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01 de fevereiro de 2010
Conteúdo
Prefácio
1. O Plano Coordenado
A Reta Real
O Plano Coordenado
Coeficientes Angulares e Equações de Retas
Exercícios Numéricos
2. Matrizes
Introdução
Definição, Conceitos e Operações Básicas
Matrizes Especiais
Operações Complementares e Propriedades
Notação de Somatório
Exercícios Numéricos
Exercícios usando o MatLab
3. Sistemas Lineares
Método de Gauss-Jordam
Matrizes Equivalentes por Linhas
Sistemas Lineares Homogêneos
Exercícios Numéricos
Exercícios usando o MatLab
5. Vetores
Vetores no Plano e no Espaço
Soma de Vetores e Multiplicação por Escalar
Produto de Vetores
Norma
Produto Escalar
Projeção Ortogonal
Produto Vetorial
Produto Misto
Exercícios Numéricos
Exercícios usando o MatLab
6. Retas e Planos
Equações de Retas e Planos
Equações da Reta
Equação do Plano
Ângulos, Distâncias e Posições Relativas
Ângulo entre Retas
Ângulo entre Planos
Distância entre Dois Pontos
Distância de Um Ponto a Um Plano
Distância de Um Ponto a Uma Reta
Distância entre Dois Planos
Distância entre Duas Retas
7. Autovalores e Autovetores
Diagonalização
Matrizes Semelhantes
Diagonalização de Matrizes Simétricas
Aplicação na Identificação de Cônicas
Elipse
Hipérbole
Parábola
Bibliografia
Respostas dos Exercícios
Índice Alfabético
Prefácio
Ao Estudante.
1. O Plano Coordenado
A Reta Real
Um número real é ou um número positivo, ou um número negativo ou zero. Qualquer
número real pode ser classificado como racional ou irracional. Um número racional é
qualquer número que pode ser expresso como a razão de dois inteiros. Isto é, um
número racional é um número da forma p q , onde p e q são inteiros e q 0 .
Obs.: um número real que não é racional é denominado irracional, sendo estes, os
decimais infinitos não periódicos.
Quadro 1.1
Obs.: Para todo número positivo a, o símbolo a significa sempre a raiz quadrada positiva.
Assim, 4 é igual a 2 e não a –2, embora (2) 2 4 . Se desejamos designar ambas as
raízes quadradas de 4, devemos escrever 4 .
O adjetivo “real” foi originalmente utilizado para distinguir esses números de números
tais como 1 , que foram no passado encarados como “irreais” ou “imaginários”.
Descrevemos números complexos como todas as expressões formais a bi , onde a e b
são números reais e i é a unidade imaginária para a qual i 2 1 então,
1 0 1 i i .
Fig. 1.1
Desigualdades
Regras:
1. Se a 0 e b c , então ab ac ;
2. Se a 0 e b c , então ab ac ;
3. Se a b , então a c b c para qualquer número c.
Valores Absolutos
O valor absoluto de x ou módulo de x, denotado por | x | , é definido por
x se x 0
| x |
x se x 0
Fig. 1.2
Ex.: 1.1 | 3 | 3
| 5 | (5) 5
Intervalos
a xb ou a, b
a xb ou a, b intervalo aberto
x a ou , a intervalo fechado
x ou ,
Do ponto de vista estrito, as notações a x b e a, b têm significados diferentes – a
primeira representa uma restrição imposta sobre x, enquanto que a segunda denota um
conjunto –, mas ambas designam o mesmo intervalo.
x3 x 0 x0
x( x 2 1) 0 x 1
x( x 1)( x 1) 0 x 1 1 1
para x 1 –
para 1 x 0 +
para 0 x 1 – R.: 1,0 ou 1,
para x 1 +
Ex.: 1.6 | 2 x 1 | | 4 x 3 |
x 2
2x 1 4x 3 2 x 1 (4 x 3) R.: 1
x
2x 4 6 x 2 3
Ex.: 1.7 | 5 x 4 | 3
R.: Desde que o valor absoluto de um número nunca pode ser negativo, esta equação
não tem solução.
O Plano Coordenado
Assim como os números reais são utilizados como coordenadas para pontos de uma
reta, pares de números reais podem ser utilizados como coordenadas para pontos de um
plano. Cada par ordenado x, y chama-se um ponto no plano numérico.
