PMR5010 2018 Aula01 INTRODUCAO PDF

And so these men of Indostan,
Disputed loud and long,

Each in his own opinion,
Exceeding stiff and strong,
Though each was partly in the right,
And all were in the wrong!
John Godfrey Saxe (1816-1887)
PMR5010 – Elementos Finitos em
Sist. Multifísicos: Fundamentos
Aula 01: Introdução
Profa. Dra. Larissa Driemeier

Prof. Dr. Marcilio Alves
Prof. Dr. Rafael Traldi Moura
Conteúdo da disciplina
Aula Data Assunto Professor
• Modelagem em engenharia Rafael
1 19/2 • Mecânica dos Sólidos
• Análise Matricial das estruturas 1D
• Introdução ao Método dos Elementos Finitos Rafael
2 26/2
• Aplicações: estruturas, fluidos, corpos rígidos
3 05/3 • Elementos finitos: exercícios Rafael
4 12/3 • Prova 1 : Teoria e Exercício Programa 1 Rafael
• Elementos finitos para vigas Marcilio
5 19/3
• Programação do método dos elementos finitos
• Análise modal de vigas Marcilio
6 26/3
• Experimento: modal
7 09/4 • Resposta dinâmica de vigas: implícito/explícito Marcilio
8 16/4 • Prova 2 : Teoria e Exercício Programa 2 Marcilio
• Elementos finitos planos Larissa
9 23/4
• Elementos finitos isoparamétricos
10 07/5 • Elementos finitos isoparamétricos Larissa
11 14/5 • Integração numérica Larissa
12 21/5 • Prova 3 : Teoria e Exercício Programa 3 Larissa
19 de Fevereiro de 2018 PMR5010 – Elementos Finitos em Sist. Multifísicos: Fundamentos 2

Avaliação
A média final é composta por:
Média final = Media prova
• Media prova significa média harmônica das 3 provas;

• Programas: podem ser feitos em dupla;
• Parte teórica da prova: com consulta ao próprio material;
• Parte do programa da prova: apesar do programa poder ser feito em
dupla, cada aluno deve resolver o exercício de aplicação do programa
da prova individualmente, no seu próprio notebook.
Bibliografia Básica
• AVELINO ALVES FILHO “Elementos Finitos, A base da tecnologia CAE”,
5ª Edição – Editora Érica.
• AVELINO ALVES FILHO “Elementos Finitos - A Base da Tecnologia CAE -

Análise Dinâmica”, 2ª Edição – Editora Érica.
• M. ASGHAR BHATTI “Fundamental Analysis and Applications with

Mathematica and MatLab computations”, 1ª Edição – Editora
Wiley.
• KLAUS-JURGEN BATHE “Finite Element Procedures”, 2ª Edição –

Editora Prentice Hall.
Em nossas aulas aprenderemos…
• Um pouco de engenharia...
– MEF.
• Um pouco de postura de engenheiro...
– Curiosidade;
– Cuidado;
– Capricho;
– Responsabilidade;
– Atitude.

Mecânica
Lida com leis fundamentais e princípios da mecânica, com intrínseco

valor científico.
Transfere o conhecimento teórico para aplicações científicas e de

engenharia: construção de modelo matemático do fenômeno físico.
Resolve problemas específicos através de simulações utilizando

ferramentas numéricas implementadas em computadores.

Fisolofia do Curso
Segundo Prof. Dr. Avelino Alves Filho (livro texto),

“Um dos pontos mais importantes que contribui comprovadamente para o
sucesso e progresso dos recursos de CAE, e que tive a oportunidade de
verificar nos anos de trabalho nesta área, está relacionado aos CONCEITOS
OBRIGATÓRIOS NA UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA CAE. Muitos profissionais
que iniciam suas aplicações na área de Elementos Finitos encontram
dificuldades, pois o aprendizado de uso de software é feito sem base
conceitual, confundindo o aprendizado de manuseio de programa com o
conhecimento do Método dos Elementos finitos. Justifica-se portanto, a
filosofia de abordagem:
SE O ENGENHEIRO NÃO SABE MODELAR O PROBLEMA SEM TER O
COMPUTADOR, ELE NÃO DEVE FAZÊ-LO TENDO O COMPUTADOR!”
The Blind Men and the Elephant
The blind men and the elephant.

Poem by John Godfrey Saxe
And so these men of Indostan,

Disputed loud and long,
Each in his own opinion,
Exceeding stiff and strong,
Though each was partly in the right,
And all were in the wrong!

