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de Estruturas
método das forcas e método dos deslocamentos
Volume I
Análise de Estruturas
Volume I
EDITORA
CIÊNCIA MODERNA
Análise de Estruturas - Volume I
CopyrightO 2004 Editora Ciência Moderna Ltda.
Todos os direitos para a língua portuguesa reservados pela EDITORA CIÊNCIA MODERNA LTDA.
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utilizando tais nomes apenas para fins editoriais, em benefício exclusivo do dono da Marca Registrada, sem
intenção de infringir as regras de sua utilização.
FICHA CATALOGRÁFICA
CDD 624.1
Prefácio
Capítulo 1 -Fundamentos
Introdução
Conceitos básicos
Trabalho das forças externas e energia de deformaç80
Teorema dos deslocamentos virtuais
Teorema das forças virtuais
Método da força unitária
1.6.1 Efeito de forças externas
1.6.2 Efeito de temperatura
1.6.3 Efeito de deslocamento prescrito
1.6.3 Efeito de apoio elástico
Teoremas de reciprocidade
Estruturas siméticas
1.E. 1 Carregamento simétrico
1.8.2 Carregamento anti-simétrico
Exercícios propostos
-
Capítulo 3 Métodados deslocamentos
Introdução
Sistemática do método dos deslocamentos
Exemplos de sistemas principais
Variação de temperatura
Deslocamento prescrito
Apoio elástico
Estruturas simétricas
Deformação de força normal
Estrutura com barra inclinada
Exercícios propostos
1.1 - Introdução
As estruturas são sistemas físicos capazes de receber e transmitir esforços como em
pontes, edifícios, torres, antenas etc. Um dos principais objetivos da análise de estruturas é
relacionar, em idealizações simplificadoras desses sistemas e utilizando propriedades de
material determinadas experimentalmente, as ações externas atuantes com os
deslocamentos, reações de apoio e tensões (ou suas resultantes), de maneira a poder
identificar eventual deficiência de comportamento do material constituinte eiou de
comportamento da estrutura como um todo elou de suas partes. Isso, para elaborar o projeto
de uma nova estrutura a ser construída ou estudar o comportamento de uma estrutura já
existente. A idealização de uma estrutura conduz a um modelo de análise, regido por
equações matemáticas, cujos resultados devem expressar comportamento próximo ao da
estrutura. Cabe ao engenheiro a responsabilidade de conceber esse modelo, sob ações
externas estabelecidas a partir de códigos de projeto e com as aproximações julgadas
cabíveis, e, após a determinação de seu comportamento, fazer análise crítica de sua
pertinência. Neste livro, a análise se restringe ao estudo das estruturas em barras,
desenvolverido métodos e processos de determinação de resultantes de tensão (esforços
solicitantes), deslocamentos e reações de apoio. Por simplicidade de expressão, o modelo
de análise é aqui também denominado estrutura, assim como a sua representação gráfica.
Eficientes sistemas computacionais para a análise automática de estruturas são
atualmente disponíveis e indispensáveis nos escritórios de projeto. Contudo, não é
recomendável a sua utilização por usuário que não tenha capacidade &e avaliação crítica
dos resultados obtidos. Para isso, é necessário o conhecimento das potencialidades e
limitações dos métodos implementados, e que se tenha "sentimento de comportamento das
estruturas". Com o objetivo de propiciar ao leitor esse conhecimento e iniciá-lo no
desenvolvimento desse sentimento, este primeiro volume de Análise de Estruturas
apresenta a formulação clássica dos métodos das forças e dos deslocamentos em análise de
Análise de Estruturas - Volume 7
Seção transversal
r-------.....-------
M
L------------..-..--
3
Análise de Estruturas - Volume 1
,...........
(d) Hiperestática internamente
I grelha
com cabos, escoras e/ou tirantes
A viga tem barras retas dispostas sequencialmente em um mesmo eixo e supostas
usualmente apenas com momento fletor e força cortante, como ilustrado na Figura 1.4a,
onde p é força externa distribuída por unidade de comprimento. A treliça é formada de
barras retas supostas rotuladas em suas extremidades e com forças externas (concentradas)
aplicadas apenas nas rótulas, como exemplificado na Figura 1.4b. Conseqüentemente, em
barra de treliça tem-se apenas força normal. O pórtico plano tem suas barras (retas ou
curvas) situadas em um mesmo plano (usualmente vertical), sob ações externas que o
solicitam nesse plano, tendo-se apenas força normal, força cortante de vetor representativo
no plano em questão e momento fletor de vetor representativo normal a esse plano, como
ilustrado na Figura 1 . 4 ~ .Em pórtico espacial, sob ações quaisquer, têm-se conjuntos
quaisquer dos seis esforços solicitantes representados na Figura l.lb. A grelha tem suas
barras situadas em um mesmo plano (usualmente horizontal) e ações externas que
provocam apenas momento de torção, momento fletor de vetor representativo no plano em.
questão e força cortante de vetor representativo normal a esse plano, como exemplificado
na Figura 1.4d. Viga-balcão é uma grelha de bana curva.
Um arco pode ser considerado como um pórtico de barra curva, plana ou reversa.
Assim, em arco plano sob carregamento em seu plano, têm-se, apenas, força normal, uma
força cortante e um momento fletor. O tirante e o cabo são elementos unidimensionais que
só trabalham à tração, sendo o primeiro retilíneo e o segundo curvo em função das forças
que lhe são aplicadas. A escora é um elemento unidimensional retilíneo que só trabalha à
compressão. A estrutura em barras com cabo, escora eiou tirante é usualmente mista com
um dos modelos descritos anteriormente. É o caso de torre estaiada, por exemplo.
Capitulo 1 - Fundamentos
v t
N
- - N
(a) Viga (b) Treliça plana
\ .........
......................
~~~~~~~~~~~~~ .................... ~..
P
-..........
X
transversal em relação h seção que lhe é adjacente e não ao efeito da força cortante que é de
provocar deslizamento de uma seção em relação à que lhe é adjacente.
--
C
N+ 4 -
N- C-
\
-Y
T+
«- tt
T - w
X
t "+ 1 1 "- t jZ
/Mz
horizontal da barra, considera-se o eixo y dirigido para a região tida com inferior à barra em
análise e o efeito da parte esquerda dessa barra sobre a sua parte direita. Assim, os esforços
N e V são positivos quando de vetores representativos em sentidos contrários aos do
referencial, e os esforços M e T são positivos quando de vetores representativos de sentidos
coincidentes com os do referencial. Considerando o efeito da parte direita da barra sobre a
correspondente parte esquerda, tem-se o contrário.
A Figura 1.6 ilustra o cálculo das reações de apoio e as equações dos esforços
solicitantes no caso de uma viga biapoiada com balanço. A representação gráfica dessas
equações ao longo de linhas de referências correspondentes aos eixos geométricos das
barras se diz diagramas de esforços solicitantes. Por convenção, no Brasil, o diagrama de
momento fletor é traçado do lado das fibras longitudinais tracionadas e o diagrama de força
cortante positivo do lado superior de cada barra. Esses diagramas são ilustrados na referida
figura com as identificações DM e DV, respectivamente. Como a força cortante é igual à
derivada do momento fletor (considerando o eixo x dirigido da esquerda para a direita), o
momento fletor máximo ocorre na seção de força cortante nula.
resultado este que é igual à área sob o segmento linear força-alongamento representado na
Figura 1.7b.
O termo elástico qualifica o material da barra como tendo a propriedade de retornar
à sua configuração inicial com a retirada da força, recuperando-se o trabalho realizado. Isso
1o
Capítulo 1 - Fundamentos
P'
o=-P
A
o'
E'
. . E=-
6
....:......:..
C
de'
(c) Tensão normal (d) Diagrama tensão-deformação
onde
Identifica-se que a área sob o diagrama tensão- deformação da Figura 1.7d é igual à
densidade de energia, que se escreve:
A partir das equações 1.3 e 1.7, tem-se a energia de deformação de cada barra:
Capítulo 1 - Fundamentos
que fornece:
dU P!
-
dP EA
'\
P
(a) Configuração inicial (b) Configuração deformada
Figura El.l.
(a)Representação bidimensional
d6,
Ir -
-.-- -. --_ ,- - - - - - - ..- - - - - - - - - - -
v-.- .-.-,
dFi
d62
(b)Representações unidimensionais
16
Capítulo 1 - Fundamentos
Pode-se multiplicar a equação anterior por um escalar tão grande quanto se queira e
-
considerar o produto deste escalar por d6, e o produto deste escalar por d~ como grandezas
finitas em vez de infinitesimais, desde que pequenas para que se restrinja a comportamento
linear. Além disso, como na equação anterior, não ocorrem os incrementos das forças que
provocaram, no início do desenvolvimento, os incrementos de deslocamentos, podem-se
considerar esses incrementos como deslocamentos quaisquer, fictícios, ditos virtuais,
definindo deformações virtuais. Nesse contexto, a equação anterior expressa o teorema ou
principio dos deslocamentos virtuais que se enuncia: supondo em uma estrutura em
equilibrio estcítico um campo de deslocamentos virtuais, o trabalho virtual das forças
Análise de Estruturas - Volume 1
externas é igual ao trabalho virtual das forças iiztemas. Nas aplicações desse teorema, por
vezes interessa trabalhar com deslocamentos virtuais infinitesimais e, outras vezes, com
deslocamentos virtuais pequenos. Esse teorema pode ser generalizado aos casos de estruturas
contínuas, comportamentos não lineares físico e geométrico, e dinâmico.
Como em comportamento linear geométrico, as equações de equilíbrio são escritas
na configuraçáo antyior à aplicação das ações externas, os deslocamentos virtuais podem
ser tomados a partir dessa configuraçáo. Essas ações incluem forças externas, variação de
!
temperatura, deformação prévia de montagem da estrutura e deslocamentos dos apoios, que
são ditos deslocamentos prescritos ou recalques de apoios. Quando da ocorrência de
deslocamentos prescritos e as correspondentes reações de apoio não são incluídas na
equação do teorema dos deslocamentos virtuais, esses deslocamentos devem ser medidos a
partir da configuração que atende aos deslocamentos prescritos, como ilustrado em traço-
1 ponto na Figura 1.1 la, onde 6,. é deslocamento prescrito e R,. a correspondente reação de
apoio desconhecida. Diz-se, então, que os deslocamentos virtuais atendem às condições de
apoio ou condições geométricas de contorno.
I Deslocamento virtual
Configuração original
1
-.-.
I prescrito
(a) Não incluindo as reaç0es de apoio no
teorema dos deslocamentos virtuais
I Deslocamento virtual
c * - /
------- ---------- --
Configuração original
Supondo conhecidas as reações de apoio, essas podem ser consideradas como forças
externas e incluídas na equação do teorema dos deslocamentos virtuais, desde que os
deslocamentos virtuais sejam medidos a partir da configuração anterior à imposição de
eventuais deslocamentos prescritos, como ilustrado em tracejado na Figura 1 . l l b . Assim,
Capítulo 1 - Fundamentos
considerando as reações de apoio como forças externas e adotando a barra sobre a notação
para indicar grandeza virtual, escreve-se a partir da equação anterior:
Nessa equação, i' varia de 1 até o número total de reações de apoio onde se têm
deslocamentos prescritos.
No caso de momento externo aplicado, o deslocamento virtual na correspondente
direção é uma rotação. No caso de força distribuída aplicada, o correspondente trabalho
virtual é o produto desta força pelo deslocamento virtual em cada ponto de aplicação de
força, integrado no comprimento de sua distribuição, como ilustrado no exemplo 1.4.
Considerando um campo de deslocamentos virtuais de maneira a reter na equação
do teorema dos deslocamentos virtuais apenas uma reação de apoio, a equação resultante
pode ser utilizada para o cálculo dessa reação. Esse procedimento é simples no caso de
estruturas isostáticas, quando então o campo de deslocamentos virtuais é de corpo rígido,
não se tendo trabalho virtual interno. O próximo exemplo esclarece essa situação.
Exemplo 1.2 - Seja o cálculo da reação no apoio A da viga representada na parte esquerda
da Figura E1.2.
Figura E1.2
Com esse artifício, qualquer esforço seccional pode ser liberado e substituído por
um par de forças externas aplicadas à estrutura nas seções adjacentes à liberação, forças
essas que realizam trabalho virtual externo. Como forças externas desconhecidas, à
semelhança de reações de apoio, o teorema dos deslocamentos virtuais pode ser utilizado
para determiná-las.
Capítulo 1 - Fundamentos
Figura E1.3a.
Para determinar o momento fletor na seção A, considera-se uma rótula nessa seção
simultaneamente com a aplicação de um par de momentos no sentido positivo desse esforço de
maneira a anular a rotação relativa das seções adjacentes à rótula, como ilustrado na parte esquerda
da Figura E1.3b. Na parte direita da mesma figura, está representado um campo de deslocamentos
virtuais com rotações da referida seção no sentido positivo dos momentos aplicados.
Logo, o teorema dos deslocamentos virtuais fornece:
MB+P6, =O
Da configuração virtual, tem-se:
Figura E1.3b.
Substituindo a equação b em a, obtém-se:
Figura E1.3~.
Exemplo 1.4 - Seja a aplicação do teorema dos deslocamentos virtuais à viga em balanço
de seção transversal constante, representada na Figura E1.4, com o objetivo de se obter a
correspondente equação diferencial de equilíbrio e as condições de contorno.
Trabalhando com grandezas virtuais infinitesimais e desconsiderando efeito de força
cortante, a equação 1.18 do teorema dos deslocamentos virtuais, tendo-se em conta a lei de
Hooke, toma a forma:
Capítulo 1 - Fundamentos
Considerando a hipótese das seções planas, sabe-se que E, =-y6,,, , onde a vírgula
como índice indica derivação em relação à variável que lhe segue e onde 6 é deslocamento
transversal indicado na Figura E1.4. Logo, a equação anterior fornece:
Figura E1.4.
jxfg,,dx=-Jxf,,g dx+f g
le(EI 6
O %, , , , -p)d6 dx-EIS ,xxx d6~'~'+~16,,d6,~='=O (e)
. .
,d@!
-
..... .... ....~~.
~ ~
+
; i
dx d: dx
(a) Força normal (b) Momento fletor
dx
(c) Força cortante (d) Momento de torção
24
Capítulo 1 -Fundamentos
No caso da força normal representada na Figura 1.13a, a lei de Hooke expressa pela
equação 1.7 fornece o deslocamento relativo:
Daquela mesma figura e da lei de Hooke sob a forma da equação 1.6, tem-se
-
- - --õ x d x , que fornece -
d < p =E ndx o, =
dQEy
Y EY dx
Substituindo essa última equação na equação 1.22, obtém-se:
escreve-se:
T=-
v (1.25)
Av
Av é denominado área efetiva de cisalhamento e f é um escalar denominado fator de
cisalhamento. Esse fator é função da forma geométrica da seção transversal real e
determinado com a condição da tensão cisalhante constante na seção de área fictícia
realizar o mesmo trabalho que a tensão cisalhante tida como exata na seção real. Da Figura
"
1 . 1 3 e~ da lei de Hooke expressa pela equação 1.12, obtém-se:
No caso do momento de torção, a partir das equações 1.10, 1.11 e 1.12, obtém-se o
deslocamento relativo:
-
- Tdx
d e =-
GJ
.
