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Desmontando Sofismas
Gilnei Barboza da Silva
Apresentação
Desmontando Sofismas
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Índice
Capitulo Título Página
Apresentação 3
023
024
025
026
027
028
029
030
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Estamos no Tempo da Graça e
Não no Tempo da Lei
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A lei e os Profetas
Duraram Até João
Mas mais do que isso, toda a vez que Yochanan Ben Zecharayah
nasceu antes de Yeshua, a Almeida Revisada Imprensa Bíblica, parece
contradizer-se a si mesma, já que noutro texto, onde fala de Yeshua, e 13
traduzindo Shaul ela afirma que ele foi: “nascido de mulher, nascido
debaixo de lei.” Gálatas 4:4
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Jesus Já Cumpriu a Lei por Nós
(1ª Parte – A Verdade)
Nos ocuparemos agora do engano que se esconde atrás do bordão:
“Jesus Já Cumpriu a Lei Por Nós” sendo que agora, na primeira parte
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nos concentraremos na parte verdadeira dessa afirmativa, deixando a
parte do embuste para o próximo estudo.
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Diante desse pacto que propunha vida por obediência e morte por
desobediência, os atemorizados israelitas, antes mesmo de o
conhecerem se dispuseram a submeter-se a todas as suas cláusulas
dizendo que as ouviriam e que fielmente as cumpririam.
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Jesus Já Cumpriu a Lei por Nós
(2ª Parte – O Embuste)
E o que vale para Israel vale também para todos os ramos gentios
do zambujeiro enxertados na oliveira através do Messias. Logo a
declaração “Yeshua Já Cumpriu a Lei Por Nós,” é verdadeira no
sentido de que Israel já cumpriu a Torah no Messias e que somente
quando revestidos de sua justiça, que é externa e alheia a nós, somos
perfeitos. Segue-se que ainda que exteriormente falando, e “segundo a
justiça que há na lei,” eu fosse um israelita tão “irrepreensível,” como
Paulo, eu teria que considerar a minha santidade “como escória, para que
possa ganhar a Maschiach,” (Filipenses 3:6,8) e ser revestido da perfeita
obediência do único que foi achado justo como Shaul explicou:
Três coisas são aqui muito evidentes. A primeira é que não era
missão de Yeshua abrogar a Torah e nem os profetas. A segunda é que
sua missão foi dar cumprimento, tanto ao que a Torah ordenava como ao
que os profetas prediziam. A terceira é que a Torah é tão estável como o
próprio universo, de sorte que enquanto houver universo a Torah
continuará existindo. Isso é tremendo. Yeshua está chamando os céus
como testemunhas da perpetuidade da Torah. Enquanto houver nuvens
cobrindo a atmosfera, enquanto houver sol, lua e estrelas no firmamento,
a Torah estará lá no trono do Altíssimo. Não podia ser diferente, a Lei é a
expressão do caráter do Eterno, foi pronunciada pelo Criador, e já David,
o pai de Yeshua dizia:
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Mas pelo amor de Elohim, nunca digam que se uma pessoa violar
um mandamento, e ensinar outros a fazerem o mesmo isso significa que
automaticamente ela não vai entrar no reino. Sim, existem inimigos da
Torah que não entrarão no reino, mas sobre isso falaremos depois. Na
verdade a obediência que me dá direito à entrar no reino dos céus é a do
Messias.
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Agora nos ocuparemos com um sofisma que se relaciona
diretamente com aquilo que colocamos à nossa mesa para nos servir de
comida, o que afirma que “Jesus Tornou Puro Todos os Alimentos.”
Assim, embora seja verdade que um gentio que teme ao Eterno não
está obrigado, pela sua própria condição de gentio, a cumprir todas as leis
de abstinência de Levítico 11, da mesma forma como não está obrigado
a celebrar ceia ou a imergir em água, isso jamais se pode dizer de um
israelita, a quem Yeshua veio como ministro da circuncisão.
Bem, isso nos leva de volta ao tema. O que Lucas disse ao atribuir
a Yeshua a conclusão de que nenhuma comida é impura? Para entender
isso precisamos primeiro recorrer ao contexto, pois a maior parte dos
sofismas são construídos, e o contexto nos mostra que a discussão não
era sobre alimentos puros ou impuros, o que nem faria sentido entre
judeus teístas, mas sobre comer sem antes lavar as mãos, o que era
considerado uma violação das takanot ou tradições rabínicas, embora o
ritual do netilat yadaim nem sequer seja mencionado na Torah.
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Ele Veio Para os Seus, mas os Seus
Não o Receberam
Isso lhe parece pouco? Então tome outro testemunho que deve
reduzir a nada a argumentação de que os judeus rejeitaram a Yeshua. O
testemunho retirado do segundo concílio de Yerushalayim, onde Yakov,
o Nasi, ou presidente dos nazarenos, comemora também o sucesso da
pregação entre os judeus, declarando a Shaul há Shaliach:
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Yeshua estava no mundo, que foi feito por meio dele, e o mundo
não o conheceu, exceto aqueles que o Pai lhe tinha dado como ele
expressa claramente naquela que é chamada de a oração sacerdotal.
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Fazei Tudo o que os Fariseus Vos Disserem
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Isso nos vela a questão da autoridade que nunca foi passada aos 49
rabinos. Biblicamente falando o supremo juiz era o Kohen Ha Gadol ou
sumo sacerdote de quem o Altíssimo falou ao dar essa ordem a Moshe:
Não há aqui nem acenos da mitológica lei oral, pois até mesmo os reis
se submetiam a uma autoridade abaixo dos sacerdotes, mas acima deles, que
era a dos profetas que os ungiam. Ao dizer que o profeta “lhes falará tudo o
que eu lhe ordenar,” (Devarim/Dt 18:18) Adonay mostra que só um profeta
pode legislar.
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A prova da autoridade dos profetas sobre os reis é que Eliahu ungiu aos
sucessores nos tronos de Israel e da Síria.
