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SUMÁRIO
1. SANGUE ............................................................................................................... 1
1.1. Funções .................................................................................................... 1
1.2. Circulação Periférica .................................................................................. 1
1.3. Composição .............................................................................................. 3
2. ERITRÓCITOS ...................................................................................................... 4
2.1. Eritropoiese ............................................................................................... 5
2.2. Estrutura ................................................................................................... 6
3. HEMOGLOBINA.................................................................................................... 9
4. FERRO ................................................................................................................ 11
5. HEMATÓCRITO .................................................................................................. 12
6. ERITROGRAMA .................................................................................................. 14
6.1. Contagem de Eritrócitos............................................................................ 14
6.2. Dosagem de Hemoglobina ........................................................................ 15
6.3. Hematócrito ............................................................................................. 16
6.4. Volume Corpuscular Médio (VCM) ............................................................. 16
6.5. RDW (red cell distribution width) ................................................................ 17
6.6. Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) .................................................... 17
6.7. Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) ........................ 18
6.8. Anisocitose .............................................................................................. 19
6.9. Anisocromia ............................................................................................. 20
6.10. Poiquilocitose .......................................................................................... 21
7. LEUCÓCITOS ..................................................................................................... 23
7.1. Leucopoiese ............................................................................................ 23
7.2. Funções .................................................................................................. 24
7.3. Neutrófilos ............................................................................................... 26
7.4. Eosinófilos ............................................................................................... 27
7.5. Basófilos ................................................................................................. 28
7.6. Monócitos ................................................................................................ 29
7.7. Linfócitos ................................................................................................. 29
8. PLAQUETAS ....................................................................................................... 32
9. INTERPRETAÇÃO .............................................................................................. 33
9.1. Eritrograma.............................................................................................. 33
9.2. Leucograma ............................................................................................ 34
9.3. Plaquetograma ........................................................................................ 35
10. TÉCNICAS ...................................................................................................... 36
10.1. Materiais Utilizados no Laboratório de Hematologia .................................... 36
10.2. Contagem Manual de Eritrócitos ................................................................ 37
10.3. Microhematócrito...................................................................................... 38
10.4. Contagem Global de Leucócitos Manual .................................................... 39
10.5. Contagem Diferencial de Leucócitos Manual .............................................. 40
10.6. Dicas para Fazer a Distensão Sanguínea ................................................... 42
10.7. Corantes Hematológicos ........................................................................... 44
10.8. Como Descrever a Morfologia de um Leucócito .......................................... 45
10.9. Contagem Manual de Reticulócitos ............................................................ 46
10.10. Velocidade de Hemossedimentação ...................................................... 48
10.11. Testes da Antiglobulina Direto (Coombs Direto) ...................................... 50
10.12. Tipagem Sanguínea ............................................................................. 52
11. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 54
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1. SANGUE
1.1. Funções
1.3. Composição
2. ERITRÓCITOS
2.1. Eritropoiese
2.2. Estrutura
3. HEMOGLOBINA
HEMOGLOBINA COMPOSIÇÃO
A 2 globinas α + 2 globinas β
A2 2 globinas α + 2 globinas δ
F 2 globinas α + 2 globinas γ
hemoglobina Fetal (HbF). Esta, tem a sua globina constituída por dois pares de
cadeias de polipeptídios alfa e dois pares de cadeias gama.
Esta modificação da molécula da hemoglobina altera as suas
características fundamentais. A hemoglobina F tem uma afinidade pelo oxigênio
extremamente elevada, bem maior que a da hemoglobina A.
Aquela elevada afinidade da hemoglobina F pelo oxigênio permite ao feto
extrair oxigênio facilmente da circulação materna, apesar da pressão parcial de
oxigênio relativamente baixa no sangue da placenta.
A hemoglobina F existe em grandes concentrações no sangue de recém-
natos e vai desaparecendo gradualmente durante o primeiro ano de vida, sendo
substituída pela hemoglobina A.
A hemoglobina A, a hemoglobina A2, e a hemoglobina F, são variações
normais da hemoglobina humana. Caso persista, após o primeiro ano de vida,
uma grande quantidade de hemoglobina F em circulação, ter-se-á uma condição
anormal, em relação à hemoglobina e suas funções no organismo.
4. FERRO
para a medula óssea. O ferro que não é imediatamente usado para a produção
da hemoglobina fica armazenado no tecido hemopoiético sob a forma de ferritina.
