2 e 5 euros, na
secretaria da Câmara Munici-
pal ou no Centro Cultural.
Música
Rubel, o “príncipe encantado”
da nova MPB, no Fundão
O músico brasileiro Rubel
atua sábado (22 horas) na Mo-
agem, no Fundão, no âmbito
do “Open Sounds”, um ciclo
promovido pela autarquia que
aposta em grupos e artistas in-
ternacionais de estilos musicais
diversos.
Já apelidado de “príncipe
encantado” da nova música
popular brasileira, Rubel foi
nomeado, em 2018, para o
Grammy Latino na categoria
“Melhor Álbum de Música Al-
ternativa de Língua Portuguesa”
com o disco “Casas”. Nos sete
meses posteriores ao lança-
mento deste trabalho, o cantor
e compositor fez 65 concertos
em 51 cidades, dentro e fora
do Brasil. Em 2011, o artista foi
estudar Artes na Universidade
do Texas, em Austin (EUA),
onde começou a escrever as
primeiras canções. Dois anos
Covilhã
57 instrumentistas no Concurso Internacional
de Percussão da Beira Interior
O Concurso Internacional
de Percussão da Beira Interior
começa esta sexta-feira na Covi-
lhã com 57 concorrentes.
Divididos em quatro cate-
gorias, em função das idades,
os candidatos são oriundos de
Portugal, Bélgica, Venezuela,
Holanda Espanha e França. O
concerto de abertura acontece
no auditório do Unidos do Torto-
sendo (21 horas) com a Banda de
Música da Força Aérea Portugue-
Mêda
Feira do livro até domingo
O escritor Francisco Moita
Flores abriu na segunda-feira
a XXIIª Feira do Livro da Mêda,
que está a decorrer até domingo
na biblioteca municipal local.
Ontem teve lugar um con-
curso de leitura destinado aos
alunos do segundo ciclo e para
esta quinta-feira (10h30) está
Televisão
Museu do Côa abre série documental sobre arquitetura portuguesa
O Museu do Côa é o tema
do primeiro episódio, exibido no
sábado na RTP2, de uma série
documental sobre arquitetura por-
tuguesa contemporânea, da autoria
de Victor Neves e Carlos Lopes.
I n t i t u l a d a “A t e l i e r
d´Arquitetura”, a série vai estrear
pelas 23 horas e será emitida
semanalmente para mostrar
«um olhar» sobre as «reais inci-
dências» da arquitetura «na so-
ciedade portuguesa atual, tendo
Quinta-feira • 04 de abril de 2019 •
depois lançou o seu primeiro
trabalho intitulado “Pearl”,
com sete temas. Na sua música,
Rubel «junta o melhor da MPB
(Música Popular Brasilleira),
o melhor do folk americano
e o melhor do indie», adianta
a produção, numa «mistura
mágica juntando letras intensas
e uma voz deliciosa de se ouvir».
sa dirigida pelo maestro António
Rosado e que terá como solista
Marco Fernandes, presidente do
júri do concurso. A competição
propriamente dita terá lugar no
auditório das Sessões Solenes
da UBI durante o fim de semana,
onde prestarão provas percus-
sionistas das categorias até aos
12 anos e dos 13 aos 15 anos. O
concerto de atribuição de pré-
mios destas duas categorias está
agendado para as 19 horas de do-
agendado um encontro com a
escritora Susana Campos, autora
de literatura infantojuvenil. No
sábado a abertura da exposição
“Crianças com direitos” antece-
de o IIº Encontro de Coros de
Mêda na Casa Municipal da Cul-
tura (21h15). A feira, que inclui
a venda de livros a preços em
como atores os arquitetos mas
também os usuários», de acordo
com o projeto divulgado pela
RTP2. Construído numa encosta
sobranceira à confluência dos rios
Côa e Douro, o Museu do Côa foi
inaugurado em 2010 para divulgar
a arte rupestre do Vale do Côa, clas-
sificada Património da Humanida-
de pela UNESCO. Neste programa
inaugural participam os autores
do projeto, os arquitetos Camilo
Rebelo e Tiago Pimentel, bem como
• 13
DR
Esta combinação vale também
para as influências de Bon Iver,
Bob Dylan e Fleet Foxes na sua
melodia. Já na escrita, o cantau-
tor brasileiro diz-se inspirado
por Caetano Veloso e Jorge Ben.
A passagem pelo Fundão faz
parte da digressão de onze
concertos de Rubel em Portugal
durante março e abril.
mingo. As provas das categorias C
(dos 16 aos 18 anos) e D (mais de
18 anos) terão lugar nos dias 9,
10 e 11 com o concerto final a ter
lugar neste último dia, pelas 19
horas. Neste recital será decidido
o vencedor da categoria D e o ven-
cedor do mais apetecido prémio
do concurso, uma marimba de
8.000 euros. O concurso é orga-
nizado pela Associação Cultural
da Beira Interior, com o apoio da
Câmara da Covilhã.
conta, termina no domingo com
duas dramatizações teatrais
pelo grupo de Vale do Porco e
uma adaptação da “Farsa de
Inês Pereira”, de Gil Vicente, pelo
Clube de Teatro do Agrupamen-
to de Escolas da Mêda, na Casa
Municipal da Cultura a partir
das 15 horas.
o diretor do espaço museológico
e arqueólogo António Batarda
Fernandes. Com um custo inicial
da ordem dos 18 milhões de euros
(equipamentos incluídos), aquele
que é o segundo maior museu (em
área) de Portugal a seguir ao de
Arte Antiga, em Lisboa, constitui-se
como um local de descodificação da
arte paleolítica, sendo que grande
parte do seu conteúdo está no
exterior, como o território e a arte
rupestre do Vale do Côa.
14 • • Quinta-feira • 04 de abril de 2019 Publicidade

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 Quinta-feira • 04 de abril de 2019 • • 15

Farense trava Sp. Covilhã

Covilhanenses perderam ao décimo primeiro jogo da segunda volta da IIª Liga, mas continuam no sétimo lugar
da classificação
O Farense interrompeu, no
domingo, a invencibilidade do
Sp. Covilhã, que não perdia há dez
jogos, desde janeiro, ao derrotar
em casa os comandados de Filó
por 1-0 na 27ª jornada da IIª Liga.
Os visitantes entraram mel-
hor na partida, surgindo mais
dominadores e desenvoltos a
nível ofensivo, tendo criado
boas por oportunidades por
Adriano Castanheira, aos 8’, e
Mica, aos 28’, para abrir o ativo.
Mas volvidos sete minutos,
contra a corrente do jogo, o Fa-
rense adiantou-se no marcador
quando Pedro Kadri, em posição
frontal, assinou de forma ir-
repreensível um livre direto,
sem hipóteses para Vítor São
Bento. Os covilhanenses reagi-
ram e poderiam ter empatado
aos 41’, mas o guardião algarvio
Hugo Marques, com a ponta
dos dedos, e o poste evitaram
o golo de Adriano. No segundo
tempo os locais regressaram das
cabinas com mais dinâmica no
quarto de hora inicial e protago-
nizaram várias oportunidades
para marcar, por Mayambela
(defesa de Vítor São Bento, aos
51’), Alvarinho (cabeceamento
cortado por Zarabi em cima da
linha de baliza, aos 59’) e Jorge
Ribeiro (cruzamento/remate ao
poste, aos 65’).
