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Referência
SAID, Edward W. Cultura e Imperialismo. Traduzido por Denise Bottman. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
citações
“[...] permite que o leitor veja que o imperialismo é um sistema” (SAID, 1995, p. 17)
“[...] o europeu imperialista não queria ou não conseguia enxergar que era imperialista” (SAID,
1995, p. 213
Nas relações imperialistas, a indústria cultural desempenha papéis especiais, além dos que
desempenha no interior da sociedade dominante. A indústria cultural do imperialismo está
constantemente voltada tanto para o proletariado como para a burguesia e a classe média do
país dependente. As forças militares e policiais dos países subordinados são um alvo constante
e prioritário dessa indústria. Esta se volta para a conquista e reconquista, indefinidamente, de
uns e outros, das suas concepções, organizações e lideranças, a fim de que as próprias relações
imperialistas possam continuar a reproduzir-se (Octavio Ianni, 1976, p. 26)
ENGELS, Friedrich; MARX, Karl. A ideologia alemã. Trad. Rubens Enderle, et al. São Paulo:
2007, p. 47.
As ideias da classe dominante são, em cada época, as ideias dominantes, isto é, a classe que é
a força material dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, sua força espiritual dominante.
A classe que tem à sua disposição os meios da produção material dispõe também dos meios da
produção espiritual, de modo que a ela estão submetidos aproximadamente ao mesmo tempo
os pensamentos daqueles aos quais faltam os meios da produção espiritual. As ideias
dominantes não são nada mais do que a expressão ideal das relações materiais dominantes,
são as relações materiais dominantes apreendidas como ideias; portanto, são a expressão das
relações que fazem de uma classe a classe dominante, são as ideias de sua dominação. Os
indivíduos que compõem a classe dominante possuem, entre outras coisas, também
consciência e, por isso, pensam; na medida em que dominam como classe e determinam todo
o âmbito de uma época histórica, é evidente que eles o fazem em toda a sua extensão,
portanto, entre outras coisas, que eles dominam também como pensadores, como produtores
de ideias, que regulam a produção e a distribuição das ideias de seu tempo; e, por
conseguinte, que suas ideias são as ideias dominantes da época. Por exemplo, numa época e
num país em que o poder monárquico, a aristocracia e a burguesia lutam entre si pela
dominação, onde portanto a dominação está dividida, aparece como ideia dominante a
doutrina da separação dos poderes, enunciada então como uma “lei eterna”. Referência:
ENGELS, Friedrich; MARX, Karl. A ideologia alemã. Trad. Rubens Enderle, et al. São Paulo:
2007, p. 47.
EGLETON, Terry. A Ideologia estética. Trad. Mauro Sá Rego Costa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993,
p.8
EGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Trad. Waltensir Dutra. São Paulo:
Martins Fontes, 2003.
A estrutura de valores, em grande parte oculta, que informa e enfatiza nossas afirmações
factuais é parte do que entendemos por ideologia. Por ideologia quero dizer,
aproximadamente, a maneira pela qual aquilo que dizemos e no que acreditamos se relaciona
com a estrutura de poder e com as relações de podem da sociedade em que vivemos. Segue-
se, dessa grosseira definição, que nem todos nossos juízes e categorias subjacentes ser
proveitosamente considerados ideológicos. Temos a convicção profunda de que avançamos
para o futuro ( pelo menos uma outra sociedade acha que está avançando para o futuro) mas
embora essa maneira de ver possa estar relacionada de modo significativo com a estrutura de
poder, isso necessariamente não ocorre sempre e em toda a parte. Não entendo por ideologia
apenas as crenças que têm raízes profundas, e são muitas vezes inconscientes; considero-a,
mais particularmente, como sendo os modos de sentir, avaliar, perceber, acreditar, que se
relacionam de alguma forma com a manutenção e reprodução da vida social. p. 20-21