Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
CERTIFICAÇÃO
TAUBATÉ – SP
2007
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
1
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
CERTIFICAÇÃO
TAUBATÉ – SP
2007
2
PÓS-CERTIFICAÇÃO
Data: __________________________________________
Resultado: ______________________________________
BANCA EXAMINADORA
Assinatura _________________________________
Assinatura _________________________________
Assinatura _________________________________
3
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Álvaro Azevedo Cardoso, PhD, que soube orientar e conduzir este trabalho
suas informações.
RESUMO
funcionários.
ABSTRACT
The present paper aims to evaluate the results obtained from implementing quality
management systems in companies wich use plastics injection and metal stamping.
instructions and registration process. Survey research was also carried out with
forty-one companies that utilize processes of plastic injection molding and stamping.
The gotten results had shown that the most important motivating factor to implement
the quality management systems was due to requirement from the customers, the
most critical factors were the people’s commitment and the organizational learning
and, the majority of the companies had considered the registration as a differential to
the customers, concurring for the customer’s satisfaction improvement. The main
and could render competitive advantages, but not necessarily the quality inside the
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................12
1.1 Objetivo...........................................................................................................13
1.2 Justificativa do trabalho ..................................................................................13
1.3 Estrutura do Trabalho .....................................................................................14
1.4 Hipóteses........................................................................................................16
2 REVISÃO DA LITERATURA...........................................................................17
2.1 Histórico da qualidade ....................................................................................17
2.1.1 Antigüidade.....................................................................................................17
2.1.2 Inspeção final..................................................................................................18
2.1.3 Controle estatístico da qualidade....................................................................19
2.1.4 Garantia da qualidade.....................................................................................20
2.1.5 Gestão estratégica da qualidade ....................................................................21
2.2 Evolução do conceito da qualidade ................................................................25
2.3 SGQ’s e motivações para a implementação...................................................32
2.4 Planejamento para a implementação do SGQ................................................35
2.5 Fatores críticos na implementação do SGQ ...................................................40
2.6 NBR ISO 9000 como vantagem competitiva...................................................44
2.7 Norma NBR ISO 9001:2000 e sua estruturação.............................................49
2.8 Ferramentas e métodos para a qualidade ......................................................51
2.8.1 A prática do programa Cinco Sensos (Housekeeping) ...................................52
2.8.2 Ciclo PDCA.....................................................................................................54
2.8.3 Diagrama de Pareto........................................................................................58
2.8.4 Brainstorming..................................................................................................59
2.8.5 Diagrama de causa e efeito de Ishikawa ........................................................60
2.8.6 Controle Estatístico de Processos (CEP) .......................................................62
2.9 Aprendizagem Organizacional........................................................................65
2.10 Indicadores da qualidade................................................................................69
2.11 Auditorias da qualidade ..................................................................................71
2.12 O comprometimento .......................................................................................73
2.13 A versão 2008 da ISO 9001............................................................................74
3 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS .........................................................78
3.1 Pré-teste exploratório......................................................................................81
3.2 Questões gerais do instrumento de pesquisa.................................................82
3.3 Características da variável produto ................................................................82
3.4 Características da variável mercado...............................................................83
3.5 Características da variável fornecedor............................................................83
3.6 Características da variável cliente ..................................................................84
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................85
4.1 Pesquisa-ação ................................................................................................85
4.1.1 Resultados do programa Cinco Sensos..........................................................96
4.1.2 Índice de não-conformidades e de refugos.....................................................98
4.1.3 Auditorias internas do SGQ ..........................................................................103
4.1.4 Processo de Projeto e Desenvolvimento ......................................................105
4.1.5 Processo de Aquisição .................................................................................106
4.1.6 Processo de Gestão dos Recursos ..............................................................109
4.1.7 Processo de Gestão do Sistema ..................................................................111
11
1 INTRODUÇÃO
mantida dentro dos menores índices de custos que possibilitem satisfação total do
consumidor.
objetivo final de satisfação dos clientes, tornou-se necessário que as empresas que
delas fizessem uso, que criassem uma forma sistematizada para que estas ações
1.1 Objetivo
consideradas.
de SGQ’s.
diagrama de Pareto.
certificação.