Algarvios acabaram com invencibilidade dos serranos, que não perdiam desde janeiro
Depois foi o Sp. Covilhã que
assumiu o controlo da partida até
ao final do tempo regulamentar e
tudo tentou para conseguir, pelo
menos, o empate. Só que Kukula
estava em tarde desinspirada e
revelou ineficácia no momento
da finalização. O ponta de lança
desperdiçou mesmo duas oportu-
nidades claríssimas para marcar
já nos descontos, aos 94´e 95’, Na
primeira a “culpa” foi de Hugo
Marques, que evitou o golo com
a defesa da tarde, já na segunda
jogada o covilhanense atirou por
cima selando uma vitória do
Farense presenciada por mais de
6 mil adeptos em dia de entradas
gratuitas para comemorar os
109 anos do emblema algarvio.
Antes, aos 89’, o presidente do
Sp. Covilhã José Mendes, que
AR
estava como delegado ao jogo,
viu um cartão vermelho direto e
foi expulso do banco pelo árbitro
da partida. Apesar deste desaire,
o Covilhã mantém-se no sétimo
lugar com 37 pontos e este do-
mingo recebe o Estoril, quarto
classificado.
Ficha de Jogo
Árbitro: Iancu Vasilica (AF Vila Real)
Árbitros assistentes: Rui Fernandes e
Rui Amaral
E. de São Luís,
Faro
Farense........................ 1
Hugo Marques, Filipe Godinho, Bruno
Bernardo, Pedro Kadri, Jorge Ribeiro,
David Moura, Daniel Bragança (André
Vieira, 83’), Fabrício, Mayambela
(Tavinho, 78’), Alvarinho e Kitambala
(Irobiso, 61’)
Treinador: Álvaro Magalhães
Sp. Covilhã................. 0
Vítor São Bento, Tiago Moreira, Zara-
bi, Rafael Vieira, Henrique Gomes,
Gilberto, Rodrigues (Zé Pedro,
71’), Adriano Castanheira (Leandro
Pimenta, 83’), Mica, Diego Medeiros
(Bonani, 64’) e Kukula
Treinador: Filó
Golos: Pedro Kadri (35’)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para
Zarabi (42), Pedro Kadri (54), Adriano
Castanheira (58), Rafael Vieira (67),
David Moura (78) e Leandro Pimenta
(85).
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Taça de Honra AF Guarda

Aguiar da Beira e Vila Cortês do Mondego
na final
O Aguiar da Beira e o Vila
Cortês do Mondego, duas equi-
pas do Distrital da Iª Divisão,
vão disputar a final da Taça de
Honra da Associação de Futebol
da Guarda agendada para 11
de maio.
No passado domingo os
aguiarenses receberam e vence-
ram o Sp. Celoricense, também
do escalão principal do futebol
distrital, por 2-0 e carimbaram
o passaporte para o derradeiro
jogo da prova no Municipal de
Figueira de Castelo Rodrigo. Já o
Vila Cortês do Mondego, equipa
do concelho da Guarda, apurou-
se após derrotar em casa o Paços
da Serra, do Distrital da IIª Divi-
são, por 5-2. A final do troféu vai
opor o atual segundo classifica-
do da Iª Divisão ao quinto.

Duatlo
António Barata é campeão nacional sub-23
DR
o Benfica, sagrou-se campeão
nacional sub-23 de duatlo cross
no passado fim de semana, em
Famalicão.
O atleta cumpriu os 5 quiló-
metros de corrida, 19 quilóme-
tros de BTT e mais 2,1 quilóme-
tros de corrida em 1h00m09s,
tendo terminado em 13º lugar
absoluto. Este fim de semana, em
Torres Vedras, António Barata
participa no Campeonato Nacio-
nal individual de duatlo sprint,
na vertente de estrada, que no
O fundanense António Ba- ano passado lhe valeu o titulo de
rata, que representa atualmente vice-campeão nacional absoluto.
16 • • Quinta-feira • 04 de abril de 2019
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por deliberação da Câmara Municipal de Aguiar da Beira, tomada em reunião ordinária
de 27 de março de 2019, e em conformidade com o artigo 7º do Regulamento de Oferecemos:
Atribuição e Gestão de Fogos de Renda Social, se encontra aberto concurso destinado • Formação;
à atribuição de um fogo de renda social, pelo prazo de 15 (quinze) dias, a contar do dia • Disponibilização de computador portátil;
seguinte ao da sua publicação em jornal regional, com as seguintes características:
• Trabalho a partir de casa;
1. Objeto: arrendamento urbano, em regime de renda apoiada, de habitação social,
em conformidade com a Lei nº32/2016, de 24 de maio. Enviar Curriculum Vitae para Apartado 196, 6300-909 GUARDA
2. Número de fogos a concurso, tipologia e localização: Uma habitação de tipologia
T2, situada no largo da Igreja, em Valverde, União de Freguesias de Souto de Aguiar
da Beira e Valverde.
3. Validade: O presente concurso é valido pelo prazo de 1 (um) ano.
maiores de idade, ou emancipados e que reúnam cumulativamente as condições
habitacionais e de recurso previstas no artigo 4º e no n.º 2 do artigo 5º do Regulamento.
5. Modalidade do concurso: O fogo será atribuído por concurso de classificação.
Aditamento
6. Valor da renda: A renda será fixada de acordo com a Lei nº 81/2014 de 19 de
dezembro alterada pela Lei nº 32/2016 de 24 de agosto, calculada em função do Loteamento da Zona Industrial de Trancoso
rendimento e composição do agregado familiar e nos termos dos artigos 3º, 13º e
seguintes do Regulamento. Processo 2/1999/1002
7. Constituição do Júri: O júri será composto pelos seguintes elementos, de acordo
com o artigo 8º do Regulamento:
Amilcar José Nunes Salvador, Presidente da Câmara Municipal do Concelho de
Trancoso:
• Rita da Cunha Mendes - Vice-presidente da Câmara Municipal de Aguiar da Beira;
• Amândio do Nascimento - Presidente da União de Freguesias de Souto de Aguiar
Faz saber, que em deliberação tomada por esta Câmara Municipal em sua reunião
realizada a 27 de março de 2019, e em face do disposto no art.º 27 do Decreto-Lei
da Beira e Valverde; nº 555/99 de 16 de Dezembro, com ulteriores alterações, é emitido o aditamento ao
• Anabela Melo - Chefe da Divisão Sociocultural, Turismo e Desporto da Câmara Loteamento da Zona Industrial de Trancoso, requerido por Manuel Victor Fernandes,
Municipal de Aguiar da Beira. contribuinte fiscal nº 179817000, residente em Rua da Boavista, Telhal - Ourozinho,
8. Dúvidas, esclarecimentos e consulta de documentos: quaisquer esclarecimentos, através do qual é autorizada a alteração do lote 4 sito em Crujeiro, União de Freguesias
dúvidas, consulta de documentos e apresentação de candidaturas, deverão ser solicitados de Trancoso (São Pedro e Santa Maria) e Souto Maior, concelho de Trancoso,
no serviço de Ação Social da Câmara Municipal de Aguiar da Beira, durante as horas descrito na Conservatória do Registo Predial sob o nº 1041/19990408 e inscrito na
normais de expediente (segunda a sexta – feira, entre as 9h30 e as 16h00 horas). matriz nº 2091.
