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Curso Enem

2017
Semana 10
17 ——— 20
abril

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a


cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
escrito. Todos os direitos reservados.
Bio. Semana 10

Rubens Oda
Alexandre Bandeira
(Julio Junior)

Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a


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CRONOGRAMA
03/04 Origem da vida Evidências da
evolução e teorias
evolutivas

08:00
21:00 11:00

05/04 Evidências da
evolução e teorias
evolutivas

21:00

10/04 Evidências da Especiação


evolução e teorias
evolutivas - cont

08:00
21:00 11:00

12/04 Especiação

21:00

17/04 Exercícios Água e sais


Evolução minerais

08:00
21:00 11:00

19/04 Água e sais


minerais

21:00
24/04 Glicídios e lipídios Proteínas


08:00
21:00 11:00

26/04 Proteínas

21:00
17
abr
Exercícios de
evolução

01. Exercício de Aula


02. Exercício de Casa
03. Questão Contexto
EXERCÍCIO DE AULA
1.
Darwin, em viagem às Ilhas Galápagos, observou que os tentilhões apresenta-
vam bicos com formatos diferentes em cada ilha, de acordo com o tipo de ali-
mentação disponível. Lamarck, ao explicar que o pescoço da girafa teria estica-
do para colher folhas e frutos no alto das árvores, elaborou ideias importantes
sobre a evolução dos seres vivos.

O texto aponta que uma ideia comum às teorias da evolução, propostas por Da-
rwin e por Lamarck, refere-se à interação entre os organismos e seus ambientes,
que é denominada de

a) mutação.
b) adaptação.
c) seleção natural.
d) recombinação gênica.
e) variabilidade genética.

2.
Alguns anfíbios e répteis são adaptados à vida subterrânea. Nessa situação,
apresentam algumas características corporais como, por exemplo, ausência de
patas, corpo anelado que facilita o deslocamento no subsolo e, em alguns casos,

Bio. 6
ausência de olhos. Suponha que um biólogo tentasse explicar a origem das adap-
tações mencionadas no texto utilizando conceitos da teoria evolutiva de Lamar-
ck. Ao adotar esse ponto de vista, ele diria que

a) as características citadas no texto foram originadas pela seleção natural.


b) a ausência de olhos teria sido causada pela falta de uso dos mesmos, segundo
a lei do uso e desuso.
c) o corpo anelado é uma característica fortemente adaptativa, mas seria trans-
mitida apenas à primeira geração de descendentes.
d) as patas teriam sido perdidas pela falta de uso e, em seguida, essa caracte-
rística foi incorporada ao patrimônio genético e então transmitida aos descen-
dentes.
e) as características citadas no texto foram adquiridas por meio de mutações e
depois, ao longo do tempo, foram selecionadas por serem mais adaptadas ao
ambiente em que os organismos se encontram.

3.
O texto ilustra um trecho de uma importante descoberta para a Biologia.

(…) Em alguns casos, essas variações – um rabo de macaco mais forte para
se pendurar num galho, uma língua de sapo mais longa para capturar uma
mosca, uma flor mais colorida para atrair a atenção de um polinizador – são
benéficas. Consequentemente, os indivíduos portadores dessas variações
sobrevivem por mais tempo e se reproduzem com mais frequência e trans-
mitem essas características aos descendentes, enquanto variações preju-
diciais ou menos eficientes são gradativamente exterminadas. ‘É uma luta
pela sobrevivência, na qual os mais fracos e menos perfeitamente organiza-
dos devem sempre sucumbir’, escreveu Wallace. (…)

O Estado de S.Paulo, 29.06.2008. Adaptado.


Pode-se afirmar que Alfred Russel Wallace, assim como:

a) Gregor Mendel, são os elaboradores das leis de transmissão genética aos des-
cendentes.
b) Jean Baptiste Lamarck, são os idealizadores da lei da transmissão dos carac-
teres adquiridos.
c) Watson e Crick, são os descobridores do modelo de dupla hélice do DNA.
d) Charles Darwin, são os elaboradores da teoria da seleção natural.
e) Thomas Morgan, são os descobridores da presença de genes ligados nos cro-
mossomos.

4.
Em um experimento, duas culturas de bactérias da mesma espécie foram sub-
metidas aos seguintes tratamentos:

Cultura A – As bactérias foram inicialmente irradiadas com raios ultravioleta por


tempo e dose não letais. Em seguida, foram tratadas com uma dose única de um
antibiótico específico.
Cultura B – As bactérias receberam a mesma dose do antibiótico administrado
na cultura A.

Bio. 7
Os resultados do experimento encontram-se no gráfico a seguir, onde constam
o número de bactérias antes da aplicação do antibiótico e o número de bactérias
sobreviventes após a aplicação do antibiótico.

Os resultados demonstrados no gráfico confirmam que, na cultura:

a) B, o antibiótico diminuiu a variabilidade e a radiação não teria efeito nessa


cultura.
b) A, o antibiótico aumentou a variabilidade e a radiação não teve efeito nessa
cultura.
c) A, a radiação aumentou a variabilidade e o antibiótico diminuiu essa variabi-
lidade.
d) B, o antibiótico aumentou a variabilidade e a radiação não teria efeito nessa
cultura.
e) A, a radiação diminuiu a variabilidade e o antibiótico não teve efeito nessa
cultura.
5.
As baleias-francas-austrais e os tubarões-baleia estão entre os maiores animais
marinhos conhecidos. Esses animais possuem corpo hidrodinâmico com formas
muito semelhantes. Além disso, ambos são animais filtradores, que se alimen-
tam de grandes quantidades de pequenos organismos presentes na água. No en-
tanto, as baleias-francas-austrais pertencem ao grupo dos mamíferos, enquanto
que os tubarões-baleia pertencem ao grupo dos peixes cartilaginosos. A seme-
lhança entre o tamanho, o formato do corpo e o modo de alimentação dessas
duas espécies de animais deve-se a um processo evolutivo conhecido como:

a) Convergência adaptativa, evidenciado pelo fato de uma espécie apresentar


coluna vertebral e a outra não.
b) Convergência adaptativa, evidenciado pelo fato de uma espécie respirar por
pulmões e a outra por brânquias.
c) Irradiação adaptativa, evidenciado pelo fato de ambas as espécies possuírem
o corpo recoberto por escamas.
d) Irradiação adaptativa, evidenciado pelo fato de ambas as espécies serem en-
dotérmicas.
e) Irradiação adaptativa, evidenciado pelo fato de ambas as espécies serem oví-
paras.

Bio. 8
6.
Nos animais, as estruturas corporais que se desenvolvem de forma semelhante
durante a vida embrionária, mas que na vida adulta podem desempenhar fun-
ções diferentes, são chamadas de órgãos , como é o caso
da asa de uma ave e a nadadeira de um golfinho. Já órgãos que desempenham
funções semelhantes, mas que possuem origem embrionária diferentes são cha-
mados de , como é o caso das asas das aves e dos insetos:
ambos estão adaptados à função de voar. Esse processo evolutivo que leva duas
espécies, um tanto diferentes, como é o caso das aves e dos insetos, a apresen-
tarem uma estrutura semelhante com a mesma função, é chamado de
evolutiva.

Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas acima.

a) homólogos; análogos; convergência


b) divergentes; convergentes; deriva
c) homólogos; divergentes; divergência
d) análogos; convergentes; divergência
e) análogos; homólogos; convergência

7.
Segundo a Teoria Heterotrófica, os primeiros seres vivos viviam em mares ricos
em nutrientes e numa atmosfera sem oxigênio nem gás carbônico. A energia ne-
cessária para o organismo era obtida por fermentação. Foram os primeiros seres
fotossintetizantes que introduziram o oxigênio na atmosfera. Surgiram, então, os
primeiros seres aeróbios, que obtêm energia pela respiração. Sobre o processo
evolutivo de um modo geral, marque a opção incorreta.
a) Evolução corresponde a uma alteração na frequência dos genes de uma po-
pulação.
b) Espécies diferentes apresentam isolamento reprodutivo (pré-zigótico ou pós-
-zigótico).
c) Irradiação adaptativa é o desenvolvimento de estruturas análogas em espécies
não aparentadas, por força de adaptação a um mesmo meio, nadadeiras no tuba-
rão e na baleia, por exemplo.
d) Segundo Darwin, a seleção natural é um processo em longo prazo.
e) As teorias atuais da evolução – Neodarwinismo, ou Teoria Sintética da Evo-
lução, utiliza o binômio variação/seleção; ou seja, Darwin partia de um universo
biológico em que a variabilidade já existia e justificava a predominância de certas
formas por meio da ação seletiva do ambiente.

8.
Assinale a alternativa correta quanto à evolução das espécies.

a) Wallace, em seus estudos, chegou às mesmas conclusões que Lamarck quan-


to à evolução e à seleção natural das espécies.
b) Segundo a teoria de Lamarck, a característica do pescoço longo das girafas
era resultante da seleção natural.
c) Na teoria de Darwin as características resultantes de condições ambientais,
como a atrofia muscular ou hipertrofia, podem ser transmitidas para os descen-
dentes.

Bio. 9
d) O neodarwinismo, ou teoria sintética da evolução, reinterpretou a teoria da
evolução de Darwin que, além da genética e dos conhecimentos em hereditarie-
dade, incluiu fatores fundamentais da evolução, da mutação gênica e da recom-
binação gênica.
e) A lei do uso e desuso e a lei da transmissão dos caracteres adquiridos foram
estabelecidas por Darwin.

9.
Um problema para a teoria da evolução proposta por Charles Darwin no século
XIX dizia respeito ao surgimento da variabilidade sobre a qual a seleção poderia
atuar. Segundo a Teoria Sintética da Evolução, proposta no século XX, dois fato-
res que contribuem para o surgimento da variabilidade genética das populações
naturais são:

a) mutação e recombinação genética.


b) deriva genética e mutação.
c) seleção natural e especiação.
d) migração e frequência gênica.
e) adaptação e seleção natural.

10.
A ideia da seleção natural desenvolvida por Charles Darwin em seu livro ”A ori-
gem das espécies” (1859) foi um marco na história da Biologia. Um exemplo clás-
sico de seleção natural refere-se às mariposas de Manchester. A presença sem-
pre crescente da fuligem proveniente da revolução industrial, que matava os
liquens e enegrecia os caules das árvores do entorno da cidade inglesa de Man-
chester apresentava como consequência o aumento das mariposas escuras (Bis-
ton betularia) em relação às de cor clara (B. betularia). Essa mudança ambiental
possibilitou a adaptação e a sobrevivência da população escura no novo am-
biente e alterou o número de mariposas negras e claras. Hoje sabemos que, além
da camuflagem e do ataque de pássaros, a mudança no número de mariposas é
influenciada também por outros fatores, como por exemplo, a migração.

Segundo a teoria da seleção natural, é correto afirmar que ocorreu/ocorreram:

a) Predação das mariposas claras e escuras, conforme a mudança de cor das


árvores.
b) Mutação das mariposas claras, originando as formas escuras.
c) Diferenças no ciclo vital das duas formas de mariposas.
d) A formação de um indivíduo mutante adaptado ao novo ambiente e, por isso,
essa espécie foi extinta.
e) Formação de uma espécie nova e distinta da existente inicialmente.

EXERCÍCIO DE CASA
1.
Embora seja um conceito fundamental para a biologia, o termo “evolução” pode
adquirir dignificados diferentes do senso comum. A ideia de que a espécie hu-
mana é o ápice do processo evolutivo é amplamente difundida, mas não é com-
partilhada por muitos cientistas.

Bio. 10
Para esses cientistas, a compreensão do processo citado baseia-se na ideia de
que os seres vivos, ao longo do tempo, passam por:

a) modificação de características
b) incremento no tamanho corporal.
c) complexificação de seus sistemas
d) melhoria de processos e estruturas
e) especialização para uma determinada finalidade

2.

Disponível em: www.


umsabadoqualquer.com/
category/darwin/ Acesso em:
27 jun. 2014.)
Antes do século XVIII, as especulações sobre a origem das espécies basea-
vam-se em mitologia e superstições e não em algo semelhante a uma teoria
científica testável. Os mitos de criação postulavam que o mundo permane-
cera constante após sua criação. No entanto, algumas pessoas propuseram
a ideia de que a natureza tinha uma longa história de mudanças constantes
e irreversíveis.

(Adaptado de: HICKMAN, C. P.; ROBERTS, L.; LARSON, A. Princípios Inte-


grados de Zoologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. p.99.)

De acordo com a ilustração, o texto e os conhecimentos sobre as teorias de fato-


res evolutivos, assinale a alternativa correta.

a) A variabilidade genética que surge em cada geração sofre a seleção natural,


conferindo maior adaptação à espécie.
b) A variabilidade genética é decorrente das mutações cromossômicas e inde-
pende das recombinações cromossômicas.
c) A adaptação altera a frequência alélica da mutação, resultando na seleção na-
tural em uma população.
d) A adaptação é decorrente de um processo de flutuação na frequência alélica
ao acaso de uma geração para as seguintes.
e) A adaptação é o resultado da capacidade de os indivíduos de uma mesma po-

Bio. 11
pulação possuírem as mesmas características para deixar descendentes.

3.
O conhecimento sobre a origem da variabilidade entre os indivíduos, sobre os
mecanismos de herança dessa variabilidade e sobre o comportamento dos ge-
nes nas populações foi incorporado à teoria da evolução biológica por seleção
natural de Charles Darwin. Diante disso, considere as seguintes afirmativas:

I. A seleção natural leva ao aumento da frequência populacional das mutações


vantajosas num dado ambiente; caso o ambiente mude, essas mesmas mutações
podem tornar seus portadores menos adaptados e, assim, diminuir de frequên-
cia.
II. A seleção natural é um processo que direciona a adaptação dos indivíduos ao
ambiente, atuando sobre a variabilidade populacional gerada de modo casual.
III. A mutação é a causa primária da variabilidade entre os indivíduos, dando ori-
gem a material genético novo e ocorrendo sem objetivo adaptativo.

Está correto o que se afirma em:

a) I, II e III.
b) I e III, apenas.
c) I e II, apenas
d) I, apenas
e) III, apenas
4.

O evolucionismo é uma teoria baseada na ideia de que os seres vivos se modifi-


cam ao longo do tempo, com novas espécies surgindo a partir de ancestrais co-
muns. Com base nessa informação, assinale a alternativa que apresenta somen-
te evidências da evolução biológica:

a) Deriva genética, seleção natural e epistasia.


b) Migração, mutações e seleção natural.
c) Convergência adaptativa, deriva genética e simbiose.
d) Mimetismo, órgãos análogos e recombinação gênica.
e) Fósseis, órgãos homólogos e órgãos vestigiais.

Bio. 12
5.
OMS alerta: a era pós-antibiótico está próxima

Um relatório divulgado nesta quarta-feira, 30, pela Organização Mundial


de Saúde alerta: estamos nos aproximando de uma era perigosa para a hu-
manidade, em que doenças e infecções que sempre foram tratadas de ma-
neira eficiente com antibióticos voltarão a ser letais.

O motivo: as bactérias estão cada vez mais resistentes a agentes antibió-


ticos.
Disponível em: http://
www.revistagalileu.globo.
com/Revista/abril-2014.
Acesso em: 13 de junho 2014
(adaptado). Sobre a resistência bacteriana a antibióticos, pode-se afirmar que, exceto:

a) O uso de determinados antibióticos transforma bactérias sensíveis em resis-


tentes.
b) Determinados antibióticos atuam favorecendo a seleção natural, eliminando
bactérias sensíveis e permitindo a sobrevivência de bactérias resistentes.
c) Nas bactérias, os genes que conferem resistência aos antibióticos encontram-
-se nos plasmídeos, transferidos de um organismo ao outro durante a conjuga-
ção.
d) Recombinação gênica e mutação podem explicar a existência de variabilidade
entre bactérias
6.
“Seus ancestrais eram animais de quatro patas como os demais répteis. Uma ne-
cessidade surgiu e esses animais passaram a se mover deslizando pelo solo e es-
ticando o corpo para atravessar passagens estreitas. Nessas condições as patas
deixaram de ter utilidade e passaram até a prejudicar o deslizamento. As patas,
pela falta de uso, foram se atrofiando e, após um longo tempo, desapareceram
por completo”.

Este texto exemplifica a teoria denominada:

a) fixismo.
b) darwinismo.
c) morganismo.
d) lamarckismo.
e) seleção natural.

7.
A figura abaixo é um cartoon sobre a origem das serpentes.

Bio. 13
http://www.cartoonstock.
com/directory/s/make.asp

De acordo com a teoria neodarwinista:

a) As pernas dos lagartos desapareceram porque não eram utilizadas.


b) Os ancestrais das serpentes eram lagartos com pernas.
c) Os descendentes de lagartos sem pernas são serpentes.
d) Os lagartos são menos evoluídos do que as serpentes.
e) Todos os descendentes dos lagartos tornaram-se serpentes.
8.
Observe a figura e leia o texto a seguir:

Disponível em: <http://www.


personal.psu.edu> . Acesso
em: 08 abr. 2013.

Quando Charles Darwin visitou as Ilhas Galápagos, registrou a presença de


várias espécies de tentilhão que tinham aparência muito similar, exceto por

Bio. 14
seus bicos. Tentilhões do solo têm bicos profundos e largos; tentilhões do
cacto têm bicos longos e pontudos; tentilhões-rouxinóis têm bicos afilados e
pontudos; refletindo diferenças em suas respectivas dietas. Darwin especu-
lou que todos os tentilhões tinham um ancestral comum que tinha migrado
para as ilhas. Parentes próximos dos tentilhões das Galápagos são conhe-
cidos no continente da América do Sul, e o caso dos tentilhões de Darwin se
tornou desde então o exemplo clássico de como a seleção natural levou à
evolução de uma variedade de formas adaptadas a nichos ecológicos dife-
rentes a partir de uma espécie ancestral.

SILVA JÚNIOR, César da; SASSON, Sezar; CALDINI JÚNIOR, Nelson. Bio-
logia. Vol. único. São Paulo: Saraiva, 2011. p. 256.

Os tentilhões de Darwin exemplificam um caso de:

a) Irradiação adaptativa.
b) Convergência evolutiva.
c) Equilíbrio de Hardy-Weinberg.
d) Deriva genética.
9.
A análise morfofuncional das semelhanças e diferenças nas estruturas corporais
de diferentes animais fornece subsídios para a classificação filogenética sendo
evidências da evolução biológica. A figura abaixo representa a estrutura interna
e externa dos membros anteriores de três animais.

Bio. 15
Analisando-se esses apêndices articulados, é correto afirmar:

a) I, II e III surgiram em um processo de divergência adaptativa.


b) I, II e III são órgãos homólogos originados por irradiação adaptativa.
c) II e III são órgãos análogos que indicam ancestralidade comum e função ho-
móloga.
d) I e II são órgãos análogos que foram selecionados por convergência adapta-
tiva.

10.
Observe a tirinha:
De acordo com a teoria sintética da evolução, a origem dos primeiros vertebra-
dos terrestres ocorreu devido:

a) Ao surgimento das quatro patas em um único animal, as quais foram suficien-


tes para viver fora d’água.
b) Ao estímulo do meio ambiente para que as células sofressem mutações e re-
combinações gênicas, que promoveram as melhores adaptações à vida terres-
tre.
c) Á indução do meio ambiente ao surgimento de vários órgãos para o desloca-
mento na terra.
d) A mutações e recombinações que originaram simultaneamente as quatro pa-
tas de forma independente do meio ambiente.
e) A mutações e recombinações gênicas que promoveram adaptações corpóre-
as, as quais foram selecionadas e garantiram a vida terrestre.

QUESTÃO CONTEXTO

Bio. 16
O QUE O “HOMO NALEDI” PODE DIZER SOBRE A EVOLUÇÃO HUMANA?

A descoberta na África do Sul incita a repensar a teoria evolutiva. Uma li-


nhagem única, de Lucy ao ser humano moderno, parece improvável

Devido a suas dimensões e circunstâncias, o achado dos fósseis, em si, já


Fonte: https://noticias. teve algo de espetacular: após uma descoberta acidental em 2013, mais de
uol.com.br/saude/ultimas- 1.500 ossos foram retirados da Câmara Dinaledi, a 30 metros de profundida-
noticias/bbc/2016/12/13/
quando-beber-muita-agua- de, no sítio arqueológico conhecido como “Berço da Humanidade”. As esca-
pode-ser-prejudicial-a-saude.
htm vações levaram 21 dias, envolvendo mais de 60 especialistas.

O texto sugere uma relação entre a o Homo Naledi e o Homo Sapiens no que diz
respeito a árvore evolutiva da espécie. Isto foi possível ser observado através de
registros fósseis, uma evidência da evolução. Indique outras evidências que po-
dem corroborar a respeito da existência da evolução.
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. b Outras evidências da evolução são:
2. b
3. d ✓ Órgãos homólogos e análogos → estruturas com
4. c aspectos morfológicos e funcionais que podem
5. b desempenhar a mesma função, mas não a mesma
6. a origem (análogos), ou possuírem a mesma origem
7. c embrionária, mas não necessariamente desempe-
8. d nhando a mesma função.
9. a
10. a ✓ Órgãos vestigiais → estruturas pouco desenvolvi-
das e sem função expressiva no organismo

02. ✓ Evidência molecular → semelhança na estrutura


Exercício de casa molecular de diversos organismos sendo que, quan-
1. a to maior as semelhanças entre as sequências das
2. a bases nitrogenadas dos ácidos nucleicos ou quanto

Bio. 17
3. a maior a semelhança entre as proteínas destas espé-
4. e cies, maior o parentesco e, portanto, a proximidade
5. a evolutiva entre as espécies.
6. d
7. b
8. a
9. d
10. e
17|19
abr
Água e sais
minerais

01. Exercício de Aula


02. Exercício de Casa
03. Questão Contexto
RESUMO
Água → Metabolismo: quanto mais metabólico um tecido
é, mais água é necessária
A água é uma molécula polar que possui proprieda- → Idade: quanto maior a idade, menos água o corpo
des químicas através das ligações de hidrogênio. precisa, pois o metabolismo diminui
→ Espécie: dependendo da espécie, podem ter
Dentre elas estão: maior ou menor quantidade de água

→ Alto calor específico: permite que a molécula


consiga transportar calor em processos como sudo- Sais Minerais
rese ou diurese, fazendo a regulação térmica.
→ Adesão e coesão: permite que a água se ligue a São substâncias diversas dissolvidas no plasma da
outras superfícies carregadas célula ou mineralizados e importantes para o meta-
→ Tensão superficial: permite que insetos cami- bolismo celular. São eles:
nhem sobre a água
→ Sódio e potássio: são importantes no equilíbrio
hídrico da célula, propagação do impulso nervoso e
A partir destas propriedades, a água possui diferen- controle da pressão arterial
tes funções para os seres vivos como: → Ferro: participa na composição da hemoglobina

Bio. 19
→ Iodo: participa na composição dos hormônios T3
→ Participar da maioria das reações metabólicas e T4
→ Atuar como Solvente universal → Cloro: importante para a fabricação do ácido clo-
→ Participar no transporte de substâncias rídrico presente no estômago
→ Participar na regulação térmica → Fosfato: participa na composição das membranas
→ Participar da síntese de moléculas orgânicas (sín- da célula, na formação ATP, na formação de DNA e
tese por desidratação) e na quebra destas mesmas RNA
moléculas (hidrólise). → Cálcio: participa na formação dos ossos e dentes,
contração muscular e coagulação sanguínea.
A concentração de água varia no corpo de um indi- → Nitrato: fundamental para plantas e bactérias
víduo de acordo com: para a produção de DNA, RNA e proteínas

EXERCÍCIO DE AULA
1.
A importância da água para os seres vivos relaciona-se às suas propriedades fí-
sicas e químicas que permitem o bom funcionamento dos organismos. NÃO se
pode atribuir à água a função de

a) servir como meio para as reações químicas celulares.


b) absorver calor dos organismos, agindo como regulador térmico.
c) evitar variações bruscas de temperatura do corpo dos seres vivos.
d) formar os envoltórios rígidos das células vegetais com a função estrutural.
2.
O surgimento e a manutenção da vida, no nosso planeta, estão associados
à água que é a substância mais abundante dentro e fora do corpo dos seres
vivos. Entretanto, segundo dados fornecidos pela Associação Brasileira de
Adaptado de Poluição
da Água: http://www. Entidades do Meio Ambiente (Abema), 80% dos esgotos do país não rece-
colegioweb.com.br/biologia/ bem nenhum tipo de tratamento e são despejados diretamente em rios, ma-
constituicaoda-agua.html.
Acesso: 05.09.2011. res, lagos e mananciais, contaminando a água aí existente.

Considerando as funções exercidas nos seres vivos pela substância em destaque


no texto, analise as afirmativas abaixo.

I. Facilita o transporte das demais substâncias no organismo.


II. Participa do processo da fotossíntese.
III. Dissolve as gorduras facilitando sua absorção.
IV. Auxilia na manutenção da temperatura do corpo.

