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Nota do Tradutor:

Quem me conhece um pouco mais de perto sabe que tenho um carinho especial pelo Japão e também
por Israel. Esse carinho, entretanto, não é necessáriamente acompanhado de grande conhecimento histórico,
geográfico, linguístico, cultural e/ou religioso para atestar ou tampouco contradizer todo conteúdo aqui
exposto.

Como falante nativo do Português e professor de Inglês achei que seria interessante traduzir o
material tendo em vista nao somente a disseminação do conteúdo para aqueles que, assim como eu, admiram
essas duas culturas, mas principalmente para facilitar uma análise factual das informações aqui apresentadas.

Não nego, entretanto, que fiquei extremamente maravilhado com a teoria de que o povo japonês
pode ter raízes judaicas. Isso explicaria, no meu ponto de vista, muitas coisas que sempre indaguei
principalmente em relação ao Japão e sua cultura. Embora meu conhecimento sobre tudo o que aqui é tratado
seja relativamente pequeno como mencionado anteriormente, não encontrei nada que descredencie a pesquisa
feita pelo Dr. Arimasa Kubo e, por isso, achei que seria interessante traduzir esse valioso material.

Ao traduzir o conteúdo me dei a liberdade de fazer grifos que não só facilitariam o entendimento do
falante do Português, mas também adicionar/remover informações e fotos para deixar o conteúdo visivelmente
mais bonito e interessante.

Espero que o conteúdo possa despertar e contribuir para o conhecimento de muitas pessoas que se
interessam pela história e cultura israelense ou japonesa. Acima de tudo, desejo que o conteúdo seja, de alguma
forma, ferramenta para missões e para o movimento profético à favor do Japão e de Israel.

Disponibilizo abaixo o link de onde extrai o conteúdo original assim como meu e-mail para críticas,
dicas, comentários, e correções.

Texto original: http://www2.biglobe.ne.jp/~remnant/isracame.htm


Meu e-mail: adriel_stein@hotmail.com

“Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não
somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.”

2 Timóteo 4:8

“Maranata! Vem Senhor Jesus!”

Adriel Stein Garcia

1
Resumo

O povo japones, embora milenar em sua história e cultura, carece de informações mais precisas sobre
sua origem. Um grande motivo para tal fato é encontrado no incêndio à biblioteca imperial ocorrido no ano
de 645 d.c. Diante de tal acontecimento toda a tradição escrita da história do Japão foi perdida, sendo hoje o
livro mais antigo da história e cultura japonesa o famoso Kojiki, escrito apenas 712 d.c., 67 anos após o terrível
incêndio que destruiu todos os registros japoneses.

Durante a história mais moderna inúmeras israelitas ou familiarizadas com a cultura israelense
notaram grande semelhança entre costumes japoneses e os costumes do antigo Israel. Essas observações que
já eram feitas a centenas de anos atrás, deram embasamento a teoria de que os japoneses foram grandemente
influenciados pelos israelenses. Há quem vá além e considere o povo japonês como os próprios descendentes
das Tribos Perdidas de Israel.

É conhecimento histórico de que os israelitas (Reino do Norte) foram subjugados e exilados pela e
para a Assíria por volta do ano de 721 a.c. Em terras Assírias as 10 Tribos de Israel se misturaram a cultura
local perdendo muito de sua identidade, cultura e história. Nesse cenário as tribos se dispersaram pela terra da
região influenciando e sendo influenciadas pelos povos com os quais tiveram contato.

É sugerido por historiadores que remanescentes dos israelitas vagaram em busca de uma terra onde
pudessem restabelecer sua cultura, costumes, religião e governo. Essa perambulação por terras desconhecidas
deu-se ínico quando a Babilônia subjugou a Assíria em 607 a.c., mas se intensificou no período da Rota da
Seda que teve início por volta do ano 200 a.c.

Esse fato é comprovado através de inúmeras comunidades com tradições israelitas encontradas ao
longo do traçado da Rota da Seda. Muitas dessas comunidades já foram inclusive reconhecidas pelo estado
moderno de Israel e campanhas de imigração para a terra segrada são patrocinadas pelo proprio governo
israelense afim de trazer os filhos de Abraão novamente à terra prometida por Deus.

Embora essas comunidades sejam frequentemente encontradas nos entornos da Rota da Seda,
também já foram confirmadas comunidades Israelitas em países como Etiópia, Nigéria. Isso confirma que,
embora a Rota da Seda foi a principal rota utilizada pelas Tribos Perdidas de Israel, muitas perambulações se
deram antes e fora dessa rota mercantil.

A Rota da Seda cruzou o mar e chegou até a Coréia e o Japão. Sendo assim, o objetivo desse artigo
é, baseado nas inúmeras semelhanças culturais e inclusive no DNA, ligar o povo japonês e suas raízes aos
antigos israelitas.

Obviamente os milhares de anos que separam o passado e o presente além das interações com
inúmeros povos no caminho fizeram com que muitos costumes e caracteristicas religiosas e linguistas se
perdessem ou fossem drasticamente alteradas. Vemos, entretanto, semelhanças merecedoras de uma
observação mais cuidadosa e o possível elo entre os dois povos.

Vamos lá!

2
Indice

Nota do Tradutor................................................................................................................................................1
Resumo...............................................................................................................................................................2
Indice..................................................................................................................................................................3
Israelitas Imigraram para o Japão Antigo...........................................................................................................5
Quem São os Israelitas?.....................................................................................................................................6
Josefo Escreveu sobre as Tribos Perdidas de Israel...........................................................................................6
Por Onde Andaram as Tribos Perdidas de Israel................................................................................................6
As Dez Tribos Perdidas de Israel no Afeganistão, Paquistão, Caxemira, Mianmar e China.............................7
As Tribos Perdidas no Afeganistão....................................................................................................................7
Os Pathans São Descendentes das Tribos Perdidas de Israel.............................................................................7
As Tribos Perdidas de Israel que Foram para a Caxemira.................................................................................9
As Tribos Perdidas de Israel que Foram para a Índia e Mianmar....................................................................10
As Tribos Perdidas de Israel que Foram para a China.....................................................................................12
Comunidades Judaicas Antigas em Kaifeng, China.........................................................................................14
As Tribos Perdidas de Israel Foram para o Leste ao Longo da Rota da Seda..................................................15
As Tribos Perdidas de Israel no Japão..............................................................................................................16
Um Festival Japonês que Ilustra a História de Isaque......................................................................................16
O Brasão da Casa Imperial do Japão É o Mesmo que o Encontrado no Portão de Jerusalém.........................17
Sacerdotes Religiosos Japoneses (Yamabushi) Usam o “Tokin”, Objeto Semelhante ao Filactério Judeu....18
"Omikoshi" Japonês se Assemelha à Arca da Aliança.....................................................................................19
Muitas Coisas da Arca Se Assemelham aos Costumes Japoneses...................................................................21
O Manto dos Sacerdotes Japoneses se Assemelham ao Manto dos Sacerdotes Israelenses............................21
Mover o Feixe da Colheita Também é o Costume do Japão............................................................................22
A Estrutura do Santuário Xintoísta Japonês é Semelhante ao Tabernáculo do Antigo Israel..........................23
Muitos Costumes Japoneses se Assemelham aos do Antigo Israel..................................................................26
O Sal e a Impureza...........................................................................................................................................26
Semelhantemente ao Judaísmo, Não Há Ídolos na Crença Xintoísta...............................................................28
Palavras Japonesas Antigas Têm Origem Hebraica.........................................................................................28
Similaridades Entre a Genealogia Bíblica e a Mitologia Japonesa..................................................................30
Impureza Durante o Período Menstrual...........................................................................................................31
"Mizura" Japonês e Peyote Judeu....................................................................................................................32
Pesquisa de DNA entre os Japoneses e os Judeus............................................................................................33
As Tribos Perdidas de Israel Chegaram ao Japão Antigo?..............................................................................35
A Terra do Mais Extremo.................................................................................................................................35
O Japão que Kaempfer Testemunhou..............................................................................................................36
Experiência do Rabino Tokayer.......................................................................................................................36
Os Três Objetos Sagrados em Israel e no Japão...............................................................................................37
Ofertas..............................................................................................................................................................37
O Fogo que Nunca Apaga................................................................................................................................38
Surpresa do Rabino Chefe de Israel.................................................................................................................38
Dança Sem Manto de Davi...............................................................................................................................38
Tomando Banho...............................................................................................................................................39
Colunas de Pedra..............................................................................................................................................39
Altar da Terra...................................................................................................................................................40
Serpente de Bronze...........................................................................................................................................40
Remanescente da Celebração da Circuncisão?................................................................................................41
Costumes do Primeiro Mês..............................................................................................................................41
Festa de Obon...................................................................................................................................................42
Dançando no Obon...........................................................................................................................................43
Lua Cheia no 15º Dia.......................................................................................................................................44
Ofertas da Colheita...........................................................................................................................................44

3
Casamento........................................................................................................................................................44
Expiação...........................................................................................................................................................45
A “Kanka” e Páscoa Judaica............................................................................................................................47
Tirando os Sapatos e Lavando os Pés..............................................................................................................47
Cavalos Consagrados ao Sol............................................................................................................................48
Celebração da Idade Adulta.............................................................................................................................49
Similaridade entre a Mitologia Japonesa e a Religião de Baal........................................................................50
O Estudo de Eiji Kawamorita...........................................................................................................................51
Os Antigos Japoneses Falavam Hebraico?.......................................................................................................51
Semelhanças Entre as Histórias da Bíblia e os Antigos Documentos Japoneses.............................................52
Semelhanças entre o Japonês e o Hebraico......................................................................................................53
Hebraico no Japonês.........................................................................................................................................53
Os Japonêses que Usavam o Hebraico.............................................................................................................54
O Brasão de Kagome no Grande Santuário de Ise...........................................................................................54
Festival de Gion...............................................................................................................................................55
Sabato-yori e o Sábado.....................................................................................................................................56
A Existência do Imperador...............................................................................................................................57
O Nome Formal para o Imperador Jimmu.......................................................................................................57
A Renovação do “Taika”..................................................................................................................................58
O Edital Imperial da Renovação de Taika Assemelhava-se às Leis de Moisés...............................................59
A Biblioteca Imperial Queimada......................................................................................................................60
Arinori Mori Viu o Espelho Sagrado...............................................................................................................60
Yuutarou Yano Copiou o Padrão do Espelho de Yata.....................................................................................61
Entrevista com o Etimólogo Joseph Eidelberg.................................................................................................63
Mais Informações sobre o Assunto..................................................................................................................68
Livros Recomendados......................................................................................................................................68

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Israelitas Imigraram para o Japão Antigo

Muitas das cerimônias tradicionais no Japão assim como o DNA do povo indicam que as tribos
perdidas de Israel podem ter imigrado para o Japão antigo.

Escrito por Arimasa Kubo


Traduzido e Grifado por Adriel Stein Garcia

Arca da aliança de Israel (à esquerda) e "Omikoshi" arca do Japão (à direita)

Queridos amigos do mundo,

Eu sou um escritor cristão japonês que vive no Japão. Ao estudar a Bíblia, comecei a perceber que
muitos costumes e cerimônias tradicionais no Japão são extremamente semelhantes aos do antigo Israel. Eu
considerei que talvez esses rituais viessem da religião e dos costumes dos judeus e das Dez Tribos Perdidas
de Israel que poderiam ter chegado ao Japão antigo. Ao pesquisar o assunto vi que não era o único a teorizar
essa possibilidade e, por isso, resolvi me aprofundar no assunto.

As seções seguintes estão relacionadas com as tradições japonesas que possivelmente se originaram
dos antigos israelitas.

A razão pela qual as exibo na internet é para permitir que qualquer pessoa interessada nesse assunto,
especialmente os amigos judeus, se aprofundem mais, pesquisem por si mesmos e compartilhem suas
descobertas.

O antigo reino de Israel, que consistia de 12 tribos estava em 933 a.c. dividido no reino do sul (Judá) e no
reino do norte (Israel). 10 tribos pertenciam ao reino do norte, e as outras 2 ao reino do sul. Os descendentes
do reino do sul são chamados judeus. O povo do reino do norte foi exilado para a Assíria em 721 a.c. e nunca
mais voltaram para Israel. Eles
são chamados de "As 10 Tribos
Perdidas de Israel". Essas
tribos foram espalhadas pelos
quatro cantos da terra.
Encontramos os descendentes
dos israelitas não apenas no
mundo ocidental, mas também
no mundo oriental,
especialmente ao longo da Rota
da Seda. Os seguintes povos
são considerados por
estudiosos judeus como
descendentes das Dez Tribos
Perdidas de Israel.
Rota da Seda (à esquerda)
5
Quem São os Israelitas?

Na época de 1900 a.c., existiu um homem chamado Jacó. Ele foi o ancestral do povo de Israel. Mais
tarde, o nome de Jacó foi mudado para Israel. Israel teve 12 filhos: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Zebulão,
Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali, José e Benjamim. Os descendentes desses filhos formaram as 12 tribos de
Israel. Essas 12 tribos formaram o povo chamado "israelitas".

Quando eles dominaram os territórios em Canaã (Israel, Terra Santa), a tribo de Levi não tinha um
território, pois era a tribo dos sacerdotes. Em vez disso, a tribo de José foi dividida nas tribos de Efraim e
Manassés e receberam seus próprios territórios. Assim, a terra de Canaã foi dividida em 12 partes. Algum
tempo depois as 12 tribos de Israel experimentaram o auge da prosperidade no tempo do rei Salomão no século
X a.c. Depois da morte de Salomão, entretanto, o reino unido de Israel foi dividido em dois reinos: Um é o
Reino do Norte “Israel” e o outro o Reino do Sul de “Judá”.

A palavra "judeus" é usada basicamente para o povo e descendentes do Reino do Sul (Judá), mas as
vezes é usado para para se referir a ambos os reinos. As dez tribos do Norte eram: Rúben, Gade, Efraim,
Issacar, Zebulão, Naftali, Aser, Dã, Simeão e Manassés. Enquanto as outras duas tribos pertenciam ao Reino
do Sul (Judá). No século VIII a.c., o Reino do Norte de Israel foi conquistado pelo exército do Império Assírio
e as Dez Tribos de Israel foram levadas cativas e obrigadas a marchar para a terra da Assíria. Eles nunca mais
voltaram para a terra de Israel. Por isso, eles são chamados "As Dez Tribos Perdidas de Israel".

Josefo Escreveu sobre as Tribos Perdidas de Israel

Onde foram parar exatamente as Dez Tribos Perdidas de Israel que foram levadas cativas no Império
Assírio? A Bíblia registra:

"O rei assírio deportou os israelitas para a Assíria e os estabeleceu em Halã, em Gozã do rio Tabor e nas
cidades dos Medos.". (II Reis 18:11)
Esses lugares estão localizados no norte do Iraque ou no noroeste do Irã, hoje chamado Curdistão.
As Dez Tribos de Israel foram primeiramente forçadas a imigrar para lá. Este então é o ponto de partida de
nossa pesquisa.

Houve um historiador judeu muito confiável chamado Flávio Josefo. Ele viveu no primeiro século
d.c. Em seu livro sobre a história de Israel, há uma descrição sobre o paradeiro das Dez Tribos Perdidas:

"... as Dez Tribos estão além do Eufrates até agora. Eles são uma imensa multidão cujos números não podem
ser estimados." (Antiguidades Judaicas 11:2)

Josefo escreveu que no primeiro século d.c, as Dez Tribos de Israel viviam como uma imensa
multidão além do rio Eufrates. Isso pode significar que alguns deles viviam na área próxima ao leste do rio
Eufrates enquanto outros podem ter se mudado para um lugar muito além do leste do Eufrates.

Por Onde Andaram as Tribos Perdidas de Israel

A Bíblia menciona as cidades de Medos, hoje Iraque e Irã, como os locais do exílio assírio das Dez
Tribos de Israel. É uma tradição aceita por todos que as pessoas desta área são israelitas do exílio assírio.

Mais tarde, muitas das Dez Tribos de Israel se mudaram ainda mais para o leste ao longo da Rota da
Seda. Encontramos os descendentes deles no Afeganistão, Paquistão, Caxemira, Myanmar (Birmânia), China
e outros países que estão ao longo da Rota da Seda.

6
Eu trarei agora uma breve explicação sobre eles nestes próximos tópicos. As informações aqui
apresentadas são principalmente dos livros que foram escritos pelo rabino Marvin Tokayer e publicados no
Japão, e "Além do Sambatyon, O Mito das Tribos Perdidas", escrito por Simcha Shtull.

As Dez Tribos Perdidas de Israel no Afeganistão, Paquistão, Caxemira, Mianmar e China

As Tribos Perdidas no Afeganistão

Ao leste do Irã está Afeganistão. Há inúmeras tribos no Afeganistão que possuêm “Yusuf” no nome
como Yusufzai, Yusufuzi, Yusufzad, etc. “Yusuf” significa “José” e “Yusufzai” significa “filhos de
“José”.
Eles afirmam que sua origem é das Tribos Perdidas de Israel, isto é, das tribos de José. Ou seja, são
das tribos de Efraim e Manassés e fazem parte das Dez Tribos Perdidas de Israel. Eles também se chamam de
“Bani-Israel”, que significa “filhos de Israel”. Sua tradição diz que eles foram levados de sua antiga terra natal.

Antigamente eram pastores em busca de pastagens, mas desistiram de sua vida nômade e se
instalaram em comunidades de aldeias. O povo de Yusufzai vive separado do resto do mundo por montanhas
e rios difíceis de navegar, por isso é difícil encontrá-los. Eles tem o costume de se casarem entre si. Hoje a
maioria deles são muçulmanos devotos, mas têm nomes hebraicos, usam as franjas nas vestes que só judeus e
xintoísmos japoneses usam, acendem velas para o sábado na noite de sexta-feira (o sábado é do pôr do sol de
sexta-feira até a noite de sábado). Além disso, eles também têm o costume do peyote (cachos laterais de
cabelo). Resumindo. Muitos destes costumes que são exclusivamente dos judeus justificam a crença de que
eles são descendentes da casa de Israel.

Os Pathans São Descendentes das Tribos Perdidas de Israel

No Afeganistão e no Paquistão também vive um povo chamado “Pathans”. Juntos eles somam cerca
de 15 milhões de pessoas. Eles habitam principalmente o Paquistão e o Afeganistão, mas também os
encontramos na região da Pérsia e na Índia. A maioria deles são muçulmanos, mas eles têm uma tradição onde
também dizem ser descendentes das Tribos Perdidas de Israel.

De acordo com um livro escrito pelo rabino Marvin Tokayer, os pathans têm o costume da
circuncisão no oitavo dia. Este é um costume judaico conhecido além de ser a tradição judaica mais antiga de
todas. O rabino Tokayer me disse certa vez que testemunhou presencialmente uma cerimônia de circuncisão
muito alegre no oitavo dia após o nascimento de um menino pathan. Os muçulmanos também têm costume de
circuncisão, mas não é no oitavo dia como fazem os judeus e os pathans, geralmente os muçulmanos
circuncidam seus filhos na idade de 12 anos.

Os pathans têm uma espécie de pequeno Talit chamado Kafan. Esta é uma peça de vestuário de
quatro cantos onde eles amarram seqüências de fios semelhantes às franjas das vestes judaicas. Esta é uma das
mais antigas tradições judaicas que remete à Torá e é um sinal de sua origem israelense.

Os pathans também têm costume do sábado, tradição israelense do dia de descanso. No sábado, eles
não trabalham, cozinham ou assam. Os pathans preparam 12 Hallot (pão judeu tradicional, Levítico 24:5) em
homenagem ao sábado assim como era feito no antigo templo israelense. Um dos indicadores significativos
que comprovam a origem israelense dos pathans é o acender de uma vela para homenagear o sábado. Após
acesa, a vela é coberta geralmente por uma cesta grande. A vela é sempre acesa por uma mulher que já passou
o período da menopausa. Isso é o mesmo que um antigo costume israelense.

Os pathans também têm a tradição do Kosher, ou seja, leis alimentares iguais aos judeus. Os pathans
não comem carne de cavalo ou de camelo, animais que são extremamente comuns em sua área, mas proibida
aos judeus. Há alguma evidência de que eles não comem carne e leite juntos, o que também é uma antiga

7
tradição israelense. Além disso eles têm uma tradição em diferenciar entre aves puras e impuras, ou seja, aves
permitidas e não permitidas. As regras para seleção são muito semelhantes à Torá.

Alguns ainda usam uma pequena caixa na testa que os judeus chamam de Tefilin (filactério) contendo
um verso da Bíblia. Esta caixa também se parece com o “Tokin” japonês na testa de um “Yamabushi”
(veremos em detalhes mais adiante). Este é um costume antigo de Israel. Na caixa judaica, há o verso de
Shemá Israel, isto é, " Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor!" (Deuteronômio 6:4) Esse
costume de Tefilin veio de um versículo das Escrituras: " Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na
testa." (Deuteronômio 6:8).
É interessante notar que os pathans mantêm nomes de família das Tribos Perdidas como Asher,
Gade, Naftali, Rubens, Manassés e Efraim. Entre eles há pessoas que são chamadas por esses nomes que são
comuns das Dez Tribos Perdidas de Israel. Há também pessoas com nomes como Israel, Samuel e assim por
diante. Esses nomes nunca são encontradas entre os muçulmanos.

Os pathans sempre foram chamados principalmente de "Bani-Israel", que significa “filhos de Israel”,
embora eles vivam hoje como muçulmanos devotos.

O sistema legal dos pathans é conhecido como Pashtunwali, a lei do Pashtu. Esse sistema é muito
semelhante à Torá, que é o mais sagrado livro judaico, além de ser o livro do antigo modo de vida judaico.
Não existem somente páginas, mas até livros completos onde está escrito menções de grandes honras à
“Tavrad El Sharif” (Torá de Moisés). Eles se levantam em respeito à menção do nome de Moisés, embora isso
não seja importante no Islã.

Além da tradição oral relatada pelos anciãos da tribo, há também testemunhos interessantes entre os
pergaminhos da genealogia dos pathans. Analisando esses pergaminhos cuidadosamente eles nos levam ao
pais da nação judaica. Esses pergaminhos estão bem preservados e alguns são escritos em ouro na pele de
corça.

Não menos interessantes e significativos são os nomes de suas tribos as quais têm uma grande
semelhança com as tribos de Israel. A tribo Rabbani seria Ruben, a tribo Shinware é Simeão, a tribo Lewani
é Levi, a tribo Daftani é Naftali, e a tribo Jaji é Gade, a tribo Ashuri é Asher, a tribo Yusefsai é “filhos de
José” e a tribo Afridi é a tribo de Efraim. Estes são os nomes das Dez Tribos Perdidas de Israel.

Os próprios Pathans apontam que as diferenças entre os nomes originais das tribos e seus nomes
atuais são por causa dos diferentes dialetos das línguas, de modo que, por exemplo, Jaji era na verdade
chamado Gaji o que se referia a tribo de Gade.

As mulheres dos pathans mantêm leis semelhantes às leis judaicas relativas à menstruação. Durante
o período do corrimento e por 7 dias após ele acabar, nenhum contato é permitido com o marido. Após esse
período a mulher entra em um rio ou nascente ou em uma casa de banhos se não houver uma fonte natural
disponível. Isto é exatamente a tradição israelense que remete aos dias da Bíblia.

Pathans dos dias de hoje

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As Tribos Perdidas de Israel que Foram para a Caxemira

Deixando o Afeganistão e o Paquistão, onde os pathans vivem, quando vamos ainda mais ao leste
encontramos o Estado da Caxemira. Esta região ocupa o norte da Índia o oeste do Nepal.

Existem entre 5 a 7 milhões de pessoas vivendo na Caxemira. De um modo geral, eles têm uma
aparência mais clara e são diferentes dos outros cidadãos da Índia. Uma tradição interessante é passada entre
o povo da Caxemira sobre sua descendência das Tribos Perdidas de Israel.

As pessoas na Caxemira realizam uma festa chamada “Pasca na Primavera”. Nesse dia eles ajustam
a diferença de dias entre o calendário lunar e o calendário solar. A forma desse ajuste é o mesmo usado pelos
judeus. Vários livros já foram publicados sobre isso. A língua Udu que é falada na Caxemira inclui muitas
palavras do hebraico.

Na Caxemira, vários lugares são chamados com nomes israelenses, como Har Nevo, Beit Peor,
Pisga, Heshubon. Estes nomes são todos encontrados na terra das Dez Tribos de Israel. A mesma coisa é
verdade nos nomes de pessoas. Nomes masculinos, nomes femininos e nomes da aldeia. Por exemplo, uma
das tribos da Caxemira é chamada Asheriya que é Asher, a tribo de Dand é Dan, Gadha é Gade, Lavi é Levi.
A tribo de Shaul é o nome hebraico do rei Saul. Musa é Moisés, Suliamanish é Salomão. Temos também a
tribo de Israel, a tribo de Abri que é a tribo de hebreus, e a tribo de Kahana que significa “sacerdote judeu”.

Existem também entre 50-75 nomes de lugares na Caxemira que são, de fato, os nomes hebraicos
com os quais os antigos israelitas estavam familiarizados. Existe um lugar chamado Samaryah que é Samaria.
Mamre é Mamre, Pishgah é Pisgah, Bushan é Basã, Gilgit é Gilgal, Heshba é Hesbon, Amunah é Amon,
Gochan é Goshen, Median é Midiã e Guzana é Gozã o qual é um nome do lugar na Assíria para onde as Dez
Tribos de Israel foram deportadas. O nome Israel é muito comum entre eles, como é entre os pathans, e esse
nome nunca é usado entre os muçulmanos.

A história da Caxemira está envolta em mistério assim como a história de outras pessoas daquela
região. A maioria dos pesquisadores da Caxemira é da opinião de que muitos habitantes da Caxemira são
descendentes das Tribos Perdidas que foram exiladas em 721 a.c. Eles vagaram ao longo da Rota da Seda para
os países do Oriente como Pérsia e Afeganistão até chegarem ao vale da Caxemira e se estabelecerem por lá.

O sacerdote Kitro em seu livro, “História Geral do Império Mogol”, afirma que o povo da Caxemira
é descendente dos israelitas. O sacerdote Monstrat disse que, no tempo de Vasco da Gama no século XV,
"todos os habitantes desta área e que moram aqui desde os tempos antigos, diziam ter certeza que seus
ancestrais, de acordo com sua raça e costumes, são os antigos israelitas. Suas características, sua aparência
física geral, suas roupas, suas formas de conduzir os negócios, tudo mostra que eles são semelhantes aos
antigos israelitas".