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Na Torah Yehovah deixou claro que, por sua própria justiça, Israel
não adquiriu sequer o direito de entrar na Terra Prometida, extirpando de
sua presença os pagãos que a infestavam com suas práticas detestáveis.
A invasão hebraica não se baseou nos méritos de Israel, mas sim nos
deméritos dos pagãos, cuja maldade era maior que a dos israelitas.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não
vem de vós, é dom de Elohim. Não vem das obras, para que
ninguém se glorie.” Efésios 2:8,9
Para que isso não aconteça, aquele que nos selou para o dia da
redenção, no deu a vida eterna, mas a manteve em segurança junto a
Yeshua, no próprio Caixa Forte do Universo.
É confessado por Kefa que diz que somos guardados pelo poder de
Elohim até a salvação a ser revelada nos acharit há yamim:
É cantado por Shaul quando diz que o Altíssimo que iniciou em nós
a boa obra nos santos a consumará em glória até o dia de Maschiach.
É enaltecido por Yehudah que termina sua breve carta dizendo que
o Altíssimo é poderoso para nos guardar, e de fato o fará até ao fim, e nos 59
apresentará imaculados diante de sua face, e para sua própria glória.
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Logo, onde Shaul diz que ninguém julgue os crentes por cumprir as
leis de pureza alimentar, por observar a lua nova, por celebrar as festas
do Altíssimo ou guardar o shabat ou tê-lo como dia sagrado, foi convertido
num “ninguém vos julgue por comer o que a Torah proíba, por ignorar a
renovação da lua, por desprezar as festas do Altíssimo ou por quebrantar
voluntariamente o shabat, porque todas estas coisas já alcançaram seu
cumprimento e são alheias à igreja, o novo corpo de Cristo.
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O teólogo metodista James Strong (1822 –1894), formado na Universidade Wesleyana e autor da Nova
Concordância Exaustiva da Bíblia Strong listou todas as palavras hebraicas, aramaicas e gregas
encontradas nos textos básicos das Bíblias ocidentais gerando 8674 entradas hebraicas e aramaicas e
5523 gregas. Strong publicou sua Concordância por primeira vez em 1890, quando era professor de
teologia exegética no Drew Theological Seminary, uma universidade privada fundada em 1867 em Madison,
Nova Jersey, e afiliada à Igreja Metodista Unida. Sua obra se tornou referência no estudo dos textos básicos
da Bíblia, não tanto como léxico interpretativo, mas como um guia na localização dos verbetes, pelo que
pode ser considerado um trabalho acadêmico bastante neutro, e por isso mesmo importante. Destaca-se
porém que Strong listou as palavras hebraicas contidas no Tanach juntamente com as aramaicas, quando
léxicos modernos contem sessões separadas para hebraico, aramaico e grego. Recordo aqui que o
aramaico bíblico, antes conhecido como assírio caldaico, está presente de Ezrah ou Esdras 4:8 a -6:18, e
logo entre Ezrah 7:12-26; em Yirmiahu/Jr 10:11; e em Daniel 2:4b até o 7:28. Também é muito importante
considerar que as chamadas igrejas cristãs orientais tem o aramaico como língua sagrada, e adotam o
cânon aramaico da Peshittah, considerando o texto grego como uma tradução, e não a sua fonte. Esta
posição é sustentada por diversas igrejas orientais, inclusive de comunhão católica, mas de rito aramaico.
Mar Eshai Shimun XXIII (1908-1975), patriarca da Ēdtā d-Madenḥā d-Ātorāyē ou Igreja Assíria do Oriente
declara: Em referência a originalidade dos textos da Peshittah, como Patriarca e Líder da Sagrada
Apostólica Igreja do oriente, gostaria de afirmar que a Igreja do Oriente recebeu as Escrituras das mãos
dos próprios abençoados apóstolos no original em Aramaico, a língua falada pelo Nosso Senhor Jesus
Cristo (Maran Yisho' Mshikha), e assim a Peshittah é o texto da Igreja do Oriente que veio dos tempos
bíblicos sem nenhuma mudança ou revisão." Sua Santidade Mar Eshai Shimun, Catholicos Patriarca da
Santa Igreja Apostólica do Oriente, 5 de abril de 1957. Originalmente havia uma diferença de cânon, e a
Peshittah não incluía a Segunda Epístola de Pedro, a Segunda Epístola de João, a Terceira Epístola de
João, a Epístola de Judas e o Apocalipse de João. Estes livros foram traduzidos a partir do grego, e
incluídos mas tarde na chamada Atiyk Peshito ou Antiga Peshittah. O Tanach, ou primeiro testamento da
Peshittah é uma tradução de antigas fontes hebraicas. É evidente que Yeshua e seus apóstolos não usaram
e nem escreveram em grego como fonte primária para a transmissão da mensagem, embora nalguns casos
o possam ter usado para estrangeiros.
7Strong 1859: εορτη heorte de afinidaAde incerta; n f 1) dia de festa, festival. Dicionário Bíblico Strong,
Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, São Paulo 2002.
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Strong 4150: דעומmow ̀ed ou דעמmo ̀ed ou (fem.) הדעומmow ̀adah (2Cr 8.13) procedente de 3259;
DITAT - 878b; n m, 1) lugar determinado, tempo determinado, reunião, 1a) tempo determinado, 1a1) tempo
determinado (em geral). 1a2) período sagrado, festa estabelecida, período determinado, 1b) reunião
determinada, 1c) lugar determinado, 1d) sinal determinado, 1e) tenda do encontro. Dicionário Bíblico
Strong, Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, São Paulo
2002.
