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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS


INSTITUTO DE CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS

DEPARTAMENTO DE METEOROLOGIA

COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA

Nº de ordem: MET-UFAL-MS XXX/2014

LELO JAIME DOMINGOS TAYOB

ANÁLISE ESTATÍSTICA DA PRECIPITAÇÃO E DETERMINAÇÃO DA


RELAÇÃO ENTRE A INTENSIDADE DA PRECIPITAÇÃO E
REFLETIVIDADE DO RADAR NA COSTA LESTE DO NORDESTE DO
BRASIL

Maceió –AL

Agosto, 2014
i

LELO JAIME DOMINGOS TAYOB

Nº de ordem: MET-UFAL-MS XXX/2014

ANÁLISE ESTATÍSTICA DA PRECIPITAÇÃO E DETERMINAÇÃO DA


RELAÇÃO ENTRE A INTENSIDADE DA PRECIPITAÇÃO E
REFLETIVIDADE DO RADAR NA COSTA LESTE DO NORDESTE DO
BRASIL

Dissertação apresentada à coordenação


de Pós-Graduação em Meteorologia –
MET/UFAL, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre em
Meteorologia – Área de concentração
Processos de Superfície Terrestre.

Orientador: Professor Doutor Ricardo Sarmento Tenório


Doutor em Teledetecção Atmosférica
Co-orientadora: Doutora Marcia Cristina da Silva Moraes
Doutora em Meteorologia

Maceió –AL
Agosto, 2014
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Folha de Aprovação

LELO JAIME DOMINGOS TAYOB

ANÁLISE ESTATÍSTICA DA PRECIPITAÇÃO E DETERMINAÇÃO DA


RELAÇÃO ENTRE A INTENSIDADE DA PRECIPITAÇÃO E
REFLETIVIDADE DO RADAR NA COSTA LESTE DO NORDESTE DO
BRASIL

Dissertação submetida ao corpo docente do


programa de pós-graduação em Meteorologia,
na Universidade Federal de Alagoas e
aprovada em

Banca examinadora:

Professor Dr. Ricardo Sarmento Tenório – Orientador

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX – Membro Externo

Professor Ricardo Ferreira Carlos de Amorim – Membro Interno


iii

DEDICATÓRIA

À Família Tayob, que está sempre comigo. Incansavelmente me apoia e

acompanha nas minhas batalhas e por tudo quanto representam na

minha vida.

A Direção, colegas e amigos do Instituto Nacional de Meteorologia de

Moçambique por apostarem e acreditarem em mim.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Ricardo Sarmento Tenório, pela presença,

Força, conhecimentos transmitidos, paciência e por acreditar no

projeto.
iv

AGRADECIMENTOS

É difícil encontrar uma frase que descreva minha gratidão à todos que direta ou
indiretamente contribuíram para a realização desse trabalho.

À DEUS, por me iluminar, conduzir e proteger em todos momentos;

À família Tayob que luta incansavelmente pra me ver crescer;

Ao Banco Mundial, Instituto Nacional de Gestão de Calamidades e Instituto


Nacional de Meteorologia de Moçambique que acreditaram e apostaram em
mim;

Ao orientador prof. Dr. Ricardo Sarmento Tenório e a co-orientadora Drª


Márcia Moraes pelo suporte científico;

Ao corpo docente e funcionários do ICAT pelos conhecimentos fornecidos e


paciência durante o curso;

Aos colegas e amigos pelo companheirismo e força e

Às comunidades Brasileira e Africana pelo apoio.


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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo analisar a precipitação e determinar a relação entre a
intensidade da precipitação e a refletividade efetiva do radar na costa leste do nordeste do
Brasil usando o Disdrômetro OTT Parsivel2. O instrumento de medição está instalado junto
do edifício principal do Sistema de Radar Meteorológico de Alagoas, localizado no campus
A.C. Simões da Universidade Federal de Alagoas (COLOCAR AS COORDENADAS
GEOGRÁFICAS). Os dados analisados foram colhidos desde outubro de 2013, período em
que o disdrômetro foi instalado, até maio de 2014 e compreendem valores de intensidade de
precipitação e refletividade do radar de cada minuto desse período. Os principais mecanismos Commented [M1]: Estou acostumado com expressão: por
minuto.
que geram precipitação na região de estudo foram delineados, a importância e diferentes
aplicações do instrumento de medições de precipitação foram mencionadas. Análises de
regressão linear, função densidade de probabilidade e de frequências de ocorrências
permitiram identificar o tipo de chuva predominante, os períodos em que ela ocorre com mais
frequência e a expressão que relaciona a intensidade da precipitação e a refletividade efetiva
do radar meteorológico, para a região de estudo. Foi possível concluir que apesar da
ocorrência de chuvas geradas por sistemas convectivos, elas são de uma forma geral,
estratiformes e constituídas por gotas de diâmetros que variam de 0,2 a 1,3 mm e que essas
chuvas ocorrem com mais frequência do período noturno às primeiras horas da manhã. Em
muitos casos, os espectros eram constituídos por gotas de diâmetros maiores que 5,5 mm,
partículas de poeira que frequentemente alcançavam o Disdrômetro e causavam leituras Commented [M2]: Tem como caracterizar essas partículas de
poeira?
errôneas.

Palavras chave: Intensidade da Precipitação. Refletividade. Relação Z-R.


vi

ABSTRACT

This work has as main objective to investigate precipitation and determine the
relationship between rainfall intensity and the effective radar reflectivity on the
east coast of northeastern Brazil using Disdrometer OTT parsivel2. The
measurement instrument is installed at the main building of the Meteorological
Radar System of Alagoas, located in the AC Simões campus of the Federal
University of Alagoas. The data analyzed was collected from October 2013,
time which the Disdrometer was installed, until May 2014 and comprises values
of rainfall intensity and radar reflectivity of each minute of the period. The main
mechanisms that generate rainfall in the study area were delineated; the
importance and different applications of the instrument measurements of
precipitation were mentioned. Linear regression analysis, probability density
function and frequency of occurrences allowed identifying the predominant type
of precipitation and periods in which it occurs more frequently and the
expression that relates the intensity of precipitation and the effective reflectivity
of weather radar for the study region. It was concluded that despite the
occurrence of rainfall generated by convective systems, they are of a generally
stratiform and consisting of droplets of diameters ranging from 0.2 to 1.3 mm
and that the rainfall occurs more frequently nighttime the early morning hours.
In many cases, the spectra consisted of droplets greater than 5.5 mm, dust
particles often reached the Disdrometer and causing erroneous readings.

Keywords: Rainfall intensity. Reflectivity. Z-R relationship.


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LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 Sistema frontal ..................................................................................................................... 27


Figura 2.2 Vórtice ciclônico do tipo Palmer ......................................................................................... 30
Figura 2.3 Ilustração do sistema de brisas marítima e terrestre ............................................................ 32
Figura 3.1 Mapa de localização da área de estudo ................................................................................ 40
Figura 3.2 Disdrômetro OTT Parsivel2 ................................................................................................. 42
Figura 3.3 Princípio de funcionamento de OTT Parsivel2 .................................................................... 43
Figura 4.1 Frequência de ocorrência de eventos de intensidade R ≥ 10 ............................................... 51
Figura 4.2 Relação Z-R Geral .............................................................................................................. 60
Figura 4.3 Comparação das relações ZR gerais, mês de outubro .......................................................... 61
Figura 4.4 Comparação das relações ZR gerais, durante um evento no mês de outubro ................... 61
Figura 4.5 Comparação das relações ZR gerais, durante o mês de novembro ...................................... 62
Figura 4.6 Comparação das relações ZR gerais, durante um evento no mês de novembro ............... 62
Figura 4.7 Comparação das relações Z-R, durante o mês de dezembro ................................................ 63
Figura 4.8 Comparação das relações Z-R, durante o mês de dezembro ................................................ 63
Figura 4.9 Comparação das relações Z-R no mês de Janeiro ................................................................ 64
Figura 4.10 Comparação das relações ZR gerais, durante um evento no mês de janeiro ..................... 64
Figura 4.11 Comparação das relações Z-R no mês de fevereiro ........................................................... 65
Figura 4.12 Comparação das relações ZR gerais, no evento do dia 4 de fevereiro ............................... 65
Figura 4.13 Comparação das relações Z-R gerais no mês de março ..................................................... 66
Figura 4.14 Comparação das relações ZR gerais no dia 12 de março ................................................... 66
Figura 4.15 comparação das relações Z-R no mês de abril ................................................................... 67
Figura 4.16 Comparação das relações ZR gerais no dia 29 de abril ..................................................... 67
Figura 4.17 Comparação das relações Z-R durante o mês de maio ...................................................... 68
Figura 4.18 Comparação das relações ZR gerais no dia 2 de maio ....................................................... 68
Figura 4.19 Função densidade de probabilidade ................................................................................... 71
Figura 4.20 Relação Z-R para o mês de Outubro de 2013 .................................................................... 55
Figura 4.21 Relação Z-R para o mês de Novembro de 2013 ................................................................ 55
Figura 4.22 Relação Z-R para o mês de Dezembro de 2013 ................................................................. 56
Figura 4.23 Relação Z-R para o mês de Janeiro de 2014 ...................................................................... 56
Figura 4.24 Relação Z-R para o mês de fevereiro de 2014 ................................................................... 57
viii

Figura 4.25 Relação Z-R para o mês de Março de 2014 ....................................................................... 57


Figura 4.26 Relação Z-R para o mês de Abril de 2014 ......................................................................... 58
Figura 4.27 Relação Z-R para o mês de Maio de 2014 ......................................................................... 58
Figura 4.28 Relação Z-R geral de eventos estratiformes ...................................................................... 53
Figura 4.29 Ração Z-R Geral de eventos convectivos .......................................................................... 54
ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 Valores dos coeficientes das relações Z –R disdrométricas – acumulações de 1 minuto ... 35
Tabela 3.1 Evolução dos dados utilizados na análise ............................................................................ 39
Tabela 3.2 Algumas caraterísticas do OTT parsivel2 ........................................................................... 42
Tabela 3.3 Classificação de acordo com diâmetro e velocidade da partícula ....................................... 45
Tabela 4.1 variação dos coeficientes a e b ............................................................................................ 52
Tabela 4.2 Classificação dos valores do coeficiente de correlação de Pearson (r ) .............................. 52
Tabela 4.2 Frequência de ocorrência de intensidades de precipitação R (mmh-1) .............................. 69
Tabela 4.3 Períodos de ocorrência de precipitação ............................................................................... 70
x

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 12


CAPÍTULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................... 15
2.1 A Água na atmosfera ................................................................................................................... 15
2.2 A Condensação............................................................................................................................ 16
2.3 O Crescimento de gotas............................................................................................................... 17
2.4 A Formação da Precipitação ....................................................................................................... 17
2.5 A Distribuição do tamanho de gota e sua aplicação .................................................................... 18
2.6 A Intensidade da precipitação (R) ............................................................................................... 23
2.7 A Energia cinética da chuva (Ec) ................................................................................................ 24
2.8 Os principais mecanismos responsáveis pela produção de chuva no leste do nordeste .............. 25
Brasileiro ........................................................................................................................................... 25
2.8.1 Sistemas frontais .................................................................................................................. 26
2.8.2 As Perturbações Ondulatórias no Campo dos Alísios (POAs) ............................................. 28
2.8.3 Os Distúrbios ondulatórios de leste (DOL) .......................................................................... 28
2.8.5 A Brisa marítima e terrestre ................................................................................................. 30
2.8.6 A Convecção local ................................................................................................................. 32
2.9 A Relação entre refletividade do radar e intensidade da precipitação ......................................... 33
2.10 Conclusão .................................................................................................................................. 37
CAPITULO 3 SÍTIO EXPERIMENTAL, INSTRUMENTAÇÃO E TÉCNICAS DE ANÁLISE ...... 38
3.1 Área de estudo ............................................................................................................................. 38
3.2 Instrumento de medição .............................................................................................................. 40
3.2.1 Princípio de funcionamento do Disdrômetro OTT Parsivel2................................................ 43
3.3 Técnicas de análise de dados ....................................................................................................... 46
3.3.2 A Refletividade do radar (Z) ................................................................................................ 47
3.3.2.1 A Relação Z-R ................................................................................................................... 47
3.4 A Densidade de probabilidade ................................................................................................ 48
CAPÍTULO 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 50
CAPÍTULO 5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ....................................................................... 72
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 73
11

Sugestão para Revisão Bibliográfica Commented [M3]: Sugiro modificação capitulo 2.

2-Revisão bibliográfica

2.1-Parametros físico da nuvem

2.1.1-Água na atmosfera

2.1.2-Condensação

2.1.3-Crescimento de gota

2.1.4-Distribuição da gota de nuvens

2.2-Caracteristica da Precipitação Pluvial

2.2.1-Intensidade

2.2.2-Diametro (não consta) , Commented [M4]: Faltou fazer revisão sobre diâmetro. Foi um
dos pontos importante da sua conclusão.

2.2.3-Energia Cinética

2.3-Refletividade efetiva do Radar Commented [M5]: Não consta no texto original. Poderia falar
um pouco sobre a refletividade efetiva.

2.4-Relação entre Refletividade do Radar e intensidade da chuva (Z-R)


12

CAPÍTULO 1

1 INTRODUÇÃO

Desde o início da humanidade a precipitação sempre foi uma variável que


condicionou os planos do homem e que há muitos anos tem sido estudada por investigadores
de diferentes áreas com objetivos diferentes (por diversas áreas de pesquisadores e com Commented [M6]: A palavra diferente se repete duas vezes
num pequeno intervalo de pensamento (o que está escrito em
diferentes objetivos). O desenvolvendo técnicas cada vez mais eficazes para estudar e vermelho foi modificado, mas poder ser uma sentença melhor)
Commented [M7]: Como o primeiro pensamento já tá
compreender suas caraterísticas associando-as aos seus efeitos e ao mesmo tempo procurando concluído, faz necessário colocar um ponto seguida, pois o
paragrafo estava muito longo.
soluções para os diferentes efeitos negativos dela, assim como, descobrindo novas maneiras
Commented [M8]: Inserir vírgulas.
de se adaptar ou tirar proveitos das suas variações. Sua variabilidade incorpora a gama das
principais razões da investigação desse fenômeno.

