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A certeza da existência de Deus não é evidente, de modo que se possa alcançá-la sem a ajuda da
razão. Não é, portanto, possível uma demonstração a priori da existência de Deus, porque esta tem,
obrigatoriamente, que partir do conhecimento do finito até chegar ao infinito. Contudo, existem
provas bastante objetivas de que existe um Deus, apesar de agnósticos e ateus deturparem essas
provas. De qualquer forma, a aceitação de Deus pela fé, por sua vez, não está condicionada a
argumentos racionais, mas a fé pressupõe o conhecimento natural. Santo Tomás pretendeu, assim,
demonstrar a existência de Deus por cinco “vias”, que se dividem em dinâmicas (aristotélicas) e
estáticas (platônicas). Por essas cinco “vias”, pode-se chegar a um conhecimento de Deus por
analogia. As três primeiras dessas “vias” constituem-se no argumento cosmológico, porque partem
do movimento, da causalidade e da contingência das coisas criadas até chegar até Deus, e, a
despeito de ter sido deturpado, esse argumento nunca foi devidamente refutado, seja pelo
agnosticismo ateísta, seja pelo agnosticismo protestante de Kant.
As cinco vias
Deus, Motor imóvel (primeira via)
Deus, Primeira Causa (segunda via)
Deus, Ser necessário (terceira via)
Deus, Ser perfeitíssimo (quarta via)
Deus, causa final de todas as coisas (quinta via)
Primeira, segunda e terceira vias: explicitando o argumento cosmológico Iremos analisar aqui, de
preferência, o argumento cosmológico, por ser o mais conhecido.
Pode-se, por este argumento, chegar a uma demonstração da existência de Deus, posto que
sabemos que causa e efeito são uma realidade. Logo, nenhuma mudança ou “vir-a-ser” pode dar-se
sem uma causa. Na verdade, isto faz do Universo um enorme complexo de séries causais, que se
confrontam, dando origem aos acasos. Uma série causal, por sua vez, é um conjunto de causas
encadeadas, de forma que cada uma é causa eficiente da seguinte, e todas são efeitos de uma
primeira causa que dá sustentação a toda série, uma primeira causa não-causada.
Como chegamos a isso? Vamos analisar passo a passo como se dá o movimento em cada uma das
séries causais:
Sabemos, realmente, que, do nada, nada pode surgir (“Ex nihilo nihil fit”), até porque é
absolutamente irracional pensar, e nunca se soube, por experiência alguma, que, do nada, pudesse
surgir alguma coisa. Isso seria, na realidade, um acaso desprovido de causas, quando, na verdade, o
acaso nada mais é do que o encontro de duas ou mais causas pré-existentes. Se algumas partículas
parecem provir do nada, isso só reflete o fato da moderna mecânica quântica estar descobrindo o
que seria, na realidade, um outro nível da “matéria”. De qualquer forma, nada do que surge, está
isento de “condições”.
Diante disso, a única saída para o ateísmo, que se nega a admitir a “primeira causa”, seria
considerar eternas as cadeias de causalidade, ou séries causais, o que nós discordamos por razões
filosóficas. Não podemos regredir as causas “ad infinitum” porque isso seria ilógico. Teríamos, na
realidade, efeitos sem causa, o que seria uma verdadeira violação do princípio da causalidade. Não
havendo causalidade eficiente, uma vez que todas as causas possíveis seriam efeitos, não haveria,
na realidade, nenhuma causalidade. Por esta razão, pode-se crer que quem assim sugere, age como
quem não pensa verdadeiramente no infinito, mas em algo que tende ao infinito. Aceitar que uma
cadeia de causas possa tender ao infinito não é o mesmo que dizer que ela é infinita. Ainda que se
sugira que ela possa tender ao infinito, continuará necessitando de uma primeira causa, porque é
absurdo que seja infinita. Em outras palavras, ter-se-ia que admitir, no infinito, uma primeira causa,
o que eliminaria, de fato, o infinito. Afinal, não se explica o movimento dos vagões que se puxam um
ao outro, eliminando-se a locomotiva, e aumentando infinitamente o número de vagões. Ainda que
se quisesse, não se chegaria à explicação alguma, procurando-a no infinito. Ainda que se supusesse
um movimento eterno, a interrupção, a mudança de direção, a passagem de um movimento ao
outro não se explicariam sem a ação de uma causa.
Tem-se que a forma simples e ingênua que os ateus pensaram ter encontrado, para impugnar o
argumento da “primeira causa”, foi equiparar a única verdadeira causa com causas, que, no fundo,
não são causas, mas efeitos. “Se tudo necessita de uma causa, então Deus também necessita de
uma causa”, dizem os céticos. Seria o caso dos ateus provarem que tudo tem, necessariamente, que
ter uma causa. Como tal sentença não se pode sustentar, uma vez que não leva em conta a
possibilidade de uma coisa poder existir por si mesma, apenas constata-se que, quando alguma
coisa não se justifica por si mesma, tem uma causa diferente de si mesma. Assim, o que é móvel e
contingente é, visivelmente, efeito de uma causa, o que não obriga à não-existência de algo que
exista por si mesmo.