1.4 Hipóteses
2 REVISÃO DA LITERATURA
de serviços. Barçante (1998) diz que qualidade existe desde que o mundo é mundo,
2.1.1 Antigüidade
qualidade, embora de forma primitiva, quando o homem buscou o que fosse melhor
1995, p.32) este período “[...] pôde ser caracterizado pela alta qualidade e padrões
para a conformidade.
lotes de produção. Juntamente com esta técnica, foram desenvolvidos estudos que
tendências para geração de produtos defeituosos. Com isto, era possível corrigir
EUA. Este grupo, composto por nomes como W. A. Shewart, Harold Dodge, Harry
Processos.
35).
requisitos que deveriam ser atendidos pelos fornecedores, para prover confiança
um modelo que viria mais tarde a ser conhecido como a abordagem participativa da
Para Barçante (1998), esta época foi marcada pela “quantificação dos custos
empresa.
à qualidade, com ênfase à detecção dos problemas e segregação dos produtos com
defeitos.
Por muitos anos, era lugar comum que a qualidade fosse responsabilidade
específica dos gestores da qualidade, porém estas pessoas eram simples agentes
qualidade.
da década de 1980.
22
foco central o atendimento das necessidades e satisfação dos clientes e deve conter
Neste sentido, Amaral et al. (2005), Liphaus et al. (2005), Ujihara et al.
(2006c), Liphaus (2005), Gilioli (2006), Oliveira Júnior et al. (2006), Capello et al.
(2006) e Souza et al. (2006) destacam o QFD – Quality Function Deployment, como
desde a fase inicial, utilizando-se o QFD em conjunto com o SGQ, por meio dos
em serviços.
23
(2003, p. 40) “Estratégia representa o conjunto de decisões que devem ser tomadas
ambiente”. Reforçou-se a idéia de que ”[...] para uma organização ser realmente
eficaz, cada uma das partes deve trabalhar em conjunto, de maneira adequada [...]”.
A ênfase passou para valorização dos clientes e sua satisfação, como fator de
p.12).
De acordo com a norma NBR ISO 9000:2000, SGQ é definido como conjunto
visando atingir estes objetivos, para dirigir e controlar uma organização no que diz
respeito à qualidade.
Esta norma é baseada em oito princípios segundo Mello et al. (2002, p.25):
para qualidade.
Control), traduzido para o português como Controle da Qualidade Total – CQT, sob o
qualidade como aspecto fundamental para o TQC. Schonberger (1987) destaca que
em uso no Japão.
garantia da qualidade, que até então era de inspeção, teste e verificação. Sua
filosofia enfoca princípios dirigidos à alta administração e apresenta como ponto forte
aquele produzido de acordo com o projeto dentro das tolerâncias permitidas, porém
uso. Esta abordagem tem como objetivo principal a satisfação do cliente com a
(1990), tem como base a chamada “Trilogia de Juran”, formada por três processos
Juran e Deming.
Kaoru Ishikawa ficou conhecido como o pai do Total Quality Control voltado
(CARDOSO, 1995).
quais fossem seu porte, ramos de atuação, locais ou épocas" (PALADINI, 1995, p.
31).
Quadro 1.
organização e deve ser baseado na cultura dos diferentes grupos que a constituem
para ser entendido por todos seus colaboradores. Segundo Martins et al. (2002,
Com base nessas dimensões propostas por Garvin (1996), pode-se afirmar
individuais podem ser diferentes e pondera que a qualidade está nos olhos do
Desta forma, Cheng (1995) recomenda que, antes de ouvir os clientes, deve-
suficiência).
sobre a satisfação do cliente, segundo a qual, quanto melhor for uma empresa no
suficiência do produto).
32
cliente o que ele deseja. A sua presença traz satisfação e a sua ausência provoca
insatisfação.
cliente por ser considerado básico. A sua presença é considerada óbvia e a sua
sua presença causa excitação, mas a sua ausência pode ser tolerada.
parte da empresa para que execute de maneira correta e no tempo devido a sua
gerenciamento dos processos, definindo o que fazer para que os resultados sejam
obtidos”.
atingir o objetivo principal, por meio do SGQ, é necessário que se atinjam também
34
exigências de gestão, a revisão das normas da família ISO 9000, na qual se inclui a
O mesmo autor acrescenta que, por meio das ações gerenciais, permitem-se
Entretanto, segundo Mello et al. (2002), a maioria dos usuários obtém logo
comunicação interna.