9. Formas de apresentação das candidaturas: As candidaturas devem ser apresentadas A alteração incide sobre o Lote nº 4, nomeadamente:
no serviço de Ação Social da Câmara Municipal de Aguiar da Beira, mediante formulário, Aumento da área de implantação de 440,00 m2 para 740,00 m2.
que poderá ser obtido no sítio da internet ou no local indicado no número anterior. Aumento da área bruta de construção total de 1020,00 m2 para 1368,00 m2.
10. O formulário: a preencher pelos candidatos deverá ser acompanhado dos Aumento da área bruta de construção para indústria de 880,00 m2 para 1228,00 m2.
documentos indicados no nº 3 do artigo 10º do Regulamento. Mantêm-se inalteradas as restantes caracteristicas inicialmente aprovadas no
11. Atribuição da habitação: Após apuramento da lista de classificação final, a loteamento.
atribuição da habitação social será concretizada pela Câmara Municipal de Aguiar da Para conhecimento geral se publica o presente aviso que foi afixado nos lugares
Beira, mediante deliberação tomada em reunião. públicos do costume.
Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor, que vão ser afixados no Trancoso, Setor de Licenciamento de Obras Particulares e Loteamentos, 28 de
local de situação do fogo e nos lugares públicos de estilo e procede-se à publicitação março de 2 019.
em jornal regional.
Presidente da Câmara Municipal,
A VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL
(Rita da Cunha Mendes) (Amílcar José Nunes Salvador)
O Interior, nº 1004 de 06/04/2019 O Interior, nº 1004 de 06/04/2019
Cupão de Assinatura
Nacional_ ____ Semestral.....(16€) Anual.. (30e)
Estrangeiro_ Semestral.....(18€) Anual.. (35e)
Código Postal: _________ - ______ Localidade: _____________________________________________
Enviar para: Rua da Corredoura 80, R/C Dto C • 6300-825 Guarda
Assinatura __________________________________________________ Data _____/_____/________
O Jornal O Interior compromete-se a adoptar as medidas de segurança necessárias para garantir a salvaguarda dos dados
pessoais / empresas dos assinantes contra a sua eventual utilização abusiva ou contra o acesso não autorizado.
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denuncie a desistência por meio de comunicação escrita com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

Pelotão internacional
à prova nas estradas
das Beiras e Serra
da Estrela
Grande Prémio vai decorrer de 12 a 14 de abril com 18 equipas
internacionais e portuguesas e uma passagem pela Torre
«Esta prova é uma super atração para a região», reconhece José Manuel Biscaia, secretário-geral da AMCB
Com a mesma categoria 2.1
da UCI (União Ciclista Interna-
cional) que a Volta a Portugal,
o Grande Prémio Internacional
Beiras e Serra da Estrela vai
decidir-se nas estradas da re-
gião de 12 a 14 de abril.
Participam 18 equipas, algu-
mas das quais do World Tour e
todas as principais portuguesas,
que vão enfrentar três etapas
exigentes e uma seletiva subida
à Torre no último dia da prova.
A W52-FC Porto, a Israel Cycling
Academy e a norte-americana
Rally UHC, todas do escalão con-
tinental profissional (segunda
divisão), serão as formações de
proa, mas a concorrência tam-
bém será forte por parte das oito
equipas continentais portuguesas
(Rádio Popular-Boavista, LA-
Alumínios, Miranda-Mortágua,
Efapel, Oliveirense-Inoutbuild,
Vito-Feirense, Aviludo-Louletano
e Sporting-Tavira). Do mesmo
Atletismo
Dalila Romão e Carlos Sanches vencem em Orjais
Dalila Romão e Carlos San-
ches, ambos da Casa do Benfica
de Castelo Branco, venceram no
domingo a prova principal da
“Corrida dos Pessegueiros”, rea-
lizada em Orjais (Covilhã).
O atleta albicastrense con-
cluiu folgadamente os 10 qui-
lómetros do circuito entre os
pomares de pessegueiros em
35m29s, com Bruno Reis (Estrela
Campo de Aviação FC) a terminar
na segunda posição em 37m25s.
Paulo Pernes (AD Castelo de
Vide) completou o pódio com
escalão devem estar presentes a
EvoPro (Irlanda), VIB Sports (Ba-
rhein), Monkey Town (Holanda),
Amore & Vita-Prodir (Letónia),
Hurom (Polónia), Massi Vivo
(Paraguai) e Lokosphinx (Rússia),
que conquistou a edição anterior
com Dmitry Strakhov.
A primeira etapa, de 155
quilómetros, vai ligar Vilar For-
moso a Pinhel e no dia 13 o
pelotão terá pela frente 197
quilómetros entre Manteigas e
Fundão, com muita montanha
e passagem pela Guarda. A
derradeira tirada tem 177 quiló-
metros desde Celorico da Beira
até à Covilhã com passagem pela
Torre. «Esta prova é uma super
atração para a região, que vai
ser promovida a nível nacional
e internacional através do ciclis-
mo», disse José Manuel Biscaia,
secretário-geral da Associação
de Municípios da Cova da Beira
(AMCB), que organiza o Grande
o tempo de 39m49s. A corrida
feminina foi dominada pelas
benfiquistas de Castelo Branco,
que monopolizaram os três pri-
meiros lugares. Dalila Romão foi
a melhor com a marca de 49m17s,
seguida, respetivamente, de Tere-
sa Antão em 52m26s e de Joana
Sousa (53m51s). A competição
foi organizada pela Associação
Desportiva e Cultural e da Junta
de Freguesia de Orjais, com o
apoio técnico da Associação de
Atletismo de Castelo Branco.
Este domingo terá lugar mais
SC
Prémio com a empresa Fulls-
port e com o apoio da Enerarea,
CIM Beiras e Serra da Estrela e
Turismo do Centro. Citando um
estudo referente à edição de
2018, este responsável adiantou
que a estimativa aponta para
que o valor potencial do evento
seja na ordem dos 2,1 milhões
de euros, quando o investimento
ronda cerca de 210 mil euros.
