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Índice

1. Introdução ............................................................................................................................3
2. Objetivos .............................................................................................................................4
2.1. Objetivo geral ...............................................................................................................4
2.2. Objetivos específicos ....................................................................................................4
3. Metodologia .........................................................................................................................4
4. Resultados esperados ...........................................................................................................4
5. Localização Geográfica do Posto Administrativo de Chitima ...............................................5
6. Descrição do projeto ............................................................................................................5
6.1. Sistemas de abastecimento e distribuição de água..........................................................5
6.3. Elementos básicos para elaboração de projeto ...............................................................7
6.4. Memorial descritivo ......................................................................................................7
7. Solução construtiva ..............................................................................................................8
7.1. Fontes de água para abastecimento ................................................................................8
7.2. Tipos de mananciais ......................................................................................................8
7.3. Condições para captação ...............................................................................................9
7.3.1. Condições a serem analisadas ................................................................................9
7.3.2. Quantidade de água ................................................................................................9
7.3.3. Qualidade da água ..................................................................................................9
7.3.4. Garantia de funcionamento .................................................................................. 11
7.3.5. Economia nas instalações ..................................................................................... 11
7.3.6. Localização .......................................................................................................... 12
7.4. Fases de tratamento da água na ETA ........................................................................... 13
7.4.1. Processos de tratamento físico-químicos e de desinfeção ...................................... 14
7.4.2. Esquema de uma ETA convencional
8. Memorial do cálculo .......................................................................................................... 16
8.1. População ................................................................................................................... 16
8.2. Capitação .................................................................................................................... 17
8.3. Fator de ponta ............................................................................................................. 17
8.4. Adução ....................................................................................................................... 18
8.4.1. Caudais de dimensionamento ............................................................................... 18
8.4.2. Diâmetros de recalque e sucção ............................................................................ 20

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8.5. Altura manométrica..................................................................................................... 21
8.5.1. Altura manométrica no recalque ( ) .......................................................... 22
8.5.2. Altura manométrica na sucção ............................................................................. 23
8.6. Potência da bomba ...................................................................................................... 24
8.6.1. Potência instalada ................................................................................................ 24
8.6.2. Seleção da bomba ................................................................................................ 25
8.6.3. Análise quanto a cavitação ................................................................................... 25
8.7. Adução por gravidade ................................................................................................. 27
8.8. Dimensionamento do reservatório ............................................................................... 28
8.9. Dimensionamento da rede de distribuição ................................................................... 28
9. Conclusão .......................................................................................................................... 32
10. Bibliografia .................................................................................................................... 33

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1. Introdução

Sistema Público de Abastecimento de Água é o conjunto de estruturas, equipamentos,


canalizações, órgãos principais e acessórios, peças especiais destinadas ao fornecimento de água
segura e de boa qualidade para os prédios e pontos de consumo público, para fins sanitários,
higiénicos e de conforto da população. O sistema de abastecimento compreende basicamente:
manancial (captação), adução, estação elevatória, tratamento, reserva e distribuição.

O homem tem necessidade de água de qualidade adequada e em quantidade suficiente para todas
suas necessidades, não só para proteção de sua saúde, como também para o seu desenvolvimento
econômico. Assim, a importância do abastecimento de água deve ser encarada sob o aspeto
sanitário e econômico. Assinale-se que a qualidade e a quantidade de água a ser utilizada num
sistema de abastecimento estão intimamente relacionadas às características do manancial.

O presente trabalho visa apresentar o dimensionamento do sistema de distribuição de água tendo


em conta os critérios de dimensionamento dos reservatórios e da rede de distribuição com vista a
garantir que a rede funcione adequadamente tendo em conta as pressões de serviço mínimas e
máximas em cada trecho da rede de distribuição.

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2. Objetivos
2.1.Objetivo geral

 Projeto de Abastecimento de Água a Posto Administrativo de Chitima;

2.2.Objetivos específicos
 Definição do manancial
 Definição dos componentes para sistema de abastecimento de água
 Definição e dimensionamento de reservatório
 Definição e dimensionamento da rede de distribuição

3. Metodologia

Foram várias as metodologias usadas para a realização do presente trabalho dentre elas a
discussão em grupo dos resultados obtidos, uso da internet para o auxílio, uso dos materiais
disponibilizados durante as aulas.

4. Resultados esperados

O projeto tem a finalidade de fornecer um sistema de abastecimento de agua eficaz no entanto,


espera se que o sistema seja funcional e eficiente.