A Tabela 1.1 apresenta as propriedades de seçáo A, I,, I,, f, , f, e J para as seções
mais usuais.
NN+M,M, , M ~ V V vV,
C P ,+~C, R,.G, = j + MEIz + Y + i + - (1.28)
EA EI, GAv, GAv, GJ
pb +
!+ -
Pa
e 1 1 1 e
P
pe Ct
P,
e i'
i
M/a
a
27
Análise de Estruturas - Volume I
onde a barra sobre a notação indica grandeza virtual. Nessa equação, 6,. representa
deslocamentos prescritos, onde são arbitradas forças virtuais R,., e 6 , representa
deslocamentos reais onde são supostas forças virtuais e,
em equilíbrio com Ri,.
Tendo em vista as equações 1.21, 1.23, 1.26 e 1.27, agora sem a notação de virtual,
a equação anterior fornece:
NN MM vv TT
i'
[ -+-
Cp;8,+ ~ R , , F , . =--
EA E1 GA, GJ
Essa equação expressa o teorema ou princípio das forças virtuais que se enuncia:
coizsiderando em uma estrutura um sistema de forças equilibradas qciaisquer, denonzinadas
virtuais, o trabalho virtual das forças externas é igual ao trabalho virtual das forças
internas. Em se considerando momento como força virtual, o correspondente trabalho é o
produto deste momento pela rotação real no ponto correspondente da estrutura em questão.
Devido à similitude entre o teorema dos deslocameiitos virtuais e o teorema das
forças virtuais anteriores, ambos podem ser referidos como teorema dos trabalhos virtuais.
Dividindo ambos os membros da equação anterior pela unidade de força (no sentido
generalizado), o que equivale a considerar um modelo com uma "força virtual unitária
adimensional", obtém-se o deslocamento desejado:
EA
+--M M
E1
VV
+--+-i__
GA,
TT
GJ jdx
Para a determinação de uma rotação, em lugar de um deslocamento linear, aplica-se
um "momento virtual unitário adimensional" no ponto e direção da rotação desejada.
P 0
(a) Estrutura original de esforços
i-
t
4
t
f R",
(b) Modelo com a força unitária e
N,MeV esforços Nu, M, e V,
1p i k
P
P mm
-A-.' i 8,
(c) Estrutura original hiperestática (d) Estrutura original com deslocamento
prescrito e esforços N, M e V
Figura E1.5a.
Figura E1.5b.
Figura E1.6.
A equação de momento fletor da barra com a força unitária, como representado na
parte direita da Figura E1.6, se escreve:
M, = r senf3=2 sen8 (b)
Em barra de pequena curvatura pode-se adotar a distribuição de tensões de flexão de
barra reta. Logo, a equação 1.32 se estende ao caso de barra curva com a integração ao
longo do eixo geométrico curvo. Assim, designando o comprimento infinitesimal de arco
como ds, tem-se:
em que M,, é uma função linear em x (resultado da aplicação da força unitária) e M é uma
função qualquer dessa coordenada (resultado da aplicação das forças externas), como
ilustrado na Figura 1.16.A função linear se escreve:
M, =a+bx (1.34)
onde a e b são escalares. Substituindo essa equação na que lhe antecede, obtém-se:
M1--l
Área AM
centróide
Mm
E
;
e
Figura 1.16 - Figuras planas
Por outro lado, pela equação 1.34 tem-se que a parcela entre parênteses dessa equação é
igual à ordenada da função M, na abscissa correspondente ao centróide de AM,fornecendo:
Capítulo 1 - Fundamentos
'M ~ L e -1M a M , e
3
1
M, / -M,M,!
2
1
-M,M,!
6
Mbm
4 ~ b
- 1M a ( 2 M , + M C ) !
! 6
1
-M,M,e
3
Parábola quadrática.
1
-M,M,!
Parábola quadrática 4
i a i b : L6 ~ a ~ , ( l + q ) l
M~EZI M>,M,t
1
-Ma (M,+M,)!
2
........ ~. .~
.........
L E h -M,M,!
2
e i
Parábola quadrática 3
M, L
Parábola quadrática
1
-M,M,!-
3
1
-M,M,t
2
i a : b :
Tabela 1.2 -Integral do produto de funções que definem duas figuras planas.
33
Análise de Estruturas - Volume 1
Exemplo 1.8 - O pórtico da Figura E1.8a tem viga e colunas de seção transversal de
propriedades A=134cm2, 1=29213cm4e Av=39cm2. Sendo o material aço de E=205GPa e
G=78,5GPa, faz-se o cálculo do deslocamento horizontal do ponto B, com e sem a
consideração das deformações da força normal e da força cortante. Analisa-se a influência
dessas deformações.
Figura E1.8a.
tendo-se:
~ ~ = 2 0 5 . .134.10-~
1 0 ~ =2,747.106kN
~ 1 = 2 0 5 ~ 1 0 ~ 2 9 2 1 =3 5~,19 08 8~ 7~. 1 0 ~ k ~ . m ~
GA, =78,5.10~.39.10-~
=3,0615.105kN
Na Figura E1.8b está representado o pórtico com o seu carregamento original e
correspondentes diagramas de esforços solicitantes. Na Figura E1.8c está representado o
pórtico com a força unitária e os correspondentes diagramas de esforços solicitantes.
Utilizando a Tabela 1.2, faz-se, como esquematizado na Tabela ETI.Za, o cálculo da
integral I
O
4
N,Ndx , onde 4 é o comprimento da i-ésima barra.
~
ii
Capítulo 1 - Fundamentos I
;:[
10
Reações (kN)
'-I40
240
1
t.'
80
DM(k~.rn)
40
[r\
+
80
Figura E1.8b.
40
DV(W)
'1
e 10,66667 0,66667 [ri7
0,66667
Figura E1.8~.
35
Análise de Estruturas - Volume I
CD 0,66667.40.3
3,0 1 0 , 6 6 6 6 7 40,O
= 80,0
CC NUMdx 186,67
Tabela ET1.8a.
BC 6,O
4E7 240 v 1
-.4,240.6=1920,0
3
Tabela ET1.8b.
1
AB -1 -.1.(80+40)~4=240
40 O 2
I
BC 68 c0,66667
Z2 40 0,66667.40.6 = 160
Tabela ET1.8c.
Seção
2,Om
.... 1 0,lm I
Figura 1.9a.
37
Análise de Estruturas - Volume I
~ ~ 2 r n ~ t = 2 n . 0 , .0,012=7,828.10-~m~
047~
~ r 2 n r=t 2 ~ ~ ~ 0 , 0 4 7 ~ 0 , 0 1 2 = 3 , 5 4 4 ~ 1 0 ~ ~ m ~
A" =-= A 3,5437.10" =1,772.10-~m~
f 2
~ 1 = 2 0 5 . 1 .3,914.10-'
0~ =8,0237.10~kN.m~
GA, =79.i0~.1,772.10-~ =1,3999.105kN
~ ~ = 7 9 . 1 0 ~ . 7 , 8 2 8 .=6,1841~102k~.m2
10-~
Na Figura E1.9b estão representados os diagramas dos esforços solicitantes da
grelha sob o carregamento original.
Figura 1.9b.
Figura 1 . 9 ~ .
38
Capítulo 1 - Fundamentos
Tabela ET1.9:
2hc.L +-.6,(2.2+1).1
-;
;
i
1
6
1 1
L'M,M~X 88,391
Tabela ET1.9.
Exemplo 1.10 - Seja determinar a força P que anula o deslocamento vertical do ponto A da
estrutura representada na Figura El.lOa em que todas as barras têm a mesma seção
transversal de 1 = 2 , 2 . 1 0 ~ c me~ ~ = 3 , 0 . 1 0 ~ k ~ considerando
/m~, apenas deformação de
momento fletor.
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura El.lOa.
Figura El.lOb.
40
C a ~ í t u l o1 - Fundamentos
Figura El.lla.
Figura El.llb.
I\
BCD 3,O 2,0 v 22.5
v
11,25
' -45,O
i22,5
j O 4 ~ " ~ d x -97,s
Tabela ETl.11.
41
Análise de Estruturas - Volume I
Logo, tem-se:
~ 1 = 2 , 0 5 . 1 0 ~ . 2 , 6 8 5 ~ 1 0=5,50425.10'kN.m2
'~10~~
50kN Seção
30kNIm ......
L ~ BA
~ ~ C 2~0 W m ~ D ~ ~ ~ ! 1 1
5,Om : 2,Om i 3,Om ; . ........ 60cm
... ..
!
-
I 20cm
Figura E1.12a.
Figura E1.12b.
42
Capítulo 1 - Fundamentos
Figura E1.12~.
4
O cálculo da integral
o
M,M dx está esquematizado na Tabela ET1.12.
Tabela ET1.12.
Logo, tem-se:
0,2.0,63
I= =0,0036 m4 , ~1=2,1.10"
.0,0036=75600,0k~.m~
12
! Análise de Estruturas - Volume I
Figura E1.13a.
Na parte esquerda da Figura E1.13b está representado modelo isostático eom uma
força unitária no ponto e direção em que se deseja determinar deslocamento, e na parte
direita desta mesma figura, o correspondente diagrama de momento fletor.
Figura E1.13b.
Logo, utilizando a equação 1.32 e a Tabela 1.2, obtém-se a rotação procurada (no
sentido horário):
com lei linear ao longo da altura h da seção transversal e Ti > TS.A partir dessas variações,
tem-se a variação de temperatura T no eixo x, lugar geométrico dos centróides das seções
transversais. Considerando barra livre sem vínculos externos e acréscimos de temperatura,
a barra se expande longitudinalmente e flete com curvatura voltada para cima, como
mostrado na Figura 1.17, com deformação transversal que não é relevante em teoria de
viga. Logo, sendo a o coeficiente de dilatação térmica, a deformação de um trecho de
comprimento infinitesimal dx dessa barra se deve aos seguintes deslocamentos em duas
seções transversais adjacentes:
a) Deslocamento relativo dessas seções na direção longitudinal da barra de:
onde Nu e M, são, respectivamente, força normal e momento fletor no modelo com a força
unitária.
Análise de Estruturas - Volume 1
onde o somatório se refere acumulação dos efeitos das diversas barras da estrutura. Nessa
equação, a primeira integral é a área do diagrama de força normal, e a segunda integral é a
área do diagrama de momento fletor, devidos à força unitária. Essas áreas podem ser
obtidas com a Tabela 1.2, considerando o produto de Nu e M, por N=l e M=l,
respectivamente.
Figura E1.14a.
Figura E1.14b.
46
Capítulo 4 -Fundamentas
Como se trabalha com material isótropo, esse deslocamento deve ser igual à
expansão térmica em uma barra de mesmo material e de comprimento iguai ao raio,
expansão esta que se calcula:
F=~~lT=10~~~2~15=3,0~10~rn (C)
o que confirma o resultado anterior.
para uma estrutura qualquer com deslocamentos prescritos em pontos e direções em que se
têm reações no modelo com a força unitária:
M M VV TT
= j(-+AN,N
~.&CR.,S~, +L+L
i' EA E1 GA, GJ
N,N M M VV TT
S = - Z R ~ , , " + J (-+A +L+&
I' EA E1 GA, GJ
Nessa equação, i' varia de 1 até o número total de deslocamentos prescritos e R,,. são as
reações de apoio no modelo com a força unitária e sem deslocamentos prescritos, reações
essas nos pontos correspondentes aos apoios da estrutura original onde ocorrem os
deslocamentos prescritos 6,..
Importa observar que, no pórtico da Figura 1.15d tomado como ilustração, o
deslocamento prescrito 61 indicado é negativo por ser de sentido contrário ao adotado como
para a reação de apoio Rui.no modelo com a força unitária representado na Figura 1.15b.
Estruturas hiperestáticas serão analisadas no próximo capítulo. No caso de estrutura
isostática, o(s) deslocamento(s) prescrito(s) provoca(m) apenas deslocarnento(s) de corpo
rígido na estrutura, como ilustrado no próximo exemplo.
Figura E1.16.
lllllllll
(a) Linear. (b) De rotação.
-
Figura 1.18 -Vigas com apoios elásticos.
r r 3 kl=y
onde Fj é reação ao j-ésimo apoio elástico da estrutura original. Caso essa estrutura seja
isostática, é imediato identificar que essa reação é igual ?I reação no apoio correspondente
do modelo auxiliar quando submetido ao carregamento original.
P 4
1 sal 1 Fui
pc
Fl
(a) Estrutura original (b) Modelo isostático com força unitária
3: Fu I
(c) Modelo auxiliar com força
unitária
.... ...~
50
Capítulo 1 - Fundamentos
Figura E1.17a.
Figura E1.17b.
Figura E1.17~.
... ...
....
Essa equação expressa uma das formas do teorema de E. Betti que se enuncia: em uma
mesma estrutura de comportamento linear, considerando dois sistemas de forças, o
trabalho do primeiro sistema nos deslocamentos provocados pelo segundo sistema é igual
ao trabalho das forças desse sistema nos deslocamentos devidos ao primeiro sistema.
No caso de cada sistema de forças se reduzir a uma força, a equação anterior
particulariza-se para a forma:
612 = 6 2 1 (1.51)
expressando o teorema do deslocamento recbroco.
53
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E1.18a.
P!
M=Px-- para O _ < x I P / 2 M, =-1
2
Figura E1.18b.
1"'
x X
!
M=-M* P
M, =x-- para Oáx_<P/2
2
Figura E1.18~.
54
Capítulo 1 - Fundamentos
Figura E1.19a.
Figura E1.19b.
P1
. .c, 1 .. !F=l
P I M=P>*-PL
1 j
Figura E1.19~.
Logo, tem-se:
Exemplo 1.20 - Faz-se a verificação do teorema de Clapeyron expresso pela equação 1.14,
no caso da viga representada na Figura E1.20.
Figura E1.20.
onde, no segundo termo do segundo membro, não se tem o divisor 2 como nos demais
termos, porque, ao ser aplicada a força Pz, O ponto de aplicação da força Pi se desloca de
6,, com a força Pi em valor constante. A equação anterior se escreve também sob a forma:
Capítulo 1 - Fundamentos
'1
90kN
60kN 1 40kNim
~- f 4 4 s ~ 4 45
I Carregamento original 1 7
1
=1 + Parcela anti-simétrica
-
1.8.1 Carregamento simétrico
Diferentemente do caso anterior, no pórtico da Figura 1.24 não se tem simetria das
condições de apoio, embora se tenham diagramas de força normal e de momento fletor
simétricos, e diagrama de força cortante anti-simétrico. Nesse pórtico, a seção de simetria
ainda permanece simétrica e sem rotação na configuração deformada, embora se desloque
transversalmente ao eixo de simetria original. Logo, para efeito de cálculo, pode-se adotar o
modelo reduzido representado nessa figura, em que se obtém a mesma deformada e os
mesmos esforços solicitantes que a metade correspondente do modelo original.