José Manuel Biscaia revelou
ainda que está prevista uma
etapa em Salamanca no próximo
ano. Por sua vez, Pedro Macha-
do, presidente da Entidade de
Turismo do Centro, afirmou que
este grande prémio é «o cartão
de visita» da região na promo-
ção do turismo de natureza, de
pedestrianismo e do cicloturis-
mo. Uma ideia partilhada pelo
presidente da AMCB e da Câ-
mara de Belmonte, António Dias
Rocha, que se mostrou confiante
no sucesso desta quarta edição.
uma edição do Grande Prémio
de Atletismo “Cerejeiras em Flor”,
organizado pelo Grupo Convívio e
Amizade nas Donas, com o apoio
do município do Fundão. Com
início pelas 10 horas, a prova
tem corridas para os diferentes
escalões etários e inclui ainda a IIª
Estafeta “Cerejeiras em Flor”, com
partida às 11h15. Haverá também
um passeio pedestre, com partida
e chegada à sede do GCA nas Do-
nas. Mais informações através do
email gcadonas@gmail.com ou
926 729 727.
Quinta-feira • 04 de abril de 2019 •
Desporto automóvel
Guarda Unida Desportiva estreia
Racing Trophy das Beiras
A estreia do Racing Trophy
das Beiras, uma competição de
regularidade sport, e a segun-
da edição do Troféu Raiano de
Perícias são os principais des-
taques do calendário de provas
do Departamento de Despor-
tos Motorizados do Guarda
Unida Desportiva (GUD).
Apresentada na sexta-
feira, a nova época começa
dia 28 deste mês no Paul com
a primeira competição do
Racing Trophy das Beiras, que
terá cinco etapas. Seguem-se
Castelo Novo, freguesia do
Fundão (11 de maio), Sobral
da Serra, Guarda (9 de junho),
Longroiva, Mêda (7 de julho), e
Barragem do Caldeirão, Guarda
Futsal
Taça da AF Guarda em Celorico da Beira
Casal de Cinza, CF Sabu-
gal, Sameiro e Penaverdense
disputam no fim de semana no
pavilhão municipal de Celorico
da Beira a “final four” da Taça
de Futsal masculino da AF
Guarda.
A competição terá uma
vertente solidária já que será
aproveitada pela Associação
de Futebol para recolher bens
Karate
Taça Nacional de Karate Shotokan
na Guarda
Cerca de 250 karatecas
de 24 clubes portugueses vão
participar, na Guarda, na 19ª
Taça Nacional JSKA - Portu-
gal. A competição decorre no
pavilhão municipal de São
Miguel, a partir das 9 horas.
Patinagem artística
NDS organiza festival “Cidade da
Guarda” a 4 de maio
O NDS vai organizar o Iº
Festival de Patinagem Artís-
tica “Cidade da Guarda” já a
4 de maio no pavilhão de S.
Miguel. O evento consistirá em
exibições e demonstrações de
• 17
DR
(1 de setembro). António Pissar-
ra, presidente do GUD, adiantou
que este ano o Troféu Raiano
contempla 12 perícias/ slalom a
realizar nos distritos de Guarda,
Bragança e Vila Real, sete das
quais vão pontuar também para
o Campeonato de Portugal da
modalidade. O Sabugal vai ser
o palco da primeira prova deste
campeonato, a 2 de junho, en-
quanto a Perícia da Guarda está
agendada para 29 de setembro
e encerrará o Campeonato de
Portugal de Perícias e o Troféu
Raiano. Nestas atividades o GUD
conta com o apoio dos muni-
cípios envolvidos, empresas
locais, dos bombeiros e forças
de segurança.
alimentares e/ou roupas leves
para serem enviados para
Moçambique. No sábado, o
Casal de Cinza defronta o CF
Sabugal (18 horas) e o Samei-
ro, campeão distrital em título,
joga com o Penaverdense (20
horas). No domingo terá lugar
a final a partir das 16 horas. A
atividade conta com o apoio do
município de Celorico da Beira.
A organização é da Japan
Shotokan Karate Association
(JSKA) e da Academia Egita-
niense de Karate Shotokan
(AEKS), com o apoio da autar-
quia e da Junta de Freguesia
da Guarda.
atletas dos diferentes escalões
etários de mais de 15 clubes
de todo o país. Está já confir-
mada a participação especial
de Ricardo Pinto, bicampeão
do mundo.
18 • • Quinta-feira • 04 de abril de 2019
agoradigoEU
opinião
Albino Bárbara
Almaraz – licença
para matar
A Iberdrola, Endesa e Naturgy, proprietá-
rios da central nuclear de Almaraz, vêm uma
vez mais solicitar a renovação da licença por
mais oito anos e dois meses, quando todos
sabemos que a dita central deverá encerrar
portas já no próximo ano.
Esta cafeteira velha, enferrujada e perigo-
sa, com total falta de segurança, foi construída
em 1972, tendo o primeiro reator entrado em
funcionamento em 1981, com encerramento,
desmantelamento e selagem previsto para
2010.
A central nuclear de Almaraz teve até
agora mais de 2.500 avarias. O ano passado
parou duas vezes por graves problemas técni-
cos que os proprietários se negam cabalmente
a esclarecer.
A vida máxima de um reator é de 30 anos.
Após este tempo é considerado obsoleto e ex-
tremamente perigoso. Ali, em Almaraz, estão a
ser utilizadas peças de alumínio e magnésio com
visível falta de qualidade. É só atender ao relatório
da Comissão Técnica de Segurança Nuclear para
depois verificamos a utilização das águas do Tejo,
em Arrocampo, e a análise que obrigatoriamente
temos de fazer dos resíduos radioativos, mesmo
percebendo a tentativa de exploração do urânio
junto à nossa fronteira em Alameda de Gárdon
e em Retortillo.
O fator sorte tem indiscutivelmente
existido e o Governo português pode e deve,
antes que seja demasiadamente tarde, acionar
a Convenção de Espoo, de 1991, onde se es-
tabelecem avaliações, obrigando os Estados a
pronunciarem-se sobre projetos transfrontei-
riços suscetíveis de terem impacto ambiental,
mandando o bom senso que o Governo
português dê parecer negativo à pretensão da
renovação da licença.
Este tema, na nossa modesta opinião,
deve merecer especial destaque na Cimeira Ibé-
rica, a realizar na cidade da Guarda, no próximo
mês de junho, sabendo que vai haver eleições a
28 de abril em Espanha e Pedro Sanchez pode
já não ser presidente do Governo espanhol.
A central nuclear de Almaraz não pode
continuar e, por toda esta cadeia de razões, deve
ser imediatamente encerrada, considerando que
a morosidade nestes processos está perma-
nentemente presente. Para exemplificar basta
olhar para o calendário do términus da central
nuclear de Garoña (Burgos), decidido em 2012,
com relatório favorável em 2017, com trabalhos
previstos para o segundo semestre de 2019.