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5. Localização Geográfica do Posto Administrativo de Chitima
O Posto Administrativo de Chitima localiza-se no distrito de Cahora Bassa na província de Tete,
em Moçambique, tem limite, a norte o distrito de Marávia, a oeste com o distrito de Mágoè, a sul
com o Zimbabué, a leste com o distrito de Changara e a nordeste com o distrito de Chiuta.

Figura 1.- Província de Tete

6. Descrição do projeto
6.1.Sistemas de abastecimento e distribuição de água

Componentes Órgãos Objectivo/função


Armazenamento Reservatórios  Servir de volante de regularização,
compensando as flutuações de
consumo face à adução.
 Constituir reservas de emergência
(combate a incêndios ou em casos de

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interrupção voluntária ou acidental
do sistema de montante).
 Equilibrar as pressões na rede de
distribuição.
 Regularizar o funcionamento das
bombagens.
Distribuição Rede geral pública Conjunto de tubagens e elementos
de acessórios, como sejam juntas, válvulas de
distribuição de água seccionamento e de descarga, redutores de
pressão, ventosas, bocas de rega e lavagem,
hidrantes e instrumentação
(medição de caudal, por exemplo),
destinado a transportar água para
distribuição.
Ligação domiciliária Ramais de ligação Asseguram o abastecimento predial de água,
desde a rede pública até ao limite da
propriedade a servir, em boas condições de
caudal e pressão.
Distribuição interior Redes interiores dos Conjunto de tubagens e elementos
edifícios acessórios para distribuição de água no
interior dos edifícios.

6.2.Memorial justificativo

Para que um sistema de abastecimento de água seja eficiente é necessário que as disposições
técnicas do projeto sejam atendidas fazendo com que todo o dimensionamento esteja de acordo
com com o padrão preconizado no país.

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6.3.Elementos básicos para elaboração de projeto

A elaboração de um projeto visa suprir as necessidades da região com vista a diminuição da


demanda de água por forma a impulsionar o desenvolvimento da região e a diminuição dos
índices de pobreza sendo a água um elemento catalisador para o desenvolvimento
socioeconómico de qualquer região.

6.4.Memorial descritivo

O projeto baseia se no dimensionamento de um sistema de abastecimento de água tendo em


conta a legislação Moçambicana bem como a definição da rede e dos acessórios qeu farão parte
de todo sistema de abastecimento.

É importante salientar que alguns dados foram adotados por falta de condições de obtê-los e que
o dimensionamento é feito com alguns dados fictícios.

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7. Solução construtiva
7.1.Fontes de água para abastecimento
O homem possui dois tipos de fontes para seu abastecimento que são as águas superficiais (rios,
lagos, canais, etc.) e subterrâneas (lençóis subterrâneos). Efetivamente essas fontes não estão
sempre separadas. Em seu deslocamento pela crosta terrestre a água que em determinado local é
superficial pode ser subterrânea em uma próxima etapa e até voltar a ser superficial
posteriormente.

As águas de superfície são as de mais fácil captação e por isso havendo, pois, uma tendência a
que sejam mais utilizadas no consumo humano. No entanto temos que menos de 5% da água
doce existente no globo terrestre encontram se disponíveis superficialmente, ficando o restante
armazenado em reservas subterrâneas.

7.2.Tipos de mananciais

A captação tem por finalidade criar condições para que a água seja retirada do manancial
abastecedor em quantidade capaz de atender o consumo e em qualidade tal que dispense
tratamentos ou os reduza ao mínimo possível. É, portanto, a unidade de extremidade de montante
do sistema.

Chama-se de manancial abastecedor a fonte de onde se retira a água com condições sanitárias
adequadas e vazão suficiente para atender a demanda. No caso da existência de mais de um
manancial, a escolha é feita considerando-se não só a quantidade e a qualidade mas, também, o
aspeto econômico, pois nem sempre o que custa inicialmente menos é o que convém, já que o
custo maior pode implicar em custo de operação e manutenção menor.

Na escolha de manancial, também deve-se levar em consideração o consumo atual provável, bem
como a previsão de crescimento da comunidade e a capacidade ou não de o manancial satisfazer
a este consumo. Todo e qualquer sistema é projetado para servir, por certo espaço de tempo,
denominado período de projeto. Estes reservatórios podem dos seguintes tipos: superficiais (rios
e lagos), subterrâneos (fontes naturais, galerias filtrantes, poços) e águas pluviais (superfícies
preparadas).

