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Uma contribuição sobre o planejamento urbano no Brasil.

O objetivo dos planos federais de saneamento, transporte e habitação não foi a


organização do espaço intraurbano.

O conceito de planejamento urbano dominante tem como especificidade a organização


do espaço urbano e aplica-se ao plano de uma cidade individualmente.

Neste caso, o SERFHAU pretendeu (não conseguiu) estimular o planejamento urbano no


Brasil, porque pretendeu estimular o plano individual de cada cidade.

Planasa e BNH não são considerados planejamento urbano porque não tiveram ações
formuladas pra cada cidade.

A lei federal 6766/79 que regula loteamentos é mais próxima de planejamento por
organizar o espaço, contudo ainda não é uma lei típica de planejamento urbano, haja
vista que ela é geral e não organiza o espaço das cidades sem as diretrizes urbanísticas
especificas dela, por exemplo.

O objeto

Planejamento urbano atual.

Confusão entre discurso e ação real do estado.

Diferença entre plano e projeto.

Planejamento urbano stricto senso é a corrente que teve como eixo as atividades e os
discursos que vieram a desembocar nos atuais planos diretores;

Zoneamento

Legislação urbanística que varia no espaço urbano.

Iniciou com a proibição de cortiços em determinados pontos de RJ.

Plano de zoneamento não é considerado pelo autor como Plano Diretor, embora todo
Plano Diretor deva incluir zoneamento.

Surge no Brasil sem a participação de estudiosos intelectuais ou influência estrangeira.


Final do século XIX.
O que se inicia no Brasil corresponde a interesses e soluções específicos das elites
brasileiras.

O projeto e construção de cidades novas

Início: inauguração de BH.

O urbanismo sanitarista

O discurso de Munford sobre princípios de planejamento das cidades medievais, fala


sobre a forma das cidades, logo não é planejamento e se aproxima das cidades novas.
Contudo, ao abordar a comissão do planejamento urbano de Nova York que definiu o
traçado ortogonal das ruas da cidade, é uma ação planejada do Estado sobre o espaço
urbano.

Planejamento urbano e PD não deve ser identificado com os planos de cidades novas.

Políticas urbanas devem referir-se a ações reais e propostas consequentes de ação do


estado sobre o urbano. Inserem-se no campo da política.

Não se deve considerar que os PD’s correspondam a políticas públicas municipais.

Método

Do presente para o passado seguindo a ideia de plano ou geral.

O quadro teórico

As diversas mudanças de nome, metodologia e conteúdo do Plano Diretor ao longo dos


anos, foi na verdade uma estratégia das elites de manterem-se dominantes
contrabalanceando sua tendência de enfraquecimento de sua hegemonia, facilitando a
dominação.

 Até 1930: marcado pelos planos de melhoramentos e embelezamento ainda


herdeiros da forma urbana monumental que exaltava a burguesia e que destruiu
a forma urbana medieval (colonial, no Brasil). - passado
 1930-1990: ideologia do planejamento enquanto técnica de base científica,
indispensável para a solução dos chamados “problemas urbanos”. - presente
 Década atual do autor: ainda está iniciando, é marcado pela reação ao segundo.
– futuro

Desde a década de 30, se desenvolve uma ideia de que os problemas manifestos na


cidade são resultado do seu crescimento caótico – ou sem planejamento – e que um
planejamento “integrado” ou de “conjunto”, segundo técnicas e métodos bem
definidos, seria indispensável para solucioná-los.

A ideologia é “o conjunto de ideias fundamentais desenvolvidas pela classe dominante


visando facilitar a dominação, ocultando-a. pg. 183

O autor afirma que no Brasil o planejamento é apenas uma fachada ideológica, contém-
se no discurso. Não legitima ação concreto do Estado, ao contrário, procura até ocultá-
la.

De enormes volumes com várias pesquisas, estatísticas e mapas, transforma-se em


meros projetos de lei. (n é citação) Pg. 191

Os planos de melhoramentos e embelezamento

Os planos de melhoramento da cidade do RJ dirigido por Pereira Passos.

1º período: 1875-1906 (ascensão dos planos de melhoramentos e embelezamento)

2º período: 1906-1930 (declínio dos planos de melhoramentos e embelezamento)

Da cidade bela para a cidade eficiente

Nas grandes obras urbanas são privilegiadas a constituição das condições gerais de
produção e reprodução do capital (a cidade como força de reprodução). Logo, obras de
infraestrutura são priorizadas, enquanto as de habitação são deixadas de lado. Pg.199

Passagem da cidade bela para a cidade eficiente, onde o interesse mobiliário está
sempre presente.

O planejamento deixa de ser apenas função de engenheiros e arquitetos e passa a ser


também de economistas, sociólogos, geógrafos, advogados e etc.

Urbanização e consciência popular

Crescente organização e conscientização das classes populares urbanas;


Fragilidade das classes dominantes;

Transição de poder de dominação da aristocracia rural para a burguesia urbano-


industrial, cujo domínio legitima-se por meio de políticas habitacionais e uso ideológico
do planejamento urbano.

A classe dominante já não pode mais expor seus planos de forma aberta.

A classe dominante continuará executando seus interesses nas obras de infraestrutura,


contudo isso não pode ser mais divulgado.