A precipitação pluviométrica é o elemento meteorológico que apresenta maior


variabilidade sazonal e interanual. É reconhecida como a variável meteorológica mais
importante na região tropical. Nessa região as atividades básicas da população dependem, em
grande medida, da regularidade desse fenómeno. A produção agrícola, a principal atividade
económica, que é tida como a base de desenvolvimento de muitas comunidades, é, quase na
sua totalidade, controlada principalmente pela quantidade e regularidade das chuvas. Sua
abundância, na região tropical, fornece-lhe um papel e posição de destaque na produção de
energia elétrica que por sua vez constitui um dos pilares muito importantes no
desenvolvimento das comunidades.

O uso de Disdrômetro como um instrumento de medição e obtenção do espetro de


gotas de chuva de uma forma continua permite analisar, com mais detalhes, as caraterísticas
da precipitação de certa região. Detalhes que têm impactos diretos ou indiretos na qualidade
de vida da população, gestão de governos, entre outros. O domínio dessa medição associado
ao conhecimento dos principais mecanismos que geram precipitação em uma determinada
região desempenha papel preponderante em estudos de diferentes processos. Nos campos da
climatologia, meteorologia, hidrologia e radio comunicação à taxa da precipitação e a
distribuição do tamanho de gota de chuva pode ser aplicada na compreensão do
comportamento da variabilidade da precipitação e contribui na identificação de padrões de
13

distribuição espacial e temporal da disponibilidade hídrica, estimação de caudais de ponta,


identificação de comportamentos extremos e sazonais, os processos de erosão de solos,
identificação de zonas vulneráveis ou de risco que podem condicionar a habitação e pratica de
certas atividades, como por exemplo, a atividade econômica. Nessas condições, também Pode Commented [M9]: Inserir vírgula.

ser compreendido o fenômeno de redução ou perda de sinal de comunicação.

Com o surgimento do radar meteorológico, extensas áreas e distantes dos pontos de


medição tradicionais passaram a ser monitoradas continuamente, consequentemente passou-se
a ter ideia dos efeitos da precipitação em diferentes regiões simultaneamente assim como já é Commented [M10]: Verificar vírgula.

possível reduzir ou mitigar os efeitos negativos da chuva para a sociedade.

Hoje, um dos grandes problemas reside na qualidade da medição da precipitação que


com o surgimento e melhoria dos Disdrômetros é possível determinar diferentes relações Z-R
que permitem a calibração dos radares e estes, consequentemente, fornecem resultados cada
vez mais próximos da realidade e mais seguros para analisar, interpretar e monitorar os
eventos de precipitação.
A costa leste do nordeste do Brasil tem sido afetada, frequentemente, pela
precipitação que vem causando inúmeros problemas tais como: enchentes, desabamentos ou Commented [M11]: Inserir dois pontos.

deslizamentos de terras, destruição total ou parcial de infraestruturas e campos de cultivo, Commented [M12]: Retirar o ponto em seguida e colocar
vírgula.
perdas de vidas, surgimento de epidemias, entre outros, problemas que têm implicações Commented [M13]: Retirar o ponto em seguida e colocar
vírgula.
diretas na vida e economia da população. Essa região beneficia-se de uma cobertura por
Disdrômetros e radar meteorológico, instrumentos de alta sensibilidade e raios de cobertura
muito abrangentes. Contudo há necessidade de se analisar as características da precipitação,
que nela ocorre, com auxilio desses instrumentos com objetivo de reduzir ou mitigar os
efeitos negativos da precipitação na costa leste do nordeste Brasileiro.
O presente estudo tem como objetivo analisar a precipitação e determinar a relação
Z-R para a costa do leste no nordeste do Brasil usando um conjunto de dados medidos através
do Disdrômetro OTT Parsivel2. São apresentadas relações entre a intensidade da precipitação
e refletividade equivalente do radar assim como as caraterísticas da precipitação na região de Commented [M14]: Verificar vírgula.

estudo.

A descrição dos processos envolvidos como forma de alcançar os objetivos dessa


pesquisa inicia-se no capítulo 2. Neste capítulo a análise da precipitação do tipo chuva é feita
tendo em conta os processos que envolvem a formação da precipitação, distribuição e
aplicações da distribuição dos tamanhos de gota de chuva assim como os principais Commented [M15]: Verificar vírgula.
14

mecanismos responsáveis pela sua produção. No capítulo 3 abordam-se as diferentes


caraterísticas do Disdrômetro OTT Parsivel2, princípio de funcionamento, descrição do local
de estudo e a metodologia usada. O capítulo 4 apresenta os resultados e discussões das
análises feitas aos dados colhidos pelo Disdrômetro. No capítulo 5, que finaliza o trabalho, é
feita a conclusão geral bem como sugestões para melhoria e futuros trabalhos de pesquisa.
15

CAPÍTULO 2

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A partir do momento em que se descobriu a importância do uso da radiação


eletromagnética no campo da ciência investigativa, o homem tem explorado o máximo
possível a aplicação das micro-ondas, assim como das ondas milimétricas realizando Commented [M16]: Inserir vírgula.

inúmeros estudos e consequentemente várias descobertas no campo da microfísica da gota de


chuva que tem implicações ou impactos diretos na economia dos países e na vida da
população humana.
A distribuição do tamanho de gota de chuva é de grande importância na resposta à
diferentes problemas que a sociedade enfrenta. Neste capítulo, a análise da precipitação do
tipo chuva é feita tendo em conta os processos que envolvem a formação da precipitação,
distribuição e aplicações da distribuição dos tamanhos de gota de chuva. Commented [M17]: Acho que essa introdução poderia ser
melhorada. Sugiro que aproveite o que foi escrito e aborde de
forma sucinta assuntos como: sistema meteorológico que vc vai
falar nesse capitulo, mas não faz nenhum comentário ar respeito. A
introdução tem por finalidade apresentar o tema escolhido, tem
que dar uma idéia geral do assunto a ser abordado.
2.1 A Água na atmosfera

A concentração de vapor de água na atmosfera varia bastante, de 0,5 g/kg a 40 g/kg,


dos trópicos aos polos, respectivamente. O vapor d’água desempenha um grande papel na Commented [M18]: vapor d’água na atmosfera diminui do
equador para os pólos, verifique!!!
distribuição da temperatura, por participar ativamente dos processos de absorção e emissão de
calor sensível pela atmosfera e por atuar como veículo de energia ao transferir calor latente de
evaporação de uma para outra região, o qual é liberado como calor sensível, quando o vapor
se condensa. O fluxo de vapor d’água da superfície terrestre, evaporação, depende da natureza
e temperatura da superfície, da força do vento e da umidade do ar. É transferido às camadas
imediatamente superiores através da evaporação que ocorre nos oceanos e na superfície sólida
do planeta. Removido da troposfera média em forma de chuva, neve, etc, até à superfície. Na
região tropical a chuva é o principal mecanismo que o traz de volta à superfície terrestre. Na
camada média o vapor d’água deve difundir pra cima através da troposfera inferior
(BELCULFINÉ, 1977,P36;VAREJÃO-SILVA, 2006,P341).
16

Devido às suas grandes variações, um transporte complexo de vapor de água ocorre


em todas as escalas de movimento até alcançar a circulação geral da atmosfera. Desta
maneira, regiões tropicais são fontes de vapor de água e as regiões polares são os depósitos;
os oceanos são fontes de vapor de água e os continentes são, obviamente, depósitos; pelo
menos aquelas áreas que drenam água pra os oceanos, são depósitos (BELCULFINÉ,
1977,P341). (ATENÇÃO! RETIRAR OS NÚMEROS DAS PÁGINAS EM TODAS AS
REFERÊNCIAS QUANDO HOUVER)

2.2 A Condensação

A fase em que a matéria se transforma, passando do estado gasoso ao líquido é


denominada de condensação. O processo de condensação (nucleação), que dá origem a gota,
pode ocorrer de duas maneiras distintas: Condensação homogênea e condensação
heterogênea.
A condensação homogênea favorece a formação de gotas, de uma forma aleatória,
pelo processo de colisão de partículas de vapor de água sob condição de supersaturação. Neste
processo a gota pode ter um crescimento significativo (NASCIMENTO, 2009). Para Varejão-
Silva (2006) existem dois aspectos para que tal processo seja improvável: 1º aspecto: a
ocorrência da nucleação homogênea é pouco provável, considerando a baixa concentração do
vapor de água em relação aos demais constituintes do ar. Mesmo em ambientes controlados,
com umidade relativa superior a 100%. 2º aspecto: A aglutinação de poucas moléculas não
permitiria o desenvolvimento de forças coercitivas para mantê-las agregadas. Assim as
moléculas mais externas tenderiam a se liberar rapidamente do êmbrio, o que excluía a
possibilidade de tais agregados moleculares se formarem lentamente.
Pelo processo de condensação ou nucleação heterogênea as gotas podem ser
formadas em condições de umidade relativa inferior ou igual a 100%. Devido à presença
constante ou permanente de partículas minúsculas nos estado sólido e liquido na atmosfera. A
condensação pode ocorrer sem que seja, necessariamente, observada a condição de
supersaturação, umidade relativa superior a 100 %. De outra maneira, para que haja formação
de nuvens é necessário que o ar esteja saturado, reter o máximo possível de umidade da
atmosfera e que haja uma superfície sobre a qual esse vapor possa condensar
(NASCIMENTO, 2009).
17

2.3 O Crescimento de gotas

Existem duas teorias clássicas que procuram explicar o desenvolvimento de gotas ou


cristais de gelo até alcançarem o tamanho com o qual podem cair à superfície. Uma teoria diz
respeito às nuvens frias e outra às nuvens quentes (VAREJÃI-SILVA, 2006,P342).
As nuvens frias são aquelas localizadas acima da isoterma de 0°C. Elas são
constituídas de água líquida e gelo (nuvens mistas) ou somente gelo (DUARTE,2012).
A teoria de Bergeron-Findeisen se fundamenta no fato da pressão de saturação do
vapor ser menor sobre o gelo do que sobre a água sobrefundida. Uma vez que na nuvem fria
coexistem cristais de gelo e gotas de água, o vapor de água tende a se depositar sobre os
cristais de gelo e estes crescerão rapidamente por condensação até atingirem tamanhos e pesos
suficientes para vencerem as correntes de ar verticais ascendentes. Contudo, nem todos os
cristais alcançam a superfície, pois essas correntes podem quebrar os cristais e em seguida
reconduzidos ao topo da nuvem e outros podem fundir-se total ou parcialmente juntando-se a
outras gotas.
Nuvens quentes são aquelas localizadas abaixo da isoterma de 0°C. Elas são
formadas da condensação do vapor de água em um ambiente (WALLANCE and e HOBBS,
1977). Neste caso o tamanho das gotas aumenta, inicialmente, por condensação de mais
vapor de água na sua superfície desta. Sendo nesta fase em que ocorre o maior aumento do
volume e mesmo havendo uma sobre saturação pequena, em pouco tempo elas alcançam raios
de 5 a 10μm, típicos de uma gotícula de nuvem. Acredita-se que, nessa fase inicial, a presença
de núcleos higroscópicos e em particular os gigantes desempenhem um papel muito
importante e facilitem o surgimento de gotículas de tamanhos diferentes (VAREJÃO-SILVA,
2006, P.342). A seguir, tem lugar o processo de queda e crescimento por coalescência. A gota
coletora (a maior) colide com as menores e as incorpora (coalescência). As maiores possuem
maior eficiência de coleta; elas crescem mais rápidas (WALLANCE and HOBBS, 1977).

2.4 A Formação da Precipitação

Garcez e Alvarez (1988) definem precipitação como sendo o conjunto de águas


originadas do vapor de água atmosférico que cai em estado líquido ou sólido, sobre a
superfície da terra. Este conceito engloba, portanto, não somente a chuva, mas também a
18

neve, o granizo, a garoa. Na prática são as chuvas que apresentam maior interesse e a elas é
que se fará referência normalmente neste trabalho.
A precipitação é o principal mecanismo natural de restabelecimento dos recursos
hídricos da superfície terrestre. A sua distribuição temporal e espacial constitui dos fatores
que condicionam o clima e que estabelecem o tipo de vida de certa região (TUBELIS e Do
NASCIMENTO, 1983,p198). Contudo, para que se forme a precipitação é necessário que as
gotas possuam diâmetros médios superiores a 20 µm. Porém, tais gotas formam-se com a
existência de núcleos de condensação grandes e partículas higroscópicas, como sal marinho.
O aumento da massa e volume destas facilita a sua queda que ao mesmo tempo aumenta a
chance delas colidires com outras e consequentemente aumentando seu tamanho. Deste modo,
após aproximadamente um milhão de colisões as gotas atingem tamanhos suficientemente
grandes para vencer as correntes verticais ascendentes e podem cair e atingir a superfície em
forma de chuva sem poder evaporar durante o percurso. As gotas de chuva podem crescer até
aproximadamente 6 mm de diâmetro, quando sua velocidade terminal é de 30 kmh -1. Com
esse tamanho e velocidade, a tensão superficial, que a mantém inteira, é superada pela
resistência do ar, que acaba quebrando a gota (MORAES, 2003).

2.5 A Distribuição do tamanho de gota e sua aplicação

O domínio do espetro do tamanho de gota de chuva é essencial para a formulação do


algoritmo que ajuda no conhecimento dos padrões da chuva, utilizando técnicas de radar
meteorológico (SIMPSON et al 1988). A distribuição do tamanho de gota de chuva possibilita
o cálculo ou computação de propriedades do volume de chuva tais como, o conteúdo de água,
intensidade da chuva e energia cinética. É também o descritor básico na parametrização e
modelagem numérica da microfísica da chuva e seus impactos (TOKAY and SHORT, 1996;
JAYAWARDEN and REZAUR, 2000). Essa distribuição varia de lugar para lugar,
dependendo de condições meteorológicas (JASSAL et al 2011) e variam também de uma
tempestade para outra assim como dentro de um sistema de tempestade (TOKAY et al., 2002; Commented [M19]: Verificar vírgula.