Modelamento e Análise
Problema real
Simplificações e aproximações
Modelo físico
Eq. Diferencial governante
Modelo matemático
Discretização
Modelo numérico
Solução de Sistemas de Equações
Análise

MODELO FÍSICO
O mundo é tridimensional, dinâmico e não linear

Modelo
•O engenheiro
Modelar é o processo de escrever uma
constrói um modelo, equação ou sistema de equações que
a partir de um descreve o movimento de um mecanismo
problema que não físico. O sucesso do modelo é determinado
por quão bem a solução da equação prevê
possui solução exata, o comportamento observado no sistema
e acha uma solução real.
aproximada ótima.

O mundo é tridimensional, dinâmico e não linear
Peso concentrado na posição SISTEMA
Serão desprezados correspondente ao centro de REAL
quaisquer efeitos gravidade do corpo
dinâmicos
O tronco tem seção

transversal constante e a
Apoios madeira é um material
ideais homogêneo
W EI MODELO FÍSICO
a Viga bi-apoiada
L
4
d v MODELO MATEMÁTICO
EI 4
 p x  Teoria simples de Viga
dx
Modelo de engenharia (modelo físico)
• Um bom modelo deve:
– Considerar os aspectos essenciais do problema;
– Desprezar os fatores secundários;
– Fornecer resultados próximos o suficiente das respostas reais.
• Habilidade em modelamento é baseada na visualização do problema
físico e relacionamento com o que queremos analisar:
– Distribuição de temperatura?
– Campo de tensões?
– Campo de deformações?
• Se as previsões do modelo não estão de acordo com as respostas reais
ou esperadas é necessário refinar o modelo:
– Incluir aspectos inicialmente desprezados.
MODELO MATEMÁTICO
Forças de volume
As forças de volume são descritas sempre por unidade Volume
de massa ou de volume e não necessitam de contato elementar dV b3 dV
para transmissão. São exemplos: b2 dV
• Gravidade; b1 dV
w
• Forças eletromagnéticas; Volume (V)
v
• Forças de inércia; u
• Coriolis, centrifuga, etc. Superfície (S)
x
Forças de volume: Se o corpo é acelerado,

então as forças de inércia,
b1   u 
    Forças totais de volume:
b  b2  u
   v 
b   w X  b  u

 3  
Forças de superfície
As forças de superfície são descritas sempre por
unidade área e necessitam de contato para transmissão.
São exemplos: p3
• Atrito; Volume p2
p1
elementar dV b3 dV
• Força normal;
b2 dV
• Força cisalhante;
b1 dV
• Pressão, etc. w
Volume (V)
v
u
Força distribuída por
unidade de superfície Superfície (S)
x
p x 
 
TS  p y 
p 
 z
Forças internas
Se extrairmos um volume
elementar do corpo vamos
ver que, devido às forças
externas aplicadas, há
forças de reação.
Para o cubo, as forças internas por

unidade de área (setas azuis), em
cada face, podem ser decompostas
em três componentes ortogonais.
By Sanpaz - Own work, CC BY-SA 3.0,
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=5736462
Estado de tensões
Pode-se decompor os vetores de tensão em components normais e cisalhantes
σ xx 
  xx  xy  xz   xy   yx σ 
   yy 
σ zz 
σ    yx  yy  yz   yz   zy σ


   xy 
     zx   xz   yz 
 zx zy zz   
  zx  https://en.wikipedia.org/wiki/Cauchy_stress_tensor
Equilíbrio
Considere o equilíbrio de um volume diferencial
para obter as 3 equações de equilíbrio,
 11  12  13
   b1  0
x 1 x 2 x 3
 21  22  23 𝜕𝜎22
   b2  0 𝜎22 −
x 1 x 2 x 3 𝑥2
 31  32  33z
   b3  0
x 1 x 2 x 3

Formulação diferencial
Forma forte de
De forma compacta, temos: equilíbrio
EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO   
 x 0 0 
 1 
 0 
Equilíbrio Estático  11  0 
   x 2 
  
 σb0
T  22 
 33   0 0 
x 3 
Onde    e 
 12     
 x 0 
Equilíbrio Dinâmico  23  x 1
   2 
 0   
 13 
u 2  x 3 x 2 
 σbm 2
T  
 0
 

t  x 3 x 1 

Problema
“Dado o carregamento externo aplicado (em ST e em V)
e os deslocamentos prescritos (em Su) queremos
encontrar deslocamentos, deformações e tensões,
que mantêm o corpo em equilíbrio.”
Equações de equilíbrio
T σ  X  0 em V
Condições de contorno
1. Deslocamentos no contorno: Deslocamentos são prescritos na parte Su do
contorno
uu presc
em S u
2. Forças no contorno: Forças são especificadas na parte ST do contorno.