Almaraz é uma bomba de perigo iminente
para toda a zona do interior centro e norte alen-
tejano, em todos os concelhos dos distritos da
Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora, e
uma eventual fuga radioativa pode provocar
morte imediata, morte lenta e estragos que irão
demorar dezenas de anos a reparar.
É preciso recordar os vários acidentes de
Tricastin, Three Mile Island em 1979, Cherno-
byl em 1986, Fukushima em 2011, a cidade de
Seversk, na Sibéria, local secreto e fechado do
regime bolchevique onde, ainda hoje, só pode
ser visitada por “convite”. A contaminação e
mortes em Erwin em 1979, Tokai em 1997,
Tsuruga em 1981, Mihama em 2004, obriga-
nos a refletir, evocando a tal Santa Bárbara
(só nos lembramos dela quando ouvimos os
trovões) e, como o ditado popular aconselha,
pode ser que, ao tentar remediar, seja já tarde.
Demasiadamente tarde.
De Paris ao arroz de favas
opinião
João Mendes Rosa
Perdoe o leitor que o desengane tão cruamente, mas o 202 dos
Campos Elísios não existe. Idêntico desencanto experimentei eu
quando, de canhenho na mão e polaroid a tiracolo, debalde procurei
na famosa avenida o palácio do “meu Príncipe da Grã-Ventura” –
como diria o Zé Fernandes. Saíram-me, naturalmente, vernaculidades
contra o Eça, que iam muito além do «Irra! é demais» soltado no
romance pelo velho Galeão.
Há muito que desejava mapear a “Cidade e as Serras”, da Ville
Lumière a Tormes, Santa Cruz do Douro, aliás – eixo que passa ne-
cessariamente por Salamanca já que o romancista por ali esteve em
1899 (um ano antes de falecer, portanto) e em carta ao amigo Conde
de Arnoso – seu confrade nos Vencidos da Vida - exclamara de lá
um «Helás! Estou em Salamanca». Durante três dias, do Quartier
Latin ao Boulevard Saint-Michel, do Théâtre de l’Odéon à Sorbonne
sem esquecer Montmorency e L’Opéra do Palais Garnier, obviamen-
te, replicamos os passos de Jacinto e reescrevemos as equações
positivistas que levam à suma felicidade em qualquer sociedade
cosmopolita, ora essa. E folhearíamos até o “Journal des Débats” –
onde escrevera um Berlioz e um Bourget e o próprio Balzac chegara
a publicar folhetins – se fosse possível encontrá-lo ainda num desses
“quiosques” férreos de Montparnasse. O “Le Figaro” – isso sim, mas
nem dá vontade folhear o papelucho, tão desfasado está da linha
editorial de pendor literário traçada por Hippolyte de Villemessant,
onde Zola começou a denunciar o famoso “Affaire Dreyfus”. Mas
Paris queirosiano transcende o narrado novelesco em apreço: três
residências teve aí o autor de “Ilustre Casa de Ramires”: o nº 5 da Rue
Crevaux, o 32 da Rue Charles Lafitte, Neuilly-sur-Seine – moradia à
ilharga do Sena frequentada por Ramalho Ortigão, Oliveira Martins,
António Feijó, Batalha Reis, António Nobre, Carlos Mayer, Alberto de
Oliveira, Carlos Lobo d’Ávila, entre outros. A casa onde o escritor
TresLer
opinião
Joaquim Igreja
joaquim.igreja@gmail.com
1. Há momentos em que, ao remexer em discos na prateleira, damos
conta de um cantor ou música que nos marcou há tempos atrás. Olha
este aqui esquecido… A música puxa-nos então pelas recordações,
momentos felizes, melancólicos ou simplesmente fugazes, em que não
tivemos oportunidade de assumir ou avançar. Há temporadas em que
no carro insistimos em certas músicas, repetimos, até à terceira ou
quarta virada, arquivando depois, para voltar a gozar a sensação alguns
meses mais tarde. Como se aquele objeto tivesse ali guardado o botão
que desencadeia a memória e, mais do que isso, a recordação sentida.
Às vezes pomo-lo a tocar sem saber porquê.
Alguns dizem que isso é falta de maturidade e que o normal seria
querer sempre coisas novas, não voltar atrás. Mas o nosso cérebro
movimenta-se entre a novidade e o bem-estar do reconhecimento, que
traz sempre ideias “quentes” nesta “releitura”. Curioso que também
nos livros isso acontece, sobretudo com obras que nos marcaram
em momentos que poderíamos chamar “menos felizes”, funcionando
como compensação de uma perda. Quem perdeu a infância sem a ter
encontrado insiste em livros sobre a infância, quem não pisou o risco
ou não gastou a energia na adolescência fica preso a obras de aventura
ou paixão, quem falhou o amor há de encontrá-lo regressando aos
romances ou filmes que nessa altura marcaram essa perda. Eu gosto
de regressar e reler.
2. Ao depararmos com a abundância de produção poética (sobrepro-
dução, mesmo), não podemos deixar de pensar na procura de identidade
de tanta gente que faz poesia. Porque a poesia é sempre um homem ou
mulher à procura de um caminho, que aparece depois plasmado num
livro. Esta abundância significa que no fundo de grande parte de nós há
um poeta, mas também que nem todos estão destinados a ser poetas
“para os outros”. Produzir para a gaveta na maior parte dos casos seria
o ideal. Não é poeta quem quer. Só é poeta quem está “destinado” a
isso, quem aprendeu pela leitura a arte da palavra, juntando-lhe o “duro
esforço” que a escrita poética exige.
Se a poesia não for o grau máximo da vida, se se procura simples-
mente o êxito ou se a poesia não surgir fruto da “luta”, se não se desceu
aos infernos ou ao fundo do poço várias vezes, nada feito. Ela será inócua,
como o é muitas vezes. A primeira pergunta que se deve fazer ao poeta
que quer publicar uma obra é: “Sofreste-a? Ultrapassaste algum cabo
das tormentas até chegar aí? Perdeste-te?”. Se for um simples jogo ou
passatempo entre dois “likes” ou se se destina a desencadear “likes”, é
melhor deitar para o cesto.
sublime vem a falecer, em 1900, fora demolida nos anos 70, situada
no que é agora o nº 38 da Avenue de Roule, Neuilly.
E aferventando a dicotomia urbs/ pagus fui em demanda da
toponímia de outras latitudes presente no romance derradeiro.
Salamanca, a seguir. Eça pernoita na “Fonda del Comércio” – uma
hospedaria que existia na Calle del Concejo, na Plaza de los Bandos.
Aí se enamorara da cidade «toda feita de uma bela pedra amarela, cor
de velho doce de ovos», «mais trabalhada que uma baixela de prata»
e se inspirara para rebatizar a Quinta de Santa Cruz do Douro: esta
passava a ter, para todo o sempre, o nome do rio que banha a cidade
– Tormes. Rumei, depois, àquelas paragens de encanto, qual Jacinto
empanturrado de civilização. Melchior, o caseiro, parecia receber-me.