Beaumont (2006) esclarece que a adoção de um SGQ deve ser uma decisão
Segundo pesquisa efetuada pelo Lloyd´s Register QA, levada a efeito em 400
organização.
adotado, uma das principais dificuldades é definir o processo para implementar este
modelo. Dentre as dificuldades estão aspectos tais como: quantificação dos recursos
nas empresas também têm sua variabilidade, seja com relação aos motivos que as
por estes autores, foram identificadas treze atividades básicas e principais que
processo de certificação. Esta equipe deve promover uma comparação entre o SGQ
certificação.
37
devem ser sobre as normas, sobre o modelo para garantia da qualidade escolhida e
• Acompanhamento do processo:
• Formação do pessoal:
• Aquisições necessárias:
• Implementação do SGQ:
certificação.
certificador.
para que a íntegra do SGQ seja auditada periodicamente. Estas auditorias devem
uma análise, que levantará algumas questões sobre os fatores críticos que
dos mais relevantes fatores críticos que influenciam a implementação de SGQ’s. São
eles:
- Gerenciamento do processo;
Merli (1993) afirma que, para uma empresa obter sucesso na implementação
do SGQ, esta deve ocorrer em etapas definidas, nas quais o primeiro ano é o mais
organização.
41
• Planejamento inadequado;
• Treinamento precário;
- Resistência às mudanças;
cultura existente.
42
o programa;
os SGQ’s”.
Por outro lado, Cardoso et al.( 2005 ) reforçam que a certificação segundo a
norma ISO 9001:2000 não garante que a organização tenha qualidade e expõem
43
que, na maioria dos casos, os gerentes encaram a certificação como mais uma
a obtenção do certificado;
conseqüentemente
qualidade e produtividade. Para Campos (2004, p.7) “Ser competitivo é ter a maior
preocupação das empresas devido a uma série de fatores, dentre os quais podem
ser citados:
manufatura e distribuição;
- Custos reduzidos;
dos riscos.
45
vantagens.
que o mercado valorize”. Para esses autores, não são todas as empresas que
possuem oportunidade para obter vantagens competitivas. Umas possuem, mas são
concorrentes.
citada por Cunha (2003), o empresário brasileiro, que por tantos anos aprendeu a
indústria, que em 1990 era de 30%, caiu para 3,7% em 1996, aproximando-se da
processos que pode ser aplicado em qualquer empresa, seja ela de produção, de
KITKA, 2006).
Mello et al. (2002), ela deve esforçar-se para satisfazer seus clientes e melhorar
operações.
processos;
melhorias;
Com relação aos benefícios atribuídos à certificação NBR ISO 9000, Scheffer
certificação ISO 9000. E o custo dos produtos e serviços vendidos pelas empresas,
certificação.
tocante à empresa quanto no sentido social, mas afirma que alguns estudos
concluíram que para cada valor gasto com a normalização, houve uma economia de
Porém, King (1999) alerta para a falta de dados científicos que permitam a
Segundo Maranhão (2005 ) podem -se citar como benefícios esperados com
organização;
A série NBR ISO 9000 em sua versão atual foi condensada em 4 normas. O
Norma Escopo
NBR ISO 9001 Especificação dos requisitos de SGQ. É a única norma contratual.
NBR ISO 9004 Prover guias para SGQ’s, incluindo melhorias contínuas.
SGQ, enquanto que a versão ISO 9001:2000 está estruturada em oito seções.
normativa.
50
documentação do SGQ.
mesmos.
interações desses processos para atingir seus objetivos” e “[...] eficácia e eficiência
internas e externas”.
(2001) o termo eficiente significa “que realiza bem suas funções”, “que traz bons
que sugere uma convergência de significados. Porém, segundo a norma NBR ISO
e seguro, as empresas têm se apoiado nos princípios japoneses dos Cinco Sensos
ou Housekeeping.
casa” ou “tomar conta da casa” e explicam que o housekeeping surgiu no Japão e foi
administração do lar.
não é somente um evento episódico de limpeza, mas uma nova maneira de conduzir
materiais.
cinco palavras japonesas iniciadas pela letra S (Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu,
Shitsuke) (OSADA, 1992). No Brasil, essas palavras vêm sendo traduzidas por
(1992).
são incentivados a implementarem melhorias para cada um dos princípios dos Cinco
Sensos.
Segundo Imai (1994), realmente é isto o que se mostra, com seus cinco
passos:
- Seiso (limpeza);
- Shitsuke (disciplina).
54
localizadas melhorias.