Quando há excesso de ferro no sangue, ele é depositado nas células,
particularmente, nos hepatócitos e em algumas células reticuloendoteliais da
medula óssea. Dentro do citoplasma da célula ele combina com uma proteína, a
apoferritina, formando assim a ferritina. Este ferro que fica armazenado na
forma da ferritina é chamado ferro de depósito.
Os humanos tipicamente armazenam ferro no interior de uma proteína
chamada ferritina. A forma do ferro na ferritina é o ferro III. Ao se ligar com a
ferritina, o ferro se torna solúvel em água. Diversas doenças resultam da
deposição de ferro III em tecidos em uma forma insolúvel. Estes depósitos de
ferro são chamados hemossiderina. Embora estes depósitos frequentemente
não causem sintomas, eles podem causar uma lesão ao órgão.
O organismo tende a reciclar toda a hemoglobina. As moléculas da globina
são fragmentadas nos seus aminoácidos, para nova utilização. A degradação do
radical heme consiste na conversão em porfirinas, pelo sistema
reticuloendotelial. As porfirinas são metabolizadas em biliverdina que é
transformada em bilirrubina no fígado para posterior eliminação pela bile.
5. HEMATÓCRITO
6. ERITROGRAMA
► Contagem de eritrócitos;
► Dosagem de hemoglobina.
► VCM;
Parâmetros derivados:
► Hematócrito;
► HCM;
► CHCM;
► RDW.
Observações:
a) Outras formas de expressar o resultado são: x106/µL ou T/L (Tera por
Litro);
b) Esses valores também podem variar de acordo com a população
estudada, região geográfica, etnia etc.
Termos utilizados:
► Masculino: 14 – 18 g/dL;
► Feminino: 12 – 16 g/dL.
Anemia
Segundo a OMS, o diagnóstico de anemia se dá quando a hemoglobina
está abaixo do valor mínimo de referência.
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6.3. Hematócrito
► Masculino: 40 – 50%;
► Feminino: 35 – 45%.
Termos utilizados:
Obs.: Valores abaixo do normal não têm significado clínico, pois indicariam
um “excesso de homogeneidade” na população eritroide.
Sua avaliação é útil no diagnóstico diferencial das anemias e outras
doenças hematológicas.
6.8. Anisocitose
São células maiores que as normais. Podem ser maduros ou jovens, sendo
estes últimos policromáticos, com colorações vitais ou pontilhado basófilo. O
predomínio desses elementos constitui a macrocitose.
A presença de macrócitos hipocrômicos indica a discordância entre a
formação celular e o material utilizado para a elaboração da hemoglobina. Os
macrócitos podem ter contorno oval ou arredondado, sendo o significado
diferente nas duas situações.
A macrocitose ocorre associada à reticulocitose, em fumantes, na
deficiência de B12, e folatos e em casos de demanda de nutrientes como na
gravidez. Os eritrócitos do recém-nascido apresentam acentuada macrocitose
quando comparados com os do adulto. Os eritrócitos fetais também são maiores
que os do adulto. Discreta macrocitose é uma característica fisiológica da
gravidez e também é encontrada em adultos idosos.
6.9. Anisocromia
Normocromia
Hipocromia
Hipercromia
6.10. Poiquilocitose
7. LEUCÓCITOS
7.1. Leucopoiese
7.2. Funções
7.3. Neutrófilos
7.4. Eosinófilos
Mielócito Metamielócito
Mieloblasto Promielócito Eosinófilo
eosinófilo eosinófilo
7.5. Basófilos
Mielócito Metamielócito
Mieloblasto Promielócito Basófilo
basófilo basófilo
7.6. Monócitos
7.7. Linfócitos
Linfócito
Linfoblasto Prolinfócito Plasmócito
maduro
8. PLAQUETAS
9. INTERPRETAÇÃO
9.1. Eritrograma
► Anemias
► Desidratação
Hematócrito ► Diluição
► Poliglobulias
► Gravidez
► Anemias megaloblásticas
► Etilismo ► Deficiência de ferro
VCM ► Hepatopatias ► Hemoglobinopatias
► Mielodisplasias ► Talassemias
► Terapia antiretroviral
► Esferocitose
CHCM ► Problemas com o ► Anemias
equipamento
9.2. Leucograma
► Acompanha a neutrofilia na
infecção e inflamação
► Aplasia de medula
► Endocardite subaguda
Monócitos óssea
► Tuberculose
► Quimioterapia
► Brucelose
► Leucemias
► Radio e
quimioterapia
► Infecções virais e algumas
► Imunossupressão
bacterianas
Linfócitos ► Linfoma de Hodgkin
► Leucemias linfoides agudas
► HIV/AIDS
e crônicas
► Lúpus Eritematoso
Sistêmico
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9.3. Plaquetograma
► Pseudoplaquetopenia
► Neoplasias ► Viroses febris
mieloproliferativas ► Dengue
crônicas (LMC, ► Esplenomegalia
policitemia vera, ► Aplasia de medula
trombocitemia essencial óssea
e mielofibrose primária) ► Leucemias
Contagem de ► Linfomas ► Mielodisplasias
plaquetas ► Após esplenectomia ► Infiltração neoplásica da
► Processos inflamatórios medula óssea
► Anemia ferropriva ► Quimioterapia
► Doenças reumáticas ► Púrpuras
► Infecções ► CIVD
► Pós-operatório ► Síndrome urêmico-
► Após hemorragia hemolítica
► Trombocitopatias
10. TÉCNICAS
Vídeo
(leia o código ou clique na imagem)
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Fundamento
Diluir a amostra (sangue total) em solução diluidora de hemácias (Líquido de Hayem).
