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A AUTORIDADE DOS CREDOS

Por Philip Schaff1

1. No sistema protestante, a autoridade dos símbolos, assim como de todas as composições humanas, é
relativa e limitada. Não é coordenada com, mas sempre subordinada à Bíblia, como a única regra infalível
de fé e prática cristã. O valor dos credos depende da medida do seu acordo com as Escrituras. No melhor
dos casos, um credo humano é apenas uma exposição aproximada e relativamente correta da verdade
revelada, e pode ser melhorada pelo conhecimento progressivo da igreja, enquanto a Bíblia permanece
perfeita e infalível. A Bíblia é de Deus; a confissão é a resposta do homem à palavra de Deus.2 A Bíblia é
norma normans; a confissão de norma normata. A Bíblia é a regra da fé (regula fidei); a confissão a regra
da doutrina (regula doctrinæ). A Bíblia tem, portanto, uma autoridade divina e absoluta; a confissão tem
apenas uma autoridade eclesiástica e relativa. A Bíblia regula a crença e a prática religiosa geral dos leigos,
bem como o clero; os símbolos regulam o ensino público dos oficiais da igreja, como as Constituições e os
cânones regulam o governo, as liturgias, os hinários e a adoração da igreja.
Qualquer visão mais elevada da autoridade dos símbolos é não-protestante e essencialmente
Romanismo. Símbolatria é uma espécie de idolatria, e substitui a tirania de um livro impresso para o de
um Papa vivo. É apto a produzir o extremo oposto de uma rejeição de todos os credos, e para promover
o racionalismo e infidelidade.
2. A Igreja grega, e ainda mais a Igreja Romana, que resguardaram a Bíblia e a tradição como duas fontes
coordenadas da verdade, e das regras de fé, reivindicam a autoridade absoluta e infalível para suas
confissões da fé.3 A Igreja grega confina a reivindicação da infalibilidade aos sete conselhos ecumênicos,
do primeiro Concílio de Niceia, 325, ao segundo de Niceia, 787.
A Igreja Romana estende a mesma afirmação ao Concílio de Trento e a todas as subsequentes
decisões oficiais do Papa sobre questões de fé até o Decreto da Imaculada Conceição em 1854, e o dogma
da infalibilidade papal proclamado pelo Concílio Vaticano em 1870. Desde aquela época o Papa é
considerado por romanistas ortodoxos como órgão de infalibilidade, e todas as suas decisões oficiais
sobre questões de fé e moral devem ser aceitas como definitivas, sem precisar da sanção de um Concílio
Ecumênico. É claro que ou a Igreja Grega, a Igreja Romana, ou ambas, devem estar erradas nesta
reivindicação de infalibilidade, uma vez que se contradizem uns aos outros em alguns pontos importantes,
especialmente na questão da autoridade do Papa, que na Igreja Romana é um articulus et cadentis
ecclesiæ, e é expressamente ensinado no credo de Pio V, e nos decretos do Vaticano.

O Valor e Uso dos Credos

As confissões, em sua devida subordinação à Bíblia, são de grande valor e uso. Elas são resumos
das doutrinas da Bíblia, ajudam na sua compreensão sólida, nos laços de união entre seus professores,
nos padrões públicos e na guarda contra falsas doutrinas e práticas. Na forma de Catecismos, eles são de
uso especial na instrução de crianças e facilitam uma educação religiosa sólida e substancial, em distinção
de excitações espasmódicas e superficiais. O primeiro objetivo dos credos era distinguir a Igreja do
mundo, dos judeus e dos pagãos, depois a ortodoxia da heresia e, finalmente, a denominação da
denominação. Em todos esses aspectos, eles ainda são valiosos e indispensáveis na atual ordem das
coisas. Toda sociedade bem regulada, secular ou religiosa, precisa de uma organização e constituição, e

1
Sobre a autoridade e o uso dos símbolos há uma série de tratados latinos e alemães por C. U. Hahn (1833), Hoefling (1835),
Sartorius (1845), Harless (1846), a. Hahn 1847), Köllner (1847), Genzken (1851), Bretschneider (1830), Johannsen (1833), e
outros, todos com referência especial à Igreja Estatal Luterana na Alemanha. Veja a literatura em Müller, Die SYMB. Bücher der
evang. luth. Kirche, p. XV., e as obras mais antigas de Winer, Handbuch der theol. Literatur, 3D Ed. vol. 1. p. 334. Comp. também
Dunlop e Chaponnière (parte II.), citado no § 1.
2
Por esta razão, um credo deve usar a linguagem diferente da Bíblia. Uma sequência de passagens bíblicas por si só, não forma
um credo; tampouco uma oração ou um hino. Um credo é, por assim ser, um poema doutrinal escrito a inspiração da verdade
divina. Isto pode ser dito pelo menos dos credos ecumênicos.
3
Tertuliano já fala do regula fidei immobilis et irreformabilis (de Virg. vol. 100.1); mas aplicou-o somente à fórmula simples que
é mantida substancialmente no Credo dos Apóstolos.
não pode prosperar sem disciplina. Catecismos, liturgias, livros de hinos são credos também na medida
em que incorporam doutrina.
Tem havido muita controvérsia sobre o grau de força vinculatória dos credos e sobre as formas
de subscrição, quia ou quatenus. Toda a autoridade e uso de livros simbólicos tem sido contestado e
negado, especialmente por socinianos, quakers, unitaristas e racionalistas. Objeta-se que obstruem a livre
interpretação da Bíblia e o progresso da teologia; que interferem com a liberdade de consciência e o
direito de julgamento privado; que eles geram hipocrisia, intolerância e fanatismo; que eles produzem
divisão e distração; que perpetuam a animosidade religiosa e a maldição do sectarismo; que, pela lei da
reação, produzem indiferentismo dogmático, ceticismo e infidelidade; que a simbolização das Igrejas
Luterana e Calvinista do Estado no século XVII é responsável pela apostasia do século XVIII.4 As objeções
têm alguma força naquelas Igrejas do Estado que não permitem liberdade para organizações dissidentes,
ou quando os credos são virtualmente colocados acima das Escrituras, em vez de serem subordinados a
eles. Mas os credos, como tais, não são mais responsáveis por abusos do que as próprias Escrituras, das
quais eles professam ser meramente um resumo ou uma exposição. A experiência ensina que as seitas
que rejeitam todos os credos estão sob a autoridade de um sistema tradicional ou de certos escritores
favoritos, e tão expostos à controvérsia, divisão e mudança, quanto igrejas com credos formais. Nenhum
credo nem não-credo pode ser uma proteção absoluta da pureza da fé e prática. As melhores igrejas
declinaram ou degeneraram; e igrejas corruptas podem ser reavivadas e regeneradas pelo Espírito de
Deus, e a Palavra de Deus, que permanece para sempre.

SCHAFF, Phillip. Creeds of Christendom: with a History and critical notes. SIXTH EDITION-REVISED AND
ENLARGED. Edição do Kindle. Vol. I. United States of America: Delmarva Publications, 2016. cap. 1, § 3-4
Traduzido por Weinne Willan Moreira Santos
Revisado por Ewerton B. Tokashiki

4
Essas objeções são notadas e respondidas longamente por Dunlop, em seu prefácio à Coleção de Confissões Escocesas, e nos
trabalhos mais recentes citados na p. 7.

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