Entre as pessoas da Caxemira há costumes de acender uma vela para o sábado, ter cachos laterais
nos cabelos (peyote), barbas e emblema ou desenho do Escudo de Davi (Estrela de Davi.

Em uma área que fica na fronteira do Paquistão, chamada Yusmarg (Handwara), vive um grupo que
até hoje se chama B'nei Israel, que significa “filhos de Israel”. Muitos dos habitantes da Caxemira dizem que
este é o nome antigo de todo o povo da Caxemira. Os dois principais historiadores da Caxemira, Mulla Nadiri,
que escreveu “A História da Caxemira” e Mulla Ahmad, que escreveu “Eventos da Caxemira”, estabeleceram,
sem sombra de dúvidas, que as origens do povo da Caxemira podem ser encontradas no povo de Israel.

Na Caxemira há uma lenda estranha que diz que Jesus não morreu na cruz, mas em sua busca pelas
Dez Tribos alcançou o vale da Caxemira e lá viveu até sua morte. Eles até dizem saber onde está seu túmulo
na Caxemira. Isto é muito parecido com uma lenda que existe no Japão (vila de Herai, atual aldeia de Shingou
na província de Aomori). Lá eles também têm uma lenda de que Jesus foi ao Japão e morreu lá. Eles até

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apontam para seu túmulo. Parece que às vezes a lenda da vinda de Jesus e seu túmulo nasce por onde as Dez
Tribos se espalharam.

Na Caxemira, há outra estranha tradição de uma pequena comunidade ao lado do Wallar Link. Eles
dizem saber onde fica o túmulo de Moisés. Existe ainda outra tradição em conexão com o rei Salomão. Eles
dizem que até o rei Salomão chegou ao vale da Caxemira e, através de sua sabedoria, ajudou o povo da
Caxemira regular com sucesso a correnteza do rio Jalum. Esta tradição também está ligada a um lugar chamado
de Trono de Salomão, situado acima da capital da Caxemira, Srinagar. Não é estranho e fascinante que existam
contos históricos e mesmo folclóricos de antigos heróis israelenses nestes lugares estranhos e exóticos?

Estes também se parecem estranhamente com as lendas do Japão. No Japão também encontramos o
túmulo de Moisés no monte Houdatsu na prefeitura de Ishikawa. Há uma também uma lenda diz que muitos
tesouros secretos de Salomão são mantidos no monte Tsurugi em Shikoku no Japão. Qual seria a base para a
semelhança dessas histórias?

Mapa da Caxemira (à esquerda). Templo de Salomão na Caxemira (centro). Túmulo de Moisés na Caxemira (à direita)

Túmulo de Jesus no Japão (à esquerda). Túmulo de Moisés no Japão (à direita)

As Tribos Perdidas de Israel que Foram para a Índia e Mianmar

Na região montanhosa que fica em ambos os lados da fronteira entre a Índia e Mianmar (ex-
Birmânia), vive a tribo Menashe (Shinlung) que tem entre 1-2 milhões de pessoas. Eles se casaram com os
chineses e se parecem com chineses da regiao, mas toda a tribo está consciente de sua ascendência israelense.

Recentemente, o rabino Eliyahu Avichail, que é o presidente da Shavei Israel (organização judia que
pesquisa e auxilia grupos a descobrirem sua ascendencia israelita), foi para Mianmar e investigou a tribo
Menashe.

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Povo Menashe com o rabino Eliyahu Avichail (á direita)
A palavra Menashe aparece frequentemente em suas poesias e orações. É o nome do seu antepassado
e eles se chamam filhos de Menashe (Beni Menashe). Quando oram, eles dizem: "Oh, Deus de Menashe", que
é do nome Manassés, uma tribo das Dez Tribos Perdidas de Israel. De acordo com a história que o povo de
Menashe conta, eles foram exilados para a Assíria em 721 a.c. com outras tribos de Israel. A Assíria foi mais
tarde conquistada por Babilônia (607 a.c.), que mais tarde foi conquistada pela Pérsia (457 a.c.), que foi
posteriormente conquistada pela Grécia de Alexandre, o Grande (331 a.c.). Foi nessa época que o povo de
Menashe foi deportado da Pérsia para o Afeganistão e outros locais.

As pessoas de Menashe tornaram-se pastores e adoradores de ídolos. Mais tarde, eles foram
conquistados pelo Islã e forçados a se converter ao islamismo. Por causa de seu hebraico, eles eram chamados
de “falantes semíticos”. Ao longo de todo esse período, eles possuíam um rolo de Torá hebraico que
guardavam com os anciãos e seu sacerdote.

Entre eles haviam aqueles que deixaram o Afeganistão e migraram para o leste até chegarem à área
da fronteira tibetana-chinesa. De lá, eles continuaram na China seguindo o rio Wei até chegarem à China
central, perto de Kaifeng. Eles se estabeleceram lá por volta de 231 a.c. Os chineses, entretanto, eram cruéis
com eles e os fizeram de escravos. Alguns deles escaparam e viveram em cavernas nas áreas montanhosas de
Shinlung. O nome da região se tornou outro nome para a tribo de Menashe. Eles também são chamados de o
“povo das cavernas” ou o “povo da montanha”.

O povo menashe viveu em cavernas na pobreza por cerca de duas gerações, mas eles ainda
mantinham o rolo da Torá com eles. Eles começaram, entretanto, a assimilar a cultura chinesa e ter uma certa
influência na região. Mais tarde eles foram expulsos da sua região das montanhas e foram para o oeste através
da Tailândia e, eventualmente, chegaram à região de Mianmar. Lá eles vagaram ao longo do rio até chegarem
a Mandaley. De lá eles alcançaram as montanhas Chin. No século XVIII uma parte deles migrou para Manipur
e Mizoram, no nordeste da Índia. Geralmente, eles mantinham a tradição sobre sua perambulação e sabiam
que não eram chineses embora falassem a língua local.

Eles se auto-nomeiam Lusi, ("Lu" significa tribos, e "si" significa dez). De acordo com a história
contada pelo povo Menashe, quando foram expulsos de sua região nas cavernas das montanhas, perderam o
pergaminho da Torá. Outros dizem que ele foi roubado ou queimado pelos chineses. Os sacerdotes da tribo de
Menashe, entretanto, continuaram a transmitir sua tradição oralmente, incluindo suas observâncias e rituais
até o século XIX.

O povo Menashe também manteve o costume da circuncisão enquanto foi possível, quando se tornou
difícil deixou de ser praticada, mas eles ainda abençoam a criança em uma cerimônia especial no oitavo dia.
Eles também comemoram dias santos que são muito semelhantes aos dias judaicos. O seguinte poema
acompanhou-os ao longo de suas migrações. É uma canção tradicional sobre a travessia do Mar Vermelho que
foi escrita pelos seus antepassados. Esta é a tradução em Português:

“Nós devemos manter a festa da Páscoa


Porque nós cruzamos o Mar Vermelho por terra seca
À noite cruzamos com um fogo
E de dia com uma nuvem
Inimigos nos perseguiram com carruagens
11
E o mar os engoliu
E os fez como alimentos para o peixes
E quando estávamos com sede
Nós recebemos água da rocha”

Este conteúdo é semelhante à experiência dos israelitas descrita em Êxodo. O povo de Menashe
chama seu Deus Y'wa, que é o mesmo nome do Deus bíblico Yah, ou Yahweh. Em todas as aldeias há um
sacerdote cujo nome é sempre Aarão, irmão de Moisés e primeiro sacerdote judeu. Um de seus deveres é de
vigiar a aldeia. O sacerdote usa uma túnica, um peitoral, um casaco bordado preso com um cinto e uma coroa
na cabeça. E eles sempre cantam sobre os Menashe no começo de cada encontro.

O rabino Tokayer diz que conheceu esse grupo nas selvas da Birmânia em 1963 e 1964 e pode
descrever suas ofertas e sacrifícios exatamente como os oferecidos na Bíblia. Recentemente, um retorno ao
judaísmo começou. Vários milhares de pessoas de Menashe decidiram observar as leis da Torá e retornaram
ao judaísmo. Eles têm sinagogas em Manipur, Assam e Mizoram. Há também aqueles que imigraram para
Israel, e outros milhares anseiam por retornar a Israel.

Grupo de Menashe em Jerusalém (à esquerda). Bandeira dos Menashe (à direita).

As Tribos Perdidas de Israel que Foram para a China

Na região montanhosa do noroeste da China, a oeste do rio Mín, perto da fronteira com o Tibete,
existe a região de Sichuan. Lá vivem os povos antigos chamados pelos chineses, Chiang ou Chiang-Min. Esse
povo conta com cerca de 250 mil pessoas.

Em 1937 um livro foi publicado e intitulado “Primeiros Missionários da China”, e subintitulado,


“Antigos Israelitas” pelo reverendo Thomas Torrance que foi um missionário nesta área da China. Ele foi o
primeiro a escrever sobre essa tribo e acreditava que havia na cultura dos Ching antigas raízes das tribos
perdidas de Israel.

De acordo com os relatos de Torrance os costumes, rituais, modos de pensamento, práticas


domésticas e religiosas dos Ching eram as mesmas dos israelitas que foram contemporâneos de Amós, Oséias
e Elias. Torrance ficou basicamente impressionado com o monoteísmo praticado por esse povo na China em
uma área onde o termo Deus nem era conhecido.

Na época a língua da tribo Chiang já havia sido esquecida e eles também haviam perdido seu antigo
roteiro. Hoje eles falam chinês. Eles mesmos se vêem como imigrantes do oeste que chegaram a esta área após
uma jornada de três anos e três meses. Os chineses os tratavam como bárbaros, enquanto os Chiang se referiam
aos chineses como idólatras.

12
Pessoas de Chiang Min (Foto: Thomas Torrance em 1920)

Ódio e inimizade existiram entre os chineses e esta tribo por um longo tempo. Eles viveram
independentemente até meados do século XVIII quando aceitaram se tornar parte da população geral para
ganhar mais liberdade. A pressão religiosa dos chineses, a disseminação do cristianismo, e a influência do
casamento entre as tribos fizeram com que a tribo de Chiang abandonasse seu modo de vida monoteísta.

No entanto ainda é possível aprender sobre as tradições passadas da tribo de Chiang através dos seus
costumes e da fé que eles ainda têm. Esta tribo vivia de modo similiar aos israelitas desde a antiguidade que
data anos antes de Cristo. Segundo a tradição, a tribo de Chiang é descendente de Abraão e seu antepassado
tinha 12 filhos. Aqueles entre eles que não tiveram para si esposas chinesas após suas vitórias nas guerras
ainda tem traços semitas.

Eles acreditam em um Deus a quem eles chamam de Abachi, que significa o “pai do céu”, ou
Mabichu, o “espírito do céu”, ou também Tian, “o céu”. Como resultado das influências chinesas, todos eles
o chamam de Deus das montanhas, pois as montanhas são os lugares centrais para a adoração de Deus.

Seu conceito de Deus é o de um Deus todo poderoso que vigia o mundo inteiro, julga o mundo de
maneira justa, recompensa os justos e castiga os iníquos. Esse Deus lhes dá a oportunidade do arrependimento
e de obter expiação por suas ações errôneas. Em tempos difíceis, eles chamam a Deus de "Yawei", o mesmo
que o Yahweh dos judeus.

Eles também acreditam em espíritos e demônios, mas são proibidos de adorá-los. No passado eles
tinham rolos de pergaminho e também livros, mas hoje eles só têm tradições orais. Eles mesmos não entendem
as orações que eles recitam toda semana.

A tribo de Chiang vive um modo de vida muito especial baseado na oferta de sacrifícios de animais
que podia ser vista entre as Dez Tribos de Israel. É proibido adorar estátuas ou deuses estrangeiros e qualquer
um que ofereça sacrifício a outro deus enfrenta a pena de morte.

Seus sacerdotes vestem roupas brancas e limpas e realizam os sacrifícios em estado de pureza, como
faziam os sacerdotes do antigo Israel (I Samuel 15:27). Lembro-me de que os sacerdotes xintoístas japoneses
também usam roupas brancas e limpas em eventos sagrados.

O sacerdote da tribo Chiang usa um turbante especial. O sacerdote é ordenado em uma cerimônia
especial em que sacrifícios também são oferecidos. Homens solteiros não podem ser um sacerdote, costume
também observado no antigo Israel (Levítico 21:7,13).

O próprio altar é construído de terra que é moldada em pedras que são então colocadas uma sobre a
outra sem serem cortadas por qualquer ferramenta de metal. É importante lembrar que na Torá, o antigo altar
não podia ser feito de pedras cortadas (Êxodo 20:25), uma vez que a espada ou qualquer instrumento usado
para cortar a pedra era também um instrumento de guerra e dano.
13
Um sacerdote da tribo Chiang Min (Foto: Torrance em 1920)

A parte principal da cerimônia era realizada à noite, talvez para escondê-los de outros chineses ou
por causa do efeito especial do silêncio e da tranquilidade da noite. Esta também foi uma antiga tradição
israelense. É interessante que os rituais importantes da religião xintoísta japonesa também são realizados à
noite.

Antes da oferta de sacrifícios, é necessário lavar-se e vestir-se de roupas limpas. Os animais


sacrificiais também devem ser lavados e purificados. Existe um lugar especial para purificação e lavagem. Os
presbíteros e sacerdotes colocam as mãos sobre a cabeça do sacrifício a ser abatido e depois fazem suas
orações.

A circuncisão não é executada entre os Chiang. Parece ter se tornado obsoleto. Mas depois do 7º dia
ou na véspera do 40º dia de vida da criança, um galo branco é sacrificado em honra à criança e ela recebe
então um nome.

Comunidades Judaicas Antigas em Kaifeng, China

Como mencionei anteriormente, o povo Menashe foi para a região perto de Kaifeng na China e
depois seguiu seu caminho. A comunidade judaica em Kaifeng é a mais famosa do mundo como uma das mais
antigas que existiu desde a época de antes de Cristo.

Kaifeng foi a antiga capital de várias dinastias na China. Os judeus de lá não comiam o tendão do
quadril o qual está na extremidade da coxa. Isso também é um costume dos israelitas. Ainda há alguns milhares
de judeus em Kaifeng. Eles mantiveram alguma tradição judaica. Em Kaifeng existia inclusive uma sinagoga.
Eles se casaram com os chineses e, por isso, ganharam traços asiáticos.

Podemos traçar a história dos israelitas na China até tempos muito antigos. De acordo com um
monumento de pedra em Kaifeng, os israelitas foram para Kaifeng em 231 a.c. Muitos israelitas ou judeus
viviam em partes da China antes mesmo da destruição de Jerusalém em 70 d.c.

Centro Memorial da História dos


Judeus de Kaifeng (à esquerda) e
jovens Kaifeng praticando o
judaísmo moderno (à direita).

14
As Tribos Perdidas de Israel Foram para o Leste ao Longo da Rota da Seda

Mencionei acima sobre os povos Yusufzai e os Pathan no Afeganistão e no Paquistão, o povo da


Caxemira, a tribo Menashe na Índia e em Mianmar, e a tribo de Chiang (Chiang-Min) na China. Todos esses
lugares estão ao longo da Rota da Seda o que indica que as tribos perdidas de Israel trilharam essa famosa rota
comercial. Me pergunto então: Será que os descendentes dos Israelitas pararam por ai ou avançaram ainda
mais para o leste seguindo a Rota da Seda? Onde é o destino final da Rota da Seda? Japão!

Descendentes das Dez Tribos Perdidas de Israel vieram para o Japão? Se descendentes das Dez
Tribos Perdidas de Israel chegaram ao leste da China, existe uma forte possibilidade de que eles tenham vindo
ao Japão também, pois ao lado da China está o Japão. Mas você pode questionar: "Têm um mar entre a China
e o Japão! Isso dificultaria a chegada ao Japão!".

No entanto, isso não foi um grande problema para os israelitas. Os estudiosos dizem que os israelitas
já haviam negociado na época do rei Salomão (século X a.c.) com a Índia e outros países do Mar Mediterrâneo,
com uma frota de navios (ver I Reis 10:22, algumas das palavras são do sânscrito). Os israelitas conheciam
bem os navios mesmo nos tempos anteriores ao início do país “Japão”.

É importante também lembrar que a Rota da Seda era na verdade Rotas da Seda. Haviam várias
estradas na terra e no mar que acompanhavam a viagem ao leste. É sabido que desde o tempo muito antes de
Cristo, os israelitas eram pessoas experientes para atravessar o oceano

Comunidades descendentes de israelitas ao longo da Rota da Seda (à esquerda). Rotas terrestres e marítimas da Seda (à direita)

.
15
As Tribos Perdidas de Israel no Japão

O santuário xintoísta de "Suwa-Taisha" no Japão

Um Festival Japonês que Ilustra a História de Isaque

Na prefeitura de Nagano no Japão, existe um grande santuário xintoísta chamado "Suwa-Taisha" (o


xintoísmo é a religião tradicional nacional peculiar ao Japão).

Em Suwa-Taisha, o tradicional festival chamado "Ontohsai" ocorre no dia 15 de abril todos os anos
(Quando os japoneses usavam o calendário lunar era março/abril). Este festival ilustra a história de Isaque
encontrada no capítulo 22 de Gênesis na Bíblia – Quando Abraão estava prestes a sacrificar seu próprio filho,
Isaque. O festival "Ontohsai", realizado desde os tempos antigos, é considerado o festival mais importante do
santuário de "Suwa-Taisha".

Na parte de trás do santuário "Suwa-Taisha", há uma montanha chamada Monte Moriya. As pessoas
da área de Suwa chamam o monte de "Moriya no kami", que significa "deus de Moriya". Este santuário foi
construído para adorar o "deus de Moriya".

No festival um menino é amarrado por uma corda a um pilar de madeira e colocado sobre um tapete
de bambu. Um sacerdote xintoísta chega perto do menino com uma faca e corta uma parte do topo do pilar de
madeira, mas então um mensageiro (outro sacerdote xintoísta) chega rapidamente e o menino é libertado.
Notamos nesse costume um remanescente da história bíblica em que Isaque foi libertado depois que um anjo
apareceu a Abraão.

Neste festival, sacrifícios de animais também são oferecidos. 75 veados são sacrificados, mas entre
eles sempre há um veado com um corte na orelha. O veado com a orelha partida é considerado pelos sacerdotes
como o que foi preparado por Deus. Esse veado da orelha rasgada em especial pode ter alguma conexão com
o carneiro que Deus preparou para ser sacrificado no lugar de Isaque uma vez que, por estar preso no mato,
pode ter tido a orelha cortada.

Nos tempos antigos do Japão não haviam ovelhas então essa essa era a razão para que eles
sacrificassem veados (veados são kosher). Mesmo em tempos antigos, os japonêses consideravam esse
costume de sacrifício de veados estranho porque o sacrifício de animais nunca foi uma tradição xintoísta.

As pessoas chamam este festival de "o festival do deus Misakuchi". Este nome, "Misakuchi", pode
ser "mi-isaku-chi". "Mi" significa "grande", "isaku" é provavelmente Isaque (a palavra hebraica "Yitzhak"), e
"chi" é algo para o fim da palavra. Parece que o povo de Suwa fez de Isaque um deus, provavelmente pela
influência dos idólatras com quem tiveram contato durante sua peregrinação. Hoje, esse costume do menino
prestes a ser sacrificado e liberto no último minuto não é mais praticado, mas ainda podemos ver o costume
do pilar de madeira chamado "oniye-bashira", que significa "pilar de sacrifício".

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Um veado com a orelha dividida (à esquerda). A faca e a espada usada no festival “Ontohsai” (no centro). O
"oniye-bashira"(pilar de sacrifício) onde o garoto deveria ser amarrado (à direita)

Atualmente as pessoas usam animais empalhados ao invés de realizar o sacrifício de animais reais.
Amarrar um menino junto com o sacrifício de animais foi considerado muito selvagem pelos japonêses da era
Meiji (cerca de 100 anos atrás), e, por esses motivos, esses costumes foram descontinuados. No entanto, o
festival em si ainda permanece.

O costume do menino foi mantido até o começo da era Meiji. Masumi Sugae, que era um estudioso
japonês e escritor de viagens na era Edo (cerca de 200 anos atrás), escreveu um registro de suas viagens e
observou o que viu em Suwa. O registro mostra os detalhes de "Ontohsai". Nesse documento o escritor detalha
o costume do menino prestes a ser sacrificado e sua libertação final, assim como os sacrifícios de animais que
existiam naqueles dias. Seus registros são mantidos no museu perto de Suwa-Taisha.

O festival de "Ontohsai" tem sido mantido pela família Moriya desde os tempos antigos. A família
Moriya pensa em "Moriya-no-kami" (deus de Moriya) como o deus de seus ancestrais. Eles também
consideram o "Monte Moriya" como seu lugar sagrado. O nome "Moriya" pode ter vindo de "Moriah" (a
palavra hebraica "Moriyyah") de Gênesis 22:2, onde hoje é o Monte do Templo em Jerusalém. Entre os judeus,
o “Deus de Moriah” representa o único verdadeiro Deus a quem a Bíblia ensina.

A família Moriya hospeda o festival há 78 gerações. E o curador do museu disse que a fé no deus de
Moriya existia entre as pessoas da região desde a época de antes de Cristo.

Aparentemente, nenhum outro país, exceto o Japão, tem um festival que ilustra a história bíblica de
Abraão e Isaque. Essa tradição parece fornecer fortes evidências de que os antigos israelitas realmente
chegaram ao Japão antigo.

Youtube: Santuário de Suwa-taisha (Veja a partir do minuto 8)


https://www.youtube.com/watch?v=88Y3uOOvXzM

Para legendas em inglês, clique em "Legendas" na parte inferior direita da tela do YouTube)

Youtube: Festival Ontohsai e entrevista com Arimasa Kubo


https://www.youtube.com/watch?v=YwrPSkC0Z_Q&feature=youtu.be

O Brasão da Casa Imperial do Japão é o Mesmo que o encontrado no Portão de Jerusalém

O brasão da Casa Imperial do Japão é uma marca redonda na forma de uma flor com 16 pétalas. A
forma atual aparece como um crisântemo (mãe), mas os estudiosos dizem que nos tempos antigos, parecia
com um girassol. A aparência do girassol é a mesma que a marca no portão de Herodes em Jerusalém. O
brasão no portão de Herodes também tem 16 pétalas. Este brasão da Casa Imperial do Japão existe desde
tempos muito antigos. A mesma marca como a do portão de Herodes é encontrada nas relíquias de Jerusalém,
desde os tempos do Segundo Templo e também nas relíquias assírias dos tempos a.c.
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A marca no portão de Herodes em Jerusalém (à esquerda) e o brasão da Casa Imperial do Japão (centro e direita)

Sacerdotes Religiosos Japoneses (Yamabushi) Usam o “Tokin”, Objeto Semelhante ao Filactério Judeu

"Yamabushi" é um homem religioso em formação exclusiva para o Japão. Hoje, acredita-se que
pertencem ao budismo japonês. No entanto, o budismo na China, Coréia e Índia nunca tiveram tal costume.
O costume do "yamabushi" existia no Japão antes do budismo ser importado para o Japão no século VII.

Na testa de um "Yamabushi", coloca-se uma pequena caixa preta chamada "tokin", que é amarrada
à cabeça com um cordão preto. Ela se assemelha muito a um judeu usando um filactério (caixa preta) na testa
com um cordão preto. O tamanho dessa caixa preta "tokin" é quase o mesmo que o talismã judaico, mas sua
forma é redonda e semelhante a uma flor.

Um “yamabushi” com seu “tokin” (à esquerda). Um Israelita usando o filactério (à direita)


Originalmente, o filactério judeu colocado na testa parece ter vindo da "placa" da testa colocada
sobre o sumo sacerdote Aarão com uma corda (Êxodo 28:36-38). Era de cerca de 4 centímetros de acordo com
o folclore e alguns estudiosos afirmam que era em forma de flor. Em caso afirmativo, era muito semelhante à
forma do "tokin" japonês usado pelo "yamabushi".

Israel e o Japão são os únicos dois países no mundo que eu conheço que usam a caixa preta na testa
para fins religiosos.

Além disso, o "yamabushi" usa uma grande concha como chifre. Isso é muito semelhante aos judeus
tocando um shofar ou chifre de carneiro. O som é soprado e os sons da concha do "yamabushi" são muito

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parecidos com os do shofar. Como não há ovelhas no Japão, os "yamabushi" precisavam usar conchas em vez
de chifres de carneiro.

"Yamabushi" são pessoas que consideram as montanhas seus locais sagrados para treinamento
religioso. Os israelitas também consideravam as montanhas seus lugares sagrados. Os Dez Mandamentos da
Torá foram dados no Monte Sinai e Jerusalém é uma cidade na montanha. Jesus (Yeshua) costumava subir a
montanha para orar. Sua transfiguração também ocorreu em uma montanha.

No Japão existe a lenda do "Tengu". Esse ser folclórico vive em uma montanha e tem a figura de um
"yamabushi". Ele tem um nariz grande e habilidades sobrenaturais. Diz a lenda que os ninjas visitavam o
"Tengu" na montanha para obter dele habilidades sobrenaturais. "Tengu" lhes dava então "tora-no-maki" (um
pergaminho do "tora") e depois lhes davam poderes sobrenaturais. Este "pergaminho do tora" era considerado
um livro muito importante e útil para qualquer crise. Os japoneses usam essa palavra até os dias de hoje.

Não há conhecimento de que um verdadeiro pergaminho de uma Torá judaica tenha sido encontrado
em um local histórico japonês. No entanto, parece que este "tora-no-maki" (pergaminho da tora) é uma
derivação da Torá judaica.

Representações da figura folclórica do Tengu com seu tokin

"Omikoshi" Japonês se Assemelha à Arca da Aliança

Na Bíblia, em I Crônicas, capítulo 15, está escrito que Davi fez subir a arca da aliança do Senhor à
Jerusalém.