BRINGI et al., 2003).


Estudar ou analisar a distribuição do tamanho de gotas é, no entanto, vital para várias
áreas de aplicação tais como satélite meteorológico, comunicação e erosão de solos
(HARIKUMAR et al., 2009). Segundo Owolawi (2011); Adetan and e Afullo (2013) as
vantagens oferecidas pelas micro-ondas e ondas milimétricas tem atraído interesse dos
19

acadêmicos e da indústria de comunicação. Tornando, cada vez mais importante conhecer as


caraterísticas dessas ondas em zonas com determinado tipo de chuvas. A propagação da onda
eletromagnética através de uma região contendo gotas de chuva sofre dois efeitos de
atenuação, a saber: 1° absorção, através do qual parte dessa energia é absorvida pelas gotas de
chuva e transformada em calor e o 2° é o espalhamento da energia em todas as direções. O
cálculo desses dois mecanismos de atenuação é baseado no conhecimento das características
das gotas de chuva.
Ochou et al., (2007) analisaram a parametrização da distribuição do tamanho da gota
de chuva com a sua taxa, na região Oeste de África e verificaram outra importância do
conhecimento dessa distribuição que tem sido alvo de muitos estudos técnicos e científicos,
no que diz respeito a ciências ambientais: a remoção de poluentes na atmosfera que depende
da chuva.
Para Ulbrich (1983) a evolução das medições da distribuição do tamanho de gotas de
chuva revela que as análises de dados de precipitação, no passado, foram feitas considerando
que a distribuição do tamanho de gotas de chuva obedecia a uma forma exponencial, equação
(01). Porém, demonstrou que uma melhoria, medição mais precisa, poderia ser feita se a
distribuição do tamanho das gotas fosse assumida como uma distribuição Gamma Gama,
equação (02).
𝑁(𝐷) = N𝑜 𝑒 −𝛬𝐷 (01)

𝑁(𝐷) = N𝑜 𝐷𝜇 exp⁡(−𝛬𝐷), ( 0≤ D ≤ Dmax) (02) Commented [M20]: Sempre itálico.


Commented [M21]: Deixar subscrito.

Original de Marshall e Palmer (1948)


Onde D é o diâmetro da gota,
𝑁(𝐷)⁡é o número de gotas de diâmetro entre D e δD na unidade de volume. Commented [M22]: Italíco.

⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡N𝑜 é o valor de N(D) quando D = 0, Marshall e Palmer (1948). Commented [M23]: Verificar a tabulação.

Nzeukou et al., (2003) determinaram a relação entre a taxa de precipitação (R) e a


refletividade do radar (Z) em eventos de precipitação convectiva e estratiforme, analisando as
distribuiçõe de tamanho de gota de chuva estratiforme e convectiva de Cabo Verde, Senegal. Commented [M24]: Verificar ortografia.

Utilizaram 48 eventos de chuva colhidos por um Disdrômetro "Joss and Woldvolgel-JW", de


1997 a 2000, em Dakar, ao longo da costa Oeste africana. Ajustaram as distribuições a três
20

modelos analíticos: O exponencial, de Marshal and Palmer (1948) equação (01), Gamma
modificada (Ulbrich-1983) equação (02) e Lognormal, Feingold and Levin(1986); Sauvageot
and Lacaux (1995), equação (03).

𝑁 𝑙𝑛2 (𝐷/𝐷𝑔 )
𝑁(𝐷) = (2𝜋)0.5 𝑇 𝑒𝑥𝑝 [− ]⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡(03)
(𝑙𝑛𝜎)𝐷 2𝑙𝑛2 𝜎

Onde: NT é o número total de gotas; Commented [M25]: Itálico.

D é o diâmetro da gota;
Dg é o diâmetro médio geométrico;
𝜎⁡⁡é⁡o⁡desvio⁡padrão Commented [M26]: Verificar tabulação.

A representação da distribuição de tamanho de gotas de chuva pode ser feita


considerando diferentes formas. Para a região tropical a função exponencial proposta por
Marshall and Palmer não se adéqua para o estudo dessa distribuição, pois para taxa média de
precipitação (chuva) superior a 10-20 mmh-1 e diâmetros maiores que o valor modal (1 – 2
mm), o declive (declinação da distribuição do tamanho de gotas de chuva) torna-se quase
constante enquanto que na distribuição de Marshall and e Palmer assume-se que ela diminui
com o aumento da taxa de precipitação. Por outro lado, o número de gotas pequenas, com Commented [M27]: Inserir vírgula.

diâmetro D < 1- 2 mm é menor que o correspondente a forma exponencial considerando a Commented [M28]: Itálico.

mesma taxa de precipitação (OCHOU et al., 2007).


Jayawarden e Rezaur (2000) estimaram a influência das tempestades na erosão dos
solos e identificaram os tipos de gotas de chuva frequentes em tempestades dessa região.
Pelas correlações entre a intensidade, quantidade e energia cinética da chuva concluíram que
o aumento da quantidade da chuva está relacionado com o aumento do tamanho de gotas, a
intensidade deste fenômeno está diretamente relacionado ao número de gotas e que o aumento Commented [M29]: Correção ortográfica.

da intensidade pode ser explicado pelo aumento de tamanhos de gotas da chuva.


Estudando a caraterística das gotas de chuvas de diferentes ciclones tropicais,
particularmente no regime convectivo onde as chuvas são mais abundantes, para fins de
modelação e representação de processos microfísicos em modelos de meso escala, Tokay et
al., (2008) analisaram dados de medições feitas por disdrômetro “JW” em sete Ciclones
Tropicais durante a estação ciclônica do atlântico, de 2004 a 2006 e concluíram que as
inundações durante a ocorrência de ciclones tropicais são, geralmente, causadas por chuvas
constituída de gotas de dimensões menores a médias, que raras vezes passa de 4 mm. A
concentração, relativamente alta, de gotas grandes em ciclones extratropicais assemelha-se a
21

distribuição de tamanhos de gotas em tempestades do continente e os parâmetros integrados


da concentração de gotas de chuva, conteúdo de água líquida e taxa de precipitação a uma
refletividade, 40 dBZ, são mais baixos em ciclones extratropicais que em ciclones tropicais.
Owolawi (2011) estudando a distribuição do tamanho de gota de chuva da região de
Durban, África do Sul, colhidos pelo disdrômetro JW RD-80 para identificar os tipos de gotas
de chuva frequentes como forma de contribuir na estimação da atenuação especifica da chuva
usou a função da probabilidade de densidade (pdf) e concluiu que, de uma forma geral, as
gotas que caem em Durban têm diâmetros que variam de 0,3 a 4 mm. A maior parte, 67% da
chuva de intensidades R < 20 mmh-1, é constituída de gotas com diâmetros que variam de 0.5 Commented [M30]: Itálico.

a 0,9 mm. Nesse intervalo há mais gotas de diâmetros 0,5 a 0,7 mm. No regime R ≥ 20 mmh-
1, 45% das gotas de chuva que caem têm diâmetros que variam de 0.5 a 0.8 mm e que 20 %
dessas tem diâmetros variando de 0,9 a 2 mm.
António (2000) comparou dados de distribuição de tamanhos de gotas de chuva,
obtidos de dois disdrômetros “JW” implantados nas cidades de Botucatu e Garça no estado de
São Paulo, com as refletividades de radar do sistema de Bauru, que foram determinantes para
a obtenção da relação representativa da taxa de precipitação (R) e a refletividade (Z) de
referência que além de facilitar a calibração de radar seria aplicada para converter dados de
radar em chuva.
Segundo Moraes (2003) foi através de relações empíricas e dados obtidos através de
Disdrômetro que Seliga et al (1986) estimaram a velocidade de queda da chuva, quantidade de Commented [M31]: Itálico.

água líquida e fator de refletividade do radar, para a região de Illinois central, nos estados
unidos, no dia 6 de outubro de 1982. As comparações com os parâmetros que compõem a
distribuição foram feitas através de modelos exponenciais e gamma. As simulações da
estimativa da relação Z-R e a velocidade de queda de chuva que são comparadas com valores
estatísticos obtidos pelo disdrômetro. O resultado mostrou um ajuste excelente entre os
parâmetros derivados do disdrômetro e das relações empíricas.
Tokay et al., (2002) analisaram observações simultâneas de dois disdrômetros, óptico
e JW, e dois pluviômetros a sudoeste da bacia amazônica, dos quais observaram gotas de
diâmetros superiores a 5,0 mm e concluíram que no lugar da relação Z = 300R1,4 que tem sido
aplicada, em vários radares meteorológicos da rede, podia ser aplicada a relação Z = 250R1,2
para eventos de chuvas intensas de natureza tropical. Nesse estudo foram aplicadas as funções
Gamma e Exponencial.
Tenório et al., (2010) determinaram a taxa de precipitação (R), o conteúdo de água
líquida em um volume (W), refletividade do radar (Z) assim como determinaram a relação Z-R Commented [M32]: Verificar vírgula.
22

representativa e o modelo que se ajusta melhor a distribuição das gotas de chuva na costa leste
do nordeste Brasileiro. Para tal, foram aplicadas as formas analíticas exponencial, Marshalla
and Palmer (1948) e Lognormal, Levin (1986) à 238 eventos de precipitação colhidos de
dezembro de 2001 a setembro de 2002, medidos pelo disdrômetro JW RD-69 instalado no
Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas.
Para Malinga e Owolawi (2013) a atenuação das micro-ondas e ondas milimétricas
depende consideravelmente da taxa de precipitação R e da distribuição de gotas de chuva. Sob Commented [M33]: Itálico.

o ponto de vista da complexidade do sistema de comunicação desejado para atender a


demanda de usuários, o conhecimento adequado das características da chuva nessas bandas é
necessário a fim de compensar adequadamente a perda do sinal. A propagação da atenuação,
nessas bandas de alta frequência, devido a fatores ambientais é acentuada, principalmente
devido à gota de chuva que tem tamanho aproximadamente igual ao do comprimento de onda
de rádio em alta frequência, podendo causar dispersão do sinal de rádio.
Devido aos sistemas de comunicação modernos e sofisticados torna-se necessário
estudar ou caracterizar a distribuição de tamanho de gotas de chuva considerando os
diferentes tipos de chuva. Neste sentido, Adimula e Ajay (1996) analisaram dados de três
disdrômetros “JW” implantados em Calabar, Zaria e Ile-Ife, na Nigéria, e caracterizaram as
chuvas tropicais (com os dados de Zaria) e chuvas marítimas ou do sul (com os dados de
Calabar e Ile-Ife). Identificaram o(s) modelo(s) que melhor caracteriza(m) as distribuições de
gotas de chuva tropical e marítima para caracterizar a atenuação específica das micro-ondas e
ondas milimétricas devido à precipitação. As distribuições ajustaram-se melhor aos modelos
exponencial e lognormal, que concorda com Moraes (2003).
A atenuação pela chuva é um fator limitante para frequências superiores a 10 GHz,
para ser usada em rádio comunicação. A variabilidade da precipitação é um fator muito
preocupante, especialmente para a região tropical que tem uma enorme diversidade de
condições climáticas. Na ausência de dados de atenuação medidos, medições da distribuição
de gotas de chuva podem fornecer informação útil sobre a variação da atenuação pela chuva
(DAS, et al., 2010). Vários investigadores consideram a taxa de precipitação na classificação
da distribuição do tamanho de gota em diferentes tipos ou regimes de precipitação. Para cada
tipo de precipitação são determinadas as respectivas atenuações. A atenuação específica da
chuva aumenta com a frequência e seus valores mais pronunciados ocorrem em tempestades
enquanto que o menor valor da atenuação verifica-se durante a chuva do tipo chuvisco
(OWOLAWI, 2011). Resultados semelhantes foram obtidos na Índia, onde as diferenças de
atenuação em vários locais revelaram-se bastante significativas para frequências maiores de
23

40 GHz. Mínima para intensidade de precipitação 10mmh-1 e máxima para 100 mmh-1
indicando que a atenuação da chuva se torna mais sensível às variações da distribuição do
tamanho de gotas de chuva em taxas de precipitação mais elevadas. Comparações feitas entre
as distribuições obtidas em cinco regiões com o resultado do modelo ITU-R (International
Telecommunication Union) revelaram que ITU-R demonstrou comportamentos diferentes e
não satisfatórios de atenuação específica, clarificando a necessidade de calcular a atenuação
específica para cada região (Das et al., 2010).
Faltou característica da DTG para leste do nordeste, das chuvas marinha e
continental, podendo ser encontrada nas pesquisas de Moraes, 2003 ou 2011 ou Tenório. Commented [M34]: Existe na literatura características
especificas da DTG referente à região do leste do nordeste que
pode ser encontrado em morais 2003 ou 2011 ou Tenório, mas não
constam na revisão.

2.6 A Intensidade da precipitação (R) Commented [M35]: Verificar todos em Italico.

O tamanho da gota está inteiramente relacionado com a intensidade da precipitação e


com a velocidade terminal das gotas de chuva. Existe uma relação direta. A intensidade da Commented [M36]: Verificar paragrafo muito curto.

precipitação é o fluxo de precipitação através de uma superfície horizontal e é expressa em


termos do volume de fluxo de água. Consequentemente, a intensidade pode ser expressa em
função da distribuição por tamanho, N(D), pela equação (04), (Moraes, 2003). Commented [M37]: Verificar todos itálicos.
Commented [M38]: É melhor cita a fonte original ou termo op.
cit. (Moraes, 2003, op.cit)
𝜋 ∞
𝑅 = ∫0 𝑁(𝐷)𝐷3 𝑢(𝐷)𝑑𝐷 (04)
6

Onde: u(D) é a velocidade de queda de uma gota de diâmetro D. Commented [M39]: Tabulação.