Procedimento
1. Pipetar 4,0 mL do líquido diluidor em um tubo de ensaio ou frasco pequeno;
2. Pipetar 0,02 mL (20 µL) de sangue e transferir para o tubo contendo o líquido diluidor;
3. Homogeneizar e aguardar cerca de 5 minutos;
4. Encher a câmara de Neubauer com a solução, tendo o cuidado de homogeneizar
novamente antes da pipetagem;
5. Levar a câmara ao microscópio para efetuar a contagem de hemácias. Focalizar com a
objetiva de 10x e fazer a contagem com a objetiva de 40x, utilizando o quadrante central
da câmara de Neubauer.
6. Fazer a contagem de 5 quadrados (1/5 da área de contagem) e somar as parcelas.
Cálculos
10.000 x Y* = nº de hemácias/µL
*Y = soma dos 5 quadrados contados na câmara de Neubauer
Valores de Referência
► Homem – 4.500.000 a 6.100.000/µL (4,5 – 6,1 T/L)
► Mulher – 4.000.000 a 5.400.000/µL (4,0 – 5,4 T/L)
Interpretação
Ver Capítulo 9.
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10.3. Microhematócrito
Fundamento
Volume ocupado pelas hemácias numa amostra de 100 mL de sangue total.
Procedimento
1. Preencher um tubo capilar com sangue total, até cerca de 2/3 do seu comprimento.
2. Limpar a parede externa do tubo capilar com um papel absorvente.
3. Vedar a extremidade vazia (limpa) com uma massinha ou fechá-la no calor.
4. Colocar o tubo capilar na centrífuga de microhematócrito com a parte vedada voltada para
fora, equilibrando-o com outro tubo.
5. Tampar a centrífuga.
6. Centrifugar durante 5 minutos numa velocidade de 3.500 rpm ou superior.
7. Fazer a leitura do resultado, utilizando a tabela própria para microhematócrito.
O menisco inferior (hemácias) deve coincidir com a linha “zero” e o menisco superior (plasma)
deve coincidir com a linha “cem”. A leitura é feita onde ocorre separação entre as duas fases
(interface).
Valores de Referência
► Homem – 40 a 50%
► Mulher – 35 a 45%
Interpretação
Ver Capítulo 9.
Vídeo
(leia o código ou clique na imagem)
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10.4. Contagem Global de Leucócitos Manual
Fundamento
O sangue é diluído com um fluido que cause a hemólise dos eritrócitos, mas que não tenha
efeito sobre os leucócitos e core os núcleos pelo azul de metileno ou violeta de genciana.
► Líquido de Turk Ácido acético – Lisa as hemácias.
► Azul de Metileno ou Violeta de Genciana – Cora os núcleos dos leucócitos.
Procedimento
1. Pipetar 0,4 mL do líquido de Turk em um tubo de ensaio.
2. Pipetar 0,02 mL (20 µL) de sangue e transferir para o tubo contendo o líquido de Turk.
3. Homogeneizar e aguardar cerca de 20 minutos para que haja lise das hemácias.
4. Encher a câmara de Neubauer com a solução, tendo o cuidado de homogeneizar
novamente antes da pipetagem.