Por esta razão, dizemos que quem não aceita o argumento da “primeira causa”, na realidade, nunca
o entendeu. Perguntar quem criou Deus é absurdo, pelo fato de que não precisa de qualquer causa
para existir, por ser imutável. O mundo também não precisaria de causa para existir, caso fosse
imutável. Mas, se ele muda, é de se prever que algo o impulsiona à mudança. Se ele se move, não
pode ser causa de si mesmo. Causa e efeito não se confundem. Há de se procurar uma causa que
não seja efeito, e que, por isso, seja única verdadeira causa e fundamento de toda causalidade. Isto
porque é causa de todas as causas que, no fundo, não vêm a ser causas, mas efeitos, o que exige
que seja imutável. Isso descarta, de uma vez só, o ateísmo e o panteísmo.
Não havendo uma verdadeira causa, como os efeitos poderiam sustentar toda a causalidade de uma
série causal? Faz-se necessária a existência de uma causa que não seja efeito. Segundo o “princípio
da razão suficiente”, todas as coisas ou eventos são reais quando existe uma razão suficiente para
sua existência. Por outro lado, já vimos que não é verdade que “tudo necessita de uma causa”. O
axioma verdadeiro baseia-se na verificação de que aquilo que não se justifica por si mesmo, que não
se mantém, nem se explica por si mesmo, precisa de uma causa diferente de si mesma. Nada obriga
à não-existência de uma causa não-causada.
É também falsa a alegação de que acreditar numa causa não-causada seja tão absurdo quanto crer
que a cadeia de causas possa regredir ao infinito, só pelo fato de uma causa não-causada nunca ter
sido observada. Na verdade, é assim que o positivismo de Auguste Comte pretende negar todos os
postulados da metafísica, e faz isso como se a ciência também não deduzisse nada através de
simples rastros, ou efeitos.
Ora, uma causa não-causada não é impossível. Por acaso, que uma causa seja também efeito é da
natureza da causação? Verifica-se que só pode haver uma causa não-causada, porque, para que a
causalidade seja eficiente, é necessário haver uma causa que não seja efeito, do contrário, toda
causalidade estaria comprometida. A despeito disso, há, no mundo, verdadeiras causas secundárias,
que causam verdadeiramente os seus efeitos, mas que devem sua existência à causa primeira, por
serem efeitos dela. Essa existência é a base da causação secundária, mas não de modo que toda e
qualquer causa tenha que ser efeito de outra causa. Quanto à causa não-causada, isso não torna
absurda a sua existência, antes a torna necessária.
Algumas saídas foram propostas para explicar a mutabilidade do mundo sem que se precise recorrer
a Deus, mas nenhuma delas tem consistência alguma:
1. Pensar, por exemplo, que o tempo seja cíclico, num circuito de causas, é o mesmo que imaginar
que eu possa ser o pai do meu bisavô ou filho do meu bisneto, ao menos que se pensasse também
numa razão universal que controlasse todo esse processo, enfim, uma “primeira causa”, que seria,
de fato, a causa eficiente de todos os fenômenos ou causas aparentes. O que determinaria, por
exemplo, qual a extensão desse circuito?
2. Imaginar, por sua vez, uma realidade que seja dinâmica, onde todas as coisas “fluem”, é o
mesmo que dizer que as coisas mudam porque têm que mudar. O que as obrigaria à mudança? Não
há dúvidas de que um mundo onde as coisas mudam porque têm que mudar é um mundo sem
nenhuma causalidade. Sabemos que esse mundo não existe, porque as coisas só mudam porque
alguma coisa as impulsiona à mudança.
3. Por último, pensar que toda a causalidade não passa de uma ilusão, como Hume ou Kant, não é
muito sensato, nem muito científico. Nada muda sem ter tido uma causa própria e específica, do
contrário a própria ciência seria uma fantasia. Não haveria nada a se descobrir, além de que isso
inviabilizaria todo o conhecimento, porque nada teria razão de ser.
Além disso, o princípio da causalidade é um princípio lógico e necessário à própria inteligibilidade do
mundo. Não podemos argumentar ou contra-argumentar tomando por base aquilo que não se
evidencia, nem pode ser demonstrado, como fazem todas essas pretensas “saídas” que
contemplamos.
Desde a pré-história, o homem observa os fenômenos e é capaz de ligar causas a seus efeitos.