Lei constitutiva
• A lei constitutiva relaciona tensões e deformações.

• A lei constitutiva elástica linear é a mais simples lei constitutiva!
• Por definição, o material elástico apresenta as seguintes características,
i. Relação tensão deformação é linear;
ii. O comportamento do material é completamente reversível;
iii. A tensão em um ponto depende apenas da medida de deformação total naquele
ponto;

iv. Deformações são pequenas. Caso
unidimensional:
E


Lei de Hooke
𝝈 = 𝑫𝜺
1    0 0 0 
Material elástico linear isotrópico:   
1   0 0 0
 
   1  0 0 0 
E  1  2 
𝑫
  0
(1  )(1  2 ) 
0 0
2
0 0 
1  2 
 0 0 0 0 0 
 2 
 0 1  2 
0 0 0 0
 2 
Rigidez: 𝑫
Flexibilidade = 𝑫−1

1    0 0 0 
 x    1   0 0 0   x 
     
 y    1  0 0 0  y 
 z   1  2   
  
E
 0 0 0 0 0   z 
  2 xy 
2
 xy  (1  )(1  2 )  1  2
 xz   0 0 0 0 0  2 xz 
   2  
 yz   0 1  2  2 yz 
0 0 0 0
 2 
Rigidez

Outros materiais

Casos particulares
1  0 
E  
𝑫 c= 2 
 1 0 
Tensão plana: 1 
 0 0 1   / 2 
1  0 
Deformação
E  
plana:
c
𝑫D=
2 
 1 0 
1 
 0 0 1   / 2 
Vamos acordar! Determinando eq. governante
• Fazer somatório de forças igual a massa 𝑢ሷ
vezes aceleração! F q 𝐹+
𝜕𝐹
𝑑𝑥
𝜕𝑥
m=Adx
dx
𝜕𝐹 𝜕𝐹
𝐴 𝑥 𝜌𝑑𝑥𝑢ሷ + 𝐹 = 𝑞𝑑𝑥 + 𝐹 + 𝑑𝑥 𝐴𝜌𝑢ሷ = 𝑞 +
𝜕𝑥 𝜕𝑥

Vamos acordar! Determinando eq. governante
• Utilizando a lei de Hooke e as definições 𝑢ሷ
de tensão e deformação, encontre a F q 𝐹+

𝜕𝐹
𝑑𝑥
𝜕𝑥
equação governante do sistema. m=Adx
Dica: utilizar a definição de força e lei de Hooke, depois a
definição de deformação e por último a resultante do dx
equilíbrio de forças!
𝐹
𝜎=
𝐴 𝐹 = 𝐴𝐸𝜀
𝜎 = 𝐸𝜀 𝜕𝑢
𝜕𝑢 𝐹 = 𝐴𝐸
𝜀= 𝜕𝑥 𝜕 𝜕𝑢
𝜕𝑥 𝐴𝐸 + 𝑞 = 𝐴𝜌𝑢ሷ
𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝜕𝐹
𝐴𝜌𝑢ሷ = 𝑞 +
𝜕𝑥
Determinando as condições de contorno
𝑢ሷ
F q 𝜕𝐹 𝜕 𝜕𝑢
𝐹+
𝜕𝑥
𝑑𝑥
𝐴𝐸 + 𝑞 = 𝐴𝜌𝑢ሷ
m=Adx 𝜕𝑥 𝜕𝑥
dx
Precisamos de:
• Duas condições de contorno;
𝑢 𝑥𝑞 , 𝑡 = 𝑢𝑥𝑞 𝜕𝑢 𝑥𝑞 , 𝑡
ou 𝐴 𝑥𝑞 𝐸 𝑥𝑞 = 𝑃𝑥𝑞 𝑡
𝜕𝑥
• Duas condições iniciais.
𝑢 𝑥, 0 = 𝑢0 𝑢ሶ 𝑥, 0 = 𝑣0

Exercício exemplo
A barra de alumínio (E=72GPa) ao lado

tem 300mm de comprimento e seção
transversal constante A=120 mm2. x
Calcule os deslocamentos da barra,
considerando:
L=300mm
g
1. Força P;
2. Peso próprio;
3. Peso próprio + força P.