No caso do pórtico plano simétrico com carregamento simétrico ter barsa em seu
eixo de simetria, como ilustra a Figura 1.25, essa barra sofre apenas deformação axial,
comportando-se como elemento de treliça com uma metade de seu esforço normal
proveniente da parte do pórtico à esquerda desse eixo e a outra metade proveniente da parte
à sua direita. Logo, na construção do modelo reduzido com a parte esquerda da estrutura,
pode-se romper o vínculo da força cortante à direita da seção de simetria e substituir a barra
do eixo de simetria por uma barra de treliça com área de seção transversal igual à metade
da área A da seção da barra original. A força normal nessa barra é o dobro da força normal
da barra substituta no modelo reduzido. Vale ressaltar que a barra horizontal do modelo
reduzido utilizado como ilustração não tem articulação em sua extremidade direita. A
articulação no eixo de simetria diz respeito à barra substituta.
Como a barra de treliça oferece restrição elástica apenas ein sua própria direção, no
caso particular da Figura 1.25 em que a barra do eixo de simetria não está submetida a
ações externas e uma de suas extremidades está ligada ao meio exterior, essa barsa pode ser
substituída por um apoio elástico de translação vertical como representado na figura. Sendo
constante de inola numericamente igual à força para provocar um deslocamento unitário no
apoio elástico: com a lei de Hooke expressa pela equação 1.7, obtém-se a constante
k=EAí2!, onde E, A e !são, respectivamente, o módulo de elasticidade, a área da seção
transversal e o comprimento, da barra original. No caso da barra do eixo de simetria ter
ações externas, estas podem ser substituídas por forças em suas extremidades pelo
procedimento das forças nodais equivalentes o que será apresentado no item 2.8.
Análise de Estruturas - Volume I
Figura 1.27 - Grelha simétrica com carregamento simétrico e barra no eixo de simetria.
Figura 1 . 2 9 -Anel
~ circular com quatro eixos de simetria
62
Capítulo 1 - Fundamentos I
-
1.8.2 Carregamento anti-simétrico
I
!<o caso de greina s~rnétricacom carregamento mti-simétrico ter barra em seu eixo
de srxnetria como ilustra a Figura 1.33, essa sofre apenas torção, em que uma metade de seu
uaoinento de torção é proveniente da parte da grelha à esquerda desse eixo e a outra metade
piovenienre da parte a direita. Logo, pode-se considerar o modelo reduzido representado na
referida figura em que a barra desse eixo é substituída por outra com momento de inércia à
torção iguai à metade da correspondente propriedade de seção da barra original. O
momento de torção dessa barra é o dobro do correspondente momento da barra substituta
no modelo reduzido, com força cortante e momento fletor nulos. No caso da Figura 1.33 em
que uma das extremidades da barra do eixo de simetria está ligada ao meio exterior, essa
bana pode ser substituída por um apoio elástico de rotação em torno do eixo de simetria de
mr:stante k=GJ/2e.
i
Figura 1-33 - Grelha simétrica com carregamento simétrico.
Capítulo 1 - Fundamentos
Figura E1.22a.
Figura E1.22b.
Figura E1.22~.
65
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E1.22d.
66
Capítulo 1 - Fundamentos
Figura 1 . 3 4 -
~ Pórticos planos 1.
67
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura 1.35.
Figura 1.36.
69
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura 1.37.
1.9.5 As barras da grelha representada na Figura 1.38 têm seção transversal circular
vazada, E=205GPa e G=78,85GPa. Pede-se determinar o deslocamento do ponto A na
direção Z e a rotação no ponto B em tomo do eixo X, desconsiderando deformação de força
cortante.
25kN Seção
5
I 0,lm
X
Figura 1.38.
Figura 1.39.
70
Capítulo 1 - Fundamentos
Figura 1.40.
Figura 1.41.
1.9.9 Determine a rotação das seções dos apoios da viga representada na Figura
1.42, de largura constante igual a 30cm e altura variável conforme indicado, com
~=3,0.10'k~/m~.
Figura 1.42.
Figura 1.43.
Figura 1.44.
SOkN Seção......~.
.... 60cm
20kN.m
.......
. .,
. .
.. .. -,8 ,1
i 5,Om 12m; 3,Om 20cm
Figura 1.45.
Figura 1.46.
1.9.14 Para o pórtico plano simétrico da Figura 1.47, pede-se identificar as parcelas
simétrica e anti-simétrica do carregamento indicado, e os modelos reduzidos para a análise
desse pórtico tendo com essas parcelas.
Figura 1.47.
Figura 1.48.
73
Método das forças
2.1 - Introdução
A% A
tx1
!xl
Capítulo 2 -Método das forças
A
t
t x1
x2 A
t x2
4
i x2
4 4 A
I xi A I x2
4
(b)Sistemas principais:
IXI fx2 A A
4
I xi A A +I x2
?'%
*
. -
x2
r-*
.
A *
A
Xl%
x
A% . *
- A 4
I x2
xi
A ..,,, A 4I ~2
X?
\ A 4
I x2
deslocamentos que ocorrem nesse sistema com esse carregamento. Ainda na Figura 2.3, 6,,
com j diferente de zero, é igual ao deslocamento do ponto da redundante X, e em sua
direção, quando se aplica ao sistema principal uma força unitária no ponto e na direção da
redundante Xj, no que se chama estado Ej. Em notação análoga, E representa o estado da
estrutura original.
610 620
+ Xi x
* Estado E
----...
-----...-
---.....
X,=l
Estado E1
-
+Xzx
Estado E.
622
Estado Ez 1
II Figura 2.3 - Combinação linear de estados no método das forças
AX=-6
-- -0 (2.3)
onde o til sob a notação denota matriz e matriz coluna também denominada "vetor". A
equação anterior representa um sistema de equações algébricas lineares, onde A é a nzatriz
deflexibilidade e 6, , coeficientes deflexibilidade; X- é o vetor das redundantes estáticas a
ser determinado e 6 é o vetor dos coeficientes de carga. Para a homogeneidade de
-n
unidades do sistema de equações anterior, os coeficientes de flexibilidade são considerados
com dimensão de unidade de deslocamento (no sentido generalizado) dividida por unidade
de força (no sentido generalizado). Contudo, por concisão, os coeficientes de flexibilidade
são neste livro escritos sem a indicação de suas unidades.
Pelo teorema do deslocamento recíproco expresso pela equação 1.51, tem-se 6,=6,, ,
significando que a matriz de flexibilidade é simétrica.
Como as redundantes estáticas são independentes entre si e o sistema principal é
adequadamente vinculado (por ser isostático, não tendo, portanto, deslocamentos de corpo
rígido), a matriz de flexibilidade é não singular, tendo-se garantia de solução única:
Capítulo 2 - Método das forças
com i variando de 1 até o número total de redundantes e j variando de O até o número total
de redundantes. Ni, Mi, Vi e Ti representam os esforços solicitantes no estado Ei, e Nj, Mj,Vj
e T, representam os esforços solicitantes no estado Ej.
Resumindo, o método das forças tem a seguinte sistemática:
I. Escolha de um sistema estrutural isostático,deuominado sistema principal do método
das forças, por retirada de um conjunto de redundantes estáticas da estrutura
hiperestática em análise. Essas redundantes são as incógnitas primárias a determinar.
11. Cálculo dos coeficientes de flexibilidade e de carga.
111. Montagem e resolução do sistema de equações de compatibilidade de deslocamentos
para obtenção das referidas redundantes.
IV. Obtenção dos esforços finais.
NN,
EA
+--MMj
E1
+-+-I
VV,
GA, GJ
dx=O
para j igual 1 até o número total de redundantes, e onde N, M, V e T são os esforços
solicitantes da estrutura em análise.
Exemplo 2.1 - Seja levantar a indeterminação estática do pórtico plano da Figura E2.la
cujas barras têm setão transversal quadrada de (20x20)cm2, ~ = 2 , 1 . 1 0 ~ k N /emG=E/2,4
~ ,
com o sistema principal indicado.
I I
Figura E2.la.
a) Têm-se as propriedades:
Figura E2.lb.
Exemplo 2.2 - Seja a determinação dos diagramas dos esforços solicitantes da viga da
Figura E2.2a em que as barras têm rigidez EI, desconsiderando deformação da força
cortante e adotando o sistema principal indicado.
Figura E2.2a.
Figura E2.2b.
20 50
d$
7,2583
10,685 60,323 DV(kN)
10,685
39,677
Figura E2.2~.
85
Análise de Estruturas - Volume 7
onde o somatório se refere à soma dos efeitos das diversas barras da estrutura.
igual a 1 0 " / " ~ ,considerando um acréscimo de temperatura de lS°C em sua face superior e
um decréscimo de 15OC em sua face inferior.
a) Com as notações da Figura 1.17 escreve-se TI=-15OC, T"+lS°C e T=O°C. Logo, o
gradiente de temperatura se escreve:
Figura E2.4a.
Figura E2.4b.
c) De acordo com a equação 2.5, os esforços na estrutura original são obtidos por X,.E,.
Logo, têm-se as reações e as forças nas barras indicadas na Figura E 2 . 4 ~ .
Figura E2.4~.
Figura E2.5a.
88
Capítulo 2 - Método das forças
Figura E2.5b.
que é de compressão.
Exemplo 2.6 - A Figura 2.6a apresenta esquema simplificado de ponte em concreto de dois
vãos, apoiada em encontros nas extremidades da viga. Determinam-se os diagramas dos
esforços solicitantes devido a um acréscimo de temperatura de 17'C na face superior da
viga e a um acréscimo de 5OC em sua face inferior, tendo-se E=3,0.1O7k ~ / m ~a =, 1 0 - ~ / ' ~ ,
momento de inércia do pilar igual a 0,4202m4 e momento de inércia da viga igual a
2.354m4.
Análise de Estruturas - Volume 1
20,Om 25,Om +
I
Corte AA'
.............................
centróide
Figura E2.6a.
Figura E2.6b.
Os coeficientes de carga 6,, e 6,, são calculados com a equação 2.9. No caso, como
as forças normais nas barras em que ocorre variação de temperatura são nulas, tem-se
apenas a parcela de flexão devido ao gradiente de temperatura:
Figura E 2 . 6 ~ .
onde 6 é um vetor com os deslocamentos prescritos nas direções das redundantes estáticas
-P
consideradas. A resolução da equação anterior fornece essas redundantes, da mesma
maneira que no caso de estruturas sem deslocamento prescrito.
Não se retirando os apoios com deslocamentos prescritos na construção do sistema
principal, esses deslocamentos passam a ser ações atuantes no estado Eo.Logo, a partir da
equação 1.42 do método da força unitária com deslocamento prescrito, escreve-se:
si,=-CR,,~S.+~
n EA E1 GA, GJ
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E2.7a.
Figura E2.7b.
Figura E 2 . 7 ~ .
Figura E2.7d
Exemplo 2.8 - Seja obter os diagramas de esforços solicitantes da viga do exemplo 2.2
com ~ 1 = 8 , 1 . 1 0 ~ k ~ agora
. m ~ , devido a um recalque do engaste de 1,5cm de cima para
baixo.
a) Utilizando o procedimento da equação 2.10, adota-se o sistema principal representado
na Figura E2.8a juntamente com os estados El e Ez, e com os correspondentes
diagramas de momento fletor.
Figura E2.8a.
94
Capítulo 2 - Método das forças
Figura E2.8b.
2,05.108k ~ l m ' . Na parte direita da referida Figura está representado o sistema principal
escolhido.
Figura E2.9b.
Com os diagramas da figura anterior, determinam-se os coeficientes:
Capítulo 2 -Método das forças
1 1
h,, =--.0,015+ =-1,3 1749.10-'rad
8
i4 , 0 3 0 6 6 . 1 0 - ~+5,88406.10-~~,
5,88406.10-~~,
~, =-1,00767.10-~
+1,82641.10-5X2=1,3 1749.10-'
de soluções X1=-66,9267kN e Xz=288,20!&.m.
*#, .
LL , .
. ., , ..
,_>'<' ,
I
. .
Figura E2.9~.
1 ( N i N i + N vv. 'T.
s..=-+S -- +L +a dr )
" ki EA E1 GA, GJ
Esses coeficientes definem a equação 2.3 de compatibilidade de deslocamentos
Análise de Estruturas - Volume 1
onde F,,, é a reação no apoio indeformável que substitui o n-ésimo apoio elástico no estado
Ei, e F,, é a reação no apoio indeformável que substitui o n-ésimo apoio elástico de rigidez
k, no estado Ej. Ainda na equação anterior, n varia de 1 até o número de apoios elásticos, i
varia de 1 até o número de redundantes estáticas e j varia de O até esse número. É imediato
Capítulo 2 - Método das forças
identificar que, em estruturas com mais de um apoio elástico, podem ser usados
simultaneamente os dois procedimentos descritos anteriormente.
7 17 .-,
xz
4
-- -)
FIO f
-t
F20
t
,i:
1- -
D Estado E0
kl
- -t
61,
Fi i FIZ
+ XI x Estado E2
Figura E2.10a.
99
Análise de Estruturas - Volume 1
1
s,,=-- + 1 ~-.5~5.5=1,0144~10-~
1
2.103 8 , 1 . 1 0 ~
: Xl ' x2
-'
20kNím
i 50kN.m
O0
................. ~~
DMo(kN.m)
.................... ~~~~~
3 I 5 4
DMi
8
ml x1=1
X,=l
9
DMz
Figura E2.10b.
Logo, escreve-se o sistema de equações de compatibilidade de deslocamentos:
1,0144Xl +1,1317X2=27,006
1,1317X1+3X2=64,866
-
apoio indeformável. Os coeficientes 6, são os do exemplo 2.2 adicionados à parcela
F;Fj/k, sendo Fi a reação no apoio central do modelo auxiliar no estado Ei com i=l e 2,
e Fj a reação nesse apoio no estado Ej com j=O, 1 e 2. Essas reações estão indicadas na
Figura E2.2b.
XI Xi
L'.
- *\,
,?
75% A
Modelo auxiliar
Figura E2.10~.
Assim, obtêm-se os coeficientes:
98,47 DM(kN.m)
Cargas e reações
+ ....
Figura E2.10d.
101
Análise de Estruturas - Volume 1
Exemplo 2.11 - Determinam-se as forças normais nas barras da treliça da Figura E2.11a
em que se têm ~=68,75cm'e ~ = 2 , 1 . 1 0 ~ k N l m ~todas
e m as barras, e k = 2 , 4 . 1 0 ~ k ~ / m .
i_
me X,=l
Figura E2.11b.
Tem-se:
EA =2,1.108.68,75.10-~=1,4438.106kN
Capítulo 2 - Método das forças
Tabela ET2.lla.
meAx
LLo
Figura E2.11~.
Modelo auxiliar
Figura E2.11d.
Tabela ET2.llb.
No item 1.8 foi mostrado que, em análise de estrutura com simetrias elástica e
geométrica, se pode utilizar o modelo reduzido tirando partido dessas simetrias e, a partir
dos resultados desse modelo, obter os resultados da estrutura original. Com carregamento
qualquer, esse procedimento requer a decomposição do carregamento em uma parcela
simétrica e outra auti-simétrica, quando, então, se faz a análise com cada uma dessas
parcelas separadamente, utilizando-se a sistemática já apresentada do método das forças. A
vantagem é recair na resolução de sistemas de equações de compatibilidade de
Capítulo 2 -Método das forças
Figura E2.12a.
105
Análise de Estruturas - Volume 1
EFl--J I--TrB
Parcela simétrica
Figura E2.12b.