9Em Colossenses 2:16, longe de desprezar os moedim, ou festas, como acredita a cristandade, Shaul
mostra que alas apontam para o futuro, e que fazem parte do corpo do Messias do qual somos parte. Ora
a expressão σῶμα τοῦ Χριστοῦ ou corpo do Messias é usada quatro vezes no texto grego, a primeira
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para se referir a comunidade dos santos em “vós sois o corpo do Maschiach” (1 Coríntios 12:27), ao
fortalecimento dessa comunidade em a “edificação do corpo de Maschiach” (Efésios 4:12) ao próprio
Maschiach em “temos sido santificados pela oblação do corpo de Yeshua há Maschiach” (Hebreus 12:10)
e ao conjunto formado pelo Messias e seus remidos em “o pão que partimos não é porventura a comunhão 71
do corpo de Cristo?” (1 Coríntios 10:6), onde se segue que a lua nova, as festas e o shabat são inseparáveis
tanto do Messias como de seu corpo, que é a comunidade dos eleitos. A separação entre o Messias e as
festas chamados em hebraico de moedim, e em grego e ἑορτῆς eortes, é posterior aos apóstolos, e
remonta a apostasia cristão criada por Inácio de Antioquia. Recordo que a palavra ἑορτῆς eortes corre 28
vezes no grego do NT, sendo 27 vezes relacionadas a Yeshua e seu zelo pelos moedim shel Yehovah ou
festas do Eterno e 1 vez ao zelo do próprio Shaul por celebrá-las, um registro tão fatal para a teoria da
descontinuidade entre a Torah e a Nova Aliança que acabou omitida na maioria das bíblias modernas.
Estamos falando de Atos 18:21 onde o texto omitido reza: δει dei (é importante) με me (para mim) παντως
pantos (por todos os meios) την ten (a) εορτην eoester (festa) την ten (que vem) ερχομενην epromenen
(chegando) ποιησαι poiesai (manter) εις eis (em) ιεροσολυμα Ierossaluma (Yerushalaim). Alimentadas pela
agenda anti-torah dos financiadores e patrocinadores da apostasia, os editores preferem excluir esse texto
que explode com a teoria de descontinuidade entre a vida e pregação de Yeshua e a vida e pregação de
Paulo. No entanto o vínculo das festas com o Maschiach é sobre evidente. Sobre os pais de Yeshua lemos
que: “Todos os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da páscoa,” e sobre Yeshua lemos que “tendo ele
já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa.” Lucas 2:41-42. Lucas nos conta
ainda que “estava, pois, perto a festa dos pães ázimos, chamada a páscoa,” e que “chegou, porém, o dia
dos ázimos, em que importava sacrificar a páscoa. E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos
a páscoa, para que a comamos.” Lucas 22:1, 7-8. Já Yochanan diz que “estando ele em Yerushalayim pelo
Pessach, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome.” Yochanan/Jo 2:23.
Lemos ainda “que estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos...” e que Yeshua ordenou a seus
discípulos que fossem a Yerushalayim para a celebrar dizendo: “Subi vós a esta festa; eu não subo ainda
a esta festa” e que “no meio da festa subiu Yeshua ao templo, e ensinava,” e finalmente, como Sukot é um
festival de sete dias, vemos que “no último dia, o grande dia da festa, Yeshua pôs-se em pé, e clamou,
dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.” Yochanan/Jo 7:2, 8, 14, 37. Marcos nos conta como
a conspiração dos sacerdotes para executarem a Yeshua alcançaria seu ponto culminante durante os
festejos do Pessach. “E dali a dois dias era a páscoa, e a festa dos pães ázimos; e os principais dos
sacerdotes e os escribas buscavam como o prenderiam com dolo, e o matariam.” Marcos 14:1
10
O texto massorético confirma não só a santidade, mas também a propriedade e perpetuidade dos
moedim, ou tempos apostados do Altíssimo, mais conhecidos como festas bíblicas, ainda que a palavra
específica para um festejo seja chag e não moad, que se reporta a um tempo determinado ou apontado.
Estes moedim que se repetem em intervalos regulares começam com o shabat, que ao lado do Shavuot é
o único moed que não depende de contagem a partir da lua. No caso do shabat a contagem começa no
Éden, e independe da manifestação da lua para sua datação, sendo o mais universal dos moedim, tanto
que nas asseret há Devarim ou dez palavras Yehovah anuncia a razão de sua celebração dizendo: “Porque
em seis dias fez Yehovah os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto
abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.’ Shemot/Ex 20:11 Logo o shabat é um patrimônio
universal para todos os que adoram ao Criador e comemoram seus grandes feitos. Quanto às demais
festas, elas se destinam por um lado a perpetuar a história dos grandes feitos de Elohim em relação a Israel
e por outro a anunciar o futuro, sendo como diz “Shaul sombra das coisas vindouras,”, e parte do “corpo do
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Messias” (Colossenses 2:17), sendo assim, sua aplicação é específica a Israel, embora os estrangeiros,
vinculados ao corpo do Messias possam participar de suas bênçãos e celebrações. Estas solenidades se
dividem em duas séries, a primeira na primavera e a segunda no outono. As festas de primavera abrem
com o Pessach, dia em que os hebreus colheram o maror ou erva amarga, assaram as matzot ou pães
sem fermento e sacrificaram o Pessach, o cordeiro da passagem cujo sangue foi posto nos umbrais da
porta. O segundo moed é chag há matzot ou a festa dos pães sem fermento, quando comeram os pães
juntamente com o cordeiro e as ervas, esta festa se prolonga por sete das. O terceiro Moed é Chag há
Bikurim ou Festa das Primícias, comemorada 40 anos depois, quando Israel passou o Yarden ou Jordão e
colheu as primeiras espigas de Abibe ou cevada. O terceiro moed é chag há Shavuot é chag comemorado
50 dias depois de Bikurim, e inicia a colheita do trigo. Seguem-se as festas de outono, sendo a primeira
delas a de Chag Yom Teruah oi Festa das Trombetas, que preanuncia o regresso de Maschiach, a segunda
é a de Yom Kipur, Dia das Expiações, que ocorre dez dias e que é um moed, mas ainda não é uma festa
até que os pecados de Israel sejam expiados no regresso de Maschiach, e graças aos méritos de seu
sangue, a terceira é Chag há Sukot ou Festa dos Tabernáculos, e que comemora a jornada no deserto e
aponta diretamente para o reino do Messias. Em conjunto são moedim o Altíssimo que as reivindica como
suas, portanto, não são festas de Israel, nem festas judaicas, exceto pelo fato de que Israel sempre as
praticou. O Texto hebraico não deixa dúvidas quanto a serem festas do Altíssimo, e portanto vinculativas a
todos os que dele se aproximam.