1. Força P
d
0
x,u
Equilíbrio estático: x
dx u(x)
L
Lei constitutiva:
  E
Elástica linear
du
Cinemática: 
dx P
E, A,

1. Força P
2,00E-04 L=300mm
Equação diferencial (ODE): E=72GPa
A=120 mm2
1,60E-04
d  du 
E   g  0
dx  dx  1,20E-04
u[mm]
P=0,1
P=1,0 x
8,00E-05
Condições de contorno: P=5,0
L=300mm
u 0  0
4,00E-05
g
du du P
F x L  P  EA   0,00E+00
dx x L dx x L EA 0 100 200 300
x[mm]
Solução analítica do problema: P
u x   x
P EA
u x   x
EA P
2. Peso Próprio
d
Equilíbrio estático:   g x,u
dx x
u(x)
Lei constitutiva:
  E L
g
Elástica linear
du F
Cinemática: 
dx dx gA
P=0
E, A, F+dF

2. Peso Próprio
Equação diferencial (ODE):

d  du 
 E   g  0 x,u
dx  dx  x
u(x)
Condições de contorno:
L
u 0   0 g
du du
Px  L  0  EA  0
dx dx F
x L x L
dx gA
Solução analítica do problema: P=0
F+dF
x g  E, A,
u x    L  x
E 2
2. Peso Próprio
L=300mm
g 
x E=72GPa
u x    L  x 2,00E-05
A=120 mm2
E 2
1,60E-05
x
g=9,81 m/s2 1,20E-05
u[mm]
L=300mm
L=300mm
E=72GPa
A=120 mm2 8,00E-06 g
= 2,7000E-06 kg/mm3
4,00E-06
0,00E+00
0 100 200 300
x[mm]
P
3. Peso próprio + Força P
d
Equilíbrio estático:   g x,u
dx x
u(x)
Lei constitutiva:
  E L
g
Elástica linear
du F
Cinemática: 
dx dx gA
P F+dF/dx
E, A,

Equação diferencial (ODE):
d  du  x,u
 E   g  0 x
dx  dx 
u(x)
L
Condições de contorno:
u 0   0
du du P
Fx  L  P  EA  
dx x L dx x L EA
Solução analítica do problema: P

F
E, A,
 g  x P 
u x     L     x dx gA
E  2  EA 
F+dF

L=300mm
E=72GPa
0,00020 A=120 mm2
P=0,1N
 g  x F 
u x   
P=1N
L    x
0,00016
 E  2  EA 
P=10N
x
0,00012
g=9,81 m/s2
u[mm]
L=300mm
L=300mm
E=72GPa
A=120 mm2 0,00008
g
= 2,7000E-06 kg/mm3
0,00004
0,00000
0 100 200 300
x[mm]
P
Desafio para casa!
AR=2A
Supondo um problema mais complexo de uma x
barra de alumínio de comprimento L, com seção
variável: AR=2A e Ar=A.
F
Supondo que a barra esteja tracionada por uma
força P, calcule analiticamente seus L
deslocamentos, desprezando o peso próprio. dx gA(x)
F+dF
 
PL  A 
u x   ln  R 
E AR  Ar   A  AR  Ar x 
 R 
 L 
Ar=A

Acadêmico x Realidade
A medida que nos distanciamos dos problemas x

acadêmicos e nos aproximamos dos problemas reais
de engenharia, estes vão se tornando mais complexos!
L
Dessa forma, encontrar a solução da equação
diferencial, quando esta existir, é um trabalho árduo...
g
Além disso, os casos foram unidimensionais…

Engenharia é uma arte!
O problema é bem resumido pelo

Dr A. R. Sykes, do British Institution
of Engineers, que, em 1976, disse:
Engineering is the art of modelling

materials we do not wholly understand,
into shapes we cannot precisely analyse,
so as to withstand forces we cannot
precisely assess, in such a way that the
public has no reason to suspect the
extent of our ignorance.

Então como fazer?
Problemas devem ser simplificados usando certas aproximações…

Métodos numéricos são aproximações dos modelos matemáticos.

MODELO NUMÉRICO
de 2017 – Mecânica dos Sólidos Experimental

28 de Setembro PMR5211 44
Métodos numéricos
• A análise de estruturas envolve a solução de equações diferenciais parciais.

• Soluções analíticas exatas (fechadas) só existem em casos especiais:
– Geometria e condições de contorno simples.
– Certos tipos de carregamento.
– Material homogêneo.
• A solução de problemas reais requer a utilização de métodos numéricos
(aproximados):
– Método das Diferenças Finitas.
– Método dos Elementos Finitos.
– Método dos Elementos de Contorno
– Método espectral...