5. Levar a câmara ao microscópio para efetuar a contagem de leucócitos.
6. Focalizar com a objetiva de 10x e fazer a contagem com a objetiva de 10 ou 40x, utilizando
os 4 quadrantes laterais da câmara de Neubauer.
7. Fazer a contagem de todos os quadrantes e somar as parcelas.
Cálculo
Y* x 50 = nº de leucócitos/µL
*Y = número de leucócitos contados na câmara
Valores de Referência
► Adultos – 4.000 a 10.000/µL
Interpretação
Veja Capítulo 9.
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10.5. Contagem Diferencial de Leucócitos Manual
Fundamento
É a contagem de 100 leucócitos em uma distensão sanguínea, diferenciando-os segundo
suas variedades morfológicas.
Procedimentos
► CONFECÇÃO DA DISTENSÃO SANGUÍNEA
1. Colocar uma gotícula de sangue em uma lâmina limpa e seca.
2. Com o auxílio de uma lâmina extensora, colocar a gota de sangue em contato com sua
borda, formando um ângulo de 45°, esfregar uma lâmina sobre a outra rapidamente, antes
que o sangue seque ou coagule.
3. Esperar a lâmina secar.
4. Identificar a lâmina pela cabeça do esfregaço com o auxílio de um lápis.
5. Fazer a coloração.
Resultado
Expresso em número relativo (%) e absoluto (/mm3 ou /µL) com base na contagem global de
leucócitos.
Monócitos 2 – 10 80 – 1.100
Interpretação
Ver Capítulo 9.
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10.6. Dicas para Fazer a Distensão Sanguínea
O laboratório de hematologia evolui muito nas últimas décadas, com as contagens celulares
geradas por aparelhos automatizados substituindo as técnicas manuais. A tradicional revisão da
contagem diferencial de leucócitos de cada amostra, através da análise microscópica, caiu em
desuso na maioria dos laboratórios que possuem tais aparelhos.
O motivo para isso é a maior precisão das contagens automatizadas em comparação com os
métodos de contagem manual. Apesar disso, sabe-se que a superioridade da contagem
automatizada é limitada a amostras com leucócitos maduros e bem caracterizados. Na presença
de qualquer alteração nas células e de leucócitos imaturos deve-se realizar a revisão da lâmina
hematológica para um diagnóstico mais preciso.
2. Componentes essenciais
Para ter valor significativo, o esfregaço sanguíneo deve ser bem realizado. Quatro
componentes são essenciais para o resultado final:
1. A qualidade da distensão;
2. A qualidade da coloração;
3. A qualidade do microscópio;
4. A experiência do microscopista.
► Velocidade - Quanto mais rápida a lâmina distensora for movida, maior e mais fina será a
distensão. Quanto mais lenta a lâmina for movida, menor e mais grossa a distensão será.
► Ângulo - Um ângulo maior que 30° deixa a distensão mais grossa; menor que 30° a
distensão fica mais fina.
► Tamanho da gota de sangue - Uma pequena gota de sangue (10-15 µL) é o suficiente
para preparar uma distensão com comprimento adequado; uma gota grande pode fazer
com que a distensão se estenda além do comprimento da lâmina.
► Hematócrito - A viscosidade (hematócrito) do sangue, também irá afetar a distensão. O
sangue de um paciente com anemia terá uma menor viscosidade e a distensão ficará muito
fina se o ângulo não for aumentado. O oposto também é verdadeiro no caso de um paciente
com policitemia.
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10.7. Corantes Hematológicos
Saber descrever a morfologia dos leucócitos pode ajudar muito o médico, dando um alerta
ou confirmando uma suspeita. Porém, a descrição deve ser bem feita e realizada por um
profissional altamente qualificado.
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10.9. Contagem Manual de Reticulócitos
Os reticulócitos são os precursores dos eritrócitos. Contêm no seu interior, restos de material
reticular que não apresenta afinidade por um corante comum, sendo que sua visualização somente
é possível com corantes supra vitais como é o caso do Azul de Cresil Brilhante.
Materiais
► Tubo de ensaio;
► Lâminas de microscopia;
► Pipetas;
► Banho-Maria a 37°C;
► Microscópio;
► Óleo para imersão.
Reagente
Azul de Cresil Brilhante.