וְָׁאמַ ְׁרת יִש ְָׁראֵל ְׁבנֵי דַ בֵר אֶל :לֵאמ ֹר מֹשֶה י ְׁהוָה אֶל ַוי ְׁדַ בֵר
ve`amart Israel bney el daver :lemor Moshe el Yehovah Vaydaber
dize-lhes e Israel de filhos aos fala :dizendo Moisés a Eterno o falou e
:הֵם מֹו ֲע ָדי ק ֹדֶ ש | ֵאלֶה ִמק ְָׁראֵי ֲאשֶר תִ ק ְְׁׁראּו א ֹתָ ם י ְׁהוָה מֹועֲדֵ י
moadei hem ele kodesh mikeraey otam tikeru asher Yehovah moadey
festas minhas são santas minhas as são eles a convocareis que Yehova de festas as
O texto grego da septuaginta, traduz a frase estas são as minhas festas santas dizendo:
κλητὰς ἁγίας αὗταί εἰσιν ἑορταί μου
Kletas agias autai eisin eortai mou.
As convocações santas, que farão são festas minhas.
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12But bade them farewell, saying, I must needs keep this feast that cometh, in Jerusalem: but I will return again
unto you, [s]if God will. So he sailed from Ephesus. Actes 18:21, Bible de Geneve 1599.
13When they desired him to tary longer time with them, hee consented not: “But bade them farewell, saying, I
must by all meanes keepe this feast that commeth, in Hierusalem; but I will returne againe vnto you, if God will:
and he sailed from Ephesus.” Actes 18:20-21, King James 1611.
14 “Los quales rogãdole q̃ se q̃dase con ellos por mas tiempo, no ſelo concedió: Antes ſe deſpidió de ellos diziẽdo,
Es meneſter q̃ en todo caſo tẽga la Fieſta que viene en Ieruſalẽ: mas otra vez bolueré à voſotros, q̃riendo Dios: y
partioſe de Epheſo.” Hechos 18:20-21. Biblia del Oso, Casiodoro de Reyna, Basilea, Suilza 1569.
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15“E rogando-lhe elles, que com ele por mais algum tempo ficasse, não conveio nisso. Antes s Antes se
despedío delles, dizendo; necessário me he era todo caso terá festa que vem em Jerusalem: mis outra vez,
querendo Deos, a vosotros tornarei e partio de Epheso. “ Atos 18:20-21, João Ferreira de Almeida,
Sociedade Americana da Bíblia, Nova York 1850.
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O Textus Receptus foi elaborado pelo teólogo, filósofo e humanista católico holandês Gerrit Gerritszoon
Desiderius Erasmus Roterodamus (Roterdam 1466-Basiléia 1536) e foi publicado em 1516 sob o título de
Novum Instrumentum Omne, isso um ano antes de Lutero deflagrar a Reforma Protestante e foi corrigido
e reimpresso em 1519, 1522, 1527 e 1533. Na primeira correção de 1519 o título cambiou de para Novum
Testamentus. A divisão da Bíblia em “Velho Testamento” e “Novo Testamento,” procede daí. Hoje a maioria
dos cristãos acham que o que se inscreve de Mateus para cá é a Nova Aliança oposta à velha que iria de
Gênesis até Malaquias tal como propunha o supersessionismo ou doutrina da substituição de Israel
proposto por Inácio de Antioquia (35-107) o verdadeiro para do cristianismo. Com um abismo chama outro
abismo, no século XIX John Nelson Darby (1800 – 1882), maquiou a teologia da substituição criando o
dispensacionalismo, que nada mais é do que a “teologia da separação” entre Israel e a Igreja. Para os
dispensacionalistas o Novo Testamento e a própria igreja começam em Atos, depois da ascensão de
Yeshua, e que o que dele se aproveita para a Igreja são apenas as cartas de Paulo, o demais tem valor
apenas histórico e cultural, mas sem nenhum valor para a edificação da “igreja de Cristo.” A loucura
doutrinária ignora que o próprio Shaul elogia Timóteo por “desde a infância” conhecer “as sagradas
escrituras”, classificadas como capazes “de proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em
Yeshua há Maschiach,” dizendo-lhe que “toda a Escritura é inspirada por Elohim, e útil para ensinar, para
repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Elohim se torna perfeito, capacitado
para toda boa obra.” 2 Timóteo 3:15, 16-17 Nesse tempo não havia nada mais que a Torah, os Salmos e
os Profetas, erroneamente chamadas de “Velho Testamento.” Logo, o que ensina, repreende, corrige e
forma o homem de Elohim, habilitando-o para a boa obra, é aquilo que os dispensacionalistas, inspirados
por uma força que vem de baixo desdenhosamente chamam de Velho Testamento. Bem, dito isso voltemos
a obra de Erasmo também chamada de Majority Text ou Texto da Majoritário, a qual baseou-se inicialmente
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E foi a estes judeus e gregos que mais tarde, através de uma carta
Shaul insta para que celebrem chag há matzot ou a festa dos pães sem
fermento.
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Portanto, fica mais que claro que quando Shaul diz aos
Colossenses que não se deixassem julgar por comida ou bebida ou por
observarem a lua nova, as festas e o shabat, porque estas coisas são
sombras do que ainda há de vir, logo de coisas ainda não cumpridas, e
portanto importantes, e coisas que pertencem ao corpo do Messias, tanto
como nós pertencemos a esse corpo através da fé, tendo sido assim
enxertados em Israel, ele os está prevenindo contra o julgamento rabínico
por tais práticas e não pela ausência delas.
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Agora estamos prontos para mergulhar na lei oral rabínica que
estabelece uma barreira natural entre os gentios e os judeus, que não
podiam se associar plenamente para servir ao Eterno, pelo contrário, os
gentios estão proibidos de aprender a Torah porque essa, segundo o
judaísmo é uma herança para Israel e não para os goym.