Quando existe uma corrente vertical ascendente u o fluxo de precipitação pode


ser escrito da seguinte maneira:

𝜋 ∞
𝑅 = ∫0 𝑁(𝐷)𝐷3 (𝑢 − 𝐷)𝑑𝐷 (05)
6

Estudos sobre a precipitação têm sido tradicionalmente, realizados considerando Commented [M40]: É melhor ser mais especifico quando falar
em precipitação, quando for chuva, é melhor escrever chuva ou
quantidades acumuladas ou médias enquanto que outras características da precipitação como a precipitação pluvial.

frequência e intensidade têm sido foco de estudo nos últimos anos (ZHOU et al., 2008). Ela é Commented [M41]: Verificar todo itálico.

uma ferramenta crucial na compreensão do comportamento temporal e espacial dos recursos


hídricos, em termos de disponibilidade e impactos dos eventos extremos. Ela é o principal Commented [M42]: Palavras repetidas retire do texto a palavra
ELA.
contribuinte hidrológico de uma bacia hidrográfica. No entanto, chuva de intensidade forte Commented [M43]: Inseri vírgula.
24

pode causar vários problemas como, por exemplo, inundações e suas consequências para a
vida humana e não só (PIZARRO et al., 2012). Conhecer a intensidade de precipitação é de
grande importância para vários aspectos, como são os casos de modelagem da erosão dos
solos, dimensionamento do sistema de drenagem. Por outro lado é também importante para Commented [M44]: Substitua a vírgula por e/ou.

perceber a taxa de carga do lençol freático e estimar o escoamento (KUMAR et al., 2007).
Raimundo (2011) analisou a probabilidade de ocorrência de extremos de Commented [M45]: Raimundo e sobre nome (apelido)???

precipitação e tendência de classes desta, para a região metropolitana de São Paul, tendo
concluído que eventos extremos de precipitação são responsáveis por distúrbios sociais e
problemas econômicos, principalmente em grandes centros urbanos. Áreas densamente
povoadas sofrem deslizamentos de terra, inundações e destruição de construções, que causam
mortes e doenças em larga escala tais como a malária, dengue e leptospirose. Por esses e
outros motivos estudos de valores dessa natureza podem ser usados como forma de prevenção
(planejamento) pelos órgãos competentes, na tentativa de minimizar os efeitos provocados
pelas precipitações mais intensas.
Liu et al., (2005) analisaram as tendência das quantidades de precipitação,
frequência e intensidade desta, que ocorreram na China de 1960 a 2000, com objetivo de
perceber a característica da variação da precipitação. Dentre várias conclusões destacam que o
aumento da proporção da precipitação, devido a chuvas intensas e a tendência decrescente dos
eventos de precipitação fraca, tem implicações potencialmente graves no controle de
enchentes e produção vegetal, especialmente nas áreas de cultivo de sequeiro, nas zonas
áridas e semi-áridas daquele país.

2.7 A Energia cinética da chuva (Ec) Commented [M46]: Sempre itálico.

A relação entre a intensidade de precipitação e energia cinética, e suas variações


espacial e temporal, é importante para prever a erosão; pois uma quantidade de solo que é
removida está relacionada à certa quantidade de precipitação com uma determinada
intensidade de queda (DIJK et al., 2001). Assim como a chuva consiste de espectro de Commented [M47]: Verificar vírgula.

tamanhos de gota a energia cinética é dependente da natureza da distribuição de tais tamanhos


de gotas de chuva. Em particular, gotas de diâmetros maiores têm mais massa e velocidade
vertical (FOX 2004).
25

Ec  3 10 4   
1 nkl
  ni  v 2 ( Di )  Di3
S  t i 1
Jm 2
h 1  (06)
Commented [M48]: Verificar tamanho fonte.

Onde: Commented [M49]: Verificar tabulação

S = Área da superfície coletora do disdrômetro; Commented [M50]: Itálico.

∆ni = número de gotas medidas na classe de tamanho i; Commented [M51]: Itálico

Di = diâmetro de gotas da classe i; Commented [M52]: Itálico

V(Di) = velocidade terminal das gotas da classe i Commented [M53]: Itálico

Desde que o processo de erosão se inicia pelo impacto da gota de chuva no solo, a
unidade básica da erosão pode ser representada pelo “stress”, momento ou energia cinética de
uma gota isolada (SHARMA, 1996) que são funções da distribuição de tamanhos, forma e
velocidade terminal das gotas. Dentre essas, a energia cinética de uma gota isolada é a mais
usada para erosão de solos (HUDSON, 1995). A Erosividade das chuvas é uma medida da
influência meteorológica na erosão hídrica dos solos. Se outras variáveis tais como, a Commented [M54]: Inserir vírgula.

topografia e a cobertura vegetal do solo forem consideradas constantes a taxa de erosão é


diretamente relacionada ao nível de erosividade das chuvas. A combinação da energia cinética
e o pico da intensidade da precipitação são quase intimamente relacionados com o valor
observado de perda de solo (HASSAN, 2011).
A velocidade das gotas de chuva é um fator determinante durante a análise dos
processos de erosão dos solos, pois a energia cinética aumenta a medida que se intensificam
os ventos e consequentemente aumenta o impacto das gotas no solo aumentando assim o
efeito da desagregação das partículas do solo. Quando a intensidade da precipitação excede a
capacidade de infiltração do solo, imediatamente tem lugar o processo de escoamento
superficial que pode dar início à erosão hídrica. Commented [M55]: Cite a fonte dessa conclusão.

2.8 Os principais mecanismos responsáveis pela produção de chuva no leste do nordeste

Brasileiro

O Nordeste Brasileiro é uma região de características semi-áridas, apesar de


existirem sub-regiões como o litoral que a precipitação acumulada passa dos 2000 mm/ano. Commented [M56]: Qual litoral, o litoral leste ou norte???

Essa precipitação é produzida pela umidade existente na atmosfera que ao saturar-se forma
26

gotas por condensação e/ou coalescência em torno de núcleos de condensação, caindo assim
que adquirirem peso suficiente para vencer a resistência do ar dentro da nuvem (COELHO,
2010,P5).
A variação espacial e temporal da precipitação no Nordeste Brasileiro-NEB está Commented [M57]: Corrigir!

diretamente relacionada com as configurações da circulação atmosférica e oceânica sobre os


trópicos (FIGUEIREDO, 2002,P11).
Os mecanismos dinâmicos que produzem chuvas no NEB podem ser classificados
em mecanismos de grande escala, responsáveis por cerca de 30% a 80% da precipitação
observada dependendo do local, e mecanismos de meso e micro escalas, que completam os
totais observados. Dentre os mecanismos de grande escala, destacam-se os sistemas frontais.
Perturbações ondulatórias no campo dos ventos Alísios, complexos convectivos e brisas
marítima e terrestre fazem parte da mesoescala, enquanto circulações orográficas e pequenas
células convectivas constituem-se fenômenos da microescala (MOLION e BERNARDO,
2002).

2.8.1 Sistemas frontais

O encontro de duas massas de ar com diferentes características de temperatura,


pressão e umidade, devido ao gradiente de pressão que as desloca, chama-se sistema frontal.
Geralmente esse sistema é constituído por uma frente fria e uma frente quente.
O ar frio e seco, de origem polar, desloca-se em direção aos trópicos. Sendo mais
denso que o ar tropical, que é quente e úmido, entra como se fosse uma cunha e levanta o ar
tropical, fazendo com que chegue à saturação, formando nuvens. A superfície de separação
entre as duas massas de ar é chamada “frente fria”. O ar tropical pode, eventualmente, se
encontrar com o polar, já modificado, que esteve associado ao sistema frontal anterior. Nesse
caso a superfície de separação entre o ar tropical e o polar modificado denomina-se “frente
quente” (QUINTÃO, 2004,P68).
Um mecanismo importante na produção de precipitação para o leste do nordeste Commented [M58]: Precipitação pluvial ou chuva
simplesmente. Temos vários tipos de precipitação.
brasileiro é a penetração de sistemas frontais, ou seus restos, entre as latitudes 5ºS e 18ºS. A
penetração até latitudes equatoriais ocorre mais frequentemente no inverno do hemisfério sul.
Entre os meses de abril e julho, a zona de convergência que se instala sobre a costa leste do
nordeste brasileiro, constitui o mecanismo dinâmico mais importante para a produção de
27

precipitação na região leste do nordeste, que apresenta seus quatro meses mais chuvosos
(MOLION e BERNARDO, 2002).

Commented [M59]: A figura 2.1 não foi falada no texto.


Verificar!!!!

Figura 2.1 Sistema frontal posicionado leste do nordeste (05/02/2013).


Fonte: EUMETSAT/CPTEC M-7 IR 05/02/13 1500Z Commented [M60]: O texto da figura tem que ser mais
explicativo. Verificar Centralização da figura no centro da pagina.
Verificar texto da figura (centralizar ou justificar) na pagina.
Verificar tamanho da fonte e cor da fonte. Não pode haver
espaçamento entre linhas e nem entre a figura. O texto todo não
Os sistemas frontais não agem com igual intensidade. A variação do total de pode está em negrito. Vc tem que verificar as normas técnica de
formatação na BNT.
precipitação anual ao longo da faixa costeira é pequena, mas torna-se maior, principalmente,
Commented [M61]: Tamanho da fonte diferente.
na região do semi-árido. Nos meses de janeiro e Fevereiro a precipitação é influenciada pelos Commented [M62]: Novamente, qual o tipo de precipitação.
Verifique a palavra PRECIPITAÇÃO. Se estiver falando de chuva, e
sistemas frontais que podem se deslocar até a latitude 10 ºS (COELHO, 2010,P6-12). A melhor escrever simplesmente chuva ou precipitação pluvial.

influência dos sistemas frontais sobre a precipitação é, principalmente, sentida na região sul
do NEB, de março a dezembro, onde a atividade das frentes e suas variações influenciam
bastante no total anual da precipitação sobre o sul e regiões costeiras (GEMIACKI,
2005,P19).
28

2.8.2 As Perturbações Ondulatórias no Campo dos Alísios (POAs)

As POAs são outro grupo de sistemas que também são responsáveis pela
precipitação na costa leste do nordeste brasileiro. Elas são mais frequentes durante a época
chuvosa e, Geralmente, estão associados a sistemas convectivos responsáveis por grande
quantidade de precipitação sobre a região em estudo.
O campo dos ventos alísios é frequentemente perturbado por penetrações de sistemas Commented [M63]: Verificar o excesso da palavra perturbação.

frontais em latitudes baixas, quer sobre o oceano quer sobre o continente. No atlântico sul, a
convergência dos ventos de sul, associados aos sistemas frontais, com os ventos de leste,
provocam perturbações ondulatórias nos alísios (POAs) que se propagam para oeste, no
campo dos alísios. As POAs são uma das causas das chuvas na costa leste do nordeste
brasileiro de Junho a Agosto e que a ação conjunta destas com as brisas marítimas constituem
o principal fator dos máximos de precipitação junto da costa em maio e junho. Quando estão
em fase com as brisas marítimas podem penetrar até 300 km para o interior do continente. A
confluência das POAs com a brisa terrestre, principalmente durante a noite e próximo à costa
leste do nordeste brasileiro, intensificam-se e podem causar precipitação acumulada superior a
100 mm/dia (MOLION e BERNARDO, 2002).

2.8.3 Os Distúrbios ondulatórios de leste (DOL) Commented [M64]: Qual a diferença entre DOL e POA????

O litoral nordeste brasileiro localiza-se numa área altamente vulnerável às


perturbações que se propagam no escoamento de leste no quadrimestre chuvoso (Da SILVA,
2011).
Sobre a costa leste do NEB, destaca-se o máximo de precipitação no trimestre de
Maio a Julho devido à circulação de brisa e à ação das frentes frias, ou seus remanescentes, Commented [M65]: Retirar, já foi dito anteriormente.

que se propagam ao alongo da costa assim como estão relacionados aos Distúrbios Commented [M66]: Verificar vírgula.

Ondulatórios de Leste (DOLs). Os DOLs são perturbações que se deslocam para oeste com os
ventos alísios e que estão associadas às Altas Subtropicais do Oceano Atlântico Norte e Sul.
O posicionamento e intensidade da alta no Atlântico Sul é um mecanismo importante no
transporte de vapor d’água nos baixos níveis para o NEB. A interação destes sistemas com as
circulações locais aumentam a convergência nos baixos níveis da atmosfera produzindo fortes
precipitações (GOMES, 2012).
Estudando o papel dos DOLs no total da precipitação registrada durante o período
chuvoso do litoral nordestino, Da Silva (2011) utilizou imagens de satélite (IR), campos de
29

linhas de corrente e vorticidade relativa ciclônica de 700 e 850 hpa da reanálise de ERAN
para as quadras chuvosas dos anos 2006 a 2010. Verificou que os DOLs são responsáveis por
pelo menos 70% da precipitação durante a quadra chuvosa da área entre o litoral norte de
Alagoas ao leste do Rio Grande do Norte (RN). 60% da precipitação média acumulada de
Abril a Julho da região entre a zona da Mata de Alagoas e o agreste do RN e entre Sergipe e
as demais regiões do RN. Os DOLs estiveram associados a pelo menos metade da
precipitação dessa época.