“Assim, com grande festa, foram Davi, as autoridades de Israel e os líderes de batalhões de mil buscar
a arca da aliança do Senhor na casa de Obede-Edom. Como Deus havia poupado os levitas que carregavam a
arca da aliança do Senhor, sete novilhos e sete carneiros foram sacrificados. E Davi vestia um manto de linho
fino, assim como também todos os levitas que carregavam a arca, os músicos e Quenanias, chefe dos músicos.
E Davi vestia também o colete sacerdotal de linho. E todo Israel acompanhou a arca da aliança do Senhor
alegremente, ao som de trombetas, cornetas e címbalos, ao toque de liras e de harpas.” 1 Crônicas 15:25-28
Quando leio essas passagens sempre penso em como isso se parece com a cena do povo japonês
carregando a 'omikoshi' durante os festivais. A forma da 'Omikoshi' japonêsa parece semelhante à arca da
aliança. Os japoneses cantam e dançam na frente dela com gritos e sons de instrumentos musicais. Eles são
bastante semelhantes aos costumes do antigo Israel.

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Ilustração do povo Israelense carregando a Arca da Aliança (à esquerda). Povo japonês carregando a arca omikoshi (à direita)

Arca Japonesa (Omikoshi)

Os japoneses carregam a "omikoshi" nos ombros


com bastões - geralmente duas varas. Assim como
faziam os antigos israelitas: "Os levitas levaram a arca
de Deus com varas nos ombros, como Moisés tinha
ordenado de acordo com a palavra do Senhor." (1
Crônicas 15:15)

A arca israelense da aliança tinha duas varas (Êxodo


25:10-15). Alguns modelos da arca representam-a com
as duas varas presas as partes superiores da arca. Mas
a Bíblia diz que essas varas deveriam ser presas à arca
pelos quatro anéis "em seus quatro pés" (Êxodo 25:12).
Portanto, as varas deveriam ser fixadas na parte
inferior da arca. Isso é compátivel com a arca japonesa
(Omikoshi).

A arca israelense tinha duas estátuas de


querubins de ouro em seu topo. Querubins
são um tipo de anjo celestial que tem asas
como pássaros. A "omikoshi" japonêsa
também tem em seu topo um pássaro
dourado chamado "Ho-oh". Esse pássaro
imaginário é considerado um misterioso ser
celestial no folclore japonês.

A arca Israelense era toda


revestida de ouro. A "omikoshi" japonêsa
também é coberta parcialmente e às vezes
inteiramente com ouro. O tamanho de uma
"omikoshi" é quase o mesmo que o da arca
israelense. A "omikoshi" japonêsa pode ser,
pelo que tudo indica, uma réplica da arca do
antigo Israel.

20
Muitas Coisas da Arca Se Assemelham aos Costumes Japoneses

O rei Davi e o povo de Israel cantaram e dançaram ao som de instrumentos musicais em frente à
arca. Nós japoneses também cantamos e dançamos ao som de instrumentos musicais na frente da "omikoshi".

Vários anos atrás, assisti à um filme americano chamado "King David" o qual retratou fielmente a
vida do rei Davi. No filme Davi observei dançando na frente da arca enquanto ela estava sendo levada para
Jerusalém. No mesmo instante eu pensei: "Se o cenário de Jerusalém fosse substituído pelo cenário japonês,
essa cena seria exatamente a mesma que pode ser observada em festivais japoneses". A atmosfera da música
também se assemelha ao estilo japonês. A dança de Davi é semelhante à dança tradicional japonesa.

No festival do santuário xintoísta de "Gion-jinja" em Kyoto, os homens carregam a "omikoshi". No


percurso eles entram em um rio e atravessam-no. Não posso deixar de pensar que isso se origina da memória
dos antigos israelitas carregando a arca enquanto cruzavam o rio Jordão após o êxodo do Egito.

Em uma ilha japonesa do Mar Interior de Seto, os homens selecionados como carregadores da
"omikoshi" ficam juntos em uma casa por uma semana antes de carrega-lá. Isso é para evitar que eles se
profanem. Além disso, na véspera do dia em que carregam a "omikoshi", os homens se banham na água do
mar para se santificarem. Isso é semelhante a um antigo costume israelita:

“Então os sacerdotes e os levitas se consagraram para transportar a arca do Senhor, o Deus de Israel.” (I
Crônicas 15:14)

A Bíblia diz que depois que a arca entrou em Jerusalém e a marcha terminou, Davi deu a todos de
Israel, homem e mulher, um pedaço de pão, um bolo de tâmaras e um bolo de uva passas" (I Crônicas 16:3).
Isso também é semelhante ao costume japonês. Doces são sempre distribuídos para todos depois de um
festival. Foi uma delícia durante toda a minha infância.

O Manto dos Sacerdotes Japoneses se Assemelham ao Manto dos Sacerdotes Israelenses

A Bíblia diz que quando Davi fez subir a arca a Jerusalém, "vestiu Davi um manto de linho fino" (I
Crônicas 15:27). O mesmo aconteceu com os sacerdotes e os corais de música. Na Bíblia em Japonês, esse
versículo é traduzido como "manto de linho branco".

No antigo Israel, embora o sumo sacerdote usasse um manto colorido, os sacerdotes comuns usavam
linho branco simples. Eles usavam roupas brancas em eventos sagrados. Os sacerdotes japoneses também
usam vestes brancas em eventos sagrados.

Em Ise-jingu, um dos mais antigos santuários japoneses, todos os sacerdotes usam vestes brancas. E
em muitos santuários xintoístas japoneses, especialmente os tradicionais, as pessoas usam vestes brancas
quando carregam a "omikoshi" como os israelitas. Sacerdotes budistas de forma geral usam vestes coloridas
e luxuosas. Na religião xintoísta japonesa, entretanto, o branco é considerado a cor mais sagrada.

Sacerdotes xintoístas servindo no santuário


21
O imperador do Japão, logo após terminar a cerimônia de sua ascensão ao trono, aparece sozinho
diante do deus xintoísta. Quando ele chega lá, ele usa um manto puramente branco que cobre todo o seu corpo,
exceto seus pés que ficam visíveis. Isto é semelhante a atitude de Moisés e Josué, que retiraram suas sandálias
diante de Deus e ficaram descalços (Êxodo 3:5, Josué 5:15). Marvin Tokayer, um rabino que viveu no Japão
por 10 anos, escreveu em seu livro: "As vestes de linho usadas pelos sacerdotes xintoístas japoneses são
extremamente parecidas com as vestes de linho branco dos antigos sacerdotes de
Israel."
Sacerdote xintoísta japonês em veste branca com franjas (à esquerda)

O manto do sacerdote xintoísta japonês tem cordas de 20 a 30 centímetros de


comprimento penduradas nos cantos do mesmos. Essas franjas são semelhantes às
dos antigos israelitas. Deuteronômio 22:12 diz: "Façam franjas nas quatro pontas do
manto que vocês usam para cobrir-se."

Franjas nas vestes eram um símbolo de que uma pessoa era um israelita. Nos
evangelhos do Novo Testamento, também está escrito que os fariseus "Eles fazem
as franjas de suas vestes bem longas” (Mateus 23:5). Uma mulher que sofria de
hemorragia veio a Jesus (Yeshua) e tocou a "borda de sua veste" (Mateus 9:20)

Retratos imaginados de roupas antigas de Israel às vezes não têm franjas. Mas
suas vestes realmente tinham franjas. O Tallit Judaico (xale de oração), que os
judeus colocam quando oram, tem franjas nos cantos de acordo com a tradição.

Os sacerdotes xintoístas japoneses usam no manto um retângulo de tecido dos ombros até as coxas
(colete sacerdotal) muito parecido com o manto usado por Davi: "Davi também usava um colete sacerdotal de
linho fino." (1 Crônicas 15:27)

Embora o colete sacerdotal do sumo sacerdote fosse colorido com jóias, os sacerdotes comuns
usavam os coletes sacerdotais de tecido de linho branco simples (1 Samuel 22:18). O rabino Tokayer afirma
que o retângulo de tecido no manto do sacerdote xintoísta japonês é muito semelhante ao colete sacerdotal do
sacerdote judeu (Kohen).

O sacerdote japonês xintoísta coloca um turbante na cabeça e uma faixa na cintura assim como fazia
o sacerdote israelense (Êxodo 29:5-6). As roupas dos sacerdotes xintoístas japoneses parecem ser similares às
roupas usadas pelos antigos israelitas.

Mover o Feixe da Colheita Também é um Costume do Japão

Os judeus “movem” um feixe das primicias dos frutos de grãos sete semanas antes de Shavuot
(Pentecostes, Levítico 23:10-11), Eles também “movem” um feixe de plantas na Festa das Cabanas (Levítico
23:40). Isto tem sido uma tradição desde a época de Moisés. Os antigos sacerdotes israelenses também
acenavam com um ramo de plantas quando santificavam alguém. Davi disse: "Purifica-me com hissopo e
ficarei puro" (Salmos 51:7). Este, curiosamente, também é um costume tradicional japonês.

Quando um sacerdote japonês santifica alguém ou algo, ele “acena” um galho de árvore ou “agita”
uma "harainusa". A “harainusa”é feita de uma vara e papéis brancos e parece com uma planta. A "harainusa"
de hoje é simplificada e feita de papéis brancos que são dobrados em zigue-zague como pequenos raios, mas
antigamente era um ramo de planta ou cereais.

Uma mulher cristã japonesa que eu conheci costumava pensar que essa "harainusa" era apenas um
costume pagão. Mais tarde, ela foi para os EUA e teve a oportunidade de assistir a uma cerimônia de Sucot
(colheita) entre uma comunidade judaica. Quando ela viu o judeu “agitando” o feixe da colheita, ela gritou
em seu coração: "Oh, isso é o mesmo que um sacerdote japonês faz! Esta é a casa dos japoneses".

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Sacerdote xintoísta japonês “acenando” com o feixe para santificação
A Estrutura do Santuário Xintoísta Japonês é Semelhante ao Tabernáculo do Antigo Israel

O interior do tabernáculo de Deus no antigo Israel era dividido em duas partes. O primeiro lugar é
o Santo Lugar, e o segundo lugar é Santo dos Santos. O santuário xintoísta japonês também é dividido em
duas partes.

As funções desempenhadas no santuário japonês são semelhantes às do tabernáculo israelense. Os


japoneses rezam em frente ao Santo Lugar, mas eles não podem entrar nos Santo dos Santos. Somente o
sacerdote xintoísta em datas especiais pode entrar no Santo dos Santos. Isso é realmente muito semelhante ao
tabernáculo israelense.

O Santo dos Santos japonês está localizado geralmente no extremo oeste ou extremo norte do
santuário. O Santo dos Santos de Israel era localizado no extremo oeste do templo. O Santo dos Santos do
xintoísmo também está localizado em um nível mais elevado do que o Santo Lugar, e entre eles há degraus.
Os eruditos afirmam que, no templo israelense construído por Salomão, o Santo dos Santos estava em um
nível mais elevado também, e entre eles havia degraus de cerca de 2,7 metros de largura.

Desenho de um típico santuário xintoísta japonês

Na frente de um santuário japonês, há duas estátuas de leões conhecidas como "komainu". Elas ficam
em ambos os lados da entrada. Os leões não são considerados ídolos, mas guardas do santuário. Este também

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era um costume do antigo Israel. No templo de Deus em Israel e no palácio de Salomão, haviam estátuas ou
relevos de leões (I Reis 7:36, 10:19).

“Koimanu” os guardas do santuário

No início da história do Japão, não havia absolutamente nenhum leão. Mas as estátuas de leões foram
colocadas em santuários japoneses desde os tempos antigos. Foi provado pelos estudiosos que as estátuas de
leões localizadas em frente aos santuários japoneses são originárias do Oriente Médio.

Perto da entrada de um santuário japonês temos sempre um "temizuya" - um lugar para os fiéis para
lavarem as mãos e boca. Antigamente era um costume lavar os pés também. Este é um costume semelhante
ao encontrado nas sinagogas judaicas. O antigo tabernáculo e o templo de Israel também tinham uma pia para
lavar as mãos e os pés perto das entradas.

O “temizuya” fica localizado e tem funções semelhantes a bacia de bronze do tabernáculo do povo de Israel.

Abaixo é possível ver as semelhanças entre a estrutura do tabernáculo israelense e de um santuário xintoísta.

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Na frente de um santuário xintoísta japonês, há um portão chamado "torii". Esse tipo de portão não
existe na China ou na Coréia, mas é peculiar ao Japão. O portão "torii" consiste em dois pilares verticais e
uma barra que liga as partes superiores. Mas a forma mais antiga consiste em apenas dois pilares verticais e
uma corda conectando as partes superiores. Quando um sacerdote xintoísta se curva ao portão, ele se curva
para as duas colunas separadamente. Entende-se, portanto, que o portão "torii" foi originalmente construído
de apenas dois pilares.
No templo de Israel, havia dois pilares usados como portão (I Reis 7:21). E de acordo com Joseph
Eidelberg, na língua aramaica que os antigos israelitas usavam, a palavra para portão era "tar'a". Esta palavra
pode ter mudado um pouco para se tornar o "torii" japonês. Alguns "torii", especialmente de antigos santuários,
são pintados de vermelho. Não posso deixar de pensar que esta é uma imagem dos umbrais das portas em que
o sangue do cordeiro foi colocado na noite anterior ao êxodo do Egito.

Na religião xintoísta japonesa há também um


costume de cercar um lugar sagrado com uma corda
chamada "shimenawa", que tem pedaços de papel
branco inseridos ao longo da borda inferior. A corda
"shimenawa" é definida como o limite entre o
profano e o sagrado. A Bíblia diz que quando Moisés
recebeu os Dez Mandamentos de Deus no Monte.
Sinai, ele "estabeleceu limites" (Êxodo 19:12) em
torno do monte para os israelitas não se
aproximarem. Embora a natureza desses "limites"
não seja conhecida, cordas podem ter sido usadas. A
corda japonesa "shimenawa" pode então ser um
costume que se origina da época de Moisés. O padrão em ziguezague de papéis brancos inseridos ao longo da
corda me lembra os trovões no Monte Sinai. (Modelo de “shimenawa” na figura acima)

A principal diferença entre um santuário xintoísta japonês e o antigo templo israelense é que o
santuário não tem o altar de sacrifício para animais. Eu costumava me perguntar por que a religião xintoísta
não tem o costume de sacrifícios de animais se o xintoísmo é originário da religião do antigo Israel. Mas então
encontrei a resposta em Deuteronômio capítulo 12. Nessa passagem Moisés ordenou que o povo não
oferecesse sacrifícios de animais em qualquer outro lugar, exceto em lugares específicos em Canaã (12:10-
14). Portanto, se os israelitas chegassem ao Japão antigo, não lhes seria permitido oferecer sacrifícios de
animais.

O santuário xintoísta é geralmente construído em uma montanha ou uma colina. Quase todas as
montanhas do Japão têm um santuário, você encontra um santuário até no topo do Monte Fuji. No antigo
Israel, as montanhas abrigavam lugares de adoração chamados "os lugares altos". O templo de Jerusalém foi
construído em uma montanha (Monte Moriá). Moisés recebeu os Dez Mandamentos de Deus no Monte Sinai.
Era comum em Israel o pensamento de que a montanha é um lugar próximo de Deus.

Muitos santuários xintoístas são construídos com os portões a leste e o Santo dos Santos a oeste,
como vemos no grande santuário de Matsuo (Matsuo-taisya) em Kyoto. Outros, entretanto, são construídos
com os portões no sul e o Santo dos Santos no norte. A razão de construir com os portões a leste (e o Santo
dos Santos ao oeste) é que o sol vem do leste. O antigo tabernáculo ou templo israelense foi construído com
o portão no leste e o Santo dos Santos ao oeste baseado-se na crença de que a glória de Deus vem do leste
junto com o sol.

Todos os santuários xintoístas são feitos de madeira. Muitas partes do antigo templo israelense
também eram feitas de madeira. Os israelitas usavam pedras em alguns lugares, mas paredes, pisos, tetos e
todos os interiores eram cobertos de madeira (I Reis 6:9,15-18), que eram cedros do Líbano (I Reis 5:6). No
Japão não temos cedros do Líbano, então nos santuários xintoístas é usado o cipreste Hinoki, que, assim como
o cedro do Líbano, dificilmente é comido por insetos. A madeira do antigo templo de Israel era toda revestida
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de ouro (I Reis 6:20-30). No Japão, as partes importantes do santuário principal de Ise-jingu, por exemplo,
também são revestidas de ouro.

Muitos Costumes Japoneses se Assemelham aos do Antigo Israel

Quando os japoneses rezam em frente ao Santo Lugar de um santuário xintoísta, eles primeiramente
tocam o sino de ouro que está pendurado no centro da entrada. Este também era o costume do antigo Israel. O
sumo sacerdote Arão colocou "sinos de ouro" na barra do seu manto. Isto era para que seu som pudesse ser
ouvido e ele não morresse enquanto ministrava ali (Êxodo 28:33-35).

Sinos de ouro presente nas entradas dos santuários japoneses (à direita)

Os japoneses batem palmas duas vezes quando rezam em um santuário.


Este foi, no antigo Israel, o costume de dizer: "Eu cumpro minhas promessas".
Nas Escrituras, você pode encontrar a palavra que é traduzida em "penhor". O
significado original desta palavra em hebraico é "bater palmas" (Ezequiel
17:18; Provérbios 6:1). O próprio ato de dar as mãos quando se fecha um
acordo tem a mesma origem. Ao que tudo indica os antigos israelitas batiam
palmas quando prometiam fazer algo importante à Deus.

Os japoneses se curvam diante do santuário antes e depois de bater palmas e orar. Eles também se
curvam como uma saudação educada quando se encontram. Se curvar também era um costume do antigo
Israel. Jacó se curvou em reverência quando se aproximava de Esaú (Gênesis 33:3). Isso é parte essenssial da
cultura japonesa. Etíopes modernos também têm o costume de se curvar provavelmente por causa dos antigos
judeus que imigraram para a Etiópia nos tempos antigos. O cumprimento etíope é muito semelhante ao
japonês.

O Sal e a Impureza

Nós japoneses temos o costume de usar sal para santificação. As pessoas às vezes jogam sal depois
que uma pessoa ofensiva sai de um determinado ambiente. Esse costume é o mesmo que o dos antigos
israelitas. Depois que Abimeleque capturou uma cidade inimiga, "ele semeou-a com sal" (Juízes 9:45). Nós,
japoneses, interpretamos rapidamente que isso significa purificar e santificar a cidade.

Eu ouvi dizer que quando os judeus se mudam para uma nova casa, eles semeiam-a com sal para
santificá-la e purificá-la. Isso também é verdade no Japão. Em restaurantes de estilo japonês, costuma-se
colocar sal perto da entrada. Os judeus usam sal para carne kosher. Toda a carne Kosher é purificada com sal
e todas as refeições começam com pão e sal.

O povo japonês também coloca sal na entrada de agências funerárias. Depois de voltar de um funeral,
é preciso borrifar-se de sal antes de entrar em sua casa. Acredita-se no xintoísmo que qualquer um que foi a
um funeral ou tocou em um cadáver se tornou impuro. Até hoje, você pode encontrar água do lado de fora de
um cemitério judeu e fora de suas casas também. O motivo é para que as pessoas que retornam de um cemitério
ou funeral possam lavar as mãos antes de entrar. Antes de ir a um funeral, a pessoa prepara a água fora de
casa, para que, ao retornar, possa lavar-se antes de entrar em sua casa. Também na mitologia japonesa, está
escrito que a divindade “Izanagi” foi para o mundo dos mortos (chamado Yomi em japonês) para trazer sua
esposa morta de volta, e quando ele voltou de Yomi, ele se banhou na água de um rio e se purificou da
impureza dos mortos. Além disso, Yomi, o mundo dos mortos na religião xintoísta japonesa, é muito parecido
com o Sheol, que é o mundo dos mortos mencionado na Bíblia.

Uma característica muito importante do xintoísmo japonês é que ele tem o conceito de impureza dos
mortos. Dizem que uma casa onde alguém morreu, ou uma pessoa que foi a um funeral está impura. O povo
ocidental não tem esse conceito. Essa impureza, para eles, não é material, mas religiosa ou ritual. Este conceito

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de impureza xintoísta é o mesmo encontrado no antigo Israel, pois a Bíblia diz que aquele que toca o cadáver
de alguém será "imundo sete dias" (Números 19:11). Além disso, na religião xintoísta, uma pessoa com um
parente morto é considerada impura por um certo período. Durante esse período, ela pessoa não pode ir a um
santuário. Isso tamém era um costume do antigo Israel.

O funeral budista acontece dentro de um santuário, mas o funeral xintoísta é sempre feito fora de um
santuário para não trazer impureza para dentro. O sacerdote xintoísta que participou do funeral não traz os
objetos que ele usou no funeral para dentro do santuário. Mesmo quando ele, por algum motivo, tem que traze-
los, ele os purifica e depois traz. Ele também tem que se purificar antes de entrar. Também no antigo Israel, o
funeral nunca era realizado dentro no templo.

A Bíblia registra que os israelitas choraram e lamentaram por 30 dias a morte de Moisés e a morte
de Aarão (Deuteronômio 34:8, Números 20:29). Similarmente, um antigo livro xintoísta japonês chamado
“Engishiki”, o qual foi escrito no século X d.c., estabelece um período de 30 dias de impureza para que uma
pessoa possa voltar a participar de eventos sagrados. Além disso o livro estabeleceu um período de 7 dias de
impureza par a morte de um feto de três meses ou morte de uma pessoa sem uma parte do corpo. Sendo assim,
o conceito xintoísta de impureza dos mortos assemelha-se ao costume do antigo Israel.

O sal também é um símbolo de esterilidade, morte e maldição. Em Israel, existe um lago chamado
Mar Morto, que é chamado Mar de Sal no Hebraico (Yam Ha-melech), pois tem uma densidade muito alta de
sal (5 vezes mais que o oceano). Sem peixe. Os arredores também são cobertos com sal ou sal grosso. Este
lugar é também ruína de cidades antigas chamadas Sodoma e Gomorra.

Os lutadores japoneses de "sumo" semeiam sal antes de lutarem. As pessoas européias ou americanas
se perguntam por que eles fazem isso. Mas o rabino Tokayer escreveu que os judeus entendem rapidamente o
significado do ritual. O povo japonês oferece sal toda vez que realiza uma oferenda religiosa. Esse é o mesmo
costume usado pelos israelitas:"Com todas as suas ofertas você deve oferecer sal" (Levítico 2:13).

Lutadores de sumo semeando sal antes da luta

Na antiguidade os japoneses tinham o costume de colocar um pouco de sal no primeiro banho do


bebê. Os antigos israelitas lavavam um bebê recém-nascido com água depois de esfregarem o bebê suavemente
com sal (Ezequiel 16:4). Santificação e purificação com sal e/ou água é um costume comum entre os japoneses
e os antigos israelitas.

Ainda hoje os judeus têm a tradição de receber um novo vizinho ou um distinto convidado com sal.
Se um líder mundial fosse visitar Jerusalém, o rabino-chefe o receberia na entrada da cidade com Hallah (pão
judeu) e sal. Os judeus começam cada refeição salgando pão, isso faz de cada mesa de refeição um altar. A
carne é "koshered" o que significa colocar sal na carne para remover todo o sangue.

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No Japão, eles oferecem sal toda vez que realizam uma oferenda religiosa. Assim são as ofertas nas
festas japonesas. O sal não é oferecido no budismo. Oferecer sal é novamente o mesmo costume usado pelos
israelitas, pois está escrito na Bíblia que todos devem oferecer sal com suas ofertas (Levítico 2:13). O Talmud
(a sabedoria do judaísmo) confirma que todos os sacrifícios devem ter sal. O sal é conservante já o mel e
fermento eram proibidos com sacrifícios uma vez que simbolizam fermentação, decadência e decomposição..
O sal tem significado de anti-decadência e permanência e, além disso, simboliza a eterna aliança de Deus
(Números 18:19). O templo de Jerusalém tinha uma câmara de sal especial, e Flávio Josefo, um historiador
judeu do século I mencionado anteriormente, registra em seu livro sobre um rei grego fazendo uma doação de
375 cestas de sal para o templo de Jerusalém.

Nas Escrituras Hebraicas, as palavras "puro" e "impuro" freqüentemente aparecem. Europeus e


americanos não estão familiarizados com este conceito, mas os japoneses o entendem. Um conceito central
do xintoísmo é valorizar a pureza e evitar a impureza. Este conceito provavelmente veio do antigo Israel.

Semelhantemente ao Judaísmo, Não Há Ídolos na Crença Xintoísta

Os templos budistas têm ídolos esculpidos em forma de Buda e outros deuses. No entanto, nos
santuários xintoístas japoneses, não há ídolos. No centro do Santo dos Santos de um santuário xintoísta, há
um espelho, espada ou pingente. No entanto, xintoístas não consideram esses itens como seus deuses. No
xintoísmo, os deuses são considerados invisíveis. O espelho, espada e o pingente não são ídolos, mas
meramente objetos para mostrar que ali é um lugar sagrado onde deuses invisíveis descem.

Na arca da aliança do antigo Israel, se encontravam as tábuas de pedra dos Dez Mandamentos de
Deus, um pote de maná e a vara de Arão. Estes não eram ídolos, mas objetos para mostrar que ali era o lugar
santo onde o Deus invisível habitaria. A mesma coisa é entendida sobre os objetos nos santuários japoneses.

Palavras Japonesas Antigas Têm Origem Hebraica

Joseph Eidelberg, um judeu que veio ao Japão e permaneceu por anos em um santuário xintoísta
japonês, escreveu um livro intitulado "Os Japoneses e As Dez Tribos Perdidas de Israel". No seu livro ele
destacou que muitas palavras japonesas se originaram no hebraico antigo. Por exemplo, nós japoneses dizemos
"hazukashime" para dizer “desgraça” ou “humilhação”. Em hebraico, é "hadak hashem" (veja o orginal de Jó
40:12). A pronúncia e o significado de ambas palavras são quase as mesmas.

A palavra "anta" significa "você" tanto em japonês como em hebraico. Reis no Japão antigo foram
referidos com a palavra "mikoto", que poderia ser derivada de uma palavra hebraica "malhuto", que significa
"seu reino". O Imperador do Japão é chamado "mikado". Essa palavra se assemelha à palavra hebraica
"migadol", que significa "o nobre". A antiga palavra japonesa para um líder de uma região é "agata-nushi";
"agata" é "região" e "nushi" é "líder". Em hebraico, as palavras referentes são: "aguda" e "nasi".