Deve-se ressaltar que a prática dos Cinco Sensos, assim como em outros
ligado diretamente ao fato das mudanças serem feitas por todos os envolvidos, em
- A-Act (Agir): É a fase na qual, pela verificação da não eficácia das ações,
O PDCA é seqüencial, ou seja, cada vez que se atinge a fase de Ação (A),
inicia-se novamente o processo na fase de Planejar (P), de maneira tal que haja um
Definir
Definir novas
novas
metas
metas Qual
Qual éé oo objetivo
objetivo ??
Definir
Definir Metas
Metas ee
Definir
Definir ação
ação Meios
Meios
corretiva
corretiva
A P
Comunicar/Treinar
Comunicar/Treinar os
os
Analisar
Analisar os
desvios
desvios
os
C D envolvidos
envolvidos
Comparar
Comparar resultados
resultados Executar
Executar conforme
conforme
com
com as
as metas
metas planejado
planejado
Costa Neto (2007) expõe que o ciclo das grandes funções da administração
Esse diagrama contempla dois ciclos PDCA. O ciclo menor, aplicável a cada
decisório, uma vez que determina-se o que, como e quando fazer, antes da
organização empresarial.
De acordo com Campos (2004), o PDCA pode ser utilizado para manutenção
processo é repetitivo e o plano consta de uma meta que é uma faixa aceitável de
importantes para serem melhorados antes dos demais, uma vez que, agindo assim,
prioritários são em geral os mais intensos e os que têm maior importância relativa.
cada elemento;
peças rejeitadas.
1 00
90
90
80 75
70
Peças rejeitadas
60
50
40
30 20
20
8 7 5
10
0
Rebarb as M an c ha s Rech upe s Ris cos Trinc as Q ueim as
P ro b le m a s
2.8.4 Brainstorming
desordenadas podem ser expostas sem receio pois a crítica ou a ridicularização não
registradas para análise posterior e o processo continua até que todas as causas
erro).
pontos para discussão. Excelente para captar o pensamento criativo de uma equipe,
idéias.
Estes direcionadores, por sua vez, também podem ser originados por outras causas-
atacadas.
ou indesejados.
Essa ferramenta é usada tanto para definir e planejar o processo quanto para
trabalho de Shewhart, nos laboratórios da Bell, nas década dos anos de 1920.
Ainda segundo Ramos (2004), o CEP tem sido utilizado algumas vezes
forma esporádica pela indústria. Foi somente com o surgimento do Japão como
erros. É muito mais fácil e barato fazer certo na primeira vez, do que depender de
fazer ajustes corretos no processo, quando estes não estão atendendo aos
requisitos.
Uma causa comum é definida como uma fonte de variação que afeta a todos
distribuição de probabilidade.
registrados de forma ordenada, para que possam ser comparados com os limites
2005).
que novas idéias sejam importantes e que se constituem no gatilho para a melhoria
como estratégia que objetiva preparar seu recurso humano, para que este possa se
parecer significar que, até então, não se esteve aprendendo. Porém, isto não é
aptidões e habilidades de sua força de trabalho de modo cada vez mais eficiente”.
67
profissional, visto que, segundo Silva (2001, p.57), “a noção de competência está
Senge (2005, p.167) diz que “as organizações só aprendem por meio de
sentimento, uma força, uma crença que seja capaz de estimular e construir um
empresa, se todos tiverem total clareza das metas, diretivas e dos propósitos mais
Acrescenta ainda que, deve-se explicitar, da forma mais clara possível, uma
declaração não apenas das metas mais próximas como das metas mais amplas e do
Senge (2005) enfatiza que o papel principal é dos líderes. Eles devem ter
atitudes de comunicar seu senso de visão a todos, estimulando assim a que todos
colaboradores.
que não pode ser medido. Cunha (2003) esclarece que, de modo bastante amplo,
atendidos.
Rolt (1998) afirma que os indicadores são elementos que medem a eficiência
avaliação do SGQ. Não basta apenas ter os indicadores, é necessário que eles
devem:
características:
- Precisão;
- Facilidade de levantamento;
- Facilidade de compreensão;
empresa.
praticantes da qualidade.