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7.3.Condições para captação

7.3.1. Condições a serem analisadas

As águas superficiais empregadas em sistemas de abastecimento geralmente são originárias de


um curso de água natural. Opções mais raras seriam captações em lagos naturais ou no mar com
dessalinização posterior. As condições de escoamento, a variação do nível d’água, a estabilidade
do local de captação, etc, é que vão implicar em que sejam efetuadas obras preliminares a sua
captação e a dimensão destas obras. Basicamente as condições a serem analisadas são:
 Quantidade de água;
 Qualidade da água;
 Garantia de funcionamento;
 Economia das instalações;
 Localização.

7.3.2. Quantidade de água

São três as situações que podemos nos deparar quando vamos analisar a quantidade de água
disponível no possível manancial de abastecimento:
 O caudal é suficiente na estiagem;
 É insuficiente na estiagem, mas suficiente na média;
 Existe caudal, mas inferior ao consumo previsto.

7.3.3. Qualidade da água

Na captação de águas superficiais parte-se do princípio sanitário que é uma água sempre
suspeita, pois está naturalmente sujeita a possíveis processos de poluição e contaminação. É
básico, sob o ponto de vista operacional do sistema, captar águas de melhor qualidade possível,
localizando adequadamente a tomada e efetivando-se medidas de proteção sanitária desta
tomada, como por exemplo no caso de tomada em rios, instalar a captação à montante de
descargas poluidoras e da comunidade a abastecer.

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Especificamente, as tomadas em reservatórios de acumulação não devem ser tão superficiais nem
também tão profundas, para que não ocorram problemas de natureza física, química ou biológica.
Superficialmente ações físicas danosas podem ter origem através de ventos, correntezas
(principalmente durante os períodos de enchentes com extravasão do reservatório) e impactos de
corpos flutuantes. Nas partes mais profundas sempre teremos maior quantidade de sedimentos
em suspensão, dificultando ou encarecendo a remoção de turbidez nos processos de tratamento.

 Turbidez

A Turbidez, assim como a cor, é causada principalmente pela presença de partículas em


suspensão e em estado coloidal no efluente. Seus principais causadores são: areia, argila e micro-
organismos em geral

A turbidez, sólidos suspensos e contagem de partículas, de forma geral, consistem em um


parâmetro único, pois representam significados semelhantes em termos de qualidade da água –
porém, a turbidez adquiriu primazia como parâmetro de monitoramento devido à simplicidade e
rapidez da sua determinação.

 PH

O potencial hidrogeniónico (pH) expressa a intensidade de uma condição ácida ou alcalina.


Substâncias alcalinas ( ) tendem a formar incrustações, enquanto os ácidos, os quais são
aqueles que possuem valores baixos de pH ( ), tendem a ser corrosivos. Desta forma, a
alcalinidade pode ser entendida como a capacidade da água em neutralizar ácidos, e a acidez,
como a de neutralizar bases.

O pH deve ser um dos parâmetros observados com maior frequência em uma rotina operacional
de tratamento, pois sua variação interfere em determinados processos unitários de tratamento,
como por exemplo, a coagulação química. A alta alcalinidade pode exigir a adição de um
acidulante para o ajuste do pH, deve-se atentar para a quantidade de acidulante adicionado, pois
caso a alcalinidade ou a acidez forem altos, provavelmente haverá problemas de coagulação na
solução

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7.3.4. Garantia de funcionamento

Para que não haja interrupções imprevistas no sistema decorrentes de problemas na captação,
devemos identificar com precisão, antes da elaboração do projeto da captação, as posições do
nível mínimo para que a entrada de sucção permaneça sempre afogada e do nível máximo para
que não haja inundações danosas às instalações de captação. A determinação da velocidade de
deslocamento da água no manancial também é de suma importância para dimensionamento das
estruturas de captação que estarão em contato com a correnteza e ondas e sujeitas a impactos
com corpos flutuantes.

Além da preocupação com a estabilidade das estruturas, proteção contra correntezas, inundações,
desmoronamentos, etc., devemos tomar medidas que não permitam obstruções com a entrada
indevida de corpos sólidos, como peixes, por exemplo. Esta proteção é conseguida com emprego
de grades, telas ou crivos, conforme for o caso, antecedendo a entrada da água na canalização.