Quando nós japoneses contamos "Um, dois, três ... dez", às vezes dizemos: "Hi, fu, mi, yo, itsu, mi,
nana, ya, kokono, towo". Embora essa seja a forma incorreta de contar, ela é uma expressão tradicional no
Japão. O seu significado, entretanto, é desconhecido para nós japoneses. Estudiosos entendem que esta
expressão se originou de um antigo mito xintoísta japonês. No mito, a deusa chamada Amaterasu era quem
administra a luz do sol. Uma vez ela se escondeu em uma caverna celestial e o mundo ficou em trevas. Então,
de acordo com o livro mais antigo da história japonesa, o sacerdote xintoísta chamado Koyane rezou essas
palavras de frente com a caverna onde Amaterasu estava encondida e na frente dos outros deuses para que

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Amaterasu saísse. Diz a lenda então que as palavras ditas foram: "Hi, fu, mi yo, itsu, mi, nana, ya, kokono,
towo".

Ilustração de Amaterasu se escondendo na caverna enquanto Koyane reza e outros deuses acompanham

Joseph Eidelberg afirmou que esta é uma bela expressão hebraica que sofreu algumas mudanças de
pronúncia ao longo da história. Estas palavras em hebraico seriam: "Hifa mi yotsia ma na'ne ykakhena tavo".

Isso significaria: "A bela (deusa). Quem a trará para fora? O que devemos chamar para convencê-la
a vir?" Isso surpreendentemente se encaixa na situação do mito. Além disso, nós japoneses não apenas dizemos
"Hi, fu, mi yo, itsu, mi, nana, ya, kokono, towo" como parte da tradição, mas veja a similaridade da expressão
com uma das formas tradicionais de contagem de 1 a 10.

"Hitotsu, futatsu, mittsu, yottsu, itsutsu, muttsu, nanatsu, yattsu, kokonotsu, towo" (uma das formas corretas de contagem de 1 a 10 em Japonês)

Note que nesse modelo de contagem japones, "totsu" ou "tsu" é colocado no final de cada uma das
palavras ditas por Koyane durante sua reza: "Hi, fu, mi yo, itsu, mi, nana, ya, kokono, towo". Mas a última
palavra "towo" (que significa dez) permanece sem essa alteração. "Totsu" a terminação acrescentada a cada
palavra da expressão pode ser a palavra hebraica "tetse", que significa "ela sai". E "tsu" pode ser a palavra
hebraica "tse" que significa "sai".

Eidelberg acreditava que essas palavras foram ditas pelos deuses que cercavam o sacerdote Koyane
enquanto ele rezava. Ou seja, quando Koyane diz "Hi", os deuses vizinhos acrescentam "totsu" (ela sai) em
resposta, em seguida quando Koyane diz "Fu", os deuses adicionam "totsu" (tatsu) e assim por diante. Desta
forma, tornou-se "Hitotsu, futatsu, mittsu, yottsu, itsutsu, muttsu, nanatsu, yattsu, kokonotsu, towo" uma das
formas mais tradicionais de contagem de 1 à 10 no Japão moderno.

No entanto, a última palavra, "towo", o sacerdote Koyane e os deuses vizinhos disseram juntos. Se
esta é a palavra hebraica "tavo", ela significa: "(ela) virá". Quando eles dizem isso, a deusa Amaterasu sai da
caverna.

Portanto a expressão "Hi, fu, mi yo, itsu, mi, nana, ya, kokono, towo" se tornou "Hitotsu, futatsu,
mittsu, yottsu, itsutsu, muttsu, nanatsu, yattsu, kokonotsu, towo" e foram usados mais tarde como palavras
para contar números.

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Além disso, o nome do sacerdote Koyane se parece com a palavra hebraica, "kohen" que significa
"sacerdote". Eidelberg mostrou muitos outros exemplos de palavras japonesas (vários milhares) que pareciam
ter origem hebraica. E isso não parece ser obra da coincidência.

Nas antigas canções folclóricas japonesas muitas palavras não são compreensíveis ao falante
japonês. O Dr. Eiji Kawamorita considerou que muitas dessas canções tem origens hebraicas. Uma canção
folclórica japonesa na prefeitura de Kumamoto é cantada, "Aleluia, haliya, haliya, tohse, Yahweh, Yahweh,
yoitonnah ...." Quem sabe o básico de hebraico sabe que essas palavras vêm de Israel.

Youtube: Semelhanças entre hebraico e japonês


https://www.youtube.com/watch?v=TLc30VSPdgY&list=PLyHKy-b4esQTWFWRBiht4b8-6sFp6CRHI

Similaridades entre a Genealogia Bíblica e a Mitologia Japonesa

Há uma notável semelhança entre o artigo genealógico bíblico e a mitologia japonesa. Um estudioso
japonês aponta que as histórias em torno de Ninigi (neto da deusa Amaterasu) na mitologia japonesa se
parecem muito com as histórias em torno de Jacó na Bíblia. Na mitologia japonesa, a família imperial do
Japão e a nação de Yamato (os japoneses) são descendentes de Ninigi o qual veio do céu. Sendo assim Ninigi
é o ancestral da tribo de Yamato, ou nação japonesa. Enquanto Jacó é o ancestral dos israelitas.

Na mitologia japonesa, não era Ninigi que desceria do céu, mas o outro irmão. Quando porém o
outro irmão estava se preparando, Ninigi nasceu e como resultado, ao invés do irmão, Ninigi desceu do céu e
se tornou o ancestral da nação japonesa. Da mesma forma, segundo a Bíblia, era Esaú, irmão mais velho de
Jacó, que se tornaria a nação de Deus, mas em vez de Esaú, a bênção de Deus para a nação foram dadaa a
Jacó, e ele se tornou o ancestral da nação de Israel.

Na mitologia japonesa, depois que Ninigi vir do céu, ele se apaixonou por uma linda mulher chamada
Konohana-Sakuya-Hime e tentou se casar com ela. O pai dela, entretanto, pediu que ele se casasse não só com
ela, mas também com sua irmã mais velha. No entanto, a irmã mais velha era feia e Ninigi a devolveu ao pai.
Da mesma forma, de acordo com a Bíblia, Jacó se apaixonou pela linda Raquel e tentou se casar com ela
(Gênesis, capítulo 29). Mas o pai de Raquel (Labão) diz a Jacó que ele não pode dar a irmã mais nova antes
de casar a mais velha. Labão então pede a Jacó que se casasse com a irmã mais velha (Lia) também. No
entanto, a irmã mais velha não era tão bonita e Jacó não gostava dela. Assim, notamos um paralelo interessante
entre Ninigi e Jacó.

Também na mitologia japonesa, Ninigi e sua esposa Konohana-Sakuya-Hime têm um filho chamado
Yamasachi-Hiko. Mas Yamasachi-Hiko é intimidado por seu irmão mais velho e tem que ir para um país
distante de um deus do mar. Lá Yamasachi-Hiko obtém um poder místico e lança sobre o irmão mais velho
uma fome severa. No fim, entretanto, perdoa o pecado do irmão mais velho. Da mesma forma, de acordo com
a Bíblia, Jacó e sua esposa Raquel têm um filho chamado José. Mas José é intimidado por seus irmãos mais
velhos e é vendido para o Egito. Lá, José se torna o governador do Egito e obtem muito poder. Quando seus
irmãos mais velhos vão ao Egito por causa da fome, José os ajuda e perdoa seus pecados. Assim, há também
um paralelo entre Yamasachi-Hiko e José.

Na mitologia japonesa, Yamasachi-Hiko casou-se com uma filha do deus do mar e deu à luz uma
criança chamada Ugaya-Fukiaezu. Ugaya-Fukiaezu teve 4 filhos. Mas seus segundo e terceiro filhos foram
para outros lugares. O quarto filho é o primeiro imperador Jimmu, que conquista a terra de Yamato. Esta é a
linha genealógica da Casa Imperial do Japão.

Enquanto isso o que temos na Bíblia? José casou-se com uma filha de um sacerdote no Egito e deu
à luz Manassés e Efraim. Efraim assemelha-se a Ugaya-Fukiaezu no sentido de que Efraim teve 4 filhos, mas
seus segundo e terceiro filhos foram mortos cedo (I Crônicas 7:20-27), e um dos descendentes do quarto filho

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foi Josué que conquistou a terra de Canaã (a terra prometida a Israel). Na linha de Efraim encontramos Casa
Real das Dez Tribos de Israel.

Portanto, encontramos uma notável semelhança entre a genealogia bíblica e a mitologia japonesa -
entre Ninigi e Jacó, Yamasachi-hiko e José, e a família imperial do Japão e a tribo de Efraim.

Linhas genealógicas que apresentam as semelhanças entre a origem dos israelitas (Tribo de Efraim) e a Casa Imperial do Japão

Além disso, na mitologia japonesa o céu é chamado Hara de Takama (Takama-ga-hara ou Takama-
no-hara). Ninigi veio de lá e fundou a nação japonesa. Em relação a este Hara de Takama, Zen'ichirou Oyabe,
um pesquisador japonês, sugeriu que esta pode ser a cidade de Harã na região de Togarma onde Jacó e seus
ancestrais viveram; Jacó viveu em Harã de Togarma por um tempo, depois veio para Canaã e fundou a nação
de Israel.

Jacó certa vez viu em um sonho os anjos de Deus subindo e descendo entre o céu e a terra (Gênesis
28:12), e recebeu uma promessa de Deus de que seus descendentes herdariam a terra de Canaã. Isso
obviamente é diferente de Ninigi literalmente descendo do céu, mas se assemelha a imagem que pode ter sido
carregada com as tribos perdidas de Israel e que deu origem ao folclore japonês.

Assim, com exceção de detalhes, o esboço da mitologia japonesa se assemelha muito aos registros
da Bíblia. É possível pensar que os mitos de “Kojiki” e “Nihon-Shoki” (livros muito antigos da história e
folclore japones), foram originalmente baseados em histórias bíblicas, mas posteriormente adicionadas a
vários elementos pagãos conforme eles se envolviam com outros povos e culturas durante milhares de anos.
É possível inclusive pensar que a mitologia japonesa era originalmente uma espécie de genealogia que
indicava que os japoneses são descendentes de Jacó, José e Efraim (Israel).

Impureza Durante o Período Menstrual

O conceito de impureza durante o período menstrual existe no Japão desde os tempos antigos. É um
costume no Japão desde a antiguidade que a mulher durante o ciclo mentrual não deve participar de eventos
sagrados no santuário. No passado ela também não podia ter relações sexuais com o marido e deveria se fechar
em uma cabana (Gekkei-goya em japonês), que era construída para uso coletivo na aldeia. As mulheres
deveriam ficar ali durante a menstruação e cerca de 7 dias após o término do corrimento. Este costume foi
amplamente observado no Japão até a era Meiji (cerca de 100 anos atrás). Após o período de enclausuramento,
ela precisava se limpar com água natural do rio, fonte ou mar. Se não houvesse água natural, a limpeza poderia
ser feita em uma banheira.

Isso se assemelha muito ao antigo costume israelense. No antigo Israel, a mulher durante a
menstruação não podia comparecer aos eventos sagrados no templo, tinha que estar separada do marido, e era
costume fechar-se em uma cabana durante a menstruação e 7 dias após o término da mesma (Levítico 15:19,
28).
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O ritual de purificação acontece até os dias de hoje. Em Israel a mulher não tem relações sexuais
durante a menstruação assim como durante os próximos sete dias. No oitavo dia a mulher vai ao Mikvá (banho
ritual para purificação). A água do Mikvá deve ser água natural. Há casos de coleta de água da chuva e
transporte da mesma para a banheira de Mikvá. Em caso de não ter bastante água natural, a água da torneira é
adicionada.

As pessoas modernas podem não compreender o sentido desse conceito, mas as mulheres durante a
menstruação precisam descansar física e mentalmente. A própria mulher diz que se sente impura em seu
período menstrual.

Não apenas em relação a menstruação, mas também o conceito de ter filhos no xintoísmo japonês se
assemelha ao do antigo Israel. Uma mãe que tenha um filho é considerada impura por um determinado período.
Este conceito é fraco entre os japoneses de hoje, mas era muito comum nos tempos antigos. O antigo livro
xintoísta, Engishiki (século X), estabeleceu sete dias como um período em que a mulher que acabara de dar a
luz não poderia participar de eventos sagrados. Isso se assemelha a um costume antigo de Israel, pois a Bíblia
diz que quando uma mulher desse a luz a uma criança do sexo masculino, ela estaria "impura por sete dias".
Ela então "continuaria no sangue de sua purificação por 33 dias". Caso ela tivesse uma criança do sexo
feminino, ela estaria "impura por duas semanas", e ela "continuaria no sangue de sua purificação por 66 dias"
(Levítico 12:2-5).

No Japão, foi-se observado amplamente até a era Meiji (100 anos atrás) que as mulheres durante a
gravidez e depois de dar aluz se trancavam em uma cabana (chamada Ubu-goya em japonês) e ficavam por
lá. O período era geralmente durante a gravidez e 30 dias depois que ela teve o nenêm (o caso mais longo
registrado foi de quase 100 dias). Isso se assemelha ao costume do antigo Israel.

No antigo Israel, após esse período de purificação, a mãe poderia ir ao templo com seu filho pela
primeira vez. Também no costume do xintoísta japonês, após o período de purificação, a mãe pode ir ao
santuário com seu bebê. No Japão moderno são geralmente 32 dias para um menino e 33 dias no caso de uma
menina. Quando eles vêm ao santuário, entretanto, não é a mãe que carrega o bebê. É costume tradicional que
o bebê não seja carregado pela mãe, mas geralmente pela mãe do marido (sogra). Esta é uma notável
semelhança de impureza da mãe após o parto quando comparado com o costume antigo de Israel.

Cabana de menstruação usada pelos Falasha, povo judeu que vive na Etiópia
"Mizura" Japonês e Peyote Judeu

As fotos abaixo (à esquerda e centro) são estátuas de antigos samurais japonêses encontradas em
relíquias do final do século V a.c em Nara, Japão. Esta estátua mostra realisticamente o estilo de cabelo antigo

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dos homens japoneses chamado "mizura". Nesse estilo de corte/penteado o cabelo cai debaixo por debaixo do
chapéu e fica pendurado na frente de ambas as orelhas com alguns cachos. Esse estilo de cabelo era
amplamente visto entre os samurais japoneses, e era exclusivo do Japão, nunca houve influência cultural da
China ou da Coréia nesse sentido.

“Mizura” japonês (ao centro e à esquerda). Peyote judeu (à direita).


É uma mera coincidência que o “mizura” japonês se assemelha muito ao "peyote" judeu? O "peyote"
é um estilo de cabelo exclusivo para os judeus e a origem é muito antiga. Levítico 19:27 da Bíblia menciona:
"Não corte o cabelo nas laterais da sua cabeça." Então, esse costume originou-se dos antigos israelitas. O
costume "peyote" dos judeus hassídicos de hoje é uma recuperação desse costume antigo. Os judeus iemenitas
têm esse costume desde os tempos antigos. Há uma estátua da Síria, que é do século XIII ou IX antes de
Cristo que mostra um homem hebreu com peyote e um xale de franjas.

Pesquisa de DNA entre os Japoneses e os Judeus

Recentes pesquisas de DNA no cromossomo Y (que apenas homens têm e são transmitidas de pai
para filho) mostraram que cerca de 40% dos homens japoneses pertencem ao haplogrupo D do DNA do
cromossomo Y e cerca de 50% deles perntencem ao haplogrupo O.

O haplogrupo O é o que a maioria dos chineses e coreanos pertencem. Ele é tipicamente asiático.
Eles (Chineses e Coreanos) não têm o haplogrupo D que foi encontrado entre os japonêses. E mesmo quando
o têm, a taxa está abaixo de 1 a 2%. No entanto, o haplogrupo D é encontrado nos japoneses na supreendente
quantidade de 40%. Essa taxa tão alta é, na verdade, muito incomum no mundo todo

Segundo os geneticistas, o haplogrupo D é o compatriota do haplogrupo E como afirma a


enciclopédia da Wikipédia:

"Juntamente com o haplogrupo E, D achamos o distintivo polimorfismo YAP, que indica sua ancestralidade
comum. [Haplogrupo D (Y-DNA)]”

Tanto Asquenazes (judeus provenientes da Europa Central e Europa Oriental) como Sefarditas
(judeus provenientes de Portugal e Espanha), pertencem ao haplogrupo E do cromossomo Y (20-30%). Outros
judeus pertencem aos haplogrupos J (cerca de 30%) e R (20-30%). O haplogrupo R pode ter entrado nos
judeus nos tempos da diáspora na Europa. Enquanto o haplogrupo J é visto amplamente no Oriente Médio e
em outros lugares.

Quando falamos especialmente do haplogrupo E que foi encontrado nos japoneses, o “Family Tree
DNA”, um provedor de testes DNA mostra que o haplogrupo E é encontrado em todas as populações judaicas.
Ele está presente desde os judeus asquenazes, sefarditas, curdos, iemenitas, samaritanos e até mesmo grupos
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judaicos de Djerba. Por essa massiva presença do haplogrupo E, pesquisadores ainda usam esse marcador
genético para encontrar descendentes de judeus. Isso faz dos japoneses objetos de pesquisa mais aprofundada
sobre suas possíveis origens em Israel.

Haplogroups D e E foram no passado um só e, por isso, têm a mesma origem. Ambos vieram do
haplogrupo DE no Oriente Médio e depois se separaram através das mixturas raciais. Agora, a questão é: “Que
haplogrupo os antigos judeus pertenciam? Comumente é aceito que os haplogrupos E e J já existiam entre os
judeus desde muito tempo atrás (antes de 70 d.c).

A razão para acreditar nisso é que o haplogrupo E é encontrado em toda população judaica no mundo,
como já mencionado acima. E quanto ao haplogrupo J, a razão é que mais da metade dos judeus com
sobrenome Cohen (cohanim que dizem ser descendentes paternos do Sumo Sacerdote bíblico Aarão)
pertencem ao haplogrupo J (J1 ou J2).

Se todo judeu com o sobrenome Cohen é descendente do Sumo Sacerdote Aarão do antigo Israel,
nós podemos inferir que judeus antigos pertenciam ao haplogrupo J; No entanto, não é assim tão simples afinal
os Kohanim tem haplogrupos J1 e J2. Os kohanim também têm haplogrupos E e outros haplogrupos em baixas
taxas. Os Kohanim pertencem aos levitas, e os levitas têm o haplogrupo E e outros haplogrupos também em
taxas semelhantes a outras tribos judaicas.

Nós temos esse mistério para desvendar. De qualquer forma, os geneticistas acham que os
haplogrupos E e J já existiram entre os judeus desde muito tempo atrás. Nós apenas ainda não sabemos o qual
era mais antigo. No entanto, é razoável prestar mais atenção ao haplogrupo E na nossa busca das Dez Tribos
Perdidas de Israel. Uma razão para tal é a pesquisa de DNA dos samaritanos Kohanim.

Samaria era onde parte das Dez Tribos Perdidas viviam. Hoje apenas cerca de 650 samaritanos vivem
por lá. A maioria deles pertence ao haplogrupo J, pois os homens samaritanos têm sangue misturado. Por outro
lado, os sacerdotes levitas samaritanos pertencem ao haplogrupo E pois não se misturaram. Os levitas não são
mestiços, por isso herdam estritamente o sangue judeu desde os tempos antigos. De acordo com a Bíblia, eles
foram enviados da Babilônia para ensinar a Torá aos samaritanos após o exílio assírio, e têm mantido a linha
paterna (II Reis 17:24). Além disso, muitos dos chamados descendentes das Tribos Perdidas de Israel
pertencem ao haplogrupo E ou D.

Os pathans no Afeganistão e no Paquistão que dizem ser descendentes das Tribos Perdidas de Israel
têm o haplogrupo E em alta quantidade. Os judeus do Uzbequistão, que também dizem pertencer às Tribos
Perdidas, têm o haplogrupo E na frequência de 28%. Os falasha, judeus etíopes, têm o haplogrupo E em 50%.
Os judeus de Igbo na Nigéria têm o haplogrupo E em 90%. Sendo assim podemos concluir que o haplogrupo
E sempre é encontrado entre aqueles que dizem pertencer às Tribos Perdidas de Israel.

Por outro lado, a maioria dos povos que dizem pertencer às Tribos Perdidas de Israel não têm o
haplogrupo J, ou o têm apenas a uma taxa muito baixa. Os pathans têm o haplogrupo J em apenas 6%, e os
seguintes povos não têm o haplogrupo J ou têm, mas em taxa desconsiderável; Judeus Igbo (Nigéria), Bene
Efraim (Sul da Índia), Beta Israel (Falasha, Etiópia) e Judeus Bukharan (Judeus Persas).

As Tribos Perdidas de Israel mencionadas acima também têm o haplogrupo D. O povo de Chiang
(Qiang) (sudoeste da China, perto do Tibete) não tem haplogrupo J, mas tem o haplogrupo D na alta taxa de
23%. De acordo com o livro “As Tribos de Israel”, escrito pelo rabino Eliyahu Avichail, o fundador da Shavei
Israel (organização judia que pesquisa e auxilia grupos a descobrirem sua ascendencia israelita), o povo
Chiang tem muitos costumes israelitas tradicionais, e ele acha que eles são descendentes das Tribos Perdidas
de Israel.

De acordo com o rabino Avichail, os povos Shinlung (Bnei Menashe, nordeste da Índia) e Karen
(Myanmar), que também são descendentes das Tribos Perdidas de Israel, já foram um único povo com os

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Chiang. No entanto, os povos Shinlung e Karen perderam o haplogrupo D porque a maioria dos homens das
tribos foram mortos pelos chineses em tempos antigos de perseguição. Eles também não têm o haplogrupo J.
No entanto, seus costumes tradicionais indicam claramente que eles eram israelitas.

Esses povos (Chiang, Shinlung e Karen) são geralmente chamados de tibetanos, pois todos falam o
grupo de línguas Tibet-Birmânia e vivem perto do Tibete. Mas todos eles têm costumes tradicionais israelitas
e tradição oral de origem israelita. Eles poderiam ser chamados de “Tibetanos Israelitas. Viveram em Kaifeng,
China, nos tempos antigos, mas sob a perseguição dos chineses, alguns fugiram para o sul para a área
montanhosa do Tibete e se tornaram esses tibetanos israelitas, enquanto outros correram ainda mais para o
leste.

Como o povo Chiang, os japoneses têm o haplogrupo D do cromossomo Y, com a taxa mais alta no
mundo de 40%. Isso é muito incomum na Ásia e no mundo. Este haplogrupo D, como vimos anteriormente,
é o irmão do haplogrupo E dos judeus, tendo vindo da mesma origem e tendo o mesmo polimorfismo YAP.
É incrível que (cerca de 40%) dos japoneses tenham uma forte ligação com os judeus e as tribos perdidas de
Israel. Abaixo vemos um simples quadro mostrando a origem comum dos haplogrupos D e E e as proporções
deles encontradas em diversos grupos que clamam ser descendentes de Israel.

As Tribos Perdidas de Israel Chegaram ao Japão Antigo?

(As informações deste parte do meu livro são principalmente baseadas no que eu aprendi com livro
do Rabino Marvin Tokayer publicado no Japão mais algumas fontes do meu estudo independente.)

A Terra do Mais Extremo

Existe um livro chamado “Quarto Livro de Esdras” que foi escrito no final do primeiro século.
Embora ele não esteja na Bíblia, e é apenas um dos antigos documentos históricos dos hebreus uma coisa
interessante está ali escrita:

"Eles são as Dez Tribos que estavam no exílio no tempo do rei Oséias, a quem Salmanasar, rei da Assíria, fez
prisioneiros. Deportou-os para além do rio e eles foram levados para um país estranho. Eles então decidiram
deixar o país povoados por gentios e ir para uma terra distante que nunca ainda havia sido habitada pelo
homem e finalmente conseguir ser obediente às suas próprias leis. As mesmas que em seu próprio país eles
não conseguiram cumprir. Ao passarem pelas estreitas passagens do Eufrates, o Senhor realizou milagres para
eles parando os canais de água do rio até o cruzarem por completo. A jornada deles naquela região chamada

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ARZARETH demorou um ano e meio, e eles moraram lá desde então. Agora eles estão voltando, e mais uma
vez o Altíssimo vai parar os canais de água do rio para deixá-los atravessar". (4 Esdras 13:39-47)

Este artigo foi mencionado com o intuito de nos huiar em nosso estudo, mas não podemos
imediatamente pensar que o descrito acima é um fato histórico. Se pensarmos que no texto é possível entender,
entretanto, que, por algum motivo, houve algum fato histórico que se tornou o pano de fundo para este texto.
Poderiam haver notícias ou tradições orais de que as Dez Tribos Perdidas de Israel iniciaram sua jornada para
o leste e se estabeleceram em uma terra de um ano e meio de distância.

Onde é ARZARETH que as Dez Tribos teriam ido? Não encontramos o mesmo nome no mundo
olhando para o mapa. O Dr. Schiller Szinessy sugere que esse nome nada mais é que as palavras hebraicas
"eretz ahereth" (ARZ AHRTh)que significa “a outra terra”. Caso interpretarmos isso como as palavras
hebraicas "eretz aherith" (ARZ AHRITH), elas significariam “o fim da terra”, ou “a terra mais distante”. Não
foram poucas as pessoas que entenderam que o Japão poderia ser essa terra.

O Japão que Kaempfer Testemunhou

Engelbert Kaempfer foi um médico alemão que ficou em Dejima, Nagasaki, Japão durante 1690-
1693 d.c. Ele veio para o Japão depois de viajar por vários países do mundo. Ele era um homem erudito e
publicou um livro sobre o Japão depois de voltar para a Europa. No livro, Kaempher afirma que a língua,
costumes e religião japonesa são muito diferentes dos chineses ou dos coreanos, e que a principal raça dos
japoneses não é derivada dos povos vizinhos, mas sim de uma tribo da região da Babilônia que teria vindo ao
Japão e se tornou a principal raça dos japoneses. Ele escreveu:

"Os japoneses devem ser descendentes de uma tribo que emigrou diretamente da região da Babilônia."

A região da Babilônia é o Oriente Médio, onde existiu o Império Assírio de onde as Dez Tribos de
Israel foram exiladas. Kaempher também afirma:

"A aparência dos japoneses é tão diferente de acordo com as regiões do Japão que podemos distinguir
claramente. Isso prova que os japoneses foram formados através do processo onde várias tribos foram
adicionadas a uma nação básica já existente que era a família de linhagem mais nobre e antiga como os
‘daimyo’(Senhores feudais)e os funcionários do alto escalão que eram geralmente inteligentes, mais elegantes
na aparência do que outros, cheios de dignidade, e tinham o nariz mais proeminente e um tanto quanto
parecidos com os europeus. As pessoas dessa região de Satsuma, Oosumi e Hyuga eram de estatura mediana,
porém fortes e viris na linguagem e na habilidade .... "

Ele continua: "Quanto às raízes dos japoneses e sua origem, parece que devemos admitir que os japoneses são
independentes dos outros povos vizinhos e não são, de maneira alguma, procedentes dos chineses".