2.8.4 Vórtices Ciclônicos de altos níveis (VCAN) Commented [M67]: Item não colocado no sumario.

Durante o estudo sobe a estrutura das perturbações sinóticas do nordeste do Brasil,


Aragão (1975) notou a existência de baixas frias sobre a região nordeste do Brasil ao longo da
época das chuvas intensas de 1969 a 1974. Analisou cartas sinóticas de 1969 e 1970 e
verificou que as configurações dos ventos na troposfera, em altos níveis, mudavam
radicalmente em relação às configurações da época não chuvosa, invasão por vórtices
ciclônicos que se estabelecem de 700 mb a 300 mb.
As baixas frias, também conhecidas de baixas desprendidas, ciclones subtropicais,
baixas de Palmén, vórtices ciclônicos de alta troposfera, ciclones tropicais dos altos níveis e
ciclones Kona, são sistemas de baixa pressão em grande escala formados na alta troposfera e
cuja circulação ciclônica fechada possui o centro mais frio que a periferia (GAN, 1982).
Segundo Fedorova (2008,P173/174) existem dois tipos de vórtices ciclônicos de altos
níveis. VCAN do tipo Palmén, das latitudes subtropicais que atua no inverno e primavera e o
VCAN do tipo Palmer, das latitudes tropicais, que atua no verão. Sendo este último o mais
importante para a região em estudo. O VCAN do tipo Palmer forma-se acima de 10 000m de
altitude e, em média dura de 4 a 11 dias consecutiva. A sua gênese não envolve o ar polar e
que geralmente está associada a uma frente fria ou zona de convergência atlântico sul (ZCAS)
com a sua crista ligada à alta da Bolívia em 200 hpa. A pesar de quase estacionário, seus
deslocamentos para oeste, na direção das nuvens mais intensas (cb) transportam umidade e
precipitação ao longo da costa leste do nordeste do Brasil.
30

Figura 2.2 Vórtice ciclônico do tipo Palmer Commented [M68]: Verificar a formatação, segundo os
comentários da figura 2.1.

INPE/CPETEC-EUMETSAT/METEOSAT-composição colorida canal 9


(10,8µm): 2013.11.04 Commented [M69]: Em nenhum momento no texto vc fez
citação da figura 2.2. Quando colocar figura, tabela e quanto tem
que sempre ser referida no texto.
2.8.5 A Brisa marítima e terrestre

A brisa, figura 2.2, é um tipo de circulação do ar (vento) litoral de intensidades fraca Commented [M70]: Verificar a numeração das figuras. A figura
2.2 é do VCAN.
a moderada, resultantes do aquecimento diferenciado que se estabelece entre a terra e a água.
À medida que o sol se eleva, a terra se aquece mais rapidamente que o mar, desenvolvendo-se
sobre o continente zonas com pressões relativamente baixas em relação das desenvolvidas
sobre o mar. A força de gradiente de pressão horizontal gerada determina um escoamento à
superfície, do mar para a terra e uma distribuição oposta em níveis mais altos.
31

Consequentemente, sobre o continente existe convergência em baixos níveis e divergência em


altos níveis. Fecha-se uma célula de circulação. A esta situação é chamada de brisa marítima. Commented [M71]: Paragrafo curto, verficar.

Durante a noite o processo se inverte. No inicio da noite, quando a terra se resfria e


desaparece o contraste de temperatura a brisa marítima cessa. A profundidade e a intensidade
da circulação dependem essencialmente dos gradientes de pressão entre o continente e o mar.
Durante o inverno na costa leste do NEB a brisa marítima prolonga-se mais pelo continente e
a terrestre prolonga-se menos pelo mar, favorecendo o aumento de umidade ao longo da costa
e que as nuvens geradas produzam chuva nessa região (FEDOROVA, 2001,p126-131).

As brisas desempenham um papel de destaque, em termos de regularidade e


intensidade de ocorrência em grande parte do litoral do NEB. Essa região experimenta o
máximo de precipitação desde o período noturno até as primeiras horas do dia (entre 21h e 9h
locais) devido à convergência entre o fluxo médio de ar próximo à superfície e procedente do
oceano, e o fluxo superficial do continente para o mar devido à brisa terrestre. Nas áreas entre
150 e 300 km para dentro do continente observa-se um máximo de precipitação no período
entre 15h e 21h locais, associado com o desenvolvimento e avanço da brisa marítima
(TEIXEIRA, 2008).

O máximo de precipitação na costa leste do NEB está ligado à maior atividade da


circulação de brisa marítima, que advecta bandas de nebulosidade para o continente. As
perturbações ondulatórias nos ventos alísios e as brisas marítimas e terrestres, associados à
topografia e à convergência de umidade são responsáveis por 60 - 70% de precipitação da
quadra chuvosa (MOLION e BERNARDO, 2002).
32

Commented [M72]: Colocar outra figura, essa não é adequada


ao trabalho cientifico. Verifica imagem de satélite, como foi feito
nos sistemas anterior.

Figura 2.3 Ilustração do sistema de brisas marítima e terrestre Commented [M73]: Numeração da figura não condiz com
texto.
FONTE: https://www.google.com.br/search?q=brisa+maritima Commented [M74]: Verificar a formatação.

2.8.6 A Convecção local

Na atmosfera, a convecção natural dá origem à turbulência térmica e intensa,


conhecida como convecção livre. Esse tipo de turbulência é conhecido pela capacidade de
realizar a mistura de propriedades conservativas da atmosfera, como da temperatura potencial
entre parcelas de ar, do vapor de água, do momento linear, vorticidade, etc. Quando há uma
grande diferença de calor entre as camadas inferiores e superiores da atmosfera, a convecção
natural pode ocasionar ciclones, responsáveis pelo regime de ventos superficiais terrestres.
Fenômenos mais intensos desse gradiente de temperatura são responsáveis pela formação
de cúmulo-nimbos, tornados e furacões que ganham movimento circulatório devido à grande
velocidade de ascensão concatenada com o movimento de rotação da Terra. Na atmosfera
existe o fenômeno de formação de células convectivas (CONDIE e RHIES, 1994).

Segundo Molion e Bernardo (2002) a convecção máxima para a região de nordeste


ocorre nos meses de fevereiro e março, dos mais chuvosos em grande parte região.
33

2.9 A Relação entre refletividade do radar e intensidade da precipitação (Z-R)

A interpretação da observação ou dados de radar meteorológico requer a aplicação da Commented [M75]: Verificar espaçamento duplo entre o titulo
e inicio do texto.
equação que relaciona a refletividade do radar e a precipitação estimada pelo radar. Essa
relação, largamente conhecida por relação Z-R, pode ser derivada de observações das
distribuições dos tamanhos de gotas de chuva usando disdrômetros, pluviômetros e medições
do radar.

A relação Z-R, além de permitir a avaliação da quantidade de precipitação que cai em


uma determinada região ou área de uma maneira mais precisa ela é importante e indispensável
para a calibração do radar. Um dos grandes problemas que tem sido encontrado na medição
da quantidade de precipitação usando radar meteorológico é a variabilidade da relação entre o
fator refletividade do radar (Z) e a taxa ou intensidade de precipitação (R). Relações na forma
Z = aRb tem sido adotadas com frequência, mas o problema reside na escolha dos coeficientes
a e b, porque esses valores variam consideravelmente de caso para caso assim como durante Commented [M76]: Verificar vírgula.

um mesmo evento (MASSAMBANI and RODRIGUES, 1988).

Basicamente existem dois métodos largamente aplicados para determinar os


coeficientes a e b, o meteorológico e o estatístico. O método meteorológico consiste em
calcular a taxa de precipitação (R) e a refletividade (Z) diretamente da distribuição do
tamanho de gotas de chuva e posteriormente determinar os valores dos coeficientes. São
considerados dados do radar e de pelo menos um pluviômetro da área coberta pelo radar
(MOREIRA, 2005).

A determinação de a e b da relação Z-R baseada em métodos estatísticos consistem


em calcular, separadamente, os valores da refletividade (Z) e da taxa de precipitação (R)
utilizando, para tal efeito, dados obtidos por disdrômetros da área de abrangência do radar. A
validação da relação Z-R resultante passa, necessariamente, por diversas comparações com
dados do radar e medições de, pelo menos um pluviômetro da rede, principalmente se a
relação for resultado de dados do disdrômetro.

Os coeficientes a e b da relação Z-R variam à medida que são consideradas várias e


diferentes amostras para a sua determinação. Esses coeficientes apresentam comportamentos
diferentes, em relação a sua variação, com a tendendo a aumentar e o b a diminuir com o
aumento da intensidade da convecção durante a chuva (QUINTÃO, 2004).
34

Sauvageut (1992) destaca dois grupos de fatores responsáveis pela variação dos
coeficientes da relação Z-R: Local, geografia e climatologia; e Estrutura das nuvens. 1º: Local,
geografia e climatologia: altura da troposfera, orografia, efeitos de regiões litorâneas, latitude,
umidade e vários outros fatores cuja ação varia com a época do ano, dinâmica, termodinâmica
e processos da microfísica da nuvem que possa alterar a concentração de gotas por unidade de
volume. 2º: Estrutura das nuvens: a concentração de gotas por unidade de volume varia
consideravelmente em uma nuvem ou tempestade, e para de Hess et al., (1998) e Rosenfeld
and Lenky (1998) essa concentração muda de acordo com o local de formação da nuvem ou
localização da nuvem assim como o tipo de nuvem. Commented [M77]: Verificar vírgula.
Commented [M78]: Texto confuso, refazer! Problemas na
A importância da aplicação da tecnologia de radar meteorológico para medição da pontuação.

precipitação consiste, principalmente, no refinamento dado às informações da chuva ocorrida


em uma certa área, onde as medidas são feitas com alta resolução espacial e temporal e em Commented [M79]: Certa, somente!

tempo real (EMIDIO and LANDIM, 2008).

Os diferentes tipos e regimes de precipitação, independentemente da região de


ocorrência, geram várias relações Z-R. Contudo, há necessidade de adotar critérios que
permitam determinar relação Z-R representativa dos diferentes tipos e regimes de
precipitação. É importante compreender o comportamento da distribuição da precipitação, Commented [M80]: Texto confuso, verificar!

tendo em vista que os diferentes regimes e padrões da precipitação determinam o clima, a


produtividade e o desenvolvimento de uma região, assegurada aos setores econômicos, da
agricultura, indústria, turismo, comércio, energia, transporte, comunicação, entre outros
(EMIDIO and LANDIM, 2008).

Há muito tempo, investigadores vem se debatendo com a análise e interpretação de


dados de radar. Em 1947 Marshall, Langille e Palmer estudaram a relação entre a precipitação
e a refletividade do radar, para diferentes locais e tipos de chuva, tendo obtido para Commented [M81]: Quais os locais ou tipos de chuvas que
tiveram esses valores de a e b.
coeficientes a=190 e b=1,72, que foram revistos por Marshall and Palmer no ano seguinte.
Em 1948 Wexler (CHILSON, 2008) analisou 8 intensidades diferentes de chuva com uma Commented [M82]: Analisou a chuva para qual local????

media de 10 tempestades em cada intensidade. Obteve, para coeficientes, a=320 e b=1,44.


Desde então vários investigadores, de diferentes partes do mundo, dedicam-se a analisar os
comportamentos ou relações da refletividade de radar e intensidade ou taxa de precipitação
para diferentes latitudes, como forma de suprir a dificuldade de estimar a quantidade de
precipitação de uma forma mais precisa e continua.
35

As relações Z-R são dependentes do tipo de precipitação (convectiva, frente fria,


mista), da estação do ano (verão, inverno), localização geográfica (trópicos, continentes,
oceanos, médias latitudes), tipo de nuvem, etc (DOMENICO and SCHWARTZ, 1990).
Nzeukou et al., (2003) consideraram o critério de 10 mmh-1 para diferenciar eventos de
precipitação estratiforme e convectivas como uma forma mais adequada para analisar a
relação entre a refletividade (Z) e a taxa de precipitação (R). Em relação ao comportamento da
relação Z-R para os eventos separados em estratiformes e convectivos foram obtidos a = 162 e
b = 1,48 para chuva convectiva e a = 371 e b= 1,24 para chuva estratiforme. No mesmo
estudo obtiveram a =368 e b=1,24 para a relação Z-R geral.

António (2000) em seu estudo que visava determinar a relação entre a refletividade Z
[mm6m-3] e a intensidade da precipitação R [mmh-1] para diferentes eventos de precipitação
comparou dados de refletividade do radar, do sistema de radades de Bauru, com dados de Commented [M83]: Sistema de radares de São Paulo!!

disdrometros Joss Waldvogel, instalados em Botucatu e Garça. Foram obtidas 12 relações Z-


R, sendo 6 para Botucatu e igual número para Garça, tabela 2.1.

Tabela 2.1 Valores dos coeficientes das relações Z –R disdrométricas – acumulações de 1 minuto.
FONTE: António (2000). Commented [M84]: Tem verificar tamanho de fonte,
espaçamento, a formatação geral para tabela na BNT.
a b r a b r
Botucatu Garça
a b r a b r

15.10.1997 394,9 1,41 0,99 20.09.1997 402,4 1,34 0,96

16.10.1997 212,7 1,24 0,98 25.09.1997 260,7 1,39 0,98

25.10.1997 206,1 1,31 0,98 29.09.1997 437,7 1,38 0,97

26.10.1997 224,9 1,22 0,98 06.10.1997 239,7 1,38 0,98

30.10.1997 273,3 1,21 0,95 16.10.1997 290,1 1,38 0,98

Geral 236,0 1,26 0,97 Geral 316,0 1,34 0,97

*r – Coeficiente de correlação Commented [M85]: As tabelas precisam ser todas formatadas


com tabela. Uma tabela não pode ser fechada nas laterais, corre o
risco de vira quadro.

Tenório et al., (2010) além de diferenciarem os eventos de precipitação considerando


o critério 10 mmh-1 adotaram um critério considerando a duração temporal T ≥ 20 minutos e
precipitação acumulada Rac ≥ 10 mm para obter relações Z-R de eventos especiais. Foram
obtidas relações Z= 167,8R1, 26; [r2= 0,70] para eventos de chuva estratiforme e Z= 65,46
36

R1,69; [r2= 0.84] para eventos de chuva convectiva. A relação Z-R geral para a costa leste do
nordeste brasileiro obtida foi Z = 176,5 R 1,29; [r2 = 0,83].