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“É, porém, mais fácil passar o céu e a terra, do que cair um til
da Lei.” Lucas 16:17
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Old Testament Laws: Must We Observe the Sabbath Today? B. The Verses Already Studied
Prove that All the Law Was Removed, Including the Ten Commands.
https://www.gospelway.com/bible/old_law_today_1.php
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“Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão
debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o
mundo seja condenável diante de Elohim.” Romanos 3:19
É justamente por causa disso que Yeshua dirá àqueles que em vez
de reconhecerem a pureza da Torah reconhecendo suas impurezas
decidiram se opor à Torah, como se o defeito estivesse nela, e não neles,
que não haverá lugar para eles em seu reino, um reino que aliás será
regido pela Torah, e seu pecado lhes será diretamente imputado, o que
resultará em sua condenação
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Isso significa que se a lei tivesse sido abolida pela vida de Yeshua,
sua morte seria desnecessária, e que se a lei tivesse sido abolida pela
sua morte, a nossa morte teria se tornado impossível. Contudo, como um
escorpião infalível em seu ataque, a morte segue infectando a todos com
seu aguilhão, que é o pecado, e esse aguilhão só exerce seu poder mortal
por que a Lei ainda perdura. “Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a
força do pecado é a lei.” (1 Coríntios 15:56)
Logo, “a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de
alguma maneira nos era contrária,” a qual Yeshua “tirou do meio de nós,
cravando-a no madeiro,” não pode ser a Torah, pois isso revelaria a
fragilidade de um Deus mutável corrigindo seus próprios erros. Mas que
seria essa cédula? Para a resposta siga-me nos próximos dois estudos.
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Embora esta não seja a minha posição por motivos que explicarei
ao fim dessa série, não posso deixar de reconhecer nela uma visão
auspiciosa, primeiro por que mantém a Torah de pé, e segundo por que
traz em seu bojo importante base para a compreensão do plano da
salvação. Seria muito bom que os sabatistas no geral e os adventistas em
particular acreditassem que “aquele que está morto, justificado está do
pecado.” (Romanos 6:7) e que já não podemos morrer para sempre, pois
nossa morte eterna foi morta na morte do Messias. Isso em si já seria um
passo gigantesco e abriria espaço para uma obediência motivada por
puro amor. Assim como nenhum tribunal decente no mundo abriria uma
sessão para julgar mortos, o tribunal do universo não julgará os eleitos,
pois estes já foram julgados, considerados culpados e executados em
Yeshua, seu substituto e fiador. Com efeito o Messias diz que seu ato de
fé no Criador valeu-lhes a passagem da morte para a vida.
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“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos
os homens para condenação, assim também por um só ato de
justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de
vida. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos
foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão
feitos justos.” Romanos 5:18,19
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014
Logo não existe a menor chance de a “cédula que era contra nós”
que segundo Shaul o Messias “tirou do meio de nós, cravando-a no
madeiro,” seja a qualquer parte da Torah, nem mesmo a “lei cerimonial”,
porque esta prefigurando o Messias era a parte mais nobre da Torah.
Sendo que toda a Torah é espiritual, logo a divisão da Torah entre lei
moral e cerimonial, usado por nossos irmãos batistas do sétimo dia para
defenderem a guarda do shabat e rejeitarem as festas da Torah e as leis
dietéticas é surreal e o mesmo se pode dizer do recurso usado por nossos
irmãos adventistas do sétimo dia para rejeitarem as festas.
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E assim foi por três vezes até que o lençol com suas criaturas
impuras foi recolhido de volta ao céu. Lemos a seguir que “estando Pedro
duvidando entre si acerca do que seria aquela visão que tinha visto, eis 103
que os homens que foram enviados por Cornélio pararam à porta,
perguntando pela casa de Simão.” Atos 10:16-17. Estava resolvido o
mistério os animais impuros estavam representando os gentios, a quem
os judeus tinham por impuros, apesar de que muitos haviam sido
purificados pela obra mediadora de Yeshua. Já na casa do centurião ele
explica o que a visão lhe mostrara:
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015
O que resta é uma anã branca, uma estrela de nêutrons que já não
emite luz, mas apenas um pulso eletromagnético intenso que só pode ser
detectado por um radiotelescópio. A morte de uma estrela chega na forma
de um buraco negro, que é quando ela implode sobre si mesma e se torna
tão densa como um prédio desabado. Nesse estágio já nada mais lhe
escapa, nem mesmo a luz, que é desviada dos demais corpos para ela
mesma.
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19 Embora o híper dispensacionalismo ensine hoje que uma vez que os santos foram eleitos desde a
fundação do mundo, e que a Lei foi abolida, a pregação do arrependimento de obras mortas seja
completamente fútil, nos vemos que o arrependimento foi sempre a porta para o reino. A necessidade da
pregação do arrependimento não conhece eras, povos e nem dispensações. O arrependimento é tão
necessária a Israel como aos gentios. De Efraim e as dez tribos de Israel lemos: “Na verdade que, depois
que me converti, tive arrependimento; e depois que fui instruído, bati na minha coxa; fiquei confuso, e
também me envergonhei; porque suportei o opróbrio da minha mocidade.” Yirmiahu/Jr 31:19. Dos assírios
de Nínive lemos que eles “creram em Elohim; e proclamaram um jejum, e vestiram-se de saco, desde o
maior até ao menor...e Elohim viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Elohim se
arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez.” Yonah/Jn 3:,5,10. A pregação do
arrependimento não distingue supostas eras como dispensação da lei ou da graça. O arrependimento foi a
mensagem de Yochanan Ben Zecharayah ou João o filho de Zacarias antes de Yeshua iniciar seu ministério
como nos anuncia Matytyahu “E naqueles dias, apareceu Yochanan há Mbatay pregando no deserto de
Yehudah, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” Matytyahu/Mt Mateus 3:1,2 A
mensagem do Cordeiro de Elohim que tira o pecado do mundo não foi diferente, pois ele “começou Yeshua
a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” Mateus 4:17 Só o orgulho e a
arrogância dos que aboliram a lei para não se sentirem pecadores podem construir semelhante patranha
quando Yeshua declarou: “Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento.”
