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Sociologia no Sólon
Blog destinado a professores, amigos e alunos da E.E.B. Sólon Rosa que se interessam pela discussão sociológica.

QUINTA-F EIR A, 18 DE NO V E M B R O D E 20 1 0
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A COMPREENSÃO DO MAL NAS PRINCIPAIS
RELIGIÕES E NA FILOSOFIA

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▼  2010 (5)
▼  Novembro (1) A RELIGIÃO PERSA
A COMPREENSÃO DO
MAL NAS O dualismo cosmológico e religioso, características
PRINCIPAIS
fundamentais das antigas religiões Pérsicas, tem suas raízes
RELIGIÕES E NA...
►  Março (4)
no pensamento do filósofo iraniano Zaratrusta. Zoroastro,
que foi o reformador da religião que o precedeu, afirmava a
Sociologia no Sólon existência de um ser supremo, o qual criou dois seres
menores. Estes seres menores, que possuíam a mesma
natureza daquele que os havia criado, eram chamados de
Ormuzd e Arimann. Ormuzd permaneceu fiel ao seu
SO CIOL OGIA NO criador e, por isso, foi considerado o deus bom, origem de
SÓ LON
C URIT IBANOS , SANTA
todo bem. Em contrapartida, Arimann se rebelou contra seu
C ATAR INA, B R AZIL criador, tornando-se, assim, o autor de todo mal existente
Sou professor de filosofia e na terra. O deus bom criou o ser humano e lhe deu todos os
sociologia da rede pública
estadual. Sou graduado em
recursos necessários para sua realização. o deus mau, no
Filosofia pela UNIFAE, Curitiba entanto, frustrou essa felicidade, introduzindo o mal no
e especilista em Gestão mundo e criando as feras, plantas e répteis maus. Como
Educacional pela UnC
Curitibanos.
conseqüência desta criação de Arimann, o mal é uma
Visualizar meu perfil completo realidade inerente em toda as coisas existentes .
Entre Ormudz e Arimann, princípio das realidades
existente, há uma luta permanente. Da mesma forma, os
adeptos de Ormuzd e Arimann, seguindo seus criadores,
travam uma incessante guerra. O otimismo deste mito
oriental está na perspectiva de que chegará um momento
em que os adeptos de Ormuzd serão vitoriosos e Arimann,
bem como seus partidários serão condenados às trevas
eternas .

MAL SEGUNDO A BÍBLIA (JUDEUS E CRISTÃOS).

Todo o antigo testamento é percorrido pela questão do mal.


O livro de Jó é a mais importante sistematização desta
questão. Este personagem bíblico personifica toda a revolta
daqueles que são tementes a Deus e são atingidos pelo mal.
Sendo homem justo, Jó, diante da desgraça que ocorreu em
sua vida, pergunta-se: “Por que os ímpios continuam a
viver, e ao envelhecer se tornam ainda mais ricos ” (Jó 21,
7) .
O profeta Jeremias, da mesma maneira que Jó, não
consegue conter sua revolta diante da prosperidade dos
homens injustos. “Porque prospera o caminho dos ímpios
Porque os apóstatas estão em paz ” (Jr 12, 1b), pergunta
ele a Deus. O salmista, que enfrenta a mesma situação de
Jó e Jeremias, declara a Deus: “Por pouco meus pés
tropeçavam, um nada, e meus passos deslizavam, porque
invejei os arrogantes, vendo a prosperidade dos ímpios” (Sl
72, 2-3).
Por que os justos sofrem Eis a pergunta que percorre toda
a Bíblia . O próprio Filho de Deus, aquele que veio para
vencer o mal, encontra diante de si o mistério do mal e
clama do alto da cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me
abandonastes ” (Mt 28, 46).
Entre tantas respostas bíblicas, as mais sábias e
satisfatórias são as seguintes: “Falei de coisas que não
entendia” (Jó 42, 3b) e “Pai, em tuas mãos eu entrego o
meu espírito” (Lc 23, 46b) .
A partir destas respostas nos é possível tirar duas
conclusões: 1. o mal é um mistério insondável; 2. o triunfo
do bem sobre o mal não parece possível no tempo presente
.

O MAL METAFÍSICO - PRIVAÇÃO DO


BEM
Após destacarmos os principais elementos em torno do
mistério do mal a partir das principais tradições religiosas
(pérsica, grega e judeu-cristã), resta-nos agora
investigarmos o mal numa perspectiva ontológico-
metafísica, tipicamente antiga e medieval, como privação
de bem .
Do ponto de vista teórico estamos diante da seguinte
pergunta: O que é o mal
Uma resposta à esta pergunta nos é dada por Albert
Einstein: “O mal não existe, pelo menos por si mesmo... é
simplesmente a ausência do bem… é uma definição que o
homem criou para descrever a ausência de Deus.... é o
resultado da humanidade não ter Deus presente em seus
corações” .
Plenamente de acordo com Albert Einstein, o frei Hubert
Lepargneur nos ajuda a responder melhor a questão em
pauta. “O mal é aquilo que, em si, não se justifica, não tem
sentido, não existe. O ser é que é. Toda explicação de mal
tem que tomar recuo. O ser do mal é um certo não-ser” .
Para melhor fundamentarmos tais respostas, nos
serviremos agora de Santo Agostinho, que conseguiu
elaborar um pensamento digno de consideração para toda
investigação em torno do mal sob o prisma que nos
interessa.

