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Artigo

As variações naturais na temperatura e a concentração


de CO2
Antonio Carlos Martinho Junior

Em meu último artigo, demonstrei como a ideia de “temperatura média” da Terra é


errônea, e propus uma explanação mais acurada sobre as variações naturais da
temperatura e das concentrações de CO2 na atmosfera. Os gráficos que irei utilizar aqui
são os mesmos que foram publicados em blogs e páginas da internet (com as devidas
citações bibliográficas) que defendem a existência de um aquecimento global.

Petit et al. (1999) publicaram em seu trabalho os dados de suas observações realizadas
em Vostok, Antártica. Vamos utilizá-lo como base segura para nossas observações, visto
que trata-se da temperatura média de uma região relativamente pequena quando
comparada à Terra como um todo. Um de seus gráficos está exposto no site
Mongabay.com

Como
podemos notar, a linha azul representa as variações da temperatura, a linha verde as
variações da concentrações de CO2 na atmosfera e a linha vermelha, a poeira. O mais
importante, antes de mais nada, é perceber que a escala apresentada no eixo das
abscissas (eixo X), está em MILHARES DE ANOS ATRÁS, ou seja, o presente
gráfico retrata uma história dos últimos 450 mil anos dessas variáveis.
Nosso primeiro passo: comparar as concentrações de CO2 na atmosfera e sua relação
com a variação da temperatura. Para tanto, apaguei a linha que demonstra a variação na
poeira, de forma que o gráfico fique menos poluído visualmente.

Em primeiro lugar, verificamos, sem a menor dificuldade, que tanto a temperatura


quanto as concentrações de CO2 na atmosfera são altamente variáveis no tempo, e que a
ação humana não tem importância em relação a variação da temperatura. Afirmo isso de
forma categórica pois o homem surgiu na face da Terra entre 150 a 200 mil anos atrás
(Smithsonian Institution, 2000) e o maior pico de temperatura foi registrado entre 300
e 350 mil anos atrás, cerca de 150 a 200 mil anos antes do homem surgir (veja o gráfico
abaixo). Além disso, somente podemos considerar a presença humana como ameaçadora
ao meio ambiente, nos termos propostos, após a revolução industrial, a qual somente
ocorreu na metade do século XVIII.

Assim, quais seriam as causas das variações naturais da concentração de CO2 na


atmosfera que ocorrem quase que ciclicamente perfeitas? Essa é uma das mais
importantes questões a ser respondida para que possamos começar a compreender os
mecanismos climáticos terrestres. Entretanto, a resposta para essa questão deve ser
consolidada e não haver conjecturas controversas.

Obviamente, tais variações estão relacionadas a diversos fatores climáticos terrestres e


extraterrestres (como a ação solar, por exemplo). É muito mais plausível que as
variações nas concentrações de CO2 na atmosfera tenham como principal causa as ações
externas, as quais devem ser cíclicas, pois as variações na concentração de CO 2
possuem uma alta amplitude e mantém-se limitadas dentro de certos valores superiores
e inferiores. Assim, se a ação do Sol for uma das grandes responsáveis, assim como tem
sido demonstrada pelos cientistas e totalmente ignorada pelo IPCC, demonstra-se com
mais naturalidade científica que as emissões de CO2 são causadas pelo aquecimento da
Terra e variam dentro de certos limites.
Quando olhamos para a maior temperatura registrada, percebemos que a ação humana é
realmente insignificante, pois ela ocorre milhares de nos antes do surgimento do homem
(como no caso do CO2) e, além disso, a temperatura nos últimos 10 mil anos tem pouco
variado. Observe o gráfico:

Um questionamento importante a ser feito, do ponto de vista da biodiversidade, é se os


seres vivos seriam realmente reduzidos drasticamente caso a temperatura variasse. Bem,
olhe a biodiversidade atual e veja pelo que ela passou nos últimos 450 mil anos (algo
que na escala geológica poderia ser classificado como “ontem” – a vida surgiu na face
da Terra há 3,5 bilhões de anos). As variações de temperatura foram de -8⁰C para +3⁰C
em poucos milhares de anos (entre 100 e 150 mil anos atrás – veja o gráfico). Portanto,
temos que as espécies, incluindo o Homo sapiens, passaram por um aquecimento
terrestre igual a 11⁰C e ainda estão aqui. Por que deveríamos nos preocupar com todos
os seres vivos se a temperatura voltasse a se elevar se eles já passaram por isso
anteriormente e o homem não tinha culpa nenhuma? Na verdade não estamos
preocupados se a espécie A ou B irá desaparecer, estamos preocupados é com o
resultado que isso trará para nossas vidas, pois haverá um “desequilíbrio ecológico”,
algo totalmente arrogante e egoísta da humanidade. Afinal de contas, ninguém deseja
mudar seus hábitos.