Experiência do Rabino Tokayer

O rabino Marvin Tokayer conta uma história sobre o que viu no Japão. Ele morava em Tóquio, e no
primeiro domingo no Japão ele visitou o temple de Meiji-Jingu, um grande santuário do xintoísta. Lá ele viu
um sacerdote xintoísta vestindo uma túnica branca, colocando um turbante único. Notou também que nos
cantos de sua túnica haviam franjas que eram cordões de 20 a 30 centímetros de comprimento. Além disso o
sacerdote xintoísta agitava um ramo da árvore Sakaki para a direita e para a esquerda, para cima e para baixo.
Ele estava purificando um bebê de um mês de idade que foi trazido pelos pais ao santuário, mas que não era
nunca carregado pela mãe. Ao ver esta cena, ele diz que pensou: "Por um acaso eu vim para a minha terra
natal?" Afinal, tudo o que ele viu foi muito semelhante aos costumes do antigo Israel. A maneira de agitar o
ramo pelo sacerdote xintoísta assemelhava-se ao costume judaico. E na antiguidade de Israel, a mãe era
considerada impura após o nascimento, e não podia levar o bebê para a cerimônia no templo, como já vimos
anteriormente. Ele disse “que fofo" para a família e arriscou-se a perguntar por que a mãe não estava

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carregando o bebê. Ele e sua esposa ficaram então atordoados em silêncio quando o responderam que a mãe
ainda estava impura para carrega-lo. Para quem tiver interesse em saber mais sobre o ritual, ele se chama
omiyamairi.

Ele então perguntou a um sacerdote xintoísta: "Por que você coloca franjas no seu manto?" O
sacerdote respondeu: "Esta é apenas uma tradição desde os tempos antigos". Mas ele sabe que isso é
originalmente um costume de Israel. Há uma descrição detalhada sobre as franjas das vestes na Bíblia
(Deuteronômio 22:12). As franjas eram na verdade uma marca registrada de que uma pessoa era um israelita.

Os Três Objetos Sagrados em Israel e no Japão

Assim como os antigos israelitas tinham três objetos sagrados, os japoneses têm três também. São
eles um espelho (chamado Yata-no-kagami), uma pérola (Yasaka-no-magatama) e uma espada (Kusanagi-no-
tsurugi). Estes objetos são vistos como muito santos e sagrados pelos religiosos. Eram sinais de autoridade
dos imperadores e “yorishiro” (objetos capazes de atrair espíritos). Hoje esses três objetos são mantidos
separadamente em lugares diferentes.

Existem várias diferenças entre os objetos sagrados do antigo Israel


(tábuas da lei, maná, vara de Aarão) e os do Japão, mas é comum não
somente o número de três coisas, mas também o fato de considerá-las
sagradas.

Um jovem xintoísta ortodoxo japonês muito estudioso e professor da


Universidade Imperial de Kyushu, Dr. Chikao Fujisawa, acreditava que
os três objetos sagrados do Japão teriam origem nos três objetos sagrados
do antigo Israel. Na verdade há alguns outros estudiosos xintoístas que
concordam com o Dr. Fujisawa. Alguns sugerem um paralelismo entre o
espelho e as tábuas, a pérola e o maná, a espada e a vara. Alguns destacam
que espelhos também foram usados no templo do rei Salomão (I Reis
7:28). Outros sugerem que a forma da pérola japonesa é a mesma que a
letra hebraica “yod”, que é também a primeira letra do santo nome
Yahweh. Ao lado vemos apenas representações dos objetos uma vez que
eles são mantidos escondidos e apenas alguns sacerdotes podem vê-los.

Ofertas

Os frequentadores dos santuários xintoístas trazem arroz, Mochi (doce de arroz), licor japonês
(saquê), cereais, legumes, frutas, doces, sal, água, peixes e aves para suas oferendas a deus e as colocam no
Santo Lugar do Santuário. Estas ofertas devem ser as melhores possíveis, e o fogo para cozinhá-los deve ser
“santo” e acesso por sílex ou por calor de atrito.

As oferendas são exibidas lindamente em uma mesa de madeira e o sacerdote reza a deus na frente
dela. Após a cerimônia, o sacerdote e os participantes devem comer as oferendas. Pois, os xintoístas modernos
acham importante que o homem “coma” com deus.

No Lugar Santo do tabernáculo ou templo israelense, havia também uma mesa de madeira na qual o
pão era feito de cereais da terra. Além disso, licor (vinho), e incenso eram oferecidos (Êxodo 25:29-30). Essas
ofertas a Deus tinham que ser as melhores. O sacerdote rezava à Deus e, depois da cerimônia, as oferendas
que fossem oferecidas a Deus eram comidas pelo sacerdote e sua família (Números 18:11). Além disso na
Bíblia há uma passagem onde Moisés e os líderes de Israel "comeram e beberam" diante de Deus no Monte.
Sinai (Êxodo 24:11).

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A Bíblia não menciona o conceito de "comer com Deus", embora, mais tarde, os judeus em tempos
talmúdicos encontraram significado em “comer com Deus”. Com poucas exceções, a carne de animais de
quatro patas não é oferecida na religião xintoísta. As ofertas mais comuns são os primeiros frutos, sal, alguns
peixes, Mochi (doce de arroz), arroz, licor (saquê), algas marinhas, etc. Geralmente, a maioria deles estão de
acordo com o kosher (leis alimentares dos judeus). Mas no xintoísmo moderno, o marisco é oferecido às vezes
e isso não está de acordo com o kosher. Os judeus não apenas nunca comem mariscos, mas também nunca os
oferecem a Deus.

O Fogo que Nunca Apaga

No Lugar Santo do tabernáculo ou templo israelense haviam também lâmpadas que nunca se
apagavam (Êxodo 27:20-21), já que era fogo santo que as iluminavam. Até hoje há uma luz sempre acesa em
todas as sinagogas israelitas. Da mesma forma, no Santo Lugar do santuário japonês xintoísta, há fogo sagrado
queimando continuamente. Esse costume de colocar o fogo como candeeiros na mesa assim com oferendas
no Santo Lagar do santuário xintoísta assemelham-se a prática no antigo tabernáculo israelita. Assim, as
funções do Santo Lugar do templo japonês são muito parecidas às do antigo Israel.

É digno que se lembre que a bebida é indispensável tanto para os santuários de Israel como aos do
Japão. Assim como o vinho foi oferecido no templo de Israel, o saquê é oferecido no santuário japonês.

Surpresa do Rabino Chefe de Israel

O rabino Marvin Tokayer que morou no Japão por muitos anos, conta uma história sobre quando o
rabino-chefe de Israel, Shlomo Goren, visitou o Japão. O rabino-chefe, Goren, era muito curioso e fascinado
com o Japão e, por isso, estava gostando muito de sua estadia. Ele disse que queria aprender a essência da
religião xintoísta japonesa e, para isso, frequantou por alguns dias uma aula na Universidade Kokugakuin
(universidade xintoísta em Tóquio).

Na palestra, o rabino chefe fez uma pergunta ao conferencista sobre como proteger o santuário
xintoísta, isto é, onde ficavam os guardas, como eles patrulhavam, por onde eles patrulham e qual era o turno
deles. Ouvindo a resposta, o rabino Goren ficou muito surpreso e disse: "Inacreditável!". Virando o rosto
pálido, Goren recomendou ao rabino Tokayer que ainda era jovem naqueles dias: "Você entende a importância
do que o palestrante xintoísta disse?" Depois acrescentou: "Leia a Mishnah e você saberá por que fiquei tão
surpreso ao ouvir a resposta". O Mishnah, (ensinamentos de antigos estudiosos judeus) tem uma explicação
sobre como o antigo templo de Jerusalém era guardado. “Na verdade, continuou ele, o modo de vigiar,
patrulhar e fazer os turnos dos guardas no santuário xintoísta é exatamente o mesmo que era feito no antigo
templo de Jerusalém!” O templo de Jerusalém foi destruído em 70 d.c. e ainda não foi reconstruído. Como
poderia o modo de vigiar no santuário xintoísta japonês ser o mesmo do antigo Israel? A palavra do rabino
chefe "inacreditável" foi simplesmente uma resposta natural a sua surpresa.

Dança Sem Manto de Davi

Nos antigos santuários xintoístas, os homens costumam usar mantos brancos para carregar a arca
“omikoshi”, em outros santuários, entretanto, os homens usam roupas curtas e coloridas com faixas na cabeça
enquanto carregam a arca japonesa. Enquanto a carregam eles gritam alegremente "Wasshoi, Wasshoi" e ao
redor pessoas com as mesmas vestimentas e as vezes até semi-nuas dançam na presença da arca. Isso nos
lembra da cena da dança de Davi.

Davi despiu-se do manto maravilhoso de rei, e, vestido com um simples manto de linho branco,
dançou diante da arca de Deus. Sua esposa Mical o viu de longe e o desprezou em seu coração. Mais tarde,
ela disse em ironia a Davi: "Como o rei de Israel se destacou hoje, tirando o manto na frente das escravas de
seus servos, como um homem vulgar!" (2 Samuel 6:20). Davi não ficou totalmente nu, mas para quem usava

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vestes maravilhosas e foi visto dançando usando apenas um simples manto branco fez o parecer vulgar aos
olhos de Mical. Ela sentiria o mesmo se olhasse para os japoneses dançando diante da arca “omikoshi”.

Tomando Banho

Os ocidentais usam sabão dentro da banheira e entram na banheira com os corpos ainda sujos. Mas
os judeus nunca fazem isso. Eles lavam seus corpos e se limpam e só então entram no ritual do banho. Toda
comunidade judaica tem um ritual do banho chamado Mikvá. Os judeus seguem esse tradicional ritual da
lavagem antes de entrar no Mikvá. Todos do ocidente se surpreendem ao ver a lavagem antes do banho. Mas
esse é o mesmo costume dos japonêses ao tomar banho.

Quando você chegar a um banho público no Japão (onsen), verá que os japoneses lavam seus corpos
e se limpam antes de entrarem na banheira. Isto também acontece em suas casas. Os povos europeus e
americanos não têm esse costume, exceto os judeus.

Os japoneses gostam muito de limpeza. Muitos deles tomam banho todos os dias, limpam suas
roupas e lavam as mãos com frequência. Esta é uma tradição desde os tempos antigos.

No século XIV, houve uma grande pandemia chamada Peste Negra e milhares pessoas morreram.
Supreendentemente o número de mortos entre os judeus foi relativamente baixo. Por esse motivo os povos da
Europa sempre espalharam o rumor infundado de que a fatalidade se devia ao judeus e que eles semeavam a
bactéria. O fato, entretanto, é que os judeus gostavam muito da limpeza. Eles sempre lavavam seus tecidos e
casas, tomavam banho e lavavam as mãos com frequência. Os judeus também lavavam as mãos depois de ir
ao banheiro e antes e depois de cada refeição. Por isso raramente ficavam doentes. Os japoneses também
sempre tiveram esse mesmo costume desde os tempos antigos.

Colunas de Pedra

Também é interessante notar que, assim como os japoneses dizem "um homem, dois homens, três
homens...", ao contar o número de homens presentes, os antigos japoneses diziam "uma coluna de deus, duas
colunas de deuses, três colunas de deuses..." ao contar o número de deuses presentes. Este modo de contar
deuses é compreensível para os judeus porque os antigos israelitas montavam colunas de pedra para adoração,
e esses altares eram sempre associados a deuses.

Até os dias de hoje existem em muitos lugares do Japão colunas religiosas de pedra. Por exemplo,
na cidade de Kazuno, prefeitura de Akita, há uma grande e longa pedra natural no centro das pedras ao redor.
No santuário de Kashima também encontramos uma pedra natural em forma de coluna que é colocada na parte
de trás do santuário e também é considerada como uma pedra sagrada.

Pedra natural do santuário de Kashima (à esquerda). Pedra natural no formato de pilar em Kazuno (a direita)

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O modo de montar esses altares de pedra no Japão é quase o mesmo dos pilares de pedra descobertos
em Israel. Este era um costume que os antigos israelitas tinham. Jacó, o ancestral dos israelitas, fez "uma
coluna de pedra" para adorar a Deus e "derramou sobre ela uma oferta de bebidas e a ungiu com óleo." (Gênesis
35:14). Da mesma forma que Jacó derramou uma oferta de bebida na coluna de pedra, o sacerdote xintoísta
despeja uma oferta de bebida (Saquê) na coluna de pedra do Japão. Moisés também estabeleceu "12 colunas
de pedra" perto do altar, de acordo com as 12 tribos de Israel (Êxodo 24: 4). Assim, os pilares de pedra eram
um elemento de adoração a Deus Yahweh.
Muitos anos mais tarde, entretanto, quando a adoração de ídolos chegou a Israel, as pessoas começaram
a usar as colunas de pedra como um elemento de sua adoração a ídolos. Então, mais tarde, os profetas de Israel
culparam os altares de pedra e os rejeitaram. A Bíblia conta sobre quando o povo do reino do sul de Judá
destruiu a adoração de ídolos que eles tinham construído para si mesmos: “Também construíram para si altares
idólatras, colunas sagradas e postes sagrados sobre todos os montes e debaixo de todas as árvores frondosas.”
(I Reis 14:23). As colunas de pedra foram prostituidas e usadas como pilares sagrados pagãos. Muitos deles
são descobertos em Israel e parecem semelhantes aos pilares de pedra japoneses.
No Japão, além dos pilares de pedra, existem muitos santuários com grandes pedras naturais
sagradas. Essas pedras são consideradas objetos onde o espírito de Deus desce e se senta. Por isso elas estão
ligadas ao culto. Esse tipo de pedra também foi vista no antigo Israel. A Bíblia registra que o primeiro rei
israelense Saul rolou uma grande pedra e fez dela um altar (I Samuel 14:33-35). Ele trouxe uma grande pedra
natural e fez dela um lugar de adoração. Ele usou pedra natural porque era proibido usar pedra lavrada para
um altar. A Bíblia diz que quando alguém faz um altar de pedra para Deus, ele "não deve o edificar com pedras
lavradas"(Êxodo 20:25). Semelhantemente no xintoísmo japonês, a pedra para adorar é sempre uma pedra
natural.

Altar da Terra

Em vez de pedra, a terra também é usada as vezes para o culto religioso. “Nihon-Shoki” (livro
japônes de crônicas) registra que o primeiro imperador japonês Jinmu tomou terra do monte Ameno-Kagu-
Yama, fez muitos tijolos, e construiu um altar para adorar os deuses. Tudo indica que os antigos israelitas
também fizeram altares da terra, pois a Bíblia diz: "Façam um altar da terra você para mim (Deus)" (Êxodo
20:24)

A história do tijolo é muito antiga; muitos tijolos já eram usados até mesmo na época da Torre de
Babel (Gênesis 11:3). Parece que os israelitas às vezes faziam altares de tijolos. Mas, comparado com a pedra,
o tijolo é fraco e facilmente decomposto pelo tempo, por isso os arqueólogos ainda não encontraram um altar
de tijolos em Israel. Mas tudo indica que eles existiram.

Serpente de Bronze

Quando os israelitas estavam vagando pelo deserto após o êxodo do Egito, eles encontraram um
bando de serpentes venenosas e muitas pessoas foram picadas e morreram. O veneno era forte como um fogo.
Para salvar o povo, Moisés fez "uma estátua de uma serpente de bronze" de acordo com o mandamento de
Deus e colocou-a num poste para que o povo pudesse olhar para ela. Quando alguém que tivesse sido picado
pela serpente olhava para a estátua de bronze era curado (Números 21:9).

Depois que este problema com as cobras terminou, esta serpente de bronze ficou entre os israelitas.
A existência desta estátua nunca foi ruim enquanto a fé dos israelitas era sólida em Deus. Mais tarde,
entretanto, quando os israelitas se perderam espiritualmente, começaram a adorar a serpente de bronze como
um ídolo em vez de adorar ao único e verdadeiro Deus. Foi somente Ezequias, um rei sobre Judá no século
VIII, a.c., que quebrou a estatura para impedir que a adoração de ídolos continuasse. A Bíblia registra que ele
quebrou em pedaços a serpente de bronze que Moisés tinha feito; pois até esses dias os israelitas "queimavam
incenso à ela" (II Reis 18:4).
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É interessante notar que as Dez Tribos de Israel foram
exiladas para a Assíria em 722 a.c. antes do rei Ezequias ter feito
isso. Assim, tudo indica que as Dez Tribos Perdidas tinham o
costume de adorar a serpente de bronze quando foram exiladas. Em
um santuário xintoísta no monte Inomure, prefeitura de Ooita, até
cerca de 40 anos atrás, havia uma festa única para implorar pela
chuva. Nessa festa eles primeiro faziam uma fundação com 6
troncos de árvores na forma do Escudo de Davi. Em seguida eles
empilhavam muitos galhos e formavam uma espécia de torre. No
topo dos galhos, era colocado um poste vertical com uma estátua de
cobra. As pessoas então queimavam os galhos e a torre enquanto
rezavam pela chuva. Eles também quiemavam incenso para a cobra esperando um poder sobrenatural dela.
(Poste com uma estátua da serpente no fogo no monte Inomure acima)

Eu vi a cena da festa no Japão em um vídeo gravado por um historiador e foi facíl de relacionar a
cena com o antigo Israel. Além disso, alguns deuses adorados em santuários xintoístas aponeses são às vezes
cobras. Isso pode ter alguma conexão com o antigo Israel.

Remanescente da Celebração da Circuncisão?

Se os antigos israelitas realmente vieram ao Japão teriam os japoneses costume da circuncisão?


Embora já tenha escutado um rumor de que a circuncisão ainda é realizada entre a família imperial do Japão,
ainda não encontrei evidencias do costume da circuncisão entre o povo japonês. Entretanto, há um costume
japonês tradicional chamado “Oshichiya”, que significa a “7ª noite”. Na 7ª noite a partir do nascimento do
bebê, os pais japoneses comemoram a apresentação do bebê a parentes e amigos. É apenas nessa data que o
nome do bebê é finalmente divulgado.

A 7ª noite é, de acordo com a maneira judaica de contar dias, o 8º dia a partir do dia em que o bebê
nasceu, pois a partir do entardecer o dia seguinte já começou no calendário judaico. Seria isso um
remanescente do costume judaico da circuncisão no oitavo dia? Os israelitas se reuniam no oitavo dia a partir
do dia em que o bebê havia nascido, e os pais apresentavam o bebê a parentes e amigos, circuncidavam o
menino, o davam um nome e se alegravam juntos (no caso de uma menina, a celebração era feita no primeiro
sábado). Esse costume permance até hoje no judaísmo moderno. Durante os primeiros sete dias, o bebê ainda
“não tem” nome. Este é o mesmo costume do japonês.

Oshichiya: Bebês japoneses são apresentados e recebem um nome na noite do sétimo dia de vida

Costumes do Primeiro Mês

Os japoneses tradicionalmente celebram de forma magnificiente um Ano Novo. Eles também


comemoram a festa de “Obon” em 15 de julho ou 15 de agosto de cada ano como um evento nacional muito

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importante. Ambas as festas são tão importantes que elas têm um ditado: "É como se Obon e o Ano Novo se
unissem”. Estes dois eventos são os mais magníficos ao longo de um ano no Japão.

No Ano Novo, em primeiro de janeiro, muitos japoneses começam a se reunir em santuários, mesmo
antes do amanhecer. E no dia 1º de janeiro eles, fazem um roda feliz com a família e comem Mochi (matzá
japônes). Eles comem Mochi por 7 dias e no 7º dia eles comem mingau com 7 tipos de ervas amargas.

Hoje, os japoneses usam o calendário solar; o dia do Ano Novo, portanto, é 1 de janeiro e o dia de
comer mingau com 7 ervas é 7 de janeiro. Mas historicamente os japoneses usavam o calendário lunar. Sendo
assim, o dia de Ano Novo era o dia 15 do primeiro mês afinal naquele dia seria a primeira lua cheia. Por esse
motivo até hoje o dia 15 de janeiro é chamado “O Pequeno Dia de Ano Novo” (Koshougatsu em japonês).
Este dia também foi chamado de "Ano Novo de Mochi". Consequentemente a noite do dia 14 de janeiro é
chamada de véspera de Ano Novo. A data já foi tão importante que, na época do calendário lunar, o 15º dia
do primeiro mês era feriado nacional.

De acordo com Zen'ichiro Oyabe, os japoneses de antes do século XII comiam mingau com 7 ervas
amargas no dia 15 do primeiro mês, e nos dias seguintes eles rezavam por uma boa colheita de Ano Novo.
Isso é semelhante ao costume do antigo Israel. Eles celebraram a Festa dos Pães Ásmos ao longo dos "7 dias
a partir do dia 15 do primeiro mês", nesse dia então eles comiam os pães ásmos (Levítico 23:6).

O pão sem fermento, que é "matzah" em hebraico, é um pão muito fino preparado e assado sem usar
fermento. A maneira de preparar o tradiconal Mochi japonês é muito semelhante com a excessão de que se
usa arroz em vez de farinha. A "matzah" israelense e os Mochi japoneses são muito semelhantes entre si na
pronúncia, no significado, na receita e no propósito.

Por fim, os israelitas comiam "ervas amargas" no dia 15 do primeiro mês (Êxodo 12:8) assim como
os antigos japoneses comiam mingau com 7 ervas amargas na mesma data. Vale notar que no calendário
judaico, o dia 15 do primeiro mês, que é o primeiro dia da festa, é lua cheia e é também o sábado (Levítico
23:7). No dia seguinte deste sábado, os israelitas oferecerem os primeiros frutos e oram por uma boa colheita
durante o ano (Levítico 23:11).

Os japoneses limpam suas casas completamente antes da chegada do Ano Novo. Quando os judeus
olham para isso, pensam: "Isto é o identico ao nosso costume!" Afinal, eles também tinham que limpar suas
casas completamente antes da Festa dos Pães Ásmos, pois a Bíblia diz: “tirareis o fermento das tuas casas”
(Êxodo 12:15). Então eles tinham que purificar todas as casas e remover o fermento delas. A Páscoa entre os
judeus na Índia é chamada de: “Feriado da Limpeza da Casa” e eles removem todo o fermento e limpam a
casa por completo.

Festa de Obon

Vamos agora olhar para a festa de Obon. No Japão existe um evento chamado Obon realizado em
15 de julho ou 15 de agosto. No tempo em que eles usavam o calendário lunar, ele acontecia no dia 15 do
sétimo mês. Hoje Obon é considerado um dos eventos do budismo, mas desde muito antes do budismo ser
importado para o Japão, já havia um banquete chamado Tama-Matsuri que era celebrado no mesmo dia e é
precursor do Obon. Quando o budismo foi importado para o Japão, o Tama-Matsuri foi tomado pelos eventos
do budismo e tornou-se Obon. No antigo Israel, no dia 15 do sétimo mês, também havia uma grande festa
chamada Festa das Cabanas (festa da colheita, Levítico 23:39).

Hoje os japoneses usam o calendário solar e, em muitos casos, realizam a festa de Obon no dia 15
do 8º mês (agosto). Estranhamente este foi o mesmo dia em que a festa da colheita era realizada no reino norte
de Israel das Dez Tribos. A Bíblia registra que Jeroboão, rei do reino do norte, ordenou uma festa "no décimo
quinto dia do oitavo mês" como a festa que era celebrada no reino do sul de Judá (I Reis 12:32). Era uma
tradição israelense desde a antiguidade ter a festa da colheita no dia 15 do sétimo mês, mas o rei Jeroboão

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rejeitou essa tradição e ordenou um novo dia para a festa da colheita. Essa nova data foi o dia 15º dia do 8º
mês.

Em Israel, a Festa dos Pães Ásmos (Ano Novo) e a Festa das Cabanas (festa da colheita) no 15º dia
do 7º mês (ou 8º mês em Israel) sempre foram os eventos mais importantes ao longo de um ano. Similarmente,
os japoneses têm realizado magníficos festivais nas mesmas datas. Hoje no Japão, o 15º dia do 8º mês é
também o dia memorial do fim da última guerra.

Festa de Obon nos dias de hoje

Dançando no Obon

Há um ponto interessante na festa de Obon. Os japoneses dançam muito durante a festa e o estilo da
dança não tem nada a ver com o Budismo chinês. É uma dança tradicional chamada utagaki, e existe desde os
tempos antigos.

A dança Utagaki tem sido realizada desde antes do século V a.c e tornou-se muito popular no século
VIII. Homens e mulheres se reuniam para a dança e eles cantavam e dançavam pretendendo se casar. Eles
dançavam da seguinte forma. Homens e mulheres se juntavam alternadamente em um círculo de dança,
dançavam ao ritmo da música de um cantor, e quando o número de pessoas aumentava, eles faziam o círculo
de dança dobrar ou triplicar.

Os antigos israelitas também tinham esse tipo de costume nas danças. Eles tinham um tempo de
dança durante a festa da colheita a partir do 15º dia do 7º mês (8º mês no reino do norte) onde homens e
mulheres solteiros aguardavam ansiosamente a dança e os encontros para casamento.

Ouvi dizer que no Japão costumava-se “roubar” um casamento durante a festa de Obon. Em Oita,
Kyusyu, homens aproveitavam-se da euforia das pessoas durante a desta e levavam as mulheres que tinham
gostado para a floresta. O mesmo costume pode ser visto entre os antigos israelitas. A Bíblia registra que
houve um incidente em que todas as mulheres da tribo de Benjamim foram mortas quando os anciãos de Israel
conversavam sobre como permitir que a tribo de Benjamim continuasse a existir.