Exemplo de captação com grade e crivo

7.3.5. Economia nas instalações

Os princípios básicos da engenharia são a simplicidade, a técnica e a economia. A luz destes


princípios o projeto da captação deve se guiar por soluções que envolvam o menor custo sem o
sacrifício da funcionalidade. Para que isto seja conseguido devemos estudar com antecedência, a
permanência natural do ponto de captação, a velocidade da correnteza, a natureza do leito de
apoio das estruturas a serem edificadas e a vida útil destas, a facilidade de acesso e de instalação

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de todas as edificações necessárias (por exemplo, a estação de recalque, quando for o caso,
depósitos, etc.), a flexibilidade física para futuras ampliações e os custos de aquisição do terreno.

7.3.6. Localização

A princípio, a localização ideal é aquela que possibilite menor percurso de adução


compatibilizado com menores alturas de transposição pela mesma adutora no seu caminhamento.
Partindo deste princípio, ter-se-á a missão de otimizar a situação através das análises das várias
alternativas peculiares ao manancial a ser utilizado.

Para melhor rendimento operacional, é importante que, além das medidas sanitárias citadas, a
captação em rios seja em trechos retos, pois nestes trechos há menor possibilidade de
assoreamentos. Quando a captação for em trecho curvo temos que na margem côncava haverá
maior agressividade da correnteza, enquanto na convexa há maiores possibilidades de
assoreamentos, principalmente de areia e matéria orgânica em suspensão.

É, portanto, preferível a captação na margem côncava, visto que problemas erosivos podem ser
neutralizados com proteções estruturais na instalação, enquanto o assoreamento seria um
problema contínuo durante a operação do sistema.

A captação em barragens deve situar-se o mais próximo possível do maciço de barramento


considerando que nestes locais há maior lâmina disponível, correntezas de menores velocidades,
menor turbidez, condições mais favoráveis para captação por gravidade, etc.

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7.4.Fases de tratamento da água na ETA
Nem toda água requer tratamento para abastecimento público. Depende da sua qualidade em
comparação com os padrões de consumo e também da aceitação dos usuários. Normalmente as
águas de superfície são as que mais necessitam de tratamento, porque se apresentam com
qualidades físicas e bacteriológicas impróprias, em virtude de sua exposição contínua a uma
gama muito maior de processos de poluição. Apenas na captação superficial de águas de
nascentes, a simples proteção das cabeceiras e o emprego de um processo de desinfeção, podem
garantir uma água de boa qualidade do ponto de vista de potabilidade.

O tratamento da água destinada ao consumo humano tem a finalidade básica de torná-la segura
do ponto de vista de potabilidade, ou seja, tratamento da água tem a finalidade de eliminar as
impurezas prejudiciais e nocivas à saúde. Quanto mais poluído o manancial, mais complexo será
o processo de tratamento e, portanto, mais cara será a água. Não é raro, porém, sistemas públicos
de abastecimento que não requerem o tratamento das suas águas. São casos normalmente em que
se aproveitam águas de bacias protegidas ou se abastecem com águas de poços profundos.

Assim o processo de tratamento para abastecimento público de água potável tem as seguintes
finalidades básicas:

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 Higiênicas - eliminação ou redução de bactérias, substâncias venenosas, mineralização
excessiva, teor excessivo de matéria orgânica, algas protozoários e outros
microrganismos;
 Estético - remoção ou redução de cor, turbidez, dureza, odor e sabor;
 Econômico - remoção ou redução de dureza, corrosividade, cor, turbidez, odor, sabor,
ferro manganês, etc.

7.4.1. Processos de tratamento físico-químicos e de desinfeção

O procedimento convencional começa pelos ensaios de turbidez, cor e pH. A turbidez ou


turvação da água é ocasionada pela presença de argilas, matéria orgânica e microrganismos,
mono e policelulares. A cor se deve à presença de tanino, oriundo dos vegetais e, em geral, varia
de incolor até o castanho intenso.

A etapa seguinte consiste em ligar esses ensaios às operações de floculação, decantação e


filtração. Na estação de tratamento de água chega a água bruta. Em geral o primeiro produto
químico colocado na água é o coagulante, assim chamado em virtude de sua função. A função do
sulfato de alumínio é justamente agregar as partículas coloidais, aquele material que está
dissolvido na água, ou seja, a sujeira, iniciando um processo chamado de coagulação-floculação.

Na floculação, em seguida, ocorre um fenômeno complexo, que consiste essencialmente em


agregar em conjuntos maiores, chamados flocos, as partículas coloidais que não são capazes de
se sedimentar espontaneamente. Essa agregação, que diminui a cor e a turbidez da água, é
provocada pela atração de hidróxidos, provenientes dos sulfatos de alumínio e ferro II, por íon
cloreto e sulfatos existentes na água.