Parcela anti-simétrica
Figura E2.12~.
i53,333X1-4,0X2 =-1173,3
-4,0X1 +2,0X, =80,0
Figura E2.12d.
Figura E2.12e.
107
Análise de Estruturas - Volume 1
I I
Figura E2.12f.
I
Os estados para o modelo representado na Figura E2.12e estão representados na
Figura E2.12g, juntamente com os correspondentes diagramas de momento fletor.
Tem-se:
1 1 1
EIS,, =--80.4.4--20.4.4--.80.4.6=-1493,3 k ~ . m ~
3 3 2
1 1
EIS --~4.4~4+4~4.6+2--.4.4.4=160,0
I'- 3 3
Figura E2.12g.
Figura E2.12h.
109
Análise de Estruturas - Volume 1
Na Figura 2.12 estão representados os estados El e E2 das redundantes XI e X2,
juntamente com os respectivos diagramas de esforços solicitantes. Com esses diagramas,
identifica-se que o coeficiente de flexibilidade F,, é nulo, implicando em sistema de
equações de compatibilidade de deslocamentos sob a forma:
110
Capítulo 2 - Método das forças
Figura 2 . 1 3 -
~ Redundantes simétricas e anti-simétricas an grelhas
onde E,, e E, se referem aos estados do sistema principal sob cargas unitárias segundo as
redundantes simétricas e anti-simétricas, respectivamente.
No caso particular de carregamento simétrico, tem-se F- a 0 =O- que implica X =O,
- a -
com a equação 2.17 particularizando-se para a forma:
Figura E2.13a.
Figura E2.13b.
Figura E2.13~.
Figura E2.13d.
114
Capítulo 2 - Método das forças
Figura E2.13e.
Figura E2.14a.
Figura E2.14b.
Figura E2.14~.
Figura E2.14d.
Figura E2.14e.
117
Análise de Estruturas - Volume 1
Com os estados Ei, Ez, E3 da Figura 2.13e, e com o estado E0 da figura anterior,
obtém-se o sistema de equações de compatibilidade de deslocamentos e respectiva solução:
P
qXM
esforços de engastamento perfeito mais os esforços que ocorrem nas extremidades das
barras em (d).
Ri
T D R4
-:.;'
MiW
(a) Pórtico com barras carregadas (b) Esforços de engastamento perfeito
RP M
";h.. R4
M4
t -t
~1 MF'
(c) Pórtico com as cargas originais e (d) Pórtico com os esforços de
com os esforços de engastamento engastamento perfeito em
sentidos contrários
Carregamento TA
120
Capítulo 2 - Método das forças
Carregamento
RA
LLLE~P M =- pez
A 8
, R =-5 ~ 6 ,
A 8
R,=- 3~e
8
dpM, =- 7pe2
120
, R,=- 9p e
40
, R,=- 11pe
40
~n'rrs-, MA=-pe2
15
, R =- 2~ e
A 5
, R"=
PC
M* =+{4a(b+e)-c'),
81 pcb
R A=-+-e MA , R,=pc-R,
j i ~ 1 21 C I ~ii ;i e
i a ;l, i
1
'
i e12 e12
3
;e
M --P! 3
A-16
, R --P11
A-16
R --P 5
'-
16
Pab Pb MA
~,=,(!+b) , R,=-+--
2! e L , RB=P-R,
P
4
H, =-- Pb Pa
i a i h e H " - ~
T
i a b
TA =-- Tb TB=-- Ta
e L
M
M M
i a "i b ; , R A =-R B =-+.-L
e e
M 3M
MA=- R A --R,
- =-
2 2e
T
H,=-H,=aEAT ~ .*
T~ Ti -TS 3EIag, M
g ~ =h , MA= , R,=-R 6 =A-
T1 2 L
Carregamento
dp
M, =- 5pe2
24
, M,=- pe2
8
, R,=- P e
2
PL
M, 5pe2
8
, =-- M,=- pe2
24
, R =-pe
A 2
~ 1 i i l P
i a M A=- Paz (3~-a) , M, =- pa3 , RA=pa
6e 6e
1 i j
M, = -3~ e , M,=-
Pe
, R,=P
F
8 8
b
TA =-- Tb TB =-- Ta
j
e e
M
M A=-E , M,=-Ma , R,=O
i a U i b j
e e
T H, =-H, =aEAT
T~ T' -T"
&'T= h , M A=-M, =3EIag,
T'
Figura E2.15a.
Figura E2.15b.
Figura E2.15b.
Figura E2.16a.
a) A força no tirante deve ser tal que se tenha deslocamento horizontal relativo nulo entre
os pontos A e B, quando da aplicação da força P que, para efeito de determinação de
deslocamentos nodais, pode ser substituída pelos seus esforços de engastamento
Capítulo 2 - Método das forças
perfeito com sinais contrários. Esses esforços são representados na Figura E2.16b,
juntamente com o sistema principal escolhido e os estados E. e El.
+
XI
t Pi2 P/2
Bn
Para 8<7112 m-rse "e
-
X,=l
.~
........ ........
-
Figura E2.16b.
b) A partir das equações de momento fletor dos estados E0 e El, obtêm-se os coeficientes:
2 n12 P pr3 2 9712 2 2
6,,=-/
E1 o
(-rsen0)-r(l-cos0)r.d6=---
2 2 E1
, 6 --J
"- o
r sen B , ~ B = -n r 3
2 E1
Logo, tem-se a equação de compatibilidade de deslocamentos e respectiva solução:
A força de tração no tirante deve ser igual a X1 para que não haja flexão das barras
verticais.
No item 1.6.4 definiu-se rigidez de mola como sendo numericamente igual à força
para provocar deslocamento unitário. Esse conceito se estende a barras no presente item e é
a base para o desenvolvimento do método dos deslocamentos do próximo capítulo. Para
apresentá-lo, as extremidades da barra são denominadas pontos nodais, onde se
caracterizam deslocamentos nodais e forças nodais. Cada uma das forças nodais que se
obtém quando se impõe um deslocamento nodal igual à unidade, mantendo-se todos os
demais deslocamentos nodais nulos, é numericamente igual a um coeficiente de rigidez da
Análise de Estruturas - Volume I
barra. A seguir são obtidos os coeficientes de rigidez de barras retas de seção transversal
constante, desconsiderando deformação de força cortante.
Figura 2.15a.
Figura 2.15b.
de solução
Figura 2.16a
Com o diagrama de momento fletor da Figura 2.16a, obtém-se o coeficiente de
flexibilidade:
d,=l
i------
~ l t t x3
DM3
f X~=I
Figura 2.16b.
Capítulo 2 - Método das forças
Figura 2.17.
A partir do diagrama de momento fletor da figura 2.17, obtém-se o coeficiente de
1 1
flexibilidade 6,, =-.1.1.1=-, e a partir da equação 2.11 tem-se 6,,=-(-1).1=1. Logo,
E1 E1
I
escreve-se a equação de compatibilidade de deslocamentos -X3 =-1 de solução:
E1
2.10.1 Para as estruturas que forem identificadas como hiperestáticas nas Figuras
1.34~1
até 1.34g, escolha sistemas principais do método das forças.
Figura 2.18.
Figura 2.19.
1'5m$yl ..........................
..........
'k,
ki
i
j
i
...........
......................
i
10kN
-C------
L 4,Om
.....................
i i
: 1,5m ; 4,5m i
Figura 2.20.
2.10.5 Idem, para a grelha da Figura 2.21 em que todas as barras têm seção
transversal circular vazada, ~ = 2 , 0 5 , 1 0 e~ ~v=0,3,
~ a desconsiderando deformação de
força cortante.
t Y Seção
5kN
1,6m i
.... o,ím i
Figura 2.21.
Figura 2.22.
131
Análise de Estruturas - Volume 1
0 ~ ~ = I O - ~ Pbarras
2.10.7 Tdein, para o pórtico da Figura 2.23 com ~ = 3 , 0 . 1 MPa, C,
AB e DE de seção (30x40)cmZ,e barras BC e CD de seção (15x50)cmZ,considerando
apenas deformação de momento fletor.
.I-
10kNIm
l l l l l l l l l l l l l~ . . . ~ ~ ~ .
............................. .
.
.....~...
T=+25'C
L4,Om
120m
Recalque de 0,5cm i
de cima para baixo \r I
i ~ . ~ ~ ~ .
i 4,om i 4,Om !
Figura 2.23.
Figura 2.24.
Figura 2.25.
Figura 2.26.
Figura 2.27.
Seção
20kNIm
40cm
Figura 2.28.
Figura 2.29.
134
Capítulo 2 - Método das forças
Figura 2.30.
Figura 2.31.
2.10.16 Para o pórtico da figura 2.32, pede-se: (a)sistema principal do método das
forças com redundantes estáticas simétricas e anti-simétricas, (b)diagramas de esforços
solicitantes arbitrando-se dimensões, propriedades elásticas e carregamento.
Figura 2.32.
135
Análise de Estruturas - Volume I
Figura 2.33
Método dos deslocamentos
3.1 - Introdução
lLl
P
(a) Sistema principal
:gn ....................
1p z g
7
A [
=
d,=l
+ di x Erra<loEi +d2x
força de restrição segundo a rotação d2 que foi mantida nula. O estado E2 é o do sistema
principal quando são impostos os deslocamentos dl=O e dz=lrad. Nesse estado, k22 é
numericamente igual à força momento para se impor a rotação unitária segundo d2 e kl2,
numericamente igual à força restritiva segundo o deslocamento di que foi mantido nulo.
Todas esses coeficientes e forças são considerados positivos quando coincidentes com os
sentidos positivos escolhidos para os deslocamentos dl e d2.
Com as nòtações da Figura 3.2'0 escrevem-se as equações de equilibrio (ou de
compatibilidade estática) segundo os deslocamentos d~ e d2 que ocorrem no estado E da
estrutura original:
f, + k,, d , + k,, d, = f ,
f,+k,, d,+k,, d , = f , (3.1)
O sistema de equações 3.3 foi obtido para o pórtico exemplo da Figura 3.la
considerando apenas dois deslocamentos. Contudo, é imediato identificar que ele se
generaliza para qualquer outra estrutura com um número qualquer de deslocamentos. De
forma genérica, o coeficiente de rigidez k , da estrutura é numericamente igual à força na
direção do i-ésimo grau de liberdade quando se impõe deslocamento unitário na direção do
j-ésimo grau de liberdade com todos os seus demais graus de liberdade da estrutura
mantidos restringidos.
Uma vez que tenham sido obtidos os deslocamentos d- , os esforços e demais
deslocamentos na estrutura original podem ser determinados pela combinação linear:
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
Para a aplicação do presente método, falta a obtenção das forças reativas fi do estado
E. e dos coeficientes de rigidez ki, da estrutura, o que é apresentado a seguir. A Figura 3.3
mostra, no caso do pórtico plano tomado para ilustração, que as forças fi podem ser obtidas
por soma de reações de apoio das barras carregadas isoladamente tendo suas extremidades
restringidas (esforços de engastamento perfeito apresentados no item 2.8), respeitadas as
articulações da estrutura original. Nessa figura são indicadas apenas as reações nas direções
dos deslocamentos dl e dz (considerados como graus de liberdade), adotando os sentidos
positivos desses deslocamentos. As forças fi formam o vetor f- do sistema de equações 3.3
e, com sinais contrários, representam a substituição estática das forças externas aplicadas às
barras por forças nodais equivalentes como justificado no item 2.8. Efeitos de variação de
temperatura e de deformação prévia em barra podem ser considerados da mesma maneira e
serão abordados posteriormente.
1 rad j
...,,fl
"'
. I
4EI - - --+--.-.... .............
t=112
6EI r=-
'3.11 e
'=2
C E2
(a) (b)
1 rad:
----3------...!
t=- 1
e
(c)
k
* =- 6EI * =- 3E1
k
....... k* ...
-
1 radi
k,
t=- 1 8
+
GJ EA :
H
!
k t =- k a =-
L (f ) L 1 (8)
I I
I I
O produto Kd
- - , primeiro membro do sistema de equações 3.3, representa as forças
restitutivas elhsticas desenvolvidas na estrutura deformada, forças essas que equilibram as
forças nodais combinadas f, . Vale ressaltar que embora as forças restitutivas ocorram em
-
uma configuração deformação, as equações de equilíbrio são escritas na configuração não
deformada, o que é válido no caso de pequenos deslocamentos.
Aplicando o teoreina de Betti aos estados E1 e E2 representados na Figura 3.2,
escreve-se:
11. Cálculo dos esforços de engastamento perfeito e combinação desses esforços, com
sinais contrários, com as forças diretarnente aplicadas segundo os referidos
deslocamentos, para obtenção das forças nodais combinadas.
111. Cálculo dos coeficientes de rigidez das barras e, a partir desses, obtenção dos
coeficientes de rigidez da estrutura.
IV. Montagem e r$solução do sistema de equações de equilíbrio para determinação dos
referidos deslocamentos.
V. Obtenção dos esforços finais.
Exemplo 3.1 - Faz-se a determinação dos diagramas dos esforços solicitantes da viga
representada na Figura E3. la, em que ~=2,1.10'k ~ / m '
Figura E3.la.
a) A barra em balanço dessa viga pode ter o efeito estático de seu carregamento
transferido para a seção do primeiro apoio, como mostra a Figura E3.lb. Nessa mesma
I figura está representado o sistema principal em que a rotação d, da seção B do apoio
intermediário é a incógnita primária a ser determinada.
Figura E3.lb.
b) Para o estado Eu, calculam-se, com auxílio da Tabela 2.2, e as notações da Figura
E3.lc, os momentos de engastamento perfeito na extremidade B de cada uma das
barras:
Pab M 100.5,3,(8+3) 150
MB1=--(t+b)+-=- +-=-53,906 kN.m
2e2 2 2.S2 2
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
Figura E3.lc
Figura E3.ld.
O coeficiente de rigidez kll da viga é numericamente igual à força para impor dl=l ao
sistema principal e é obtido por soma do coeficiente de rigidez de flexão de cada uma das
barras como indicado na Figura E3.ld, onde se deve entender que todos os valores são
multiplicados por to4.Essa sistemática de separar potências de 10 será adotada em todos
os demais exemplos do método dos deslocamentos deste livro. Na hiperestática clássica,
alguns autores preferem trabalhar com o coeficiente de rigidez de flexão de barra de seção
Análise de Estruturas - Volume I
transversal constante divido por 4E, com a denominação de rigidez relativa. A
desvantagem é não se obter, com a resolução do sistema de equações de equilíbrio, os
deslocamentos diretamente com seus valores reais. Alteinativamente, pode-se escolher
uma rigidez E1 como referência e calcular todos os coeficientes de rigidez em função desta
rigidez, a exemplo do que se fez anteriormente com as potências de 10.
Na Figura E3.ld escrevem-se em negrito os referidos coeficiente de rigidez nas
extremidades das barras do sistema principal, por serem esses coeficientes numericamente
iguais a momentos fletores nessas extremidades e que serão utilizados no cálculo dos
momentos fletores finais após a resolução do sistema de equação de equilíbrio.
d) Com os resultados anteriores, à semelhança da equação 3.la, escreve-se a equação de
equilíbrio k,, .d,=-f, e respectiva solução:
Figura E3.le.
