Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
POLÍTICA NORMATIVA
Direção Editorial:
Lucas Fontella Margoni
Comitê Científico:
DEBATES SOBRE
POLÍTICA NORMATIVA:
Republicanismo, liberalismo e
democracia deliberativa
φ
Diagramação e capa: Lucas Fontella Margoni
Fotografia de capa: Markus Studtmann
A regra ortográfica usada foi prerrogativa do autor.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR
ISBN - 978-85-5696-046-7
CDD-172
CAPÍTULO I ................................................................................ 19
CAPÍTULO II ............................................................................... 57
UMA ALTERNATIVA AO DEBATE LIBERAL-REPUBLICANO: A POLÍTICA
PROCEDIMENTAL DELIBERATIVA DE JÜRGEN HABERMAS................ 57
REFERÊNCIAS........................................................................... 128
INTRODUÇÃO1
22A tradução livre de: “The spirit of the people is no wise to be trusted
with their liberty, but by stated laws or those order; so trust is not in
the spirit of the people, but in the frame of those orders”
(HARRINGTON, apud PETTIT, 1997b, p. 29)
23 A tradução livre de: “While it is true that republican thinkers in
general regarder democratic participation or representation as a
safeguard of liberty, no as defining core” (PETTIT, 1997b, p. 30)
Joedson de Santana Oliveira | 93
27 Tradução livre de: “Is not entirely outlandish to think that the
previously dominant party might accept the constitutional
arrangement”. (PETTIT, 1997b, p. 68)
100 | Debates sobre Política Normativa
31Tradução livre de: […] the presence in the polity of such and such
empowering and protective arrangements makes it the case that you are
more or less immune to arbitrary interference, but it does not cause
that immunity; constitutes it. To be immune to a certain disease is to
have antibodies in your blood – maybe these, maybe those – which
prevent development relevant virus. The presence of the antibodies
represent a way of realizing the immunity; it is not something that
causally leads to it. To be immune to arbitrary interference, to enjoy no-
domination, is to have inhibitors present in your society.” (PETTIT,
1997b, p. 108)
Joedson de Santana Oliveira | 105
32Tradução livre de: “Not only does it have potentially universal appeal
as a language of freedom; it has relevance to a variety of highly
specific, event particularistic, cause” (PETTIT, 1997b, p.134)
106 | Debates sobre Política Normativa
interesse comum?
A respeito da dimensão autoral da democracia,
Pettit acredita que deve haver formas institucionalizadas
para que o cidadão possa participar o máximo possível da
vida pública. As eleições periódicas, levantes populares e
referendos são as principais formas de se exercer essa
função autoral. Tendo em vista que nas eleições para os
cargos públicos do Executivo e do Legislativo o povo elege
aqueles candidatos que, supostamente, representam os
interesses comuns e os cidadãos se tornam, dessa forma,
autores indiretos dos projetos, medidas, emendas e todos
os demais atos propostos pela pessoa eleita, porque esta se
transforma num comissário do povo, e seus atos devem
espelhar aquilo que fora planejado, discutido e colocado
como meta antes e durante o processo eleitoral.
Isso traz riscos e Pettit não se furta a apontá-los. O
perigo mais visível é o de que haja representantes
demagógicos que proponham projetos que agradem uma
maioria “e discrimine significativamente uma minoria”
(PETTIT, 2007, p.224). Tais atitudes são tomadas tendo em
vista, sobretudo, o próximo pleito eleitoral e pode ser visto,
corriqueiramente, nas democracias liberais que têm sofrido
muito com isso. O resultado é que muitos grupos
minoritários têm reagido de forma bastante enérgica, o que
tem causado focos de conflitos em vários países. A relação
dos mulçumanos com algumas medidas do governo francês
nos últimos anos ilustra bem isso.
Outro risco a ser enfrentado por uma democracia
eleitoral está na possibilidade desta se tornar apenas um
jogo de interesses. E como o povo é autor apenas indireto
dos projetos a serem pleiteados, alguns representantes
podem propor medidas de forma extremamente
corporativista, ou seja, sem qualquer ligação com o
interesse comum, conforme adverte Pettit (2007, p. 224):