De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta é:

a) I e II
b) I, II e III
c) I, II e IV
d) II, III e IV

Bio. 20
e) I, II, III e IV

3.
Leia o texto a seguir:

Um ser humano pode ficar semanas sem ingerir alimentos, mas passar de
três a cinco dias sem ingerir líquidos pode ser fatal. Os especialistas reco-
mendam que se deve beber no mínimo 2,5 litros de água por dia. “Quando
a pessoa está com sede, é porque já passou do ponto de beber água, diz a
pneumologista Juliana Ferreira, do Hospital das Clínicas, em São Paulo”.
Em dias muito quentes ou quando a pessoa faz exercícios intensos, essa
ingestão pode até superar 6 litros, principalmente porque o suor “desperdi-
Disponível em: Mundo ça” muito líquido, na tentativa de manter a temperatura do corpo num nível
Estranho / Saúde http://
mundoestranho.abril.com.
adequado. “É preciso se hidratar corretamente, caso contrário o organismo
br/materia/quais-sao-as- gasta mais água do que absorve, afirma a nutricionista Isabela Guerra, que
funcoes-da-agua-nocorpo-
humano. Adaptado. desenvolve doutorado na área de hidratação e esporte”

Sabe-se que a recomendação de hidratação diária para o corpo humano é de


2.550 ml de água, que podem ser abastecidos por meio da ingestão de alimen-
tos (1.000 ml) e líquidos (1.200 ml) e de reações químicas internas (350 ml). A
desidratação diária, em condições normais, é do mesmo montante. Assinale a
alternativa que apresenta, em ordem decrescente, a perda de água no nosso or-
ganismo.

a) Fezes, urina, suor e respiração.


b) Suor, urina, fezes e respiração.
c) Respiração, urina, fezes e suor.
d) Suor, urina, fezes e respiração.
e) Urina, suor, respiração e fezes.
4.
Na composição química das células, os íons são tão importantes que pequenas
variações na sua porcentagem modificam profundamente a dinâmica celular.
Associou-se corretamente, o íon à sua respectiva função em:

a) potássio → respiração celular.


b) magnésio → condução nervosa.
c) ferro → processo fotossintético.
d) fosfato → transferência de energia.

5.
Leia o texto a seguir.

As três décadas de estudos sobre os alimentos, o metabolismo humano e


a fisiologia do esporte mostram que as dietas radicais não funcionam. Na
busca do corpo saudável e esbelto, a melhor dieta é a do bom senso. Uma
das dietas mundialmente conhecidas proíbe o consumo de leite e derivados
e limita muito o consumo de proteínas. Essas restrições levam à carência de
minerais, especialmente o cálcio e ferro.

VEJA, São Paulo, mar. 2007, n. 11, p. 62. [Adaptado]

Bio. 21
Um indivíduo adulto que adotou essa dieta por um período prolongado pode
apresentar

a) hemorragia e escorbuto.
b) cegueira noturna e xeroftalmia.
c) beribéri e pelagra.
d) bócio endêmico e cãibras.
e) osteoporose e anemia.

EXERCÍCIO DE CASA
1.
A água apresenta inúmeras propriedades que são fundamentais para os seres vi-
vos. Qual, dentre as características a seguir relacionadas, é uma propriedade da
água de importância fundamental para os sistemas biológicos?

a) Possui baixo calor específico, pois sua temperatura varia com muita facilida-
de.
b) Suas moléculas são formadas por hidrogênios de disposição espacial linear.
c) Seu ponto de ebulição é entre 0 e 100 °C.
d) É um solvente limitado, pois não é capaz de se misturar com muitas substân-
cias.
e) Possui alta capacidade térmica e é solvente de muitas substâncias.
2.
A água é o principal componente dos organismos vivos. Alguns grupos chegam
a ter mais de 90% de sua constituição de água. Sobre o principal composto da
vida, assinale a alternativa incorreta.

a) Possui baixo calor específico.


b) Quanto mais velho um indivíduo menor a taxa de água na sua constituição.
c) Possui alta tensão superficial.
d) É o principal solvente natural.

3.
Assinale a alternativa que justifica corretamente o fato da água ser um compo-
nente químico indispensável ao metabolismo celular:

a) Servir como meio para a ocorrência de processos metabólicos.


b) Ser considerada o componente químico celular mais abundante.
c) Agir como solvente de íons e de todos os compostos orgânicos.
d) Interagir com os grupos positivos e negativos de proteínas.

4.
Com relação à água, é correto afirmar:

Bio. 22
a) A água é eliminada pelas plantas, à noite, por transpiração, o que aumenta a
temperatura interna do indivíduo.
b) A água dos oceanos, rios e lagos evapora e, por um processo de sublimação,
volta à Terra para recomeçar um novo ciclo.
c) A água ocupa a maior porção da superfície terrestre, porém a produtividade
primária líquida do ambiente aquático é insignificante, inferior a 0,1.
d) A água, apesar de participar de diversos processos vitais para os seres vivos,
pode, quando contaminada, se tornar um grande vetor de disseminação de di-
versas doenças, como a febre amarela.
e) A água é uma das matérias-primas fundamentais da fotossíntese: seus átomos
de hidrogênio vão formar a matéria orgânica fabricada nesse processo e seus
átomos de oxigênio se unirão para formar o gás oxigênio (O2).

5.
O iodo está entre um dos mais importantes sais minerais que necessitamos. Assi-
nale abaixo a alternativa correta sobre a importância desse sal mineral.

a) Faz parte da molécula de ácido nucleico.


b) Participa da transmissão do impulso nervoso.
c) Proteção dos dentes contra as cáries.
d) Participa nos processos de contração muscular.
e) Faz parte das moléculas dos hormônios da tireoide que estimulam o metabo-
lismo.
6.
Todos os seres vivos apresentam, em suas células, uma composição química bá-
sica, indispensável para a manutenção da estrutura e do funcionamento celular.
Embora a abundância de substâncias orgânicas e inorgânicas possam variar nos
diferentes tipos celulares, todas as células são compostas por tais substâncias
essenciais. Quando se fala que “Pequenas variações na sua porcentagem dentro
da célula modificam profundamente as propriedades celulares, como permea-
bilidade da membrana, a viscosidade do citoplasma, a capacidade da célula de
responder a estímulos, além de ter relação direta com a entrada e saída de água”,
está-se falando de:

a) Carboidratos.
b) Lipídios.
c) Sais minerais.
d) Proteínas.

7.
Segundo estudo feito na Etiópia, crianças que comiam alimentos preparados em
panelas de ferro apresentaram uma redução da taxa de anemia de 55 para 13%.

Essa redução pode ser explicada pelo fato de que o ferro,

Bio. 23
a) aquecido, ativa vitaminas do complexo B presentes nos alimentos prevenindo
a anemia.
b) contido nos alimentos, se transforma facilmente durante o cozimento e é ab-
sorvido pelo organismo.
c) oriundo das panelas, modifica o sabor dos alimentos, aumentando o apetite
das crianças.
d) proveniente das panelas, é misturado aos alimentos e absorvido pelo orga-
nismo.

8.
Os adubos inorgânicos industrializados, conhecidos pela sigla NPK, contêm sais
de três elementos químicos: nitrogênio, fósforo e potássio. Qual das alternativas
indica as principais razões pelas quais esses elementos são indispensáveis à vida
de uma planta?

a) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas; Fósforo - É consti-


tuinte de ácidos nucléicos e proteínas; Potássio - É constituinte de ácidos nucléi-
cos, glicídios e proteínas.
b) Nitrogênio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular; Fósforo
- É constituinte de ácidos nucléicos; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na
permeabilidade celular.
c) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas; Fósforo - É cons-
tituinte de ácidos nucléicos; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na perme-
abilidade celular.
d) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos, glicídios e proteínas; Fósforo -
Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular; Potássio - É constituinte
de proteínas.
e) Nitrogênio - É constituinte de glicídios; Fósforo - É constituinte de ácidos nu-
cléicos e proteínas; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade
celular.
9.
Os sais minerais, encontrados nos mais variados alimentos, desempenham fun-
ção importante na saúde do homem, podendo estar dissolvidos na forma de íons
nos líquidos corporais, formando cristais encontrados no esqueleto, ou ainda
combinados com moléculas orgânicas. A alternativa que relaciona CORRETA-
MENTE o sal mineral com sua função no organismo é:

a) K - participa dos hormônios da tireoide.


b) F - constitui, juntamente com o Ca, o tecido ósseo e os dentes.
c) P - participa da constituição da hemoglobina, proteína encontrada nas hemá-
cias.
d) Cl- fortalece os ossos e os dentes e previne as cáries.
e) Ca - auxilia na coagulação sanguínea.

10.
Os sais minerais são essenciais em uma alimentação saudável, pois exercem vá-
rias funções reguladoras no corpo humano. Sobre esse assunto, faça a corres-
pondência entre as colunas apresentadas abaixo.

1. Ferro
2. Sódio
3. Cálcio

Bio. 24
4. Fósforo
5. Potássio

( ) Equilíbrio osmótico celular.


( ) Essencial à coagulação sanguínea.
( ) Transferência energética durante reações metabólicas celulares.
( ) Componente da mioglobina e enzimas respiratórias.
( ) Contração muscular e condução de impulsos nervosos.

A sequência correta é:

a) 2, 3, 4, 1, 5.
b) 3, 2, 4, 5, 1.
c) 5, 1, 3, 2, 4.
d) 1, 4, 3, 5, 2.
e) 2, 4, 3, 5, 1.
QUESTÃO CONTEXTO
QUANDO BEBER MUITA ÁGUA PODE SER PREJUDICIAL À SAÚDE

A recomendação dos médicos para quem está doente é clara: descanso e beber
muito líquido. Mas, recentemente, médicos do Reino Unido começaram a desta-
car a importância de explicar exatamente quanta água precisamos beber quan-
do não nos sentimos bem. A advertência veio dos médicos do King’s College, de
Londres. Eles trataram de uma mulher de 59 anos que estava sofrendo de hipo-
natremia depois de ingerir uma quantidade excessiva de água para tentar curar
uma infecção urinária. A hiponatremia ocorre quando o nível de sódio, elemento
que ajuda a controlar a quantidade de água nas células no sangue, fica abaixo
do normal.
(fonte: https://noticias.
uol.com.br/saude/ultimas-
noticias/bbc/2016/12/13/
Entre os sintomas estão náusea, vômitos e dor de cabeça. O paciente também
quando-beber-muita-agua- pode apresentar confusão mental e até convulsões. Em casos mais graves, a pes-
pode-ser-prejudicial-a-saude.
htm) soa pode morrer.

Apesar do problema relatado no texto, a hidratação é bastante importante para

Bio. 25
os seres vivos, incluindo o homem. Explique quais são as principais funções da
água para os seres vivos e de que forma a concentração de água no corpo hu-
mano pode variar.
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. d
2. c As principais funções da água são participar da
3. e maioria das reações metabólicas, atuar como sol-
4. d vente universal, participar do transporte de substân-
5. e cias no ser vivo e ter relação direta com a regulação
térmica.

02. A concentração de água varia no corpo de um in-


Exercício de casa divíduo de acordo com o metabolismo, pois quan-
1. e to mais metabólico um tecido é, mais água é neces-
2. a sária, e, a idade, pois quanto maior a idade, menos
3. a água o corpo precisa, pois o metabolismo diminui.
4. e
5. e
6. c
7. d

Bio. 26
8. c
9. e
10. a
Fís. Semana 10

Leonardo Gomes
(Arthur Ferreira Vieira)

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CRONOGRAMA

03/04 Principais forças da


dinâmica

18:00

05/04 Principais forças da Exercícios de leis


dinâmica de Newton

11:00
08:00 18:00

10/04 Decomposição
de forças e plano
inclinado

18:00

12/04 Decomposição Exercícios de


de forças e plano decomposição
inclinado de forças e plano
inclinado

11:00
08:00 18:00
17/04 Força de atrito

18:00

19/04 Força de atrito Exercícios de força


de atrito

11:00
08:00 18:00

24/04 Forças em
trajetórias
curvilíneas

18:00

26/04 Forças em
trajetórias
Trabalho de uma
força
curvilíneas

11:00
08:00 18:00
17|19
Força de abr
atrito

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
A força de atrito é paralela ao plano – com sentido A força de atrito na roda dianteira é para trás, pois
contrário ao deslizamento ou à tendência de desliza- a roda apenas rola pelo chão. Agora a roda traseira
mento entre as superfícies. faz força no chão, empurra o chão para trás. O chão
reage fazendo uma força para frente que é a força
A expressão geral da força de atrito é de atrito.

Fat=µ.N → Obs.4: Para uma situação como um livro em re-


pouso sobre uma mesa horizontal, a força normal é
onde μ é coeficiente de atrito (depende do material a força do plano.
dos corpos em contato e do polimento das superfí-
cies) e N é a reação normal.

→ Obs. 1: Na equação entram os módulos da forças,


ou seja, seus valores absolutos, porque a força de
atrito e a normal não são vetores paralelos.
Em uma situação como a de um livro em repouso em
→ Obs.2: Uma superfície pode ter atrito, mas pode um plano inclinado, onde há normal e força de atri-
não ter força de atrito atuando. A força de atrito é to, a força do plano é a soma vetorial dessas com-
contrária ao deslizamento entre as partes ou à ten- ponentes.

34
dência do deslizamento entre as partes. Assim se
não há tendência de deslizamento, não há força de
atrito atuando. Por exemplo: não há força de atrito
atuando em um livro repousando sobre uma mesa

Fís.
horizontal.

→ Obs.3: A força de atrito não é necessariamente


contrária ao movimento. Assim, quando você faz
uma força no chão para andar, essa força é para trás.
Mas o chão não vai para trás. Seu pé agarra no chão
e o atrito é para frente. É o atrito que provoca o mo-
vimento.
→ Obs. 5: O μ é adimensional (não tem unidades por
ser o quociente entre duas forças µ = fat/N) e rece-
be o nome de coeficiente de atrito estático (μe) é
usado na iminência do deslizamento, e o de coefi-
ciente de atrito dinâmico (μd) será usado quando já
foi iniciado o movimento. A experiência mostra que,
para um mesmo par de superfícies, μe > μd.
Assim, em uma bicicleta, por exemplo, costuma-se
representar o atrito como na figura abaixo. Nos exercícios, se não for especificado μe ou μd,
utiliza-se simplesmente o coeficiente de atrito μ e
admite-se μe = μd.
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Um corpo de peso igual a 200 N está em repouso sobre uma superfície horizon-
tal em que os coeficientes de atrito estático e dinâmico valem, respectivamente,
0,4 e 0,3.

Calcule a intensidade da força paralela ao plano capaz de fazer o corpo:

a) entrar em movimento;
b) mover-se em movimento retilíneo uniforme.

2.
Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trânsito, os quais
funcionam para impedir o travamento das rodas do carro quando o sistema de
freios é acionado, liberando as rodas quando estão no limiar do deslizamento.
Quando as rodas travam, a força de frenagem é governada pelo atrito cinético.

As representações esquemáticas da força de atrito fat entre os pneus e a pista,


em função da pressão p aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS e com
ABS, respectivamente, são:

35
a)

Fís.
b)

c)

d)
e)

3.
Uma pequena caixa está escorregando sobre uma rampa plana, inclinada de um
ângulo θ com a horizontal, conforme ilustra a figura. Sua velocidade escalar varia
com o tempo, segundo o gráfico dado.

36
Fís.
Considerando que o módulo da aceleração gravitacional local é g = 10m/s²,
senθ = 0,60 e cosθ = 0,80, o coeficiente de atrito cinético entre as superfícies
em contato é:

a) 0,25
b) 0,50
c) 0,75
d) 0,60
e) 0,80

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
Uma pessoa necessita da força de atrito em seus pés para se deslocar sobre uma
superfície. Logo, uma pessoa que sobe uma rampa em linha reta será auxiliada
pela força de atrito exercida pelo chão em seus pés. Em relação ao movimento
dessa pessoa, quais são a direção e o sentido da força de atrito mencionada no
texto?

a) Perpendicular ao plano e no mesmo sentido do movimento.


b) Paralelo ao plano e no sentido contrário ao movimento.
c) Paralelo ao plano e no mesmo sentido do movimento.
d) Horizontal e no mesmo sentido do movimento.
e) Vertical e sentido para cima.
2.
Um bloco de borracha de massa 5,0 kg está em repouso sobre uma superfície
plana e horizontal. O gráfico representa como varia a força de atrito sobre o blo-
co quando sobre ele atua uma força F de intensidade variável paralela à super-
fície.

O coeficiente de atrito estático entre a borracha e a superfície, e a aceleração


adquirida pelo bloco quando a intensidade da força F atinge 30 N são, respecti-
vamente, iguais a

a) 0,3; 4,0 m/s²


b) 0,2; 6,0 m/s²

37
c) 0,3; 6,0 m/s²
d) 0,5; 4,0 m/s²
e) 0,2; 3,0 m/s²

Fís.
3.
Um urso polar está correndo em linha reta com uma velocidade de módulo igual
a 10 m/s sobre uma superfície uniforme, plana e horizontal. Parando bruscamen-
te de correr, ele desliza durante 10 s, como mostra a figura ao lado, com um mo-
vimento uniformemente variado, até atingir o repouso. Nessa situação, pode-se
afirmar que o coeficiente de atrito cinético entre as patas do animal e o chão é:

a) 0,50
b) 0,20
c) 0,10
d) 0,40
e) 0,60

4.
A prateleira inclinada onde são expostos os pães de forma nos supermercados,
geralmente faz com que, uma vez retirado o pão à mostra, o que está por trás
escorregue pela pequena rampa para tomar a posição daquele que foi retirado.
Em algumas ocasiões, no entanto, ao retirar-se o pão que está na frente, o de trás
permanece em repouso em seu local original.
Isso se deve à força de atrito que, nesse caso, tem seu módulo, em N, igual a
(Dados: massa do pão e sua embalagem = 0,500 kg; aceleração da gravidade lo-
cal = 10,0 m/s2; sen 10º = 0,17 e cos 10º = 0,98.)

a) 0,85.
b) 1,70.
c) 3,25.
d) 4,90.
e) 5,00.

5.
Dois blocos, A e B, com A colocado sobre B, estão em movimento sob ação de
uma força horizontal de 4,5 N aplicada sobre A, como ilustrado na figura.

38
Fís.
Considere que não há atrito entre o bloco B e o solo e que as massas são respec-
tivamente mA = 1,8 kg e mB = 1,2 kg. Tomando g = 10 m/s², calcule:

a) a aceleração dos blocos, se eles se locomovem juntos;


b) o valor mínimo do coeficiente de atrito estático para que o bloco A não desli-
ze sobre B.
QUESTÃO CONTEXTO
As misteriosas pedras que migram

Na remota Racetrack Playa, no Vale da Morte, Califórnia, as pedras às vezes dei-


xa rastros no chão do deserto, como se estivessem migrando (ver figura abaixo).

39
Há muitos anos que os cientistas tentam explicar como as pedras se movem.
Uma possível explicação é que, durante uma tempestade ocasional, os fortes
ventos arrastam as pedras no solo amolecido pela chuva. Quando o solo seca, os

Fís.
rastros deixados pelas pedras são endurecidos pelo calor.

Segundo medições realizadas no local, o coeficiente de atrito cinético entre as


pedras e o solo úmido do deserto é aproximadamente 0,80.

Qual é a força horizontal necessária para manter em movimento retilíneo e uni-


forme uma pedra de 20 kg (uma massa típica) depois que uma rajada de vento a
coloca em movimento. Use que g = 10 m/s².
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. a) F > 80 N. F = 1.6 x 102 N.
b) F = 60 N.
2. a
3. b

02.
Exercícios para casa
1. c
2. a
3. c
4. a
5. a) 1,5 m/s²
b) 0,1

40
Fís.
19
Exercícios abr
de força de
atrito
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
A força de atrito é paralela ao plano – com sentido A força de atrito na roda dianteira é para trás, pois
contrário ao deslizamento ou à tendência de desliza- a roda apenas rola pelo chão. Agora a roda traseira
mento entre as superfícies. faz força no chão, empurra o chão para trás. O chão
reage fazendo uma força para frente que é a força
A expressão geral da força de atrito é de atrito.

Fat=µ.N → Obs.4: Para uma situação como um livro em re-


pouso sobre uma mesa horizontal, a força normal é
onde μ é coeficiente de atrito (depende do material a força do plano.
dos corpos em contato e do polimento das superfí-
cies) e N é a reação normal.

→ Obs. 1: Na equação entram os módulos da forças,


ou seja, seus valores absolutos, porque a força de
atrito e a normal não são vetores paralelos.
Em uma situação como a de um livro em repouso em
→ Obs.2: Uma superfície pode ter atrito, mas pode um plano inclinado, onde há normal e força de atri-
não ter força de atrito atuando. A força de atrito é to, a força do plano é a soma vetorial dessas com-
contrária ao deslizamento entre as partes ou à ten- ponentes.

42
dência do deslizamento entre as partes. Assim se
não há tendência de deslizamento, não há força de
atrito atuando. Por exemplo: não há força de atrito
atuando em um livro repousando sobre uma mesa

Fís.
horizontal.

→ Obs.3: A força de atrito não é necessariamente


contrária ao movimento. Assim, quando você faz
uma força no chão para andar, essa força é para trás.
Mas o chão não vai para trás. Seu pé agarra no chão
e o atrito é para frente. É o atrito que provoca o mo-
vimento.
→ Obs. 5: O μ é adimensional (não tem unidades por
ser o quociente entre duas forças µ = fat/N) e rece-
be o nome de coeficiente de atrito estático (μe) é
usado na iminência do deslizamento, e o de coefi-
ciente de atrito dinâmico (μd) será usado quando já
foi iniciado o movimento. A experiência mostra que,
para um mesmo par de superfícies, μe > μd.
Assim, em uma bicicleta, por exemplo, costuma-se
representar o atrito como na figura abaixo. Nos exercícios, se não for especificado μe ou μd,
utiliza-se simplesmente o coeficiente de atrito μ e
admite-se μe = μd.
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
O corpo A, de 5,0 kg de massa, está apoiado em um plano horizontal, preso a
uma corda que passa por uma roldana de massa e atrito desprezíveis e que sus-
tenta em sua extremidade o corpo B, de 3,0 kg de massa.

Nessas condições, o sistema apresenta movimento uniforme. Adotando g = 10


m/s2 e desprezando a influência do ar, determine:

a) o coeficiente de atrito cinético entre o corpo A e o plano de apoio;


b) a intensidade da aceleração do sistema se colocarmos sobre o corpo B uma
massa de 2,0 kg.

43
2.
Na figura, uma caixa de peso igual a 30 kgf é mantida em equilíbrio, na iminência
de deslizar, comprimida contra uma parede vertical por uma força horizontal F.

Sabendo que o coeficiente de atrito estático entre a caixa e a parede é igual a


Fís.
0,75, determine, em kgf:
a) a intensidade de F ;
b) a intensidade da força de contato que a parede aplica na caixa.

3.
Na situação esquematizada na figura, o fio e a polia são ideais; despreza-se o
efeito do ar e adota-se g = 10 m/s2. (sen θ = 0,60, cos θ = 0,80).
Sabendo que os blocos A e B têm massas iguais a 5,0 kg e que os coeficientes
de atrito estático e cinético entre B e o plano de apoio valem, respectivamente,
0,45 e 0,40, determine:

a) o módulo da aceleração dos blocos;


b) a intensidade da força de tração no fio.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1. No arranjo experimental da figura, o homem puxa a corda para a esquerda e,
com isso, consegue acelerar horizontalmente a caixa para a direita:

44
O módulo de aceleração da caixa varia com a intensidade da força que o homem
aplica na corda, conforme o gráfico.

Fís.
Admitindo que o fio e a polia sejam ideais e desprezando a influência do ar:

a) esboce o gráfico da intensidade da força de atrito recebida pela caixa em fun-


ção da intensidade da força exercida pelo homem na corda;
b) calcule a massa da caixa e o coeficiente de atrito entre ela e o plano
de apoio (g = 10 m/s2).

2. Conforme noticiou um site da Internet em 30.8.2006, cientistas da Universi-


dade de Berkeley, Estados Unidos, “criaram uma malha de microfibras sin-
téticas que utilizam um efeito de altíssima fricção para sustentar cargas em
(www.inovacaotecnologica. superfícies lisas”, à semelhança dos “incríveis pelos das patas das lagarti-
com.br).
xas”.
Segundo esse site, os pesquisadores demonstraram que a malha criada “conse-
gue suportar uma moeda sobre uma superfície de vidro inclinada a até 80º” (veja
a foto). Dados sen 80º = 0,98; cos 80º = 0,17 e tg 80º = 5,7, pode-se afirmar que,
nessa situação, o módulo da força de atrito estático máxima entre essa malha,
que reveste a face de apoio da moeda, e o vidro, em relação ao módulo do peso
da moeda, equivale a, aproximadamente,

a) 5,7%.
b) 11%.
c) 17%.
d) 57%.
e) 98%.