71
que haja facilidade para sua interpretação a fim de criar ações em função dos
sendo levadas a efeito para assegurar que o sistema seja eficaz, enquanto que as
auditorias são realizadas para assegurar que os métodos utilizados estão de acordo
conformidades das auditorias, pois não operar conforme o planejado muitas vezes
gerenciamento de todo SGQ e que é através da auditoria que se obtém dados para
A norma NBR ISO 9001:2000 descreve que as auditorias do SGQ são usadas
A norma NBR ISO 9004 salienta que, para auxiliar a organização a assegurar
o seu futuro e a satisfação das partes interessadas, convém que a direção crie uma
2.12 O comprometimento
determinados objetivos.
a algo, relativamente duradouro e que pode ser descrito através de sentenças que
Técnico 176/SC2 está com os trâmites iniciados para o processo de revisão das
A ISO 9001 será alvo de um aperfeiçoamento, enquanto a ISO 9004 será alvo
de uma revisão, tal como decidido por larga maioria da ISO/TC174/SC2 na Revisão
ISO 14001.
usuários for limitado e se, além disso, os benefícios potenciais forem claros para os
usuários.
trocados, dentro de uma cláusula ou entre cláusulas, se tal contribuir para uma maior
clareza de utilização.
A revisão da ISO 9004 tem como finalidade criar uma nova norma que
SGQ’s existentes;
• Dar orientações para que uma organização crie um SGQ que traga valor
para os seus clientes através dos produtos que fornece, criando valor para
de vista;
do desenvolvimento sustentável;
A ISO 9004 é uma norma de orientação, não pretendendo ser uma norma
A norma deve se manter consistente com a ISO 9001 e ser compatível com
organização, mas o seu âmbito sofre alterações significativas que devem se refletir
num novo título. A norma deve basear-se nos 8 princípios de gestão da qualidade,
• Missão e Visão;
• Gestão do Conhecimento;
eficaz ligação;
Tal como a ISO 9001, deve usar uma linguagem simples e familiar aos
gestores, minimizando o uso de termos técnicos. É feita uma distinção clara entre os
de excelência.
3 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS
situação real.
de avaliador de processo.
79
e se torna parte do sistema que está sendo estudado com o real propósito de
necessária.
questão.
normas de SGQ’s.
enviados não foram considerados para efeitos desta pesquisa por razões diversas,
81
seja pela ausência de respostas ou por não se enquadrarem dentro dos limites
estabelecidos ao trabalho.
quando o próprio pesquisador pode realizá-lo, por meio de entrevista pessoal. Para
certificação.
produto, a certificação como diferencial frente aos clientes e evolução das vendas.
da indústria após a certificação, pois a certificação ISO 9001:2000 pode interferir nas
com relação aos seus clientes, pois a satisfação do cliente é o principal foco da
política da qualidade.
Como o cliente é a razão de ser e existir das empresas, reforçado pelo foco
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Pesquisa-ação
mostrado na Figura 7.
estabelecidos pelo SGQ exigido pelo mercado, para que se pudesse estudar e
87
analisar o que poderia ser aproveitado e o que teria de ser construído para o
alinhados com sua visão de futuro, negócio e missão, foi definida a política da
IMPLEMENTAÇÃO DO SGQ
AÇÕES/CRONOLOGIA Set/03 Out/03 Nov/03 Dez/03 Jan/04 Fev/04 Mar/04 Abr/04 Mai/04
Avaliação Inicial dos xxxxx
Processos
Estabelecimento do xxx
Plano de Ação
Alinhamento dos xx
Processos e Objetivos
Definição da Política da xxx
Qualidade
Sensibilização xxxxx xxxxx
Auditoria Interna do xx
SGQ
Pre-Auditoria de xx
Certificação
Auditoria de xx
Certificação
Emissão do certificado xx
da alta administração.
todos os treinamentos realizados sobre estes assuntos foram feitos por meio de
utilização do fluxograma, a descrição dos seus processos (início, meio e fim) para
que cada área pudesse expor o seu fluxograma num primeiro momento e
pelo SGQ.
Vale ressaltar que, conforme a norma NBR ISO 9001:2000, para uma
organização funcionar de maneira eficaz, ela tem que identificar e gerenciar diversas
Direção 3 Projeto
2 6
5 7 11
9 Fornecedor 14
16
17
trabalhos.
92
de documentos pode ser usado para criar um ou todos os documentos do SGQ e/ou
documento.
condizente com o público que estará usando a documentação para realizar suas
tarefas.
pela equipe de revisão, mas não se limitando a conteúdo de acordo com o SGQ,
original daquele que autoriza o documento deve ser arquivada com o coordenador
deve ser eliminado. Caso não haja data de revisão, certifique-se de que uma
auditoria de certificação.
mesmas.