“Não podemos dar-lhes nossas filhas em casamento, pois nós israelitas fizemos este juramento:
Maldito seja todo aquele que der mulher a um benjamita. Há, porém, a festa anual do Senhor em Siló, ao norte
de Betel, a leste da estrada que vai de Betel a Siquém, e ao sul de Lebona". Então mandaram para lá os
benjamitas, dizendo: "Vão, escondam-se nas vinhas e fiquem observando. Quando as moças de Siló forem
para as danças, saiam correndo das vinhas e cada um de vocês apodere-se de uma das moças de Siló e vá para
a terra de Benjamim. Quando os pais ou irmãos delas se queixarem a nós diremos: Tenham misericórdia deles,
pois não conseguimos mulheres para eles durante a guerra, e vocês são inocentes, visto que não lhes deram
suas filhas". Foi o que os benjamitas fizeram. Quando as moças estavam dançando, cada homem tomou uma
para fazer dela sua mulher. Depois voltaram para a sua herança, reconstruíram as cidades e se estabeleceram
nelas.” Juízes 21:18-23

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Lua Cheia no 15º Dia

No Japão há também um costume chamado Juugo-ya, que significa 15ª noite. Ele acontece no 15º
dia do 8º mês do antigo calendário lunar japonês. Isto é durante setembro/outubro no calendário solar utilizado
hoje. Isso corresponde ao 15º dia do 7º mês (Tishri) no calendário judaico que é, curiosamente, o dia da Festa
das Cabanas. Ou seja, enquanto os japoneses celebram Juugo-ya, os judeus celebram a Festa das Cabanas.

Neste dia, os japoneses costumam construir uma cabana e se reúnem lá com a família, colocam
grama japonesa em um vaso, oferecem a colheita da estação como pera, taro, e etc. Ficam ali apreciando a
beleza da lua cheia no outono. Em Israel, no décimo quinto dia do oitavo mês no reino do norte de Israel, ou
no décimo quinto dia do sétimo mês no reino do sul (Judá), eles também construíam uma cabana, reuniam-se
lá com a família, ofereciam a colheita da estação, e regozijavam a colheita enquanto admiravam a beleza da
lua cheia no outono (Levítico 23:39-42).

Ofertas da Colheita

Os japoneses também têm o costume elegante de oferecer os primeiros frutos da colheita a deus.
Eles oferecem os primeiros frutos de cereais e frutas ou uma parte do que obtêm de sua produção. Kanname-
sai é uma festa que acontece em outubro no grande santuário de Ise. Lá o povo oferece os primeiros frutos a
deus. Os antigos israelitas também tinham o costume de oferecer os primeiros frutos. A Bíblia nos diz que as
primicias dos frutos da terra eram levadas ao templo (Êxodo 34:26).

É interessante notar que no grande santuário de Ise, na época da festa de Kanname-sai, as roupas, as
mesas e as ferramentas usadas para a oferta são todas renovadas. Eles fazem isso no sentido de entrar em um
novo ano. No judaísmo o mês da festa da colheita (Tishri, setembro-outubro) também é a época que marca
um novo ano.

Cerca de um mês depois do banquete de Kanname-sai do grande santuário de Ise, uma festa chamada
Niiname-sai é realizada na Casa Imperial do Japão. Embora o nome seja diferente, esta é também uma festa
para ofertar uma parte da colheita. A festa de Niiname-sai acontece da seguinte forma; a festa começa às 18:00
horas e termina em torno de 1:00 hora da madrugada. O imperador oferece a colheita à deus e, depois disso,
ele come na presença de deus. Através desse ritual, acredita-se que o imperador recebe de deus o papel de
líder da nação. No antigo Israel, os líderes de do povo - Moisés, Aarão, e mais 70 anciãos, também comiam
diante de Deus (Êxodo 24:11).

Além disso, quando a Niiname-sai é celebrada por um novo imperador que acabou de chegar ao
trono, a festa ganha um nome especial e é chamada de festa Daijou-sai. Neste caso é uma festa maior que a
tradicional Niiname-sai. As cabanas são construídos especialmente para oferecer a colheita. Na festa de
Daijou-sai do imperador atual, Akihito, haviam cabines simples, porém grandes, e depois da cerimônia eles
quebraram todas as cabanas e as queimaram.

A festa de Daijou-sai também é realizada à noite. O Daijou-sai de Akihito foi realizado a partir das
18h30 até a manhã seguinte. O imperador ofereceu a colheita e comeu diante de deus. No antigo Israel e
também hoje a festa judaica das cabanas começa ao pôr do sol. Os israelitas entram nas cabanas, decoraram
as com produtos da colheita, comem diante de Deus e se alegraram juntos.

Casamento

Quando estudo encontro várias semelhanças entre o modo de casamento xintoísta japonês e o modo
de casamento judaico.

No casamento xintoísta o noivo e a noiva bebem da mesma taça de licor (saquê japonês). Da mesma
forma, no casamento judaico, o noivo e a noiva bebem da mesma taça de vinho, embora esse costume não seja

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bíblico, mas talmúdico (século 3-6 d.c.). O casamento cristão não tem esse costume de se beber da mesma
taça, embora ele tenha se popularizado nos anos recentes.

No casamento judaico de hoje, depois de beber vinho, o noivo quebra o taça. Isto é para lembrar que
o Templo de Jerusalém foi destruído. Esse costume começou depois que o Templo de Jerusalém foi destruído
em 70 d.c., e, portanto, os israelitas antes disso não tinham esse costume de quebrar a taça, portanto os
japoneses também não o tem.

No casamento xintoísta, a noiva tem um xale na cabeça que esconde


parte do rosto. Nos dias de hoje o xale é colocado na altura de seus olhos,
mas nos velhos tempos, era usado para esconder todo o seu rosto (chamado
de Kazukiin em japonês). Antigamente, esse xale também era usado quando
uma mulher japonesa freqüentava um santuário. Este costume de xale
também foi visto entre os antigos israelitas. Na Bíblia, Jacó, o ancestral dos
israelitas, achava que havia se casado com Raquel, embora a noiva não fosse
ela, e sim sua irmã Lia. Esse engano
não era devido apenas a escuridão
como muitos dizem, mas também ao
xale em seu rosto que não o permita
distinguir a noiva. Ainda hoje, a
noiva judia coloca um véu no rosto no
casamento. As mulheres israelenses
do passado tinham o costume de
colocar um xale e esconder o rosto
quando saíam de casa. Toda vez que ela ia para uma sinagoga, ela
deveria que colocar um xale na cabeça.

É também uma característica importante do xintoísmo que todo sacerdote xintoísta deve ser casado.
Não há excessão no xintoísmo para se tornar um sacerdote solteiro. No Japão moderno, a maioria dos monges
budistas também são casados, porém isso é um costume recente da era Meiji. Antes disso, era costume que os
monges budistas japonêses fosses solteiros assim como todo monge budista fora do Japão ainda é solteiro. O
padre católico também é solteiro. Mas o sacerdote xintoísta é casado. Esta é uma tradição desde tempos
imemoriais que remete ao antigo sacerdote de Israel.

Em relação ao casamento japonês, uma mulher japonesa me contou uma história. Um certo dia sua
mãe lhe falou sobre o casamento de sua tia. A tia havia casado-se com um guerreiro que infelizmente veio a
morrer em uma guerra. Depois que o marido da tia foi morto em uma guerra, a tia, que não tinha filhos na
época, casou-se com o irmão de seu marido o qual, na época, não era casado. Ao final da história a mãe disse
a então moça que "este era um costume tradicional do Japão". Como a moça era nova e já vivia a cultura do
amor livre onde o normal é casar-se com quem se ama, ela não entendeu direito o que a mãe queria dizer
tampouco concordou com essa ideia antiga. No entanto, ela me disse ficar chocada quando, mais tarde,
descobriu que esso era o mesmo costume do povo judeu. Encontramos isso na Bíblia. Lá está escrito que se
os irmãos morarem juntos e um deles morrer e não tiver filho, a esposa do irmão morto não se casará fora da
família com um estranho; o irmão de seu marido a tomará como esposa, e cumprirá com ela o dever de cunhado
(Deuteronômio 25:5). Hoje no Japão não encontramos mais esse costume, mas segundo historiadores, ele foi
amplamente observado no Japão até tempos recentes.

Expiação

Os japoneses têm um pensamento tradicional de expiação semelhante ao do antigo Israel.


No antigo xintoísmo, havia uma cerimônia de expiação chamada Ooharai, que é um ritual para expulsar todos
os pecados e impurezas da nação. Na cerimônia de Ooharai, o imperador chega vestindo roupas de linho
branco, o que, na ocasião, significa um pobre em mal estado. Após o ritual, as roupas são colocadas em um

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pequeno barco que segue a deriva da correnteza do rio. As pessoas ficam observando enquanto ele vai
desaparecendo de suas vista. Ao mesmo tempo uma oração é cantada. Na letra diz-se que a Família Imperial
do Japão veio do céu (Takama-no-hara ou Takama-ga-hara) e começou a reinar no país de natureza abundante,
o arquipélago do Japão. A letra continua dizendo que há muitos pecados que se levantaram na nação e nós
temos que nos livrarmos deles. Estes pecados, entretanto, são fortes e é muito difícil eliminá-los. Por esse
motivo, segue a canção, temos que ter dias específicos para expiação e o imperador deve fazer um ritual de
expiação e purificação para toda a nação. Esse é o cenário que leva o imperador a realizar o ritual onde deixa
suas roupas de linho branco levar todos os pecados da nação no barco que é solto no rio.

Os cidadãos, e os sacerdotes dos santuários “entregam” todos


os seus pecados em papéis brancos que são cortados na forma de
um homem e jogados o rio. Os japoneses antigos pensavam que não
poderiam entrar em um novo ano sem a expiação de seus pecados.
A expiação de Ooharai é realizada duas vezes por ano. Uma
acontece em 30 de junho e a outra em 31 de dezembro de cada ano
nos santuários e na Casa Imperial do Japão. Os judeus têm, na
verdade, dois dias de Ano Novo em seu calendário judaico: um é o
primeiro dia do sétimo mês e outro é o primeiro dia do primeiro
mês (o primeiro é baseado na criação do mundo, e o segundo no
Êxodo).

O pensamento de Ooharai é semelhante ao


pensamento das escrituras hebraicas. Esse costume
japonês se assemelha ao costume israelense do bode
expiatório o qual era um ritual realizado pelo sumo
sacerdote de Israel. O sumo sacerdote orava à Deus
impondo as mãos sobre a cabeça do bode, o bode então
carregava todos os pecados do povo de Israel. Levava-se
o bode a uma terra solitária e o soltavam. Feito isso
observavam até que ele sumisse para além do horizonte.
As pessoas então se alegravam pois os seus pecados
haviam sido levados, assim como o bode expiatório, para
longe e não pode ser vistos. Ou seja, criam que Deus não
olharia mais para os seus pecados. Esta cerimônia era
realizada todos os anos (Levítico 16). Acima vemos imagens do ritual ooharai.

No Japão também existe um costume chamado Nagashi-bina. Ele é uma cerimônia de expiação para
permitir que bonecos com pecados anexados sejam levados pelo rio. Basicamente, o conceito japonês de
Ooharai e Nagashi-bina parece ser semelhante ao conceito de bode expiatório judeu. Além disso, um xintoísta
japonês aponta que os tipos de pecado mencionados na oração de expiação de Ooharai são muito semelhantes
aos tipos de pecados mencionados no livro de Levítico. Na oração de Ooharai, os tipos de pecados
mencionados são: "ferir uma pessoa viva, ferir um cadáver, lepra, cifose (corcunda), fornicação com a mãe,
estupro do próprio filho, estupro de mãe e filho, fornicação com animal, magia, etc ..." Estes são muito
semelhantes aos tipos de pecado mencionados em Levítico que proíbe os pecados de ferir o corpo de outra
pessoa ou o próprio corpo (19:28), e profanar o corpo morto. Fala-se também das pessoas com lepra (13:10-
11), corcundas (21:20) ou outras deformidades e que não poderiam servir no templo de Deus (21:17-23).
Esclarece também que estupro ou fornicação com a mãe, com a própria filha ou com um animal são
naturalmente proibidos (18:6-23). Assim também é o pecado de magia (Deuteronômio 18:11). Sendo assim
vemos que os pecados mencionados na oração do costume japonês Ooharai são muito semelhantes aos
mencionados nas Escrituras Hebraicas. Abaixo observamos o costume de expiação japonês nagashi-bina.

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A “Kanka” e a Páscoa Judaica

Os judeus têm um costume muito tradicional chamado Páscoa. Esse costume se originou durante
Êxodo do Egito há mais de três mil anos atrás. Os israelitas que tinham sido escravos no Egito, saíram do país
sob a liderança de Moisés. Na noite que precedeu a saída do povo Deus enviou um espírito de morte sobre o
primeiro filho de todas as casas no Egito e todo primogênito de Egito morreu. Os Israelitas, entretanto, foram
poupados.

Para evitar que os primogênitos dos Israelitas morressem, Deus anunciou o que faria a Moisés e deu
claras instruções de que toda família de Israel deveria matar um cordeiro e passar o sangue do mesmo nos
umbrais de suas portas. Eles usaram um monte de hissopo e, com ele, aplicaram o sangue sobre os umbrais
como ordenado por Deus. As casas que estavam marcadas com o sangue foram então salvas do anjo da morte.
Os israelitas também foram instruidos a assar o cordeiro e comé-lo à noite.

Um costume semelhante é visto na área de Ryukyu (Okinawa), no Japão. Juji Nakada, um


evangelista japonês, diz que em Ryukyu havia um costume que eles acredidatam afastar todas as coisas ruins
através do sacrificio de um boi e colocando o sangue do animal nos umbrais das casas. Este costume é chamado
de Kanka. Nakada achava que a razão pela qual eles não usavam ovelhas, mas sim o boi no ritual de Kanka,
era pelo simples fato de não haver ovelhas naquela época no Japão.

Liguei e perguntei ao conselho escolar de Okinawa sobre esse costume. A resposta foi que eles têm,
de fato, o costume chamado Kanka ou Shimakusarashi (que significa afastar-se). Eles matam o boi, encharcam
o sangue com plantas como capim-pampa japonês ou folhas de amoreira, e aplicam o sangue em suas portas,
nos quatro cantos de suas casas, e na entrada da aldeia para não deixar coisas ruins entrarem. Eles depois
assam o boi e o comem no mesmo dia.

Isso nos lembra do costume da Páscoa no antigo Israel. E ouvi dizer que a palavra japonesa Kanka
significa Páscoa, mas não há provas suficientes para isso. Podemos ver o costume Kanka ainda hoje, mas em
muitas cidades o boi foi substituído pelo porco. Eu perguntei na escola que liguei: "Por que o porco?" A
resposta foi que, no passado, eles eram proibidos de matar o boi, então eles mudaram para o porco (há um
artigo sobre isso na Okinawa Daihyakka Jiten (enciclopédia de Okinawa) publicado pela Okinawa Times).

O costume Kanka é realizado principalmente no segundo mês e oitavo mês de acordo com o antigo
calendário lunar japonês. (2-3 vezes por ano). O segundo mês do calendário lunar japonês corresponde à
primavera - março ou abril no calendário solar, e é interessante que se trata da mesma época da festa da Páscoa
judaica. Segundo a Bíblia, o cordeiro para a Páscoa foi morto no dia 14 de Nisan (Abib) no calendário judaico,
e isso corresponde a março ou abril no calendário solar.

Tirando os Sapatos e Lavando os Pés

O imperador japonês realiza o Daijou-sai (a grande festa da colheita) após a sua ascensão ao trono
como vimos anteriormente. Em um determinado momento da festa ele troca suas roupas coloridas para roupas

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brancas e se apresenta diante de deus com os pés descalços. Nesse momento ele recebe um oráculo de deus e
se torna então o verdadeiro imperador e líder da nação.

Isso é muito semelhante a um pensamento encontrado na Bíblia. Moisés se apresenta diante de Deus,
tira os sapatos e fica descalço (Êxodo 3:5). O mesmo acontece mais tarde com Josué (Josué 5:15). Em ambos
momentos eles tiram suas sandálias diante de Deus e se são ungidos os verdadeiros líderes da nação.
Quando os japoneses entram em suas casa eles também tiram os sapatos. Os ocidentais e até mesmo
os chineses entram em casa com calçados, mas os japoneses não. De acordo com Zen'ichiro Oyabe, até o início
da era Meiji (cerca de 100 anos atrás), havia um costume no Japão de preparar um tanque com água fria ou
quente para uma pessoa que saísse de casa, ao retornar, pudesse lavar os pés antes de entrar. Oyabe diz que
esse é um costume tradicional e peculiar ao Japão e com certeza não veio com o contato com outros povos
asiáticos.

Os antigos israelitas também tinham o costume de lavar os pés; Há várias descrições sobre lavar os
pés na Bíblia (Juízes 19:21, etc). Lavar os pés antes de entrar em uma casa era um costume diário dos antigos
israelitas.

Cavalos Consagrados ao Sol

Na religião xintoísta japonesa, a deusa do sol Amaterasu é adorada como a divindade ancestral da
Casa Imperial do Japão e como divindade suprema para a nação do Japão. O grande santuário de Ise foi
construído para Amaterasu. Se você olhar para dentro do grande santuário Ise, perto da entrada você encontrará
cavalos consagrados à deusa do sol Amaterasu. Estes cavalos não são comuns, mas são os cavalos que a Casa
Imperial do Japão consagrou à deusa do sol. Os cavalos devem ser vestidos com roupas bonitas, e trazidos
para o Santo Lugar do santuário três vezes por mês para curvarem suas cabeças para a deusa do sol Amaterasu.

Cavalo consagrado à deusa do sol no grande santuário de Ise

Esta é uma tradição desde os tempos antigos no Japão e que também pode ser observada na história
de Israel. A Bíblia registra que o rei Josias, do reino do sul (Judá), “acabou com os cavalos que os reis de Judá
consagraram ao sol e estavam na entrada do Templo do Senhor" diz também que ele “queimou as carruagens
consagradas ao sol"(II Reis 23:11). Essa consagração de cavalo é mencionada apenas uma vez na Bíblia, mas
é incrível que essa cerimônia também existisse em Israel.

O rei Josias, que reinou entre 639 e 608 a.c., fez uma reforma religiosa e removeu o costume de
consagrar cavalos ao sol. Até aquela época, tal costume pagão havia sido realizado através das gerações que
antecederam. Vale lembrar que o rei Josias fez essa limpeza espiritual depois que as Dez Tribos de Israel
foram exiladas para a Assíria. É possível concluir então que esse costume de consagrar cavalos ao sol também
era realizado no reino do norte de Israel. Afinal, os costumes pagãos no reino do sul eram, quase sem exceções,

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também realizados no reino do norte. Sendo assim, o costume de consagrar os cavalos ao sol no Japão pode
ter essa mesma origem.

Em muitos outros santuários no Japão você encontrará um


lugar onde muitos pratos de madeira são pendurados. Nesses pratos
cavalos são pintados (figua ao lado). Palavras de preces das pessoas
também são escritas neles. Estes pratos são chamados de Ema o que
significa pintura de cavalo em japonês. Certo dia, um sacerdote de
um santuário me ensinou que antigamente as pessoas dedicavam um
cavalo vivo, mas depois ficou difícil manter a tradição e o cavalo vivo
foi substituído pelo costume de dedicar as placas com pinturas de
cavalos. Consagrar cavalos era também muito comum na região da
Mesopotâmia e isso poderia mostrar uma conexão de Israel e seus
vizinhos.

Celebração da Idade Adulta

No judaísmo quando um menino faz 13 anos, as pessoas fazem uma cerimônia chamada Bar Mitzvah
para comemorar a “idade adulta”. Nessa cerimonia o aniversariante recebe muitas bênçãos dos pais e parentes
e, ao mesmo tempo, começa a ser responsabilizado com deveres de adultos. Esta cerimônia é uma grande
alegria para os pais e também para o jovem. Bar Mitzvah é relativamente uma cerimônia moderna. A Bíblia
não menciona ela. A fonte para a comemoração é o Talmud (estabelecido entre os século III e VI). O Tamuld
afirma que um menino de 13 anos é responsável por observar os todos mandamentos.

É muito interessante notar que no Japão também já houve o costume de celebrar a idade adulta
quando um menino completava 13 anos de idade. Nessa data especial celebravam o chamado “Jusan-mairi”.
Nesse dia ele deveria ir a um santuário xintoísta acompanhado de seus pais, irmãos e irmãs. Era um costume
geral celebrar sua conquista da idade adulta por volta dos 13 anos de idade. Havia então no templo uma
cerimônia especial chamada “Genpuku-shiki”. Nela o menino entrava vestindo roupas de adulto e era
abençoado como adulto. Às vezes o nome de sua infância era abolido e um novo nome para sua vida adulta
era dado a ele. Hoje, embora com o sentido um pouco diferente, a prática continua como é possível notar nas
imagens abaixo.

Em um antigo livro japonês de histórias de pessoas importantes (Soga-monogatari) escrito no século


XII está escrito: "o irmão foi celebrado por sua conquista da idade adulta quando completou 13 anos no 10º
mês. Tornou-se adulto e recebeu parte do nome do padastro, sendo agora chamado Sukenari Soga-Juurou. E
Genta, um menino do pedigree do clã Genji, foi também celebrado por sua conquista da idade adulta quando
tinha 13 anos e ganhou um novo nome; Yoshiie Hachiman-Tarou.”

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Similaridade entre a Mitologia Japonesa e a Religião de Baal

A religião xintoísta japonesa é politeísta (crença em muitos deuses), enquanto a religião juidaica da
Bíblia é monoteísta. Por esse motivo, você pode querer concluir que existe uma diferença definitiva entre os
dois. Mas diferente do judaísmo moderno, a religião na qual os antigos israelitas acreditavam nem sempre foi
monoteísta., explico.

Eles deveriam sim ter acreditado em um único Deus verdadeiro, mas a verdade é que muitas vezes
eles adoravam deuses-ídolos e se tornavam politeístas como os povos vizinhos. Os antigos israelitas por muito
tempo não acreditaram em apenas um único e verdadeiro Deus (Yahweh), mas também adoraram e
sacrificaram à Baal, Astaroth, Moloque e outros deuses pagãos. Isto foi verdade especialmente entre as Dez
Tribos Perdidas de Israel. Estudiosos xintoístas dizem que um deus xintoísta chamado Susanou (Susanou-no-
Mikoto) na mitologia japonesa se parece com Baal em vários aspectos, e uma deusa, Amaterasu (Amaterasu-
oomikami), se assemelha a Astaroth.

Na mitologia japonesa, o deus que apareceu primeiro é chamado Ameno-minaka-nusino-kami. Ele


é considerado o deus mestre que vive no centro do universo, governando o céu e a terra. Ele é invisível, não
tem forma, não morre, é individual e é o deus mais central de todos. Este deus lembra o Deus da Bíblia. O
xintoísta Ikarimaru Watanabe (1837-1915), o qual é um discípulo de um grande filósofo xintoísta, Atsutane
Hirata, sempre achou que esse deus da mitologia japonesa é o mesmo que Yahweh, o Deus da Bíblia.

Após o primeiro deus xintoísta Ameno-minaka-nusino-kami, vários outros deuses nasceram e entre
eles estavam Amaterasu e Susanou. A antiga religião pagã de Baal, à qual os israelitas frequentemente se
inclinavam, assemelhava-se a isso. Na religião de Baal, havia o deus mestre chamado El. A primeira criação
de El foi sua "esposa" Aserá, e então, conta a mitologia, Baal nasceu desse relacionamento. Conforme o tempo
passou as pessoas passaram a adorar apenas a Baal (deus da riqueza) e Aserá (deusa da fertilidade e do prazer)
em vez de adorar o deus mestre El.

Sendo assim, a sequência dos deuses que nasceram do deus mestre é a mesma encontrada na
mitologia xintoísta. Portanto é possível sugerir que a mitologia japonesa inclui vestígios da antiga religião de
Baal.

Arqueólogos afirmam que as religiões da Babilônia e do Egito tinham originalmente acreditado em


um deus chamado "o deus do céu", que parecia ter uma conexão com o "Deus da Bíblia". Mais tarde, suas
religiões se degradaram com o politeísmo. Acho que podemos dizer com segurança que a mesma coisa
aconteceu com a religião xintoísta. Suponho que a antiga religião xintoísta tinha a crença em Deus Yahweh,
mas depois se perdeu com politeísmo. Eu acredito que o povo japonês deveria voltar a acreditar em um único
e verdadeiro Deus sobre quem a Bíblia ensina.

Um amigo cristão, o Sr. Tsujii, contou-me o seguinte acontecimento. Um amigo de Tsujii, que era
um xintoísta extremamente religioso, veio até ele para para dizer-lhe que havia lido um trecho da torá. Ele
animadamente disse: "Eu li a Torá e fiquei muito surpreso ao saber sobre as cerimônias religiosas do antigo
Israel. Elas são as mesmas que as do xintoísmo. As festas, o Templo, o valor da limpeza, tudo é muito igual
aos costumes do xintoísmo!" Então o Sr. Tsujii disse a ele: "Sim, isso é o que eu também notei. Se você
descobriu, por que você não acredita no Deus que a Bíblia ensina? Eu acredito que esse é o caminho para se
estabelecer e recuperar a verdadeira religião xintoísta em que você acredita."

Ao ouvir isso, o religioso xintoísta ficou surpreso demais para dizer qualquer outra coisa por um
certo tempo. As palavras do Sr. Tsujii ecoam em minha própria crença. Eu oro para que todos os japoneses
possam retornar à crença no Deus da Bíblia, porque creio, de todo coração, que Ele também é o Pai da nação
japonesa.

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O Estudo de Eiji Kawamorita

O Dr. Eiji Kawamorita foi um pastor cristão de uma igreja japonesa em São Francisco na Califórnia.
Ele gostava muito das canções folclóricas tradicionais japonesas. Durante sua vida, Eiji Kawamorita publicou
vários livros sobre seu estudo das canções folclóricas japonêsas. Ele afirmava que muitas das palavras
encontradas nessas canções, especialmente palavras de acompanhamento musical, são palavras hebraicas. Eu
tenho uma carta escrita a mão que o Dr. Kawamorita me escreveu. Nela ele relata como ele estava animado
com seus estudos.

Um exemplo é a canção “So-ran”. Ele se questionava o que seria “Yah-ren so-ran", cantado nessa
canção folclórica japonesa uma vez que essas palavras não tem sentido no idioma niponico? O que seria
"Yosah-koi", palavra cantada na canção folclórica de “Yosahkoi”? Qual é o significado de "Nanyado yara",
palavra dita em uma canção folclórica na área de Tohoku, no Japão? Se lermos essas palavras como japoneses,
elas não terão significado nenhum pois não são parte da lingua japonesa. Mas Kawamorita insistia que, se os
lêssemos como judeus, veriamos algumas similaridades pois são palavras muito parecidas ao idioma hebraico.