3.
Uma força F = 100 N, inclinada de 30o em relação à horizontal, puxa um corpo
de 20 kg sobre uma superfície horizontal com coeficiente de atrito cinético igual
a 0,2.

45
A cada segundo o corpo sofre uma variação de velocidade igual a:

a) 2,80 km/h

Fís.
b) 1,30 km/h
c) 4,68 km/h
d) 10,08 km/h
e) zero

4.
Um bloco de 300 kg é empurrado por vários homens ao longo de uma superfície
horizontal que possui um coeficiente de atrito igual a 0,8 em relação ao bloco.
Cada homem é capaz de empurrar o bloco com uma força horizontal, no sentido
do movimento, com intensidade de até 500N. Para mover o bloco, com veloci-
dade constante, são necessários X homens.

Considerando-se g = 10m/s2, o menor valor possível para X é:

a) 1
b) 3
c) 5
d) 7
e) 9

5.
Na cidade de Sousa, no sertão paraibano, é comum agricultores subirem, sem
ajuda de equipamentos, em coqueiros. Para descer, um determinado agricultor
exerce forças com suas mãos e pés sobre o coqueiro, de modo a descer com ve-
locidade constante. (Ver figura esquemática abaixo.)
Considerando-se que cada membro (pés e mãos), desse agricultor exerce uma
força perpendicular ao tronco do coqueiro e que o coeficiente
de atrito entre os membros e o tronco do coqueiro é μ, identifique as afirmativas
corretas:

I. A força normal exercida pelo tronco em cada membro do agricultor tem mó-
dulo igual a F.
II. O atrito é estático, pois a aceleração é nula.

46
III. A força de atrito é paralela ao tronco e orientada para cima.
IV. O peso do agricultor é P = 4μF.
V. A velocidade escalar do agricultor, imediatamente antes de chegar ao solo,
diminuirá, se o coeficiente de atrito diminuir.

Fís.
Estão corretas apenas:

a) II e V
b) I e III
c) I e IV
d) I, III e IV
e) II, III e V

6.
Um bloco colocado sobre um plano inclinado inicia o seu movimento de descida
somente quando o ângulo de inclinação do plano com a horizontal for de 45°. O
coeficiente de atrito estático entre o bloco e o plano é:

a) 0,45
b) 0,70
c) 0,86
d) 0,50
e) 1,00
7.
A figura mostra um plano inclinado, sobre o qual um corpo de massa 20 kg des-
liza para baixo com velocidade constante.

Se o ângulo de inclinação é a, tal que sen a = 0,60 e cos a = 0,80, então pode-
mos afirmar que o coeficiente de atrito cinético entre as superfícies do corpo e
do plano vale: (Use g = 10 m/s2)

a) 0,40
b) 0,60
c) 0,75
d) 0,80

47
e) 1,00

Fís.
GABARITO
01. 02.
Exercícios para aula Exercícios para casa
1. a) 0,60 1. a)
b) 2,0 m/s²
2. a) 40 kgf
b) 50 kgf
3. a) 0,40 m/s²
b) 48 N

b) 50 kg e 0,20
2. e
3. d
4. c
5. d
6. e
7. c

48
Fís.
Geo. Semana 10

Claudio Hansen
(Bruna Cianni)

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CRONOGRAMA

04/04 Geopolítica
mundial e seus
conflitos

09:15

Geopolítica
06/04 mundial e seus
conflitos

19:15

Fontes de energia
11/04

09:15

Fontes de energia
13/04

19:15
18/04 Brasil e a situação
energética

09:15

20/04 Brasil e a situação


energética

19:15

25/04 Crescimento
e estrutura da
população

09:15

27/04 Crescimento
e estrutura da
população

19:15
18|20

Brasil e a abr
situação ener-
gética
01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
A energia, definida com a capacidade de produzir elétricos que utilizam energia ao invés de combustí-
trabalho, pode ser dividida em duas principais ativi- vel. O Brasil, contudo, aprovou uma lei em que 5% do
dades: energia para combustão e a energia elétrica. combustível brasileiro precisa vir de biocombustí-
No brasil e em muitos países do mundo as principais vel, ou seja, se você comprar combustível fóssil tipo
fontes dessa energia são o petróleo e as hidrelétri- petróleo tem que comprar uma parte de biocombus-
cas, respectivamente. Apesar do que o senso co- tíveis, afim de regular esse crescente mercado.
mum acredita, a fonte de energia mais utilizada no
Brasil é o petróleo, para combustão, e não às hi-
drelétricas para a eletricidade. As soluções ambien- Combustíveis fósseis no
tais, nesse sentido, usualmente vêm relacionadas a Brasil
matriz energética da eletricidade, como energia so-
lar e eólica. Porém o petróleo continua sendo a prin- → Petróleo – referência em pré sal e extração sub-
cipal matriz energética de uso no Brasil e no mundo. marina
O crescimento do nosso país foi muito relacionado
com a entrada da indústria automobilística, incenti- → Carvão – o carvão brasileiro é pouco coqueifi-
vando a construção de estradas e favorecendo se- cável, isto é, não queima bem, produzindo pouca
tores empresariais como a Petrobrás. Esse período energia. O Brasil compra 60% do carvão que utiliza.
foi o automobilístico de JK, cenário preparado por Apesar da termelétrica ser de petróleo e de gás para
Vargas. Foi na ditadura militar o momento mais im- fazer eletricidade, além de energia ele é matéria pri-

Geo. 53
portante de desenvolvimento do nosso potencial hi- ma para diversos produtos, principalmente utilizado
droelétrico. O Brasil se destaca também por apre- na siderurgia.
sentar uma alternativa a combustão do petróleo,
satisfazendo a necessidade de combustível, com o → Gás natural – dos fósseis é o menos poluente
etanol. Este é feito de biomassa e não de combus- e mais barato mas, para explorá-lo, é necessário
tível fóssil como o petróleo que é não renovável e a construção de gasodutos que são obras compli-
há um temor sobre seu esgotamento. O etanol, vem cadas e cara, o que caracteriza o transporte deste
da cana, e representa 15,7% da matriz energética do como difícil
Brasil enquanto a Hidráulica fica em 11,5%. O desen-
volvimento da tecnologia passa por criar motores → Xisto – o xisto é uma rocha formada pela sedi-
que recebem algum tipo de produto, transforman- mentação de matéria orgânica na natureza, dando
do-o em energia. O motor flex foi criado e funciona origem a rocha sedimentar com possibilidade de
também com etanol. Apesar desse desenvolvimen- extrair óleo ou gás dessa rocha. O produto químico
to o governo não incentiva o crescimento exagerado utilizado para fazer essa retirada pode contaminar
do etanol por alguns motivos. O país já sofre com aquíferos. Ele é betuminoso, e os EUAs acharam a
o problema do desmatamento oriundo da plantação maior reserva de xisto do mundo em seu território.
de soja e também da pecuária, que se dá de forma Este é muito poluente, por isso o Brasil, apesar de
ampla como base produtiva do Brasil. Além disso, se ter, não investe nesse setor.
houvesse investimento para produção do álcool por
meio da cana, seria muito lucrativo para quem tra-
balha com a cana vender para o etanol ao invés de Situação energética no Brasil
para o açúcar. Isso poderia também acarretar numa
crise alimentar, já que, quando se tira um produto → Eólica - compõem 2% da fonte de energia do Bra-
do mercado o preço dele sobe, de modo que todos sil, se concentrando no litoral nordestino e no Rio
os produtos que levam açúcar iam ficar mais caro. Grande do Sul
Até quem planta xuxu e amendoim poderia deixar de
vender isso para plantar cana, diminuindo a produ- → Solar – representa menos de 0,008% da energia
ção de outros alimentos do Brasil, sendo representativo em Santa Catarina,
e compondo um potencial de investimento em ener-
Algumas empresas estão fazendo soluções encon- gia renovável devido a alta taxa de potencial solar
tradas para o problema da combustão são os carros em partes do território brasileiro
→ Hidrelétrica – compõe 65,2%. A referência malefício ambiental se relaciona ao lixo e ao risco de
é Itaipu, a binacional Brasil e Paraguai. Belo Mon- acidentes que geraram grandes impactos ambien-
te, ainda em construção, promete superá-la como tais
maior usina brasileira, localizado na Amazônia Para-
ense no Rio Madeira e Xingu → Biomassa – compõem 7,3% da produção energé-
tica brasileira, tendo potencial de crescer
→ Nuclear - compõem 2,5% da energia do Brasil,
sendo representada por Angra I II e III. O principal

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
O potencial brasileiro para gerar energia a partir da biomassa não se limita
a uma ampliação do Pró-álcool.

Geo. 54
O país pode substituir o óleo diesel de petróleo por grande variedade de óle-
os vegetais e explorar a alta produtividade das florestas tropicais plantadas.
Além da produção de celulose, a utilização da biomassa permite a geração
de energia elétrica por meio de termelétricas a lenha, carvão vegetal ou gás
de madeira, com elevado rendimento e baixo custo.

Cerca de 30% do território brasileiro é constituído por terras impróprias para


Desafios Internacionais para a agricultura, mas aptas à exploração florestal. A utilização de metade des-
o século XXI. Seminário sa área, ou seja, de 120 milhões de hectares, para a formação de florestas
da Comissão de Relações
Exteriores e de Defesa energéticas, permitiria produção sustentada do equivalente a cerca de 5 bi-
Nacional da Câmara dos
Deputados, ago./2002 (com lhões de barris de petróleo por ano, mais que o dobro do que produz a Arábia
adaptações).
Saudita atualmente.

José Walter Bautista Vidal.

Para o Brasil, as vantagens da produção de energia a partir da biomassa incluem

a) implantação de florestas energéticas em todas as regiões brasileiras com igual


custo ambiental e econômico.
b) substituição integral, por biodiesel, de todos os combustíveis fósseis deriva-
dos do petróleo.
c) formação de florestas energéticas em terras impróprias para a agricultura.
d) importação de biodiesel de países tropicais, em que a produtividade das flo-
restas seja mais alta.
e) regeneração das florestas nativas em biomas modificados pelo homem, como
o Cerrado e a Mata Atlântica.
EXERCÍCIOS DE CASA
1.
Uma fonte de energia que não agride o ambiente, é totalmente segura e usa um
tipo de matéria-prima infinita é a energia eólica, que gera eletricidade a partir da
força dos ventos. O Brasil é um país privilegiado por ter o tipo de ventilação ne-
cessária para produzi-la. Todavia, ela é a menos usada na matriz energética bra-
sileira. O Ministério de Minas e Energia estima que as turbinas eólicas produzam
apenas 0,25% da energia consumida no país. Isso ocorre porque ela compete
com uma usina mais barata e eficiente: a hidrelétrica, que responde por 80% da
energia do Brasil. O investimento para se construir uma hidrelétrica é de aproxi-
madamente US$ 100 por quilowatt. Os parques eólicos exigem investimento de
cerca de US$ 2 mil por quilowatt e a construção de uma usina nuclear, de apro-
ximadamente US$ 6 mil por quilowatt. Instalados os parques, a energia dos ven-
tos é bastante competitiva, custando R$ 200,00 por megawatt-hora frente a R$
150,00 por megawatt-hora das hidrelétricas e a R$ 600,00 por megawatt-hora
das termelétricas. Época. 21/4/2008 (com adaptações).

De acordo com o texto, entre as razões que contribuem para a menor participa-
ção da energia eólica na matriz energética brasileira, inclui-se o fato de

a)A haver, no país, baixa disponibilidade de ventos que podem gerar energia elé-

Geo. 55
trica.
b) o investimento por quilowatt exigido para a construção de parques eólicos ser
de aproximadamente 20 vezes
o necessário para a construção de hidrelétricas.
c) o investimento por quilowatt exigido para a construção de parques eólicos ser
igual a 1/3 do necessário para
a construção de usinas nucleares.
d) o custo médio por megawatt-hora de energia obtida após instalação de par-
ques eólicos ser igual a 1,2 multiplicado pelo custo médio do megawatt-hora ob-
tido das hidrelétricas.
e) o custo médio por megawatt-hora de energia obtida após instalação de par-
ques eólicos ser igual a 1/3 do
custo médio do megawatt-hora obtido das termelétricas.

2. A usina hidrelétrica de Belo Monte será construída no rio Xingu, no municí-


pio de Vitória de Xingu, no Pará. A usina será a terceira maior do mundo e
a maior totalmente brasileira, com capacidade de 11,2 mil megawatts. Os
índios do Xingu tomam a paisagem com seus cocares, arcos e flechas. Em
Altamira, no Pará, agricultores fecharam estradas de uma região que será
inundada pelas águas da usina.

BACOCCINA, D.; QUEIROZ, G.; BORGES, R. Fim do leilão, começo da con-


fusão. Istoé Dinheiro. Ano 13, n.º 655, 28 abr. 2010 (adaptado).
Os impasses, resistências e desafios associados a construção da Usina Hidrelé-
trica de Belo Monte estão relacionados

a) ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nordeste quando comparados às


bacias hidrográficas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
b) à necessidade de equilibrar e compatibilizar o investimento no crescimento do
país com os esforços para a conservação ambiental.
c) à grande quantidade de recursos disponíveis para as obras e à escassez dos
recursos direcionados para o pagamento pela desapropriação das terras.
d) ao direito histórico dos indígenas à posse dessas terras e à ausência de reco-
nhecimento desse direito por parte das empreiteiras.
e) ao aproveitamento da mão de obra especializada disponível na região Norte e
o interesse das construtoras na vinda de profissionais do Sudeste do país.

3.
A Lei Federal n.º 11.097/2005 dispõe sobre a introdução do biodiesel na matriz
energética brasileira e fixa em 5%, em volume, o percentual mínimo obrigatório
a ser adicionado ao óleo diesel vendido ao consumidor.

De acordo com essa lei, biocombustível é “derivado de biomassa renovável para


uso em motores a combustão interna com ignição por compressão ou, conforme

Geo. 56
regulamento, para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial
ou totalmente combustíveis de origem fóssil”.

A introdução de biocombustíveis na matriz energética brasileira

a) colabora na redução dos efeitos da degradação ambiental global produzida


pelo uso de combustíveis fósseis, como os derivados do petróleo.
b) provoca uma redução de 5% na quantidade de carbono emitido pelos veículos
automotores e colabora no controle do desmatamento.
c) incentiva o setor econômico brasileiro a se adaptar ao uso de uma fonte de
energia derivada de uma biomassa inesgotável.
d) aponta para pequena possibilidade de expansão do uso de biocombustíveis,
fixado, por lei, em 5% do consumo de derivados do petróleo.
e) diversifica o uso de fontes alternativas de energia que reduzem os impactos da
produção do etanol por meio da monocultura da cana-de-açúcar.

4.
Análise com atenção a tabela a seguir

Fonte: IBGE
Considerando a evolução dos dados, assinale a alternativa incorreta.

a) A base energética com maior crescimento no consumo no período é a hidro-


eletricidade. Algumas das razões são o aumento da urbanização e o processo de
substituição do óleo diesel por eletricidade nas indústrias. Esse fato repercute
no montante das emissões poluentes nas áreas de concentração industrial.
b) A lenha, proporcionalmente, deixou de ser a matriz energética mais utilizada.
O seu uso ainda elevado reflete uma modernização desigual do Brasil, segundo
as realidades regionais, mantendo-se como um fator de contínuo desmatamen-
to no país.
c) O uso dos derivados de cana-de-açúcar vincula-se ao Proálcool. Matriz ener-
gética limpa e sem impactos ambientais significativos, a cana pode ser cultivada
em qualquer tipo de solo, com a vantagem de, depois de colhida, melhorar a fer-
tilidade do solo e fornecer biomassa para uso energética alternativo.
d) Embora tenha perdido a posição de primazia enquanto matriz energética, o
petróleo ainda representa uma fonte de energia muito importante, associada ao
sistema de transportes do país. Seu uso contribui para a elevação dos níveis de
poluição atmosférica nas grandes cidades.
e) aumento do uso da eletricidade de origem hidráulica implica situações de con-
siderável impacto ambientar, visto que o modelo hidroelétrico adotado apoia-se
em obras de grande porte, com vastas áreas de alagamento e construção de bar-
ragens que alteram o regime hídrico dos rios.

Geo. 57
5.
A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800
quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do
leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e
Santos). O recurso natural encontrado nesta área está a profundidades que
superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segun-
Fonte: http://www1.folha. do geólogos, conservam a qualidade desse recurso. Vários campos já foram
uol.com.br/folha/dinheiro/ descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os no-
ult91u440468.shtml. Acesso
em 24/01/2009. Adaptado meados: Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.

A notícia refere-se a qual recurso natural?

a) Bauxita.
b) Carvão.
c) Petróleo.
d) Salitre.
e) Urânio

6.
A criação da Petrobrás ocorreu no governo nacionalista de Vargas, em 1953,
quando o Estado fazia fortes investimentos no setor de infra-estrutura e indústria
de base para promover o desenvolvimento industrial do Brasil. Quando foi cria-
da, em 1953, a Petrobrás foi concebida como uma empresa
a) privada, detentora do monopólio sobre o refino de petróleo e a distribuição de
gasolina no Brasil.
b) privada, responsável pela pesquisa e extração das reservas petrolíferas bra-
sileiras.
c) privada, mas que devido à sua grande rentabilidade, foi estatizada pelo presi-
dente João Goulart.
d) estatal, mas que devido ao seu caráter deficitário, foi privatizada durante o
regime militar.
e) estatal, detentora do monopólio sobre a prospecção e o refino de petróleo no
Brasil.

7. O consumo nacional de derivados de petróleo acusa uma ascensão regular, que


traduz o desenvolvimento das atividades do país, não só quanto ao transporte,
mas também quanto à indústria. No entanto, […] essa ascensão constante do
consumo implica necessariamente um aumento das importações, com dispên-
dios crescentes de divisas, que poderão ser empregadas na compra de outras
utilidades estrangeiras, quando o permitir a produção brasileira de óleo mineral.
DEL PRIORE, Mary et al. (Orgs.). Documentos de História do Brasil: de Cabral
aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997. Esse texto é parte da mensagem envia-
da por Getúlio Vargas ao Congresso Nacional, em 1951, propondo a criação da

Geo. 58
Petrobras.

A leitura do texto permite concluir que o principal objetivo da Petrobras era o de:

a) ampliar a exportação de petróleo, obtendo mais divisas para a economia na-


cional.
b) aumentar a produção petrolífera, garantindo recursos para o desenvolvimen-
to industrial.
c) incentivar a construção de rodovias, objetivando o aumento do consumo de
petróleo e derivados.
d) desenvolver a pesquisa petroquímica, gerando autonomia para o setor de pro-
dução de petróleo.

8.
"Hoje o petróleo, amanhã o trigo. Quem sabe? Todos os recursos são ou po-
dem ser instrumentos de poder. Se é verdade que certos recursos - conforme
a sua capacidade de satisfazer as necessidades fundamentais - manifestam
uma grande permanência no papel que podem desempenhar, eles não dei-
Por uma Geografia do Poder.
Ática, São Paulo, 1993, p. 251). xam de se ligar ao contexto sócio-econômico e sócio-político (...)"

RAFFESTIN, Claude

Relacione as idéias do texto ao papel dos "recursos naturais" nas sociedades


contemporâneas, e considere as afirmativas:

I - Os "recursos naturais" não são bens livres. Estão indissociavelmente ligados às


relações de propriedade e de poder instituídas em cada sociedade.
II - Os "recursos naturais" não resultam do trabalho social, portanto não são pas-
síveis de se tornarem objeto de relações de poder.
III - Os "recursos naturais" determinam o desenvolvimento dos sistemas técnico-
-produtivos e a evolução das relações sócio-políticas.
Marque a opção correta:

a) Apenas a I e a II são verdadeiras.


b) Apenas a I é verdadeira.
c) Apenas a I e a III são verdadeiras.
d) Apenas a II é verdadeira.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

9.
A idade da pedra chegou ao fim, não porque faltassem pedras; a era do petró-
leo chegará igualmente ao fim, mas não por falta de petróleo". Xeque Yamani,
Ex-ministro do Petróleo da Arábia Saudita. "O Estado de S. Paulo", 20/08/2001.
Considerando as características que envolvem a utilização das matérias-primas
citadas no texto em diferentes contextos histórico-geográficos, é correto afir-
mar que, de acordo com o autor, a exemplo do que aconteceu na Idade da Pedra,
o fim da era do Petróleo estaria relacionado

a) à redução e esgotamento das reservas de petróleo.


b) ao desenvolvimento tecnológico e à utilização de novas fontes de energia.
c) ao desenvolvimento dos transportes e conseqüente aumento do consumo de

Geo. 59
energia.
d) ao excesso de produção e conseqüente desvalorização do barril de petróleo.
e) à diminuição das ações humanas sobre o meio ambiente.

10.
Os dados da tabela anterior mostram que, na América do Norte, o crescimento
do PIB ‘per capita’ foi acompanhado, no período 80/90, de um declínio no con-
sumo de energia por habitante, enquanto no Brasil esta relação segue um com-
portamento oposto.
Assinale a afirmativa que explica corretamente estas tendências.

a) Os países ricos da América do Norte passam atualmente por uma crise eco-
nômica que tem freado a produção industrial e, portanto, reduz o seu consumo
de energia
b) No Brasil, o consumo de energia é maior devido ao intenso uso residencial,
pois no plano econômico, as indústrias nacionais já utilizam tecnologias tão
energeticamente eficientes quanto as dos Estados Unidos e Canadá
c) Nos países desenvolvidos da América do Norte, o crescimento econômico
tem sido acompanhado de uma maior modernização tecnológica, responsável
por processos de produção e consumo de maior eficiência energética
d) Como o desenvolvimento industrial dos Estados Unidos se concentra no de-
senvolvimento da tecnologia de ponta, tem como base indústrias eletrointensi-
vas
e) Como os países ricos da América do Norte já se industrializaram há mais tem-
po, nos países pobres como o Brasil, de industrialização mais recente, o consu-
mo de energia é maior.

11.

Geo. 60
Ao analisar o gráfico da matriz energética brasileira, percebe-se que, nos últi-
mos tempos, o Estado vem direcionado a sua política energética para utilização
de fontes renováveis de energia com vistas a atingir a autossuficiência energé-
tica. Sobre a matriz energética brasileira e sua dimensão geopolítica, é correto
afirmar que

I. o desenvolvimento das tecnologias alternativas para obtenção de energia re-


novável torna-se uma exigência para colocar as economias mundiais a salvo de
futuras crises energéticas (como a crise do petróleo na década de 1970). No en-
tanto, observa-se o aumento dos efeitos poluidores da queima dos combustíveis
fósseis (petróleo e cana-de-açúcar) para o abastecimento da frota nacional de
veículos automotivos.

II. a inovação tecnológica vem possibilitando o amplo desenvolvimento do setor


de energia eólica no Brasil, com competitividade e eficiência energética, sendo
esse setor favorecido pela localização geográfica na zona de convergência inter-
tropical dos ventos alísios, assim como pela concentração espacial dos grandes
centros urbanos na faixa litorânea do oceano atlântico.
III. a tecnologia de fabricação dos biocombustíveis está em desenvolvimento
avançado no Brasil, possibilitando a produção e comercialização em larga escala
de combustível orgânico pela Petrobras. No entanto, o uso de grãos para a pro-
dução do biodiesel impõe a necessidade de expansão das fronteiras agrícolas o
que repercute no avanço do desmatamento das reservas florestais, assim como
no aumento do preço dos alimentos.

IV. a adesão do Brasil ao Programa de Combate aos Resíduos Radioativos da


ONU, criado após o acidente nuclear na Usina de Fukushima no Japão, em 2011,
ocasionou a desativação dos reatores nucleares das usinas brasileiras de Angra I
e Angra II, instaladas na cidade de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro.