«Vales lindíssimos, carvalheiras e soutos de castanheiros seculares,
quedas de água, pomares, flores, tudo há naquele bendito monte». O
vetusto solar, abençoado por uma miniatural capelinha do século XVI
é a morada terminal do Jacinto, o 202 perdido no meio das terras de
Baião. Acha-se implantado num mirante deslumbrante, sobranceiro
ao Douro e aquelas paredes solarengas zelam agora pelas memórias
mais íntimas do criador de Jacinto: o seu mobiliário e os seus objetos
de uso quotidiano, como seja a sua escrivaninha de pé alto, onde
habitualmente escrevia, o seu quarto, a sua biblioteca, o seu monóculo
e o seu ficheiro de notas, os quadros e as fotografias – tudo o que
estava afinal na casa de Eça em Neuilly. Recolhi ao espírito da casa e
recordei Paris. Percebe-se que há em todos nós uma vontade dividida
entre a paz e o vórtice – “entre les deux mon coeur balance”. E dou
por mim de narinas aneladas em direcção à cozinha, de onde parece
vir um odor talvez mais literário que gastronómico:
- “Deste arroz com fava nem em Paris, Melchior amigo!”
* Escritor
Voltar a começar
3. Vivendo no meio de ecrãs, eles confrontam-nos ou agridem-nos a
cada momento com as enormidades que deixamos que nos atinjam. Por
inércia vamos deixando a TV ligada e ela vai-nos alimentando de produtos
ora desopilantes, ora arrepiantes, ora deformantes. Naquela hora antes
do telejornal da noite, terminados os gritos de “sirene” da Cristina, quem
vê TV tem a alternativa do “Preço Certo”, o programa mais democrático e
popular que há. Não sei como se faz a seleção dos concorrentes, mas ali
aparecem todas as figuras do nosso armário escondido, sempre acompa-
nhados das lembranças que trazem do senhor presidente da câmara ou
da junta. O povo, mesmo, o que está em extinção. O povo da agricultura,
das feiras, das aldeias, das romarias, das concertinas, do futebol, das
comezainas e da Volta a Portugal. Ao ver um pobre sem tostão a ganhar
uma montra de 20.000 euros, ficamos, primeiro invejosos, mas logo a
seguir felizes porque a sorte saiu a alguém que a merece.
A propósito de prémios em programas televisivos, ainda não
entendi o alcance do Euromilhões, a dar dezenas de milhões a indi-
víduos que ficam com a vida encalacrada, carregados de pressão,
com os familiares, vizinhos e amigos a mendigarem-lhes milhares
pelo menos, em nome dos bons sentimentos e princípios dos pre-
miados. Uma vida desgraçada, de rancores e desconfianças, a partir
daí sempre controlada, é o que é. Um milhão a cada concorrente
premiado não seria a conta certa e faziam-se dezenas de famílias
felizes? Fico desanimado ao ouvir: “Um prémio de 70 milhões para
um britânico. Em Portugal saíram dois segundos prémios no valor
de 200.000 euros.”. E todos os restantes? Com míseras dezenas de
euros (ou menos). Não faz sentido! Raio de capitalismo!
4. Há dias em que nós não parecemos nós. Há dias em que
parece que acordamos outros, uma espécie de “monstros” que não
conviria fazer sair de casa. Há dias em que sentimos que as ruas não
cabem dentro da cidade. Há dias em que tudo se transtorna e não nos
importaríamos de ir amanhã embora para longe. Há dias em que nos
nossos relacionamentos sentimos o olhar dos outros. Há dias em que
o espelho nos diz o que não queremos ouvir. Há dias em que chega-
mos ao fim da tarde e dizemos “Não fiz nada hoje!”. Há dias em que
gostávamos de ser 100% verdadeiros, mas não conseguimos. Há dias
em que pensamos nas marcas que o tempo marcou na nossa pele. Há
dias em que nos apetece “estragar” qualquer coisa que encontremos
pelo caminho. Há dias em que concluímos que a vida é complicada.
Há dias em que gostávamos que não nos conhecessem. Há dias
em que pensamos que “não há nada a fazer”… Mas há outros dias.

opinião
António Godinho Gil
godgil@sapo.pt
Germinal
1. «A União Europeia deve alavancar
mais fundos comunitários para estes
territórios», disse há dias a este jornal
Pedro Marques, cabeça de lista do PS
às europeias. Ora, tudo começa com a
palavra “alavancar”. É certo que, num
bom dicionário, podemos verificar que o
termo tanto pode designar um impulso,
uma promoção, como o acto de custear,
financiar. Ora, perante tal riqueza semân-
tica, qual o sentido pretendido pelo ex
vereador do Montijo? Será que encontrou
a palavra certa para o seu desiderato? Foi
suficientemente impactante? Vejamos. Se
quis dizer “custear, angariar”, parece-me
que “custear fundos” é algo redundante,
roçando o pleonasmo puro e duro. Mas se
quis dizer “impulsionar, dirigir”, o enuncia-
do parece algo forçado. Depois de passar
horas a pensar no assunto, cheguei a uma
conclusão. O candidato quis afinal expres-
sar o seu desejo de “desbloquear” fundos.
Uma frase mágica para os socialistas. Ou
seja, tudo pode ser financiável com dinhei-
ros públicos. Até o interior. Como se as
questões da interioridade se resolvessem
com subsidiação comunitária, num passe
de mágica. Conclusão. Para ganhar votos,
os políticos medianos dizem qualquer coi-
sa. De preferência, que acabe por “tomem
lá o cheque”. Sobre a referência à Beira
interior como “território” fica o comentário
para uma próxima oportunidade.
2. Logo na abertura do “Livro do
Desassossego”, Pessoa diz-nos que ver é
mais importante do que viver. É possível
que sim. Quando li este excerto, sentado
na estação do metro da Baixa/Chiado,
procurei logo ver algo que sempre vi mas
nunca tinha visto. Fixei-me nas pessoas
sentadas no banco corrido, do outro lado
da estação. Em concreto, as distâncias
que guardavam entre si. E havia três
situações distintas. A primeira, a mais
comum, porque a esmagadora maioria
dos passageiros viajam sozinhos, era
surpreendentemente igual: cerca de um
metro. Um padrão que revela a nossa
fundamental igualdade, em certos com-
portamentos. Por sua vez, havia uma
segunda situação. Se duas ou mais pes-
soas estavam em grupo, a distância que
guardavam entre si os seus elementos
era reduzida a metade. Ou a um terço, se
fosse um casal. Por último, sucedia que,
quem se sentava imediatamente ao lado
desse grupo ou parelha, tinha o cuidado
de guardar uma distância superior. Cerca
de metro e meio. Visualmente, para quem
assistisse, era fascinante. Tinha ao seu
dispor uma linguagem. Um código para
decifrar. Pessoa tinha razão.