(ordenada)
Eixo y
2 quadrante 1 quadrante
Eixo x
(abscissa)
Origem
3 quadrante 4 quadrante
Teorema de Pitágoras:
Fig. 1.4
Então, a área do quadrado maior é igual a quatro vezes a área do triângulo mais a área
do quadrado menor; isto é,
a b 2 4 1 a b c 2 a2 b2 c2
2
a 2ab b 2ab c 2
2 2
Pelo Teorema de Pitágoras podemos deduzir a fórmula da distância entre dois pontos
quaisquer do plano coordenado.
Tomamos como referência os pontos P1 x1 , y1 e P2 x 2 , y 2 .
d = hipotenusa
| x1 x 2 | = cateto
| y1 y 2 | = cateto
Fig. 1.5
d P1 , P2 | x | 2 | y | 2
2
d P1 , P2 | x 2 x1 | 2 | y 2 y1 | 2
2
d P1 , P2 x 2 x1 y 2 y1
2 2 2
d P1 , P2 x 2 x1 2 y 2 y1 2
d 3 (4)2 (2 3) 2 d 74
Ex.: 1.9 Sabe-se que o ponto Pa,2 é eqüidistante dos pontos A3,1 e B2,4 . Calcular a
abscissa do ponto P.
d P , A d P , B
3 a 2 1 22 2 a 2 4 22 a 1
9 6a a 2 1 4 4a a 2 4
2 a 2
Ex.: 1.10 Se o ponto P x, y é tal que sua distância do ponto A3,2 é sempre duas vezes a sua
distância de B 4,1 , encontre uma equação que deve ser satisfeita pelas coordenadas
de P.
d P, A 2 d P , B
x 32 y 22 2 x 42 y 12
2 2
x 32 y 2 2 2 x 4 2 y 12
2 2 2
x 6 x 9 y 4 y 4 4 x 8 x 16 y 2 y 1
2
3x 3 y 38 x 4 y 55 0
2 2
Ex.: 1.11 Demonstre que o triângulo com vértices P1 1,3 , P2 5,1 e P3 2,10 é
isósceles.
Ex.: 1.12 Demonstre analiticamente que os comprimentos das diagonais de um retângulo são
iguais.
| OB | a 02 b 02 a2 b2
| AC | a 02 0 b 2 a2 b2
Portanto, | OB | | AC |
x
1
x1 x2
2
y
1
y1 y 2
2
Fig. 1.6
x x1
1
x2 x1 x
1
x1 x2
2 2
y y1
1
y 2 y1 y
1
y1 y 2
2 2
Ex.: 1.13 Uma das extremidades de um segmento é o ponto A13,19 . Sendo M 9,30 o ponto
médio do segmento, calcular as coordenadas do ponto B, que é a outra extremidade do
segmento.
x A xB y A yB
xM yM
2 2
13 x B 19 y B
9 30
2 2
x B 31 y B 41
Ex.: 1.14 Em todo triângulo, o segmento que une os pontos médios de dois lados é paralelo ao
terceiro lado e tem a metade de seu comprimento.
ab b a
2 2 2
A toda reta não-vertical está associado um número que especifica sua direção,
denominado coeficiente angular ou declividade; que expressa a tangente trigonométrica
de sua inclinação .
Coeficiente angular m tg
Fig. 1.8
0 90
90 180
90
0
tg 0 ; m 0 tg 0 ; m 0 tg não é definida tg 0 ; m 0
m tg
cat. op.
tg
cat. adj.
y 2 y1
m
x 2 x1
Fig. 1.9
Desta forma, torna-se evidente que uma reta vertical não tem coeficiente angular pois,
não podemos dividir por zero.
De acordo com a figura 1.9 notamos que: se a declividade de uma reta é positiva, então
quando a abscissa de um ponto da reta cresce, a ordenada cresce. Para esta reta, se a
declividade é negativa, quando a abscissa de um ponto da reta cresce, a ordenada
decresce.
Fig. 1.10
y 2 y1
m (1.1)
x2 x1
y y1
m (1.2)
Fig. 1.11 x x1
O ponto P está sobre a reta que passa por P1 e P2 se e somente se o valor de m da Eq.