Lucas 5:32. Assim, antes de partir Yeshua ordenou a seus discípulos que “em seu nome se pregasse o
arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Yerushalaim.” Lucas
24:47. Definitivamente não há espaço para a verdadeira pregação onde a necessidade de arrependimento
esteja ausente. Por isso a mensagem apostólica após a ascensão de Yeshua e em obediência à sua ordem
foi: ”Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim
os tempos do refrigério pela presença de Yehovah.” Atos 3:19 O resultado dessa contínua pregação foi a
constatação: “Na verdade até aos gentios deu Elohim o arrependimento para a vida.” Atos 11:18. O
arrependimento foi visto por Shaul como uma obra do Criador na vida do transgressor, operando nele uma
tristeza da qual jamais se arrependerá: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a
salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.” 2 Coríntios 7:10 E para
os sofistas que ensinam que Paulo não pregava arrependimento por que sabia que os eleitos haviam sido
escolhidos antes da fundação do mundo, e que já a lei não existia para apontar pecados brandimos sua
declaração que deve ser mais verdadeira que seus mitos infundados. “Antes anunciei primeiramente aos
que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se emendassem
e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento.” Atos 26:20 Definitivamente a
doutrina que proclama a nulidade do arrependimento tem tudo de humana, carnal e diabólica e nada de
divina, espiritual e sagrada.
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20 Alegam os ultra dispensacionalistas, que a imposição de mãos é coisa da lei, que já não brilha na graça.
Estes mestres da anomia sabem que mesmo antes da Torah ser outorgada, o pai de Israel “estendeu a
sua mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, que era o menor, e a sua esquerda sobre a cabeça de
Menashe,” e “assim os abençoou.” Bereshit/Gn 48:14, A Torah, que aborrecem com indisfarçável desprezo
mostra Moshe Ben Anram, atuando “como Yehovah lhe ordenara; porque tomou a Yehoshua, .. e perante
toda a congregação; sobre ele impôs as suas mãos... como Yehovah falara por intermédio de Moshe. “
Bamidbar/Nm 27:22,23 A Brit Chadashá mostra os pais trazendo seus filhos q Yeshua, que “tomando-os
nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou.” Matytyahu/Mt 10:16. Yeshua cura “enfermos,
impondo-lhes as mãos.” Marcos 6:5 Esse método se repete também na cura do cego ao qual Yeshua “
impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa.” Marcos 8:23 Em atos a comunidade nazarena
escolhe seus servidores, apresenta-os aos shalichim “ e estes, orando, lhes impuseram as mãos.” Atos
6:6 Dito isso vamos ao ministério de Shaul, de onde os adversários do mosaísmo supõem retirar subsídios
para sua “religião espiritual.” Ora, o ministério nazareno do emissário começou dentro de uma casa em
Damasco, onde Hananyah “impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Shaul, Adon Yeshua, que te apareceu no
caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio da Ruach há Kodesh.” Atos 9:17.
Shaul, que nunca se desconectou de Moshe e nem do que Yeshua viveu e ensinou antes de partir, o tal
“Jesus da Carne” dos hiper dispensacionalistas, recorda a Timóteo, jovem judeu a quem ele mesmo
circuncidou que o dom que havia nele “foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.” 1
Timóteo 4:14 Portanto, negar a imposição das mãos é negar o dom profético, e nesse caso o douto Shlomo
precisa ser chamado a depor: “Não havendo profecia, o povo perece; porém o que guarda a lei, esse é
bem-aventurado.” Mishley/Pv 29:18. Mas Shaul vai além, na sua segunda carta ele apela a Timóteo:
“despertes o dom de Elohim que existe em ti pela imposição das minhas mãos.” 2 Timóteo 1:6 Sua vida e
escritos “contém coisas difíceis de entender” e que são torcidos por “indoutos e inconstantes... para sua
própria perdição,” (Kefa Beit/2 Pd 3:16) mas nenhum desprezo ao ritual de imposição de mãos. Lemos que
em Éfeso, onde encontrou judeus discípulos Yochanan, “impondo-lhes Shaul as mãos, veio sobre eles a
ruach há kodesh (espírito do Santo); e falavam línguas, e profetizavam.” Atos 19:6. Ele também recorre à
imposição de mãos para curar enfermos. “E aconteceu estar de cama enfermo de febre e disenteria o pai
de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou.” Atos 28:8 Em resumo,
a objeção a imposição das mãos é insustentável e se baseia apenas na aversão aos profetas.