Procedimento
1. No tubo de hemólise colocar 100 µL da solução corante;
2. Em seguida acrescentar 50 µL do sangue colhido por punção venosa com anticoagulante;
3. Misturar e colocar em banho-maria durante 20 minutos;
4. Retirar do banho-maria. Misturar novamente e fazer esfregaços da maneira usual;
5. Secar e examinar ao microscópio sob imersão;
6. Contar 1000 hemácias, em vários campos microscópicos (~10 campos), anotando o
número de reticulócitos encontrados;
7. Expressar o resultado em porcentagem.
Vídeo
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Cálculos
► 𝑅𝑒𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙ó𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 (%) = (𝑅𝑒𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙ó𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜𝑠)/(1000 ℎ𝑒𝑚á𝑐𝑖𝑎𝑠) 𝑥 100
► 𝑅𝑒𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙ó𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 (µ𝐿) = (𝑅𝑒𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙ó𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 (%) 𝑥 𝐸𝑟𝑖𝑡𝑟ó𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 (µ𝐿))/100
Valores de referência
► Relativo: 0,5 a 2,0%;
► Absoluto: 25.000 – 75.000/µL.
Correção
Na prática, a contagem de reticulócitos deve levar em consideração a anemia do paciente.
Para isso faz-se a contagem de reticulócitos corrigida, considerando o hematócrito do paciente em
relação ao hematócrito padrão de:
► Homem: 45%
► Mulher: 40%
𝐻𝑒𝑚𝑎𝑡ó𝑐𝑟𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑅𝑒𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙ó𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜𝑠 (%) = 𝑅𝑒𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙ó𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 (%) 𝑥
𝐻𝑒𝑚𝑎𝑡ó𝑐𝑟𝑖𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜
Interpretação
Reticulocitose: (produção aumentada) hemorragia aguda, anemias hemolíticas, tratamento
de anemia nutricional e hipóxia.
Reticulocitopenia: (produção diminuída) anemias carenciais, anemia aplástica, leucemias,
doença renal, carcinoma metastático, anemias microcíticas.
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10.10. Velocidade de Hemossedimentação
Fundamento
Os eritrócitos em suspensão no plasma apresentam queda livre e, portanto, sedimentam.
Interferem na velocidade em que se processa essa queda, a composição do plasma e fatores
inerentes ao próprio eritrócito.
Quanto aos últimos, eles são praticamente desprezíveis e merecem destaque as hemácias
falciformes e a ocorrência de “rouleaux”, formando agregados de eritrócitos (com área superficial
menor e mais pesados).
Portanto, a VHS depende, praticamente, apenas das proteínas plasmáticas. A ocorrência de
um número diminuído de eritrócitos no sangue examinando (anemia) determina um aparente
aumento na velocidade de hemossedimentação, devendo, pois, o valor da leitura ser corrigido para
os diferentes graus de anemias.
Técnicas
1- Método de Wintrobe-Landsberg
Utiliza-se um tubo de diâmetro interno constante e com uma escala graduada em milímetros
(Tubo de Wintrobe). O tubo é preenchido convenientemente com sangue oxalatado (*) até a marca
zero e deixado em posição vertical por 1 hora, após o que, lê-se diretamente na escala descendente
do tubo, a distância percorrida pelos eritrócitos.
(*) sangue colhido com anticoagulante, não necessariamente, o oxalato.
2- Método de Westergreen
Interpretação
Valores elevados: doenças infecciosas e inflamatórias, câncer, idade avançada, gravidez,
anemia, pós-operatório, hipercolesterolemia, hipoalbuminemia, mieloma múltiplo.
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10.11. Testes da Antiglobulina Direto (Coombs Direto)
O teste de Coombs ou Teste da Antiglobulina Direto (TAD) é uma técnica laboratorial para
determinar se os eritrócitos foram fixados in vivo (opsonizados) por imunoglobulinas, complemento,
ou ambos. É usado principalmente na investigação de:
Os anticorpos ditos incompletos ‘imunes”, quando em contato com hemácias que contenham
o antígeno correspondente, fixam-se na membrana das mesmas, bloqueando o antígeno; não têm,
entretanto, a capacidade de aglutinar estas hemácias. O soro de Coombs (soro antiglobulina
humana) é capaz de promover a aglutinação dessas hemácias, ditas sensibilizadas.
Reagentes necessários
► Reagente de antiglobulina humana (soro de Coombs) – antiglobulina poliespecífica, anti-
IgG ou anti-complemento;
► Reagente controle negativo (salina ou albumina 6%);
► Reagente controle positivo (hemácias sensibilizadas com IgG ou complemento).