Negando-se o princípio da causalidade, a razão não teria onde se sustentar. Por outro lado, se é
possível afirmar que é pela razão que temos ciência desse mesmo princípio, creio ser ainda mais
possível afirmar justamente o oposto: que é a razão que nasce com a causalidade. Do contrário,
como poderia a razão ser causa dela mesma? Logo, a causalidade é anterior à própria razão, porque
ela força a existência da própria razão. Por isso mesmo, Santo Tomás de Aquino ensinou que não se
pode demonstrar a existência de Deus a priori, mas esta demonstração supõe a existência do
princípio da causalidade, que é necessário à inteligibilidade.
Pode-se argumentar que, se há diferentes séries causais, há diferentes movimentos, e que cada
movimento exige um motor diferente. Aristóteles postulava a existência de vários motores imóveis.
Logo, como se pode saber que Deus seja a primeira causa de cada uma das séries causais?
Não importando quantas séries causais possam existir:
- As razões que nos levam a afirmar que Deus existe forçam-nos também a concluir que ele é só um.
Se houvesse vários deuses, teriam de se distinguir por alguma diferença, visto que, sendo imateriais,
não poderiam ser individuados pela matéria. E a diferença seria necessariamente uma perfeição que
pertencesse a um e não aos outros, que, assim, não seriam absolutamente perfeitos. Não pode,
portanto, haver senão um Deus.
- É a matéria a origem dos encontros de séries causais, e efeitos acidentais; e é nisso, como disse,
que consiste o acaso.
- Cada uma das séries causais primordiais, ao menos no mundo físico, parece ter surgido, embora
independente, concomitantemente à existência da matéria no tempo e no espaço, na dita “grande
explosão” (“Big Bang”).
Pode-se defender tal coisa de um ponto de vista científico?
Se a existência tem sentido, se pode ser explicada (assim como quer a ciência com todo o mundo
natural), então a hipótese de um ser que contenha em si próprio a essência de existir é uma
condição sine qua non para esse problema. Mas se partimos do princípio que a existência não
demanda e nem tem explicação (princípio, aliás, muito confortável para os ateus e afins), então, por
conseqüência, nenhum dos eventos naturais teriam explicação, nem tão pouco careceriam de uma,
mas a realidade ao nosso redor é absolutamente contra esse princípio. Ou se abraça a ciência e,
com ela, o Ser Absoluto, ou ninguém explica mais nada, o mundo é sem sentido e com isso jogamos
fora todo o nosso conhecimento.
Ateu pergunta:
"Se deus é onipotente, ele pode criar uma pedra que não consegue levantar."
A pergunta acima equivale a:
"Se Deus é onipotente, ele pode não ser onipotente." Vejamos porque.
1- Deus não pode fazer o mal. Pois sendo ele INFINITAMENTE bom, não pode fazer o mal. Dizer que
Deus pode fazer o mal é como dizer "círculo quadrad
o". Pois o mal é uma limitação.
2-Deus não pode se contradizer. Pois sendo ele infinitamente verdade, não pode mentir. Pois a
mentira é uma limitação.
3-Deus não pode parar de existir. Pois sendo ele INFINITAMENTE ser, deve existir desde sempre.
Parar de existir ou começar é uma limitação.
4-Criar uma pedra que ele não possa levantar é como criar uma pedra de peso maior que o infinito.
Só um louco faz essa pergunta. Pq?
a) não existem corpos materiais de peso infinito, nem de peso maior que infinito. E nem pode existir,
pois o corpo material é, por definição, um corpo LIMITADO de tamanho e forma finito.
b) O que seria algo maior que o infinito? (????????????)
5-Finalmente se há algum ser infinito, este ser não pode ser material. Tem de ser imaterial, logo só
nos resta entender se Deus pode criar outro Deus. Se há um ser imaterial infinito, esse é Deus.
Por ser um ser infinito, decorre-se que em Deus há unidade infinita. Não é como os corpos materiais
que se dividem em partes menores. Deus não é composto de partes, se o fosse, não seria infinito.
Sendo Deus unidade infinita, não pode criar um outro ser infinito "Deus", pois isso seria dizer que
Deus é uma parte de duas partes distintas. Então para que Deus criasse um outro Deus, precisaria
que ele não fosse onipotente, pois só algo finito poderia, em tese, criar algo maior que si.
A matemática nos demonstra isso sob certo aspecto, pois infinito + infinito = infinito. E infinito
dividido por qualquer número é infinito.
6- Enfim, parece que o ateu quer saber se é possível que Deu seja finito. O ateu quer uma
contradição seja verdadeira, pois quer dizer que é possível que o ser infinito seja finito. Uma
verdadeira sandice.
Alguns ateus afirmam que antes da criação não havia tempo no qual Deus pudesse criar o
universo. Não havia período anterior a partir do qual Deus pudesse agir. Portanto o ato da
criação é contraditório.
Em resumo, para Deus existe apenas uma perspectiva imutável e absoluta, que unifica todas as
unidades espaço-temporais em um eterno presente. A partir do ponto de vista panorâmico de
Deus, temos a unificação de todos os estados temporais em um período absoluto de eterno
presente.