95
Apêndices C e D.
pela adoção do programa Cinco Sensos como base para a cultura da qualidade e
atingido de pontuação 80. Embora não seja exigência da norma NBR ISO
grupo de auditores. Este grupo criou check-lists para auditoria de cada senso, com
ser auditada por grupo não pertencente à própria área. Após a atividade do “seiri”,
efetuou-se a primeira auditoria, cujo resultado médio foi de 45 pontos, que orientou
“shitsuke”, cujo significado é disciplina, passou a ser o fator mais forte na evolução
97
100 83 85 88
80 82
67 71
45
(%)
50
0
fev/04
fev/05
fev/06
out/03
jun/04
out/04
jun/05
out/05
Figura 10 - Evolução do programa Cinco Sensos.
Fonte: Adaptado de PROSERV. Sistema de Gestão à Vista, 2006.
adoção das práticas dos Cinco Sensos diante das imagens mostradas pelas
contribuíram para esta evolução. Note-se que a parede em alvenaria foi substituída
peças que compõem até então a principal fonte de negócios da empresa, na linha de
percebeu-se que o índice de refugos estava acima dos 0,58%, trazendo como
0,60
0,50
0,40
%
0,30
0,20
0,10
0,00
fev/04
fev/05
fev/06
out/03
dez/03
out/04
dez/04
out/05
dez/05
abr/04
jun/04
ago/04
abr/05
jun/05
ago/05
0,58%, percebeu-se que houve uma sensível melhoria até março de 2004, atingindo-
refugos apontados.
defeitos não tinham sido ainda detectados e as cavidades dos moldes das peças
evolução é mostrada por meio da Figura 14. Isto é explicado pelo critério de
passou a ser feita também por cavidade. A partir daí, os resultados detectados no
variabilidade do processo.
0,50
0,40
0,30
(%)
0,20
0,10
0,00
out/0 3
ju n/04
ago/04
out/0 4
ju n/05
ago/05
out/0 5
dez/03
abr/04
dez/04
abr/05
dez/05
fev/04
fev/05
fev/06
Figura 14 - Índice de não-conformidades em teste final de contadores.
Fonte: Adaptado de PROSERV. Ata de Reunião da Qualidade. Abril de 2006.
direta nos moldes, com correção da incidência crônica de peças plásticas com
rebarbas, cuja adequação das peças se fazia por meio de processo manual, no
1,20
1,00
0,80
(%)
0,60
0,40
0,20
0,00
no v/03
nov/04
no v/05
jan/04
mar/04
mai/04
jul/ 04
jan/05
mar/05
mai/05
jul/ 05
jan/06
set/03
set/04
set/05
estabelecidas.
funcionários envolvidos.
auditorias internas.
104
auditoria deveriam ser executadas por pessoal sem responsabilidade direta na área,
justifica-se exatamente pelo fato das auditorias serem executadas pelos próprios
40
32
Não conformidades
30
18
20
10 7 6 6
0
Fev/04 Ago/04 Fev/05 Ago/05 Fev/06
são ou não seguidos. Por vezes, as auditorias podem detectar duplicação de tarefas,
organização. Neste caso em particular, evidencia-se que o SGQ aponta para uma
melhoria contínua.
usuários de serviços de projetos nos doze meses anteriores, com pontuação 7,83 e
atribuída por cada cliente usuário de serviços de projetos da Proserv, com intervalos
10 8,7 8,9
8,3 8,6
7,8
0
out/03 abr/04 out/04 abr/05 out/05
seguintes critérios:
NAF.
dados por tolerância máxima para três lotes rejeitados ou aprovados com desvio,
processo de avaliação; nota 50 < IQF < 70, o fornecedor é considerado aprovado
plano de ação corretiva pelo fornecedor e nota IQF>70, o fornecedor está aprovado
buy”, cujas decisões têm sido cada vez maior pela opção de compra de terceiros,
Figura 18.
100
50
0
fev/05
fev/06
fev/04
ab r/0 4
ab r/0 5
ag o/04
ag o/05
ou t/03
de z/03
jun/ 04
ou t/04
de z/ 04
jun/ 05
ou t/05
de z/ 05
dos fatores importantes nas melhorias obtidas nos indicadores internos de perdas e
empresa.
empresa.
empresa.
110
indicadores da qualidade.