3. Até há cerca de 20 anos trocavam-
se umas estranhas missivas de carácter
sentimental, que seguiam por via postal,
ou eram entregues em mão. Em casos
especiais, eram deixadas em cacifos, ou
entregues por terceiros. Antes da extinção,
durante um brevíssimo período de agonia,
subsistiram como mensagens de correio
electrónico. Chamavam-se, por comodi-
dade de expressão, “Cartas de Amor” .
Quinta-feira • 04 de abril de 2019 • • 19
Observatório de Ornitorrincos
opinião
Nuno Amaral Jerónimo
extremo.acidental@gmail.com
Figuras cheias de estilo
Mário Centeno, numa entrevista, o irmão mais novo e o cachorro tão bem
Em rigor, pouco mais eram do que sinais
afirmou que investir não é como se a como o Governo consegue controlar os
de fumo fantasiosos, antes de abordagem
Anita fosse às compras na companhia do sindicatos e os partidos mais à esquerda.
ao navio do tesouro. Porém, neste caso,
Pantufa. O ministro das Finanças não é só Centeno pode ser presidente do Euro-
a coberto de uma clandestinidade e de
um Ronaldo das Finanças, é também um grupo, mas dificilmente será o rei das
uma premência que os tornava únicos
Ristovski das analogias – centra muitas alegorias.
e preciosos. Murmuravam um lirismo
bolas, mas a maioria vai para a bancada. Pelo contrário, há situações em que
arrebatado, patético e honesto. Apertado
“Anita Vai às Compras” é um livro Centeno acerta e a ficção da geringonça se
num espartilho romanesco que, em vez de
originalmente publicado em 1964 com o afasta da realidade descrita por Delahaye.
refrear, acalentava esperanças, fazia tábua
título francês “Martine Fait Ses Courses”. Anita, que sempre foi Martine em francês,
rasa da distância, prometia o que já fora mil
Centeno está equivocado. São várias as assumiu agora este nome nas novas tra-
vezes prometido e parecia que não chegava
semelhanças entre Anita nas compras e duções editadas em Portugal. Aqui sim,
ainda. Claro que escrevi algumas. Todas
o Governo a investir. Tal como o cão Pan- Centeno tem razão. Anita mudou de nome,
ridículas, já se sabe. Talvez demasiado
tufa, que na versão original é Patapouf e mas mantém a personalidade, ao contrário
adornadas. Ou demasiado cómicas para
nas novas edições portuguesas passou a do Partido Socialista, que manteve sempre
serem levadas a sério. Ou, quiçá, demasia-
Patusco, também Mário Centeno chama o mesmo nome. Há mais uma característi-
do graves para que nelas ainda houvesse
investimento ao que outros chamam ca da pequena menina em que Centeno não
uma esperança de comédia. Na verdade,
cativações e o PS antigamente chamava se enganou. É que Anita/ Martine, apesar
nunca soube muito bem porquê.
austeridade. Outra parecença é Anita ir às de ser uma criança negligenciada a passear
4. Nos anúncios a pedir advogados
compras com o irmão, ser levada pela mãe sozinha com o irmão pelo supermercado,
é comum acrescentar dois requisitos:
e, no final, esperar pelo pai. As compras mostra um carácter extremamente respon-
“honesto” e “trabalhador”. No segundo
da Anita e o investimento governamental sável com o dinheiro que não é dela. E se
caso, melhor seria se viesse “diligente”.
são assuntos discutidos em família. E no as compras de Anita são uma sinédoque, o
Era mais simpático, atendendo ao facto de
supermercado, Anita consegue controlar investimento de Centeno é uma hipérbole.
esse ser um atributo da maioria dos causí-
dicos. Mas se isso não acontecer, significa
que também não é “honesto”. Ou seja, a opinião
Tendências primavera-verão 2019
honestidade é o diapasão onde se apuram
todas as qualidades (ou a falta delas) es-
peradas de um profissional. O seu munus
deontológico. Mas a questão não é assim
tão simples. Ao contratar um advogado, o – Parte I
cliente como que se esconde numa sala de
Joana Dente* e blusas; os laços podem mesmo chegar a
pânico. Transferindo a sua incerteza, ou a
ser gigantes! Para as amantes de laçarotes, a
sua euforia, ou a sua reputação, para um
A Primavera coleção de 2019 será um autêntico presente.
substituto qualificado. De quem espera
está aí e, com ela, Néon – o Instagram já está cheio desta
esclarecimento, empenho, transparência,
chegam as cole- tendência faz tempo mas a verdade é que não
mas sobretudo combatividade e probidade.
ções inspiradas é para todas; não só por ser uma tendência
Duas palavras que nem sempre rimam com
nos dias floridos e quentes que já se co- de gosto duvidoso mas também porque
honestidade. Até porque os limites desta
meçam a fazer sentir. A variedade de cores, a grande maioria dos empregos não nos
não são fixos, embora detectáveis. E a
materiais e estilos é maior do que nunca e permite andar por aí de verde, amarelo e
imaginação criativa não a põe em causa.
não há como ficar indiferente ao que aí vem rosa florescentes...
Ou seja, as duas características apontadas
nesta estação. Vamos, então, saber mais Franjas – depois da obsessão com as
não colidem necessariamente com a “ho-
sobre o que se vai DR botas de cowboy falta-
nestidade”. Onde isso acontece é quando
usar esta temporada: vam as franjas. Vamos
outra é sacrificada: a transparência. Aí,
Calções – temos encontrá-las por todo
dificilmente a confiança será restaurada.
boas notícias: não vão o lado, desde malas a
5. Trazemos connosco uma montra
ser só os calções de sapatos e casacos a
permanente. O que somos é o que mos-
ciclista que se vão vestidos. A tendência
tramos. Poucos querem saber do resto.
usar!!! A tendência western fará de qual-
Visto e sabido. Passo seguinte. Há uma
também inclui calções quer uma de nós uma
exigência fundamental para nós: saber
“oversize”, embora os mulher fatal!
reverenciar os nossos semelhantes só
modelos possam va- Penas – mais um
porque existem. Não têm que pensar como
riar muito, passando toque de romantismo
nós, ou ser como nós. Ou fazer como nós.
pelos mais curtos e que fez furor nas se-
Ou adorar os mesmos deuses. Ou gostar
femininos aos mais manas da moda. Para
das mesmas palavras. Pois há-de haver
compridos e arrapa- além de delicadeza
um momento em que puxam para si as
zados. e sofisticação, esta
brisas dos mares distantes. Convocam
Manga bufante – também já se co- tendência imprime a qualquer peça um
uma luz qualquer que suspende tudo em
meçaram a ver no ano anterior, mas agora indiscutível carácter de movimento que dá
volta. Mas não exageremos. Também é
vêm em força. São arrojadas e românticas vontade de acariciar.
importante habituarmo-nos a pregar no
e, embora possam não ser para todas, sem Plástico – foi o desfile da Chanel que
deserto. Pregar para uma multidão, que só
dúvida que marcam pela diferença e que trouxe de volta os plásticos e, na minha
existe para satisfazer a nossa vaidade, é a
transmitem uma incrível ideia de movimento opinião, têm de bom o facto de, pela sua
ilusão mais cruel de todas. Num deserto,
e elegância extra... neutralidade, combinarem com quase
só estás tu e o teu eco. Tu e a tua patética
Plataformas – sapatos, sandálias e ténis tudo! É um material de tal modo versátil
ambição de pulga amestrada. Tu e as tuas
de plataforma voltarão a estar in. Se os acha que se vai ver a sua utilização em quase
“inabaláveis” convicções. Mas é lá que
pouco elegantes tenho a dizer que isso não tudo. Se gosta, ótimo, pois dá um ar bem
estão os que realmente te escutam. Sabe
é verdade e que tudo depende daquilo com jovem e divertido!
esperar por eles.
que os combinar! Aposte naqueles cuja sola Para a semana, há mais!