Como não se calculou força cortante nos estados E. e Ei, o diagrama dessa força é
obtido a seguir por análise direta do estado E. Assim, calculam-se as reações de apoio:
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
Com esses resultados, obtém-se o diagrama de força cortante representado na parte direita
da Figura E3.lf.
Figura E3.lf.
Figura E3.2a.
Figura E3.2b.
Figura E3.2~.
d) Os momentos fletores nas extremidades das barras no estado E são obtidos por
(E,+d,.E,) e escritos em negrito na Figura E3.2d, juntamente com a indicação de
seus sentidos de atuação, das forças externas e das reações de apoio. A partir dos
valores dessa figura calculam-se as reações de apoio:
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
Figura E3.2d.
Figura E3.2e.
149
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.3a.
Figura E3.3h.
150
Capítulo 3 -Método dos deslocamentos
Figura E3.3~.
Os coeficientes de rigidez kizdo pórtico são numericamente iguais às forças para impor
dz=l e dl=O ao sistema principal. O cálculo desses coeficientes está indicado na Figura
E3.3d.
Figura E3.3d.
151
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.3e.
Exemplo 3.4 - Faz-se a análise do pórtico do exemplo 3.3, adotando o sistema principal
representado na Figura E3.4a em que se restringe também a rotação da seção da
extremidade direita da barra 2,quando então essa rotação passa a ser um grau de liberdade
adicional.
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
Figura E3.4a.
M CZ---M Pc"2
=--
----106,67
2 0 . 8 ~-
kN.m , com Mcl e Rc, iguais ao exemplo 3.3.
DZ
12 12
O cálculo das forças nodais fi está indicado na Figura E3.4b.
Figura E3.4b.
Figura E3.4~.
153
Análise de Estruturas - Volume I
c) Quanto ao estado EZ,a barra 1tem as mesmas condições de contorno que i10 exemplo
3.3 e a barra 2 passa a ser biengastada. Assim, calculam-se:
Figura E3.4d.
Figura E3.4e.
Figura E3.4f.
A partir das Figuras E3.3e e E3.4f, com o auxílio da Tabela 1.2, obtéin-se a rotação:
I
Essa rotação confere o resultado obtido com o sistema de equações de equilíbrio.
Semelhantemente, pode-se adotar o sistema principal em que se restringe a rotação
I
da extremidade superior da barra 3 em lugar da rotação da extremidade direita da barra 2
ou, o sistema com restrição de ambas as rotações, como representado na Figura 3.4g. Em
implementação computacional é usual operar com o mesmo número de rotações em cada
ponto nodal e com deformação de força normal, tendo-se, então, o mesmo número de
deslocamentos em cada ponto nodal e a definição única de sistema principal. Essa é a
vantagem do método dos deslocamentos, relativamente ao método das forças em que não é
simples estabelecer estratégia única para definir o sistema principal.
Figura E3.4g.
Figura E3.5a.
Na referida figura registrou-se que a barra está sob flexão, para orientar o cálculo dos
esforços finais.
Figura E3.5b.
1/:kz1
flexão e que os momelitos nas extremidades da barra 2 são de torção.
----H
flexão
3,3333 1,6667
kt2 kll=kI+k,z=4,3333
/
d,=l
-
Figura E3.5~.
C) Para o estado Ez, de acordo com a Figura E3.5d, calculam-se os coeficientes de rigidez
de barra:
flexão
kzz=kz+kti
-0,66667
k,z=O
---H
kt~ 1
-
Figura E3.5d.
d) Logo, escreve-se o sistema de equações de equilíbrio e respectiva solução:
4,3333,105.d, +0,0.d,=-37,7 + {dl =-8,6539.10"rad
0,0.d, +5,6667.105.d, = O d, =0,0
e) Os momentos finais nas extremidades das barras estão representados na Figura E3.5e,
juntamente com a força externa e as reações de apoio.
157
Análise de Estruturas - Volume 1
C
-51,923
Rc
Figura E3.5e.
Figura E3.5f.
158
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
presente caso têm-se três graus de liberdade, um linear e dois de rotação, considerados nos
sentidos do referencial global adotado.
Figura E3.6a.
Ressalta-se que os sentidos positivos desses esforços são os dos graus de liberdade
Figura E3.6b.
159
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.6~.
1 r2
,,'2 flexão
k2 kz2=5,6667 ,,... tor ão
-C) i' - . +
d2=l 0,66667 -0,66667
k 1 ~ 0
,875
k3~=r2=1
Figura E3.6d.
Figura E3.6e.
Figura E3.6f.
161
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.6g.
As estruturas dos exemplos 3.1, 3.2 e 3.5 são ditas indeslocáveis, por terem apenas
deslocamentos de rotação, em contraste com as dos exemplos 3.3 e 3.6 que são ditas
deslocdveis, por terem deslocamentos lineares. Em cada b a i ~ adas estruturas deslocáveis,
tem-se que determinar o deslocamento ortogonal de uma extremidade da barra em relação à
outra sua extremidade (aqui denominado deslocamento ortogonal relativo) ao se impor
deslocamento linear unitário, em um ponto nodal, pois é com este deslocamento ortogonal
que se calculam os esforços desenvolvidos na barra. Os exemplos 3.3 e 3.6 são casos muito
simples em que é imediato identificar o deslocamento ortogonal relativo de cada barra.
Quando essa identificação não for imediata, utiliza-se o gráfico de Williot que será
apresentado no item 3.4 juntamente com variação de temperatura.
As estruturas deslocáveis podem também ser analisadas em dois passos de cálculo,
operando a partir do correspondente modelo indeslocável, como ilustra a Figura 3.6 em que
Capítulo 3 -Método dos deslocamentos
o deslocamento linear d,, indicado na Figura 3.lc, é obtido pela equação de compatibilidade
estática:
dl =r;l(&l-rlo) (3.8)
Logo, com as notações da Figura 3.6, os esforços finais podem ser obtidos pela
combinação linear:
Exemplo 3.7 - A seguir, faz-se a resolução do exemplo 3.3 com o procedimeiito de dois
passos de cálculo.
a) Estado E;:
Para obter rio, analisa-se o modelo representado na Figura E3.7a.
Análise de Estruturas - Volume 1
f1=145
7 Figura E3.7b.
1oSx K]
k1,=3,4605
1,1535
2,307
Figura 3 . 7 ~ .
20.8'
C M= O~ -t 66,041.8---4r,,-20.2=0
2
-t r,, =-37,918 kN
Figura E3.7d.
b) Estado E;:
bl) Os momentos de engastamento perfeito do estado E, foram determinados na parte b
do exemplo 3.3 e estão reproduzidos na Figura E3.7e.
Figura E3.7e.
Os momentos fletores nas extremidades das barras estão representados na figura E3.7f.
Com esses resultados, calculam-se as reações de apoio:
EM^ =O + 4H, +57675,0=0 + H, =-14418,OkN
Til
----+
19224
""r,
Figura E3.7f.
Figura E3.7g
Exemplo 3.8 - Obtéin-se o diagrama de momento fletor da estrutura com ba1i.a de grande
curvatura representada na Figura E3.8a juntamente com um sistema principal do método
dos deslocamentos, em que as barras têm ~ 1 = 2 , 1 . 1 0 ~ k i V . m ~ .
Capítulo 3 -Método dos deslocamentos
Figura E3.8a.
Figura E3.8b.
Figura E 3 . 8 ~ .
Figura E3.8d.
e) Com E, +d, ,E, obtêm-se os momentos fletores finais representados na Figura E3.8e.
Figura E3.8e.
170
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
A C
b
a
A ....i..barra'
11 ......------------
,-
,.
C
,/' 11 i barra 2
B (C)
O gráfico anterior foi proposto por M. Williot em 1877 para a determinação dos
deslocamentos de rótulas de treliças planas. No presente método, interessa determinar os
deslocamentos p , = l c e p,=2c, pois sendo ortogonais, respectivamente, às barras 1 e 2,
uma vez multiplicados pelo correspondente coeficiente de rigidez transversal de barra,
fornecem esforços de eugastamento perfeito que com sinais contrários devem ser aplicados
como forças nodais no estado Eo. Caso se tenham deslocamentos ortogonais nas duas
extremidades de uma mesma barra, interessa determinar o deslocamento ortogonal relativo
que é o deslocamento ortogonal de uma extremidade em relação à outra sua extremidade.
O gráfico de M. Williot é auxiliar à determinação analítica dos deslocamentos
ortogonais relativos das diversas barras da estrutura, uma vez que as medidas gráficas não
costumam oferecer precisão para o cálculo.
Quando se considera o efeito de deformação de força normal, não há naturalmente
necessidade de serem determinados deslocamentos ortogonais relativos devido à variação
uniforme de temperatura e, conseqüentemente, de ser utilizado o gráfico de Williot, o que
em muito simplifica a utilização do método dos deslocamentos. A desvantagem, como
esclarecido na introdução a este capítulo, é aumentar o grau de indeterminação cinemática
do modelo.
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.9a.
''"~.~
perpendicular i barra 2
pl =lc=60.10 m
p -2c=@
/ perpendicular à barra 1
Figura E3.9b.
Figura E 3 . 9 ~ .
Figura E3.9d.
Figura E3.9e.
A partir das reaçóes de apoio e dos momentos fletores indicados na figura anterior,
p45
obtêm-se os diagramas de esforços solicitantes representados na Figura E3.9f.
3; J /2
73,125
22,5 -
29,531 cosa -16,875 sen a=29,250
DNílcN)
Figura E3.9f.
Figura E3.10a.
Figura E3.10b.
Exemplo 3.11 - Para a estrutura do exemplo 3.2 reproduzida na Figura E3.11a, em que
Figura E3.11a.
Figura E3.11b.
Figura E3.11~.
perpendicular,,.,'
/perpendicular i barra 1
Figura E3.12a.
179
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.12b.
Figura E3.12~.
180
Capítulo 3 -Método dos deslocamentos
O,a,l
perpendicular à barra
i
..,~
perpendicular à barra 1
..b,2,c
;
Figura E3.13a.
Figura E3.13b.
181
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.13~.
É usual analisar esbuturas com vários casos de carregamento, como de peso próprio,
de carga acidental, de efeito de vento etc. Cada um desses casos pode ser considerado como
um vetor independente no sistema de equações 3.3 que, então, toma a forma:
-[. - - I[.
K d, d 2 d, ... = f , , f,, f,, . .
- -
.]
A vantagem é determinar simultaneamente, em procedimento automático, os diversos
vetores de deslocamentos com menor esforço de cálculo do que resolvendo o sistema de
equações separadamente para cada caso de carregamento. Sendo a matriz de rigidez não
singular, esses vetores se escrevem:
Exemplo 3.14 - Para a estrutura representada na Figura E3.14a em que todas as barras têm
e ~~ = ~ O - ~
1=0,03m4, ~ = 2 , l . l O ' k ~ / m PC,
determinam-se as rotações dos pontos nodais D
e E utilizando o sistema principal indicado e considerando os casos de carregamento:
1. As forças indicadas na referida figura.
2. Um recalque de 2,Ocm no apoio B, de cima para baixo.
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
Figura E3.14a.
a) Estado Eo:
Figura E3.14b.
O,a,c,e perpendicular
.................... à barra 1
p3 =2cm
perpendicular à bama 2
i, perpendicular
-
às banas 4 e 3
Figura E3.14~.
Figura E3.14d.
Calculam-se:
Figura E3.14e.
184
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
/ perpendicular à barra 4
10.~
.......................
perpendicular às barras 2 e
80
O,a,b,c 160 4
perpendicular à barra 3 /
Figura E3.14f.
10.' x
Figura E3.14g.
Os resultados anteriores e o cálculo das forças nodais fi3e f23 estão indicados na Figura
E3.14h.
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.14h.
Figura E3.14i.
Figura E3.14j.
186
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
d) Os coeficientes ki2 do estado E2são obtidos de forma semelhante aos do caso antericr e
estão representados na Figura E3.14k.
Figura E3.14k.
de soluções:
6,2377 157,89 -12,632 -1,9737
2,6733335,53 -41,842 9,8684
]
rad
Exemplo 3.15 - Obtêm-se os diagramas dos esforços solicitantes da viga do exemplo 3.1
modificada pela inclusão de apoio elástico como representado na Figura E3.15a, com o
sistema principal indicado, E=2,1.107kN/m2 e k=105kN.m/rad.
20lcNlm
d2
15OlcN.m
i-.
\ I .-. . !
A -1 2
:
+ 3,Om 5,Om 1 6,Om i
L
Y 'v:
I=0,01m4 I=0,006m4
Figura E3.15a.
187
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.15b.
Com esses coeficientes constrói-se a Figura E 3 . 1 5 ~onde o apoio elástico não tem
participação.
Figura E3.15~.
Figura E3.15d.
188
Capítulo 3 -Método dos deslocamentos
1 16,275.104d,+4,2.104d2=-6,094
4,2.104dl+18,4.104dZ=60
de solução d, =-1,2921.10-~rad e d,=3,5558,10-~rad.
e) Os momentos fletores nas extremidades das barras estão indicados na Figura E3.15e
juntamente com as forças externas.
Figura E3.15e.
Figura E3.15f.
Exemplo 3.16 - Seja agora determinar os diagramas dos esforços solicitantes da viga do
exemplo anterior com a modificação de apoio elástico e o sistema principal indicados na
Figura E3.16a, sendo k=5,0.1o3kN1m.
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.16a.
Figura E3.16b.
Figura E3.16~.
Figura E3.16d.
e) Os momentos fletores finais nas extremidades das barras estão indicados na Figura
E3.16e juntamente com as forças externas.
Figura E3.16e.
Figura E3.16f.
H
IA
(a) Pórtico original
--*
TSPI
:*?=I
(b) Modelo reduzido de (c) Modelo reduzido de carregamento
carregamento simétrico anti-simétrico
15- --*
.-\d; d; A-,
identificar que esses coeficientes são iguais aos coeficientes de rigidez de metade da barra
com condições cinemáticas na seção de simetria adequadas aos carregamentos simétrico e
anti-simétrico, como representado na parte inferior da referida figura. Nas estruturas
simétricas dos exemplos aqui apresentados optou-se por adotar modelos reduzidos tirando
partido da condição de simetria (vide item 1.Q por ser essa a forma de trabalho utilizada
com programas automáticos. Assim, adotam-se os coeficientes de rigidez de metade de
barra como indicado na Figura 3.1 1.
e L
1, rad' !Irad
..c
. 3'
k=-
k=-- i L' ;+
e 12E1
1 radi
k =
,%.<i
-
rad!
3 ~ 1\.. i
L n
Ir
L'
-,df
H d!*R
d;
--*
<\ 4
TSPI I/2
Figura E3.17a.
Figura E3.17b.
Figura E3.17~.
Figura E3.17d.
196
Capítulo 3 -Método dos deslocamentos
Figura E3.17e.
Figura E3.17f.
Figura E3.17g.
Figura E3.17h.
Figura E3.17i.
Figura E3.17j.
Figura E3.17k.
199
Análise de Estr~lturas- Volume 1
Neste exemplo, o sistema principal da estrutura original tem três graus de liberdade,
o sistema do modelo reduzido da parcela simétrica do carregamento tem um grau de
liberdade e o sistema do modelo reduzido da parcela anti-simétrica do carregamento tem
dois graus de liberdade. Evidencia-se, assim, a vantagem de se trabalhar com essas parcelas
de carregamento.