Para confirmar a relação, entretanto, é preciso estudar o assunto. Estamos tentando encontrar
pesquisadores estejam familiarizados com hebraico moderno, hebraico antigo, aramaico e japonês para fazer
um estudo preciso. Me alegrei ao saber que alguns de meus alunos estão estudando seriamente o
relacionamento das palavras hebraicas com o japones. O principal problema encontrado por eles, entretanto,
é que a pronúncia das palavras presentes nas canções folclóricas mudou durante esses milhares de anos e não
sabemos se a pronúncia de hoje era a mesma nos tempos antigos. Assim, quando um judeu ouve canções
folclóricas tradicionais japonesas, geralmente não entende de primeira como hebraico, mas se falarmos a
palavra do hebraico moderno, os judeus notam a semelhança.

É importante notar que o Dr. Kawamorita diz que no folclore japonês o santo nome de Deus
(Yahweh) é muitas vezes usado. Uma das diferenças entre os judeus do reino de Judá e as Dez Tribos do reino
de Israel é que os judeus do reino de Judá começaram a ler o santo nome de Deus como o Senhor ("adonai"
em hebraico) após o exílio babilônico no século XI a.c. Essa escolha era para que não se pronunciasse o santo
nome de Deus de maneira desrespeitosa; eles apenas recitavam o nome Yahweh no templo, mas com a
destruição do Temple em 70 d.c., os judeus pararam de pronunciar Yahweh. Enquanto isso, as Dez Tribos de
Israel continuaram pronunciando o santo nome de Yahweh. Então, se é verdade que o santo nome de Deus é
usado e pronunciado muitas vezes nas canções folclóricas japonesas como sugere o Dr. Kawamorita, seria
possível relacionar os japonêses às Dez Tribos Perdidas de Israel.

Os Antigos Japoneses Falavam Hebraico?

Por tudo que estudamos até agora, parece que realmente houve uma Torá no Japão antigo. Há
também evidências para supor que as pessoas falavam hebraico no Japão antigo.

Na canção "Hi, fu, mi ..." mencionada anteriormente, no Kojiki (livro mais antigo da história do
Japão), no Nihon-shoki (Crônicas do Japão) e outros documentos antigos, encontramos muitas palavras
semelhantes ao hebraico em significado e também pronúncia.

Por exemplo, o primeiro imperador japonês Jimmu deu aos líderes da região o título de "Agata-
nushi"; "Ágata" significa “região” e "nushi" significa “líder”. Em hebraico moderno "agudah" significa
“grupo” e "nasi" significa líder.

Em japonês, um imperador é chamado com o título de "mikado", que soa com a palavra hebraicas
"migadol", que significa nobre. Todo imperador japonês é chamado com outro título: "mikoto" Essa palavra
também se assemelha a palavra hebraica "malhut" que significa “reino” ou “rei”. Todo imperador japonês
também é chamado com o título: "sumera-mikoto", que não tem significado específico como uma palavra

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japonesa, mas se interpretarmos como uma frase hebraica "shomron malhuto", significaria “reino de Samaria”
ou “rei de Samaria”. O antigo nome para um sacerdote xintoísta japonês é "negi", enquanto a palavra hebraica
"nagid" significa “líder”. O antigo nome japonês para o túmulo de um imperador ou imperatriz era
"misasagi", enquanto a palavra hebraica "mut sagar" significa “fechar o morto”.

Um pesquisador interpretou a palavra hebraica para Canaã (palavra antiga para se referir a terra de
Israel) e chegou a uma combinação de "qanah nah" que significa “campo de junco”. Os antigos japoneses
chamavam seu país de "Ashihara" que significa “campo de junco” em japonês.

Nos antigos livros japoneses, Kojiki e Nihon-shoki, encontramos muitas outras palavras que nos
lembram Israel. O antigo nome de uma região da prefeitura de Nara é "Iware". Essa palavra nos lembra a
palavra hebraica "Ivri" que significa “hebreu”. O nome antigo de uma outra região na prefeitura de Nara,
"Asuka", se assemelha a uma palavra hebraica "ha-sukkah", que significa “o tabernáculo”. É importante notar
que em Asuka foi construída a antiga casa do imperador. Um estudioso japonês diz que "a" é um prefixo e
"suka" significa “tabernáculo” ou “morada”. Também em hebraico "ha" é um prefixo que significa “o/a” já
"sukkah" significa “tabernáculo” ou “cabana”.

Semelhanças Entre as Histórias da Bíblia e os Antigos Documentos Japoneses

Encontramos várias semelhanças entre as histórias da Bíblia e as histórias dos antigos documentos
japoneses. Por exemplo, há uma semelhança entre o rei israelense Davi (o segundo rei de Israel) e o imperador
japonês Sujin (o 10º imperador, 148-30 a.c.).

A Bíblia menciona que no reinado do rei Davi, houve uma fome por três anos (II Samuel 21:1)
Seguindo a fome houve uma peste que matou cerca de setenta mil pessoas (II Samuel 24:15). De acordo com
os relatos do Nihon-shoki, no reinado do Imperador Sujin houve uma peste durante três anos e cerca de metade
das pessoas morreram. Ambos os reis sentiam-se responsáveis por essas terríveis pestes e exigiram uma
punição de Deus. Davi consultou o Senhor através de um profeta, já Sujin consultou através da adivinhação.

O livro Kojiki também registra que o Imperador Sujin fez sua luta na terra de "Idomi”. A Bíblia
registra que o rei Davi guerreou na terra de "Edom" (II Samuel 8:14). Aqui encontramos não apenas a
similaridade das pronúncias, mas também das histórias.

O filho de Davi foi o rei Salomão. Ele construiu o primeiro templo para o Deus celestial.
Similarmente o filho de Sujin, o Imperador Suinin, construiu o primeiro santuário xintoísta chamado de
Grande Santuário de Ise.

Outra semelhança interessante existe entre o rei Saul (o primeiro rei de Israel) e o imperador japonês
Chuuai (o 14º imperador). A Bíblia registra que o rei Saul era "um homem bonito... e mais alto do que qualquer
outro entre o povo" (I Samuel 9:2). Enquanto isso o Nihon-shoki registra que o Imperador Chuuai era "um
homem bonito e com cerca de três metros de altura". Os dois homens eram muito altos e bonitos. O rei Saul
veio da tribo de Benjamim. Na terra de Benjamim existe uma cidade famosa chamada "Anatote". De acordo
com o Kojiki, o imperador Chuuai reinou sobre o país em "Anato", que soa parecido com Anatote. O rei Saul
lutou contra Moabe, cujo outro nome era Chemosh, em hebraico "kemosh". Este nome se assemelha a
"Kumaso" a qual era uma tribo próxima que o Imperador Chuuai . É registrado que o Imperador Chuuai assim
como Saul morreu cedo porque desobedeceu à palavra de deus.

Além disso tudo existe a semelhança entre nomes tribais na Bíblia e na mitologia japonesa, a famosa
antiga tribo japonesa Yamato guerreou contra a tribo de Emisi" ou "Ebusu", o nome remete aos jebusitas, em
Hebraico "yebus" (Josué 15:63).

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Semelhanças entre o Japonês e o Hebraico

Para facilitar o entendimento temos a seguinte legenda: “japones” – (português) – “hebraico”

“aruku" – (andar) / "halak" – (andar)


"hakaru" – (medir) / "haqar" (investigar) ou (medir)
“horobu" – (perecer) / “horeb" – (arruinar) ou (perecer)
“teru” – (brilhar) / “teurah" – (iluminação)
"meguru" – (circular) / "magal" - (círculo)
"toru" – (tomar, tirar) / "tol" - (tomar, tirar)
"kamau" - (se preocupar) ou (cuidado) / "kamal" - (simpatizar-se)
“damaru" – (silenciar) / "damam" - (silenciar)
"hashiru" – (correr) / "hush" - (apressar-se)
"nemuru" – (dormir) / "num" - (cochilar)
“ude” – (braço) / “yad” – (mão)
“kata” – (ombro) / "qatheph" – (ombro)
“owari” – (final, fim) / "aharith” – (final, fim)
“kyou” – (hoje) / “qayom” – (hoje)
"tsurai" – (doloroso) / "tzarah" - (problema, infortúnio)
"karui" – (leve) / “qal” – (leveza)
"kooru" – (congelamento) ou "koori" - (gelo) / "qor" – (frieza)
"samurau" – (servir ou guardar) / "shamar" – (guardar) (Gênesis 2:15)

Em japonês "samurau" originou a palavra "samurai" que representa um antigo guerreiro japonês ou
guarda. Também em hebraico, se anexarmos o sufixo "ai" damos a palavra o sentido de profissão. Para
"shamar" (guardar) teriamos "shamarai" que soa bastante com a palavra "samurai" da guarda japonesa. Este é
o mesmo caso de "banai", que é uma palavra hebraica para “construtor”. Ela é uma combinação de "banah"
(construir) e "ai" (sufixo de profissão). Embora o hebraico moderno não tenha a palavra "shamurai", ela
satisfaz plenamente a gramática do idioma moderno.

O bastão com papéis brancos de ziguezague que é colocado na parte superior do bastão que o
sacerdote xintoísta usa se chama "nusa" em japonês. A palavra “nes” em hebraico é “bandeira”.

Hebraico no Japonês

Pesquisadores apontam muitas outras semelhanças entre o japonês e o hebraico. Um pesquisador


aponta mais de 500 semelhanças de palavras. Entre elas, podem haver vários exemplos de similaridade apenas
por acaso. Iclusive os que citei acima. Quando existe, entretanto, um número demasiadamente grande de
similaridades, podemos sugerir uma conexão etimológica entre as duas línguas. Lembremos que várias
palavras vistas se assemelham não somente na pronúncia, mas também no significado.

Uma pessoa comentou comigo sobre o Mar da Galileia em Israel e o Lago de Biwa, (maior lago do
Japão). Biwa também é o nome de um instrumento musical japonês (similar a um alaúde ou violino). O Mar
da Galiléia em Israel tem quase o mesmo em tamanho e forma que o Lago de Biwa. No tempo das Dez Tribos
de Israel o mar da Galiléia era chamado de Mar de Kinneret, que está ligado a uma palavra hebraica "kinor"
que significa “alaúde” ou “violino”. Então, se traduzirmos o Mar de Kinneret em japonês, seria o Lago de
Biwa (Biwa-ko). Existem outras etimologias populares como o monte Moriya (mencionado nesse estudo).
Embora não sejam estudos científicos de lingüística, muitos judeus dizem que quando vêm ao Japão, é uma
experiência agradável para eles encontrarem nomes familiares aos de sua terra natal.

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Os Japonêses que Usavam o Hebraico

Certo dia li um artigo escrito em inglês em um jornal judeu publicado em 1913. O artigo dizia que,
quando um judeu chegou a Kobe no Japão, ele foi a uma loja de curiosidades e estava olhando o preço de um
vaso. Para a sua surpresa, ele encontrou letras hebraicas no rótulo do fundo do vaso.

Vale notar que, assim como os japoneses, os judeus usam letras hebraicas como números. Por
exemplo, a primeira letra hebraica “aleph” é também o número 1, a segunda letra é o número 2 e assim por
diante. O judeu perguntou ao vendedor: "O que são essas letras?" O mestre da loja disse: "Essas são marcas
para que nós saibamos o preço do produto". O judeu perguntou curioso: "Então, quanto custa esse vaso?" O
vendedor respondeu: "5 dólares". "Mas por que você diz 5 dólares, se aqui está escrito que custa 0,32
centavos?", indagou o judeu. O vendedor ficou surpreso e disse: "Como você sabe isso?" "Está escrito em
hebraico aqui. Todo judeu pode ler", disse o judeu. O vendedor, entretanto, parecia não saber o que era hebreu,
nem judeu, nem Israel nem o judaísmo para continuar o assunto. Ele no fim apenas contou que esses símbolos
eram os antigos números que tinham passado de geração em geração, de pai para filho desde os tempos antigos.
O judeu perguntou-lhe: "Você tem outras coisas que foram passadas de seus antepassados para vocês?" O
vendedor mostrou-lhe alguns sinos cônicos de prata que o judeu rapidamente relacionou como os que eram
colocados no topo dos Pergaminhos de Torá.

Semelhanças entre um dos alfabetos japoneses (katakana) e o alfabeto hebraico antigo e o moderno
Vale notar que antes da incorporação do Kanji por forte influência chinesa, os japoneses tinham apenas
2 alfabetos peculiares ao Japão, o “katakana” e o “hiragana”. É impressionante notarmos algumas
semelhanças entre o “katakana” e o alfabeto hebraico.
O Brasão de Kagome no Grande Santuário de Ise

Você pode encontrar o desenho do Escudo de Davi (Estrela de Davi), o símbolo dos judeus, em
vários lugares do Japão. Na província de Mie no Japão, está localizado o grande santuário de Ise, que foi
construído para ser a Casa Imperial do Japão. Um símbolo que se parece muito com o Escudo de Davi está
esculpido em todas as lâmpadas ao longo das proximidades do santuário.

Os japoneses chamam de Brasão de Kagome. Este nome foi dado porque o símbolo se parece com
a reticulação da cesta de bambu tradicional japonesa (kagome). Após a Segunda Guerra Mundial as lâmpadas
do grande santuário de Ise foram construídas e oferecidas aos doadores do santuário. O brasão de Kagome

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também está esculpido em um monumento do santuário de Manai localizado em Kyoto. Este monumento
também é oferecido ao santuário.

Brasão de Kagome encontrado em todas as lâmpadas do Grande Santuário de Ise (á esquerda) e Brasão de
Kagome esculpido no monumento do santuário de Manai em Kyoto (à direita)

No Japão muitas pessoas têm usado brasões que se parecem com o Escudo de Davi desde os tempos
antigos. Por exemplo, o brasão de Asa-no-ha, que também se assemelha ao Escudo de Davi, tem sido
amplamente usado como símbolo de roupas desde a era Kamakura ( séculos XII-XIV). O brasão de Kagome
foi usado pelo clã Komiya e pelo clã Magaribuchi entre outros. Todos esses clãs são descendentes diretos do
imperador Seiwa (século IX).

Nós também podemos ver símbolos que se assemelham ao Escudo de Davi como lembrancinhas de
várias cidades do Japão. As lembrancinhas da cidade de Nishi-no-miya (prefeitura de Hyogo), Oomuta
(Fukuoka), Otaru (Hokkaido), Wakkanai (Hokkaido) e Fukuchiyama (Kyoto) são todas em forma de estrelas
de 6 pontas e assemelham-se muito ao escudo de Davi. A pergunta que fica é: Seriam elas originadas do
Escudo Judaico de Davi ou por coincidência aconteceram de se assemelhar? Você pode lembrar, por exemplo,
o distintivo de um xerife americano que é muito parecido com escudo judeu de Davi e ter certeza que isso não
significa que ele é um judeu. A mesma coisa poderia ser dita sobre os brasões no Japão. O desenho da estrela
de seis pontas foi amplamente utilizado em vários países desde os tempos antigos devido à sua beleza
geométrica.

Em Israel, esse símbolo (estrela de 6 pontas) é encontrado em restos antigos como um design sem
necessáriamente um significado nacional. Mesmo entre outras nações este símbolo foi amplamente usado até
o século XVII quando os judeus definitivamente se apropriaram do símbolo para se referir a sua cultura.
Portanto, é difícil julgar se o desenho japonês da estrela de seis pontas originou-se do escudo judeu de Davi.

Festival de Gion

Em 794 o governo do Japão mudou-se de Nara para Kyoto. Logo após a mudança um festival
chamado festival de Gion (Gion-matsuri) começou a ser realizado em Kyoto. Até hoje, os japoneses realizam
festivais de Gion não somente em Kyoto, mas em vários lugares do Japão. O centro de todos esses festivais,
é o festival Gion do santuário de Yasaka, em Kyoto. O evento central do festival Gion de Kyoto sempre foi
realizado no dia 17 de julho, ou no dia 17 do sétimo mês quando ainda se usava o calendário lunar..
A parte mais importante do festival acontece durante 8 dias a partir do dia 17 de julho, porém eles
também têm eventos importantes do dia 1 ao dia 10 de julho. O 17º dia do 7º mês coincide misteriosamente
com o dia em que a arca de Noé descansou sobre as montanhas de Ararat; a Bíblia registra "a arca repousou
no décimo sétimo dia do sétimo mês, nas montanhas de Ararat" (Gênesis 8:4).

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Embora o povo de Israel ainda não existisse e não haja registros biblicos, pode ser que os antigos
israelitas comemorassem o evento com um dia de ação de graças até os dias de Moisés quando foi introduzida
a Festa dos Tabernáculos (Sucot) que é realizada durante a mesma época nos dias 1-10 e 8 dias a partir do 15º
dia do 7º mês. Embora muitos não vejam muita relação é importante notar que os israelitas sabiam muito bem
do 17º dia do 7º mês sendo o dia da arca ter repousado sobre o monte pois está escrito na Bíblia e era algo
importante que talvez fosse sim comemorado por eles.

O festival de Gion em Kyoto começou com o desejo de que nenhuma peste ocorresse entre as
pessoas. Isso se assemelha às circunstâncias em que o templo de Jerusalém foi estabelecido pelo rei Salomão.
Conta a Bíblia que ele celebrou uma festa no desejo de que nenhuma peste ocorresse entre as pessoas. A festa
de Salomão durou 8 dias (incluindo o último dia da assembléia solene - 2 Crônicas 7:8-10). Há uma diferença
de dois dias entre o festival de Salomão e o festival de Gion, mas ambos foram realizados durante 8 dias em
quase a mesma época do ano e no mesmo intuito.

Um empresário escocês, N. McLeod, veio ao Japão na era Meiji e viu o festival de Gion em Kyoto.
Ele escreveu que várias coisas no festival de Gion o faziam lembrar festivais judaicos. No festival de Gion, os
tapetes, que foram importados da Pérsia e da Índia através da Rota da Seda no século XVI, são usados como
decoração para os carros do festival até hoje. Os historiadores japoneses dizem que mesmo nos tempos mais
remotos que antecederam inclusive o festival, muitos estrangeiros naturalizados viviam em Kyoto. Essa cidade
era de fato uma grande cidade internacional do mundo.

O festival de Gion sempre começa com uma voz que grita "En yalah yah". Quando perguntamos a
um japonês: "O que isso significa?" ele apenas diz: "Eu não sei". Mas para os judeus isso pode soar como uma
expressão hebraica "eni ahalel yah" que significa "eu louvo a Yahweh". Abaixo algumas fotos do festival de
Gion dos dias de hoje.

Sabato-yori e o Sábado

Nos velhos tempos do Japão, havia um costume notável chamado "Sabato-yori" em Nagasaki.
"Sabato-yori" significa "reunião de Sabato" e é uma reunião que todos os cristãos se reúnem aos sábados para
orar, comer e conversar juntos. Todos sabem que houve um longo período de forte perseguição contra os
cristãos na era Edo e também no início da era Meiji (1600 – 1900). O costume de reunir de sábado, entretanto,
foi mantido continuamente entre os cristãos que sobreviveram à perseguição. Eles se reuniam todos os
sábados, bem como no domingo, que é o dia da missa.

Aproximadamente cem anos atrás durante a era de Meiji, os cristãos que sobreviveram ainda
praticavam este costume. Até hoje velhos católicos das regiões de Uragami em Nagasaki têm esta memória
(um artigo sobre esse tema foi publicado em dezembro de 1963 na revista mensal "Taiyo"). Segundo eles,
esse costume já havia sido visto no Japão antes e tudo indica que a origem é muito antiga antecedendo o
cristianismo que chegou ao Japão por volta de 1550.

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Um viajante judeu, S. Levi, de Tel Aviv, Israel também relatou em 1930, em um jornal israelense
(Ha Aretz), que testemunhou no Japão o costume do sábado praticado por um grupo especifico. Em hebraico,
o sábado é pronunciado "shabbath" e "Sabato" pode ser uma variação com a mesma raiz. A questão intrigante
é: Porque os cristãos católicos tinham esse costume no Japão se geralmente a fé católica não observa essa
ordem judaica? De onde eles aprenderam esse costume?

A Existência do Imperador

Para pensar sobre a relação entre o Japão e as Dez Tribos de Israel, é importante considerar a
existência do imperador japonês. O imperador japonês não é apenas um rei, mas também é um sumo sacerdote.
Ele é um rei sacerdotal. O imperador está em profunda relação com o xintoísmo e senta-se na posição central
da religião.

Durante a leitura desse livro, vimos a presença confirmada das Dez Tribos Perdidas de Israel no
Afeganistão, na Índia, na Caxemira, em Mianmar e na China, mas, em todos esses casos, elas não possuíam
um rei sacerdotal como o imperador japonês. Como o Japão começou a ter esse sistema de imperador de
linhagem unifamiliar que reina de geração em geração? Um pesquisador sugeriu que tal pratica era devida a
linhagem real dos israelitas que chegaram ao Japão.

O antigo rei de Israel não era apenas um rei, mas também um rei sacerdotal. Embora houvesse uma
pessoa chamada sumo sacerdote, o rei de Israel freqüentemente participava de assuntos religiosos. Ele não era
apenas um rei político, mas muitas vezes ele desempenhava um papel central nos rituais religiosos. O rei de
Israel era, em certo sentido, semelhante ao imperador do Japão.

Depois que o rei Salomão morreu, a linhagem real de Israel foi dividida em duas; uma foi formada
pela continuação do reino do sul de Judá, e a outra, através do reino do norte de Israel. No reino do sul, a
linhagem real (Davi) reinou no país, mas perdeu seu poder após o exílio babilônico. No reino do Norte o
primeiro rei depois da divisão foi Jeroboão o qual era da tribo de Efraim. O último rei do reino do norte, pouco
antes do exílio assírio, foi Oséias. Segundo a Bíblia, todos os reis do reino do norte desobedeceram aos
ensinamentos de Deus, mas entre eles Oséias foi o melhor, pois a Bíblia registra que ele fez o mal, mas não
tanto quanto os reis de Israel que reinaram antes dele (II Reis 17:2). Oséias e seus membros da equipe do
governo foram todos exilados para a Assíria em 722 a.c.

A linhagem real do reino do norte de Israel nasceu originalmente na rebelião contra a linhagem real
de Judá. Assim, era muito possível que, após o exílio, eles pensassem em ir para uma terra distante em vez de
voltar para Israel. Pois em uma terra distante seria mais facíl refazer um país ao invés de retornar à Israel.

Quando afinal o imperador japonês começou a reinar? É comumente aceito que foi por volta de 660
a.c quando o primeiro imperador japonês Jimmu assumiu o trono. Ou seja, a Casa Imperial do Japão já existia
antes mesmo do clã Hata (clã importantissimo na história do Japão) chegar ao Japão (250 – 538 d.c). Seria
então a Casa Imperial do Japão parte da linhagem das Dez Tribos Perdidas de Israel?

Abaixo o link para a sequência de todos os imperadores japonêses:


https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Emperors_of_Japan

O Nome Formal para o Imperador Jimmu

É interessante notar a semelhança entre Ninigi e Jacó, entre Yamasachi-hiko e José, e entre Ugaya-
hukiaezu e Efraim, em relação a mitologia da genealogia de ambos os povos como mencionado anteriormente
nesse estudo. Também é interessante notar que o nome formal para o primeiro imperador japonês Jimmu é
“Kojiki” ou como descrito no Nihon-shoki: "Kamu-yamato-iware-biko-sumera-mikoto". A parte do nome

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"kamu-yamato-iware-biko-sumera-mikoto" não tem significado satisfatório se o
interpretarmos com o idioma japonês, mas Joseph Eidelberg interpretou como hebraico e
chegou a seguinte conclusão. Se pensarmos e interpretamos o nome com palavras
semelhantes em hebraico chegamos a seguinte tradução: "O fundador da nação hebraica
de Yahweh, o nobre (primogênito) de Samaria, seu reino."

Isso não significa necessariamente que o próprio Jimmu foi realmente o


fundador da nação israelita no Japçao, mas pode significar que a memória da linhagem
real da nação israelita que veio para o Japão foi incluída na lenda do primeiro imperador
japonês Jimmu. Será que a linhagem real das Dez Tribos Perdidas de Israel chegou ao
Japão? Este é um grande mistério. Ao lado direito vemos uma pintura do primeiro
emperador do Japão, Jimmu.

A Renovação do “Taika”

No Japão antigo houve um terrível conflito entre xintoístas e budistas pelo reinado da terra. Esse
conflito foi entre o clã Mononobe (xintoístas) e o clã Soga (budistas). Os budistas tinham o poder para reinar,
mas mais tarde, no tempo da Renovação de Taika (645 d.c.), os xintoístas recuperaram o reinado. Na
Renovação de Taika, como ficou conhecido o conflito, encontramos não somente o aparecimento, mas
também o desaparecimento da relação com o antigo Israel e explico o porque de ambos, mas a principio vamos
analisar o aparecimento do relacionamento com Israel.

A declaração do início de uma nova era através da Renovação de Taika pelo novo governo ocorreu
no início do sétimo mês. As antigas crônicas japonesas, Nihon-shoki, registram que no segundo dia do 7º mês
eles estabeleceram uma nova princesa, e tudo indica que o primeiro dia do 7º mês foi na verdade o começo da
era taika. O primeiro dia do 7º mês é o dia de ano novo para os judeus. Eles celebram (o primeiro dia de Tishri)
como o dia de ano novo, mas como é o sábado, então eles não podem trabalhar se não for com finalidades
religiosas. Foi, por exemplo, no primeiro dia do 7º mês que o sacerdote Esdras permitiu que as pessoas
ouvissem a Torá e começou sua reforma religiosa entre povo no século V a.c. (Neemias 8:2). Entretanto,
exceto por esse tipo de evento religioso, os eventos oficiais devem ser do segundo dia do sétimo mês em
diante.

O Nihon-shoki registra que o novo governo enviou mensageiros "no 14º dia do 7º mês" para oferecer
suas ofertas religiosas tradicionais aos deuses xintoístas. Este é o dia, no costume judaico, de preparar para
Deus as ofertas religiosas para uma grande festa judaica, a Festa das Cabanas. Essa coincidência é incrível,
mas isso não é tudo.

Na Renovação de Taika, uma nova lei deu início a distribuição de terras para as pessoas. Esta lei,
que continuou até cerca de 900 d.c., estipulava que o governo redistribuiria as terras aos cidadãos a cada 6
anos. O modelo para isso era uma lei chinesa, mas na lei chinesa a redistribuição era feita apenas quando um
agricultor tinha 60 anos completos ou quando já tivesse morrido, além disso a lei não se aplicava a cada 6
anos. Então por que o governo japonês redistribuiu as terras a cada 6 anos durante esse período?

