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Pesquisa quantitativa ou qualitativa?

Eis a questão
Por: Girlene Lima Portela

Resumo: Este artigo trata das peculiaridades observadas entre a pesquisa quantitativa e a
pesquisa qualitativa, dado a discussão que sempre é travada entre os pesquisadores,
defensores de cada um desses métodos. Nele, nos ateremos à pesquisa em Ciências Sociais
e mais especificamente à pesquisa educacional, à qual estamos diretamente ligados, tanto
como pesquisadora quanto como professora de língua portuguesa e metodologia da
pesquisa em Letras.
Introdução
Considerando-se que a pesquisa científica exige, entre outras características, a
criatividade, a disciplina, a organização e a modéstia do pesquisador, deve-se levar em
conta que ele lida sempre com confrontos. Nesse sentido, a pesquisa em Ciências Sociais
deve, entre outras coisas, suscitar o debate entre a sociologia positivista e a sociologia
compreensiva, de acordo com Goldenberg (1999).
Muitas são as divergências observadas entre a metodologia quantitativa e a
qualitativa. Assim, passaremos a discutir cada uma delas, para após, apresentarmos nossa
crítica acerca da utilização de um ou de outro desses modelos, ou sugerir uma triangulação,
que seria o mais adequado, considerando-se o universo ambíguo de que trata Granger (op.
cit.).
A pesquisa qualitativa
A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas sim
com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização etc. Os
pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa se opõem ao pressuposto que defende
um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua
especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria. Assim, os pesquisadores
qualitativos recusam o modelo positivista aplicado ao estudo da vida social, uma vez que o
pesquisador não pode fazer julgamentos nem permitir que seus preconceitos e crenças
contaminem a pesquisa. (Goldenberg, 1999).
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Os pesquisadores que utilizam os métodos qualitativos buscam explicar o porquê


das coisas, exprimindo o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas
simbólicas nem se submetem à prova de fatos, pois os dados analisados são não-métricos
(suscitados e de interação) e se valem de diferentes abordagens.
Problemas teórico-metodológicos.
Na pesquisa qualitativa, o cientista é ao mesmo tempo o sujeito e o objeto de suas
pesquisas. O desenvolvimento da pesquisa é imprevisível. O conhecimento do pesquisador
é parcial e limitado. « Le but de l’échantillonnage est de produire le maximum
d’information: qu’il soit petit ou grand importe peu pourvu qu’il produise de nouveaux faits
». (Deslauriers, 1991, p.58)
Procedimentos metodológicos.
Observação participante: através da participação na vida cotidiana do grupo ou da
organização que estuda; entrevistas ou conversa para descobrir as interpretações sobre as
situações que observou, podendo comparar e interpretar as respostas dadas em diferentes
momentos e situações.
Coleta de dados.
Investigação descritiva (fonte direta de dados é o ambiente natural); os materiais
registrados são revistos na sua totalidade pelo investigador. Os dados são recolhidos em
situação natural e complementados pela informação que se obtém através do contato
direto ; transcrições de entrevistas, notas de campo, fotografias, vídeos, documentos
pessoais, memorandos e outros registros oficiais ; supremacia do processo em detrimento
do produto ; familiaridade com o ambiente, pessoas e outras fontes de dados, adquiridos
principalmente através da observação direta, do estudo de caso da entrevista, além da
história de vida, entre outros.
Características da pesquisa qualitativa.
Objetivação do fenômeno, hierarquização das ações descrever, compreeender,
explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno,
observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural, respeito ao caráter
interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus
dados empíricos, busca de resultados os mais fidedignos possíveis, oposição ao pressuposto
que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências.
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Limites e riscos.
Excessiva confiança no investigador enquanto instrumento de coleta de dados,
reflexão exaustiva acerca das notas de campo pode representar uma forma de tentar dar
conta do objeto estudado, além de controlar o efeito do observador, falta de detalhes sobre
os processos através dos quais suas conclusões foram alcançadas, falta de observância de
aspectos diferentes sob enfoques diferentes, certeza do próprio pesquisador com relação a
seus dados, sensação de dominar profundamente o seu objeto de estudo, envolvimento do
pesquisador na sua situação (ou com sujeitos) pesquisada.
Pesquisa quantitativa
Nesse tipo de abordagem, os pesquisadores buscam exprimir as relações de
dependência funcional entre variáveis para tratarem do como dos fenômenos. Eles
procuram identificar os elementos constituintes do objeto estudado, estabelecendo a
estrutura e a evolução das relações entre os elementos. Seus dados são métricos (medidas,
comparação/padrão/metro) e as abordagens são experimental, hipotético-dedutiva,
verificatória. Eles têm como base as metateorias formalizantes e descritivas.
· Vantagens: automaticidade e precisão, controle de bias
· Limites: determinação prévia de resultados
Conclusão
Conforme características, limites e vantagens das abordagens acima citadas,
acreditamos que a melhor forma de se pesquisar é através da integração entre os métodos
quantitativo e qualitativo, pois para analisar-se com fidedignidade uma situação dada é
necessário o uso de dados estatísticos e outros dados quantitativos, e também da análise
qualitativa dos dados obtidos por meio de instrumentos quantitativos, entre outros cuidados
para se evitar o bias, fruto da subjetividade que encerra uma pesquisa, a exemplo da
subjetividade do pesquisador.
As vantagens de se integrar os dois métodos está, de um lado, na explicitação de
todos os passos da pesquisa, de outro, na oportunidade de prevenir a interferência da
subjetividade do pesquisador nas conclusões obtidas.
Outros cuidados devem ser tomados para que uma pesquisa chegue a seu termo e
seja aceita nos meios científicos, a exemplo da correção e adaptação dos instrumentos de
pesquisa durante todo o processo, intervenção, através de instrumentação para a obtenção
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de resultados mais confiáveis, e manuseio de forma responsável de objetos e


acontecimentos, entre outros.
Buscando-se uma excelência em pesquisa, o pesquisador deve levar em
consideração as possíveis dificuldades a serem enfrentadas ao desenvolver a pesquisa.
Nesse particular, sua experiência e maturidade são fatores determinantes para que a
pesquisa seja bem-sucedida.
Além da consciência do papel do pesquisador frente às exigências do projeto, deve-
se buscar o controle da subjetividade, levando os sujeitos a expressarem livremente suas
opiniões, respeitando os valores e responsabilidades do pesquisador para consigo e para
com a sua profissão, fazendo interpretações através de um esquema conceitual, respeitando
a expressão de opiniões, crenças, atitudes e preconceitos, etc.
Com relação ao procedimento ético em pesquisa, é necessário buscar o
consentimento informado e proteção dos sujeitos contra qualquer espécie de danos, dar
importância central à intencionalidade dos atores, à complexidade e à fluidez dos processos
implicados no desenvolvimento da ação social.

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