A grelha tem tratamento semelhante ao de pórtico plano, como ilustra a Figura 3.13
em que o eixo de simetria intercepta uma das barras. Podem ser utilizados modelos
reduzidos mostrados na parte (b) dessa figura, ou, o que dá no mesmo, adotar
deslocamentos simétricos e anti-simétricos em sistemas principais com todas as barras
como mostrado nas partes (c) e (d). Na parte (c) identifica-se que, com d; =1, se tem para a
barra 3 o coeficiente de rigidez k mostrado na Figura 3.11a, e que os graus de liberdade df
e d; não provocam deformabilidade nesta barra. Na Figura 3.13d identifica-se que, com
d; =l , se tem para a barra3 os coeficientes de rigidez k e r mostrados na Figura 3.1 1b. O
grau de liberdade d3 está associado ao coeficiente de rigidez k,apresentado na Figura 3.4f,
tomando-se metade do comprimento da bana, e o grau de liberdade d: está associado aos
coeficientes de rigidez k* e r' mostrados na Figura 3.4e, também tomando-se metade da
barra. Tendo-se barra no eixo de simetria, em carregamento simétrico considera-se esta
barra com metade de seu momento de inércia e, em carregamento anti-simétrico, com
metade de seu momento de inércia à torção.
/
p/=. .
4p
4
(a) Grelha original (b) Modelos reduzidos
d;
----
d;
'
.' 4
Id;
d;
/
,.' ,
tdi
200
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
Figura E3.18a.
Figura E3.18b.
Figura E3.18~.
Figura E3.18d.
202
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
Figura E3.18e.
i
9,1667.105d,+3,3333.105d2-3,3333.1O5d,=-66,667
3,3333.10~d,+13,333.10~d,+0,0d3=0,0
-3,3333.105 +0,0.d2+5,4444.105d, =0,0
Figura E3.18f.
203
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.18g.
Figura E3.19a.
Figura E3.19b.
Figura E3.19~.
Tem-se:
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.19d.
Figura E3.19e.
Figura E3.20a.
a) Para o estado Eo, calcula-se a força de engastamento perfeito F que provoca na barra
BD deslocamento axial de 2,Ocm:
Essa força, com sinal contrário, é força nodal equivalente a ser considerada segundo o
deslocamento d3.
b) Os coeficientes do estado Ei são calculados com as notações da Figura E3.20b e
EI= 6,3.105k ~ . m ' .
Figura E3.20b.
207
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura E3.20~.
az c! 4
Figura E3.20d.
208
Capítulo 3 - Método dos deslocamentos
Figura E3.20e.
A barra inclinada costuma ser utilizada para contraventar estrutura, quando então,
desconsiderando deformação de força normal, o tramo contraventado passa a ser indeslocável,
como ilustra a Figura 3.14. No pórtico da parte (a) dessa figura, os pontos nodais A e B têm
iguais pequenos deslocamentos lineares (de trajetória indicada em tracejado), caracterizando
um deslocamento linear em modelo de análise. Na parte (b), o ponto A tem o seu deslocamento
horizontal restringido pela barra inclinada, o que conseqüentemente, também restringe o
deslocamento horizontal do ponto B. Por razão didática, todas as estruturas com barra inclinada
analisadas anteriormente foram indeslocáveis.
d2 d, d2
.............. ..A B L- i b-,
,
...'.........
Figura E3.21a.
Figura E3.21b.
Figura E3.21~.
b.--,&rpendicular à barra 2
Figura E3.21d.
21 1
Análise de Estruturas - Volume 1
k, =-=--
3E1 3E1 -0,1875EI kTp, =0,1875EI.0,75=0,14063EI
e= 4=
Figura E3.21e.
Figura E3.21f.
21 2
Capítulo 3 -Método dos deslocamentos
21 3
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura 3.16a.
Figura 3.16b.
Capítulo 3 -Método dos deslocamentos
Figura 3.16~.
r"'
3.10. Determine os diagramas de momento fletor dos pórticos representados na
figura 3.1 em que ~ 1 = 2 , 9 ~ 1 0 ~ k ~ . m ~ .
Figura 3.17.
dB
3.10. \Determine os diagramas dos esforços solicitantes do pórtico plano simétrico
representa o na Figura 3.18, em que todas as barras têm o mesmo módulo de elasticidade.
Utilize decomposição de carregamento e o método mais apropriado em cada caso.
Figura 3.18.
21 5
Análise de Estruturas - Volume 1
Figura 3.19.
Figura 3.20.
Figura 3.21.
-- -
2'
~
Figura 3.22.
Figura 3.23.
Figura 3.24.
~ ~
Figura 3.23.
21 8
Tópicos complementares
4.1 - Introdução
seções de barras. Esses valores podem ser obtidos utilizando-se linha de influência e trem-
tipo. A linha de influência (LI) de determinado efeito elástico, relativa a um ponto ou seção
de observação ou referência, expressa esse efeito nesse ponto (gráfica ou analiticamente),
quando uma força unitária de direção e sentido constantes percorre a estrutura, ou parte de
suas barras. Esses sentido e direção são os mesmos que os das cargas móveis a serem
consideradas posteriormente na estrutura, usualmente verticais e de cima para baixo.
Quando se considera a força unitária percorrendo um modelo em superfície, tem-se
superfície de influência que será tratada no terceiro volume.
O trenz-tipo é o conjunto das cargas móveis usualmente definidas a partir de códigos
normativos de projeto, como a NBR-7188 no caso de obra rodoviária e a NBR-7189 no
caso de obra ferroviária. A Figura 4.la ilustra a posição de um veículo em pista de
rolamento de ponte rodoviária, com as cargas móveis uniformemente distribuídas p e p' na
pista de rolamento e nos passeios, respectivamente, definidas de acordo com a classe da
ponte. Na Figura 4.lb está representado o veículo tipo 12 da NBR-7188, com suas
respectivas cargas concentradas.
Passeio P'
Pista de rolamento
- . 1.5:
I 3,Om 11.5;
I
Veículo
2,oln:...........
m~ 1
20kN
3 , 0 m
Passeio P' ~.~
.........
.....~~.
6,Om
(a) (b)
Figura 4.1 - Cargas móveis em ponte rodoviária.
A
i 'Posição crítica do trem-tipo i r ;Posição crítica do trem-tipo i
i I i
!
I
I
M= 1
6 A7-&7A
i a j
I
b e 5
i
! DM
i DM,
- -
e e
-
Figura E4.1 -Viga biapoiada.
222
Capítulo 4 -Tópicos complementares
As equações 4.2, 4.3 e 4.4 são válidas para barra descarregada. Logo, no caso da
barra com a força unitária, ao deslocamento fornecido por essas equações, deve ser
223
Análise de Estruturas - Volume 1
adicionada parcela de deslocamento devido a esta força. Contudo, é mais prático construir o
sistema principal do método dos deslocamentos incluindo o deslocamento transversal do
ponto de observação (que é o ponto de aplicação da força unitária) como incógnita, de
maneira a não se ter barra com força unitária, simplificando a obtenção da LI.
Com essa rotação, utilizando a equação 4.3 obtém-se a LI procurada que é apresentada
na Figura E4.2b com valores a cada quarto de vão.
Figura 4 . 2 -
~ Sistema principal.
Figura 4.5.
P= 1
I
A j s A
P= 1
M M M
A J"\
A C-3C
. -3
Sentido positivo de
momento fletor.
Figura 4.6.
P= 1
I
XX j s A
Sentido positivo
......L.< de força cortante
.................. ..............
6, =1- ..........
.............. ..........
Figura 4.7.
A B C D E F G
I A ! i 4.
i
i 2,om i 6,Om / z , o m / 3,5m / 2 , 0 m i I
6,Om
Rc t
Sentidos positivos
unidade de força
P~+R(-~)=R'.o + R=&.
unidade de comprimento
Assim, considerando o ponto j como qualquer, as ordenadas 6 definem a LI da reação R
Figura 4.8.
Figura 4.9.
Figura 4.10.
ilustração, considera-se a viga duas vezes hiperestática representada na Figura 4.1 1 em que
é prático adotar sistema principal considerando os momentos fletores nas seções dos apoios
intermediários como redundantes estáticas.
Para uma posição qualquer da força unitária, as redundantes estáticas Xi são obtidas
a partir da equação 2.2 e se escrevem:
Considerando as seções dos apoios como pontos nodais, Xi são momentos nodais e
Fio são as correspondentes rotações no sistema principal. Logo, a equação anterior é de
equilíbrio, e k, são coeficientes de rigidez que, como tal independem da posição da força
unitária. Como as rotações 4, dependem da posição da força unitária, a partir da equação
anterior escreve-se que as linhas de influência das redundantes estáticas escolhidas podem
ser obtidas por combinação linear das linhas de influência de Fio,sob a forma:
LIdeXl=-k,,~LIde6,,-k,2~LIdeF20
LI de X, =-k,, .LI de F,, -k,, .LI de F,,
Recai-se, assim, na determinação de linhas de influência de Si, que são rotações de
seções transversais de baira em modelos isostáticos. Por outro lado, como LI de
deslocamento (linear ou de rotação) é definida pela elástica da estrutura quando se aplica
força ou momento unitário unitária (no sentido estrito da palavra ou momento) no ponto de
observação em questão, para obter as linhas de influência de FIO e 6,, adotam-se os
carregamentos representados na Figura 4.12.
232
Capítulo 4 -Tópicos complementares
Com essa equação e a equação 4.13, obtêm-se as linhas de influência das redundantes
estáticas em questão.
b) Para obter a LI do momento fletor da seção média do trecho AB, seção D, determina-
se inicialmente esta LI no estado Ea. Para isso, introduz-se uma rotação unitária nessa
seção como representado na Figura E4.4c, obtendo-se a configuração de
deslocamentos que define a LI nesse estado.
Na referida viga, pode ser considerado um trecho AB como sendo uma barra que
tenha essa seção como um de seus pontos intermediários. Logo, tem-se o sistema principal
representado nessa mesma figura, juntamente a indicação dos esforços de engastamento
perfeito dessa barra (considerada isoladamente e com suas extremidades restringidas)
devido à imposição de rotação unitária na referida seção. Na parte inferior dessa mesma
figura estão representados esses esforços com sentidos contrários, como forças nodais
Análise de Estruturas - Volume 7
equivalentes. Devido a esses esforços (vide parte inferior da referida figura), a linha elástica
fora do trecho AB define a LI procurada, e a linha elástica neste trecho adicionada à
deformada da barra isolada com a imposição da rotação unitária define a LI nesse trecho.
Em vez de escolher um trecho AB que tenha a seção S como um de seus pontos
intermediários, é mais prático escolher um trecho que tenha essa seçáo como um de seus
pontos extremos, como representado na Figura 4.15 em que o ponto A coincide com essa
seção. Com isso, os' esforços de engastamento perfeito para impor a rotação unitária na
seção S são numericamente iguais aos coeficientes de rigidez da barra AB quando se impõe
rotação unitária em uma de suas extremidades, como ilustrado na referida figura.
S
BA A B A A
t Rs
S
rl
U
B A
' 1
r;,
rAS=rSB=-
1-
c +~)k;~
kSB t rs,
- .......
a) Para obter a L I do momento fletor, optou-se por impor a rotação unitária à esquerda do
ponto de observação cujos correspondentes esforços de engastamento perfeito
(numericamente iguais a coeficientes de rigidez) estão representados na Figura E4.5b.
Nessa mesma figura representa-se a viga sob a ação das correspondentes forças nodais
equivalentes. A linha elástica dessa viga, buscada a seguir, define a L I procurada.
Figura E4.5b.
No caso, a matriz de rigidez é a mesma da parte (b) do exemplo 4.2, que, com as
referidas forças nodais equivalentes, fornece o sistema de equações de equilíbrio:
Capítulo 4 -Tópicos complementares
Figura E4.5~.
239
Análise de Estruturas - Volume 1
em que,
Mi = k , 8 (4.17)
sendo ki o coeficiente de rigidez de flexão da i-ésima barra e 0 a rotação no referido nó.
Substituindo essa última equação na que lhe precede, obtém-se:
onde
Exemplo 4.6 - Considera-se a viga do exemplo 3.1 reproduzida na Figura E4.6a juntamente
com o correspondente sistema principal, agora analisada pelo processo de Cross.
24 1
Análise de Estruturas - Volume 1
Para facilidade de operação, esses coeficientes são reproduzidos dentro dos retângulos
do esquema da parte esquerda da Figura E4.6b que expressam seções adjacentes ao
ponto B, extremidade das barras AB e BC.
b) Os momentos de engastamento perfeito foram calculados no exemplo 3.1 e estão
reproduzidos em negrito nas extremidades das barras esquematizadas na Figura E4.6b.
Retirando a restrição da rotação no ponto B, que foi introduzida na construção do
sistema principal, tem-se nesse ponto nodal o momento desequilibrado de 90-
53,906=36,094. Esse momento deve ser equilibrado em -0,556.36,094=-20,068 pela
barra 1 e em -0,444.36,094=-16,026 pela barra 2, resultados que são escritos na
referida figura abaixo dos valores em negrito. Somando esses resultados com os
momentos de engastamento perfeito no ponto B, obtém-se o momento fletor na seção
correspondente, como escrito na mesma figura abaixo de traços horizontais. No caso não
se tem transmissão de momento é nula porque os apoios A e C são articulados. Na parte
direita da Figura E4.6b estão indicados os sentidos dos momentos fletores calculados nas
extremidades das barras. A diferença entre esses resultados e os obtidos no exemplo 3,l
se deve a aproximações de cálculo.
Exemplo 4.7 - Faz-se a análise pelo processo de Cross da grelha do exemplo 3.5
reproduzida na Figura E4.7a juntamente com o correspondente sistema principal. Nesse
caso, como as barras são perpendiculares entre si e têm-se momentos de engastamento
perfeito com vetores representativos apenas na direção do eixo X, é necessário fazer o
equilíbrio de momento apenas segundo este eixo. Caso existissem momentos nas direções
dos eixos X e Y, far-se-ia o equilíbrio separadamente segundo cada um desses eixos. No
caso de barras não perpendiculares entre si, o processo de Cross toma-se extremamente
trabalhoso, de aplicação não compensativa.
a) Os coeficientes de rigidez das barras necessários ao caso foram calculados no exemplo
3.5 e se escrevem: k,=3,3333.105 , kl1=0,66667~1O5, k,=5,0.10~ , kl,=10 5 .
Capítulo 4 -Tópicos complementares
244
Capítulo 4 -Tópicos complementares
No caso de estrutura com mais de uma rotação nodal, faz-se o descrito equilíbrio e
transmissão ponto-nodal-restringido a ponto-nodal-restringido, por aproximações
sucessivas, até que se atinja a convergência desejada, como será apresentado nos próximos
exemplos.