80 69 71
64
Horas/funcionário
58 60
52 55
60
38
40 33
18
20 12
0
nov/03
nov/04
nov/05
jan/04
jul/04
jan/05
jul/05
jan/06
mar/04
mai/04
mar/05
mai/05
mar/06
set/03
set/04
set/05
Figura 19 - Monitoramento de treinamentos.
Fonte: Adaptado de PROSERV, Ata de de Análise Crítica do SGQ.Abril de 2006.
em diferentes níveis, seja por iniciativa própria, seja por incentivo da própria
2003 passou a 16% do quadro de funcionários em 2005, o que permite avaliar como
18%
16%
16%
14%
12%
10%
8%
8%
6%
4%
2%
0%
Ano 2003 Ano 2005
outubro de 2003, foi efetuada a pesquisa inicial de satisfação dos clientes, com
positiva da satisfação dos clientes, conforme Figura 21. Em novembro de 2005, com
100 90 92
88
76
Base 100
50
0
inicial abr/04 out/04 nov/05
Consoante a norma NBR ISO 9001:2000, no item 5.6, a alta direção deve
pela alta dependência somente da linha de produtos próprios, com riscos para a
total em três anos e meta para crescimento do volume total de vendas também em
ainda mais relevante pelo fato de que houve o crescimento da venda de serviços,
serviços.
100
45
60
88 82 Produtos
(%)
50
Serviços
55
40
12 18
0
2003 2004 2005 2006
de pressão.
de qualidade da empresa.
global.
um processo contínuo.
referência usada para sua implementação. Constata-se que o SGQ está conforme
9001:2000 é a mais comum delas, sendo realizada por vários organismos nacionais
gerenciamento.
provocam conflitos” e acrescenta que “se não houver uma firme e clara disposição
engajada no processo”.
no Apêndice B.
116
características:
das empresas até 100 funcionários, e 19,5% das empresas, de 101 a 500
mercado.
das empresas têm de 11 a 20 anos e 34,1% das empresas têm mais de 20 anos de
anos.
curto para implementação de SGQ’s. Nestes casos, é possível que parte das
Figura 23, o principal fator motivacional para certificação do SGQ está relacionado
interna.
40
31,7
30
Base 100(%)
19,5
20
14,6 14,6
12,2
10 7,3
0
competitividade
Aumento da
Melhoria do
padronização
organização
Exigência dos
controle do
Melhoria da
Aumento da
qualidade
processo
Melhoria da
interna
clientes
interna
efetuada pelo CB-25 e mencionado por Ujihara et al. (2006b), cujos fatores mais
118
seu SGQ por um único motivo, ocorrendo na verdade uma série de motivos, os quais
certificação pela exigência dos clientes, ou seja, a iniciativa teve origem exógena, o
Outros 14,6%
implementação de SGQ’s.
pessoas, com 31,7% das respostas consideradas, a capacitação das pessoas com
26,8% das respostas, liderança dos gestores com 24,4% e a conscientização das
pessoas com 17,1% das pessoas. Há nesta prospecção, um relativo equilíbrio entre
Comprometimento
das pessoas
17,1%
31,7% Capacitação das
pessoas
para o sucesso das organizações, como citado por Deming (1990), Crosby (1992),
das pessoas.
Assim, pode-se afirmar que são fatores críticos de sucesso dos mais
Burocracia 9,8
0 5 10 15 20 25 30
Base 100(%)
SGQ passou a ser uma obrigação imposta pelo mercado e não necessariamente
das empresas admitiram crescimento nas vendas, e 34,1% admitiram que as vendas
mantiveram-se. Assim, constatou-se que não houve caso de diminuição nas vendas.
empresas.
podem ser sintetizados da seguinte forma: em 63,4% das empresas houve aumento
permaneceu a satisfação dos clientes, com avaliação boa em 53,7% das empresas e
Aquisições, item 7.4.1 – a organização deve assegurar que o produto adquirido está
certificadas.
estimuladas a buscar a certificação dos seus SGQ’s, após a certificação dos seus
sentido mercadológico.
certificados. Por outro lado, evidencia-se a falta de programas por parte das
Cardoso et al. (2005) ponderam que a certificação dos SGQ’s segundo norma
30000
25500
25000
20380
18784
20000
Quantidade
15000 13000
10000 6074
5000 948
18 225
0
Brasil - 1990 Brasil - 1993 Brasil - 1996 Brasil - 2000
Ano
5.000
0
0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000
contínuas.