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21
O autor de Hebreus fala daqueles que caem para nunca mais se levantarem. O texto tem sido usado
tanto para provar que salvação de perde como para provar que alguém que viola um mandamento moral,
matando ou adulterando, não pode mais ser restaurado à comunhão. Meu comentário visa estes
conceitos. “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se
fizeram participantes da ruach há kodesh, e provaram a boa palavra de Elohim, e as virtudes do século
futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo
crucificam o Filho de Elohim, e o expõem ao vitupério.” Ivrim/Hb 6:4-6. Em primeiro lugar tenha em conta
que aqui não se fala de pecados corriqueiros da carne, mas de deliberada e contumaz rebeldia contra a
chesed ou bondade do Eterno manifesta em Yeshua. De pessoas às quais a luz chegou, mas que não se
tornaram “a luz do mundo.” Matytyahu/Mt 5:14. Elas apenas provaram intelectualmente o dom celestial,
estudando a palavra, mas sem beberem da fonte da água da vida, pois quem bebe dela “nunca mais terá
sede,” mas virá a ser “uma fonte de água a jorrar para a vida eterna". Yochanan/Jo 4:14. Provaram a
palavra, mas não se alimentaram dela e por isso renegarem o sacrifício de Yeshua, expondo-o assim ao
desprezo. Não se trata de um pecado da carne, ou de um enfraquecimento temporário, na fé, pois “sete
vezes cairá o justo, e se levantará;” mas da ruína dos ímpios que “tropeçarão no mal.” Mishley/Pv 24:16
Assim, Kefa depois de dizer que Elohim livra “da tentação os piedosos,” adverte, que ele reserva “os injustos
para o dia do juízo, para serem castigados.” Kefa Beit/2 Pd 2:9. Se trata aqui dos desprezadores dos
poderes espirituais, que operam “para destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no dia do
Adon Yeshua." 1 Coríntios 5:5. Estes ímpios que “andam em concupiscências de imundícia, e desprezam
as potestades;” que em seus supostos exorcismos zombam de Satan e dos demônios, ”enquanto os anjos,
sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante de Yehovah,” são como
“bestas irracionais, que seguem a natureza, feitas para serem presas e mortas, blasfemando do que não
entendem, perecerão na sua corrupção.” Kefa Beit/2 Pd 2:10-12 Não são ovelhas que se perderam e
pereceram, pois todas as ovelhas extraviadas serão trazidas de volta por aquele que prometeu: “a perdida
buscarei.” (Ychezkiel/Ez 34:16) Yeshua diz que todas as “ovelhas ouvem a sua voz... e jamais perecerão,”
que o Eterno está sobre todos e que “ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai,” (Yochanan/Jo 10:3,
28, 29) mas “fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas
eternamente se reserva,” e cães que voltam “ao seu próprio vômito,” e porcas lavadas que retornam “ao
espojadouro de lama.” Kefa Beit/2 Pd 2:17, 22. Assim, depois de comparar os justos “à terra que embebe
a chuva, ... e produz erva proveitosa,” recebendo “bênção de Elohim;” o autor compara os ímpios à terra
“que produz espinhos e abrolhos,” a qual “é reprovada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada.”
Ivrim/Hb 6:4-8 Por isso, depois de falar dos reprovados ele se volta para os eleitos e diz: “Mas de vós, ó
amados, esperamos coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos.
Porque Elohim não é injusto para se esquecer da vossa obra, e do trabalho do amor que para com o seu
nome mostrastes, enquanto servistes aos santos; e ainda servis.” Ivrim/Hb 6:9-10. Quanto aos crentes
genuínos, embora sua luta pela santificação interior ainda não tenha cessado, e eles ainda estejam a ser
santificados, quanto ao exterior, isso é à obra mediadora, a missão está cumprida para sempre e não pode
ser obstruída. “Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados.”
Ivrim/Hb 10:14 Logo apelo a todo o crente renascido para que confie ‘que aquele que em vós começou a
boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Yeshua há Maschiach.” Filipenses 1:6
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“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está
condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de
Elohim.” Yochanan/Jo 3:18
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017
Este mesmo Shaul que foi batizado, também ordenou aos judeus e
prosélitos de Éfeso, que imergissem em nome de Yeshua a fim de
receberem o poder da ruach há kodesh. Note que em Éfeso havia uma
imensa sinagoga, e de onde saíram os primeiros crentes da congregação
nazarena, os quais se compunham tanto de judeus como de gentios.
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Antes mesmo de dizer que Israel foi batizado através de Moshe, 120
Shaul lembrou aos Coríntios, então envolvidos na mesma polêmica que
os ultradispensacionalismo deseja reviver, a de uma igreja conectada
apenas com Paulo, que nenhum deles havia sido batizado em nome de
Shaul.
Note que Shaul não está dizendo que a imersão, tornava vão o
madeiro, mas que a sabedoria das palavras poderia levar a isso. Ele
indica claramente o valor da imersão, a qual por vezes ele mesmo fazia,
apesar de ter recebido a incumbência de pregar as boas novas, e não de
imergir, embora é claro, não estivesse proibido de o fazer. De todas as
formas ele preferia sempre fazer-se acompanhar de um colaborador.
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018
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Deveria ser portanto muito claro que na Rua Azuza foi forjada uma
nova identidade pentecostal, uma identidade que pretende saborear o filé
dos dons desprezando o esqueleto da verdade que os sustentam. Que
pretende a raiz numa festa bíblica que é simplesmente igonarada, quando
não desprezada. Isso explica por que, em virtude tanto da falta de luz,
como de conhecimento, nem sequer um culto especial é proclamado em
memória do dia em que supostamente a igreja nasceu e quando crentes
reunidos segundo essa palavra estavam guardando um dia para El
Shaday.
Isso quer dizer que o Pessach é uma festa fixa em relação ao dia
do mês e móvel em relação ao dia da semana. No entanto, o cristianismo
pós-niceno ao criar sua páscoa a tornou fixa em relação ao dia da semana
e móvel em relação ao dia do mês. Uma decisão tomada depois da
controvérsia assim narrada por Eusébio de Cesaréia (263-340).
Ele nos conta que Policrates, bispo da Ásia que celebrava a páscoa
conforme o rito a ale transmitido por seus pais argumentou em defesa da
manutenção do 14º dia, que os mártires se mantiveram fiéis a tradição
deixada por Felipe, um dos doze e por suas filhas virgens, além de todos
os santos da primitiva igreja guardando o Pessach no dia em que os filhos
de Israel tiram o fermento de suas casas, isso é no 14º dia.
23 Eusébio de Cesaréia, História Eclesiásticas, Casa Publicadora das Assembleias de Deus, Rio
de Janeiro, 4 edição, 2003, página 192, 193.
24
Eusébio de Cesaréia, História Eclesiásticas, Casa Publicadora das Assembleias de Deus, Rio
de Janeiro, 4 edição, 2003, página 191.
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019
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É bom que nos lembremos que o perfil destas seitas não era
idêntico como veremos agora:
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020
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26
The Truth About Shavuot, Nehemia Gordon. https://www.nehemiaswall.com/truth-shavuot
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Advirto que não sou caraíta e nem pretendo ser, pois conservo
fortemente o testemunho de Yeshua em minha vida, mas eu não seria
justo para com Gordon e nem para com vocês que me escutam se não o
mencionasse. O estudo de sua página The Karaite Korner, me levou a
abandonar a contagem rabínica do omer ainda seguida pelos messiânicos
e a celebrar o Pentecostes na mesma data dos caraítas. Prevaleceu o
princípio: “Examinai tudo. Retende o bem.” 1 Tessalonicenses 5:21.