245
Análise de Estruturas - Volume 1
50kN
a) Substituindo o balanço pelo seu efeito estático tem-se o modelo representado na parte
esquerda da Figura E4.11b. Na parte direita dessa mesma figura está representado o
correspondente sistema principal do método dos deslocamentos, com a indicação dos
momentos de engastamento perfeito que se calculam:
MB2=-Mcz =---pe2
- - -106,667kM.m , M,, =---7 ~ e 2- 7'12'82 =48,8kN,rn
12 12 120 120
d) Os momentos fletores finais nas extremidades das barras estão indicados na figura
E4.1 ld, juntamente com o correspondente diagrama.
250
Capítulo 4 -Tópicos complementares
Figura 4.19.
Figura 4.20.
4.4.6 Utilizando o processo de Cross, refaça os exemplos 3.2, 3.5, 3.9, 3.10, 3.11,
3.12, 3.13, 3.14, 3.15e 3.3, nesta ordem.
4.4.7 Utilizando o processo de Cross, determine o diagrama de momento fletor do
pórtico plano da Figura 4.21, em que todas as barras têm o mesmo EI.
Figura 4.21.
5.1 - Introdução
Os dados para análise estática de estruturas em barras podem ser classificados em:
-Geométricos
I -propriedades de seções transversais
-definição das barras ou elementos
-propriedades elásticas
-propriedades térmicas
[-peso específico
(-combinação de carregamentos
Para descrever esses dados, considera-se o pórtico plano representado na Figura 5.1
em que foram escolhidos em sua descrição (ou discreiização) 5 pontos nodais (de
numerações em negnto e usualmente denominados nós) e 4 barras (de numerações
subliiihadas e usualmente denominadas elementos). Esses nós foram escolhidos atendendo
à condição de que todo elemento tem dois nós definidores de seus extremos. Pontos nodais
podem ser escolhidos internamente ao eixo geométrico de barra, quando, então, a barra
original fica subdividida em barras ou elementos de comprimentos menores e com
numerações distintas, como exemplifica a Figura 5.lb em que o ponto médio da barra
horizontal da Figura 5.la foi escolhido como nó. Usualmente os nós e os elementos de cada
modelo são numerados sequencialmente a partir de 1, contudo, costuma-se ter a
identificação de nós e de barras não sequenciais ou com caracteres alfanuméricos.
lT iT
3
-
4
-
Na descrição do modelo são utilizados pelo menos dois referenciais: o global XYZ
referente a toda a estrutura e o local xyz em cada barra. A descrição de apoio inclinado
requer a especificação de apoio próprio ao apoio. O referencial global é utilizado em
informações pertinentes a ponto nodal, como sua posição espacial, restrições de apoio,
forças nodais, etc. Eventualmente pode também ser utilizado para especificar forças em
barras. É escolhido de maneira a facilitar a geração do modelo. Pórtico plano, treliça plana
Análise de Estruturas - Volume 1
e grelha são usualmente considerados no plano XY, como ilustrado na Figura 5.2. O
referencial local é utilizado na especificação de informações pertinentes às barras, como
propriedades de seção transversal, de articulações e de ações em barras. Articulação tem
significado generalizado, referindo-se a dispositivo construtivo (entre duas seções
adjacentes) que anule determinado(s) esforço(s) solicitante(s).
-t
X .-C)
2
Y U 1 4
deslocamentos lineares e três rotações como ilustra a Figura 5.2d, quando, então, pode-se
ter em cada barrar força normal, duas forças cortantes, dois momentos fletores e momento
de torção. Viga reta e arco plano são casos particulares de pórtico plano, e viga balcão é um
caso particular de grelha. Quando o sistema não dispõe do recurso de elemento curvo, barra
curva é considerada de forma aproximada através de sua substituição por trechos lineares.
Semelhantemente, quando o sistema não dispõe de barra de seção transversal variável, faz-
se a sua substituição por elementos menores de seção transversal constante.
Na Figura 5.3b estão representados os deslocamentos nodais do pórtico plano da
Figura 5.3a modelado em 3 barras e 4 nós, adotando a usual numeração sequencial de
deslocamentos por ponto nodal, inicialmente na direção do eixo X, depois na direção do
eixo Y e, a seguir, na direção do eixo Z. Essa numeração é transparente ao usuário e
utilizada na automatização do método dos deslocamentos em que esses deslocamentos são
qualificados como livres (graus de liberdade) ou como restringidos em apoios.
.......~~,~...
2,Om
. ............
1,5m X
.............. .........
~
.
,
i
,
lmi. 3,Om 1
(a) Numerações de nós e de barras (b) Deslocamentos nodais no
referencial global
1 tx
t e da
di d~
Y Y
+- + d3 t-e d3
dz ldl (C)Deslocamentos nodais nos d2 ld,
referenciais locais
Análise de Estruturas - Volume I
264
Capítulo 5 -Análise automática de estruturas
VI. Gráfico: Módulo de visualização de modelos que podem ser criados com o Bloco de
Notas, com o Assistente, com o Interpretador de Desenhos elou com a Galeria de
Modelos. Este módulo tem recursos gráficos de pré e de pós-processamento que são
acionados pelos menus auto-explicativos. A Figura 5.8 exibe a abertura do menu
Vistas em que se escolheu a vista isométrica, após ter sido solicitado mostrar forças
nodais no menu Opções. Recursos diversos de manipulação de arquivos são
oferecidos com o clicar do botão direito do mouse.
VII. Análise Estática: Módulo para análise estática a partir de arquivos de dados de
extensão .slt, e que disponibiliza relatórios de dados e resultados com os mesmos
nomes que os arquivos de dados, porém com extensão .1. Esses resultados são
reconhecidos pelo módulo Gráfico e pelo módulo Diagramas de Barras (de traçado
de digramas de esforços solicitantes). A Figura 5.9 reproduz a tela de acesso deste
módulo, com as suas diversas opções. Os ícones, quando apontados pelo cursor,
exibem legendas identificadoras. No caso, o ícone representativo de máquina de
calcular aciona a análise estática.
1 Análise de Estruturas - Volume 7
266
Capítulo 5 -Análise automática de estruturas
:
TÍTULO Arquivo de dados do pórtico da figura 5.3'
DATA : 23/9/2003(terqa-feira)
HORA : 09:37:02
ARQUIVO DE DADOS : pórticofigura5-3.slt
TIPO DA ESTRUTURA : pórtico plano
Análise de Estruturas - Volume I
U n i d a d e s U t i l i z a d a s
força quiloNewton.
comprimento : metro.
c o o r d e n a d a s n o d a i s
nó sistema coordenada coordenada coordenada
X Y Z
1 global 0.00E+0000 4.50~+0000 0.00E+0000
2 global 4.00E+0000 4.50E+0000 0.00E+0000
3 gloiial 0.00E+0000 0.00E+0000 0.00E+0000
4 global 4.00E+0000 0.00E+0000 0.00E+0000
número de nós ...... 4
r e s t r i ç õ e s n o d a i s
constante de mola
nó código transl. x transl. y rotaçáo z
3 110 0.OE+0000 0.OE+0000 0.OE+0000
4 111 0.OE+0000 0.OE+0000 0.OE+0000
número de nós com restrição ...... 2
p r o p r i e d a d e s d o s e l e m e n t o s
barra material seção nó inicial nó final comprimento
1 1 1 3 1 4.50E+0000
2 1 2 1 2 4.00E+0000
3 1 1 4 2 4.50E+0000
número de elementos ...... 3
b a r r a s c o m a r t i c u l a ç õ e s
n ó i n i c i a l n ó f i n a l
barra sistema força x força y mcone z força x força y mome z
3 local 1 1 1 1 1 O
número de elementos com articulações 1 ......
p r o p r i e d a d e s d o s m a t e r i a i s
material : 1
M. Elasticidade .....
2.100E+0007
M. E. Transversal ...
8.750E+0006
C. Poisson ..........
2.000E-0001
C. D. Térmica .......
1.000~-0005
P. Específico .......
2.500E+0001
número de tipos de material ...... 1
p r o p r i e d a d e s d a s s e ç d e s
tipo área x área y inércia z
1 1.20E-0001 1.00E-0001 1.60E-0003
2 9.00E-0002 7.503-0002 6.753-0004
m ó d u l o s d e f l e x ã o
tipo wz
1 8.00E-0003
2 4.503-0003
número de tipos seções ...... 2
c a r r e g a m e n t o 1 - Título qualquer
c a r g a s n o d a i s
nó sistema força forca momento
1 global
Capítulo 5 -Análise automática de estruturas
c a r g a s a p l i c a d a s n a s b a r r a s
barra sistema tipo la lb PX PY mz
t wxa wxb w a w b
fl f2 f3 9
2 local C 1.00 O.OE+OOOO -1.03+0001 O.OE+OOOO
1 local U 1.50 3.50 0.OE+0000 -6.03+0000
r e c a l ~ u e d e a p o i o
nó sistema desloc. desloc. rotacao
X Y Z
4 global 0.OE+0000 -1.5E-0002 O.OE+0000
c a r r e g a m e n t o 2 - Título qualauer
c a r g a s a p l i c a d a s n a s b a r r a s
barra sistema tipo la lb DX DY mz
t wxa wxb w a
f1 £2 £3 P
1 T 10.00
2 G 50.00
r e s u l t a d o d a r e n u m e r a ç ã o n o d a l
perfil antes da renumeração : 9
perfil após a renumeração : 7
...........................................................
DECAIMENTO MÁXIMO DOS ELEM. DA DIAGONAL: 3.1E+0002
Existe probabilidade de aue o número de algarismos
corretos nos deslocamentos calculados seja 8
c O m b i n a ç á o 1 - Titulo qualquer
carregamento f ator
1 0.900
2 1.000
fim da combinação ...... 1
numero de combinações ...... 1
c a r r e g a m e n t o 1
...............................................................................
d e s l o c a m e n t o s n o d a i s
no sistema deslocamento deslocamento rotacao
X Y Z
1 global 1.24713E-0002 -2.10201~-0005 -2.749103-0003
2 global 1.244233-0002 -1.499683-0002 -4.10149E-0003
3 -
olobal 1.201573-0030 -4.267393-0030 -2.974063-0003
4 global 4.961383-0030 -1.50000~-0002-2.232623-0029
Análise de Estruturas - Volume 1
r e a ç 8 e s n o s a p o i o s
nó sistema força força momento
X Y Z
3 global -3.31 11.77 0.00
4 global -13.69 -1.77 61.59
......................................................................
Resultante -17.00 10.00 54.50
NOTA:
Oís) momento(s)- resultanteís) é(são) em relação à origem
do sistema global.
.------------------------------------------
d i f e r e n ç a d e e q u i l í b r i o
( o equilíbrio de momento é feito em relação à origem )
força força momento
X Y Z
0.000 0.000 0.000
e s f o r ç , o s n a s b a r r a s
barra sistema no força força momento
normal cortante fletor
1 local 3 11.77 3.31 0.00
1 -11.77 8.69 -9.09
2 local 1 13.69 11.77 17.09
2 -13.69 -1.77 -0.00
3 local 4 -1.77 13.69 61.59
2 1.77 -13.69 0.00
c a r r e g a m e n t o 2
---------------
.................................................................................
d e s l o c a m e n t o s n o d a i s
no sistema deslocamento deslocamento rotacao
X Y Z
1 global -5.093463-0004 4.31034E-0004 2.261133-0004
2 global -5.081633-0004 -2.12121E-0005 -5.724463-0004
3 global 2.026293-0031 -6.297523-0030 5.768363-0005
4 global -2.02629~-0031 -6.753433-0030 9.118313-0031
r e a ç õ e s n o s a p o i o s
nó sistema força força momento
X Y Z
3 global -0.56 17.37 -0.00
4 global 0.56 18.63 -2.52
.................................................................
Resultante -0.00 36.00 72.00
NOTA :
Oís) mcmiento(s) resultante(6) É(sã0) em relação à origem
do sistema global.
d i f e r e n ç a d e e q u i l í b r i o
( o equilíbrio de momento é feito em relaçELo à origem )
força força momento
X Y 2
-0.000 -0.000 O. 000
e s f o r ç o s n a s b a r r a s
barra sistema nó força força mcnnento
normal cortante fletor
1 local 3 17.37 0.56 0.00
1 -3.87 -0.56 2.52
Capítulo 5 -Análise automática de estruturas
c o m b i n a ç ã o 1
...............................................................................
Título : Titulo qualquer
d e s l o c a m e n t o s n o d a i s
no sistema deslocamento deslocamento rotacao
X Y Z
1 global 1.071483-0002 4.121153-0001 -2.248083-0003
2 global 1.068993-0002 -1.351833-0002 -4.263783-0003
3 global 1.284043-0030 -1.013813-0029 -2.618973-0003
4 global 4.26261E-0030 -1.35000E-0002 -1.918173-0029
r e a ç õ e s n o s a p o i o s
nó sistema força força momento
X Y Z
3 global -3.54 27.97 0.00
4 global -11.76 17.03 52.91
......................................................................
Resultante -15.30 45.00 121.05
NOTA :
O(s) mcmento(s) resultantecs) é(são) em relação à origem
do sistema global.
d i f e r e n ç a d e e q u i l í b r i o
( o equilíbrio de momento é feito em relação à origem )
força força momento
X Y Z
o. 000 o. 000 0.000
e s f o r ç o s n a s b a r r a s
barra sistema nó força força momento
normal cortante fletor
1 local 3 27.97 3.54 0.00
1 -14.47 7.26 -5.66
2 local 1 11.76 14.47 12.86
2 -11.76 3.53 -0.00
3 local 4 17.03 11.76 52.91
2 -3.53 -11.76 0.00
A Figura 5.12 apresenta a deformada do pórtico fornecida pelo módulo Gráfico para
o primeiro caso de carregamento do presente exemplo, onde se solicitou que fossem
exibidos os deslocamentos no ponto nodal 4. Identifica-se o deslocamento de 0,015m
prescrito nesse ponto nodal em sentido contrário ao eixo global Y. Os deslocamentos dx e
rz nesse nó devem ser inte retados como nulos, dado que seus valores são extremamente
3
pequenos (da ordem de 10- m) frente aos valores dos deslocamentos não restringidos.
Análise de Estruturas - Volume 1
Sugere-se ao leitor, obter esses diagramas a partir dos esforços nas barras listados
no relatório de dados e resultados reproduzido anteriormente. Relembra-se que esses
esforços são fornecidos no referencial local de cada barra (vide Figura 5.4) dependendo de
como se definiu a sua incidência após a palavra-chave Propriedades dos Elementos. No
presente exemplo, os referenciais locais estão mostrados na Figura 5 . 3 ~e podem ser
visualizados no módulo Gráfico.
fletor do primeiro caso de carregamento desse exemplo, arbitrando área fictícia 100 vezes
maior do que a área real e desconsiderando deformação de força cortante. Com a opção
Dependência entre deslocamentos são especificadas dependências entre deslocamentos de
pontos nodais (que não sejam deslocamentos prescritos), como detalhado no Manual do
Usuário.
O arquivo de dados tem extensão .slt e é constituído de duas partes. A primeira parte
define a geometria, as condições de apoio e as propriedades elásticas da estrutura, de forma
idêntica à da análise estática (no que antecede aos carregamentos), e é reconhecida pelo
módulo Gráfico. A segunda parte agrupa informações pertinentes às linhas de influência ou
aos valores extremos desejados, sendo reconhecida apenas pelo módulo Linhas de
Influência.