V. o desenvolvimento da técnica e da ciência e as mudanças na conjuntura eco-


nômica internacional intensificaram a corrida dos países desenvolvidos pela
procura por novas fontes de energia contrapondo lógicas antagônicas de apro-
priação da natureza que definem tensões e conflitos geopolíticos na contempo-
raneidade. Estão corretas as alternativas

a) I e III
b) I e IV
c) I e V
d) I, II e III

Geo. 61
e) I, IV e V

QUESTÃO CONTEXTO
Sabemos que a energia eólica e solar são fontes duráveis, seguras e limpas para
se investir. Aponte as regiões do brasil onde esse investimento poderia ser feito
de acordo com seus conhecimentos sobre a geografia física do Brasil. Depois
disso discorra sobre os motivos pelos quais esse investimento não acontece.
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. c A energia eólica poderia receber mais investimen-
to no nordeste e nas áreas de litoral onde tem mais

02.
vento. A energia solar é feita em algumas casas do
Brasil mas poderia ser feita em larga escala na re-
Exercícios para casa gião Amazônica que recebe forte incidência solar
1. b e também no sudeste onde a variação dessa radia-
2. b ção não é tão abrupta de acordo com as estações
3. a como é no Norte do país por exemplo. Essas fon-
4. c tes de energia não recebem investimento pleno por-
5. c que o Brasil tem a questão do potencial hídrico que
6. e consegue abarcar a imensa necessidade por ener-
7. b gia da população. Também porque existem grupos
8. b que controlam a situação energética e investem am-
9. b plamente nas hidrelétricas por ser um investimento
10. c mais lucrativo. As tecnologias para desenvolver tais
11. b fontes mais sustentáveis também são mais caras e

Geo. 62
menos comuns em larga escala.
His. Semana 10

William Gabriel
Renato Pellizzari
(Leonardo Machado)

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escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA

05/04 Brasil: ouro e limites

09:15
19:15

12/04 Revoluções
francesas

09:15
19:15

19/04 Revoltas nativistas


e separtistas no
Brasil Colonial

09:15
19:15

26/04 A construção do
Estado brasileiro: o
Período Joanino

09:15
19:15
19
Revoltas nativis- abr
tas e separatistas
no Brasil colonial

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
O Brasil Colonial, movido pela lógica Mercantilista sileiro, onde a intenção final seria a desvinculação
de mercado, movia todos os lucros majoritários da com o Estado e criação de outro, anexando o Rio de
Colônia para a Metrópole, Portugal. Isto caracteriza Janeiro, com o objetivo de ter um porto. Nem foi o
o famoso Pacto Colonial. Porém, há de se esperar principal líder do movimento, porém, Tiradentes ga-
conflitos diante desta situação, pois, gerava-se por nha um especial destaque neste movimento, muito
muitas vezes um elevado grau de inconformabilida- talvez pela exemplificação a que serviu sua pena de
de. morte.

Após 1808, com a chegada da Corte, o cenário No Nordeste Brasileiro temos a Conjuração Baiana,
muda, pois, o Brasil deixa de ser Colônia. Mas deve- muito conhecida como Revolta dos Alfaiates, onde
mos perceber que novos problemas surgiriam, por havia um cunho muito mais popular e, dentro outras
exemplo, a partir da insatisfação do sistema que se coisas, tinha como pauta de discussão o fim da es-
instaura após Independência, e revoltas continua- cravidão.
riam a acontecer.
A Guerra dos Emboabas, Guerra dos Mascates e Re-
De norte a sul do Brasil podemos destacar Revoltas volta de Filipe dos Santos também são movimentos
Nativistas e Separatistas. A Inconfidência Mineira a ser abordados neste cenário, dentre outros.
é uma clássica revolta que ocorreu no Sudeste bra-

His. 66
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Observe a imagem

No Brasil, a bandeira e o seu lema Liberdade ainda que tardia estão associados a
um movimento político que questionava o Pacto Colonial.

Eles simbolizavam a:

a) Revolta de Vila Rica de 1720;


b) Inconfidência Mineira de 1789;
c) Conjuração Baiana de 1798;
d) Revolução Pernambucana de 1817;
e) Confederação do Equador de 1824.
2.
A elevação de Recife à condição de vila; os protestos contra a implantação das
Casas de Fundição e contra a cobrança de quinto; a extrema miséria e carestia
reinantes em Salvador, no final do século XVIII, foram episódios que colabora-
ram, respectivamente, para as seguintes sublevações coloniais:

a) Guerra dos Emboabas, Inconfidência Mineira e Conjura dos Alfaiates.


b) Guerra dos Mascates, Motim do Pitangui e Revolta dos Malês.
c) Conspiração dos Suassunas, Inconfidência Mineira e Revolta do Maneta.
d) Confederação do Equador, Revolta de Felipe dos Santos e Revolta dos Malês.
e) Guerra dos Mascates, Revolta de Felipe dos Santos e Conjura dos Alfaiates.

3.
A Guerra dos Emboabas (1707-1709) e a Inconfidência Mineira (1789) foram revol-
tas ocorridas no Brasil. Sobre elas, assinale a alternativa correta:

a) Ambas tinham o objetivo de separar o Brasil de Portugal e ocorreram na região


da mineração.
b) A primeira e considerada uma revolução separatista e mais radical do que a
segunda, tendo ocorrido na região de São Paulo e liderada pelos Bandeirantes.
c) Tanto a primeira como a segunda foram influenciadas pelas ideias iluministas
e pela independência das Treze Colônias inglesas, mas só a segunda teve êxito

His. 67
nos seus objetivos.
d) A primeira foi bem-sucedida, garantindo aos paulistas a posse da região da
mineração, enquanto a segunda foi reprimida pela Coroa portuguesa antes de
acontecer.
e) Ambas ocorreram na mesma região do Brasil, contra a dominação portuguesa
na área da mineração, no entanto, somente a segunda teve influência das ideias
iluministas europeias.

4.
“A confrontação entre a loja e o engenho tendeu principalmente a assumir
a forma de uma contenda municipal, de escopo jurídico-institucional, entre
um Recife florescente que aspirava à emancipação e uma Olinda decadente
que procurava mantê-Io numa sujeição irrealista. Essa ingênua fachada mu-
nicipalista não podia, contudo, resistir ao embate dos interesses em choque.
Logo revelou-se o que realmente era, o jogo de cena a esconder uma luta
pelo poder entre o credor urbano e o devedor rural.”

Evaldo Cabral de Mello. A fronda dos mazombos, São Paulo, Cia. das Le-
tras, 1995, p. 123

O autor refere-se:

a) ao episódio conhecido como a Aclamação de Amador Bueno.


b) à chamada Guerra dos Mascates.
c) aos acontecimentos que precederam a invasão holandesa de Pernambuco.
d) às consequências da criação, por Pombal, da Companhia Geral de Comércio
de Pernambuco.
e) às guerras de Independência em Pernambuco.
5.
A Guerra dos Emboabas, a dos Mascates e a Revolta de Vila Rica, verificadas nas
primeiras décadas do século XVIII, podem ser caracterizadas como:

a) movimentos isolados em defesa de ideias liberais, nas diversas capitanias,


com a intenção de se criarem governos republicanos;
b) movimentos de defesa das terras brasileiras, que resultaram num sentimento
nacionalista, visando à independência política;
c) manifestações de rebeldia localizadas, que contestavam alguns aspectos da
política econômica de dominação do governo português;
d) manifestações das camadas populares das regiões envolvidas, contra as elites
locais, negando a autoridade do governo metropolitano.
e) manifestações separatistas de ideologia liberal contrárias ao domínio portu-
guês.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1. Apesar das concessões liberais do Ato Adicional de 12 de agosto de 1834, os

His. 68
problemas sociais, políticos e econômicos que o Brasil herdou do período co-
lonial persistiram. Grande parte deles resultava da continuidade da escravidão,
do abandono em que viviam as populações do interior, das profundas desigual-
dades sociais, da má distribuição das terras e do crescimento da população ur-
bana. A partir de 1835, alimentada pela crise econômico-financeira decorrente
de arrecadações insuficientes, da queda das exportações e da elevação do cus-
to de vida, a insatisfação generalizada explodiu na forma de inúmeras revoltas
provinciais.

Assinale a alternativa em que são apresentadas as revoluções provinciais que se


destacaram:

a) Cabanagem, Balaiada e Sabinada.


b) Canudos, Contestado e Farrapos.
c) Cabanagem, Canudos e Contestado.
d) Revolta da Vacina, Revolta da Chibata e Canudos.
e) Sabinada, Balaiada e Revolta da Armada.

2.
Durante os séculos XVII e XVIII, o Brasil foi palco de motins, conspirações, revol-
tas e rebeliões. A Inconfidência Mineira é uma das expressões mais contunden-
tes desse período.

Em relação a esse período, assinale a alternativa correta:


a) O movimento inconfidente contra a metrópole manifestou-se em um momen-
to em que o próprio estado português afrouxava seu poderio econômico e polí-
tico sobre a colônia.
b) Houve repressão da corte portuguesa como resposta aos protestos contra a
instalação das casas de fundição, onde o ouro deveria ser quintado e transfor-
mado em barras.
c) Os inconfidentes eram homens sem posses, desesperançados com os rumos
do Brasil; por isso se rebelaram.
d) Os inconfidentes inspiraram-se nas idéias absolutistas, defendidas pelos pen-
sadores iluministas.
e) A Inconfidência Mineira não visava ao fim do colonialismo português.

3. “Ó vós, Homens cidadãos; ó vós, povos curvados e abandonados pelo Rei,


pelos seus despotismos, pelos seus ministros. Ó vós, povo que nascestes
para seres livres e para gozardes dos bons efeitos da liberdade... O dia da
nossa revolução está para chegar, animai-vos, que sereis felizes para sem-
pre.”

PANFLETO: Aviso ao povo Bahiense O fragmento acima se refere ao movi-


mento conhecido como “Conjuração dos Alfaiates”.

His. 69
Com relação a esse movimento ocorrido na Bahia em 1798, é correto afirmar que
os revoltosos pretendiam:

a) instalar uma República Provisória na cidade de São Salvador, com apoio da


elite burocrática e de alguns membros do alto clero;
b) defender o fim da dominação colonial garantindo, porém, a preservação do
regime monárquico e a manutenção da escravidão;
c) estabelecer um governo democrático na Capitania da Bahia de Todos os San-
tos, com igualdade de direitos, sem distinção de cor ou riqueza;
d) protestar contra a política mercantilista portuguesa, buscando conseguir o
apoio do governo norte-americano para por fim ao pacto colonial.

4.
Não existiu dominação colonial sem resistência política, que formava a base para
autonomia posterior dos povos colonizados. No Brasil, muitas rebeliões marca-
ram a luta contra Portugal.

Uma delas, foi a Revolução de 1817, em Pernambuco, que:

a) contou com a participação da elite, inclusive dos membros do clero da Igreja;


b) teve características semelhantes à Revolta dos Alfaiates na Bahia do século
XVIII, libertando os escravos;
c) não mostrou, em sua idéias, relações com o liberalismo europeu;
d) fracassou logo no início, embora seja muito exaltada pela historiografia.
5.
Acerca da “Conjuração Baiana”, movimento de caráter sedicioso, no século
XVIII, é correto afirmar que:

a) o movimento foi liderado pelos segmentos mais pobres e radicais da provín-


cia, reunidos na Sociedade Cavaleiros da Luz;
b) a Conjuração Baiana foi fundamentalmente pragmática, sem influência teóri-
ca, ao contrário da mineira em que predominavam os ideais iluministas;
c) o movimento foi influenciado por pensadores como Voltaire e por movimentos
como a rebelião negra do Haiti;
d) a Conjuração propunha a independência da Bahia, ao contrário da mineira que
postulava a imediata independência de toda a colônia.

6.
A Conjuração Baiana (1798) diferenciou-se da Conjuração Mineira (1789), entre
outros aspectos, porque aquela:

a) envolveu a alta burguesia da sociedade do Nordeste;


b) pretendia a revogação da política fiscal do Marquês de Pombal;
c) aglutinou a oficialidade brasileira insatisfeita com seu soldo;
d) teve um caráter popular, com preocupações sobretudo sociais;
e) ficou também conhecida como “revolta dos marinheiros”.

His. 70
7.
Sobre a Inconfidência Mineira (1789 ) e Baiana (1798) é correto afirmar que:

I- Claudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga participaram da Inconfi-


dência Mineira.
II- Ocorrida em Vila Rica, a Inconfidência Mineira não contou com ampla parti-
cipação popular.
III- Ao contrário da Inconfidência Mineira, na Inconfidência Baiana, houve forte
participação popular, incluse escravos.

a) I, II e III corretas.
b) I, II e III incorretas.
c) Apenas a I está correta.
d) Apenas a II está correta.
e) Apenas a III está correta.

8.
O lema liberal “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, consagrado pela Revolu-
ção Francesa, influenciou, sobremaneira, as chamadas inconfidências ocorridas
em fins do século XVIII no Brasil Colônia.

Assinale a opção que apresenta informações corretas sobre a chamada Conju-


ração dos Alfaiates:
a) Envolveu a participação de mulatos, negros livres e escravos, refletindo não
somente a preocupação com a liberdade, mas também com o fim da dominação
colonial.
b) Esta inconfidência baiana caracterizou-se por restringir-se à participação de
uma elite de letrados e brancos livres influenciados pelos princípios revolucio-
nários franceses.
c) Em tal conjuração, a difusão das idéias liberais não acarretou crítica às contra-
dições da sociedade escravocrata.
d) Este movimento, também conhecido como Inconfidência Mineira, teve um
papel singular no contexto da crise do sistema colonial, revelando suas contra-
dições e sua decadência.
e) Um de seus principais motivos foi a prolongada crise do setor cafeeiro que se
arrastou durante a segunda metade do século XVIII.

9.
A Inconfidência Mineira foi o primeiro movimento político separatista, em que
se organizaram setores da elite e setores médios da sociedade colonial brasileira
para lutar contra o sistema colonial português e instaurar uma República.

Sobre esse movimento, podemos afirmar que:

a) a derrota da Inconfidência Mineira resultou do fato de as autoridades portu-

His. 71
guesas terem antecipado a derrama, o que possibilitou, à polícia e aos funcioná-
rios da Junta da Fazenda, surpreenderem os insurretos;
b) os inconfidentes, por meio de carta enviada por José Joaquim da Maia ao em-
baixador dos Estados Unidos em Paris, buscaram apoio dos Estados Unidos. Na
carta, o que chama atenção é um pedido de armas;
c) um dos fatores que concorreram para a criação do movimento da Inconfidên-
cia foi o fato de a Metrópole aumentar sua pressão fiscal sobre os mineradores,
em razão da queda da produção de ouro, a partir da segunda metade do século
XVIII;
d) o fracasso dos inconfidentes resultou da delação de Joaquim Silvério dos Reis
e da fragilidade política do movimento, pois os conspiradores foram além de
idéias e propostas genéricas, sem penetração e mobilização social;
e) a Inconfidência tinha como plano revolucionário: reunir homens e armas e bus-
car apoio dentro e fora de Minas para depor o governo, proclamar a República e
abolir a escravatura.

10.
Considere os textos.
I. Prevaleceu o tipo de motivação “mais colonial do que social”. A inquieta-
ção teve por base a coerção exercida pela metrópole através da cobrança
dos impostos sobre a produção aurífera. A revolução foi dirigida pelos pro-
prietários dessa região em plena decadência econômica.

II. Prevaleceu o tipo de motivação “antes social do que colonial”. A revolução


foi impulsionada pela participação de pequenos artesãos, militares de baixo
A idéia de revolução no Brasil
escalão, escravos e demais setores populares. Neste modelo, a ruptura se
colonial. Revista de História. dá em três níveis: separação da colônia, mudança das instituições políticas
FFLCH/USP, v. 42 (85), jan./
mar. 1971. p. 213) e reorganização da sociedade em novas bases.

Adaptação: Celso Frederico.


No Brasil, as contradições do sistema engendraram movimentos que colocaram
em xeque e exploração colonial.

Dentre esses movimentos, os textos identificam, respectivamente, a:

a) Inconfidência Mineira e a Confederação do Equador;


b) Revolta de Vila Rica e a Conjuração Carioca;
c) Conjuração Baiana e a Revolta de Vila Rica;
d) Revolta dos Alfaiates e a Revolta de Beckman;
e) Conjuração Mineira e a Conjuração Baiana.

QUESTÃO CONTEXTO
“Jurei morrer pela liberdade, cumpro a minha palavra”

Filipe dos Santos – Revolta de Vila Rica

Atualmente Cidade de Ouro Preto, em 1720, Vila Rica, a cidade do ouro. E junto
com este precioso metal vinham as revoltas. Comente e cite os principais pontos

His. 72
desta movimentação. 
GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. b Ocorrida por volta de 1720, a Revolta de Vila Rica ou
2. e Revolta de Filipe dos Santos, foi liderada pelo mes-
3. e mo e tinha como principal motivador a criação das
4. b Casas de Fundição e a consequente imposição do
5. c Quinto, imposto que representava 20% de toda arre-
cadação aurífera por parte dos mineiros. O governo

02.
também manipulava a entrada de mantimentos e in-
sumos dos mineiros, o que também foi pautado nas
Exercício de casa reivindicações.
1. a
2. b
3. c
4. a
5. c
6. d
7. a
8. a

His. 73
9. c
10. e
PARA Para ouvir o samba-enredo Chico Rei, acesse:

SABER
https://www.youtube.com/watch?v=7Ecfk5DO6d8

Para saber mais sobre Chico Rei

MAIS Filme: Chico Rei (1985)

His. 74
Mat. Semana 10

PC Sampaio
Alex Amaral
Rafael Jesus

(Roberta Teixeira)

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escrito. Todos os direitos reservados.
CRONOGRAMA

06/04 Inequação produto Equação,


inequação e função
e inequação exponencial
quociente

08:00 11:00
18:00 21:00

07/04 Equação,
inequação e função
exponencial -
continuação

8:00
18:00

13/04 Exercícios de Logaritmos:


exponencial definição e
propriedades

08:00 11:00
18:00 21:00

20/04 Logaritmos: Função e inequação


definição e logarítmica
propriedades

08:00 11:00
18:00 21:00
27/04 Exercícios de Exercícios de
logaritmos revisão geral: 10
exercícios

08:00 11:00
18:00 21:00

28/04 Sequências: lei


de recorrência e
Fibonacci

08:00
18:00
20
Logaritmos abr
Definição e propriedades

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Ainda nos resta aprender sobre duas propriedades
dos logaritmos: → Equações logarítmicas:

log c a
→ Mudança de base: logb a = São aquelas em que a variável se encontra no loga-
log c b ritmando ou na base de um logaritmo. Lembrando
1
→ logb a = que o logaritmando é sempre maior que 0 e a base
log a b sempre maior que 0 e diferente de 1.

Ex: logx 4 + log4 x = 2


Sistemas de logaritmos
Percebe-se que há uma restrição de que x tem que
→ Sistema decimal (base 10): ser positivo ( x>0 ) e diferente de 1. Fazendo
logx4 = a, temos:
Nos exercícios, é mais usual usarmos logaritmos na
base 10. Dessa maneira, podemos omiti-la. a + 1/a = 2 → a² + 1 = 2a → a² - 2ª + 1 = 0
Ex: log 100 = log10 100 = 2, pois 10² = 100.
Resolvendo a equação do segundo grau temos que
→ Sistema neperiano (base e): a = 1.
O número e, chamado de número de euler, pertence

Mat. 79
ao conjunto dos números irracionais e vale, aproxi- Assim, log4 x = 1, então 4¹ = x.
madamente, 2,7.
e ≅ 2,71828... x = 4 e satisfaz a restrição de ser maior que 0 e di-
ferente de 1.
O logaritmo neperiano, também chamado de loga-
ritmo natural, é o logaritmo de base e e é apresenta-
do pela letra n:
ln x ↔ loge x

EXERCÍCIOS DE AULA
1. Em uma calculadora científica de 12 dígitos, quando se aperta a tecla LOG, apa-
rece no visor o logaritmo decimal do número que estava no visor. Se a operação
não for possível, aparece no visor a palavra ERRO. Depois de digitar 42 bilhões,
o número de vezes que se deve apertar a tecla LOG para que no visor apareça
ERRO pela primeira vez é:

a) duas
b) três
c) quatro
d) cinco
e) oito
2.
A acidez de frutas cítricas é determinada pela concentração de íons hidrogênio.
Uma amostra de polpa de laranja apresenta pH = 2,3. Considerando log2 = 0,3, a
concentração de íons hidrogênio nessa amostra, em mol.L −1 , equivale a:

Obs: pH = - log[H+]

a) 0,001
b) 0,003
c) 0,005
d) 0,007

3.
O número de bactérias numa certa cultura duplica a cada hora. Se, num determi-
nado instante, a cultura tem mil bactérias, daí a quanto tempo, aproximadamen-
te, a cultura terá um milhão de bactérias?

Aproximação importante: 210 = 1024 ≅ 1000. Utilizando logaritmos, considere:


log10 2 ≅ 0,3.

a) 2 horas
b) 3 horas
c) 5 horas

Mat. 80
d) 10 horas
e) 100 horas

4.
No dia 6 de junho de 2000, um terremoto atingiu a cidade de Ancara, na Turquia,
com registro de 5,9 graus na escala Richter e outro terremoto atingiu o oeste do
Japão, com registro de 5,8 graus na escala Richter. Considere que m1 e m2 me-
dem a energia liberada sob a forma de ondas que se propagam pela crosta ter-
restre por terremotos com registros, na escala Richter, r1 e r2, respectivamente.
Sabe-se que estes valores estão relacionados pela fórmula:

r1 – r2 = log10 (m1 / m2).

Considerando-se que r1 seja o registro do terremoto da Turquia e r2 o registro do


terremoto do Japão, pode-se afirmar que (m1 / m2) é igual a:

a) 10 -1
b) 10 10
c) (0,1)10
d) 10/0,1
e) 1/0,1
5.
A intensidade do som, representada por I, é a potência do som recebida por uni-
dade de área de uma superfície, e é medida na unidade W/m².

A intensidade mais baixa que o ser humano ainda consegue ouvir é


I0 = 10 -12 W/m².

Quando ouvimos um som de intensidade I, o nível sonoro, representado por β, é


o número dado por
I
β = 10.log
I0
cuja unidade chama-se decibel (db).

Certo dia, na rua São Clemente no Rio de Janeiro, ao meio dia, foi medida a in-
tensidade sonora do tráfego de veículos de 10 -4 W/m².

Nesse momento, o nível sonoro foi de:

a) 100 db.
b) 80 db.
c) 60 db.
d) 40 db.
e) 90 db.

Mat. 81
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
Em física, denominamos por lei de Weber-Fechner a seguinte sentença: “a res-
posta a qualquer estímulo é proporcional ao logaritmo da intensidade do estí-
mulo”. Essa lei aplica-se aos cinco sentidos, mas as suas implicações são melhor
entendidas quando se refere aos estímulos provocados pelo som. Por exemplo
o nível sonoro (N) de um ambiente, em decibéis (dB), pode ser calculado por
ela,por meio da fórmula

N=

onde representa a intensidade sonora medida em watts por metro quadrado (W/
m²). Se, em um ambiente fechado, o nível sonoro de uma pessoa é 40dB, qual a
sua intensidade sonora?

a) 10-8 W/m²
b) 3.3x10-1 W/m²
c) 3.3x10 W/m²
d) 108 W/m²
2.
A intensidade I de um terremoto, medida na escala Richter, é um número real tal
que 0 ≤ I ≤ 8,9 sendo 8,9 a intensidade do maior terremoto já conhecido. Nessa
escala, a intensidade é dada pela expressão

representando E a energia liberada pelo terremoto, medida em quilowatt-hora,


E0 = 7 X 10 -3 kwh.

a) 5x10-9
b) 5x1015
c) 7x109
d) 7x10-9

3.
A meia-vida é o parâmetro que indica o tempo necessário para que a massa de
uma certa quantidade de radioisótopos se reduza à metade de seu valor. Consi-
dere uma amostra de 53 I133 , produzido no acidente nuclear, com massa igual a 2
g e meia-vida de 20 h. Após 100 horas, a massa dessa amostra, em miligramas,
será cerca de:

a) 62,5
b) 125

Mat. 82
c) 250
d) 500

4.
Eduardo tem atualmente uma dívida de R$ 6 300,00, que é resultado de um em-
préstimo de R$ 4 200,00, que não teve nenhum valor pago.

Como o empréstimo foi feito a juros compostos à taxa de 20% ao ano, e conside-
rando que log 2 = 0,3 e log 3 = 0,48, é CORRETO afirmar que o empréstimo foi
feito aproximadamente há:

a) 2 anos
b) 2 anos e 3 meses
c) 2 anos e 6 meses
d) 3 anos.

5.
Qual o valor de x na equação log2 log2 (2x + 6) = 2?

a) 47
b) 17
c) 64
d) 24
e) 39
6.
A raiz da equação log2log2 (3x - 3) = 2 pertence ao intervalo:

a) [1,2]
b) [2,4]
c) [4,6]
d) [6,8]
e) [8,10]

7.
Ao resolver uma equação, João encontrou as raízes x1 e x2 .
Se x1 = log3 2 e x2 = log9 4, a razão x1/x2 é igual a:

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4

8.
O número x > 1, tal que logx 2 = log4 x é:

Mat. 83
a)
2
2

b) 2 2

c) 2

d) 2 2

2
e) 4
QUESTÃO CONTEXTO
Rio-2016 admite erro em tratamento da água e atletas se incomodam com
cloro.

“O Comitê Organizador da Rio-2016 admitiu erro no tratamento da água do


Parque Aquático Maria Lenk, no Parque Olímpico. A água da piscina de sal-
tos ornamentais apareceu verde nas provas desta terça-feira (9).

