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AO JUIZO DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACEIÓ/AL

Processo...

EMPRESA MAIS LUZ, já qualificado nos autos da Ação de Declaratória de


Inexistência de Debito c/c Indenização por Perdas e Danos e Materiais de número em
epígrafe, que move em face da EMPRESA SUPER HOMEM, também já previamente
qualificado, inconformado com a sentença proferida às fls .... , vem, por seu advogado,
conforme procuração anexa, com endereço profissional na rua ... , nesta cidade,
endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, interpor, tempestivamente, a
presente

RECURSO DE APELAÇÃO

Com base nos artigo 1.009, e seguintes do CPC/ 2015 ,requerendo, na oportunidade,
que o recorrido seja intimado para, querendo, ofereça as contrarrazões e, ato contínuo,
sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de Alagoas, não sendo a autora beneficiária da assistência judiciária gratuita
verifica-se, neste ato, o correto recolhimento das custas de porte e remessa conforme
previsão no artigo 1.007 do CPC.

Nestes termos,

Pede deferimento.

(Local, Data)

Advogado (a) (nome)

OAB (sigla do estado e número de inscrição)


EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS

RAZÕES DA APELAÇÃO

Apelante: EMPRESA MAIS LUZ


Apelado: EMPRESA SUPER HOMEM
Origem do Processo : Ação de Declaratória de Inexistência de Debito c/c Indenização
por Perdas e Danos e Materiais - VARA CIVEL DA COMARCA DE MACEIÓ

Egrégio Tribunal,

Colenda Câmara ,

Eméritos Desembargadores

I – TEMPESTIVIDADE E CABIMENTO

È tempestivo o presente recurso, tendo sido intimado da decisão em..., e protocolizou o


recurso em..., portanto dentro do prazo de 15 dias previsto em lei (art. 1003,§5º CPC)

Trata-se de sentença que colocou termo a toda relação jurídica de direito processual,
portanto, cabível a presente apelação, conforme Art. 1009 do Código de Processo Civil
que em face de sentença denegatória de Ação de Declaratória de Inexistência de Debito

II- PREPARO

O preparo e o porte de remessa e de retomo foram devidamente recolhidos, na forma do


art.1.007, do CPC

III- HISTÓRICO PROCESSUAL


Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito, cumulada com sustação
definitiva de protesto, com pedido de reconvenção elaborado pela apelada.

A apelante teve seus pedidos iniciais da ação declaratória regularmente deferidos, pelo
que nada tem a opor. Quanto à reconvenção apresentada pela apelada, a apelante restou
condenada ao pagamento do que no seu entender não é devido.

Após os trâmites do feito, o MM. Juiz a quo, em sua r. sentença, assim manifestou-se
quanto aos argumentos de defesa da apelante-reconvinda, folhas ...., verbis:

"Por fim, cabe salientar que apesar de a autora-reconvinda argüir a extemporaneidade da


impugnação apresentada pela ré-reconvinte, ainda que se admitisse a tese, o seu
acolhimento não surtiria os efeitos pretendidos pela Autora-reconvinda, que é ver
reconhecida a veracidade dos fatos por ela consignados na contestação, posto que, o
reconhecimento da veracidade de fato alegado e não impugnado não resulta
automaticamente da só inexistência de impugnação específica, mas sim, da completa
ausência, nos autos, de elementos outros que sejam capazes de contraditá-lo e afastar a
presunção de sua veracidade." (grifamos).

A r. sentença recorrida não pode ser mantida, vejamos:

O MM. Juiz singular equivoca-se em seus argumentos, resumidamente ele diz que a ora
apelante deveria comprovar suas alegações através de elementos que se encontram nos
autos para derrubar os da apelada-reconvinte.

E foi justamente o que a apelante fez, ora, se a impugnação e os documentos


apresentados pela apelada foram extemporâneos e não apresentam segurança ao juízo,
como requerido, é certo que os mesmos não podem ser considerados para rebater as
arguições da apelante ante a cogência da Lei Processual, a qual o juiz não pode
desrespeitar como in casu ocorreu.

A prova, os "elementos" apresentados como defesa pela apelante, foram os documentos


de folhas ...... e ...... apresentados pela pelada-requerida-reconvinte, que não possuíam as
devidas assinaturas de recebimento. Então a partir deste elemento tem-se que ditos
documentos tornaram-se prova em favor da apelante-autora-reconvinda, pois, se não há
entrega de mercadoria comprovada, não há dívida a ser cobrada.

Voltemos à manifestação apresentada anteriormente pela apelante-reconvinda, quanto a


impugnação de documentos e extemporaneidade, conforme fls.

Pois bem, com relação aos documentos de folhas .... e seguintes,


(EXTEMPORÂNEOS), estes já haviam sido apresentados em cópias autenticadas às
folhas ..... e ....., pela apelada-reconvinte, sendo as autenticações datadas de .../.../...,
saliente-se que tais documentos (fls. .... e ....), não apresentam ou comprovaram
qualquer entrega de mercadorias, tornando prova a favor da apelante-reconvinda.

Às folhas ..... e ....., são juntados outras cópias dos mesmos documentos, porém,
pasmem D. Julgadores, agora com outras autenticações e com assinatura no campo
destinado ao recebimento de mercadorias.

As datas "encontradas" em tais documentos, .../.../... e .../.../..., são ANTERIORES às


datas das autenticações dos documentos de folhas .... e ...., ..../..../.....