O homem ainda acredita que a natureza é imutável e que tudo que ocorre fora de seu
controle é desastroso. A natureza, o que inclui o clima, foi, é, e sempre será, totalmente
oscilante. É a oscilação que promove o equilíbrio. Se nos preocupamos tanto quando
uma determinada espécie entra em extinção, achando que o ecossistema entrará em
colapso, deveríamos nos lembrar do caos ecológico que deve ter ocorrido quando os
dinossauros foram extintos da face da Terra, afinal eles eram enormes, eram muitos
(tanto em quantidade de indivíduos como em quantidade de espécies) e consumiam
muitos recursos naturais. Paradoxalmente, o planeta está bem hoje, a vida ainda existe e
continuará existindo.

Agora, o grande absurdo especulativo:

A Amazônia está condenada a perder no mínimo 20%


de sua fisionomia original com as mudanças climáticas.
O impacto poderá ser ainda pior e afetar 85% da flores-
ta se as temperaturas ultrapassarem a casa dos 4ºC,
comparadas com níveis pré-industriais. Este foi o quadro
sombrio apresentado pelo Centro Hadley, instituto de
meteorologia do Reino Unido, durante o Congresso
Científico Internacional sobre Mudanças Climáticas,
em Copenhague.
(FALEIROS, G., “Clima pode comprometer 85% da mata amazônica” Folha de
S. Paulo, Ciência, , 12/03/2009, p. A16.)

Perceba o tamanho do absurdo assumido acima. Com um aumento de 4⁰C na


temperatura somente 15% da floresta iria sobreviver. E toda variação que já existiu
naturalmente e foi demonstrada pelos próprios cientistas do IPCC? Como a Amazônia
durou até hoje? Podemos perceber que não há consenso nenhum entre os próprios
membros do IPCC e muito menos bom senso, algo fundamental. O grande problema é
que esses dados são obtidos por meio de previsões baseadas em cenários planejados, ou
seja, totalmente manipuláveis para dar um ou outro resultado. O que seria mais
vantajoso do ponto de vista midiático, uma notícia que o clima vai bem e é naturalmente
variável, que não precismos no preocupar, ou uma notícia alarmante, que toda a vida
corre perigo, que o homem está caminhando para a destruição do planeta? è só uma
questão de mudar os parâmetros das previsões.

Dentro desses preceitos, que eu acredito estarem claros agora, podemos perceber o que
a mídia consegue fazer com as pessoas. Elas conseguem ver o que não existe e, ainda
por cima, justificam sua posição por meio de gráficos. Observe a imagem abaixo que
obtive do site Green Options, em uma matéria publicada por Ryan Thibodaux, um
jovem administrador de empresas:
Ele argumenta:

CO2 pode ser necessário para a vida, mas muito dele causa o aquecimento global.
Realmente causa! Veja:

Logo a seguir vem o gráfico e vemos que mesmo com a concentração de CO2 subindo, a
temperatura quase não varia (ponta da seta). Além disso, podemos perceber que nesse
ponto a temperatura não é a mais alta já registrada. Ou seja, o autor afirma algo e, em
sua demonstração, destrói seu próprio argumento. Algo típico de quem não sabe ler
gráficos e/ou tem pouco conhecimento teórico sobre o assunto. A única coisa que
poderíamos dizer em relação à parte do gráfico em que o homem contribui com o
aumento do CO2 na atmosfera é que a alta concentração desse gás, acima de certos
valores, parece não afetar a temperatura terrestre.

Devo concordar com o senso comum: há sim uma estrita relação entre a variação da
temperatura e as concentrações de CO2 na atmosfera. Agora precisamos saber quem é a
causa e quem é o efeito, ou seja, será que a variação nas concentrações de CO 2 na
atmosfera provoca a variação da temperatura, como largamente proposto, ou será que o
inverso é verdadeiro, ou seja, as variações na temperatura provocam as variações nas
concentrações atmosféricas de CO2?

Além disso, outro gráfico nos mostra que não existe somente uma estrita relação entre
CO2 e temperatura, mas também entre o CO 2 e o metano (CH4). Portanto, estamos
trabalhando comum tripla relação ( CH4, CO2 e temperatura). Observe a relação entre o
CO2 e o CH4 no gráfico abaixo:
Novament
e, ao verificar as variações das concentrações de CH 4 na atmosfera, voltamos ao mesmo
questionamento relativo ao CO2. Quais as causas das variações naturais em sua
concentrações ao longo dos milhares de anos?

