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1. TÍTULO DO TRABALHO
2. AUTORES
3. PALAVRAS-CHAVE
4. APRESENTAÇÃO / JUSTIFICATIVA
A história da sociedade atual tem sido marcada por muitas mudanças, entre elas a forte atuação dos
processos comunicativos, a participação das tecnologias de informação e da comunicação (TICs).
Esses meios transformaram radicalmente a maneira como as pessoas se relacionam. Ou seja,
exercem uma considerável interferência na formação cultural e na constituição e reprodução dos
valores sociais.
Contudo observamos, sobretudo, ao longo deste ano o debate em torno do direito que os grupos
humorísticos reivindicam em fazer piadas sobre personalidades públicas ou mesmo determinados
segmentos sociais. Estes programas trabalham, normalmente reforçando estereótipos, objetificam a
mulher, o negro, o índio, o homossexual, o pobre, entre outros. Estes programas acabam por refoçar
a discriminação regional, lingüística, de cor e étnica. Esses tipos de preconceitos são apresentados
de forma detalhada no texto de Ricardo Nóbrega, intitulado “Baianos e Paraíbas: notas sobre s
discriminação contra migrantes nordestinos” ao chamar a atenção para o preconceito regional em
escolas públicas. Outro texto que discute em parte, a questão dos estereótipos foi escrito por Hebe
Gonçalves, intitulado “Direitos Humanos e proteção dos direitos de crianças e adolescentes”.
Segundo a autora, in verbis:
Como isso não se que afirmar sobre a desimportância da mídia. Contudo, se faz necessário
aprofundar o debate a respeito da mídia na formação dos estereótipos. Compreender seus
significados, os valores que difundem são cruciais para compreendermos as dificuldades de
construir um discursos em favor da pluralidade, de valorização da diferença, mas sobretudo para a
construção de um discurso de enfrentamento das práticas preconceituosas.
A desconstrução das narrativas presentes na mídia nos faz refletir sobre como os grupos são
representados nela. Por meio deste processo, vamos compreendendo como determinados grupos
dominantes mantem o processo de dominação, ao negar o direito de determinados grupos
socialmente segregados a terem suas identidades respeitadas. Portanto torna-se imperativo,
aprofundar o debate sobre mídia e construção de valores, do seu papel para e na reprodução de
práticas de dominação, de formação de opinião e, sobretudo, de desconstruir os discursos do senso
comum sobre os mais variados grupos socialmente segregados.
5. OBJETIVOS
a) analisar de que forma a escola atua na discussão sobre as práticas preconceituosas em relação às
mulheres, negros, índios, entre outros grupos socialmente vulneráveis;
b) discutir sobre conteúdos dos livros didáticos que abordem temas referentes aos grupos
socialmente segregados.
c) analisar a recepção dos estudantes sobre programas humorísticos e/ou outros que apresentem atos
considerados discriminatórios.
6. METODOLOGIA
Serão realizadas entrevistas semi-estruturadas com o intuito captar as representações desses sujeitos
com relação ao problema abordado. Na entrevista semi-estruturada, professores serão estimulados a
expressar sobre o tema, desencadeando um discurso. Este discurso por sua vez contém um conjunto
de respostas às perguntas do roteiro que representam o pensamento do entrevistado sobre o objeto
em questão. Esse tipo de entrevista é uma fonte de informação que nos fornece fatos, idéias,
crenças, maneiras de pensar, opiniões, sentimentos, condutas, comportamentos, maneiras de sentir,
o que poderia não ser alcançado numa entrevista padronizada ou com a utilização de questionários.
Vale ressaltar que apesar de a escolha estar direcionada para diretores de escolas com grandes
números de ocorrência de práticas preconceituosas registrados, a pesquisa também abordará aquelas
onde não se tem esse registro oficial, bem como escolas de regiões periféricas e também centrais,
pois objetiva-se ao final poder fazer um enfrentamento dos dados coletados nas entrevistas.
Finalmente, para completar o quadro metodológico, buscar-se-á também fazer uma análise dos
documentos existentes nas escolas selecionadas, tais como relatórios, livro de ocorrências e
regimentos internos, o que intenciona elucidar as práticas escolares frente às diversas manifestações
preconceituosas no contexto escolar e também conhecer através do regimento como a escola lida
com o problema frente aos diversos sujeitos.
7. RESULTADOS ESPERADOS
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9. FONTE DE FINANCIAMENTO
Universidade Federal de Goiás