128
5 CONCLUSÕES
da empresa.
com meta para crescimento a 50% da receita total em três anos. Estabeleceu-se
patamares de competitividade.
são levadas por um único motivo a buscar a certificação dos SGQ’s, ocorrendo na
verdade uma série deles, porém pode-se dizer que a motivação predominante foi por
SGQ’s.
Este trabalho não pretende esgotar o tema, face aos limites intrínsecos
entendimento dos motivos das dificuldades para se manter as melhorias obtidas com
a certificação.
qualidade.
Por fim, espera-se que este trabalho tenha apresentado não somente
conteúdos teóricos, como também experimentação prática efetiva, que possam ser
REFERÊNCIAS
AMARAL, Ciro C.F.; CHAVES, C.A.; CARDOSO, A.A.. Metodologia QFD aplicada
em uma indústria de elevadores Estrelartel. In: Anais do XII Simpósio de
Engenharia de Produção da UNESP. Bauru: SIMPEP, 2005.
BARÇANTE, L.C.. Qualidade total, uma visão brasileira. Rio de Janeiro: Campus,
1998.
BRAULE, R.. Estatística aplicada com Excel. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
CAMPOS, V.F..TQC, controle da qualidade total (no estilo japonês). Nova Lima:
INDG, 2004.
CHUA, C.C.; GOH, M.; WAN, T.B.. Does ISO 9000 certification improve business
performance? . International Journal of Quality&Reliability Management. Vol.20, n.8,
p.939-953. 2003.
DIAS, J. C. S.; Miguel, P. A. C.. Modelo de integração do QFD com a ISO 9001. In:
Miguel, P.A.C.;CARNEVALLI,J.A.. Aplicações não convencionais do Desdobramento
da função Qualidade. São Paulo: Artliber, 2006.
GIL, A. L.. Qualidade total nas organizações. São Paulo: Atlas, 1992.
135
GIL, A.C.. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999b.
GILIOLI, R. F.. Uso da técnica QFD na melhoria da qualidade em uma
assistência técnica de veículos automotivos. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Mecânica da Universidade de Taubaté). Taubaté: UNITAU, 2006.
HUTCHENS, D.. Aprendendo além dos lobos. São Paulo: Best Seller, 2006.
IMAI, M.. Kaizen, a estratégia para o sucesso competitivo. São Paulo: IMAM,
1994.
KING, N. O.. Faltam dados científicos. Revista Controle da Qualidade, São Paulo,
ano 8, n. 82, p. 48, mar. 1999.
MARANHÃO, M.. ISO série 9000 (versão 2000) – Manual de iImplementação. Rio
de Janeiro: Qualitymark, 2005.
MAZUR, G.. QFD for Services Industries: from voice of customer to task
deployment. QFD Institute: 1993.Disponível em:
<http://www.mazur.net/publishe.htm>, Acesso em: 23 set 2006.
MELLO, C. H. P.; SILVA, C.S.; TURRIONI, J. B.; SOUZA, L. G. M.. ISO 9001:2000,
sistema de gestão da qualidade para operações de produção e serviços. São
Paulo: Atlas, 2002.
137
MOURA, R.A.; CARLITO JÚNIOR, E.. Desmistificando a ISO 9000. São Paulo:
IMAM, 1994.
OSADA, T.. Housekeeping, 5S’s: seiri, seiton, seiso, seiketsu, shitsuke. São
Paulo : Instituto IMAM, 1992.
PEARCH, C.; KITKA, J.. Answering questions about ISO 9000: 2000. Disponível
em<http://www.pcimag.com/CDA/Archives/bcd09fb6a36a7010VgnVCM100000f932a
8c0 >Acesso em 30.04.2006.
UJIHARA, H. M.; CARDOSO, Á. A.; CHAVES, C.A.. QFD como estratégia para
desenvolvimento e melhoria de produtos, serviços e processos. In: Anais do III
Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, AEDB. Resende: SEGET, 2006c.
I – GERAL
II – MERCADO
III – CLIENTES
4. Após período mínimo de 1 ano pós certificação o nível de satisfação dos clientes foi
avaliado como:
( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo
IV– FORNECEDORES
QUESTÕES GERAIS
VARIÁVEL MERCADO
VARIÁVEL CLIENTES
VARIÁVEL FORNECEDORES
VARIÁVEL PRODUTO