021
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Uma vez que estes 50 dias são concluídos sempre após o sétimo
sábado, isso é num domingo, isso desqualifica o método rabínico de 146
contar os 50 dias do omer a partir de 16 de Nisan, começando em
qualquer dia da semana para terminar no mesmo dia, ao começo oito
semanas depois. A contagem de Shavuot começa num domingo e termina
também num domingo.
“[O rabino romano] não sabia que isso lhe custou a vida, pois
a Páscoa é no dia 14 e a manhã é a décima quinta, e assim está
escrito:“ E eles viajaram de Ramessés no primeiro mês, etc. ”
(Números 33: 3). Comer grãos ressecados é proibido até a 151
ondulação do Omer ”. 28
Ora, é preciso que se entenda que assim que o cereal está maduro
os agricultores iniciam a colheita e o armazenamento do novo grão, o que
pode acontecer antes das festas. O que está proibido é comer o novo
grão. Assim, os primeiros pães sem fermento assados no dia 14 são feitos
com grãos velhos estocados do ano anterior. Isso quer dizer que naquele
ano específico o povo assou os pães sem fermento no dia 14, como hoje
se faz, pois não havia grãos em estoque. Daí a pressa em fazer no 15.
Ibn Ezra simplesmente fez o que diz que deve ser feito, que as
regras de linguagem devem ser ignoradas para apoiar as interpretações
rabínicas, posto que ele mesmo diz em resposta ao rabino romano que
“Comer grão ressequido é proibido até a ondulação do Omer”. Ou seja
não se pode comer novos cereais antes de oferecer as primícias.
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022
29 Yeshua (3 AEC-28 DEC) viveu justamente na época em que a Mishnah, que significa estudo por
repetição, se consolidava. A era mishnaica é suposto ter começado com os mestres Yosef ben Yoezer e
Yosef ben Yochanan, líderes dos chassidim, um movimento de oposição aos sacerdotes e ao saduceísmo
a seita dominada pelos levitas. Os chassidim são os antepassados diretos do farisaísmo que por sua vez
são a base do judaísmo ortodoxo moderno. Esta lei oral é chamada de הרות לעבש הפTorah Shebeal
Pe ou Lei que é Falada, e está dividida em duas partes. A primeira é a מָ נְׁ שִהMishnah cuja maior parte foi
escrita em hebraico e que foi concluída no séc. III por volta de 220 DES. A segunda é a Guemará escrita
em aramaico e concluída no séc. V. As duas partes formam o Talmud, que contém 525 tratados produzido
em três eras farisaicas que se prolongaram por quase 700 anos. O primeiro período é o הֹו גּוּזַתha zugot
que significa os pares. Se inicia durante a luta contra os gregos pelos macabeus da seita dos saduceus
ligada aos levitas que então dominaram a nação. Em resposta os judeus criaram a seita dos fariseus
extensiva a todos os praticantes da fé de Israel, inclusive prosélitos. Nessa época foi criado o Beit Din
HaGadol ou Grande Tribunal Rabínico primeiro por Hillel e Shamai, pais de duas escolas opostas do
farisaísmo. Estas duas escolas inimigas se reconciliariam na Babilônia. O período zugot ou pares, cobre a
revolta dos macabeus, a dinastia asmoneana, a derrubada do Segundo Templo e edificação do Terceiro e
se estende de 175 AEC até 30 DEC. O segundo período é o dos תשאיםtanaim que significa repetições.
O alto preço dos pergaminhos obrigava os alunos a ser repetidores da Lei Oral. A era cobre o nascimento
de Yeshua, a primeira revolta judaica contra Roma e a destruição do Terceiro Templo e a segunda e
terceira revolta finalizadas com a destruição completa de Yerushalaim. No período Tanaim Mishnah, que é
a primeira parte do Talmud, alcançou sua redação final sob a direção de Yehudah HaNasi ou Judá o
Príncipe. (135-219) No Tanaim predominam rabinos de Israel e o período se estende do ano 1 até o 210.
Estes ensinos estarão presentes sobretudo no Talmud Yerusalami. O terceiro período é o dos םיארומא
amoraim, do aramaico, aqueles que dizem. Inicia com o Aba Arikka (175-247), discípulo de Yehudah haNasi
que se mudou para a Babilônia e fundou a Academia de Sura, que como a Academia de Pumbedita
funcionará ate ano 1.000. As sete gerações de amoraim reunem 767 rabinos, 367 de Israel e 394 da
Babilônia. Seus comentários formam a Guemarah, a segunda parte do Talmud que é redigida na Babilônia
por Ravina I, Ravina II e Rav Ashi e por isso se chamará Talmud Bavil. O período vai de 220 a 500 DEC.
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“Eis que dias vêm, diz Yehovah, em que farei uma aliança
nova com a casa de Israel e com a casa de Yehudah.” Yirmiahu/Jr
31:31
Isso significa que o privilégio que assiste aos judeus como parte do
povo eleito que é Israel, depende unicamente do fato de descenderem de
Yehudah Ben Yakov ou Judá o Filho de Jacó. E este privilégio é em certo
sentido maior que o das demais tribos, posto que Yeshua Meshiheinu não
é rubenita, levita ou gadita, mas judeu. Esta é a razão de Yeshua ter dito
à mulher samaritana: “Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que
sabemos porque a salvação vem dos judeus.” Yochanan/Jo 4:22.
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A julgar pelas Escrituras que chegaram até nós, torna-se claro que
embora Yeshua jamais tenha criticado ou elogiado aos essênios e
zelotes, ele criticou a doutrina dos saduceus e dos fariseus, e foi
particularmente duro em relação aos fariseus aos quais jamais elogiou,
pelo contrário os denunciou como uma estirpe perversa quando lhes
respondeu a essa acusação perversa dizendo:
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