O MAL SEGUNDO O (SANTO) FILÓSOFO


AGOSTINHO DE HIPONA.

Ao grande mistério do mal, conseguiu Agostinho


apresentar uma explicação que se tornou ponto de
referência durante séculos e ainda hoje conserva sua
validade. A pergunta que perpassa a investigação de
Agostinho em torno do mistério do mal é a seguinte: Se
Deus é autor de todas as coisas existentes e é sumamente
bom, qual é a origem do mal
O Santo de Hipona, depois de ter sido vítima da explicação
dualista maniquéia , encontra, a partir de Plotino, a chave
para concluir que Deus não é a causa do mal. Mas, qual é a
conclusão de Agostinho
Plotino interrogando-se sobre a definição e a proveniência
do mal, afirma que “o mal é ausência, falta do bem”, mas
identifica esta falta e privação do bem com a matéria.
Segundo o mesmo filósofo, o mal não pode residir naquilo
que é nem no que transcende o ser. Ele só está presente nas
realidades materiais, porque elas se acham mescladas de
não-ser .
Da definição dada por Plotino, Agostinho aceita a primeira
parte, ou seja, o mal como ausência ou falta do bem, mas
não a segunda, porque segundo o Santo a matéria não pode
ser má porque foi criada por Deus. Eis, então, a conclusão
de Agostinho: “Todas as coisas que existem são boas, e
aquele mal que eu procurava não é uma substância, pois, se
fosse substância, ou seria substância corruptível, e então
era certamente um grande bem, ou seria uma substância
corruptível, e nesse caso, se não fosse boa, não se poderia
corromper” .
Para Agostinho, nas palavras de Zampieri, “... o mal não é
uma substância ou um ser. O mal é justamente a privação e
a carência de ser. O mal é privação de uma perfeição que a
substância deveria ter” . Rossi nos ajuda a melhor
compreendermos que o mal não é uma realidade, mas
constitui “... uma lacuna, uma falha, algo puramente
negativo, isto é, o não ser de uma coisa que, sendo real, só
pode ser um bem. O mal, portanto, é falta de vontade, é
ausência de bem” . Ou ainda, “... o mal não é outra coisa
senão privação ou corrupção do ser, da natureza que em si
é um bem, mas, corrompida, torna-se má” .
Após ter concebido o mal como “privatio boni” (privação
de algum bem), Agostinho aprofunda ainda mais a questão
e examina o mistério do mal em três níveis, a saber: a.
metafísico-ontológico; b. moral; c. físico .
Sob o ponto de vista metafísico-ontológico devemos
destacar que, segundo Agostinho, não existem seres maus
no cosmos. Até mesmo os animais mais ínfimos e
peçonhentos em si mesmos são bons e se enquadram
perfeitamente na ordem do universo . O que existe,
segundo Agostinho, são graus inferiores de ser em relação
a Deus, dependentes da finitude das coisas criadas. Estes
graus inferiores, no entanto, embora possam parecer
defeitos, uma realidade má, são seres bons sê analisados na
articulação harmônica das coisas criadas .
O mal moral é o pecado. Ele depende exclusivamente da
má vontade humana. Esta, no entanto, não se caracteriza
como uma realidade má, mas, ao contrário, como um bem.
É pelo mau uso desta capacidade que pecamos. A natureza
original da liberdade humana deveria nos levar à busca dos
bens superiores (Bem Supremo), no entanto, por existirem
muitos bens criados e infinitos, ela pode tender a estes bens
inferiores. Desta forma, a caracterização do mal moral é o
mau uso da vontade livre que o homem possui .
O mal físico (doenças, sofrimentos, a morte...), para
Agostinho “... é a conseqüência do pecado original, ou seja,
a conseqüência do mal moral” . Desta forma, ele não pode
ser atribuído a Deus, mas “São penas sofridas pelo homem
devido ao primeiro pecado” .
A partir desta concepção de mal, conforme já fizemos
notar, Santo Agostinho conseguiu elaborar um pensamento
que se tornou ponto de passagem obrigatória para toda e
qualquer investigação em torno do mal considerado a partir
da perspectiva ontológico-metafísica da privação de bem.
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/44222/1/-A-QUESTAO-DO-MAL-
A-PARTIR-DE-UMA-PERSPECTIVA-ONTOLOGICO-METAFISICA-COMO-
PRIVACAO-DE-BEM/pagina1.html#ixzz15ddsJ9Lr

Postado por Sociologia no Sólon às 05:04

Um comentário:

llíílliiaann m
mss 13 de março de 2013 07:02
Muito, muito bom . Me ajudou bastante. Obrigado
Responder

A
Addiicciioonnaarr ccoom
meennttáárriioo

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