A Fina emitiu um comunicado explicando que produtos químicos vazaram


dos tanques de água, alterando o pH e a cor. "A Fina pode confirmar que
a cor incomum da água observado durante as competições de saltos orna-
https://olimpiadas.
uol.com.br/noticias/ mentais na Rio-2016 se deu porque alguns produtos químicos dos reservató-
redacao/2016/08/10/
rio-2016-admite-erro-em- rios de água utilizados no processo de tratamento de água vazaram para a
tratamento-da-agua-e-
atletas-se-incomodam-com-
piscina. Como resultado, o pH da água estava fora do valor habitual, fazen-
cloro.htm do com que houvesse a descoloração".”

Suponha que o pH da piscina olímpica, naquele momento, era 10 e que o pH ide-


al de uma piscina seja aproximadamente 7. Sabendo que pH = - log [H+], diga a

Mat. 84
quantidade mínima de íons H+ que poderia estar na piscina e quantidade de íons
que, de fato, estavam.
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. d [H+] = 10-7 e [H+] = 10 -10, respectivamente.
2. c
3. d
4. b
5. b

02.
Exercícios para casa
1. d
2. c
3. a
4. b
5. a
6. d
7. a

Mat. 85
8. b
Mat. Semana 10

PC Sampaio
Alex Amaral
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06/04 Inequação produto


e inequação
Equação,
inequação e função
exponencial
quociente

08:00 11:00
18:00 21:00

07/04 Equação,
inequação e função
exponencial -
continuação

8:00
18:00

13/04 Exercícios de Logaritmos:


exponencial definição e
propriedades

08:00 11:00
18:00 21:00

20/04 Logaritmos: Função e inequação


definição e logarítmica
propriedades

08:00 11:00
18:00 21:00
27/04 Exercícios de Exercícios de
logaritmos revisão geral: 10
exercícios

08:00 11:00
18:00 21:00

28/04 Sequências: lei


de recorrência e
Fibonacci

08:00
18:00
20
Função e inequa- abr
ção logarítmica

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO → Função decrescente: 0 < base < 1

Definição
A função logarítmica é uma função que associa cada
número real positivo x ao seu logaritmo em uma de-
terminada base a, que deve ser um número real po-
sitivo diferente de 1.

x → f(x) = logax

Lembre-se de que o logaritmando é sempre positi-


vo, assim, o domínio dessa função deve ser obriga-
toriamente positivo, ou seja, é o conjunto dos núme-
ros reais positivos.

Obs: A função logarítmica é a inversa da função ex- → Inequação logarítmica:


ponencial.

Mat. 90
O primeiro passo para resolver uma inequação lo-
garítmica é escrever ambos os lados da desigualda-
de na forma de logaritmos de mesma base. Depois,
Gráfico transformamos a desigualdade entre logaritmos em
uma entre os logaritmandos, invertendo ou manten-
Já que a função logarítmica é a inversa da exponen- do o sinal da inequação de acordo com o valor da
cial, usamos o gráfico da exponencial como base. base.
Assim como na função exponencial, podemos divi-
dir as funções em dois casos, de acordo com o valor ✓ Caso I: base > 1
da base. Mantém-se o sinal da inequação.
logax > logay → x>y
→ Função crescente: base > 1
✓ Caso II: 0 < base < 1
Inverte-se o sinal da inequação.
logax > logay → x< y
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Observe o gráfico da função f a seguir, na qual o eixo y é uma assíntota vertical.

Assinale a alternativa que pode indicar a lei de formação de f.

a) f(x) = log2 (x – 1)
b) f(x) = log2 x – 1
c) f(x) = 2.log2 x
d) f(x) = 1 + log2 x

x log3 x ≤ 9 x
2.
A inequação é verificada para:

Mat. 91
a) 0 ≤ x
b) 1/9 < x < 3
c) x ≥ 3
d) 0 < x < 3
e) 1/3 ≤ x ≤ 9

3.
Em relação aos tremores de terra, a escala Richter atribui um número para quan-
tificar sua magnitude. Por exemplo, o terremoto no Nepal, em 12 de maio de
2015, teve magnitude 7,1 graus nessa escala. Sabendo-se que a magnitude y de
um terremoto pode ser descrita por uma função logarítmica, na qual x represen-
ta a energia liberada pelo terremoto, em quilowatts-hora, assinale a alternativa
que indica, corretamente, o gráfico dessa função.

a)

b)
c)

d)

e)

Mat. 92
4.
Uma régua de cálculo, instrumento muito usado antes da invenção das calcu-
ladoras eletrônicas, é formada por duas réguas graduadas: uma é fixa e a outra
pode se deslocar paralelamente à régua fixa. Ambas as graduações são logarít-
micas, isto é, a abscissa do ponto marcado x é proporcional a log(x). Fazendo
coincidir a marcação 1 da escala móvel com a marcação 4 da escala fixa, a mar-
cação 8 da escola móvel coincidirá com o ponto que, na escala fixa, está mar-
cado:

a)2
b)4
c)11
d)12
e)32

5.
Um engenheiro projetou um automóvel cujos vidros das portas dianteiras foram
desenhados de forma que suas bordas superiores fossem representadas pela
curva de equação y = log(x), conforme a figura.
A forma do vidro foi concebida de modo que o eixo x sempre divida ao meio a
altura h do vidro e a base do vidro seja paralela ao eixo x. Obedecendo a essas
condições, o engenheiro determinou uma expressão que fornece a altura h do
vidro em função da medida n de sua base, em metros.

A expressão algébrica que determina a altura do vidro é:

a)

b)

c)

d)

e)

Mat. 93
EXERCÍCIOS PARA CASA
log 4 ( x + 3) ≥ 2
1.
Os valores de x que satisfazem à inequação estão contidos
no intervalo:

a) x ≥ 2
b) -2 ≤ x ≤ 2
c) 0 ≤ x ≤ 20
d) 2 ≤ x ≤ 15
e) 13 ≤ x

2.
O número de soluções inteiras de log x < 2 é igual a :

a)1
b)2
c)99
d)100
e) Infinito
log x ( x + 6) =
2 é um número
3.
A solução da equação na variável real x,

a) primo.
b) par.
c) negativo.
d) irracional

log x + log x ² + log x3 + log x 4 =


−20
4.
Se , valor de x é:

a) 10
b) 0,1
c) 100
d) 0,01
e) 1

5. Atribuindo para log2 o valor 0,3, então o valor de 1000,3 é:

Mat. 94
a) 3.
b) 4.
c) 8.
d) 10.
e) 33.

x = log 2 3 + log 2 9 + log 2 27


6.
Seja . Então, correto afirmar:

a) 6 ≤ x ≤ 7
b) 7 ≤ x ≤ 8
c) 8 ≤ x ≤ 9
d) 9 ≤ x ≤ 10
e) x ≥ 10

7. Se
M = (4log5 9 )log4 5
, então é valor de m é igual a:

a) 3
b) 9
c) 27
d) 81
8.
É consenso, no mercado de veículos usados, que o preço de revenda de um au-
tomóvel importado decresce exponencialmente com o tempo, de acordo com a
função V = K.x t. Se 18 mil dólares é o preço atual de mercado de um determinado
modelo de uma marca famosa de automóvel importado, que foi comercializado
há 3 anos por 30 mil dólares, depois de quanto tempo, a partir da data atual, seu
valor de revenda será reduzido a 6 mil dólares? É dado que

log153 = 0,4 V = K.x t

V é o preço de revenda após t anos e K e x são constantes.

a) 5 anos
b) 7 anos
c) 6 anos
d) 8 anos
e) 3 anos

QUESTÃO CONTEXTO

Mat. 95
Magnitude aparente das estrelas

‘’A magnitude aparente (m) de um corpo celeste é um número que mede o seu bri-
lho como visto por um observador na Terra. Quanto mais brilhante um objeto pa-
rece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, com magnitude
aparente de -27, é o objeto mais brilhante do céu.

A escala utilizada para indicar a magnitude se origina na prática da Grécia an-


tiga de dividir as estrelas visíveis a olho nu em seis magnitudes. Às estrelas mais
brilhantes do céu noturno era atribuída a primeira magnitude (m = 1), enquanto as
estrelas mais tênues tinham a sexta magnitude (m = 6), que é o limite da percep-
ção visual humana (sem o auxílio de um telescópio). Cada grau de magnitude era
considerado como o dobro do brilho do grau seguinte (uma escala logarítmica),
embora esta razão fosse subjetiva, pois não existiam fotodetectores. Em 1856,
Norman Robert Pogson formalizou o sistema, definindo que uma estrela de pri-
meira magnitude é 100 vezes mais brilhante do que uma estrela de sexta magnitu-
de, estabelecendo assim a escala logarítmica ainda em uso hoje em dia.’’
Abaixo, temos a fórmula para o cálculo da magnitude de uma estrela, em que Fx é
o fluxo observado usando o filtro espectral x e Fx,0 é o fluxo de referência (ponto
zero) para aquele filtro fotométrico.

Sendo assim, a diferença de uma unidade na magnitude corresponde a uma mu-


dança no brilho por um fator de

a) 2
b) 25
c) 10-5
d) 100-5
e) 5
100
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. d e
2. e
3. b
4. e
5. e

02.
Exercícios para casa
1. e
2. c
3. a
4. d
5. d
6. d
7. b

Mat. 96
8. c
Por. Semana 10

Eduardo Valladares
(Bruna Basile)

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CRONOGRAMA

03/04 Semântica das


palavras invariáveis

09:15
19:15

10/04 Semântica de
conjunção

09:15
19:15

17/04 Semântica da
conjunção 2,
operadores
argumentativos e
coesão

09:15
19:15

24/04 Análise de questões


no modelo ENEM

09:15
19:15
17
Semântica abr
da conjunção 2

01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
As conjunções ou operadores argumentativos são → Operadores que indicam uma relação de condi-
palavras ou expressões responsáveis pela ligação, ção entre um antecedente e um consequente: se,
pela coesão de duas orações e servem para acentu- caso.
ar, introduzir, diminuir valores em determinadas sen- Exemplo: Se você não for ao médico, não melho-
tenças. Dessa forma, para estabelecer essa ligação, rará.
eles podem indicar: causa, consequência, conclu-
são, oposição ou ressalva, soma de ideias, objetivo → Operadores que indicam uma relação de tempo:
ou finalidade, entre outros. Por isso, existem diver- quando, assim que, logo que, no momento em que…
sos tipos de operadores que proporcionam diferen- Exemplo: Assim que você chegar, me ligue!
tes sentidos aos textos e eles são importantes por-
que garantem a coesão dos textos. → Operadores que indicam finalidade/objetivo:
para, para que, a fim de…
Exemplo: Eu estudo a fim de passar no vestibular.
Principais operadores argu-
mentativos Além disso, cabe ressaltar algumas diferenças se-
mânticas em relação às conjunções.
→ Operadores que somam argumentos: e, também,

Por. 100
ainda, não só… mas também, além de…, além dis- → A oração subordinada adverbial e a oração co-
so…, aliás. ordenada adversativa mantém uma relação de opo-
Exemplo: Além de ser muito inteligente, é ótimo sição entre duas ideias. Entretanto, apesar da se-
professor. melhança, elas apresentam diferenças entre si.
Enquanto a primeira apresenta a ideia menos impor-
→ Operadores que indicam conclusão: portanto, tante da oposição, a coordenada apresenta a ideia
logo, por conseguinte, pois, consequentemente. mais importante. Veja:
Exemplo: João tira notas baixas e trata mal os
professores, portanto não é um bom aluno. ✓ O trabalho consome a pessoa por completo, mas
a dignifica.
→ Operadores que indicam comparação entre ele- ✓ O trabalho dignifica a pessoa, mas a consome por
mentos a fim de uma conclusão: ...que, menos… completo.
que, tão… como.
Exemplo: Vamos colocar Luisa no lugar de Joa- → Algumas conjunções podem, no discurso, assu-
na, uma é tão competente quanto à outra. mir diversos significados de acordo com a relação
que estabelecem entre as orações. A conjunção ‘e’,
→ Operadores que indicam causa/explicação: por- por exemplo, não possui apenas o valor aditivo, mas
que, que, já que, pois, por causa de… também:
Exemplo: Estou triste, pois não fui bem na prova.
✓ Valor adversativo: Tanto tenho aprendido e não
→ Operadores que indicam oposição/idéias contrá- sei nada.
rias: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, em- ✓ Indicar uma consequência/conclusão: Embarco
bora, ainda que, posto que, apesar de… amanhã, e venho lhe dizer adeus.
Exemplo: Gabriel fez um bom trabalho, mas não ✓ Expressar uma finalidade: Ia decorá-la e transmi-
foi aprovado. ti-la ao irmão e à cachorra.
✓ Valor consecutivo: Estou sonhando, e não quero
→ Operadores que indicam o argumento mais forte que me acordem.
de um enunciado: até, mesmo, até mesmo, inclusi- ✓ Introduz uma expressão enfática: Você ignora
ve, pelo menos, no mínimo. que quem os cose sou eu, e muito eu.
Exemplo: João era muito ambicioso; queria ser,
no mínimo, o presidente da empresa onde tra-
balha.
→ Valor semântico da conjunção ‘’se’’: A conjunção alternativa “ou” pode ser empregada
✓ Valor condicional: Se você estudar, conseguirá tanto com valor de inclusão quanto de exclusão.
seu intento.
✓ Valor causal: Se você sabia que era proibido, por ✓ Maria pode-se casar com João ou Antonio.
que entrou lá? ✓ As plantas são prejudicadas pelo frio ou pelo ca-
✓ Valor concessivo: Se não ofendeu a todos, ainda lor excessivo.
assim insultou os mais velhos.
✓ Valor temporal: Se fala, irrita a todos. No primeiro item, a conjunção “ou” tem valor de ex-
clusão, pois se João se casar com Maria, Antonio fi-
→ Valor semântico da conjunção “como”: cará excluído do processo, ou vice e versa. Enquan-
✓ Valor aditivo: Não apenas é dedicado, como in- to no segundo item, a conjunção “ou” tem valor de
teligente. inclusão, pois tanto o frio, quanto o calor excessivo
✓ Valor comparativo: Simples e rápido como um prejudicam as plantas e a ocorrência de um não im-
passe de mágica. pede a do outro.
✓ Valor conformativo: Faço o trabalho como o regu-
lamento prescreve.
✓ Valor causal: Como estava chovendo, não fui ao
trabalho.

Por. 101
EXERCÍCIO DE AULA
1.
O mundo é grande
O mundo é grande e cabe
Nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
Na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
No breve espaço de beijar.
(
ANDRADE, Carlos Drummond de.Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 1983.)

Neste poema, o poeta realizou uma opção estilística: a reiteração de determi-


nadas construções e expressões linguísticas, como o uso da mesma conjunção
para estabelecer a relação entre as frases. Essa conjunção estabelece, entre as
idéias relacionadas, um sentido de:

a) comparação
b) conclusão.
c) oposição.
d) alternância.
e) finalidade.
2.
Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para dimi-
nuir o risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e der-
rame. Significa que manter uma alimentação saudável e praticar atividade
física regularmente já reduz, por si só, as chances de desenvolver vários
problemas. Além disso, é importante para o controle da pressão arterial,
dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o
estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as
chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento mé-
dico e moderação, é altamente recomendável.

ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.

As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam


na construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que

a) a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias.


b) o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.
c) o termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, introduz uma generali-
zação.
d) o termo “Também” exprime uma justificativa.
e) o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de colesterol e de glicose no

Por. 102
sangue”.

3.

Disponível em: http://


clubedamafalda.blogspot.
com.br. Acesso em: 21 set.
2011. (Foto: Reprodução)

Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor


está indicado pelo(a)

a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao


final.
b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as
ações.
c) retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele
atribuídos.
d) utilização da forma pronominal “la”, que reflete um tratamento formal do filho
em relação à “mãe”.
e) repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação de adição existente entre
as orações.
4.
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após
uma série de contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia
de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois
vocábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um
termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos
astros sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal do verbo
gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento
como o vírus se apossa do organismo infectado.

RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.

Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor
reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída
predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse.
O fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:

a) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significa-
va ‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper [...]”.

Por. 103
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do
organismo infectado.”

5.
Aumento do efeito estufa ameaça plantas, diz estudo.

O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante do uso de com-


bustíveis fósseis e das queimadas, pode ter consequências calamitosas para
o clima mundial, mas também pode afetar diretamente o crescimento das
plantas. Cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, mostraram que, em-
bora o dióxido de carbono seja essencial para o crescimento dos vegetais,
quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das plantas e têm
efeitos incalculáveis na agricultura de vários países.

O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32.

O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temá-
tica. A partir dessa perspectiva, conclui-se que

a) a palavra “mas”, na linha 2, contradiz a afirmação inicial do texto: linhas 1 e 2.


b) a palavra “embora”, na linha 4, introduz uma explicação que não encontra
complemento no restante do texto.
c) as expressões: “consequências calamitosas”, na linha 2, e “efeitos incalculá-
veis”, na linha 6, reforçam a ideia que perpassa o texto sobre o perigo do efeito
estufa.
d) o uso da palavra “cientistas”, na linha 3, é desnecessário para dar credibilidade
ao texto, uma vez que se fala em “estudo” no título do texto.
e) a palavra “gás”, na linha 5, refere-se a “combustíveis fósseis” e “queimadas”,
nas linhas 1 e 2, reforçando a ideia de catástrofe.
EXERCÍCIO DE CASA
1.
Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em crônica
de jornal - eu não fazia isso há muitos anos, enquanto me escondia em poe-
sia e ficção. Crônica algumas vezes também é feita, intencionalmente, para
provocar. Além do mais, em certos dias mesmo o escritor mais escolado não
está lá grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para recla-
mar: moderna demais, antiquada demais.

Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os


textos que parecem passar despercebidos, outros rendem um montão de
recados: “Você escreveu exatamente o que eu sinto”, “Isso é exatamente o
que falo com meus pacientes”, “É isso que digo para meus pais”, “Comentei
com minha namorada”. Os estímulos são valiosos pra quem nesses tempos
andava meio assim: é como me botarem no colo ‒ também eu preciso. Na
verdade, nunca fui tão posta no colo por leitores como na janela do jornal.
De modo que está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos
que iam acabar neste livro, outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério
ser sério… mesmo quando parece que estou brincando: essa é uma das ma-
ravilhas de escrever. Como escrevi há muitos anos e continua sendo a minha

Por. 104
verdade: palavras são meu jeito mais secreto de calar.

LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de janeiro: Record, 2004.

Os textos fazem uso constante de recurso que permitem a articulação entre suas
partes. Quanto à construção do fragmento, o elemento

a) “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”.


b) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
c) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
d) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.
e) “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.

2.
Labaredas nas trevas Fragmentos do diário secreto de Teodor Konrad Na-
lecz Korzeniowski

20 DE JULHO [1912]

Peter Sumerville pede-me que escreva um artigo sobre Crane. Envio-lhe uma
carta: “Acredite-me, prezado senhor, nenhum jornal ou revista se interessa-
ria por qualquer coisa que eu, ou outra pessoa, escrevesse sobre Stephen
Crane. Ririam da sugestão. […] Dificilmente encontro alguém, agora, que
saiba quem é Stephen Crane ou lembre-se de algo dele. Para os jovens es-
critores que estão surgindo ele simplesmente não existe.”
20 DE DEZEMBRO [1919]

Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal. Sou reconhecido como o
maior escritor vivo da língua inglesa. Já se passaram dezenove anos desde
que Crane morreu, mas eu não o esqueço. E parece que outros também não.
The London Mercury resolveu celebrar os vinte e cinco anos de publicação
de um livro que, segundo eles, foi “um fenômeno hoje esquecido” e me pe-
diram um artigo.

FONSECA, R. Romance negro e outras histórias. São Paulo: Companhia


das Letras, 1992 (fragmento).

Na construção de textos literários, os autores recorrem com frequência a expres-


sões metafóricas. Ao empregar o enunciado metafórico “Muito peixe foi embru-
lhado pelas folhas de jornal”, pretendeu-se estabelecer, entre os dois fragmentos
do texto em questão, uma relação semântica de

a) causalidade, segundo a qual se relacionam as partes de um texto, em que uma


contém a causa e a outra, a consequência.
b) temporalidade, segundo a qual se articulam as partes de um texto, situando no
tempo o que é relatado nas partes em questão.

Por. 105
c) condicionalidade, segundo a qual se combinam duas partes de um texto, em
que uma resulta ou depende de circunstâncias apresentadas na outra.
d) adversidade, segundo a qual se articulam duas partes de um texto em que uma
apresenta uma orientação argumentativa distinta e oposta à outra.
e)finalidade, segundo a qual se articulam duas partes de um texto em que uma
apresenta o meio, por exemplo, para uma ação e a outra, o desfecho da mesma.

3.
O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava
fazer uma forte marcação no meio campo e tentar lançamentos para Victor
Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de
bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área al-
vinegra por causa do bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua área.

No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após cruzamento da


direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da
área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan.
Disponível em: http:// Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo
momentodofutebol.blogspot.
com (adaptado). da rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0.

O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol,
realizado em 2009, contém vários conectivos, sendo que

a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter


rebatido a bola de cabeça.
b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possí-
veis para serem aplicadas no jogo.
c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no
jogo em ordem cronológica de ocorrência.
d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola”, ter dificulda-
de não é algo naturalmente esperado.
e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamen-
go motivaram o Botafogo a fazer um bloqueio.
4.
Os filhos de Anna eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam,
tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais com-
pletos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros.
O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas
o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se
quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como
um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas
essas apenas.

LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado.


Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos ele-
mentos que articulam o texto, o conectivo mas

a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto.


b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da
frase.
c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase.
d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor.
e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.

Por. 106
5.
Manuel Bandeira

Filho de engenheiro, Manuel Bandeira foi obrigado abandonar os estudos


de arquitetura por causa da tuberculose. Mas a iminência da morte não
marcou de forma lúgubre sua obra, embora em seu humor lírico haja sempre
um toque de funda melancolia, e na sua poesia haja sempre um certo toque
de morbidez, até no erotismo.

Tradutor de autores como Marcel Proust e William Shakespeare, esse nosso


Manuel traduziu mesmo foi a nostalgia do paraíso cotidiano mal idealizado
por nós, brasileiros, órfãos de um país imaginário, nossa Cocanha perdida,
Pasárgada. Descrever seu retrato em palavras é uma tarefa impossível, de-
pois que ele mesmo já o fez tão bem em versos.

Revista Língua Portuguesa, n° 40, fev. 20

A coesão do texto é construída principalmente a partir do (a)

a) repetição de palavras e expressões que entrelaçam as informações apresen-


tadas no texto.
b) substituição de palavras por sinônimos como “lúgubre” e “morbidez”, “melan-
colia” e “nostalgia”.
c) emprego de pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos: “sua”, “seu”,
“esse”, “nosso”, “ele”.
d) emprego de diversas conjunções subordinativas que articulam as orações e
períodos que compõem o texto.
e) emprego de expressões que indicam sequência, progressividade, como “imi-
nência”, “sempre”, “depois”.
6.
Apesar de

Não lembro quem disse que a gente gosta de uma pessoa não por causa de,
mas apesar de. Gostar daquilo que é gostável é fácil: gentileza, bom humor,
inteligência, simpatia, tudo isso a gente tem em estoque na hora em que co-
nhece uma pessoa e resolve conquistá-la. Os defeitos ficam guardadinhos
nos primeiros dias e só então, com a convivência, vão saindo do esconderijo
e revelando-se no dia a dia. Você então descobre que ele não é apenas gen-
til e doce, mas também um tremendo casca-grossa quando trata os próprios
funcionários. E ela não é apenas segura e determinada, mas uma chorona
que passa 20 dias por mês com TPM. E que ele ronca, e que ela diz palavrão
demais, e que ele é supersticioso por bobagens, e que ela enjoa na estrada,
e que ele não gosta de criança, e que ela não gosta de cachorro, e agora?
Agora, convoquem o amor para resolver essa encrenca.

MEDEIROS, M. Revista O Globo, n. 790, 12 jun. 2011 (adaptado).

Há elementos de coesão textual que retomam informações no texto e outros que


as antecipam. Nos trechos, o elemento de coesão sublinhado que antecipa uma
informação do texto é

Por. 107
a) “Gostar daquilo que é gostável é fácil [...]”.
b) “[...] tudo isso a gente tem em estoque [...]”.
c) “[...] na hora em que conhece uma pessoa [...]”.
d) “[...] resolve conquistá-la.”
e) “[...] para resolver essa encrenca.”

7.
Tarefa

Morder o fruto amargo e não cuspir


Mas avisar aos outros quanto é amargo
Cumprir o trato injusto e não falhar
Mas avisar aos outros quanto é injusto
Sofrer o esquema falso e não ceder
Mas avisar aos outros quanto é falso
Dizer também que são coisas mutáveis...
E quando em muitos a não pulsar
— do amargo e injusto e falso por mudar —
então confiar à gente exausta o plano
de um mundo novo e muito mais humano.

CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.