No antigo Israel, havia uma lei de uso de terras por 6 anos. Durante o 7º ano as terras tinham um
descanso (Levítico 25:3-4). Isso era feito para evitar a agricultura contínua e o enfraquecimento do solo e
parece que essa lei hebraica se tornou um modelo para a lei da redistribuição na Renovação de Taika no Japão.

Alguém poderia imaginar que os japoneses usariam o 7º ano para a redistribuição de suas terras?
Nessa redistribuição, o tamanho da terra era determinado de acordo com o número de pessoas da família. Este
foi o mesmo modelo adotado no antigo Israel onde o tamanho da terra da herança foi determinado de acordo
com o número de pessoas de cada tribo (Números 26:54).

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O Edital Imperial da Renovação de Taika Assemelhava-se às Leis de Moisés

Entre as leis que começaram a vigorar na Renovação do Taika há muitas que nos fazem sentir uma
associação com as leis da Torá. Por exemplo, nas Leis de Homens e Mulheres da Renovação do Taika, está
escrito que:

"Dê a criança fruto de um relacionamento entre um escravo e uma escrava à escrava". Isso também é
encontrado no antigo Israel. Se o mestre desse uma mulher escrava a um escravo e essa desse a luz a uma
criança fruto do relaciomento dela com o escravo, este, conseguindo sua liberdade deveria ir embora sozinho
e a criança ficaria com a mãe. (Êxodo 21:4).

Na página do Mensageiro da Renovação de Taika, também está escrito: "Cobre o dobro daquele que
recebeu injustamente." Isto significava cobrar o dobro da quantia de dinheiro de alguém que tivesse adquirido
algo que não era seu ou mentido sobre o caso. Esta é a mesma punição encontrada na lei da Torá (Êxodo 22:
9).

Na página da Abolição dos Antigos Costumes aa Renovação do Taika, está escrito: "Acabe com
costume de que uma pessoa viva corte o cabelo ou fira suas coxas pelos mortos." Entre muitas nações, o
costume é que uma pessoa viva se machuque pelos mortos. Em Taiwan, por exemplo, eles têm um festival em
que as pessoas se machucam e derramam sangue pelos mortos. Isso também acontecia no Japão budista, mas
a Renovação de Taika proibiu essa prática. Isto também pode ser encontrado na Torá. A passagem bíblica diz
que não se deve fazer “qualquer corte em sua carne pelos mortos, nem tatuar quaisquer marcas nele” (Levítico
19:28).

Os judeus são proibidos pela Bíblia de cortar o corpo ou tatuarem-o. Sacerdotes xintoístas não tatuam
nem cortam o corpo como fazem sacerdotes de outras religiões. Também nas leis da Torá encontramos a
proibição para que um sacerdote ou um cidadão raspasse o cabelo da cabeça (Levítico 21: 5,19:27). Todos
monges budistas raspam a cabeça, mas os xintoístas não.

É interessante notar que na mesma página da Abolição dos Antigos Costumes, encontramos escritos
sobre justiça: "Mesmo que houver três testemunhas definitivas, todas devem declarar os fatos e depois levar
o caso ao oficial. Não processem alguém imprudentemente ou injustamente."

Porquê diz "três testemunhas definitivas"? Tudo indica que deveria haver pelo menos duas ou três
testemunhas, mas mesmo no caso de haver três testemunhas, elas não deveriam processar de forma
imprudente; eles deveriam, entretanto, declarar os fatos detalhados ao oficial antes de processar alguém. Isso
nos remete a uma lei de Moisés que diz que uma testemunha não seria suficiente para condenar um homem,
mas pela boca de "duas ou três testemunhas" a questão seria confirmada (Deuteronômio 19:15). Isso era
importante pois a palavra de uma só testemunha poderia ser mentirosa. Também na página de Abolição dos
Antigos Costumes encontramos:

"Até os dias de hoje a uma lei de compensação errônea vigorava. Um homem, por exemplo, empresta um
cavalo a outro homem. O cavalo morre acidentalmente enquanto está emprestado. O dono do cavalo então
exige uma compensação muito alta pelo animal. Na nova lei, a questão será resolvida entre eles com um
juramento, e nenhuma restituição deverá ser exigida."

Esta lei da Renovação do Taika também é encontrada na Lei de Moisés. A Bíblia diz que se um
homem entregar ao seu próximo um jumento, um boi, uma ovelha ou qualquer animal para guardar, e este for
ferido, morto ou levado sem que ninguém veja, então um juramento do Senhor será feito entre ambos homens,
o dono do animal aceitará a perda e nenhuma restituição será exigida(Êxodo 22: 10-11).

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Concluimos dessa forma que muitas leis promulgadas na Renovação do Taika feitas pelos xintoístas
que retomaram o poder, são muito semelhantes às leis que o Senhor deu a Moisés e que estão registradas na
Bíblia.

A Biblioteca Imperial Queimada

Nessa parte do estudo entenderemos o porque a cultura israelita também sumiu do Japao com a
Renovação de Taika. No mesmo ano em que os xintoistas retomaram o poder e reformaram as leis do Japão,
algo muito lamentável aconteceu. A biblioteca imperial que guardava documentos e livros antigos muito
importantes foi totalmente incendiada. O fato se deu por uma briga entre xintoístas e budistas. o clã Soga
(budistas) incendiou a biblioteca e todos os registros e livros importantes foram perdidos. Hoje o livro mais
antigo existente entre todos os livros japoneses é o Kojiki. Infelizmente, entretanto, ele foi escrito em 712 d.c.
apenas 67 anos após o incêndio da biblioteca Imperial. Isto é, antes do Kojiki existiram muitos livros, registros
e documentos antigos no Japão. Naquela biblioteca, havia uma montanha de livros muito mais antigos que
Kojiki. É por isso que os japoneses não têm nenhuma história confiável antes do século VIII d.c. Alguns
historiadores acreditam inclusive na possibilidade de que na biblioteca queimada existiam cópias do
pergaminho da Torá. Não podemos negar a possibilidade, se pensarmos, como visto acima que a Renovação
do Taika estipularam leis muito parecidas com as leis encontradas na Torá.

Se os antigos japoneses possuissem a Torá, dela certamente estaria guardada na biblioteca imperial
que, infelizmente, foi incendiada. Deve ter havido muitos outros materiais importantes sobre a origem dos
japoneses na biblioteca. A genealogia de seus ancestrais também poderiam também estar lá. Quando a
biblioteca foi incendiada, os japoneses perderam a história do seu passado.

No século VII a.c. no reino do sul de Judá, um Pergaminho da Torá foi acidentalmente encontrado
no templo quando um oficial estava revistando ouro no templo (II Crônicas 34:15). O rei Josias naquela época
deixou que um sacerdote lesse a Torá. O rei então se levantou, lamentou, rasgou suas roupas e chorou, pois
ele entendeu claramente que as pessoas de seu povo não estavam obedecendo aos ensinamentos de Deus.

Podemos saber a partir disso que os antigos judeus não liam a Torá regularmente; o rolo da Torá era
freqüentemente mantido em um lugar importante, mas ninguém olhava para ele. Se um pergaminho da Torá
estivesse no Japão, gostaria muito que que fosse encontrado antes de ser queimado. Mas mesmo que os
japoneses tenham perdido o seu passado, não precisamos necessariamente dizer que não há como saber a
origem dos japoneses. Ouvi dizer que no interior de muitos dos túmulos dos imperadores japoneses ainda não
foram abertos e pesquisados. Quando eles forem pesquisados acredito que poderemos saber mais sobre as
raízes dos japoneses. O interior de tumbas de reis egípcios foram muito estudados e exibidos. Se os túmulos
dos imperadores japoneses forem pesquisados por acadêmicos, pode ser possível que os japoneses recuperem
o seu passado.

Arinori Mori Viu o Espelho Sagrado

Por fim, vamos analisar o espelho de Yata-no-kagami, que é um dos tesouros sagrados do xintoísmo
guardo a sete chaves como mencionado anteriormente.

Arinori Mori (1847-1889) foi Ministro da Educação, Cultura e Ciência do Japão na era Meiji. Ele
insistiu em dizer que viu escrito em hebraico no espelho de Yata a eguinte frase: "eheyeh asher eheyeh". Este
é o nome de Deus descrito em Êxodo 3:14 e significa "EU SOU O QUE SOU".

O espelho de Yata é o tesouro que foi passado de geração em geração na Casa Imperial do Japão
desde tempos muito antigos. O modelo real é mantido no grande santuário de Ise e uma réplica em Kashiko-
dokoro no Palácio Imperial. O povo geral não pode vê-los pois são considerados objetos muito sagrados. Na
verdade dizem que nem o imperador do Japão tem permissão para vê-los. Apenas os sacerdotes do grande
santuário de Ise. Portanto, como o antigo ministro poderia afirmar que o viu? Nós não sabemos os detalhes.

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De qualquer forma, o boato de que "EU SOU O QUE SOU" está escrito em hebraico no espelho de Yata foi
rapidamente espalhado entre as pessoas.

Outro rumor é que, logo após a derrota na 2ª Guerra Mundial, um general entrou no santuário de Ise
e olhou para o espelho de Yata. O professor Sakon da Universidade Aoyama-gakuin também disse ter visto a
réplica do espelho no Palácio Imperial e confirmou o escrito.

Em 1952, um grupo de amizade entre os japoneses e os judeus foi organizado sob a liderança de um
ex-coronel da Marinha, Koreshige Inuzuka. A intenção era justamente estudar a relação entre Japão e Israel e
visar um extreitamento da amizade entre os dois povos. A reunião do grupo em 25 de janeiro de 1953 foi
realizada na casa de um judeu, Michael Kogan, em Tóquio. Na reunião também estava presente a Alteza
Mikasa, um membro da família imperial japonesa. O assunto das palavras hebraicas no espelho de Yata foi
levantado na reunião e Mikasa disse que ele tentaria verificar a veracidade do assunto. Como o presidente da
Câmara de Notícias da Tóquio também estava na reunião, ele publicou um artigo sobre isso no jornal do dia
seguinte e a manchete foi: "Mikasa Verificará Palavras Hebraicas no Espelho Sagrado!" Este artigo tornou-se
um tema muito comentado aqueles dias inclusive no exterior.

Yuutarou Yano Copiou o Padrão do Espelho de Yata

A verdade sobre as palavras hebraicas no espelho de Yata, entretanto, nunca ficou clara. Logo após
o fato descorrido acima mais uma pessoa insistiu ter visto o espelho de Yata. Era Yuutarou Yano, um oficial
de elite e um xintoísta fervoroso. Ele acha que a chave para saber a verdade sobre o imperador do Japão existe
no espelho de Yata. Yano pediu insistidamente a um sacerdote do grande santuário de Ise se ele poderia olhar
para o espelho. Ele diz que o sacerdote, movido pela paixão de Yano pelo assunto, secretamente permitiu que
ele olhasse para o espelho. Yano diz que copiou cuidadosamente o padrão da parte de trás do espelho.

Esta cópia (acima) foi mantida em segredo por anos em um grupo xintoísta chamado Shinsei-
Ryujinkai, que é dirigido pela filha de Yano. Depois de um tempo, entretanto, eles dizem que houve uma
"revelação de Deus" para que se mostrasse a cópia ao mundo.
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Eu consegui uma cópia de xerox do padrão dada por um amigo que trouxe para mim. Eu notei que
as letras eram antigas e misteriosas, especialmente as letras dentro do círculo central que se pareciam
hebraicas e significariam “Luz de Yahweh”.

Yano, entretanto, não considerou essas letras hebraicas, mas pensou que estas eram uma espécie de
antigos caracteres japoneses chamados Jindai-moji. Há uma contradição, porém, em sua interpretação de vê-
las como Jindai-moji porque as mesmas letras (Jindai-moji) aparecem em vários outros lugares e ele as
interpretou como letras diferentes naquelas ocasiões. Além disso, eu nunca vi nenhum Jindai-moji escrito
horizontalmente.

Podemos então lê-los como hebraico? Alguns se assemelham ao hebraico, mas outros não. E quanto
ao aramaico? Especialmente o antigo aramaico falado na Assíria? Bem, se alguém souber ler o aramaico falado
na antiga Assíria, por favor me avise.

Não sabemos com certeza também se essa cópia é realmente o padrão do espelho de Yata. Afinal, o
segredo do espelho de Yata permanece como um mistério. Precisamos de uma foto do espelho para elucidar
o mistério, mas isso seria dificil visto que não se tem acesso ao objeto sagrado. Além disso, toda essa história
é considerada pela maior parte da população como um mito.

Essas, abaixo, são suposições de como seriam os objetos sagrados do Japão.

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Entrevista com o Etimólogo Joseph Eidelberg

Etimólogo Judeu Joseph Eidelberg


Publicou "O Povo Yamato era Judeu"

Os dois povos marcados por mistérios na história - os Japoneses e os Judeus: neles se encontram
inúmeras semelhanças misteriosas. O etimólogo Judeu Joseph Eidelberg, foi atraído por tais mistérios e,
durante 14 anos pesquisou a língua, a religião e a história do Japão. Ele declara: "os ancestrais dos japoneses
são Hebreus". Eidelberg lançou em dezembro de 1980 um livro intitulado "O Povo Yamato era Judeu".

A entrevista a seguir foi realizada em 1982, quando Eidelberg veio pela segunda vez ao Japão para
suas pesquisas.

Joseph Eidelberg num templo Xintoísta em Kyoto onde serviu

Quando senhor esteve da outra vez, trabalhou num templo Xintoísta de Kyoto e encontrou várias
semelhanças entre o antigo Judaísmo e o Xintoísmo. E desta vez, o que o senhor veio pesquisar?

Eidelberg - Pesquisei principalmente a região Nordeste. Averigüei dentro das várias canções
folclóricas expressões só compreensíveis em Hebraico.

De certo, no Nordeste há canções que possuem expressões incompreensíveis para o Japonês atual como
"Nanyadoraya". Porém, o fato de não se entendê-las em Japonês, embora possa explicar a chegada das
expressões Hebraicas ao Japão, parece-nos que não comprova que o Japonês tenha se originado do Hebreu.

Na verdade eu pesquisei durante 14 anos as línguas do mundo inteiro. No mundo, a começar dos
Maias, na América Central, há vários candidatos de herdeiros das "Dez Tribos Perdidas de Israel".
Porém, nenhum deles possui tantas palavras originárias do Hebreu como o Japonês. Essas ultrapassam
3000 palavras. É importante salientar que se passaram mais de 2000 anos desde a chegada daquelas
Dez Tribos a esta terra. Durante esse tempo a língua Japonesa recebeu influências principalmente do

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Chinês e do Coreano. Não obstante, descobri ainda outras cerca de 500 palavras. Essa realidade só se
encontra no Japonês dentro do mundo inteiro.

Quantas línguas o senhor domina?

Russo, Francês, Alemão, Persa, Ídiche, Árabe, Hebreu... o Japonês não falo, mas sei distinguir
entre pronúncia ON e KUN.

Agora estamos conversando em Inglês.

Sim, verdade. Estudei Física nos Estados Unidos.

Certamente esse amplo conhecimento lingüístico e os ideais científicos têm sido o seu alicerce. Porém,
dentro do Japonês há muitas palavras Chinesas. As Dez Tribos Perdidas não teriam permanecido e se integrado
à cultura Chinesa? Os Japoneses não estariam se utilizando das palavras saídas dessa cultura?

Na verdade, parece que houve uma pequena sociedade hebraica na província de Konan. Segundo
tradição, eles se estabeleceram ali durante o período Kan e permaneceram até por volta de 1850. No
início a minha pesquisa também estava por terminar ali, porém encontrei uma antiga lenda na região
Bahara. Segundo essa lenda, as Dez Tribos expulsas do Reino de Samaria, vaguearam pela região
oriente, atravessando o continente asiático e se estabeleceram num país além da China. Portanto
comecei a pesquisar o Japão e encontrei inúmeros resquícios da antiga língua Hebraica.

Quando o senhor acha que isso aconteceu?

Provavelmente na época da expedição do Imperador Jimmu para leste. Logo após as Dez Tribos
deixarem Samaria, se iniciou aquela expedição. O nome oficial do imperador: Sumera Mikoto significa
num dialeto do antigo Hebraico "O senhor Rei de Samaria" e o nome oficial do imperador Jimmu,
"Kamu Yamato Iware Biko Sumera Mikoto" significa, "O fundador da nação Hebraica de Yahweh, o
nobre (primogênito) de Samaria, seu reino".

Mas a distância entre Bahara e Japão é bastante grande. Será que ao chegar ao Japão não teriam se
tornado um povo minoritário?

Por exemplo, quando no século XIII o povo Mongol passou a residir na Europa, a distância era
muito maior, porém, não houve redução de seu número. Além disso, uma vez que atravessariam o mar
(entre China e Japão), era preciso uma grande contingência.

Mas, certamente havia, na época, nativos vivendo no Japão. Mesmo que as Dez Tribos viessem quase
que integralmente, não teriam eles se estabelecido em um determinado lugar e ser absorvidas pelos nativos e
desaparecido?

Lendo Kojiki ou Nihon-shoki, parece que foram os nativos os acuados. Além disso, em termos
gerais, os Japoneses foram formados por diversas raças. Creio que o ancestral direto dos Japoneses são
as Dez Tribos. As principais estruturas políticas e o Xintoísmo também coincidem com os antigos
costumes Hebraicos.

Quer dizer que para o senhor o antigo povo hebreu se tornou atual Japonês?

Sim, certamente o Judeu atual sofreu um processo de miscigenação e não é o mesmo de outrora,
assim como houve mudança nos Japoneses. Porém, mesmo agora há Japoneses que se parecem judeus
e há dentro dos Hebreus traços mongolóides.

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Como eram os hebreus antigos?

Possuíam pele escura, cabelo negro e olhos negros. Certamente não eram nem louros nem negros.

"O rosto de Jesus" (ou melhor, provável rosto característico do povo hebreu à
esquerda) divulgado pela BBC. Reconstituição feita na Universidade de Manchester
tendo como base os vários crânios de Judeus do primeiro século.
Possui característica típica de Oriente Médio.

O senhor disse anteriormente que a estrutura política do antigo Japão possuía


característica Hebraica.

Existe a chamada "Renovação Taika". Na linguagem antiga se escrevia


“TAIKWA". Essa palavra significa "esperança" na língua Hebraica. Provavelmente houve uma
disputa entre os defensores do Xintoísmo e os defensores do Budismo, e os primeiros, saindo
vitoriosos, determinaram as leis. Por isso as leis desta "Renovação TAIKWA" são baseadas
quase que integralmente na Bíblia.

Geralmente se considera a influência Chinesa.

Não, com exceção de se usar uma coroa para a distinção das classes, não há nenhuma outra
característica Chinesa. Tudo o mais pode ser verificado como tendo sido tirado do Antigo Testamento.

Parece-me que no livro o senhor afirma que até mesmo a palavra que designa a posição social é baseada
no hebraico.

Sim, "AGATANUSHI" estabelecido por Imperador Jimmu é "AGUDA-NASI" e significa "o


chefe do grupo" em Hebraico; "MIYATSUKO" significa "representante" em Hebraico.

Humm..., parece verdade que houve na antiguidade uma ligação incomum entre os dois povos, porém,
se os Japoneses fossem o povo Hebreu, certamente possuiriam algo como o Antigo Testamento.

Esses são Kojiki e Nihon-shoki.

O que quero dizer é que seria a história Hebraica desde a terra de Canaã...

Na verdade, tanto Kojiki como Nihon-shoki são o Antigo Testamento alterado. A excursão
Oriental de Jimmu se encaixa com os Hebreus a caminho da terra prometida de Canaã. Ambos partem
para a terra concedida por Deus no Oriente. No Japão essa terra se encontra em Hyuga, Sotori, Pico de
Takachiho, e na Bíblia, Monte Tahat da Planície Saara em Hogar. E ao transpor Yam-Saf se encontram
com os habitantes das cavernas Tada. Os antigos Japoneses chegam a leste de Sotori, "Terra de
Ashihara" e os antigos Hebreus chegam Canaã, a leste de Saara. "Canaã" seria "CNNE-NAA" e
significa "Ashihara" (campo de junco) em Japonês.

O que o senhor diz acerca dos Imperadores posteriores ao Jimmu?

O imperador Sujin se identifica com Rei Davi e o imperador Suinin se identifica com o Rei
Salomão. O imperador Chuuai é Rei Saul. Cada um deles se identifica com os acontecimentos paralelos
facilmente perceptíveis.

Isso significa que a Terra de Yamato pode não se identificar necessariamente com o Arquipélago
Japonês?

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Provavelmente a descrição é anterior à sua chegada ao Arquipélago Japonês. Há possibilidade
de as Dez Tribos terem se estabelecido temporariamente na região da serra de Tenzan. Existe ali uma
localidade denominada Yamatou.

De fato parece haver uma coincidência. Porém, o Deus dos hebreus é único enquanto se contam 8
milhões de deuses (Xintoístas) no Japão. Parece haver uma diferença fundamental em relação ao conceito de
Deus.

É verdade. Há uma lenda que diz que Adão, antes de desposar Eva havia se casado com uma
deusa chamada Lilith. Lilith teria dado à luz 80000 deuses. Há uma grande semelhança. Porém o
Judaísmo atual tem origem em Jerusalém e parece ser diverso do judaísmo das Dez Tribos Perdidas.
Por exemplo, na Bíblia se diz que as Dez Tribos comemoraram a Páscoa no 15o. dia do 8o. mês, mas
hoje não celebramos essa data. No entanto, os templos Xintoístas realizam a "Festa da Libertação da
antiguidade" no dia 15 de agosto. Não se conhece o significado original dessa festa, mas como um povo
(como os antigos Japoneses) que nunca foi conquistado precisa comemorar a "Festa de Libertação"?

A palavra "matsuri" (festa) conota religiosidade e Xintoísmo; há alguma explicação Hebraica?

Há no Hebreu a palavra "Mathorit" que significa "Tradição". Creio que é de onde provém.

Estou surpreso pela profundidade com que o senhor tem feito a sua pesquisa. O senhor tem interpretado
a Bíblia como um livro profético para prever o futuro do Japão?

Não. Sobre isso nada tenho a comentar. Estou apenas procurando comprovar através do estudo
lingüístico, da história, da religião e das características raciais que os Japoneses são descendentes das
Dez Tribos de Israel.

Até que ponto as suas afirmações são aceitas em Israel?

Não tenho números concretos e nada posso afirmar acerca disso, mas quando fiz uma palestra,
a grande maioria dos participantes aceitaram os meus argumentos.

Seriam eles judeus?

Sim.

Quantas pessoas?

De 30 a 60 pessoas... Ainda não são muitas.

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Conforme Joseph Eidelberg há grande semelhança entre letras Hebraicas e Katakana.

É uma teoria bastante inusitada, mas o senhor parece estar convicto. Creio que à semelhança do
academismo Japonês, esse tipo de teoria é muito difícil de ser aceito.

Dentro de Kojiki aparece um deus chamado Amenokoyane. (dito isso, ele escreveu no caderno
em "katakana", "KOHANO"). Isso significa sacerdote em hebraico.

Parece "katakana".

É hebreu que pode ser lido por um menino do primeiro ano básico em Israel. A pronúncia,
porém, é Kohen.

É muito parecido.

É verdade que há pessoas que se opõem a minha teoria. Porém, eles o fazem unicamente de modo
emocional. Eu sempre levanto os fatos científicos. Nesses 14 anos empreguei todos os meus recursos
neste estudo. E obtive todos esses frutos.

Quais as suas atividades futuras?

O que está ao meu alcance são palestras, palestras e palestras. E edição de livros. Pretendo lançar
o segundo livro. Certamente procurarei mostrar ainda mais provas. Quão inusitado seja, a verdade
certamente será aceita um dia.

Se se provar que os Japoneses e hebreus possuem um ancestral comum, poderá haver uma grande
mudança no mundo.

Provavelmente, num futuro não muito distante, o fato de serem os Japoneses descendentes das
Dez Tribos de Israel se tornará uma teoria histórica plenamente aceita.

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Mais Informações sobre o Assunto

Se você tem interesse em explorar mais o assunto pode acessar os personagens descritos nesse
livro assim como as obras aqui mencionadas.

Segue abaixo mais links que podem interessar pesquisadores e/ou curiosos.

Eu apareci em um programa de TV japonês sobre esse assunto, transmitido por uma grande emissora de TV.
O programa foi intitulado "The Roots of Japan Were Ancient Israel!?" Você pode assistir no YouTube em
inglês, russo e japonês.

(Para legendas em inglês, clique em "Legendas" na parte inferior direita da tela do YouTube)
https://www.youtube.com/watch?v=TLc30VSPdgY&list=PLyHKy-b4esQTWFWRBiht4b8-6sFp6CRHI

Livros Recomendados:

A seguir estão listados livros escritos por pesquisadores judeus sobre as conexões entre os israelitas e os
japoneses.

“In the Footsteps of the Lost Ten Tribes” escrito por Avigdor Shachan (Inglês e Hebraico).
https://www.amazon.com/s?k=In+the+Footsteps+of+the+Lost+Ten+Tribes&i=stripbooks-intl-
ship&ref=nb_sb_noss

“The Tribes of Israel - The Lost and the Dispersed” escrito pelo Rabino Eliyahu Avichail (Inglês e Hebraico).
https://www.amazon.com/Tribes-Israel-Lost-
Dispersed/dp/B000SNB3TQ/ref=sr_1_1?ie=UTF8&s=books&qid=1215471876&sr=1-1

“The Biblical Hebrew Origin of the Japanese People” escrito por Joseph Eidelberg (Inglês e Hebraico).
https://www.amazon.com/dp/B00CX6C2M8/

“The Japanese and the Ten Lost Tribes of Israel” escrito por Joseph Eidelberg (Inglês e Hebraico).
https://www.amazon.com/dp/9652296597/

* Se você sabe ler japonês, "Nihon-Yudaya, Huuin no Kodaishi", escrito pelo rabino Marvin Tokayer e
publicado pela Tokuma-shoten, é o melhor livro sobre esse assunto (este livro inclui muitas fotos. A versão
em inglês ainda não foi publicada).
http://www2.biglobe.ne.jp/~remnant/tokehon.htm

Outros links recomendados:

O Mistério dos Judeus no Japão (vídeo)


https://www.youtube.com/watch?v=4HF2FkRE-PU

A cultura japonesa foi influenciada pelo antigo Israel?


https://app.box.com/s/ts352d5jgq9iqsqvvqsu

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