Removidas a cor e a turbidez, pelas operações de floculação, decantação e filtração, faz-se uma
cloração. Nessa operação, o cloro tem função bactericida e clarificante, podendo ser utilizado sob
várias formas: cloro gasoso, hipoclorito de cálcio (35 a 70% de cloro), hipoclorito de sódio (dez
por cento de cloro) e monóxido de cloro ou anidrido hipocloroso.

Assim uma Estação de Tratamento de Água, ETA, comporta os seguintes processos:

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 Remoção de substâncias grosseiras flutuantes ou em suspensão - grades, crivos e telas;
 Remoção de substâncias finas em suspensão ou em solução e de gases dissolvidos -
aeração, sedimentação e filtração;
 Remoção parcial ou total de bactérias e outros microrganismos - desinfeção;
 Correção de odor e sabor - tratamentos químicos e leitos de contato com carvão ativado;
 Correção de dureza e controle da corrosão - tratamentos químicos;
 Remoção ou redução de outras presenças químicas.

 Coagulação e Floculação
O conceito de coagulação surgiu em 1844, com a finalidade de melhorar o aspecto visual da água
para o consumo humano. Em meados do século XIX, foi dado uma maior importância a esse
processo, pois descobriu-se que a relação entre a concentração de partículas e a presença de
patógenos era diretamente proporcional, o que acarretou na diminuição da transmissão de
doenças causadas pelo contato com a água contaminada.

A coagulação consiste no processo de desestabilização das partículas coloidais e suspensas, esse


processo é realizado pela junção de ações físicas e químicas. Para o processo de coagulação são
necessárias duas etapas: a mistura rápida e a mistura lenta.
O processo de mistura rápida primeira etapa tem por objetivo dissipar o coagulante de forma que
haja o maior aproveitamento possível, nesta etapa é importante que tenha ocorrido a checagem
de parâmetros como o pH, por exemplo, fator que interfere diretamente na formação dos
coágulos.

Durante a etapa de mistura lenta, segunda etapa a qual acontece após a desestabilização das
partículas e formação dos coágulos, inicia-se então a floculação, que ocorre na fase de mistura
lenta. Segundo Di Bernardo e Dantas (2005), a floculação consiste na agitação relativamente
suave, para que ocorram choques entre as partículas e que se aglomerem formando partículas
maiores, os flocos.

A floculação se caracteriza por uma operação unitária de clarificação, constituída por um


conjunto de atividades físicas, nos quais se objetiva reduzir o número de partículas suspensas e

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coloidais na presente na massa líquida, buscando a formação de flocos mais robustos que serão
extraídos com mais facilidade posteriormente.

 Decantação
A decantação, também conhecida como sedimentação, por acontecer naturalmente e se trata de
uma técnica bastante simples, utilizada há muitos anos, com a existência de relatos do processo
de decantação em 2000 a.C. Porém, somente em 1902 foi relatada a utilização dessa técnica
associada ao uso de coagulantes em estações de tratamento de água.

A sedimentação, assim como a floculação, consiste em uma operação unitária bastante comum
na remoção de partículas sólidas em um sistema de tratamento de água. Esse processo consiste
em fazer a separação das partículas utilizando as forças gravitacionais. Assim, partículas com
densidades inferiores à da água dirigir-se-ão para a parte superfície (formação da escuma) e o
restante, com o auxílio da força gravitacional, dirigir-se-ão para o fundo.

7.4.2. Esquema de uma ETA convencional

8. Memorial do cálculo

8.1.População

A população inicial a ser abrangida pelo projeto é atualmente de 8000 habitantes, de acordo com
Senso de 2007, naquele ano a população era de 6000 habitantes.

A taxa de crescimento populacional ( );

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Onde:

8.2.Capitação

Para o presente projeto, com parâmetros da generalização de outros projetos base, adotamos o
nosso consumo per-capita (c) como sendo igual a 120 litros por habitante por dia. (Matsinhe,
1992).

8.3.Fator de ponta

No dimensionamento de órgãos de uma estacão de tratamento tal como nos restantes


componentes de um sistema de abastecimento ou drenagem, não interessa unicamente conhecer
o caudal medio diário, dadas as suas características não excêntricas, mas importa conhecer ainda
os caudais máximos.