OBSERVAÇÃO: Commented [M86]: Você esqueceu de cita as relações Z-R para


chuvas marítimas e continentais. Tb as variações de Z-R que
acontece em diferentes meses, sobre a influencia de diferentes
sistemas meteorológico, tudo isso encontra-se em Moraes, 2003 e
Moraes, 2011.
37

2.10 Conclusão

Esse capítulo permitiu concluir que são vários os mecanismos que geram
precipitação na costa leste do nordeste do Brasil, mas que os valores de precipitação mais
altos ocorrem, em muitos casos, quando dois ou mais mecanismos se associam ou ocorrem
simultaneamente. Uma relação Z-R determinada de amostras de precipitação colhidas no local
onde está instalado certo radar é a ideal para sua calibração, porque as caraterísticas das
precipitações variam de lugar pra lugar. Dessa maneira ficam garantidas medições eficientes,
da chuva, pelo radar. Nos últimos anos a distribuições de tamanhos de gotas de chuva tem
constituído uma ferramenta chave em vários estudos ambientais e não só, buscando respostas
a várias inquietações tais como remoção de poluentes, caraterísticas da precipitação, erosão
dos solos, diminuição da perda de sinal nos sistemas ou meios de comunicação, entre outros. Commented [M87]: Poderia melhorar essa conclusão. Você
poderia abordar iniciado com conhecimento da física das nuvens,
associar com as característica das chuvas, falava da importância de
entender os sistemas meteorológico e finalizava com importância
da determinação Z-R nessa região.
38

CAPITULO 3

3 SÍTIO EXPERIMENTAL, INSTRUMENTAÇÃO E TÉCNICAS DE ANÁLISE

As análises feitas na presente pesquisa tiveram como base dados de precipitação Commented [M88]: Chuva!!!!

medidas pelo disdrômetro OTT Parsivel2, operacional desde outubro de 2013 até o presente.
Neste capítulo abordam-se as diferentes caraterísticas do OTT Parsivel2, princípio de Commented [M89]: Tirei a palavra presente que já tinha sito
escrita no final do paragrafo anterior e inseri a palavra Neste.
funcionamento, descrição do local de estudo e a metodologia usada.

3.1 Área de estudo

A costa leste de nordeste do Brasil compreende a faixa litorânea que vai da Bahia Commented [M90]: Verificar espaçamento entre final de
subtópicos e inicio de tópicos. Espaçamento muito grande, verificar
(BA) ao Rio Grande do Norte (RN). O Estado da Bahia tem a maior a maior extensão as normas da BNT.

litorânea e a sua temperatura média anual é de 22 ºc. Sergipe ocupa uma área de apenas 0,26 Commented [M91]: Retire esse comentário, a temperatura não
e importante e sim o valor da extensão de cada litoral (Sergipe e
% do território nacional. A configuração do sua faixa litoral permite penetração dos ventos Bahia). Faltou falar a extensão de Alagoas!

úmidos provenientes do oceano e a precipitação média anual, ao longo da faixa costeira, é de


1200 mm. No Estado de Alagoas predomina o clima do tipo tropical, com temperatura média Commented [M92]: Esse valor é pra faixa costeira leste??

anual de 24 ºc. Em Pernambuco predomina o clima tropical atlântico, na faixa litorânea.


Ocupa o segundo lugar no contexto econômico da região da região. A maior parte do estado
de Paraíba encontra-se no polígono das secas, juntamente com o RN (Da Silva,2002). Commented [M93]: As características de Pernambuco não são
importantes para O seu trabalho. Vc tem falar de Alagoas!! Qual a
importância dela na região nordeste do Brasil. Retire esse paragrafo
O presente estudo foi desenvolvido em Maceió, no Campus A. C. Simões, da e fale de Alagoas. Vc você tem que falar de Alagoas para depois
falar de Maceió, onde foi instalado o equipamento.
Universidade federal de Alagoas na área experimental do Sistema de Radar Meteorológico de Commented [M94]: Verificar essa expressão!!!

Alagoas – SIRMAL, figura 3.1. Os dados analisados foram coletados de outubro de 2013 a Commented [M95]: A figura 3.1 tá horrível!!! É melhor
trocar!!! Talvez André possa ajudar.
maio de 2014, correspondentes a 61 horas de observação, tabela 3.1. Commented [M96]: A tabela 3.1, e todas as outras tabelas
precisam ser formatadas. As tabelas não são fechadas nas laterais.
39

Tabela 3.1 Evolução dos dados utilizados na análise

Mês Número de gotas Duração total dos


de chuva por mês DTG (por minuto) eventos de chuva
Outubro de 2013 17726 75 1 h 15 min
Novembro de 2013 266471 639 10 h 39 min
Dezembro de 2013 131773 397 6 h 37 min
Janeiro de 2014 141172 497 8 h 17 min
Fevereiro de 2014 175 466 360 6h
Março de 2014 222 986 581 9 h 41 min
Abril de 2014 206 622 426 7 h 6 min
Maio de 2014 287 926 756 12 h 36 min
40

Figura 3.1 Mapa de localização da área de estudo


Fonte: Adaptado de Castro et al., (2012); Moraes (2003). Commented [M97]: Tanto a tabela como a figura precisa ser
melhorada e colocada dentro do texto de forma harmônica.

3.2 Instrumento de medição

Os dados utilizados nas análises feitas foram medidos por um Disdrômetro óptico, a
laser, OTT Parsivel², desenvolvido para medição mais abrangente de todos os tipos de
41

precipitação. “O equipamento, Disdrômetro OTT Parsivel2, está instalado na área


experimental do Sistema de Radar Meteorológico de Alagoas - SIRMAL a 80 metros do nível
médio do mar e coordenadas 9º 33’ 17,24” Sul e 35º 46’ 54,84” Oeste.

Segundo o manual de instruções operacionais do “Present weather sensor OTT


Parsivel2”, esse instrumento mede o tamanho e velocidade das partículas de precipitação
individuais e um processador de sinal classifica o tipo de precipitação, bem como a
quantidade e intensidade. Esse instrumento mede precipitação líquida e sólida e suas
velocidades correspondentes. A faixa de medição dos tamanhos de gotas de precipitação
liquida varia de 0,2 a 5 mm. Para partículas precipitantes na forma sólida, seus diâmetros
variam de 0,2 a 25 mm. As velocidades correspondentes variam de 0,2 a 20 m/s. As partículas Commented [M98]: Qual velocidade?? Velocidade vertical de
queda???É necessário explicar com detalhes.
de precipitação são categorizadas da seguinte maneira:

 Chuvisco,
 Chuvisco com chuva,
 Chuva,
 Chuva, chuvisco e neve,
 Neve,
 Grãos de neve,
 Chuva congelada e
 Granizo

A medição da precipitação é feita por meio de um sensor principal especial,


desenvolvido particularmente para esse propósito. A detecção da precipitação é feita
opticamente. Os dados assim determinados são processados e armazenados por um
processador de sinal digital, rápido. O Disdrômetro emite um telegrama de dados a cada 60
segundos.
42

Figura 3.2 Disdrômetro OTT Parsivel2 localizado na área externa do sistema de radar meteorológico de Commented [M99]: Não foi citada essa figura no texto. Todas
Alagoas. as Figuras, tabelas, gráficos, equações, precisam ser citada dentro
do texto. Figura precisa também ser formatada e identificada com
detalhes.

Tabela 3.2 Algumas caraterísticas do OTT parsivel2 Commented [M100]: Figura solta no texto. Precisa ser citada
no texto e formatada como tabela, como explicado nas tabelas
anteriores.
Sensor ótico Diodo laser
Comprimento de onda 780 nm
Área de medição 54 cm2
Tamanho do feixe 180 x 30 mm
± 1 classes de diâmetro 0,2 a 2 mm
Precisão na medição da precipitação ± 0,5 classes de diâmetros maior que 2 mm
Precisão na medição da quantidade ± 5% precipitação líquida
da precipitação ± 20 % precipitação sólida
-40 a + 70ºc
Condições ambientais 0 a 100% Ur
Refletividade do radar 9,9 a 99 dbz ± 20 %
Dimensões 670 x 600 x 114 mm
Visibilidade 100 a 5000 ± 10 %
43

3.2.1 Princípio de funcionamento do Disdrômetro OTT Parsivel2

A teoria por detrás do OTT Parsivel2 é um sensor laser que produz uma faixa
horizontal de luz. O emissor e o receptor estão integrados em uma caixa de proteção
individual. Commented [M101]: Verificar espaçamento entre texto.

Figura 3.3 Princípio de funcionamento de OTT Parsivel2 Commented [M102]: Figura posicionada no lugar errado, o
ideal é ficar depois do texto.

Fonte: Manual de instruções operacionais do “Present weather sensor OTT Parsivel2” Commented [M103]: Verificar espaçamento entre texto e
figura.

3.2.1.1 Medição do tamanho da partícula precipitante

Se não há partículas no feixe de laser, figura 3.3, a tensão de saída máxima é Commented [M104]: O ideal é que essa figura venha depois do
texto.
totalmente direcionada para o receptor. Partículas de precipitação que passam através do feixe
de laser bloqueiam uma parte do feixe correspondente ao seu diâmetro, reduzindo assim a
tensão de saída. Desta forma determina-se o tamanho da partícula.
44

3.2.1.2 Medição da velocidade da partícula

Para determinar a velocidade da partícula precipitante mede-se a duração do sinal.


Um sinal começa assim que uma partícula de precipitação entra na faixa de luz e termina
quando ela sai totalmente da faixa de luz laser. O espectro dos tamanhos, tipo de precipitação,
energia cinética, intensidade de precipitação, refletividade do radar e visibilidade horizontal
são parâmetro derivados das medições de velocidade e tamanho das partículas.

3.2.1.3 Classificação dos tipos de precipitação

Depois que são determinados os diâmetros dos volumes equivalentes (D) e as


velocidades das partículas (V), o OTT Parsivel2 subdivide as partículas em classes
apropriadas. As partículas medidas são subdivididas em 32 classes de diâmetro (D) e 32
classes de velocidade (V), tabela 3.3.

Observação: Commented [M105]: Sugiro que os sub-tópicos: 3.2.1.1,


3.2.1.2 e 3.2.1.3 se transformem em um único sub-tópicos. Fazer
um único texto falando de cada sub-tópicos. Do jeito que tá é sub-
tópico muito curto.
45

Tabela 3.3 Classificação de acordo com diâmetro e velocidade da partícula Commented [M106]: Formata tabela!

Classe de diâmetros Classe de velocidades


(mm) (m/s)
Classe Diâmetro
médio Largura Velocidade Largura da
da classe média classe
1 0,062 0,125 0,050 0,100
2 0,187 0,125 0,150 0,100
3 0,312 0,125 0,250 0,100
4 0,437 0,125 0,350 0,100
5 0,562 0,125 0,450 0,100
6 0,687 0,125 0,550 0,100
7 0,812 0,125 0,650 0,100
8 0,937 0,125 0,750 0,100
9 1,062 0,125 0,850 0,100
10 1,187 0,125 0,950 0,100
11 1,375 0,250 1,100 0,200
12 1,625 0,250 1,300 0,200
13 1,875 0,250 1,500 0,200
14 2,125 0,250 1,700 0,200
15 2,375 0,250 1,900 0,200
16 2,750 0,500 2,200 0,400
17 3,250 0,500 2,600 0,400
18 3,750 0,500 3,000 0,400
19 4,250 0,500 3,400 0,400
20 4,750 0,500 3,800 0,400
21 5,500 1,000 4,400 0,800
22 6,500 1,000 5,200 0,800
23 7,500 1,000 6,000 0,800
24 8,500 1,000 6,800 0,800
25 9,500 1,000 7,600 0,800
26 11,000 2,000 8,800 1,600
27 13,000 2,000 10,400 1,600
28 15,000 2,000 12,000 1,600
29 17,000 2,000 13,600 1,600
30 19,000 2,000 15,200 1,600
31 21,500 3,000 17,600 3,200
32 24,500 3,000 20,800 3,200
46

3.3 Técnicas de análise de dados

Os dados analisados no presente estudo, primeiramente foram convertidos do seu


formato original para o formato txt e organizado em planilhas de registros mensais para todo o
período de estudo. Foram criteriosamente analisados, por forma a evitar a presença de
registros de valores impróprios a esse tipo de series e processados com auxilio do programa
Microsoft Excel 2010.

Para determinar a expressão que relaciona a refletividade do radar à intensidade da


precipitação foram considerados valores de intensidade de precipitação 0,001mm/h ≤ R ≤
1200 mm/h e de refletividade 9,9 ≤ Z ≤ 99 dbz.

Como uma forma de alcançar os objetivos foi considerado o critério de classificação


de precipitação estratiforme e convectiva pelo método 10 mmh-1 > R ≥ 10 mmh-1 para
determinar as relações Z-R correspondentes aos eventos estratiformes e convectivos mensais
assim como determinar o diâmetro das gotas frequentes em eventos de precipitação. Para a Commented [M107]: Verificar vírgula.

relação Z-R geral foram considerados todos dados da série. Gráficos e tabelas de frequência
de ocorrência foram usadas para analisar os períodos de ocorrência de chuva assim como as Commented [M108]: Verificar vírgula.

intensidades de precipitação.

3.3.1 A Intensidade da precipitação (R)

Os valores da intensidade de precipitação R, mm/h, usados para diferentes análises


são calculados e fornecidos pelo Disdrômetro, do qual se obtiveram as amostras, pela equação
seguinte:

 1 nkl Commented [M109]: Alinha a equação a direita.


R  3.6 10 3     ni  Di3 mm h
6 S  t i 1 (07)
47

3.3.2 A Refletividade do radar (Z)

A semelhança da intensidade de precipitação, a refletividade Z do radar também é


fornecida pelo Disdrômetro, dbz, a cada minuto. A aplicação deste parâmetro, nos diferentes
cálculos da relação Z-R, dependeu da conversão de unidade de refletividade Z(dbz) para
refletividade do radar Z(mm6m-3) pela equação seguinte:

Z(dbz) = 10*log10 [Z(mm6m-3)] (08) Commented [M110]: Alinhar a equação a direita.

3.3.2.1 A Relação Z-R

3.3.2.1.1 Os Coeficientes a e b

Para determinar a relação Z-R, na forma Z = aRb, é necessário calcular os


coeficientes a e b da equação acima. Segundo Moraes (2003) a determinação de a e b é
possível aplicando o conceito de logaritmo à equação da relação Z-R.