Discretização do problema
2
Determinação do R L   R d
perímetro de um  0
círculo. L  2R
Discretizando o círculo em n partes:
L  na tal que a  2Rsen  2 

  2 n  n  2 
sen  2 
L  2R
 2  a
A medida que  tende a zero,

sen tende a 

Solução exata x numérica
sen  2 
L  2R L  2R
 2 
A medida que  Um método numérico é confiável se ele
tende a zero, converge para a solução exata do modelo
sen tende a  matemático, com o refinamento.
Para n=360: A solução numérica de um problema não é

melhor do que o modelo matemático
Erro (%)=0,00127 utilizado.
Esse é um exemplo clássico da literatura, para retratar que a idéia do método dos elementos finitos pode ser
considerada dos matemáticos egípcios (aprox. 1800 a.C.) ou de Archimedes em seus famosos estudos sobre
aproximação de círculo (aprox. 250 a.C.).

Discretização
10
Os modelos numéricos 8
devem ser implementados
e utilizados com facilidade,
6
Erro (%)
além de serem eficientes
computacionalmente.
4
Analisar a velocidade 0
de convergência! 50 40 30 20 10 0
Número de elementos n

Passos em uma análise em elementos finitos
• Pré-Processamento
• Criação da geometria;
• Atribuição da propriedade de material;
• Seleção do tipo de elemento;
• Discretização do modelo.
• Análise
• Aplicação das condições de contorno;
• Aplicação da carga;
• Submissão para solução.
• Pós-Processamento
• Seleção do tipo de variável de campo de interesse;
• Visualização da variável selecionada;
• Geração de Gráficos/Formas

Vários softwares disponíveis no mercado
Ansys MSc Products

– Ansys Workbench Patran
– Ansys - LS Dyna Nastran
Dytran
Abaqus
– CAE LS-Dyna
– Standard
– Explicit Hyper mesh, Ideas, Unigraphics,
Pro-Mechanica, Adina, Cosmos,
...

Exemplo
A Dynamic Finite Element Analysis of Human Foot Complex in the

Sagittal Plane during Level Walking
Zhihui Qian Lei Ren Yun Ding John R. Hutchinson Luquan Ren
November 11, 2013https://doi.org/10.1371/journal.pone.0079424

ESTRUTURA DE UM PROGRAMA MEF
EQUAÇÕES E MATRIZES
TRELIÇAS
de 2017 – Mecânica dos Sólidos Experimental

28 de Setembro PMR5211 52
Discretização unidimensional
Da Mecânica dos sólidos elementar, uma barra
uniforme de comprimento L, área da seção transversal
u
A, e módulo de elasticidade E podem ser modeladas deslocamento
como uma mola de rigidez keq

F
Força externa
L aplicada
F F
A, E x
keq
F F
F=Keq u
AE
com: k eq 
L

Forças e deslocamentos nodais
Considere uma mola linear de rigidez k.

ui uj
Supõe-se que os deslocamentos em
suas extremidades, chamadas nós,
fi fj
sejam ui e uj, conhecidos como
deslocamentos nodais. Vamos i j
considerar que as forças atuando nas k
duas extremidades, chamadas forças y
nodais, sejam fi e fj. x

Relação Força - deslocamento nodal
As forças nodais e deslocamentos

ui uj
nodais estão relacionados conforme as
equações.
fi fj
fi  k ui  u j  i j
f j  k u j  ui 
k
y

Matriz de rigidez do elemento
As relações anteriores podem ser

ui uj
colocadas na forma matricial, ou seja:
fi fj
fi  k ui  u j   k  k  ui   fi  i j
 k k  u    f 
f j  k u j  ui    j   j  k
y
kd=F
 1  1 EA  1  1
k    1 1 
  1 1  L   sempre simétrica
uj
u 1  ui
 
u 2  fi fj
j
f 1  i
 
f 2  k
y

Uma coluna i de K será sempre multiplicada pelo valor de deslocamento da linha i
do vetor u (isto é, em um grau de liberdade).
Define-se a coluna da matriz K – Ki1, por exemplo – como forças correspondentes
a deslocamentos unitários no grau de liberdade 1.
Portanto, Kij é a força necessária no grau de liberdade j para deslocamento
unitário no grau de liberdade i.
EA  1  1 -EA/L EA/L
K  
L  1 1  1

Teorema de reciprocidade Betti-Maxwell
A dor no peito por ter levado um soco no rosto

= O que??????
dor no rosto por ter levado um chute no peito!
" O deslocamento do ponto k, provocado por uma força unitária aplicada no ponto i, é igual ao
deslocamento do ponto i, provocado por uma força unitária aplicada no ponto k, desde que
as direções das forças e deslocamentos coincidam nos respectivos pontos”
ui uj
fi fj
i j
k
Portanto, as matrizes de Rigidez e Flexibilidade são sempre simétricas.