Para efeito de dimensionamento de sistemas de abastecimento de agua ou de drenagem deve


utilizar se o caudal de calculo adequado a cada órgão, que corresponde ao caudal medio anual
afetado de um fator de ponta

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8.4.Adução
É o conjunto de encanamentos, peças especiais e obras de arte destinados a promover o
transporte da água em um sistema de abastecimento entre captação e reservatório de distribuição;
 Captação e ETA;
 Captação a rede de distribuição;
 ETA e reservatório;
 ETA e rede;
 Reservatório à rede;
 Reservatório a reservatório.
Para o presente projeto, com parâmetros da generalização de outros projetos base, adotamos o
nosso consumo per-capita (q) como sendo igual a 120 litros por habitante por dia. (Matsinhe,
1992).

8.4.1. Caudais de dimensionamento

As condutas de adução e os reservatórios com função de regularização constituem partes dos


sistemas de abastecimento de água que, dadas as funções duma e doutra, têm uma grande
interligação.
Como o principal objetivo dum reservatório consiste em regularizar os caudais de adução para
satisfazer as variações de consumo na rede geral de distribuição de água ao longo do dia, com o
mínimo de prejuízos económicos e funcionais, o critério utilizado para o dimensionamento da
adução tem que forçosamente depender do critério utilizado na determinação da capacidade das
reservas.

De facto, a uma maior capacidade do ou dos reservatórios de regularização deve corresponder


uma menor capacidade na adução e, vice-versa, a uma menor capacidade do ou dos reservatórios
de regularização deve corresponder uma maior capacidade na adução.

Habitualmente, o dimensionamento de uma adutora é feito com base no caudal diário máximo
ou no caudal mensal máximo.

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8.4.1.1.Caudal medio

O caudal de dimensionamento duma adutora, situada entre a captação e o reservatório de


regularização, excluindo o caso deste ter função de extremidade, pode ser obtido pela seguinte
expressão:

- Caudal de dimensionamento
- Fator de duração do transporte
- Coeficiente de perdas na adução
- Fator de ponta diário ou mensal
- Caudal médio

 Fator de duração do transporte ( )


O fator de duração de transporte representa a relação entre o número de horas do dia (24 horas) e
o número máximo de horas de funcionamento da conduta adutora, no horizonte de projecto;
consequentemente, este fator é sempre ≥ 1.

Nas adutoras por gravidade, o seu valor é sempre unitário, uma vez o transporte pode ser feito ao
longo de 24 horas, enquanto nas adutoras por bombagem é, normalmente, igual a 1
(funcionamento em 24 h), 1,5 (funcionamento em 16 h) ou 3 (funcionamento em 8 h).

No nosso projeto adotaremos um funcionamento em 24h logo

 Coeficiente de perdas na adução ( )


O coeficiente de perdas na adução constitui uma margem de segurança para compensação de
perdas e restabelecimento de reservas. Os valores a considerar para são os seguintes:

Se

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Nos troços de condutas adutoras entre um reservatório e o início da rede geral de distribuição de
água, o caudal de dimensionamento a utilizar corresponde, evidentemente, ao caudal máximo
instantâneo.
8.4.1.2.Caudal de ponta

8.4.2. Diâmetros de recalque e sucção


Para um funcionamento descontínuo

Verificação da velocidade

Velocidade máxima

O diâmetro de sucção é o diâmetro comercial imediatamente superior ao diâmetro de recalque


calculado pela fórmula anterior em metros ou milímetros (m ou mm).

Velocidade máxima

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8.5.Altura manométrica
A determinação desta variável é de fundamental importância para a seleção da bomba hidráulica
adequada ao sistema em questão. Pode ser definida como a quantidade de trabalho necessário
para movimentar um fluido, desde uma determinada posição inicial, até a posição final, incluindo
nesta “carga” o trabalho necessário para vencer o atrito existente nas tubulações por onde desloca
se o fluido. Matematicamente, é a soma da altura geométrica (diferença de cotas) entre os níveis
de sucção e descarga do fluido, com as perdas de carga distribuídas e localizadas ao longo de
todo o sistema (altura estática + altura dinâmica).

 Altura de sucção ( ) - Desnível geométrico (altura em metros), entre o nível dinâmico


da captação e o eixo de sucção da bomba.
Definindo o eixo da bomba encontrando se a uma altura de 50 m, o nível de água a 47 m, assim:

 Altura de recalque ( ) - Desnível geométrico (altura em metros), entre o eixo de


sucção da bomba e o ponto de maior elevação do fluido até o destino final da instalação
ou ETA.
Definindo altura da ETA de 75m

 Altura geométrica de recalque ( (desnível topográfico do eixo da bomba ao


reservatório superior) - em metros (m).