(1.1) for o mesmo que o valor de m da Eq. (1.2).
y y1 y 2 y1 y 2 y1
y y1 x x1 (1.3)
x x1 x 2 x1 x 2 x1
y 2 y1 y y1 m x x1
sendo m (1.4)
x2 x1
Equação da reta
Se escolhemos o ponto particular (0, b) (isto é, o ponto onde a reta intercepta o eixo dos
y) para o ponto ( x1 , y1 ) , temos:
Toda reta possui uma equação da forma Ax By C 0 , onde A e B não são ambos
nulos, que é chamada equação geral da reta.
Ax By C 0 A e B não são ambos nulos. (1.6)
Se B 0 , então A 0 , e a equação pode ser escrita como
C
x que é, equivalente, a equação de uma reta vertical.
A
A C
Por outro lado, se B 0 , então: y x e essa equação tem a forma
B B
y mx b , onde:
A C
m e b
B B
Ex.: 1.15 Dada a reta que tem a equação 3 x 4 y 7 , encontre a declividade da reta.
Resolvendo para y temos: 4 y 7 3x m 3 4
3 7
y x b7 4
4 4
Ex.: 1.16 O ponto (2,3) divide ao meio aquela porção de uma reta que é delimitada pelos eixos
coordenados. Encontre a equação da reta.
0a b0
2 ; 3
2 2
a4 b2
x y
1 (12) 3 x 2 y 12
4 6
3 y 2 x 12 3y 6 4x
2 4
y x4 y x2
3 3
Para encontrarmos as coordenadas do ponto de intersecção de r1 e r2 , resolvemos as
duas equações simultaneamente. Suas coordenadas devem satisfazer ambas as equações,
pois, o ponto pertence às duas retas.
2 4
x 4 x 2 3 y 2 3 12
3 3 x3 y 2
3 y 6 12
2x 6
Ex.: 1.18 Demonstre por meio de declividades que os quatro pontos A6,2 , B8,6 , C 4,8 e
D2,4 são os vértices de um retângulo.
62
m1 = declividade de AB m1 2
86
86 1
m2 = declividade de BC m2
48 2
84
m3 = declividade de DC m3 2
42
42 1
m4 = declividade de AD m4
26 2
m1 m3 AB // DC
Uma vez que: m2 m4 BC // AD
m1 m2 1 AB BC
Ex.: 1.19 Dada a reta r com a equação 2 x 3 y 5 0 , encontre a equação da reta perpendicular a
r e que passa pelo ponto A 1,3 .
3 y 2 x 5
2
2 5 y mx b m
y x 3
3 3
m1 m2 1
3
Perpendicularidade: 1 m1
m1 2
m2
y 3
3
x 1
2
y y1 m x x1 2 y 6 3x 3
3x 2 y 9 0
Exercícios Numéricos
1.1. Encontre todos os números reais que satisfazem a desigualdade. Dê o intervalo-
solução e ilustre a solução sobre a reta numérica.
(a) x 2 4 R.: ,2 e 2,
(b) 1 x 2 x 2 0 R.: 1,1 2
(c) 3x 4 2 R.: 2 3 ,2
1.4. Demonstre que o triângulo com vértices A(3,-6), B(8,-2) e C(-1,-1) é um triângulo
retângulo. Encontre a área do triângulo. (Sugestão: Use a recíproca do Teorema de
Pitágoras).
1.6. Prove que o triângulo cujos vértices são os pontos A(0,5), B(3,2) e C(-3,2) é
isósceles e calcule o seu perímetro.
1.7. Assinale cada um dos seguintes pares de pontos, desenhe a reta que eles
determinam e calcule seu coeficiente angular:
(a) (-3,1), (4,-1); R.: m 2 7
(b) (-5,2), (7,2); R.: m 0
(c) (2,7), (-1,-1). R.: m 8 3
1.8. Assinale cada um dos seguintes conjuntos de três pontos e utilize os coeficientes
angulares para determinar, em cada caso, se os pontos formam um triângulo
retângulo:
(a) (2,-3), (5,2), (0,5); R.: sim
(b) (8,2), (-1,-1), (2,-7). R.: não