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PROGRAMA BOLSAS DE LICENCIATURA – PROLICEN

Resumo expandido CONPEEX 2010

1. TÍTULO DO TRABALHO

Refletir sobre as práticas preconceituosas relativas a crianças e adolescentes no âmbito da escola.

2. AUTORES

NOGUEIRA, B. L. Alencar; OLIVEIRA, D. David

3. PALAVRAS-CHAVE

Violência na escola – Preconceito – Minorias sociais

4. APRESENTAÇÃO / JUSTIFICATIVA

A história da sociedade atual tem sido marcada por muitas mudanças, entre elas a forte atuação dos
processos comunicativos, a participação das tecnologias de informação e da comunicação (TICs).
Esses meios transformaram radicalmente a maneira como as pessoas se relacionam. Ou seja,
exercem uma considerável interferência na formação cultural e na constituição e reprodução dos
valores sociais.

Contudo observamos, sobretudo, ao longo deste ano o debate em torno do direito que os grupos
humorísticos reivindicam em fazer piadas sobre personalidades públicas ou mesmo determinados
segmentos sociais. Estes programas trabalham, normalmente reforçando estereótipos, objetificam a
mulher, o negro, o índio, o homossexual, o pobre, entre outros. Estes programas acabam por refoçar
a discriminação regional, lingüística, de cor e étnica. Esses tipos de preconceitos são apresentados
de forma detalhada no texto de Ricardo Nóbrega, intitulado “Baianos e Paraíbas: notas sobre s
discriminação contra migrantes nordestinos” ao chamar a atenção para o preconceito regional em
escolas públicas. Outro texto que discute em parte, a questão dos estereótipos foi escrito por Hebe
Gonçalves, intitulado “Direitos Humanos e proteção dos direitos de crianças e adolescentes”.
Segundo a autora, in verbis:

“A experiência só constrói o sujeito quando este incorpora a diversidade, a opinião pública.


Contribui para construir aquilo que a imagem midiática engendrou: a desumanização da vida
na violência. Como profecia que se auto-realiza, as crianças dos guetos e favelas subjugadas
caminham sem vias de realização da alteridade, do encontro com o outro e como diferente
seja nos espaços de trocas sociais ou no diálogo interior que propícia a descoberta de novos
sentidos para si próprios”.

A mídia, conforme destacamos anteriormente, aponta para o domínio da superficialidade, e desta


forma, acentua a discriminação ao invés de tentar realmente produzir um discurso de respeito pela
diferença, pela diversidade.

Como isso não se que afirmar sobre a desimportância da mídia. Contudo, se faz necessário
aprofundar o debate a respeito da mídia na formação dos estereótipos. Compreender seus
significados, os valores que difundem são cruciais para compreendermos as dificuldades de
construir um discursos em favor da pluralidade, de valorização da diferença, mas sobretudo para a
construção de um discurso de enfrentamento das práticas preconceituosas.

A desconstrução das narrativas presentes na mídia nos faz refletir sobre como os grupos são
representados nela. Por meio deste processo, vamos compreendendo como determinados grupos
dominantes mantem o processo de dominação, ao negar o direito de determinados grupos
socialmente segregados a terem suas identidades respeitadas. Portanto torna-se imperativo,
aprofundar o debate sobre mídia e construção de valores, do seu papel para e na reprodução de
práticas de dominação, de formação de opinião e, sobretudo, de desconstruir os discursos do senso
comum sobre os mais variados grupos socialmente segregados.

5. OBJETIVOS

a) analisar de que forma a escola atua na discussão sobre as práticas preconceituosas em relação às
mulheres, negros, índios, entre outros grupos socialmente vulneráveis;

b) discutir sobre conteúdos dos livros didáticos que abordem temas referentes aos grupos
socialmente segregados.

c) analisar a recepção dos estudantes sobre programas humorísticos e/ou outros que apresentem atos
considerados discriminatórios.

6. METODOLOGIA

A metodologia da pesquisa se desdobrará em quatro etapas. Na primeira será feito um levantamento


na literatura geral sobre as práticas de preconceito. Para realização desta etapa privilegiaremos a
leitura dos textos (artigos e livros) de autores que vem desenvolvendo pesquisas sobre o campo da
discriminação. Na segunda etapa faremos uma leitura mais específica sobre a práticas
discriminatórias. O objetivo será pensar as diferentes formas de manifestação dos preconceitos,
assim como seus conceitos. Para realizar esta etapa faremos uma busca no portal Scielo de artigos
que contenham uma abordagem sobre o tema específico. Para ampliar o foco, privilegiaremos
trabalhos publicados nos últimos cinco anos. Na terceira etapa do trabalho procuraremos dados
sobre a ocorrência de práticas de preconceito na escola e que foram registrados. Para dar conta desta
etapa verificaremos nas instituições responsáveis sobre tais dados.

Serão realizadas entrevistas semi-estruturadas com o intuito captar as representações desses sujeitos
com relação ao problema abordado. Na entrevista semi-estruturada, professores serão estimulados a
expressar sobre o tema, desencadeando um discurso. Este discurso por sua vez contém um conjunto
de respostas às perguntas do roteiro que representam o pensamento do entrevistado sobre o objeto
em questão. Esse tipo de entrevista é uma fonte de informação que nos fornece fatos, idéias,
crenças, maneiras de pensar, opiniões, sentimentos, condutas, comportamentos, maneiras de sentir,
o que poderia não ser alcançado numa entrevista padronizada ou com a utilização de questionários.

Vale ressaltar que apesar de a escolha estar direcionada para diretores de escolas com grandes
números de ocorrência de práticas preconceituosas registrados, a pesquisa também abordará aquelas
onde não se tem esse registro oficial, bem como escolas de regiões periféricas e também centrais,
pois objetiva-se ao final poder fazer um enfrentamento dos dados coletados nas entrevistas.

Finalmente, para completar o quadro metodológico, buscar-se-á também fazer uma análise dos
documentos existentes nas escolas selecionadas, tais como relatórios, livro de ocorrências e
regimentos internos, o que intenciona elucidar as práticas escolares frente às diversas manifestações
preconceituosas no contexto escolar e também conhecer através do regimento como a escola lida
com o problema frente aos diversos sujeitos.

7. RESULTADOS ESPERADOS

a) Elaborar um artigo tendo como foco as narrativas dirigentes quanto ao fenômeno da


violência na escola.

b) Compreender como o discurso midiático constrói narrativas estereotipadas sobre os grupos


socialmente segregados;

c) Elaboração de relatório parcial e final sobre os resultados do trabalho de campo.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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9. FONTE DE FINANCIAMENTO
Universidade Federal de Goiás

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