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8.5.1. Altura manométrica no recalque ( )

Altura de recalque

Número de Reynolds no recalque, (adimensional)

Fator de atrito no recalque, (adimensional)

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Perda de carga unitária no recalque

Comprimento real da tubulação de recalque – em metros (m);


Comprimento equivalente nas conexões da tubulação de recalque – em metros (m).
Peças Valor de K Quantidade de peças Valor total de K
Válvula de retenção 2.50 1 2.50
Válvula de cunha 0.20 1 0.20
Saída de canalização 1.00 1 1.00
Curva de 90° 0.40 3 1.20

O comprimento da canalização de recalque é =45 :

8.5.2. Altura manométrica na sucção

Número de Reynolds na sucção, (adimensional)

Fator de atrito na sucção, (adimensional)

Perda de carga unitária no recalque

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Peças Valor de K Quantidade de peças Valor total de K
Válvula de pé de crivo 1.75 1 1.75
Curva de 90° 0.40 1 0.40
O comprimento da canalização de sucção é

 Altura manométrica total

8.6.Potência da bomba
O motor que aciona a bomba deverá trabalhar sempre com uma folga ou margem de segurança a
qual evitará que o mesmo venha, por uma razão qualquer, operar com sobrecarga. Portanto,
recomenda-se que a potência necessária ao funcionamento da bomba (Pot) seja acrescida de uma
folga, conforme especificação a seguir (para motores elétricos): Até 02 cv - 50%; de 02 a 05 cv -
30%; de 05 a 10 cv - 20%; de 10 a 20 cv - 15% e acima de 20 cv - 10%.

Para motores a óleo diesel, recomenda-se uma margem de segurança de 25% e, a gasolina de
50%, independente da potência calculada.
8.6.1. Potência instalada
Tendo

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8.6.2. Seleção da bomba
Para escolha de uma bomba deve-se conhecer a vazão e altura manométrica e, consultando o
gráfico de seleção de cada fabricante onde se encontram as bombas de uma série com mesmo
tipo, escolhe-se, preliminarmente, a bomba.

Escolhida a bomba no gráfico de seleções, procura-se no catálogo as respetivas curvas


características que fornecem: diâmetro do rotor, rendimento, potência, NPSH, rendimento e
outros dados úteis que podem ser comparados com os valores calculados esperados para
verificação da eficiência do sistema elevatório.

Nesse projeto a bomba escolhida é do tipo 50-12


8.6.3. Análise quanto a cavitação
CAVITAÇÃO - Fenômeno físico que ocorre em bombas centrífugas no momento em que o
fluido succionado pela mesma tem sua pressão reduzida, atingindo valores iguais ou inferiores a
sua pressão de vapor (líquido - vapor). Com isso, formam-se bolhas que são conduzidas pelo

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deslocamento do fluido até o rotor onde implodem ao atingirem novamente pressões elevadas
(vapor - líquido).

Este fenômeno ocorre no interior da bomba quando o (sistema), é menor que o


(bomba). A cavitação causa ruídos, danos e queda no desempenho hidráulico das bombas.

- Sigla da expressão inglesa -Net Positive Suction Head a qual divide-se em:

disponível - Pressão absoluta por unidade de peso existente na sucção da bomba (entrada
do rotor), a qual deve ser superior a pressão de vapor do fluido bombeado, e cujo valor depende
das características do sistema e do fluido;

Pressão atmosférica local , em mca


Pressão de vapor do fluido escoado, em metros
Altura de sucção; é negativa quando a bomba está afogada, e positiva quando estiver acima
do nível d’água – em metros (m);
Perdas de carga no escoamento pela tubulação de sucção, em metros;

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Tendo

requerido - Pressão absoluta mínima por unidade de peso, a qual deverá ser superior a
pressão de vapor do fluido bombeado na sucção da bomba (entrada de rotor) para que não haja
cavitação. Este valor depende das características da bomba e deve ser fornecido pelo fabricante
da mesma;

Perdas de carga no escoamento interno da bomba, em metros (dados do fabricante);


O deve ser sempre maior que o ( > )

Observa-se, portanto, que a energia disponível na instalação para sucção deve ser maior que a
energia requerida pela bomba, logo . Caso contrário,
haverá cavitação em decorrência de uma sucção deficiente.