é de corda ou imitação de cortiça.
* O autor escreve de acordo com a
Laços – esta tendência muito feminina * @pitangaboss
antiga ortografia
vai-se ver refletida em vestidos, saias, calças Jurista/ Makeup Artist/ Fashion Stylist
 opinião
20 • • Quinta-feira • 04 de abril de 2019

rua da corredoura, 80 - R/C Dto - C 6300-825 Guarda bilhete postal

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22:22
Lítio atrai
dcabrita@iol.pt
Diogo Cabrita

Uma contagem de filme. Foi naquela hora que combinámos

tudo, dia 22 de fevereiro de 2002. Temos tudo acertado para 2022

australianos para o
na mesma hora e no mesmo dia. Seremos os mesmos 22 da turma
da professora Engrácia e vamos estar todos na sala 22 onde tivemos
aulas em criança. Temos esta fé em que, cumprindo o ritual dos
22, não morrerá nenhum até 2022 e pelo menos para já estamos

distrito da Guarda
bem e contactamos regularmente. Engrácia dá aula nas carteiras da
escola que a Junta mantém e abre para nós. Fecharam a escola em
2008. Fecharam o Centro de Saúde em 2009, reabriram em 2016,
tal como regressou o tribunal. Está aberto, mas com muito menos
O quarto maior produtor mundial de minério de ferro requereu funções que em 2002. Engrácia vai fazer 88 anos a 22 de fevereiro
de 2022 e, portanto, a nossa esperança está a olhar para ela. Alu-
direitos de prospeção em áreas identificadas com potencial de gámos um autocarro em 2002 e o mesmo em 2012. A matrícula
exploração de lítio, entre outros minerais tinha um 22 – não podia ser outro. O Moisés, a empresa de viagens,
DR
já sabe que iremos buscar este veículo em 2022. O Fernando, que
A Fortescue Metals Group entretanto enriqueceu, pediu para lho venderem depois da festa e
Exploration, a quarta maior pro- pretende fazer um pequeno bar com ele. A nossa terra tem festas
dutora global de minério de ferro, a 22 de cada mês e, portanto, nesses dias venderá bifanas. A Carla
requereu a atribuição «de direitos Cereja é nossa colega e dedicou-se ao mundo destas incógnitas e
de prospeção» em várias áreas do significados. Ela sabe que na Cabala há 10 “sfirot” ligados por 22
país, nomeadamente no distrito caminhos. Ela ensina que Sfirot são potências ou agentes pelos
da Guarda. quais Ein Sof manifestou Sua vontade (Ratzon= ‫ )ןוצר‬na produção
A multinacional australiana do Universo. A Carla explica que o anjo da guarda correspondente
está interessada em áreas iden- 22:22 é Habuhiah cujo período de influência é entre 22:20 e 22:40.
tificadas com potencial para a Com a Carla descobrimos que ele é o símbolo da fertilidade e saú-
exploração de lítio, tendo sido de! No Tarot a carta que corresponde a 22:22 é o Louco. Se calha
publicados no último mês, no somos possuídos dessa loucura, mas não desistimos de olhar
“Diário da República”, dois avi- Empresa quer pesquisar depósitos mineiras em áreas dos concelhos o 22:22 e de nos deslocar ao início da amizade. Descobrimos a
sos a dar conta de que a empresa de Almeida, Figueira, Pinhel, Guarda e Sabugal
força das nossas 22 vidas na partilha e na ajuda que damos uns
mineira requereu a atribuição para a prospeção de lítio e o dis- que estavam a ser pedidas por aos outros e se calha não por acaso há oito casais inseparáveis
«de direitos de prospeção e trito da Guarda aparece como a empresas estrangeiras. nascidos naquela turma. Têm 22 filhos entre os oito casais que,
pesquisa de depósitos minerais mais promissora, destacando-se «Há quem queira investir afinal, são dezasseis de nós.
de ouro, prata, chumbo, zinco, os concelhos da Guarda, Figueira centenas de milhares de euros na
cobre, lítio, tungsténio, estanho de Castelo Rodrigo, Vila Nova de construção de uma fábrica de pro-
e outros depósitos minerais Foz Côa, Pinhel e Sabugal». O de- cessamento de compostos de lítio
ferrosos e minerais metálicos putado interroga também se «há com início de produção previsto
associados». Estes anúncios vi- ou não riscos ambientais asso- para 2021. O lítio pode assim dar
sam as áreas denominadas “Cal- ciados a esta atividade mineira», um enorme impulso à economia
vo”, que abrange os concelhos adiantando que serão realizados da região da Guarda, criar postos
de Almeida, Pinhel e Figueira concursos públicos para selecio- de trabalho, fixar populações»,
de Castelo Rodrigo, e “Nave” 14375_anuncio_168x119.pdf
nar as empresas 1
e dar resposta sublinha 14/03/19 17:44
Santinho Pacheco no www.facebook.com/ointerior
(Guarda, Almeida e Sabugal). ao elevado número de licenças requerimento parlamentar.
Além destes sítios, a Forestcue
PUB
Metals Group também quer
fazer a prospeção em zonas dos
concelhos de Idanha-a-Nova,
Braga, Melgaço e Vieira do Mi-
nho, entre outros, num total
de mais de 1.100 quilómetros
quadrados de área a pesquisar.
Este ano, já foram entregues na
Direção-Geral de Energia e Geo-
logia 22 pedidos de autorização,
confirmou o secretário de Esta-
do da Energia, João Galamba, ao
jornal “Público”.
A procura é tanta que o
deputado Santinho Pacheco
(PS) já questionou o Governo
sobre o ponto da situação so-
bre os concursos públicos para
exploração de lítio no interior
do país. Numa pergunta dirigi-
da ao ministro do Ambiente e
da Transição Energética, Matos
Fernandes, o eleito pelo círculo
da Guarda quer saber, nomeada-
mente, «qual o contributo que a
exploração e processamento do
lítio pode ter para a economia do
interior do país e dos territórios
de baixa densidade, como é o
caso do distrito da Guarda». San-
tinho Pacheco lembra que foram
identificadas no centro-norte do
país «várias zonas com potencial