Com um gráfico cuja escala é de milhares de anos, fica difícil apontar a relação de causa
e efeito, visto que o espaçamento entre os anos é pequeno demais para perceber
claramente que sofre elevação antes, se é a temperatura ou a concentração de CO 2.
Como Al Gore, ex-candidato à Casa Branca e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de
2008 pelas suas contribuições no combate ao aquecimento global, produziu um filme
chamado Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth), no qual mostra a estrita
relação entre o CO2 e a temperatura, vamos nos valer do mesmo gráfico para demonstrar
a relação oposta entre as variáveis. A imagem abaixo é um printscreen do meu monitor
durante a cena do filme.

Como o
gráfico está alargado e não aparece por completo, fiz um segundo printscreen quando a
câmera andou para o lado.
Nos
gráficos, a linha vermelha representa a variação de CO2 na atmosfera e a linha azul a
variação da temperatura. Os v\alores representados no eixo X representam o tempo (em
anos).

De novo, o que você pode perceber? Uma estrita relação entre o CO2 e a temperatura?
Obviamente que sim, você está correto, assim como Al Gore também está. Mas agora
faça uma análise mais pormenorizada dos gráficos. Quem sofre uma elevação antes: o
CO2 ou a temperatura? Vamos traçar algumas linhas sobre os gráficos para ficar
visualmente mais fácil sua interpretação.

.
De forma impressionante, mesmo com o distanciamento dos pontos no eixo X, ao
procurar um ponto de discordância da relação proposta pelos cientistas do IPCC, os
pontos de aumento de temperatura e concentração de CO2 estão sobre os mesmo pontos
do gráfico. Isso não nos permite afirmar que o CO2 é o responsável pelo aumento da
temperatura, bem como também não poderíamos afirmar o inverso. Entretanto, como
você pode ver, marquei 4 pontos no gráfico (a, b, c, d) que fogem dessa regra.

No ponto A, podemos verificar que, embora a concentração de CO2 esteja aumentando,


a temperatura diminui, o que é totalmente contraditório com a teoria do efeito estufa.
Tudo bem, parece ser insignificante, pois as retas estão muito próximas. Mas não é!
Lembre-se da escala do gráfico.

Para verificar o tempo entre as duas retas, utilizei o programa de edição de imagens
GIMP 2.6.1. Medi a distância, em pixels, entre 50.000 anos (dois traços consecutivos no
eixo X) e entre as retas. Por meio de uma regra de três simples, cheguei a um valor de
aproximadamente 5.376 anos. Assim, durante esses mais de 5.000 anos, mesmo com o
CO2 aumentando, a temperatura estava caindo. Não se trata de pouco tempo.

No ponto B temos o contrário. Enquanto a concentração de CO 2 diminui, a temperatura


sofre elevação. Observe! A distância entre as duas retas equivale a 14.516 anos,
aproximadamente. No ponto C, temos o mesmo evento ocorrido no ponto B, entretanto
o período de tempo entre o início do aumento da temperatura e o início do aumento da
concentração de CO2 na atmosfera é de aproximadamente 10.000 anos. Assim, somente
após 10.000 anos do início do aumento da temperatura verifica-se que o CO 2 começou a
se elevar na atmosfera.

O ponto D nos mostra que mesmo com um aumento abrupto da concentração de CO 2 a


temperatura ainda se mantém estável por pelo menos 15.789 anos.

Todos essas evidências nos levam a acreditar que há uma tendência de aumento de
concentração de CO2 na atmosfera quando a temperatura sofre uma elevação, e não o
contrário. Alguns exames mais detalhados dos pontos em que a temperatura e o CO 2
aparentemente coincidem revelam que aproximadamente 800 anos antes da
concentração de CO2 aumentar há uma elevação na temperatura.
No próximo artigo, iremos verificar se a temperatura da Terra está realmente
aumentando. Obrigado pela atenção

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Petit, et al. Climate and atmospheric history of the past 420,000 years from the Vostok
ice core, Antarctica, Nature, v. 399, p. 429-436, 1999

Smithsonian Institution, 2000. Human Origins Program. Disponível em:


http://anthropology.si.edu/humanorigins/index2.htm

O original encontra-se em https://otaodabiologia.wordpress.com/2009/06/25/variacoes-


naturais-de-temperatura-e-co2/

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