8.7.Adução por gravidade

Tendo a largura da conduta que conduzira agua tratada ate ao reservatório sendo

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Para conduta de PVC:

Em que:

Verificação da velocidade

A velocidade esta dentro dos parâmetros

8.8.Dimensionamento do reservatório
O reservatório será dimensionado com base no método numérico das flutuações diárias, com
base no caudal medio diário anteriormente calculado e os valores das flutuações diárias são
determinados os caudais médios, caudais bombeados, caudais aduzidos, volume bombeados
acumulados, volumes aduzidos acumulados e o maior valor da diferença destes últimos
correspondera a capacidade do reservatório.

Nota:A tabela de cálculo encontra-se disponível nos anexos.

O volume máximo do reservatório é de

8.9.Dimensionamento da rede de distribuição

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Rede de distribuição é um conjunto de tubulações e de suas partes acessórias destinado a colocar
a água a ser distribuída a disposição dos consumidores, de forma contínua e em pontos tão
próximos quanto possível de suas necessidades.

 Zonas de pressão
Zonas de pressão em redes de distribuição são cada uma das partes em que a rede é subdividida
visando impedir que as pressões dinâmicas mínimas e estáticas máximas ultrapassem os limites
recomendados e preestabelecidos. Nota-se, então, que uma rede pode ser dividida em quantas
zonas de pressão forem necessárias para atendimento das condições técnicas a serem satisfeitas.

As redes de distribuição dos sistemas públicos de abastecimento de água constituem-se de


seguimentos de tubulação denominados de trechos que tanto podem estar em posições tais que
terminem em extremidades independentes como em início de outros trechos. Desta maneira a
disposição dos trechos podem também ser de tal forma que formem circuitos fechados. De
acordo com ocupação da área a sanear e as características dos arruamentos
A malha de distribuição da rede não é composta somente de tubos e conecções. Dela também
fazem parte peças especiais que permitem a sua funcionalidade e operação satisfatória do
sistema, tais como válvulas de manobra, ventosas, descargas e hidrantes.

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A seguir é apresentada a rede de abastecimento com indicação das cotas do terreno.

 Caudal de dimensionamento

Algumas notas da planilha a se ter em conta

 Caudal unitário

 Perda de carga unitária: Hazen-Williams

 Perda de carga no trecho:

A velocidade mínima deve ser de e maxima

de para preservação das tubulações e acessórios da rede.

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Pressão disponível a montante e a jusante: correspondem a diferença entre as cotas piezometrias
e as cotas do terreno com vista a satisfazer a condição de pressão mínima de 10mca e pressão
máxima de 50mca.

Nota se que na nossa rede de distribuição para satisfazer essas condições aumentamos a cota
do reservatório de 103m para 106m de modo que a pressão mínima em serviço em cada troco
seja maior ou igual a .

Nota: Em anexo a solução final da rede de distribuição

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9. Conclusão

Embora haja muitos exemplos de sistemas de abastecimento de água em que a adução é de


reduzida dimensão, a verdade é que, na maior parte dos casos, ela representa a componente mais
difícil de projetar e construir, mais delicada de vigiar e reparar, e mais importante sob os pontos
de vista de custo de primeiro investimento e de funcionamento quantitativo.

A adução faz-se por meio das chamadas adutoras que podem ser canais e galerias, em superfície
livre, e condutas em pressão. Nestas últimas, o escoamento pode processar-se por Acão da
gravidade ou por meio de bombagem.

Tendo em conta a capacidade do reservatório determinada é possível notar que a rede de


distribuição funcionara adequadamente de acordo com a população prevista.

Nota se que um dos aspetos mais importantes no dimensionamento de uma rede de distribuição é
a garantia da durabilidade e eficiência do mesmo por isso é muito importante que se tenha uma
certa atenção na verificação das velocidades e das pressões de serviço nas tubulações de acordo
com o regulamento.

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10. Bibliografia
 Professor Fabio Ferraz, Manual de Hidráulica Básica, Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia.
 Cadernos UNIFOA, edição n 18, Abril 2012
 Regulamento dos Sistemas Públicos de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas
Residuais de Moçambique, Lisboa, 2000.
 SISTEMA PÚBLICO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA, Hidráulica Aplicada, UFRR
 Manual de hidroquimica. Instituto Industrial de Maputo. Maputo
 MATSHINHE, N., RIETVELD, L. Abastecimento de Água, Maputo, Julho de 1992

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