Os planos passam então a ser apenas discursos já que a classe não tem propostas para
resolver os problemas urbanos que se agravam.

“Não há como anunciar obras de interesse popular, pois estas não serão feitas, e não há
como anunciar as obras que serão feitas, porque estas não são de interesse popular”.
Pg. 204

Inicia um novo período do plano discurso que não se preocupa com sua
operacionalização e exequibilidade, ele se satisfaz com sua própria verdade.

2º período subdividido em três:

 Urbanismo e Plano Diretor (1930-1965)


 Superplanos (1965-1971)
 “Plano sem mapa” (1971-1992)

O urbanismo e o Plano Diretor

“Planejamento” é mais recente no Brasil e está ligado a ideias de ordem, racionalidade


e eficiência. “Urbanismo” ainda guarda resquícios do “embelezamento”, associado à
arquitetura e artes urbanas.

Os planos não justificam mais as obras que estavam sendo feitas, antes tentam justificar
a falta de solução para os chamados “problemas urbanos”.

“Caos urbano”, “crescimento descontrolado” e necessidade de “planejamento”.

Passagem do planejamento que era executado para o planejamento discurso.

O planejamento integrado e os superplanos


O planejamento integrado afirma que a cidade não pode mais ser tratada apenas em
seu aspecto físico, ela é também um organismo econômico e social, gerido por um
aparato político institucional.

Os planos devem integrar a cidade em sua região.

Acusa os planos anteriores de determinismo físico, contudo a própria acusação e suas


soluções são de cunho ideológico e servem apenas para mudar, mais uma vez, o nome
e o tipo de plano.

Descolamento dos planos e discursos dominantes dos interesses das massas populares,
centrados na ideia de globalidade, sofisticação técnica e interdisciplinaridade do
planejamento.

Os planos são elaborados fora da administração municipal e demonstram-se


extremamente técnicos.

Quanto mais abrangentes os planos, menores as possibilidades de se tornarem


instrumento adequado para a “integração e coordenação” das atuações de um
quantidade de órgãos públicos que se multiplicavam e se especializavam
crescentemente. Pg.213

Plano Dioxides – Estado da Guanabara (inaugura os superplanos)

“Os superplanos são peças da mais pura tecnocracia, elaborados por especialistas de
escritórios privados”. Essa prática dominou o SERFHAU. Pg. 216

Conhecer a cidade

O “planejamento” até a década de 90, vai valorizar o conhecimento técnico e científico


como guia da ação, ou seja, a ideologia da tecnocracia.

O plano sem mapa

Esse tipo de plano apresenta “apenas objetivos, políticas e diretrizes”. Já que é assim, o
diagnóstico e a grande quantidade de mapas e estatísticas são dispensados.
A ideia do plano diretor de princípios e diretrizes está associada a uma ideia de
“posterior detalhamento”, e isso nunca ocorre. Planos que dizem como serão os planos
quando vierem a ser feitos.

“O plano de políticas e diretrizes gerais para posterior detalhamento é o plano


predestinado à prateleira” pg.221

A ideia de Plano Diretor enquanto ideologia

O planejamento urbano no Brasil passa a ser visto como um atividade intelectual de


elaborar planos, desvinculada de políticas públicas e das ações concretas do Estado,
mesmo que eventualmente procure justifica-las, pretendendo na verdade, ocultá-las.

Os planejadores são afastados cada vez mais da administração pública e problemas


reais.

O planejamento urbano brasileiro tem sido fundamentalmente discurso (elitista) que


oculta os problemas das maiorias urbanas e interesses da classe dominante na produção
do espaço urbano. Logo, ele não deve ser estudado na esfera de ação do Estado e das
políticas públicas, mas sim da ideologia.

O autor afirma ainda que o planejamento urbano no Brasil não tem sido guia da ação do
Estado.

Os planos nacionais, setoriais e alguns poucos regionais refletem as intenções reais de


seus elaboradores e tenta-se realmente segui-los. O mesmo não acontece com os planos
urbanos e metropolitanos.

A reação popular está presente, porém ainda é frágil

Movimento Nacional pela Reforma Urbana

Os movimentos sociais das populações urbanas marginalizadas não reivindicavam


planos diretores, pois estavam conscientes de que eles vinham servido apenas para
perpetuar a inanição do Estado. As políticas públicas reais nas esferas imobiliárias e
fundiária não passavam por plano diretores, mas se manifestavam em políticas
habitacionais e legislação urbanística (loteamentos e zoneamentos);

As elites respondem novamente com plano diretor.


Avanços: PD passa a ser o instrumento que define se a propriedade está exercendo sua
função social. Porém há dificuldade de aplicação de sanções ao proprietário.

Os anos de 1990

Os problemas a serem atacados num plano diretor são de cunho político e não técnico.
As questões devem estar na plataforma dos movimentos populares e partidos políticos,
o diagnóstico técnico serve para dimensionar, escalonar ou viabilizar as propostas que
são políticas.

O início da politização dos planos da início aos debates e negociações de natureza


política entre interesses conflitantes.

Conclusões e perspectivas:

O destino do planejamento urbano no Brasil está ligado ao avanço da consciência de


classes uma vez que “o poder de atraso” é grande.

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