Singularidade da matriz de rigidez do elemento
A equação Kd=F não pode ser resolvida (i. é,
encontrar deslocamentos nodais) para um valor
arbitrário de F porque a matriz K é singular.
Fisicamente, isso quer dizer que, em equilíbrio
estático, os deslocamentos nodais não podem u1=0 u2
ser determinados unicamente por um par de
forças aplicadas nos nós.
1 2
Um dos nós deve ser fixo ou com deslocamento
prescrito e, daí, o deslocamento da outra
extremidade pode ser unicamente determinado.
Restringir alguns nós da estrutura significa aplicar condições de contorno.

Solução para um único elemento
 1  1  0  f 1 
k    
 1 1  u 2  f 2 
ui=0 uj
Nó i é fixo (i.é seu deslocamento é nulo) :
fj
k
fj
ku j  f j uj 
k

Redução da matriz
Note que quando um deslocamento ou GL está restrito e vale zero, linhas e
colunas de k associadas àquele deslocamento são eliminadas e apenas o
restante da matriz é resolvida.
 k  k  ui   fi  Linha
 k k  u    f  associada com
  j   j  ui
Coluna
associada com
ui

Vários elementos
Considere agora duas molas de rigidez diferente unidas uma a outra.
Os nós são numerados globalmente como nós 1,2 e 3.
u1  ui1 u2  uj1  ui2  u3  uj2

k1 k2
F1
1 2 F2 3 F3
1 2
ui,j(1,2) - índice inferior refere-se ao número local do nó , representado pelas

letras i e j, e o índice superior refere-se ao número global do elemento
u1,2,3 - índice inferior representa o número global do nó..
Relações de continuidade
Quando dois elementos estão ligados, os nós nós de ligação (final do primeiro
elemento e inicial do segundo) se tornam um só e DEVEM ter o mesmo
deslocamento
u1  ui1 u2  uj1  ui2  u3  uj2
k1 k2
F1
1 2 F2 3 F3
1 2
1  2 
u2  u j  ui
deslocamento do nó final do elemento 1 (nó j) deve ser igual ao

deslocamento do nó inicial do elemento 2 (i).
Equilíbrio de forças
A soma das forças nodais externas atuando em cada nó devem ser iguais à soma
das forças nodais de cada elemento, em todos os nós.
F1  fi 1 
1  2 
F2  f j  fi
F3  f j2 
onde F1, F2, F3 são forças nodais externas numeradas globalmente.

Equações de equilíbrio globais
Quando continuidade e equilíbrio de forças são impostos, as equações de
equilíbrio global resultante são,
k
1 k 1 0  u 1  F 
    1
 k 1 k 1 k 2 k 2  u 2   F 2 
 0    
 k 2 k 2  u 3  F 3 
kd=F

Problema global
 K1  K1 0 
Matriz de rigidez global
k   K1 K1  K2  K2 
(sempre simétrica)  0  K2 K2 
Vetor de deslocamentos u 
 1
nodais global d  u2 
 
u3 
Vetor global de forças F 

 1
nodais F  F2 
 
F3 
Os deslocamentos nodais globais são também conhecidos como graus de

liberdade globais.
Montagem da matriz de rigidez global
A matriz de rigidez global é montada através da união das

matrizes de rigidez de cada elemento, da seguinte forma:
Matriz de rigidez do
elemento 1  K  K1 0 
1
 K K1  K2 
 K2 
 1
 0  K2 K2 
Os termos de rigidez das duas Matriz de rigidez do
matrizes se somam nos GL elemento 2
coincidentes
Singularidade da matriz de rigidez global
• Como no caso da matriz de rigidez local do elemento a matriz de rigidez

global K é singular. Alguns nós da estrutura devem ser restritos (i.é,
deslocamento conhecido ou nulo) para tornar o problema estaticamente
determinado ou hiperestático. Então os GL restantes podem ser
determinados.
• Restringir alguns nós da estrutura significa aplicar condições de contorno.