Na organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam, para


além de sua função sintática,

a) a ligação entre verbos semanticamente semelhantes.


b) a oposição entre ações aparentemente inconciliáveis.
c) a introdução do argumento mais forte de uma sequência.
d) o reforço da causa apresentada no enunciado introdutório.
e) a intensidade dos problemas sociais presentes no mundo.
8.
Racismo e Fraude

A campanha para provar que o Brasil é um país racista não esmorece. Há


uma semana, o IBGE divulgou pesquisa sobre emprego e raça, e os jornais
concluíram que os dados “comprovavam” que os negros são discriminados
no mercado de trabalho. A pesquisa revelou que os negros - a soma de pre-
tos e pardos - são a maioria dos desempregados, têm as piores ocupações e
ganham a metade do salário dos brancos. Mas nada no estudo permitia di-
zer que os negros estão nessa condição porque o Brasil é racista ou porque
os brancos são racistas ou porque os empregadores discriminam os negros.

O nosso problema não é o racismo, mas a pobreza e o modelo econômico


que, ao longo dos anos, só fizeram concentrar a renda: os que eram pobres
- e os negros, ex-escravos, por definição foram os despossuídos da nação
- permaneceram pobres ou ficaram mais pobres; e os que eram ricos, ricos
ficaram ou enriqueceram mais ainda. O Brasil deveria estar unido para re-
solver esse problema, distribuindo renda e investindo maciçamente em edu-
cação. Quando os pobres deste país tiverem uma educação de qualidade,
todos terão a mesma chance no mercado de trabalho. E as distorções entre
brancos e negros terão um fim.

Por. 108
Adap. de KAMEL, Ali. JORNAL O GLOBO, 15/06/2004, p. 7.

“Há uma semana, o IBGE divulgou pesquisa sobre emprego e raça, e os jornais
concluíram que os dados ‘comprovavam’ que os negros são discriminados no
mercado de trabalho.”

Para eliminar a repetição do conectivo que na última oração desse período, po-
de-se reescrevê-la da seguinte forma:

a) sendo os negros discriminados no mercado de trabalho.


b) tendo sido os negros discriminados no mercado de trabalho.
c) serem os negros discriminados no mercado de trabalho.
d) discriminam os negros no mercado de trabalho.
e) discriminando os negros no mercado de trabalho.
QUESTÃO CONTEXTO

Versão do clássico A Bela e a Fera com atores. Moradora de uma pequena aldeia
francesa, Bela tem o pai capturado pela Fera e decide entregar sua vida ao estra-
nho ser em troca da liberdade do progenitor. No castelo ela conhece objetos má-

Por. 109
gicos e descobre que a Fera é na verdade um príncipe que precisa de amor para
voltar à forma humana.

Os textos acima fazem parte da sinopse do filme “A Bela e a Fera” apresentado


por uma rede de cinemas. Identifique um operador argumentativo e estabeleça
a relação que ele possui dentro da frase.

GABARITO
01. 03.
Exercício de aula Questão Contexto
1. c No texto, a frase “Bela tem o pai capturado pela Fera
2. a e decide entregar sua vida ao estranho ser (...) tem
3. a como operador argumentativo a conjunção “e” que
4. e estabelece uma relação de consequência com o res-
5. c to da frase.

02.
Exercício de casa
1. a
2. b
3. d
4. e
5. c
6. a
7. c
8. c
Qui. Semana 10

Allan Rodrigues
Xandão
(Gabriel Pereira)

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CRONOGRAMA

04/04 Funções Funções


inorgânicas: bases inorgânicas: ácidos

11:00
08:00 21:00
18:00

11/04 Funções Teorias ácido-base


inorgânicas: sais

08:00 11:00
18:00 21:00

18/04 Reações químicas Balanceamento


de equações por
tentativa e reações
redox

08:00 11:00
18:00 21:00

25/04 Balanceamento Relações númericas


redox

08:00 09:00
18:00 19:00
18
Reações abr
químicas
Adição, decomposição, simples troca
e dupla troca, condições para ocor-
rência de reações

01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Reações químicas: adição, decomposição, simples → Simples troca ou deslocamento
troca e dupla troca, condições para ocorrência de
reações As reações de simples troca ou deslocamento são
aquelas onde existe a substituição do cátion ou do
ânion de uma substância por um novo cátion ou
Reações químicas ânion derivado de uma substância simples.

As reações químicas são processos que transfor- Deslocamento do cátion: AB + C → CB + A


mam uma ou mais substâncias, chamados reagen- Deslocamento do ânion: AB + D → AD + B
tes, em outras substâncias, chamadas produtos.
Na química inorgânica podemos classificar as rea- Ex.:
ções em quatro tipos diferentes: ✓ Deslocamento do cátion:

→ Adição ou síntese Ocorre: CuCℓ2 + Zn → ZnCℓ2 + Cu


O Zn é mais reativo que o Cu, portanto, conse-
As reações de adição ou síntese são aquelas onde gue substituí-lo no CuCl2.
substâncias se juntam formando uma única substân-

Qui. 113
cia. Não ocorre: KBr + Hg → X
O Hg é menos reativo que o K, portanto, não
R1 + R2 + Rn → Produto consegue substituí-lo no KBr.

✓ Síntese total
Somente substâncias simples no reagente. ✓ Deslocamento do ânion:
Ex.:
C + O2 → CO2 Ocorre: 2 KBr + Cℓ2 → 2 KCℓ + Br2
S + O2 + H2 → H2SO4 O Cℓ é mais reativo que o Br, portanto, consegue
substituí-lo no KBr.
✓ Síntese parcial
Pelo menos uma substância composta nos reagen- Não ocorre: 2NaCℓ + I2 → X
tes. O I é menos reativo que o Cl, portanto, não con-
Ex.: segue substituí-lo no NaCℓ
SO2 + ½ O2 → SO3
CaO + H2O → Ca(OH)2 → Dupla troca ou permutação

→ Decomposição ou análise As reações de dupla troca ou permutação são aque-


las que ocorrem entre substâncias compostas, ha-
As reações de decomposição ou análise são aque- vendo uma troca de espécies químicas que resulta
las onde uma substância dá origem a duas ou mais na formação de novas substâncias compostas.
substâncias.
AB + CD → AD + CB
Reagente → P1 + P2 + Pn
Ex.:
Ex.: AgBr + Aℓ2S3 → AℓBr3 + Ag2S
CaCO3 + CaO + CO2 Pirólise
H2O H2 + O2 Eletrólise O cátion Ag+ do AgBr se liga ao ânion S-2 do
2 Ag2O 4Ag + O2 Fotólise Aℓ2S3, e o cátion Aℓ+3 do Aℓ2S3 se liga ao Br- do
AgBr.
Obs.: Condições para ocorrência das reações de du- ✓ Formação de gás
pla troca
CaCO3 + HCℓ → H2O + CO2(gás) + CaC2
✓ Formação de eletrólitos fracos
✓ Formação de precipitado
Na2S + H2SO4 → H2S(eletrólito fraco) + Na2SO4
AgNO3 + NaCℓ → AgCℓ(precipitado - sólido) +
NaNO3

Tabela de reatividade dos metais:

Tabela de reatividade dos ametais:

Qui. 114
Tabela de solubilidade:
EXERCÍCIO DE AULA
1.
Os portugueses tiveram grande influência em nossa cultura e hábitos alimenta-
res. Foram eles que trouxeram o pão, produzido a base de cereais, como o trigo,
a aveia e a cevada.

Para fazer a massa de pães e bolos aumentarem de volume, e comum o uso de


algumas substâncias químicas:

I. O bromato de potássio era comumente utilizado no preparo do pão francês;


no entanto, nos dias atuais, essa substância está proibida mesmo em pequenas
quantidades. O bromato de potássio era utilizado para proporcionar um aumen-
to de volume no produto final devido a formação de O2 conforme a reação

II. A adição de fermentos, como o bicarbonato de sódio no preparo de bolos,


é utilizada desde a antiguidade até os dias atuais e resulta no crescimento da
massa e na maciez do bolo. O bicarbonato de sódio, devido à liberação de gás
carbônico, é utilizado para expandir a massa e deixá-la fofa, conforme a reação

Qui. 115
Sobre essas reações, é correto afirmar que

a) a primeira é de síntese e a segunda é de deslocamento.


b) a primeira é de decomposição e a segunda é de deslocamento.
c) a primeira é de síntese e a segunda é de decomposição.
d) as duas são de decomposição.
e) as duas são de síntese, pois formam O2 e CO2 respectivamente.

2.
Na produção de eletricidade, são, algumas vezes, usados geradores a óleo.
Quando o óleo queima, produz SO2 que deve ser eliminado antes de ser emitido
ao ar, pois é formador de chuva ácida. Um dos métodos para a sua eliminação
usa o calcário, produzindo sulfito de cálcio que, posteriormente, é removido por
precipitação eletrostática.

As reações envolvidas na eliminação do SO2 são:

1. CaCO3 → CaO (s) + CO2 (g)


2. CaO (s) + SO2 (g) → CaSO3(s)

As reações 1 e 2 denominam-se, respectivamente, reações de

a) deslocamento e análise.
b) deslocamento e síntese.
c) síntese e análise.
d) análise e síntese.
e) síntese e deslocamento.
3.
Dadas as equações químicas abaixo, responda à(s) questão(ões):

Quais os tipos de reações, respectivamente, que ocorrem nas equações I, II e


III?

a) Aeração, hidrogenação e sulfonação.


b) Hidrólise, cloração e oxirredução.
c) Combustão, neutralização e decomposição.
d) Dupla troca, ácido-base e combustão.
e) Neutralização, dupla troca e oxirredução.

4.
O quadro a seguir relaciona ordem, equação química e onde as mesmas ocorrem:

Qui. 116
As equações químicas I, II, III e IV correspondem, nessa ordem, aos seguintes
tipos de reação:

a) I-síntese; II-análise; III-deslocamento e IV-dupla troca.


b) I-dupla troca; II-síntese; III-deslocamento e IV-análise.
c) I-análise; II-síntese; III-deslocamento e IV-dupla troca.
d) I-síntese; II-análise; III-dupla troca e IV-deslocamento.
e) I-deslocamento; II-análise; III-síntese e IV-dupla troca.

5.
Texto I

As primeiras teorias para a composição da matéria

Historicamente, a humanidade buscou explicações para entender de que as coisas


são feitas. Alguns séculos a.C, surgem na Grécia as primeiras especulações de que
se tem registro. Demócrito e Leucipo acreditavam que tudo era feito de minúsculas
partículas indivisíveis (átomos). Competindo com essa ideia, aparece a teoria dos
quatro elementos, que sugeria que todo material seria constituído pela combina-
ção de água, ar, fogo e terra. Dada a influencia política e filosófica de importantes
simpatizantes desta teoria, entre eles Aristóteles de Estagira, esta se impôs até o
século XVIII d.C. No entanto, nesse século, compreender a queima de alguns ma-
teriais se tornara essencial para o desenvolvimento da indústria da época. Assim,
surge entre os alquimistas (os precursores dos químicos modernos) uma teoria er-
rônea que afirmava que os materiais que queimam são ricos em um componente
chamado flogiston. Apesar do flogiston não existir, segundo a visão química atual,
ele foi um passo para a queda da teoria dos quatro elementos. Para os defensores
do flogiston, a madeira queima perdendo flogiston, por isso fica mais leve, resul-
tando em cinzas, que não queimam.

Texto II:

A queda das teorias dos quatro elementos e do flogiston

Grandes passos para ampliação do entendimento humano sobre a constituição


da matéria foram dados por Henry Cavendish, Joseph Priestley e Antoine Lavoi-
sier. Cavendish fez uma experiência adicionando zinco metálico em ácido. Atento,
percebeu a formação de bolhas de gás. Ao atear fogo nesse gás, Cavendish ob-
servou que ele era extremamente inflamável. Entretanto, influenciado pela teoria
do flogiston, Cavendish não sabia que tinha isolado o mais simples dos elementos,
o hidrogênio. Ele acreditava que tinha finalmente isolado o tal flogiston. Por sua
vez, Priestley aqueceu óxido de mercúrio de tal forma a obter mercúrio metálico,
quando observou a formação de um novo gás. Ele tentou asfixiar dois ratinhos
com esse gás, mas percebeu que eles ficavam mais espertos que antes, Então, ele
mesmo experimentou o gás e ficou maravilhado. Certamente, ele não imaginava

Qui. 117
que tinha conseguido isolar um dos gases mais importantes para os seres vivos,
o oxigênio.

Numa cartada genial, Lavoisier utilizou balanças muito precisas para medir as va-
riações de peso nos experimentos de Priestley. De forma inusitada, mediu também
a reação inversa. Desses e de outros experimentos, ele percebeu que a massa per-
dida quando um óxido se transformava em metal era a mesma que se acrescen-
tava quando o metal se convertia em óxido novamente. Assim, Lavoisier nos con-
venceu de que o flogiston não existia e a combustão se devia à adição de um dos
componentes do ar aos materiais que queimam. Aplicando isto à queima do gás
de Cavendish, Lavoisier chega à conclusão que a água não é um elemento, mas,
sim, um composto, formado pelos gases de Cavendish e Priestley. Assim caíam as
teorias do flogiston e dos quatro elementos.

Os tipos de reações químicas que ocorrem nos experimentos de Cavendich (ob-


tenção do gás hidrogênio); Priestley (obtenção do gás oxigênio); e Lavoisier (ob-
tenção da água a partir da combustão do gás hidrogênio), respectivamente, são:

a) Dupla troca, decomposição e adição.


b) Decomposição, adição e simples troca.
c) Simples troca, adição e decomposição.
d) Simples troca, decomposição e adição.
e) Adição, decomposição e adição.
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
I. 2 NO2 → N2O4

II. (NH4)2Cr2O7 → Cr2O3 + N2 + 4 H2O

III. Zn + CuSO4 → ZnSO4 + Cu

IV. Na2CO3 + 2 HCℓ → 2 NaCℓ + H2O + CO2

As reações I, II, III e IV, acima representadas, são classificadas, respectivamen-


te, como:

a) síntese, análise, dupla-troca e simples-troca.


b) análise, adição, dupla-troca e simples-troca.
c) síntese, análise, dupla-troca e decomposição.
d) adição, decomposição, deslocamento e dupla-troca.
e) análise, decomposição, deslocamento e dupla-troca.

Qui. 118
2.
Amiga Helena Sangirardi
Conforme um dia eu prometi
Onde, confesso que esqueci
E embora - perdoe - tão tarde

(Melhor do que nunca!) este poeta


Segundo manda a boa ética
Envia-lhe a receita (poética)
De sua feijoada completa

Em atenção ao adiantado
Da hora em que abrimos o olho
O feijão deve, já catado
Nos esperar, feliz, de molho.
(...)

Só na última cozedura
Para levar à mesa, deixa-se
Cair um pouco de gordura
Da linguiça na iguaria - e mexa-se.

Que prazer mais um corpo pede


Após comido um tal feijão?
- Evidentemente uma rede
E um gato pra passar a mão...

Dever cumprido. Nunca é vã


A palavra de um poeta... - jamais!
Abraça-a, em Brillat-Savarin
O seu Vinícius de Moraes.

(Feijoada à minha moda, de Vinícius de Moraes.)


Após a feijoada, além da "rede e um gato pra passar a mão", muitos apelam para
um antiácido, como o bicarbonato de sódio, que remove o HCℓ em excesso no
estômago, ocorrendo as reações:

(1) HCℓ + NaHCO3 → NaCℓ + H2CO3


(2) H2CO3 → H2O + CO2

As reações (1) e (2) classificam-se, respectivamente, como:

a) dupla troca - síntese.


b) simples troca - síntese.
c) dupla troca - decomposição.
d) síntese - simples troca.
e) síntese - decomposição.

3.
Observe as equações a seguir:

I - 2 KCℓO3 → 2 KCℓ + 3 O2
II - 2 NO2 → N2O4

Qui. 119
III - Na2CO3 + 2HCℓ → 2 NaCℓ + H2O + CO2
IV - 2 Mg + 2 AgNO3 → Mg(NO3)2 + 2 Ag

Assinale a alternativa que representa, respectivamente, a sequência das reações


de síntese, análise, simples troca e dupla troca:

a) II, I, IV, III


b) I, II, III, IV
c) IV, I, II, III
d) II, I, III, IV
e) III, IV, I, II

4.
As reações químicas podem ser classificadas de acordo com as suas especifici-
dades.

I) 2KCℓO3(s) → 2KCℓ(s) + 3O2(g)


II) FeCℓ3(aq) + 3 KSCN(aq) → Fe(SCN)3(aq) + 3 KCℓ(aq)
III) Na(s) + H2O(ℓ) → NaOH(aq) + 1/2 H2(g)
IV) N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g)
V) SnCℓ2(aq) + 2FeCℓ3(aq) → SnCℓ4(aq) + 2FeCℓ2(aq)

A respeito das equações, numeradas de I a V, está correto afirmar que a reação:

a) I é de síntese ou adição.
b) II é de oxirredução.
c) III é de simples troca ou deslocamento.
d) IV é de análise ou decomposição.
e) V é de dupla troca.
5.
Fazendo-se a classificação das reações abaixo:

(I) CuSO4 + 2NaOH → Cu(OH)2 + Na2SO4


(II) Cu(OH)2 → CuO + H2O
(III) Zn + 2AgNO3 → 2Ag + Zn(NO3)2
(IV) NH3 + HCℓ → NH4Cℓ

A ordem correta é:

a) Decomposição, simples troca, dupla troca, adição.


b) Dupla troca, adição, simples troca, análise.
c) Dupla troca, análise, deslocamento, síntese.
d) Deslocamento, análise, dupla troca, adição.
e) Dupla troca, decomposição, síntese, simples troca.

6.
Para que a água possa ser consumida pela população, precisa passar por um
processo que elimina todos os seus poluentes. O tratamento da água se faz em
duas fases: tratamento primário (os poluentes são eliminados por processos fí-
sicos) e tratamento secundário (os poluentes são eliminados por processos quí-

Qui. 120
micos). No tratamento secundário, existe uma fase denominada coagulação ou
floculação representada pela equação:

Aℓ2(SO4)3 + 3Ca(OH)2 → 2Aℓ(OH)3 + 3CaSO4

e, uma outra, a da desinfecção, que se dá por adição de hipoclorito de sódio


(NaCℓO).

Identifique a opção que apresenta uma afirmativa correta em relação ao trata-


mento da água por processos químicos:

a) a fase de coagulação é representada por uma reação de dupla troca;


b) o hipoclorito de sódio (NaCℓO) é um sal orgânico;
c) a fase de coagulação é representada por uma reação de desproporcionamento;
d) o sulfato de cálcio (CaSO4) é um sal básico;
e) o Ca(OH)2 é uma monobase.

7.
Nas cinco equações químicas enumeradas abaixo, estão representadas reações
de simples troca, também chamadas reações de deslocamento:

1) Fe(s) + 2 AgNO3(aq) → Fe(NO3)2(aq) + 2 Ag(s)


2) 3 Ni(s) + 2 AlCℓ3(aq) → 3 NiCℓ2(aq) + 2 Aℓ(s)
3) Zn(s) + 2 HCℓ(aq) → ZnCℓ2(aq) + H2(g)
4) Sn(s) + 2 Cu(NO3)2(aq) → Sn(NO3)4(aq) + 2 Cu(s)
5) 2 Au(s) + MgCℓ2(aq) → 2 AuCℓ(aq) + Mg(s)

Analisando essas equações, com base na ordem decrescente de reatividades


(eletropositividades) mostrada a seguir, Mg > Al > Zn > Fe > Ni > H > Sn > Cu > Ag
> Au , pode-se prever que devem ocorrer espontaneamente apenas as reações
de número
a) 3, 4 e 5.
b) 2, 3 e 5.
c) 1, 2 e 3.
d) 1, 3 e 4.
e) 2, 4 e 5

8.
Abaixo são fornecidos os resultados das reações entre metais e sais.

De acordo com as reações acima equacionadas, a ordem decrescente de reativi-


dade dos metais envolvidos em questão é:

a) Al, Fe e Ag.

Qui. 121
b) Ag, Fe e Al
c) Fe, Al e Ag.
d) Ag, Al e Fe.
e) Al, Ag e Fe.
QUESTÃO CONTEXTO
A história do sabão

A fabricação de sabão é, sem dúvida, uma das atividades industriais mais


antigas de nossa civilização. Sua origem remonta a um período anterior ao
século XXV a.C.. Nesses mais de 4500 anos de existência, a indústria sabo-
eira evoluiu acumulando enorme experiência prática, além de estudos teóri-
cos desenvolvidos por pesquisadores.

Tecnicamente, a indústria do sabão nasceu muito simples e os primeiros pro-


cessos exigiam muito mais paciência do que perícia. Tudo o que tinham a fa-
zer, segundo a história, era misturar dois ingredientes: cinza vegetal, rica em
carbonato de potássio, e gordura animal. Então, era esperar por um longo
tempo até que eles reagissem entre si. O que ainda não se sabia era que se
tratava de uma reação química de saponificação.

O sabão, na verdade, nunca foi “descoberto”, mas surgiu gradualmente de


misturas de materiais alcalinos e matérias graxas (alto teor de gordura). Os
primeiros aperfeiçoamentos no processo de fabricação foram obtidos subs-

Qui. 122
tituindo as cinzas de madeira pela lixívia rica em hidróxido de potássio, obti-
da passando água através de uma mistura de cinzas e cal. Porém, foi somen-
te a partir do século XIII que o sabão passou a ser produzido em quantidades
suficientes para ser considerado uma indústria.

Até os princípios do século XIX, pensava-se que o sabão fosse uma mistu-
ra mecânica de gordura e álcali. Foi quando Chevreul, um químico francês,
mostrou que a formação do sabão era na realidade uma reação química.
Nessa época, Domier completou estas pesquisas, recuperando a glicerina
das misturas da saponificação.

Durante 2.000 anos, os processos básicos de fabricação de sabões perma-


neceram praticamente imutáveis. As modificações maiores ocorreram no
pré-tratamento das gorduras e dos óleos, na obtenção de novas e melhores
http://www.crq4.org.br/ matérias-primas, no processo de fabricação e no acabamento do sabão, por
quimica_viva__saneantes_
prodquim exemplo, na secagem por atomização para obtenção do sabão em pó.

A respeito da reação de saponificação, está correto afirmar que a reação trata-


-se de uma:

a) síntese ou adição.
b) simples troca ou deslocamento.
c) análise ou decomposição.
d) dupla troca ou permutação.
e) combustão.
GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. d d
2. d
3. c
4. b
5. d

02.
Exercícios para casa
1. d
2. c
3. a
4. c
5. c
6. a

Qui. 123
7. d
8. a
Tabela Periódica dos Elementos
1 18
IA VIIIA

1 2
H
Hidrogênio
2 13 14 15 16 17 He
Hélio
1 IIA
1,008 IIIA IVA VA VIA VIIA 4,003

3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be B Boro
C N
Nitrogênio
O
Oxigênio
F Ne
2 Berílio Carbono Flúor Neônio
6,940 9,012 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18

11 12 13 14 15 16 17 18

3
Na
Sódio
Mg
Magnésio 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Al
Alumínio
Si
Silício
P
Fósforo
S
Enxofre
Cl Cloro
Ar
Argônio
22,99 24,31 IIIB IVB VB VIB VIIB VIII VIII VIII IB IIB 26,98 28,08 30,97 32,06 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36

4
KPotássio
Ca
Cálcio
Sc
Escândio
Ti
Titânio
V
Vanádio
Cr
Cromio
Mn
Manganês
Fe
Ferro
Co
Cobalto
Ni
Níquel
Cu
Cobre
ZnZinco
Ga
Gálio
Ge
Germânio
As
Arsênio
Se
Selênio
Br Bromo
Kr
Criptônio
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,38 69,72 72,63 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54

5 Rb Sr
Estrôncio
Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Iodo
Xe
Xenônio
Rubídio Ítrio Zircônio Nióbio Molibdênio Tecnécio Rutênio Ródio Paládio Prata Cádmio Índio Estanho Telúrio
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,96 (98) 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 57 a 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
6 Cs
Césio
Ba
Bário La-Lu HfHáfnio
Ta
Tântalo
W
Tungstênio
Re
Rênio
Os
Ósmio
IrIrídio
Pt AuOuro
Hg
Mercúrio
Tl
Tálio
Pb
Chumbo
Bi
Bismuto
Po
Polônio
At
Astato
Rn
Radônio
Lantanídeos
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,2 208,98 209 210 222

87 88 89 a 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
7 Fr Ra Ac-Lr Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh Fl Mc Lv Ts Og
Frâncio Rádio Rutherfórdio Dúbnio Seabórgio Bóhrio Hássio Meitnério Darmstádio Roentgênio Copernício Nihonium Fleróvio Moscovium Livermório Tennessine Oganesson
223 226,03 261 262 263 262 265 266 271 272 285 286 289 288 292 294 294

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Lantânio Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio Disprósio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio
138,91 140,12 140,91 144,24 145 150,36 151,96 157,25 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,05 174,97

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Tório Urânio Netúnio Plutônio Amerício Cúrio Berquélio Califórnio Einstênio Férmio Mendelévio Nobélio Laurêncio
número 227 231,04 238,03 262
atômico 232,04 237,05 244 243 247 247 251 252 257 258 259

Símbolo
Nome Gases Semimetais Não-metais Metais Metais de Lantanídeos Actineídos
transicão
massa atômica
18
Balancea- abr
mento de equa-
ções por tenta-
tiva e reações
redox
01. Resumo
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
A Lei de Conservação das Massas proposta por La- Balanceamento pelo método
voisier diz: REDOX ou Oxi-redução
"Na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se Para o balanceamento por REDOX os elementos são
transforma". balanceados pelo seguinte passo-a-passo:

Essa lei indica que durante uma reação química áto- → Determinar o Nox de todos os elementos em to-
mos não são criados e nem destruídos, eles apenas dos os compostos do reagente e do produto;
sofrem rearranjo para formar novas substâncias, → Identificar os elementos que sofrem oxidação e
mantendo a quantidade de átomos de cada elemen- redução;
to igual nos reagentes e nos produtos. Essa igualda- → Calcular a variação do Nox dos elementos que
de é obtida por meio do balanceamento dos coefi- sofreram oxidação e redução e multiplicar pela sua
cientes da equação. maior atomicidade;
→ Colocar o resultado do elemento que sofreu oxi-
dação em quem sofreu redução e vice-versa;
Balanceamento pelo método → Terminar o balanceamento pelo método de ten-
de tentativas tativas.