Seja
Z = aRb (09)

lnZ = lna + blnR (10)

considerando que

Y = ln Z; α = lna, β = b e X = lnR, e substituindo na equação (09)


resultará em:

Y= α+βX (11) Commented [M111]: Alinhar as equações a direita.

Pelo método da regressão linear simples de Z [mm6m-3] e R [mm/h] determinam-se


os valores dos coeficientes a e b da relação Z = aRb
48

Usando este método foram determinadas as diferentes relações Z-R. Commented [M112]: Não há necessidade deste texto, na
explicação anterior, isso já ficou subtendido.

A expressão que relaciona a refletividade do radar Z com a intensidade de


precipitação R obtida foi comparada a relação determinada por Moraes (2003). Durante o
processo de comparação dessas expressões foram considerados os espectros de gotas de chuva
de todos os meses assim como de eventos específicos, escolhidos de maneira aleatória nos Commented [M113]: Verificar vírgula.

eventos de precipitação de cada mês.

3.4 A Densidade de probabilidade

A mais importante distribuição de probabilidades para descrever uma vaiável aletória


contínua é a distribuição normal de probabilidades. Ela tem sido usada em várias aplicações
práticas cujas variáveis aleatórias podem ser índices de precipitação pluviométrica, medições
cientificas, entre outras. O uso dessa distribuição exige que a variável seja contínua
(ANDERSON et al 2002).

Segundo Mirshawka (1971) a função densidade da probabilidade da distribuição log-


normal a dois ou três parâmetros é representada pela seguinte equação. Segundo Sauvageot Commented [M114]: Qual equação??

(1994) e Owolawi (2011) a função densidade de probabilidade pode ser representada pela
distribuição log-normal. Ambos aplicaram essa função à taxa de precipitação e diâmetros de
gotas respectivamente. Commented [M115]: Melhorar o texto!!

[ln(𝑥−𝑎)−𝜇]2 Commented [M116]: Alinhar a direita


1 −
𝑓(𝑥) = 𝑒 2𝜎2 (12)
(𝑥−𝑎)𝜎√2𝜋

Aplicou-se a f(x) ao espetro de gotas de chuva com objetivo de analisar o tipo de


chuva, os diâmetros de gotas chuva mais frequentes durante os eventos de precipitação que
têm intensidades R < 10 mmh-1.

Onde:

F(x) é a probabilidade da variável ser menor ou igual a x; Commented [M117]: Verificar espaçamento e alinhar a
esquerda.
49

X é o valor da variável aleatória;

µ é a média dos logaritmos da variável x;

a é o limite inferior da amostra e

𝜎⁡é⁡o⁡desvio⁡padrão
50

CAPÍTULO 4

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A precipitação na região tropical é o elemento meteorológico de maior importância, Commented [M118]: Não cabe aqui... Sugiro que retire esse
paragrafo e coloque no capitulo 2, onde vc fala de precipitação.
pois é o que apresenta maior variação em termos de mudanças sazonais, e é o principal fator
na utilização da subdivisão do clima numa região. A grande variabilidade de intensidade e, de
uma forma geral, as características estruturais das precipitações são algumas das maiores
dificuldades encontradas na parametrização dos campos de chuva. Esses problemas são
particularmente sentidos dentro dos modelos de circulação geral e previsão do tempo. O
conhecimento mais detalhado, tendo como foco principal alguns fatores da microfísica da
chuva, principalmente para uma região com grande escassez sobre esse assunto é de
fundamenta importância (MORAES et al 2004). Commented [M119]: Vc pode iniciar esse capitulo falando
como foi a distribuição de chuva durante seu período de estudo, se
os valores mensais de chuva, se ficaram acima ou abaixo da media,
etc. por exemplo... seguir o CLIMANALISE CPTEC ou comparar com
4.1 Chuvas convectivas e estratiformes a climatologia...
Commented [M120]: Não consta no texto original, mas é
necessário para ficar mais organizado!

A figura 4.1 consiste de vários episódios de precipitação nos quais tenham sido Commented [M121]: Quais esses episódios de precipitação, no
gráfico não dar para entender. Vc tem que detalhar suas
registradas ocorrências de eventos que tenham intensidades R ≥ 10 mmh-1. Os eventos de informações. Tudo tem que ficar bem claro (esclarecido).
Commented [M122]: Retirar do texto e substitua por foram (
precipitação de intensidades R ≥ 10 mmh-1 ocorrem na sua totalidade embebidos em eventos nos quais foram registradas a ocorrência....)

estratiformes. Mesmo em eventos de precipitação gerados por sistemas convectivos a Commented [M123]: Substituir por EMBUTIDOS não é
melhor?
precipitação predominante tem intensidades R < 10 mmh-1.
51

Commented [M124]: Acho que o gráfico precisa ser


12
melhorado. As informações das datas dos eventos não estão
legíveis. Sugiro um gráfico de barra, mas pode ser de linha, só que
10
precisa ser melhorar.

8
R (mm/h)

0
22.11.2013

22.11.2013

22.11.2013

22.11.2013

22.11.2013

22.11.2013

22.11.2013

28.01.2014

28.01.2014

28.01.2014

28.01.2014

28.01.2014

06.02.2014

06.02.2014

06.02.2014

06.02.2014

06.02.2014
Tempo( dias)

Figura 4.1 Frequência de ocorrência de eventos de intensidade R ≥ 10 e R<10 mmh-1

Observação1: Commented [M125]: Acho que esses eventos de chuva não são
tão representativos para mostra que as chuvas convectivas estão
embutidas nas estratiformes. Selecione outras amostras onde a
intensidade da chuva foi maior ou bem maior.

Observação 2: Commented [M126]: Vc poderia fazer uma tabela mensal de


quantidade de chuva estratiforme e convectiva em cada mês, para
verificar sua contribuição mensal por min. Associar essas
informações com a atuação ou ausência dos sistemas
meteorológicos atuante na época do ano.
4.2 Relação Z-R Commented [M127]: Não consta no texto original. Os
resultados tem que ser mostrado em tópicos, caso contrário, fica
4.2.1 Relação Z-R (mensal) tudo uma mistura só.
Commented [M128]: Esse texto não consta no texto original.
Analisando a evolução dos coeficientes a e b das relações Z-R mensais, tabela 4.1 e
figuras 4.12 a 4.19, nota-se que o maior valor de a foi encontrado para o mês de maio e o
menor para Fevereiro. Em relação aos valores de b o maior valor foi calculado para os meses
de janeiro, fevereiro e abril enquanto que o menor foi registrado no mês de outubro. O
coeficiente b teve uma variação máxima de 0,11 por outro lado o coeficiente a teve a variação
máxima superior a cem. Segundo a escala de classificação dos valores de coeficientes de Commented [M129]: Retiar do texto!!!

correlação de Pearson (r), tabela 4.2, as correlações entre intensidade da precipitação e a


refletividade do radar, de outubro de 2013 a maio de 2014, apresentam valores que as
classificam de alta (0,88) nos meses de outubro, novembro, dezembro e março; a quase
perfeita (0,97) em abril incluindo as correlações das relações Z-R geral e para eventos
estratiformes. Commented [M130]: Não basta apenas escrever os valores e
dizer os meses com máximo e mínimo a e b. Vc tem que explicar
porque isso aconteceu, principalmente o coeficiente b, pois esse
representa o valor médio de Z (representado na curva encontrada
através do ajuste).
Commented [M131]: Vc tem que analisar DTG de cada mês
para obter resposta.
52

Tabela 4.1 variação dos coeficientes a e b Commented [M132]: Formatar tabela ou quadro. Verifique os
conceitos de quadro e tabela.

Mês de ocorrência DTG a b r

Outubro 75 132,58 1,26 0,88

Novembro 641 125,68 1,19 0,88

Dezembro 398 117,68 1,27 0,88

Janeiro 498 133,48 1,30 0,91

Fevereiro 361 103,22 1,30 0,94

Março 582 110,49 1,24 0,87

Abril 427 107,04 1,30 0,97

Maio 755 147,77 1,27 0,93

GERAL 123,36 1,27 0,91

r = coeficiente de correlação

Tabela 4.2 Classificação dos valores do coeficiente de correlação de Pearson (r ) Commented [M133]: Retirar do texto essa tabela.

Coeficiente de correlação Classificação


(r)
0,0 a 0,1 Muito baixa

0,1 a 0,3 Baixa

0,3 a 0,5 Moderada

0,5 a 0,7 Alta

0,7 a 0,9 Muito alta

0,9 a 1,0 Quase perfeita


53

Fonte: Hopkins (2000)

4.2.2 Relação Z-R (estratiforme e convectiva) Commented [M134]: Esse texto não consta no texto original.

À semelhança encontrada nas expressões que relacionam a intensidade da Commented [M135]: Vc poderia discutir aqui nesse paragrafo
os valores encontrado da relação Z-R geral determinado em
precipitação R e a refletividade do radar Z, geral, Z = 123,36 R1,27, e para eventos 2003(com amostra e períodos diferentes) e o encontrado agora
(2014) por vc.
estratiformes (figura 4.2), assim como a maior frequência de ocorrência de eventos de
Commented [M136]: Verificar vírgula.
precipitação com intensidades inferiores a 10 mmh-1 permitem uma visão mais detalhada do
tipo de chuvas predominantes na costa leste do nordeste brasileiro.

O processo de seleção dos dados, principalmente por esses apresentarem gotas de


dimensões enormes contribuiu para a redução de valores com intensidades igual ou superiores
a 10 mmh-1, consequentemente a correlação entre as grandezas R e Z não produziu resultados
esperados,. Figura 4.3. Commented [M137]: Retire esse paragrafo do texto. NÃO
ALCANÇOU O RESULTADO ESPERADO!!!!

PONTOS FORA DA RETA!!!!

ESTRATIFORME GERAL
100000

10000

Z = 123,16 R1,26
r = 0,91
Z (mm6m-3)

1000

100

10

1
0.01 0.1 1 10
R(mm/h)

Figura 4.2 Relação Z-R geral de eventos estratiformes Commented [M138]: Os rótulos do eixo x e y estão muito
estranhos, precisam ser melhorados. Talvez dessa forma fiquem
melhores.
54

1.E+04
CONVECTIVO GERAL

1.E+03
Z = 1,5856 R3,19
r = 0,68
Z (mm6m-3)

1.E+02

1.E+01

1.E+00
1.E+00 1.E+01 1.E+02
R (mm/h)

Figura 4.3 Ração Z-R Geral de eventos convectivos Commented [M139]: Modificar a figura e formata.

Observação: Commented [M140]: deste texto abaixo e todas as figuras da


relação Z-R mensal tem que ficar no tópico 4.2.1, criado por mim
para organizar os resultados.
Fazendo análise das figuras 4.2 a 4.11 os coeficientes a e b das diferentes relações Z- Commented [M141]: Esse comentario deveria está abaixo da
figura 4.11, ou seja, depois de todas as figuras. Acho que vc poderia
R demonstraram comportamentos relacionados às intensidades da precipitação registradas. De discutir mais sobres esses resultados, são 10 figuras que vc quer
resumir 4 linhas. Compare com valores encontrados em 2003.
forma generalizada, os valores do coeficiente a diminuem de magnitude à medida que as
intensidades aumentam e o comportamento inverso foi verificado no coeficiente b, que
concorda com Quintão (2004). Commented [M142]: O que Quintão falou em 2004 que vc está
concordando??????
55

1.E+04
OUTUBRO 2013

1.E+03
Z = 132,58 R1,26
r = 0,88
Z(mm6m-3)

1.E+02

1.E+01

1.E+00
1.E-02 1.E-01 1.E+00 1.E+01
R(mm/h)

Figura 4.4 Relação Z-R para o mês de Outubro de 2013 Commented [M143]: Melhorar e formatar figura.

NOVEMBRO 2013

1.E+04

Z = 125,68 R1,19
1.E+03
r = 0,88
Z(mm6m-3)

1.E+02

1.E+01

1.E+00
1.E-02 1.E-01 1.E+00 1.E+01
R(mm/h)

Figura 4.5 Relação Z-R para o mês de Novembro de 2013 Commented [M144]: Melhorar e formatar figura.
56

DEZEMBRO 2013

1.E+04

1.E+03
Z(mm6m-3)

Z = 117,68 R1,27
r= 0,88
1.E+02

1.E+01

1.E+00
1.E-02 1.E-01 1.E+00 1.E+01
R(mm/h)

Figura 4.6 Relação Z-R para o mês de Dezembro de 2013 Commented [M145]: Melhor e formata figura.

1.E+04 JANEIRO 2014

1.E+03

Z = 133,48R1,30
Z(mm6m-3)

r = 0,91
1.E+02

1.E+01

1.E+00
1.E-02 1.E-01 1.E+00 1.E+01
R(mm/h)

Figura 4.7 Relação Z-R para o mês de Janeiro de 2014 Commented [M146]: Melhorar e formata a figura.
57

FEVEREIRO 2014

1.E+03
Z = 103,22 R1,30
Z(mm6m-3)

r = 0,94
1.E+02

1.E+01

1.E+00
1.E-02 1.E-01 1.E+00 1.E+01
R(mm/h)

Figura 4.8 Relação Z-R para o mês de fevereiro de 2014 Commented [M147]: Melhorar e formatar a figura.

1.E+04 MARÇO 2014

1.E+03
Z = 110,49 R1,24
Z(mm6m-3)

r = 0,87
1.E+02

1.E+01

1.E+00
1.E-02 1.E-01 1.E+00 1.E+01
R (mm/h)

Figura 4.9 Relação Z-R para o mês de Março de 2014 Commented [M148]: Melhorar e formata a figura.
58

ABRIL 2014
1.E+04

1.E+03

Z = 107,04 R1,30
Z (mm6m-3)

r = 0,97
1.E+02

1.E+01

1.E+00
1.E-02 1.E-01 1.E+00 1.E+01
R (mm/h)

Figura 4.10 Relação Z-R para o mês de Abril de 2014 Commented [M149]: Melhorar e formata as figuras.