Condição de contorno homogênia
u1 = 0,
0
 K1 K1 0  u 1  F1 
 K K  K    
 K 2  u 2   F 2 
 1 1 2
 0 K2 K 2  u 3  F 3 
F1  K 1u 2 Força de reação desconhecida no nó 1
F 2  K 1  K 2 u 2  K 2u 3
Forças nodais desconhecidas
F 3  K 2u 2  K 2u 3
Condição de contorno homogênia
 K1  K1 0  u1  F1  Linha
 K K  K    
 K2  u2   F2  associada
 1 1 2 com u1
 0  K2 K2  u3  F3 
Coluna associada com u1
PORTANTO:
1. Para condições de contorno homogêneas delete as linhas e colunas
apropriadas da matriz de rigidez global e resolva o conjunto reduzido de
equações para os deslocamentos nodais desconhecidos.
2. Deslocamentos e forças NÃO PODEM ser conhecidos no mesmo nó. Se o
deslocamento é desconhecido, a força naquele nó é conhecida e vice-versa.

Condição de contorno não homogênea
u1 = , um valor conhecido diferente de zero

 K1  K1 0  u1  F1 
 K K  K  K  u   F 
 1 1 2 2  2   2
 0  K2 K2  u3  F3 
F1  K11  K1u2 Força de reação desconhecida no nó 1
F2  K1  K1  K2 u2  K2u3
Forças nodais desconhecidas
F3  K2u2  K2u3

Condição de contorno não homogênea
 K1  K1 0  u1  F1 
 K K  K  K  u   F  F 2  K 11  K 22u 2  K 23u 3
 1 1 2 2  2   2
 0  K2 K2  u3  F3 
F 3  K 22u 2  K 33u 3
F1  K11  K1u2
F2  K1  K1  K2 u2  K2u3 F 2  K 11  K 22 K 23  u 2 
    
F3  K2u2  K2u3
 F3  K 32 K 33  u 3 
PORTANTO:
Para condições de contorno não homogêneas
1. Delete as linhas e colunas apropriadas da matriz de rigidez global e resolva o
conjunto reduzido de equações para os deslocamentos nodais desconhecidos.
2. Não esqueça de modificar o lado direito da equação!!!
Exercício exemplo
Calcule os deslocamentos nodais da estrutura abaixo:

K1=200 Kgf/mm
B FB D FD K2=100 Kgf/mm
K4
K3=150 Kgf/mm
(4)
FC K4=300 Kgf/mm
K3 C
K1 K5 K6 K5=400 Kgf/mm
(3)
A K2
E K6=500 Kgf/mm
(1) (5) (6)
(2)
FB=400 Kgf
FC=300 Kgf
FD=500 Kgf
Exercício adaptado de:
Elementos Finitos, A base da tecnologia
CAE
Avelino Alves Filho
5ª. Edição – Editora Érica

Exercício exemplo
B FB D FD
K4
(4)
FC
K3 C
K1 K5 K6
(3)
A K2
E
(1) (5) (6)
5
(2) F5
(5)
2 F2
(4)
(6)
1 4
(1) (3)
6
(2) 3 F3

Exercício exemplo
Usyst =
1.9208
2.2044
1.6317

Exercício exemplo

Sequência de passos sugerida no livro
1. No exemplo já foi fornecido o modelo constituído de elementos de mola.

Defina os nós em comum para cada elemento;
2. Determine a matriz de rigidez de cada elemento;
3. Monte matriz de rigidez da estrutura e o vetor de forças nodais;
4. Defina as condições de contorno e aplique à matriz de rigidez;
5. Determine os deslocamentos nodais

Para você treinar!
Você achou a solução analítica para uma barra de
alumínio – L=300mm, com seção variável: AR=160mm2 e AR=160mm2
R  7,14mm
x
Ar=80mm2 e tracionada pela força P=450 N. Calcule os
deslocamentos da barra por análise matricial. F
L
dx gA(x)
F+dF
450 N
Ar=80 mm2
R  5,05mm
P
100 mm 100 mm 100 mm

Para você treinar!
A seção transversal de cada barra pode ser obtida assumindo-se a média
de cada segmento,
AR = 160 mm2 Ar = 80 mm2

1  A  Ar    147 mm2
A1   AR   AR  R 
2  3 
1  A  Ar     A  2AR  Ar    120 mm2

A2   AR  R   R 
2  3   3 
100 mm 100 mm 100 mm
1  2AR  Ar   
A3   AR    A0   93 mm
2
2  3  

Para você treinar!
Ai Ei
• A rigidez equivalente de cada barra é dada por ki  em N/mm.
Li
147x72000
k1   105840 N/mm
100
120x72000
k2   86400 N/mm
100
93x72000
k3   66960 N/mm
100
u1=0 u2 u3 u4
1 2 3
1 2 3 4 450 N
k1=105840 N/mm k2=86400 N/mm k3=66960 N/mm