Qui. 126
Número de átomos de cada elemento dos reagen- Ex.:
tes = Número de átomos de cada elemento dos 1) Determinar o Nox de todos os elementos em
produtos todos os compostos do reagente e do produto:

✓ Regra do M.A.C.H.O

Para esse método os elementos são balanceados na


seguinte ordem: 2) Identificar os elementos que sofrem oxidação
e redução:
1º - Metal
2º - Ametal Oxidação = aumento do Nox(0 → +4) = S
3º - Carbono Redução = redução do Nox(+5 → 0) = N
4º - Hidrogênio
5º - Oxigênio
3) Calcular a variação do Nox dos elementos que
É importante notar que os coeficientes são normal- sofreram oxidação e redução e multiplicar pela
mente os menores números inteiros possíveis. sua maior atomicidade:
Ex:
*COEFICIENTE = variação do nox . Atomicidade

S
variação do Nox 0 → +4 = 4
maior atomicidade do S na oxidação = 1
Coeficiente do S = 4 . 1 = 4
N
variação do Nox +5 → 0 = 5
maior atomicidade do S na oxidação = 2
Coeficiente do N = 5 . 2 = 10
4) Colocar o resultado do elemento que sofreu oxi- 5) Terminar o balanceamento pelo método de ten-
dação em quem sofreu redução e vice-versa: tativas:

S = 10 4KNO3 + 5S → 2K2O + 5SO2 + 2N2


N=4

Podem ser simplificados por 2:


S=5
N =2

2KNO3 + 5S → K2O + 5SO2 + 2N2

EXERCÍCIO DE AULA
1.
O cobre metálico pode ser oxidado por ácido nítrico diluído, produzindo água,
monóxido de nitrogênio e um sal (composto iônico). A reação pode ser represen-
tada pela seguinte equação química (não balanceada):

Cu + HNO3 → H2O + NO + Cu(NO3)2

Qui. 127
A soma dos coeficientes estequiométricos (menores números inteiros) da equa-
ção balanceada, o agente redutor da reação e o nome do composto iônico for-
mado são, respectivamente,

a) 18, Cu, nitrato de cobre I.


b) 20, Cu, nitrato de cobre II.
c) 19, HNO3, nitrito de cobre II.
d) 18, NO, nitrato de cobre II.
e) 20, Cu, nitrato de cobre I.

2.
Assinale a alternativa que mostra a reação correta.

a) CaCO3 → CaO + CO2


b) CaCO3 + HCℓ → CaCℓ + CO2 + H2O
c) SO2 + CaCO3 + O2 → CaSO4 + CO2
d) 2 ZnO + 2 HCℓ → 2 ZnCℓ + H2O
e) 2 ZnO + Ca(OH)2 → CaZnO + H2O
3.
Fermentações são usadas desde os tempos antigos para fabricar bebidas e pães.
A equação química abaixo é demonstrativa desse processo.

x C6H12O6 → y C2H5OH + z CO2

Após balancear a equação, escolha, entre as alternativas abaixo, a que apresen-


ta os valores corretos para os coeficientes x, y e z

a) x = 1 ,y = 2 ,z = 3
b) x = 1 ,y = 2 ,z = 2
c) x = 2 ,y = 1 ,z = 2
d) x = 2 ,y = 2 ,z = 2
e) x = 1 ,y = 1 ,z = 1

4.
Uma forma de se obter oxigênio em laboratório é pela reação química entre so-
lução aquosa de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e solução aquosa de
permanganato de potássio em meio ácido, cuja equação, parcialmente balance-
ada, é:

Qui. 128
x KmNO4 + 3H2SO4 + y H2O2 → K2SO4 + 2MnSO4 + z O2 + 8H2O

Nessa equação, os valores dos coeficientes estequiométricos x, y e z são, res-


pectivamente,

a) 2, 5 e 1.
b) 2, 5 e 5.
c) 2, 5 e 4.
d) 3, 2 e 4.
e) 3, 5 e 5.

5.
As fosfinas, PH3, são precursoras de compostos empregados na indústria petro-
química, de mineração e hidrometalurgia. Sua obtenção é feita a partir do fós-
foro elementar, em meio ácido, sob elevada pressão, e a reação se processa de
acordo com

P4 + H2O → PH3 + H3PO4

A soma dos menores valores inteiros dos coeficientes estequiométricos dessa


equação corretamente balanceada é igual a

a) 10
b) 11
c) 15
d) 22
e) 24
EXERCÍCIOS PARA CASA
1.
Íons Fe+2 podem ser quantificados em uma reação de oxi-redução com íons
MnO4- padronizado em meio ácido. Uma vez balanceada a equação química
abaixo, a soma dos menores coeficientes estequiométricos inteiros dos reagen-
tes é:

MnO4- + Fe+2 + H+ → Mn+2 + H2O + Fe+3

a) 10
b) 3
c) 14
d) 5
e) 6

2.
O cobre é uma substância que possui elevado potencial de redução e no seu
estado metálico sofre pouco em termos de oxidação frente a ácidos, não sendo
oxidado pela maioria deles. Todavia, ele é oxidado na presença de ácido nítrico,

Qui. 129
conforme mostra a equação não balanceada de uma das possíveis reações:

Cu + HNO3 → Cu(NO3)2 + NO + H2O

Após o balanceamento da equação com os coeficientes estequiométricos (me-


nores números inteiros) a soma destes coeficientes será igual a:

a) 14
b) 18
c) 20
d) 24
e) 26

3.
A respeito da equação iônica de oxirredução abaixo, não balanceada, são feitas
as seguintes afirmações:

IO3- + HSO3- → I2 + SO4-2 + H+ + H2O

a) a soma dos menores coeficientes inteiros possível para o balanceamento é 14.


b) o agente oxidante é o ânion iodato.
c) o composto que ganha elétrons sofre oxidação.
d) o Nox do enxofre varia de +5 para +6.
e) o Nox do nitrogênio varia de +4 para 0.
4.
Os antiácidos são utilizados para diminuir a dor estomacal e auxiliar no tratamen-
to de úlceras, pela reação química com o ácido clorídrico produzido pelo estô-
mago. Uma das substâncias utilizadas como antiácido é o bicarbonato de sódio.

Assinale a alternativa em que a reação química do ácido clorídrico com o bicar-


bonato de sódio está corretamente representada.

a) HCℓ + NaHCO3 → NaCℓ + H2O + CO2


b) 2HCℓ + NaCO3 → NaCℓ + H2O + CO
c) HCℓ2 + NaHCO3 → NaCℓ2 + H2O + CO2
d) HCℓ + Na(HCO3) → NaCℓ + 2H2O + 2CO
e) 2HCℓ + 2NaHCO3 → NaCℓ + 4H2O + CO2

5.
. O governo francês estabeleceu, no século XVIII, um prêmio para quem crias-
se um processo simples de transformação de sal comum em carbonato de sódio
(barrilha). Assim, Nicolas Leblanc desenvolveu um processo que pode ser repre-
sentado pela sequência de reações abaixo, já balanceadas.

1. 2NaCℓ + H2SO4 → Na2SO4 + 2HCℓ

Qui. 130
2. Na2SO4 + 4C → X + 4CO
3. Na2S + CaCO3 → Y + CaS

Nessa sequência de reações, os produtos X e Y são, respectivamente,

a) Na2S e Na2O
b) Na2S e Na2CO3
c) NaS2 e NaCO3
d) Na2SO3 e NaCO3
e) NaS2 e Na2CO3

6.
O silício é o segundo elemento mais abundante, depois do oxigênio, na crosta da
Terra. Ele ocorre como SiO2 em uma enorme variedade de minerais silicatos. O
elemento é obtido pela reação do SiO2 fundido em presença de carbono a altas
temperaturas, liberando um gás, conforme reação a seguir:

SiO2 + 2C → Si +

Considerando a reação acima, assinale a alternativa que completa corretamente


a equação.

a) É gerado 1 mol do gás CO, devido à reação de oxirredução.


b) São gerados 2 moles do gás CO, devido à redução do carbono.
c) São gerados 2 moles do gás CO2 devido à oxidação do carbono.
d) São gerados 2 moles do gás CO, devido à oxidação do carbono.
e) São gerados 2 moles do gás CO2 devido à redução do carbono.
7.
A produção de fertilizantes desempenha um papel muito importante na econo-
mia do país, pois movimentam a indústria química de produção de insumos e a
agricultura. Os fertilizantes superfosfatos são produzidos por meio da acidula-
ção de rochas fosfáticas com ácido sulfúrico de acordo com a reação

Ca3(PO4)2 + H2SO4 + H2O → Ca(H2PO4)2 + CaSO4 . 2H2O

A soma dos coeficientes estequiométricos mínimos inteiros da reação é igual a

a) 8.
b) 9.
c) 10.
d) 11.
e) 12.

8.
O ácido fluorídrico é utilizado para a gravação em vidros, porque ele reage com
o dióxido de silício, conforme a equação química não balanceada representada
abaixo.

Qui. 131
HF + SiO2 → SiF4 + H2O

No processo de gravação de vidros, a soma dos menores coeficientes estequio-


métricos inteiros que balanceiam a equação química é de:

a) 8.
b) 7.
c) 6.
d) 5.
e) 4.
QUESTÃO CONTEXTO

A ferrugem é o resultado da oxidação do ferro. Este metal em contato com o oxi-


gênio presente na água e no ar se oxida e desta reação surge a ferrugem que de-
teriora pouco a pouco o material original.

Qui. 132

Fe + O2 + H2O → Fe(OH)2

Com base no processo de formação da ferrugem descrito no texto e a equação


acima, indique as substâncias que sofrem redução e oxidação, assim como sua
equação balanceada.

GABARITO
01. 03.
Exercícios para aula Questão contexto
1. b 2Fe + O2 + 2H2O → 2Fe(OH)2
2. a
3. b Oxidação = Fe
4. b Redução = O2
5. d

02.
Exercícios para casa
1. c
2. c
3. b
4. a
5. b
6. d
7. c
8. a
Tabela Periódica dos Elementos
1 18
IA VIIIA

1 2
H
Hidrogênio
2 13 14 15 16 17 He
Hélio
1 IIA
1,008 IIIA IVA VA VIA VIIA 4,003

3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be B Boro
C N
Nitrogênio
O
Oxigênio
F Ne
2 Berílio Carbono Flúor Neônio
6,940 9,012 10,81 12,01 14,01 16,00 19,00 20,18

11 12 13 14 15 16 17 18

3
Na
Sódio
Mg
Magnésio 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Al
Alumínio
Si
Silício
P
Fósforo
S
Enxofre
Cl Cloro
Ar
Argônio
22,99 24,31 IIIB IVB VB VIB VIIB VIII VIII VIII IB IIB 26,98 28,08 30,97 32,06 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36

4
KPotássio
Ca
Cálcio
Sc
Escândio
Ti
Titânio
V
Vanádio
Cr
Cromio
Mn
Manganês
Fe
Ferro
Co
Cobalto
Ni
Níquel
Cu
Cobre
ZnZinco
Ga
Gálio
Ge
Germânio
As
Arsênio
Se
Selênio
Br Bromo
Kr
Criptônio
39,10 40,08 44,96 47,87 50,94 52,00 54,94 55,85 58,93 58,69 63,55 65,38 69,72 72,63 74,92 78,96 79,90 83,80

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54

5 Rb Sr
Estrôncio
Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Iodo
Xe
Xenônio
Rubídio Ítrio Zircônio Nióbio Molibdênio Tecnécio Rutênio Ródio Paládio Prata Cádmio Índio Estanho Telúrio
85,47 87,62 88,91 91,22 92,91 95,96 (98) 101,07 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60 126,90 131,29

55 56 57 a 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
6 Cs
Césio
Ba
Bário La-Lu HfHáfnio
Ta
Tântalo
W
Tungstênio
Re
Rênio
Os
Ósmio
IrIrídio
Pt AuOuro
Hg
Mercúrio
Tl
Tálio
Pb
Chumbo
Bi
Bismuto
Po
Polônio
At
Astato
Rn
Radônio
Lantanídeos
132,91 137,33 178,49 180,95 183,84 186,21 190,23 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,2 208,98 209 210 222

87 88 89 a 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
7 Fr Ra Ac-Lr Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh Fl Mc Lv Ts Og
Frâncio Rádio Rutherfórdio Dúbnio Seabórgio Bóhrio Hássio Meitnério Darmstádio Roentgênio Copernício Nihonium Fleróvio Moscovium Livermório Tennessine Oganesson
223 226,03 261 262 263 262 265 266 271 272 285 286 289 288 292 294 294

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Lantânio Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio Disprósio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio
138,91 140,12 140,91 144,24 145 150,36 151,96 157,25 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,05 174,97

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103


Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Tório Urânio Netúnio Plutônio Amerício Cúrio Berquélio Califórnio Einstênio Férmio Mendelévio Nobélio Laurêncio
número 227 231,04 238,03 262
atômico 232,04 237,05 244 243 247 247 251 252 257 258 259

Símbolo
Nome Gases Semimetais Não-metais Metais Metais de Lantanídeos Actineídos
transicão
massa atômica
Red. Semana 10

Rafael Cunha
Eduardo Valladares
(Bernardo Soares)

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04/04 Conclusão e
título: funções e
estratégias

19:15

Conclusão e
06/04 título: funções e
estratégias

09:15

11/04 Exercícios sobre


introdução e
desenvolvimento

19:15

13/04 Exercícios sobre


introdução e
desenvolvimento

09:15
18/04 Exercícios sobre
conclusão e título

19:15

20/04 Exercícios sobre


conclusão e título

09:15

25/04 Argumentação e
suas estratégias

19:15

27/04 Argumentação e
suas estratégias

09:15
18|20
Exercícios abr
de conclusão e
título

01. Resumo
02. Exercícios de Aula
03. Exercícios de Casa
04. Questão Contexto
RESUMO
Depois de trabalharmos a fundo a estrutura da con- as instituições de ensino, em parceria com as ONGs,
clusão e as estratégias de criação do título, chega- podem ajudar nisso, promovendo palestras, dis-
mos ao momento de, com muitos exercícios, treinar cussões e até projetos que envolvam a questão da
essas ferramentas. Antes de tudo, cabe fazer uma consciência na manifestação de ideias. Além disso,
rápida revisão, a fim de termos na mente, sem er- a mídia e o poder público, juntos, podem trabalhar a
ros, cada um dos passos da construção do parágra- temática e suas consequências em novelas, progra-
fo que fechará, com chave de ouro, o nosso texto. mas de TV e campanhas publicitárias. Assim, pode-
Vamos lá? remos, finalmente, educar sem precisar desarmar e
evitar que debates como os de 1989 e 2014 se repi-
tam no Brasil e no mundo.
Estrutura da conclusão
É fácil perceber, em uma análise rápida, que o pa-
O parágrafo de conclusão precisa cumprir, sem er- rágrafo dá conta das três partes mais importantes
ros, três partes muito importantes: em primeiro lu- da conclusão - e, é claro, cria propostas detalha-
gar, por ser o final do texto, é essencial que haja um das, como exigido pela prova. Usando os diferen-
conectivo conclusivo, evidenciando essa chegada tes agentes transformadores, o texto mostra como
ao fim. Assim, conectivos como “portanto”, “dessa o problema deve ser resolvido, quem deve resolver,
forma”, “nesse sentido”, “assim”, “então”, etc. são que recursos podem ser utilizados e outros pontos

Red. 138
muito bem-vindos. Além disso, é importante que, in- importantes das intervenções.
vestindo na circularidade textual, o aluno retome a
tese, ou seja, deve-se parafrasear, reescrever com
outras palavras o que já foi apresentado na introdu- Título
ção. Por fim, fechando a redação, é necessário criar
um desfecho mais original, o que, no ENEM, pode Como você já sabe, no ENEM, o título não é obriga-
ser feito por meio das propostas de intervenção - tório. Mas isso não significa que você não deva se
que, você já viu, precisam ser detalhadas, articula- preocupar com ele. Na redação, ele funciona como
das ao tema e à discussão. Vamos ver um exemplo? um perfume, uma forma de, com originalidade, tor-
nar o texto mais criativo e, é claro, circular. Deve-se,
Diante de uma sociedade que atira no outro sem porém, evitar fórmulas desgastadas, como “guerra
pensar nos efeitos desse tiro, é importante plane- x paz”, títulos repetindo o tema ou termos próximos
jar soluções que busquem não desarmar – o que se- à proposta, ideias muito amplas, etc. A dica, aqui, é
ria censura, ferindo os direitos de expressão –, mas tentar criar algo que, de certa forma, seja decifrado
educar, de forma que cada palavra seja consciente e durante o texto, como uma mensagem subliminar.
busque um debate produtivo. Em um primeiro plano, Que tal treinar isso?

EXERCÍCIOS DE AULA
1.
Utilizando os seus conhecimentos sobre o parágrafo de conclusão, identifique,
nos exemplos abaixo, as duas funções essenciais no trabalho de fechar o texto.
Tema: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Fica claro, portanto, que agressões à mulher constituem uma grave mazela social,
que deve ser combatida. Para isso, a policia e o judiciário devem garantir a aplica-
ção e a fiscalização de leis como a Maria da Penha e a do Feminicídio - principal-
mente contra os companheiros. ONGs podem dar suporte às vítimas, oferecendo
atendimento psicológico adequado a mulheres violentadas. Por fim, a mídia deve
combater a cultura do assédio, não só com campanhas publicitárias, mas também
com engajamento ficcional, como o que ocorre nas novelas. Talvez assim consiga-
mos construir uma nação com igualdade real entre os gêneros.

Tema: A inclusão social do deficiente físico em questão no Brasil


Torna-se claro, portanto, que o meio esportivo e o campo educacional são de ex-
trema importância para a inclusão dos cidadãos com deficiência. Sendo assim, o
governo deve investir em projetos gratuitos para deficientes, por meio da criação
de centros esportivos e culturais, além de melhorar a acessibilidade urbana para
que todos desfrutem dos espaços sociais, garantindo o respeito e a igualdade de
direitos. Ademais, as escolas precisam capacitar os profissionais de educação,
por meio de cursos específicos, para que lidem de forma adequada com as crian-
ças debilitadas fisicamente. Por fim, a mídia deve cumprir plenamente sua função

Red. 139
social, desmistificando a deficiência física através de propagandas e ficção enga-
jada a fim de erradicar o preconceito e promover na sociedade uma consciência
inclusiva. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde, “o
primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação”.

Tema: A intolerância religiosa em discussão no Brasil


Fica evidente, portanto, que nenhuma religião é superior a outra e é papel do Es-
tado garantir a liberdade de escolha como forma indispensável no regime demo-
crático, fazendo valer a laicidade da nação, preservando os direitos fundamentais
dos cidadãos. Por sua vez, as escolas devem ampliar a discussão sobre a tolerân-
cia às diferenças, promovendo debates e palestras que tratem da pluralidade cul-
tural e religiosa existente em nosso país. Dessa maneira, inspirados pelos ideais
de liberdade e igualdade propagados pela geração condoreira do movimento ro-
mântico, honraremos o nosso título de povo miscigenado.

Tema: Fome no Brasil - como enfrentar esse problema?


Fica claro, portanto, que as políticas de promoção da segurança alimentar devem
ser pensadas como parte de um projeto alternativo de desenvolvimento, que tenha
como eixo central a promoção de um crescente processo de inclusão social. En-
tão, o Governo deve repensar projetos sociais a curto prazo, reformulando antigas
iniciativas, como o Fome Zero e o Bolsa Família, além de, a longo prazo, pensar
em outras formas de distribuição de renda e reforma agrária. Quanto à socieda-
de, cabe a solidariedade, principalmente por meio de campanhas de doações, em
parceria com a mídia e as ONGs. Só assim acabaremos com um problema que,
ainda no século XXI, mata pessoas diariamente.
2.
Identificadas as funções do parágrafo conclusivo, desenvolva, como em um
planejamento textual, uma tese a ser retomada e intervenções para o seguinte
tema: A mídia como espaço de debates na sociedade brasileira.

3.
Reconhecida a estrutura de um parágrafo de conclusão, identifique, em cada um
dos exemplos a seguir, a retomada da tese e as propostas utilizadas pelo autor.

Tema: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira


Torna-se evidente, portanto, a necessidade de se entender esse problema e pro-
por medidas que, entre outras, tornem mais eficazes propostas já lançadas e ame-
nizem - ou até resolvam - essa questão. A mídia, grande difusora de informações,
pode trabalhar, em conjunto com o governo, a divulgação de tais leis já existen-
tes, de forma que as mulheres que sofram qualquer tipo de violência saibam que
podem denunciar os agressores e se manter seguras. Além disso, por meio de fic-
ções engajadas, podem promover debates que, levados à sociedade, trabalhem
a ideia na sua raiz. Por fim, ONGs que defendam os direitos das mulheres podem
continuar pressionando os três poderes, a fim de que, em pouco tempo, tenhamos

Red. 140
mais projetos que contemplem o sexo feminino. Assim, aos poucos, poderemos
encontrar na sociedade brasileira mulheres que mudem o mundo, que não sejam
mais morenas que têm medo apenas, que não sejam mais mulheres de atenas.

Tema: Os desafios da educação inclusiva no Brasil


Portanto, para que a LBI não seja apenas mais uma lei que não sai do papel, tor-
na-se necessário levar em consideração a sua aplicação e obstáculos. Fica claro
que é fundamental repensar, por meio da mobilização dos mais diversos setores
da sociedade, em especial das famílias em parceria com o Estado, a forma de
educar para incluir. Outra ação por parte deste deve ser a criação de associações,
o fornecimento de incentivos e subsídios para as instituições privadas e a garantia
de estabelecimentos bem equipados e preparados na rede pública. Por fim, é pre-
ciso, por parte das escolas, investir na contratação de profissionais qualificados
– parcerias com empresas especializadas sanariam a questão da manutenção
ociosa – e na capacitação daqueles que já integram seus quadros, além da adap-
tação do espaço físico. Assim, caminharemos para uma sociedade mais justa, na
qual direitos não são tratados como favores.

Tema: Os obstáculos na doação de sangue no Brasil


Deve-se, então, superar as barreiras que interferem na doação de sangue. Por-
tanto, a mídia tem papel imprescindível na exposição de dados informativos sobre
as campanhas de sangue, seja na televisão e internet, seja em áreas físicas, como
outdoors. Logo, os cidadãos seriam incentivados a exercerem a solidariedade.
Ademais, o governo, em parceria com a OMS, deveria alterar as leis que excluem
os homossexuais da doação e investir em aparatos tecnológicos que controlem
com maior rigor os grupos sanguíneos, para avaliar se o indivíduo é portador de
alguma doença e averiguar a qualidade do sangue. Dessa forma, o número de
voluntários aumentaria e ajudaria aos pacientes que carecem de transfusão san-
guínea.
Tema: O hábito da leitura
Torna-se evidente, portanto, que setor privado e instituições de ensino em nada
ajudam na resolução do problema, que só cresce, sendo necessário, então, que
se recorra a outros agentes sociais, de forma que estimulem uma ação por parte
dos omissos. Em primeiro lugar, o governo, em parceria com as ONGs, pode criar
campanhas de doação de livros, a fim de incentivar a adoção das leituras habitu-
ais sem custo por parte das escolas. Além disso, a mídia pode auxiliar as princi-
pais livrarias na divulgação de seus lançamentos, para que as vendas aumentem
e, então, seus preços sejam reduzidos. Só assim, estimulando o hábito de ler na
raiz, amor e felicidade na leitura pregados pelos dois grandes autores serão, final-
mente, características do leitor contemporâneo.