Desta forma, não podemos admitir que os documentos de folhas ..... e seguintes provem
algum direito que por ventura a apelada poderia possuir, pois, além de serem
extemporâneos, não proporcionam segurança ao juízo, mesmo estando autenticados.
Não podemos admitir duas autenticações de um mesmo documento contendo
informações divergentes.

Deveria a apelada apresentar os documentos originais, o que não o fez nem tão pouco
requereu. O MM Juiz a quo, para decidir o presente pleito, deveria, em prol da
segurança do juízo e até mesmo das partes, determinar a realização de perícia em ditos
documentos e não simplesmente ignorar as alegações da apelante como o fez. Saliente-
se que tal providência deveria partir do juiz ou da recorrida-reconvinte, pois é seu o
ônus da prova na reconvenção.
Assim, temos em favor da apelante, que os "elementos de prova" mencionados pelo Juiz
monocrático, restam vencidos pelos próprios documentos de folhas .... e ...., os quais
comprovam a não entrega das mercadorias. O ônus da prova na reconvenção era da
apelada, que não comprovou suas alegações, haja vista a extemporaneidade ocorrida e,
pela não segurança proporcionada nos documentos

IV - RAZÕES PARA REFORMA

É inconcebível que num exame de nível nacional inexista um mecanismo de controle


apto para evitar incorreções indesejadas, ou então corrigi-las, sobretudo porque o
administrado deposita nesta prova grande expectativa, uma vez que se trata de exame
para admissão no ensino superior.

Ora, o acesso à prova não pode ser negado ao participante do concurso, que tem direito
de saber quais foram os critérios aplicados à correção. A administração pública deve
fornecer a informação e explicitar os critérios, o não fornecimento , a autoridade coatora
ofende o Princípio da Publicidade, previsto no Art. 37 caput da CRFB/88, quando
impede a divulgação da prova do impetrante
Art. 37. A administração pública direta e
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte(...)

Inconformado com a ampla ilegalidade dos atos, impetrou Mandado de Segurança


buscando que o poder judiciário intervenha a fim que sanar os problemas. O MM. Juízo
a quo entendeu que a ausência de vista e recurso administrativo não se trata de uma
medida ilegal. Merece reforma a decisão do juízo a quo, tendo em vista as afrontas à
Constituição de 1988.

Invoca-se para o caso, primeiramente o Princípio da Legalidade, previsto no Art. 5º, II


da CRFB/88, que versa sobre a impossibilidade de alguém seja obrigada a fazer ou
deixa de fazer algo, senão em virtude de lei.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança
e à propriedade, nos termos seguintes:

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer


alguma coisa senão em virtude de lei;

Pois bem, a autoridade coatora age completamente contra tal enunciado. Não há
nenhuma legislação que limite os direitos do impetrante, não podendo um edital, de
cunho administrativo vir fazer frente a seus direitos.
Destaca-se também a grave ofensa ao Direito de Petição, previsto no Art. 5º, XXXIV,
“a” da CRFB/88. O dispositivo assegura a todos a possibilidade de petição aos poderes
públicos, em defesa de seus direitos, contra ilegalidade ou abuso de poder.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção


de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

XXXIV - são a todos assegurados,


independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em


defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;
O jurisdicionado tem direito a informações e, no caso presente, deverá ter acesso à
prova e, se o caso, à retificação dela. Diante disso A autoridade coatora agiu em total
desconformidade com o ditame citado acima, vez que cerceia o direito de petição do
impetrante, bem como o impede de questionar suas decisões.

Conforme veremos a seguir, os julgados dos tribunais superiores e doutrinadores, se


sintonizam no mesmo entendimento

TJ-SP - Reexame Necessário REEX


48084920108260438 SP 0004808-
49.2010.8.26.0438 (TJ-SP)
Data de publicação: 13/02/2012

Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA.


CONCURSO PÚBLICO.
INIDONEIDADE DA EMPRESA
ORGANIZADORA DO CERTAME.
RECUSA NO FORNECIMENTO DOS
CADERNOS DE QUESTÕES DAS
PROVAS. Empresa contratada para a
realização do certame condenada nos autos
de ação civil pública na proibição de
contratar com o Poder Público pelo prazo
de três anos. Dever de obediência aos
princípios da legalidade e da moralidade.
Cláusula do edital que recusa? por razões
de segurança? o fornecimento de cópias do
Caderno de Questões aos candidatos.
Impossibilidade. O acesso ao caderno de
provas de concurso público, para fins de
interposição de eventual recurso, na esfera
administrativa, é direito assegurado ao
candidato, pela Constituição Federal, e
encontra respaldo na garantia
constitucional da ampla defesa e do
contraditório, nos termos dos arts. 5º,
incisos XXXIII , XXXIV , b , LV , e 37 ,
caput, da CF/88 . Sentença mantida.
Recurso provido.

Com base no exposto, requer que seja recebido e dado integral provimento ao presente
recurso de Apelação

V - PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) seja o recurso recebido nos seus regulares efeitos suspensivo c devolutivo (art. 1012,
e 1013 ambos do CPC);
b) seja o presente recurso conhecido e, no mérito, provido, para reformar a sentença e
viabilizar o pleno acesso do recorrente ao teor dos documentos bem como o direito de
obter a revisão de sua nota, em critérios lógicos e claros;
c) a intimação da parte contrária para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias (art.
508, CPC).
d)Intime-se o representante do Ministério Público.
e) a inversão dos encargos sucumbencias (art 20, CPC).

Termos em que,

Pede deferimento.

Local e data.

ADVOGADO/OAB/Nº

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