1.E+04 MAIO 2014

1.E+03
Z = 147,77 R1,27
Z(mm6m-3)

r = 0,93
1.E+02

1.E+01

1.E+00
1.E-02 1.E-01 1.E+00 1.E+01
R (mm/h)

Figura 4.11 Relação Z-R para o mês de Maio de 2014 Commented [M150]: Melhorar e formata as figuras.
59

Durante o estudo foram comparados os coeficientes a e b resultados da presente


pesquisa com os de Moraes (2003) resultados de análises de distribuições de tamanhos de
gotas de chuva da mesma região e obtidos por instrumentos de medição diferentes, nos meses
de dezembro a maio. Notaram-se diferenças nesses coeficientes e que a maior diferença foi
verificada nos valores do coeficiente a. Os valores do coeficiente a da presente pesquisa são
os mais baixos. Há casos em que a diferença chega a centena nos meses de Janeiro e
Fevereiro, enquanto que os valores de b variam pouco, ou seja são muito próximos, e em
alguns casos são iguais. Tais diferenças podem ser explicadas por Sauvageut (1992). A
variação dos valores dos coeficientes b oferece segurança de que esses valores são típicos da
região e caraterísticos das chuvas registradas na costa leste do NEB.

4.2.3 Relação Z-R (Geral) Commented [M151]: Esse texto não consta no texto original.
Precisa ser inserido para uma melhor organização das ideias.

Relação ZR geral dessa pesquisa, figura 4.12, foi comparada como a obtida por
Moraes (2003) Z = 176,5 R1,29 [r = 0,83], considerando dados de refletividade e intensidade
de precipitação de outubro de 2013 a maio de 2014. Analisando as figuras 4.13 a 2.28 Obtidas
das relações de Moraes (2003) e Tayob (2014) constata-se que ambas têm comportamentos
semelhantes, superestimam e subestimam para mesmos valores de entrada. A pesar da
diferença nos coeficientes a e b das expressões, os resultados mostraram concordância.
Contudo, a evolução da refletividade Z, das duas relações, tem o mesmo comportamento da
refletividade Z do radar. As médias das saídas de relações, comparadas com a saída do radar,
também demonstraram eficácia das relações, Z(dbz) Moraes = 20,16971, Z(dbz) Tayob =
20,11598 e Z(dbz) Radar = 20,11176. Para salientar essa comparação foram aplicadas as
equações, acima mencionadas, aos dados mensais e um evento selecionado aleatoriamente de
cada mês.
60

GERAL

1.E+04
Z = 123,36 R1,27
r= 0,91
1.E+03
Z (mm6m-3)

1.E+02

1.E+01

1.E+00
1.E-02 1.E-01 1.E+00 1.E+01 1.E+02
R (mm/h)

Figura 4.12 Relação Z-R Geral Commented [M152]: Modificar e formata o gráfico.
61

40
OUTUBRO DE 2013
35

30

25
Z(dbz)

20

15

10

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Tempo (min)

Figura 4.13 Comparação das relações ZR gerais, mês de outubro Commented [M153]: Melhorar e formata figura.

40
17 de outubro 2013
35

30

25
Z (dbz)

20

15

10

0
2:05:00 2:06:00 2:08:00 2:11:00 2:14:00 2:15:00
Tempo (min)

Figura 4.14 Comparação das relações ZR gerais, durante um evento no mês de


outubro Commented [M154]: Melhorar e formata figura.
62

45
NOVEMBRO 2013
40

35

30
Z (dbz)

25

20

15

10

0
1
7

97
13
19
25
31
37
43
49
55
61
67
73
79
85
91

103
109
115
121
127
Tempo (min)

Figura 4.15 Comparação das relações ZR gerais, durante o mês de novembro

40 5 de novembro de 2013
35

30

25
Z (dbz)

20

15

10

0
9:06:00 9:16:00 9:18:00 9:19:00 9:20:00 9:21:00 9:22:00
Tempo (min)

Figura 4.16 Comparação das relações ZR gerais, durante um evento no mês de


novembro Commented [M155]: Melhorar e formata figura.
63

40
DEZEMBRO 2013
35

30

25
Z (dbz)

20

15

10

0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45
Tempo (min)

Figura 4.17 Comparação das relações Z-R, durante o mês de dezembro Commented [M156]: Melhorar e formata figura.

40 1 de dezembro de 2013
35

30

25
Z (dbz)

20

15

10

0
2:31:00 2:34:00 0:12:00 2:31:00 2:35:00 2:37:00 2:38:00 2:39:00 3:01:00
Tempo (min)

Figura 4.18 Comparação das relações Z-R, durante o mês de dezembro Commented [M157]: Melhorar e formata figura.
64

40
JANEIRO 2014
35

30

25
Z (dbz)

20

15

10

0
1 4 7 101316192225283134374043464952555861646770737679828588919497
Tempo (min)

Figura 4.19 Comparação das relações Z-R no mês de Janeiro Commented [M158]: Melhorar e formata figura.

35 28 de Janeiro de 2014
30

25

20
Z (dbz)

15

10

0
3:08:00 3:09:00 3:11:00 3:12:00 3:14:00 3:15:00 3:20:00
Tempo ( min)

Figura 4.20 Comparação das relações ZR gerais, durante um evento no mês de


janeiro
65

40
FEVEREIRO 2014
35

30

25
Z (dbz)

20

15

10

0
1
5
9

65
13
17
21
25
29
33
37
41
45
49
53
57
61

69
73
77
81
85
89
93
97
101
Tempo (min)

Figura 4.21 Comparação das relações Z-R no mês de fevereiro

35 4 de Fevereiro

30

25

20
Z (dbz)

15

10

0
8:34:00 8:36:00 8:38:00 8:40:00 8:44:00 8:47:00
Tempo (min)

Figura 4.22 Comparação das relações ZR gerais, no evento do dia 4 de


fevereiro
66

40
MARÇO DE 2014
35

30

25
Z (dbz)

20

15

10

0
1
6

41

66
11
16
21
26
31
36

46
51
56
61

71
76
81
86
91
96
101
106
111
116
Tempo (min)

Figura 4.23 Comparação das relações Z-R gerais no mês de março

35
12 de Março de 2014
30

25

20
Z (dbz)

15

10

0
5:45:00 5:46:00 5:47:00 5:48:00 5:49:00 5:51:00 5:54:00 6:01:00
Tempo (min)

Figura 4.24 Comparação das relações ZR gerais no dia 12 de março


67

40 ABRIL DE 2014
35

30

25
Z (dbz)

20

15

10

0
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 73
Tempo (min)

Figura 4.25 comparação das relações Z-R no mês de abril

35
29 de Abril de 214
30

25

20
Z (dbz)

15

10

0
19:24:00 19:26:00 19:29:00 19:32:00 19:34:00 19:36:00 19:40:00 19:42:00 19:44:00
Tempo (min)

Figura 4.26 Comparação das relações ZR gerais no dia 29 de abril


68

40 MAIO DE 2014
35

30

25
Z (dbz)

20

15

10

0
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 73
Tempo (min)

Figura 4.27 Comparação das relações Z-R durante o mês de maio

40
2 de Maio de 2014
35

30

25
Z (dbz)

20

15

10

0
3:55:00 4:02:00 4:10:00 4:22:00 4:28:00 4:34:00 4:41:00 4:47:00 5:01:00 5:08:00
Tempo (min)

Figura 4.28 Comparação das relações ZR gerais no dia 2 de maio

4.3-Frequencia de Intensidade Commented [M159]: Não consta no texto original. Precisa ser
inserido para melhor organização das ideias.
69

Analisando as frequências de ocorrência das intensidades da precipitação, tabela 4.3,


verifica-se que no mês de maio houve maior frequência em quase todos os intervalos e que a
maior parte da precipitação tinha intensidades que chegavam a 8 mmh-1. Raras vezes foram
registradas intensidades superiores a 10 mmh-1. Os valores máximos de precipitação, de
outubro de 2013 a maio de 2014, variaram de 8,511 mmh-1 em Dezembro a 12,299 mmh-1 em
abril. As refletividades máximas Z variaram de 32,851 dbz, em março, a 37,375 dbz em abril.

Tabela 4.3 Frequência de ocorrência de intensidades de precipitação R (mmh-1) Commented [M160]: Formata tabela diminuir a fonte.

R mmh-1 Out Nov Dez Jan Fev Mar Abril Maio

[0-2] 70 521 356 443 285 508 316 116

[2,1-4] 4 81 28 40 38 53 56 118

[4,1-6] 0 24 9 8 17 14 36 64

[6,1-8] 0 10 5 6 15 5 11 26

[8,1-10] 1 4 2 0 2 2 3 10

[10,1-12] 0 1 0 1 4 0 3 4

[12,1-14] 0 0 0 0 0 0 2 0

R max 8,762 10,502 8,511 10,773 10,953 8,86 12,299 10,434

Z max 33,659 34,578 33,244 35,11 34,848 32,851 37,375 35,296

Considerando o critério de classificação de precipitação em convectiva e estratiforme


tendo em conta a taxa de precipitação R ≥ 10 mmh-1 e R < 10 mmh-1, respectivamente, a
precipitação ocorrida no período de outubro de 2013 a maio de 2014 pode ser considerada
estratiforme. Commented [M161]: Texto que deve ser inserido no tópico
sobre chuva estratiforme e convectiva.
Segundo a tabela 4.4, de maneira geral a precipitação ocorre mais do período noturno
até meados do período da manhã, mas a maior parte dos casos ocorrem das 21:00 horas às
09:30 horas, que concorda com Teixeira, 2008. A precipitação ocorre com mais frequência no
período das 00:00 horas às 5:00 horas locais seguido do período que vai de 05:00 horas às
70

10:00 horas. Raras vezes ocorre precipitação com essa intensidade no período das 12:00 horas
às 20:00 horas.

Tabela 4.4 Períodos de ocorrência de precipitação Commented [M162]: Formata tabela

TEMPO
HORAS Out Nov Dez Jan Fev Mar Abril Maio TOTAL

[00-05] 1 14 15 6 16 12 7 33 103

[05-10] 0 19 0 1 6 7 6 37 76

[10-15] 0 0 1 2 8 1 10 14 36

[15-20] 0 0 0 3 0 0 19 7 29

[20-24] 0 11 0 3 8 1 13 13 49

Onde:
Out = outubro
Nov = Novembro
Dez = Dezembro
Jan = Janeiro
Fev = Fevereiro Commented [M163]: Retirar do texto.

4.4- Funções densidade de probabilidade Commented [M164]: Não costa no texto original. Precisa ser
colocado para uma melhor organização das ideias.

A distribuição de tamanhos de gota, figura 4.29, baseada em gotas de diâmetros que


variam de 1 a 1.4 mm mostrou que a ocorrência de chuvas de intensidades inferiores a 10
mmh-1, ou seja, eventos de chuvas estratiformes, que cai na região de estudo é constituída de
gotas com diâmetros que variam de 0,2 mm a 1,3 mm. E que desse universo de precipitação,
cerca de 47%, é formada de gotas que têm diâmetro variando de 0,3 a 0,4 mm. Resultados
71

semelhantes foram encontrados por Moraes et al (2004) durante a análise dos eventos dos dias
29, 30 e 31 de janeiro de 2004, cuja precipitação era constituída de gotas de diâmetros
variando de 0,6 a 1,3 mm.

0.3

0.25
1,0 ≤ R ≤ 1,4 mmh-1
0.2
PDF (%)

0.15

0.1

0.05

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
D(mm)

Figura 4.29 Função densidade de probabilidade


72

CAPÍTULO 5

5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

Tendo em vista os objetivos a alcançar nessa pesquisa, analisar a precipitação e


determinar a relação Z-R para a costa do leste no NEB usando o Disdrômetro OTT Parsivel 2
pelos métodos de revisão bibliográfica, pesquisa laboratorial, determinação e análise de
correlações das intensidades de precipitação e refletividades do radar foi possível chegar a
seguintes conclusões:
 Apesar da ocorrência de chuvas geradas por sistemas convectivos, elas são de uma
forma geral, estratiformes e constituídas por gotas de diâmetros que variam de 0,2 a 1,3 mm.
Conclusão que pode ser justificada pela semelhança dos valores dos parâmetros a e b e
coeficientes de correlação (r) das relações Z-R geral e estratiforme:
Geral: Z = 123,36 R1,27 [ r = 0,91]
Estratiforme: Z = 123,16 R1,26 [r = 0,91]
E essas chuvas ocorrem com mais frequência do período noturno às primeiras horas
da manhã, das 00:00 horas às09:30 horas da manhã.

 Esperava-se determinar uma relação Z-R representativa para os eventos convectivos


porém não foi possível porque os espectros analisados eram, em muitos casos, constituídos
por gotas de diâmetros maiores que 5,5 mm, partículas de poeira que frequentemente
alcançavam o Disdrômetro e causavam leituras errôneas. Coincidentemente a amostra
analisada no presente estudo foi colhida num período em que o edifício onde está instalado o
instrumento de medição usado esteve em obras.

Considerando a variabilidade da precipitação e a importância que a distribuição dos


tamanhos de gotas de chuva tem no processo de refinamento das medições do radar
meteorológico assim como a caraterização da precipitação recomenda-se a continuação da Commented [M165]: Verificar vírgula.
73

determinação da relação Z-R assim como o estudo da relação entre a intensidade da Commented [M166]: Verificar vírgula.

precipitação, refletividade efetiva do radar e a energia cinética da gota da chuva.

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Tem que fazer com urgência:


1. Formatação completa de todo texto, verificar
tamanho e tipo da fonte, existe diferença
entre tipo e tamanho da fonte em varias parte
do texto;
2. Verificar espaçamento entre linhas, e também
entre texto e figura.
3. Formata todas as tabelas e figuras, verifique
na BNT o tamanho ideal da fonte numa
tabela;
79

4. Conferir se todas as tabelas e figuras que


estão no trabalho se foram citadas no texto;
5. Conferir se todas as referencia citadas nos
textos estão formatada, padronizada e na
referencia bibliográfica;
6. Retirar qualquer referencia que não consta
no texto;

7. E fazer todas as recomendações citada no


texto.

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