Para ilustração, considera-se o exemplo 4.5 da página 238 em que foram
determinadas as linhas de influência do momento fletor e da força cortante em relação à
seção D da viga da Figura 5.18a. Presentemente, para obter valores a cada quarto de vão,
adotam-se as numerações de pontos nodais e de elementos da Figura 5.18b, resultado da
discretização da viga em 9 pontos nodais e 8 elementos.
A D B C
h I=0,01m4 _h‘t 1=0,006mq hà
j
4,Om , 4,Om 6,Om j
(a)Caracterização da geometria
1 2 3 4 5 6 7 8 9
- -
1
- 2 -3 4
- A -5 4 Z 84$
1 1 2 1 1 3 1 1
5 5 6 1 2 3 1 1
o
Sequência de tráfego - A força unitária percorre todos os elementos.
l i g 7 1
o
Direção da carga -dy
Linha de influência de esforço
2 f mz
2 f qY
o
Nesse arquivo utiliza-se a geração semi-automática de coordenadas e de elementos,
também disponibilizada para a análise estática. Assim, após as coordenadas do ponto nodal
1 que se segue à palavra-chave coordenadas dos nós, os números 4 1 2. 0. especificam a
geração de 4 pontos nodais acrescentando-se 1 à numeração do nó anterior, e
acrescentando-se X=2,0 e Y=O,O às coordenadas desse nó. Da mesma maneira, na linha
consecutiva, após o fornecimento das coordenadas do ponto nodal 6, são gerados 3 pontos
nodais acrescentando-se 1 à numeração do nó anterior, e acrescentando-se X=1,5 e Y=O,O
às coordenadas desse nó. Após a definição do elemento 1 que se segue à palavra-chave
propriedades dos elementos, são gerados 3 elementos com a mesma seção transversal e as
mesmas propriedades elásticas, somando-se 1 à numeração do elemento anterior, 1 à
numeração do nó inicial anterior e 1 à numeração do nó final anterior.
Na linha seguinte à palavra-chave sequência de tráfego, o número 1 identifica o
primeiro elemento percorrido pela força unitária, i especifica que a essa força se inicia pela
extremidade inicial desse elemento, g especifica início de geração semi-automática, 7
especifica sete novos elementos percorridos pela força unitária e 1 especifica que o número
de cada um desses elementos é obtido a partir do anterior acrescentando-se uma unidade.
Após a palavra-chave direção da carga, -dy especifica que a força unitária tem o
sentido contrário ao do referencial global Y. Alternativamente, os códigos dx e dz
poderiam ser utilizados para especificar força unitária nos sentidos dos eixos X e 2,
respectivamente.
A palavra-chave linha de influência de esforço é auto-explicativa.
Alternativamente poderia ser utilizado: linha de influência de reação, linha de influência
de deslocamento, valores extremos de esforço, valores extremos de reação ou valores
extremos de deslocamento. Na linha consecutiva à palavra-chave linha de influência de
esforço no arquivo anterior, 2 f mz especificam o elemento 2, a sua extremidade final e a
linha de influência do momento fletor M,, respectivamente. Na linha consecutiva, 2 f qy
especificam o elemento 2, a sua extremidade final e a linha de influCiicia da força cortante
V,, respectivamente. Pode ser solicitado um número qualquer de linhas de influência. Os
identificadores de momentos fletores são my e mz, de momento de torção é mx, de força
normal é n, e de forças cortantes são qy e qz. No caso de linha de influência de reação, os
identificadores de forças são fx, fy e fz, e os identificadores de momentos são mx, my e
mz. No caso de linha de influência de deslocamentos, os identificadores dos deslocamentos
lineares são dx, dy e dz, e os identificadores dos deslocamentos de rotação são rx, ry e rz.
As figuras 5.19 e 5.20 apresentam as linhas de influência de momento fletor e de
força cortante obtidas com o arquivo anterior.
Análise de Estruturas - Volume 1
"
Propriedades dos elementos - Utiliza-se geração senu-automática de elementos
11211311
55612311
o
Sequência de tráfego - A carga móvel percorre todos os elementos
1 1. g 7 1
O
Direçao da carga -dy
Valores extremos de esforço
2 f mz
2 f ¶Y
o
Trem tipo especial
Comprimento do veículo 5.4
cargas concentradas
40 1.2
Cargas distribuídas
5. 10. 5.
DATA : 14/11/2003(sexta-feira)
HORA : 16:34:32
ARQUIVO DE DADOS : valoresmaximosfigura5-l8.slt
TIPO DA ESTRUTURA : pórtico plano
U n i d a d e s U t i l i z a d a s
for~a nSo informada.
comprimento : nSo informada.
c o o r d e n a d a s n o d a i s
nó sistema coordenada coordenada coordenada
X Y Z
Análise de Estruturas - Volume 1
r e s t r i ç õ e s n o d a i ç
constante de mola
nó código transl. x transl. Y rotacão z
p r o p r i e d a d e s d o s e l e m e n t o s
barra material seção nó inicial nó final comprimento
1 1 1 1 2 2.00E+0000
2 1 1 2 3 2.OOE+0000
3 1 1 3 4 2.00E+0000
4 1 1 4 5 2.00E+0000
5 1 2 5 6 1.50E+0000
6 1 2 6 7 1.50E+0000
7 1 2 7 8 1.50E+0000
8 1 2 8 9 1.50E+0000
número de elementos ...... 8
p r o p r i e d a d e s d o s m a t e r i a i s
material : 1
M. Elasticidade .....2.1E+0007
M. E. Transversal ...8.8E+0006
C. Poisson ..........2.OE-0001
C. D. Térmica .......1.OE-0005
P. Específico ....... 25.00
número de tipos de material ...... 1
p r o p r i e d a d e s d a s s e ç õ e s
tipo área x área y inércia z
1 1.00E+0000 0.00E+0000 1.00E-0002
2 1.00E+0000 0.00E+0000 6.OOE-0003
m ó d u l o s d e f l e x ã o
tipo wz
1 1.00E+0000
2 1.00E+0000
número de tipos seções ...... 2
s e a u ê n c i a d e t r á f e g o
v a 1 o r e s extremos d e e s f o r ç o
elemento nó esforço
Capítulo 5 -Análise automática de estruturas
c a r g a m ó v e l
trem tipo especial
número de cargas concentradas : 2
comprimento do veiculo : 5.400
cargas concentradas
carga distância ao inicio do veiculo valor
1 1.200 40.000
2 4.200 40.000
cargas distribuidas
mínima máxima no trecho do veiculo
5.000 10.000 5.000
r e s u l t a d o d a r e n u m e r a ç ã o n o d a l
perfil antes da renumeraçáo : 17
perfil após a renumeração : 17
v a 1 o r e s extremos
metodologia : INCREMENTAL número de divisões por barra: 100
v a l o r e s extremos d e e s f o r ç o
(no sistema local do elemento)
barra esforço nó força cortante cortante momento momento momento
nonnal Y z de torça0 fletor y fletor z
2 MZ P 0.00 -8.86 0.00 0.00 0.00 115.45
0.00 8.25 0.00 0.00 0.00 6.99
2 QY F 0.00 34.39 0.00 0.00 0.00 102.45
0.00 -16.66 0.00 0.00 0.00 106.64
Figura 5.22.
287
Análise de Estruturas - Volume I
Figura 5.23.
5.5.3 O esquema mostrado na Figura 5.24 é a idealização de uma ponte em quadro
em que a seção transversal das vigas tem momento de inércia igual a l,2m4, a seção das
colunas, momento de inércia igual a 0,025m4, e módulo de elasticidade igual a
3,0,107k ~ l m ' .Na viga tem-se a carga permanente uniformemente distribuída de 7 5 W m e
a carga móvel representada na Figura 5.21. Em análise automática, e desconsiderando as
deformações de força normal e de força cortante, determine: (1)os diagramas dos esforços
solicitantes para a carga permanente, (2)contraflecha na seção média do vão central para
que se tenha flecha nula nessa seção no caso da carga permanente, (3)linhas de influência
da reação e da rotação no apoio esquerdo, (4)linhas de influência do momento fletor e da
força cortante nas seções médias dos vãos da viga e nas seções à esquerda da extremidade
superior das colunas.
Figura 5.24.
Respostas dos exercícios
propostos selecionados
Capítulo 1
Análise de Estruturas - Volume 1
I Capítulo 2
Respostas dos exercícios propostos selecionados
Análise de Estruturas - Volume 1
Respostas dos exercícios propostos selecionados
Análise de Estruturas - Volume i
Capítulo 3
Respostas dos exercícios propostos selecionados
Análise de Estruturas - Volume 1
364,9 109,4
Capítulo 4
Respostas dos exercícios propostos selecionados
Análise de Estruturas - Volume 1
Capítulo 5
5.5.1:
Pórtico plano Exercício proposto 5.5.1
Unidades kN m
Coordenadas dos nós
1 o. o.
2 8. O.
3 16. O.
4 o. 3.
5 8. 3.
6 16. 3.
7 8. 6.
8 16. 6.
o
Condições de contorno
1 111
2 111
3 111
7 111
8 111
o
Tipos de material
1 2.le7 0.2 0. 0.
o
Tipos de seçáob
1 10. 0. 5.717e-4
o
Propriedades dos elementos
1 1 4 1 1
2 2 5 1 1
3 3 6 1 1
4 4 5 1 1
5 5 6 1 1
6 5 7 1 1
7 6 8 1 1
o
Respostas dos exercícios propostos selecionados
Número de carregamentos 1
Carregamento 1
Cargas nos elementos
5 u O. 0. wya -25.
o
Cargas nodais
6 px 120.
o
Fim
Glossário
Estrutura deslocável. Modelo de análise que tem deslocamento linear como grau de
liberdade.
Estrutura indeslocável. Modelo de análise com apenas rotação como grau de liberdade.
Argyris, J. H. e Kelsey, S., Energy Theorems and Structural Analysis, Butterworth & Co, 1960.
Assan, A. E., Métodos Energéticos e Análise Estrutural, Editora da Universidade Estadual de
Campinas, Unicamp, 1986.
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1967.
Charslton, T. M., The Principle of Virtnal Work in Relation to Muller-Breslau's Principle,
International Journal of Mechanics Science, v 22, p 523-525, 1980.
Cook, R. D. e Young, W. C., Advanced Mechanics of Materials, Prentice Hall, Inc, 1985.
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Morice, P. B., Linear Structural Analysis, Tliames and Hudson, London, 1959.
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NBR-6123, Forças devidm ao Vento enz Edijicações, ABNT, 1988.
NBR-7188, Carga Móvel em Ponte Rodoviária e Passarela de Pedestre, ABNT, 1984.
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SALT- Sistema de Análise de Estruturas, Manual do Usuário, Escola Politécnica, UFRJ, 2003.
Análise de Estruturas - Volume 1
A -Matriz de flexibilidade.
k -Rigidez ou coeficiente de mola.
k,k*,kt,k, -Coeficientes de rigidez de flexáo, transversal, de torçiio e axial, de barra,
respectivamente.
kij -Coeficiente de rigidez.
K- -Matriz de rigidez.
P -Deslocamento ortogonal relativo
SP -Sistema principal.
LI -Linha de influência.
A E
Apoio elástico, 49-50, 59, 64, 79, 97-100, Esforços de engastamento perfeito, 118-121,
187-189.253 123, 141, 144, 159, 168, 171, 173, 176-177,
185,190,235,236,238-239,245
C Energia de deformação
Coeficiente(s) Estrutura(s)
de carga, 78,90, 93, 95, 112, 307 deslocável(eis), 162-163,252-253,302
de distribuição de momento, 241-245, indeslocável(eis), 240-241, 301-303
248,250-251,307 isostática(s), 4, 19,44,48,225, 228, 302
de flexibilidade, 78-79, 86-87, 89-90, 92- liiperestática(s), 4-5, 22, 30, 44, 47-48,
93, 95, 110, 126, 128-129, 167,233,307 75-76, 79, 81, 84, 86, 92, 219, 223, 229,
de transmissão, 141-142,240-241,246 231,233,303
Condições hipostática(s), 4, 302
geométricas de contorno, 18,24
rnecâriicas de contorno, 24 P
Fator de cisalhamento, 25, 307
D Forças nodais
Deslocamento(s) equivalentes, 59, 92, 118-119, 123, 141,
prescrito(s), 4, 18-19, 27-28, 47-49, 51, 171, 176, 180, 204, 235-236, 238-239,
91-92, 118, 180-181,204, 237,252,269, 302
273,281 combinadas, 140-141, 143-144,302
ortogonal relativo, 152, 173, 181, 210
virtual(ais), 15-24, 27-28, 52, 226-227 G
Diagrama tensão-deformação, 5, 11-12, 17 Gradiente de temperatura, 87, 177-178, 183,
268,273
Análise de Estruturas - Volume 1
Grau de indeterminação S
cinemática, 137-138, 170, 173, 194, 302 Sistema principal do método
estática, 4-5, 66, 75, 84, 105, 108, 194, das forças, 79, 135, 167, 205, 233, 301,
302 303
Gráfico de Williot, 162, 173-174, 179, 181, dos deslocamentos, 138, 166, 172, 224,
183, 185,302 238,249,303
L T
Lei de Robert Hooke, 12 Teorema
Linha(s) de influência, 2, 20, 22, 219-221, das forças virtuais, 27-28, 45, 47, 49, 53,
225, 228-229, 231-232, 238, 254-255, 258, 303
263,267-268,281-285,288, 302,308 de E. Betti, 53
de Carlo Alberto Pio Castigliano, 14
M de B. P. E. Clapeyron, 14
Método de reciprocidade de James Clerk
cinemático, 225 Maxwell, 53
da força unitária ou de Maxwell-Mohr, do deslocamento recíproco, 53,78
303 dos deslocamentos virtuais, 15, 18-22, 24,
das forças, 2, 10,28,40,53,75-76,78-79, 27-28,52,226-227,302-303
82, 84, 97, 104, 116, 119, 126-127, 130,
135, 137, 155, 167, 170, 192, 194, 205,
R
219,231,233,303
Referencial
de H. Muller Breslau, 225
local, 8, 260, 262, 272, 279, 303
dos deslocamentos, 2, 10, 75, 125, 137-
139, 143, 145-146, 155, 166, 168, 171- global, 8, 141, 156, 159, 259, 260-261,
173, 192, 194, 206, 213-214, 219, 222- 272-273,281,283,303
225,231,235,238,240,249,261,303
P
Princípio da superposição, 5-6, 14,221
Processo de Cross, 2, 163, 219, 240-242,
247,252,255,303 Variação de temperatura, 44-45, 86, 91, 118,
Procedimento de A. N. Vereshchagin, 32 141, 171, 177,240,268,302
Análise
de Estruturas
mltodo dar íqx e &do dos dedoamentos
Volume I
As principais características deste livro são:
I
+ Apresentação do método das forças e do método dos deslocamentos, com
caracterização do fenômeno físico em análise, revisão de seus fundamentos e uso
de terminologia atualizada;
I
+ Estudo das linhas de influência com priorizaçáo de uso do metodo dos deslocamentos,
por ser este o método atualmente utilizado nas irnplementaçõescomputacionais;
I
+ Resolução de grande número de exercícios e proposição de outros, para fixação
da teoria e desenvolvimento no estudante do sentimento de comportamento de
estruturas;
a %
A
;: MODERNA