Técnica em tubo
1. Prepare uma suspensão salina (2 - 5%) das hemácias a serem testadas (paciente);
2. Lavagem:
a. Coloque 2 gotas (100 µL) desta suspensão em 1 tubo;
b. Adicione solução fisiológica até preencher 2/3 do tubo;
c. Centrifugue a 3000 RPM por cerca de um minuto;
d. Despreze o sobrenadante com cuidado para deixar o “botão” de hemácias no fundo do
tubo;
e. Repita esse passo mais duas vezes (total = 3 lavagens); na última vez, com auxílio de
um papel de filtro/toalha, despreze toda a salina;
f. Quando se tratar de sangue umbilical, lave as hemácias no mínimo oito vezes;
3. Adicione 2 gotas (100 µL) do reagente de antiglobulina humana e homogeneíze;
4. Centrifugue em rotação baixa (~1000 RPM) por 15 segundos;
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5. Leitura:
a. Agitar levemente o tubo;
b. Observe se há aglutinação das hemácias;
c. Faça a semiquantificação do resultado (0, +, ++, +++).
Técnica em gel
1. Prepare uma suspensão de hemácias a 1%:
a. Centrifugue o tubo com a amostra para sedimentar as hemácias;
b. 1000 µL da solução de diluição (consulte a marca do kit);
c. 10 µL das hemácias concentradas por centrifugação;
2. Pipete 50 µL da suspensão no microtubo do cartão específico para Coombs (consulte a
marca do kit);
3. Centrifugue de acordo com as recomendações da marca do kit;
4. Realize a leitura e faça a semiquantificação.
Resultado
► Sem aglutinação visível = teste negativo.
► Presença de aglutinação (+, ++ e +++) = teste positivo.
Notas importantes!
► O teste inicial deve ser realizado utilizando-se o reagente poliespecífico. Se o TAD for negativo
com esse reagente, nenhum teste adicional é necessário. Se o TAD for positivo com a
antiglobulina poliespecífica, é necessário utilizar os reagentes monoespecíficos (anti-IgG e anti-
complemento) para saber qual globulina está presente.
► O TAD é positivo quando aglutinação é observada tanto imediatamente após a centrifugação
quanto após a centrifugação seguida de incubação à temperatura ambiente;
► Hemácias sensibilizadas por IgG geralmente reagem imediatamente, enquanto que as
sensibilizadas pelo complemento podem ser melhor demonstradas após a incubação à
temperatura ambiente;
► Um TAD negativo não necessariamente significa que não há moléculas de globulinas fixadas
nas hemácias. Os reagentes antiglobulina poliespecífica e anti-IgG detectam de 150 a 500
moléculas de IgG por célula, mas alguns pacientes podem apresentar hemólise quando a
sensibilização por IgG está abaixo desse nível.
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10.12. Tipagem Sanguínea
Existem duas formas de se fazer a tipagem sanguínea do sistema ABO: em lâminas ou tubos
de ensaio. Quando essa é feita em lâmina há um grande risco de o resultado dar errado. Veja
alguns motivos:
► Pode não haver uma equivalência entre o soro e o sangue. Às vezes há mais antígenos do
que anticorpos, ou vice versa. Isso interfere direto no resultado. No tubo as chances de isso
acontecer são menores já que é feita uma diluição com salina.
► O encontro, na lâmina, de antígeno e anticorpo ocorre ao acaso, portanto pode haver falta
de aglutinação porque não houve uma homogeneização correta. No tubo a
homogeneização é feita na centrífuga, o que diminui a chance de não acontecer o encontro.
Procedimento
2. Depois, distribui-se 50 μL em cada tubo (no caso três) e coloca-se uma gota de cada soro
(A, B e D) *Uma gota do soro equivale a ~50 μL.
3. Agora centrifuga-se por 30 segundos. *Dica: Como sobrou um tubo que estava com a
diluição, use-o para equilibrar a centrífuga, já que ele também tem 50 μL.
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4. Se houver aglutinação: Ficará no fundo do tubo um concentrado de hemácias. Vire o tubo
aos poucos e olhe contra seu jaleco. Se não formar um fio é porque aglutinou.
5. Se não houver aglutinação: Fazendo o mesmo processo citado acima, se formar um fio
quando estiver virando aos poucos é porque não aglutinou.
Vídeo
(leia o código ou clique na imagem)
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11. REFERÊNCIAS
Stone KD, Prussin C, Metcalfe DD. IgE, Mast Cells, Basophils, and Eosinophils.
The Journal of allergy and clinical immunology. 2010.
ATLAS
ATLAS 2
ATLAS 2