Redução da matriz de rigidez,
Condição de contorno homogênea
Força associada
u1 = 0,
com o GL
restrito (força de
reação)
 K1  K1 0 0  u1   F1 
 K K  K  K2 0  u2  F2 
 1 1 2

 0  K2 K2  K3  K3  u3  F3 
    
 0 0  K3 K3  u4  F4 
0  K 1  K 2 u2  K 2u3
Linha e coluna
associada a u1 0  K 2u2  K 2  K 3 u3  K 3u4
450  K 3u3  K 3u4

u2  0,94482 0,94482 0,94482  0  0,00425
  5    0   0,00946
u
 3  10  0,94482 2,10223 2,10223   
u  0,94482 2,10223 3,60000    
 4 450 0,01618
x=0 u=0 (condição de contorno do problema...)
x=100 u=0,00425 mm
x=200 u=0,00946 mm
x=300 u=0,01618 mm
AINDA, se utilizarmos a linha da matriz de rigidez que foi retirada, e

multiplicarmos pelo vetor deslocamentos, agora conhecido,
 0 
0,004252
105840  105840 0 0 
  Reação de apoio  450 N
 0,009460
0,016180
Obviamente... reação de apoio vale - 450 N!

Comparação com resultados exatos
0,018
0,016
analítico
0,014 numérico
0,012
u[mm]
0,01
0,008
0,006
0,004
0,002
0
0 50 100 150 200 250 300
x[mm]
Nesse caso, os resultados produzidos pelo MEF são exatos, porém,
discretos.

Para você treinar em casa!
1. Na estrutura montada abaixo, os blocos

K1 K2
rígidos estão unidos a molas lineares.
Imagine que são somente permitidos F
K3
deslocamentos horizontais. Escreva as F1
equações de equilíbrio global Kd=F depois
K4
de aplicar as condições de contorno em F2
u3
deslocamentos em termos de: rigidez das

molas ki, graus de liberdade, ui, e forças u1 u2
aplicadas, Fi.

Para você treinar em casa!
2. Uma força F=2N é aplicada ao

sistema ao lado. Determine E1 =100 N/mm2
A1 =2 mm2 E2 =100 N/mm2
os deslocamentos x1 e x2 do A2 =0.5 mm2
sistema. F
x2
x1
L1=10 L2=4
3. Seja um conjunto de três elementos
de barra sujeitos a uma força externa F
em uma extremidade e fixo a uma
parede na outra. O movimento está
restrito a uma dimensão (x). Determine o Parede
K2
deslocamento do elemento rígido A, as A
forças nos elementos 1,2 e 3 e as forças F K1 2
de reação na parede. Admita K1=50 K3
N/cm, K2=30 N/cm, K3=70 N/cm e F=50 1
N/cm. 3

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Média final = Media prova

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• KLAUS-JURGEN BATHE “Finite Element Procedures”, 2ª Edição –

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Lida com leis fundamentais e princípios da mecânica, com intrínseco

Transfere o conhecimento teórico para aplicações científicas e de

Resolve problemas específicos através de simulações utilizando

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O tronco tem seção

Forças de volume: Se o corpo é acelerado,

Para o cubo, as forças internas por

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19 de Fevereiro de 2018 PMR5010 – Elementos Finitos em Sist. Multifísicos: Fundamentos 21

2. Forças no contorno: Forças são especificadas na parte ST do contorno.

• A lei constitutiva relaciona tensões e deformações.

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19 de Fevereiro de 2018 PMR5010 – Elementos Finitos em Sist. Multifísicos: Fundamentos 26

• Fazer somatório de forças igual a massa 𝑢ሷ

19 de Fevereiro de 2018 PMR5010 – Elementos Finitos em Sist. Multifísicos: Fundamentos 28

• Utilizando a lei de Hooke e as definições 𝑢ሷ

de tensão e deformação, encontre a F q 𝐹+

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A barra de alumínio (E=72GPa) ao lado

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19 de Fevereiro de 2018 PMR5010 – Elementos Finitos em Sist. Multifísicos: Fundamentos 32

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Equação diferencial (ODE):

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Solução analítica do problema: P

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A medida que nos distanciamos dos problemas x

Além disso, os casos foram unidimensionais…

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O problema é bem resumido pelo

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Problemas devem ser simplificados usando certas aproximações…

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Discretizando o círculo em n partes:

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