4.
Sabendo o valor do título na redação, leia o texto abaixo e sugira um que, de cer-
ta forma, crie a mensagem cifrada que daria o perfume a esta redação - já é con-
siderada nota mil, mas que poderia garanti-la com um bom título.

Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz em suas “Memórias Póstu-


mas” que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado de nossa

Red. 141
miséria. Talvez hoje ele percebesse acertada sua decisão: a postura de empresá-
rios e anunciantes em relação à publicidade para crianças é uma das faces mais
perversas de uma sociedade que se despe de valores éticos em nome do estímulo
ao consumo. Reverter esse quadro sem ferir a liberdade de expressão – eis a mis-
são de um país que se diz democrático.

É válido considerar, antes de tudo, o poder da propaganda no século XXI. A fim de


persuadir os consumidores, empresas utilizam-se de linguagem sugestiva e apelos
sensoriais – como trilhas sonoras temáticas e animações – para tornar mais efi-
caz a venda de seus produtos. As crianças, imaturas e desprovidas de senso críti-
co aguçado, acabam por se tornar alvos fáceis dessa estratégia de comunicação.
Marshall McLuhan afirmou que “o meio é a mensagem”, e os veículos de mídia
parecem ter aprendido muito bem essa lição quando trouxeram os personagens,
as cores e as músicas infantis para a sua publicidade.

Cabe apontar também o papel da família nesse processo. A sociedade patriarcal


do passado, centrada na figura do homem, cedeu lugar a relações mais flexíveis
entre pais e filhos, em que estes passaram a ter maior autonomia e poder de es-
colha. O mercado, sempre atento, percebeu a mudança e passou a investir em
atores-mirins para divulgar seus produtos. Prova disso são os recorrentes comer-
ciais de TV que usam crianças para vender eletrônicos e outros produtos “adul-
tos”. Nesse contexto, progenitores acabam por se descobrir reféns dos pequenos
influenciadores que habitam seus lares.

Fica evidente, portanto, que excessos na publicidade infantil devem ser comba-
tidos, sem que ocorra o retorno nefasto da censura. Para isso, o governo brasi-
leiro deve regular o setor, fiscalizando e criando leis que limitem os interessados,
seguindo as melhores práticas de referências democráticas como Reino Unido e
Suécia. A mídia precisa exercer de forma plena sua função social, denunciando e
coibindo abusos dos anunciantes por meio de campanhas que trabalhem a ques-
tão – sempre seguida de perto por ONGs e comissões de pais que levantem a ban-
deira. Assim, poderemos, aos poucos, abrir as cortinas do mundo capitalista para
nossas crianças, de modo que possam vir a se tornar consumidores realmente
conscientes no futuro – e um legado de que Brás Cubas pudesse se orgulhar.

EXERCÍCIOS PARA CASA


1.
A conclusão de um texto dissertativo-argumentativo precisa, necessariamente,
cumprir duas funções: a de retomar a tese e a de apresentar um desfecho cria-
tivo, normalmente, por meio de propostas de intervenção. Considerando essas
duas etapas e o seu conhecimento sobre a construção de cada uma, sugira, nos
temas abaixo, teses e retomadas para possíveis textos.

a) O valor dos animais de estimação na sociedade contemporânea


b) Os impactos da propaganda no Brasil contemporâneo

Red. 142
2.
Identifique, nas conclusão a seguir, as duas funções que não podem deixar de
aparecer nesse tipo de parágrafo e as estratégias utilizadas.

Tema: Efeitos e desafios da exploração do pré-sal no Brasil


Portanto, cabe à empresa estatal colocar em prática ações que superem esses de-
safios, visando combater a corrupção interna, como uma fiscalização necessária
para a transparência às negociações e a recuperação e confiança de sua imagem
reafirmadas. Ademais, o governo deve cumprir com o que foi assumido em rela-
ção à destinação dos royalties, visando melhorar esses setores, como também, a
participação mais efetiva dos cidadãos, a fim de assegurarem seus direitos.

Tema: Os efeitos de uma sociedade de padrões estéticos


É preciso, portanto, que se reflita sobre essa representação corporal que nos é
imposta a cada dia. O primeiro passo deve ser dado pelo próprio indivíduo, sendo
mais flexível consigo mesmo e libertando-se dessa visão limitada de beleza. Acei-
tar-se é um processo de evolução. Na esteira desse movimento, deve estar o apoio
dos agentes sociais. A escola precisa levantar esses questionamentos e debater
sobre os estigmas corporais. A mídia, por sua vez, deve assumir a sua responsa-
bilidade enquanto formadora de opinião e promover uma reflexão aprofundada
sobre o assunto. Quem sabe assim, a sociedade compreenda que a singularidade
da beleza está justamente no seu aspecto plural.

Tema: O valor da educação nas transformações sociais do Brasil

Fica claro, portanto, que, apesar de crucial, o papel transformador da educação


não tem sido aproveitado no Brasil, sendo necessário não só entender essa rele-
vância, mas também encontrar nas instituições ferramentas para essas ações.
Nesse sentido, o Governo e a mídia podem trabalhar difundindo valores. Campa-
nhas cobrando essa ação por parte da escola precisam ser divulgadas, evidencia-
das nos meios de comunicação. Além disso, ONGs e a própria família, em conjunto,
devem exigir o retorno de trabalhos sociais, de forma que, pouco a pouco, a fra-
se de Paulo Freire realmente faça sentido e a Campanha da Fraternidade saia do
cartaz, da própria Igreja e alcance todo o mundo.

Tema: O jeitinho brasileiro em discussão no Brasil


Fica claro, portanto, que a cultura negativa do ‘’jeitinho brasileiro’’ deve ser com-
batida. Para tanto, é primordial que haja, por parte do governo, maior rigor e puni-
ção àqueles que praticam atos ilícitos; cabe ao indivíduo lutar por uma sociedade
que privilegie a todos, sem nenhuma transgressão; à família propagar entre seus
membros valores como o respeito e a honestidade e à mídia promover discussões
que levem à reflexão de que uma sociedade justa somente será possível por meio
de comportamentos éticos. É preciso, cada vez mais, evitar que a Lei de Gérson,
que prega que “o importante é levar vantagem em tudo’’, se torne prática corri-
queira.

Tema: A questão do índio no Brasil contemporâneo


Essa é, portanto, uma situação que não podemos mais sustentar. Encarar os índios
como intrusos, negando-os terra, voz e identidade, não pode mais ser uma práti-
ca da nossa sociedade. É preciso que nós lutemos e agreguemos à luta dos povos
indígenas pela sobrevivência. Para tanto, é necessário que, primeiramente, o go-
verno impeça a agricultura e a pecuária de avançar para essas terras, garantindo

Red. 143
a vida e o sustento desses povos. Uma vez tendo esses direitos básicos garantidos,
fica mais fácil conservar e difundir sua cultura através dos trabalhos das ONGs
brasileiras. Assim, sanaremos a dívida dos nossos colonizadores, devolveremos a
casa aos inquilinos, e garantiremos que todo dia voltará a ser dia do índio.

3.
Identifique, nos parágrafos abaixo, a retomada da tese e as propostas de inter-
venção utilizadas por cada autor.

Tema: Os obstáculos na doação de sangue no Brasil


Deve-se, então, superar as barreiras que interferem na doação de sangue. Por-
tanto, a mídia tem papel imprescindível na exposição de dados informativos sobre
as campanhas de sangue, seja na televisão e internet, seja em áreas físicas, como
outdoors. Dessa forma, os cidadãos seriam incentivados a exercerem a solidarie-
dade. Ademais, o governo, em parceria com a OMS, deveria investir em aparatos
tecnológicos que controlem com maior rigor os grupos sanguíneos, para avaliar se
o indivíduo é portador de alguma doença e averiguar a qualidade do sangue. Des-
sa forma, o número de voluntários aumentaria e ajudaria aos pacientes que care-
cem de transfusão sanguínea.

Tema: Os limites da liberdade de expressão no mundo contemporâneo


Diante de uma sociedade que atira no outro sem pensar nos efeitos desse tiro, é
importante planejar soluções que busquem não desarmar – o que seria censura,
ferindo os direitos de expressão –, mas educar, de forma que cada palavra seja
consciente e busque um debate produtivo. Em um primeiro plano, as instituições
de ensino, em parceria com as ONGs, podem ajudar nisso, promovendo palestras,
discussões e até projetos que envolvam a questão da consciência na manifestação
de ideias. Além disso, a mídia e o poder público, juntos, podem trabalhar a temáti-
ca e suas consequências em novelas, programas de TV e campanhas publicitárias.
Assim, poderemos, finalmente, educar sem precisar desarmar e evitar que deba-
tes como os de 1989 e 2014 se repitam no Brasil e no mundo.
Tema: Os desafios da sexualidade na adolescência
O sexo em nossa sociedade é tratado de forma hipócrita: de um lado, há o apelo
ao erotismo, de outro, a mistificação e a impossibilidade de se tocar no assunto.
Portanto, para que as gerações futuras tenham mais responsabilidade sexual, é
impreterível que haja o diálogo entre pais e filhos sobre o tema, tocando em to-
das as nuances possíveis e respeitando a diversidade sexual. A escola, por sua
vez, deveria abrir espaço para o diálogo, tratar o assunto como tema transversal
e fazer campanhas constantes de conscientização dos alunos. Por fim, o governo
deveria tratar essa questão como caso de saúde pública e, assim, incentivar os
programas de escolas e ongs, bem como aliar-se aos veículos midiáticos para na-
turalizar o diálogo sobre sexo e sexualidade, para que assim se extingam a falta
de informação e de diálogo para os jovens que estão por vir.

4.
Sugira, nos temas abaixo, com base nas ideias de tese e retomada do primeiro
exercício, propostas para possíveis conclusões.

a) O valor dos animais de estimação na sociedade contemporânea


b) Os impactos da propaganda no Brasil contemporâneo

Red. 144
5.
Com base no texto abaixo, sugira algumas opções de título que possam fechar a
redação com chave de ouro.

A eleição presidencial de 1989 ficou marcada pelo fervoroso embate entre os can-
didatos Brizola e Maluf. As ofensas herdadas do período ditatorial permaneceram
ao longo de todos os encontros e chegaram à boca do povo. 25 anos depois, nada
foi diferente: os debates presidenciais mostraram o quanto as palavras podem
definir posições, e, desta vez, não chegaram só à boca do povo, mas também aos
dedos, às redes sociais. Diante da falta de respeito em qualquer assunto e local,
é válido refletir: há mesmo limites na liberdade de expressão no mundo de hoje?
Em primeiro lugar, para entender esse problema, é necessário analisar suas cau-
sas. Resultado de uma sociedade que dá espaço para a manifestação dos anô-
nimos, o que se pensa tem sido refletido na fala sem qualquer edição, ou seja, o
“pensar duas vezes antes de falar” já não faz mais sentido. A Internet e as redes
sociais têm alimentado o debate anônimo e, consequentemente, a manifestação
de ideias sem enxergar o respeito ao próximo chegou aos debates. Um exemplo
claro disso está nas próprias eleições presidenciais, quando amizades se desfize-
ram como resultado de opiniões divergentes. O problema, porém, não se resume
só ao espaço virtual.

Não se atendo à Internet, a opinião sem medições chegou às ruas. A campanha


dos adesivos, dos debates em universidades, das manifestações e os atentados a
jornais considerados desrespeitosos – e, com eles, uma chuva de mais opiniões e
posições ofensivas – provaram que o respeito ao próximo já não é mais limite para
a liberdade de expressão. Com isso, o posicionamento de grupos midiáticos se
tornou mais firme – e reconhecível – e as divisões de ideias ficaram mais claras.
Em um cenário de perda do respeito, é impossível não perceber que a liberdade
de opinião, nos dias de hoje, se tornou uma arma.
Diante de uma sociedade que atira no outro sem pensar nos efeitos desse tiro, é
importante planejar soluções que busquem não desarmar – o que seria censura,
ferindo os direitos de expressão –, mas educar, de forma que cada palavra seja
consciente e busque um debate produtivo. Em um primeiro plano, as instituições
de ensino, em parceria com as ONGs, podem ajudar nisso, promovendo palestras,
discussões e até projetos que envolvam a questão da consciência na manifesta-
ção de ideias. Além disso, a mídia e o poder público, juntos, podem trabalhar a
temática e suas consequências em novelas, programas de TV e campanhas pu-
blicitárias. Assim, poderemos, finalmente, educar sem precisar desarmar e evitar
que debates como os de 1989 e 2014 se repitam no Brasil e no mundo.

GABARITO
02. Fechamento (com propostas): O primeiro passo deve
Exercício de casa ser dado pelo próprio indivíduo, sendo mais flexível
1. a) Tese: Nos últimos tempos, porém, a mídia consigo mesmo e libertando-se dessa visão limita-
tem veiculado casos extremos de maus-tratos e até da de beleza. Aceitar-se é um processo de evolu-
morte de animais, o que nos leva a uma discussão ção. Na esteira desse movimento, deve estar o apoio

Red. 145
que precisa ser prioridade no coletivo: se esses seres dos agentes sociais. A escola precisa levantar esses
são tão importantes, por que não cuidar e respeitar? questionamentos e debater sobre os estigmas cor-
porais. A mídia, por sua vez, deve assumir a sua res-
Retomada da tese: Fica claro, portanto, que o valor ponsabilidade enquanto formadora de opinião e pro-
dos bichos de estimação na sociedade de hoje, ape- mover uma reflexão aprofundada sobre o assunto.
sar de grande, não é compartilhado por todas as pes- Quem sabe assim, a sociedade compreenda que a
soas. singularidade da beleza está justamente no seu as-
pecto plural.
b) Tese: Estimular o consumo, sem cons-
cientizar os consumidores, tem acarretado diversos Agentes utilizados: Indivíduo, Escola, Mídia.
problemas sociais e ambientais.
Parágrafo 3:
Retomada: Fica claro, portanto, que o consumo é Retomada da tese: Fica claro, portanto, que, apesar
um hábito enraizado. Mesmo que a publicidade te- de crucial, o papel transformador da educação não
nha aspectos positivos, é preciso educar a sociedade tem sido aproveitado no Brasil, sendo necessário não
quanto à questão do consumismo. só entender essa relevância, mas também encontrar
2. Parágrafo 1: nas instituições ferramentas para essas ações.
Retomada da tese: Embutida no seguinte trecho:
Portanto, cabe à empresa estatal colocar em prática Fechamento (com propostas): Nesse sentido, o Go-
ações que superem esses desafios, visando comba- verno e a mídia podem trabalhar difundindo valores.
ter a corrupção interna, como uma fiscalização ne- Campanhas cobrando essa ação por parte da escola
cessária para a transparência às negociações e a re- precisam ser divulgadas, evidenciadas nos meios de
cuperação e confiança de sua imagem reafirmadas. comunicação. Além disso, ONGs e a própria família,
Fechamento (com propostas): Conclusão, como um em conjunto, devem exigir o retorno de trabalhos so-
todo. ciais, de forma que, pouco a pouco, a frase de Paulo
Freire realmente faça sentido e a Campanha da Fra-
Agentes utilizados: Empresas, Governo, Sociedade. ternidade saia do cartaz, da própria Igreja e alcance
todo o mundo.
Parágrafo 2:
Retomada da tese: É preciso, portanto, que se reflita Agentes utilizados: Governo, Mídia, Escola, ONGs,
sobre essa representação corporal que nos é impos- Família.
ta a cada dia.
Parágrafo 4: os grupos sanguíneos, para avaliar se o indivíduo é
Retomada da tese: Fica claro, portanto, que a cul- portador de alguma doença e averiguar a qualida-
tura negativa do ‘’jeitinho brasileiro’’ deve ser com- de do sangue. Dessa forma, o número de voluntários
batida. aumentaria e ajudaria aos pacientes que carecem de
transfusão sanguínea.
Fechamento (com propostas): Para tanto, é primor-
dial que haja, por parte do governo, maior rigor e Parágrafo 2:
punição àqueles que praticam atos ilícitos; cabe ao Retomada: Diante de uma sociedade que atira no
indivíduo lutar por uma sociedade que privilegie a outro sem pensar nos efeitos desse tiro, é importan-
todos, sem nenhuma transgressão; à família propa- te planejar soluções que busquem não desarmar – o
gar entre seus membros valores como o respeito e a que seria censura, ferindo os direitos de expressão
honestidade e à mídia promover discussões que le- –, mas educar, de forma que cada palavra seja cons-
vem à reflexão de que uma sociedade justa somente ciente e busque um debate produtivo.
será possível por meio de comportamentos éticos.
É preciso, cada vez mais, evitar que a Lei de Gérson, Fechamento (com propostas): Em um primeiro pla-
que prega que “o importante é levar vantagem em no, as instituições de ensino, em parceria com as
tudo’’, se torne prática corriqueira. ONGs, podem ajudar nisso, promovendo palestras,
discussões e até projetos que envolvam a questão
Agentes utilizados: Governo, Indivíduo, Família, Mí- da consciência na manifestação de ideias. Além dis-
dia. so, a mídia e o poder público, juntos, podem traba-
lhar a temática e suas consequências em novelas,

Red. 146
Parágrafo 5: programas de TV e campanhas publicitárias. Assim,
Retomada da tese: Essa é, portanto, uma situação poderemos, finalmente, educar sem precisar desar-
que não podemos mais sustentar. Encarar os índios mar e evitar que debates como os de 1989 e 2014 se
como intrusos, negando-os terra, voz e identidade, repitam no Brasil e no mundo.
não pode mais ser uma prática da nossa sociedade.
Parágrafo 3:
Fechamento (com propostas): É preciso que nós lu- Retomada: O sexo em nossa sociedade é tratado de
temos e agreguemos à luta dos povos indígenas pela forma hipócrita: de um lado, há o apelo ao erotismo,
sobrevivência. Para tanto, é necessário que, primei- de outro, a mistificação e a impossibilidade de se to-
ramente, o governo impeça a agricultura e a pecu- car no assunto.
ária de avançar para essas terras, garantindo a vida
e o sustento desses povos. Uma vez tendo esses di- Fechamento (com propostas): Portanto, para que as
reitos básicos garantidos, fica mais fácil conservar e gerações futuras tenham mais responsabilidade se-
difundir sua cultura através dos trabalhos das ONGs xual, é impreterível que haja o diálogo entre pais e
brasileiras. Assim, sanaremos a dívida dos nossos filhos sobre o tema, tocando em todas as nuances
colonizadores, devolveremos a casa aos inquilinos, e possíveis e respeitando a diversidade sexual. A es-
garantiremos que todo dia voltará a ser dia do índio. cola, por sua vez, deveria abrir espaço para o diálo-
go, tratar o assunto como tema transversal e fazer
Agentes utilizados: Governo, ONGs. campanhas constantes de conscientização dos alu-
nos. Por fim, o governo deveria tratar essa questão
3. Parágrafo 1: como caso de saúde pública e, assim, incentivar os
Retomada: Deve-se, então, superar as barreiras que programas de escolas e ongs, bem como aliar-se aos
interferem na doação de sangue. veículos midiáticos para naturalizar o diálogo sobre
sexo e sexualidade, para que assim se extingam a
Fechamento (com propostas): Portanto, a mídia tem falta de informação e de diálogo para os jovens que
papel imprescindível na exposição de dados infor- estão por vir.
mativos sobre as campanhas de sangue, seja na te-
levisão e internet, seja em áreas físicas, como outdo- 4. a) Judiciário: fiscalizar as leis já existentes,
ors. Dessa forma, os cidadãos seriam incentivados aplicando a casos divulgados na mídia.
a exercerem a solidariedade. Ademais, o governo,
em parceria com a OMS, deveria investir em apa- Mídia: levar mais a discussão às TVs, com ficções
ratos tecnológicos que controlem com maior rigor engajadas.
ONGs: campanhas de assistência, procurando e 5. Sugestões:
oferecendo novos lares aos encontrados em más → Educar sem desarmar
condições. → Debatendo a tolerância
→ O tiro consciente
b) Família: controlar o gasto dos seus filhos → Educar para não censurar
desde cedo, não dando a eles o que não for neces-
sário.
Escola: introduzir discussões sobre a reciclagem e
hábitos de consumo.
Governo: investir em pesquisas de desenvolvimento
sustentável.
Governo e mídia: trabalhar a ideia de compra res-
ponsável, sem desperdícios.

Red. 147
Semana 10
TEMA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores seguin- apresentando proposta de ação social que respeite os
tes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo forma coerente e coesa, argumentos e fatos para de-
em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema fesa de seu ponto de vista.
O “jeitinho brasileiro” em discussão no século XXI,

Quase um em cada quatro brasileiros (23%) afirma que dar dinheiro a um guar-
Texto 1 da para evitar uma multa não chega a ser um ato corrupto, de acordo com uma
pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais e o Instituto Vox
Populi. Os números refletem o quanto atitudes ilícitas, como essa, de tão enraiza-
dos em parte da sociedade brasileira, acabam sendo encaradas como parte do
cotidiano.

“Muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção, só levam em


conta a corrupção no ambiente público”, diz o promotor de Justiça Jairo Cruz
Moreira. Ele é coordenador nacional da campanha do Ministério Público “O que
você tem a ver com a corrupção”, que pretende mostrar como atitudes que muitos
consideram normal são, na verdade, um desvirtuamento ético.

Red.
Como lida diariamente com o assunto, Moreira ajudou a BBC Brasil a elaborar
uma lista de dez atitudes que os brasileiros costumam tomar e que, por vezes,
nem percebem que se trata de corrupção.

✓ Não dar nota fiscal


✓ Não declarar Imposto de Renda
✓ Tentar subornar o guarda para evitar multas
✓ Falsificar carteirinha de estudante
✓ Dar/aceitar troco errado
✓ Roubar TV a cabo
✓ Furar fila
✓ Comprar produtos falsificados
✓ No trabalho, bater ponto pelo colega
✓ Falsificar assinaturas

“Aceitar essas pequenas corrupções legitima aceitar grandes corrupções”, afirma


o promotor. “Seguindo esse raciocínio, seria algo como um menino que hoje não
vê problema em colar na prova ser mais propenso a, mais pra frente, subornar um
Disponível em: http://www.
bbc.co.uk/portuguese/
guarda sem achar que isso é corrupção.” Segundo a pesquisa da UFMG, 35% dos
noticias/ 2012/11/121024_ entrevistados dizem que algumas coisas podem ser um pouco erradas, mas não
corrupcao_lista_mdb.shtml.
Adaptado. corruptas, como sonegar impostos quando a taxa é cara demais.
Texto 2

No Brasil, basta um escândalo de corrupção estampar as manchetes dos jornais


Texto 3
para que os comentaristas de plantão vociferem palavras de ordem na internet em
que exigem, até, a pena de morte para os corruptores. Mas esses mesmos gritos
raivosos aceitam, pacificamente, os pequenos crimes que eles próprios e muitos
conhecidos praticam no dia a dia, sem nem mesmo perceber que o “jeitinho” do
cotidiano também é uma forma de corrupção.

Red.
Na última semana, um cartaz colado em um muro de uma grande avenida de São
Paulo perguntava aos passantes: “Habilitação suspensa?”. O anúncio, que desres-
peitava a lei Cidade Limpa, legislação municipal que proíbe a colocação de car-
tazes em locais públicos, trazia um número de telefone e oferecia um serviço: dar
um “jeitinho” nos pontos obtidos na carteira de motoristas que tiveram suas licen-
ças para dirigir retiradas por causa do excesso de multas recebidas no trânsito.

O “jeitinho” brasileiro se estende para além do trânsito. Em pleno centro de São


Paulo, a maior cidade do país, é possível comprar diplomas falsos que permitem
a participação em concursos públicos e, mais comum ainda, atestados médicos,
para justificar ausências mais prolongadas no trabalho. Também é possível, sem
nem mesmo sair de casa, “roubar” o sinal da TV à cabo do vizinho, sem que ele
saiba, ou comprar um aparelho decodificador de sinal pela própria internet e usá-
-lo para sempre sem ter que pagar mensalidade às operadoras, que, afinal, “co-
bram muito caro”. A prática é tão institucionalizada que tem até nome: “o gato
net”.

Mas a corrupção diária pode ser ainda mais grave. A previdência social, uma das
áreas mais afetadas pelo “jeitinho”, descobriu, apenas em 2013, 56 fraudes que
causaram um prejuízo de 82 milhões de reais aos cofres públicos, afirma o Minis-
tério da Previdência Social. O dinheiro estava sendo destinado para pessoas que
passaram a receber benefícios depois de apresentarem documentos falsos, como
atestados médicos ou comprovantes de união estável.

Uma pesquisa feita pelo Centro de Referência do Interesse Público (CRIP) da Uni-
versidade Federal de Minas Gerais mostrou em 2009 que 77% dos entrevistados
acreditavam que a corrupção é um problema grave no país. Ao mesmo tempo,
35% delas concordaram que atitudes como sonegar impostos, quando eles são
Disponível em: http://brasil.
elpais.com/brasil/2013/12/04 caros, podem ser erradas, mas não corruptas.

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