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O balanço na balança: a busca da imagem fiel e real


Robson Zanetti
É certo que na prática existe uma "política" de balanço patrimonial, variando
conforme os interesses dos empresários.

Desta forma, se a sociedade pretende obter um financiamento bancário,


aumentam-se os valores de seus ativos e diminuem-se de seus passivos, visando
aumentar seu patrimônio; se é para evitar pagamentos, diminue-se o patrimônio.

Constantemente acompanhamos escândalos envolvendo fraudes nos balanços,


os quais, na quase totalidade das vezes, acabam não refletindo o valor
patrimonial da sociedade, vindo a lesar seus credores.

Pretendemos com este artigo buscar o equilíbrio do balanço, o colocando na


"balança", para que sirva não somente para atender os interesses dos sócios (I),
mas também dos credores (II) das sociedades limitadas, esperando que se atinja
o mais próximo possível, sua imagem de fidelidade e realidade (III).

I - A apuração de haveres dos sócios

Quando um sócio sair da sociedade limitada, seja em virtude de seu direito de


recesso, por morte, falência, exclusão, a sociedade será resolvida com relação a
este sócio (como o antigo Código Civil estabelecia, dissolvida parcialmente).

Com a resolução da sociedade, face a saída do sócio, serão apurados seus


haveres e, se houver saldo positivo, ele será pago.

Seus haveres são apurados conforme um balanço especial que é levantado,


conhecido por balanço de determinação. Através deste balanço, é feito um
levantado do ativo e passivo da sociedade e também dos bens incorpóreos que
não estão contabilizados, segundo valores de mercado, para saber quais são os
haveres do sócio.

Nesta apuração, não se busca como referencial o último balanço aprovado pelos
sócios, ou seja, não interessa saber se o último balanço estava correto ou não,
pois se fará um novo, ou seja, um especial, para avaliar o patrimônio da
sociedade e quanto o sócio deve receber.

Qual o interesse dos sócios aprovarem um balanço o mais próximo da fidelidade


e realidade se estão assegurados legalmente que quando saírem da sociedade
receberão seus haveres de forma real, através do balanço especial e não pelos
valores do último balanço? Nenhum.

Pois bem, o mais interessante seria que os sócios viessem a receber seus
haveres tomando-se como base o último balanço aprovado, pois, assim teriam
cuidado em não aprovar um balanço fictício, já que na hora do recebimento de
seus haveres poderiam sair lucrando ou perdendo, tudo iria depender do que foi
aprovado. Se os sócios aprovassem um balanço maior do que o real, teriam que
pagar ao sócio que sai um valor maior; se aprovassem um valor menor, o sócio
receberia um valor menor do que o real.

É claro que o último balanço serve com um meio e não como um fim, isto quer

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dizer que se a partir dele houve aumento ou diminuição patrimonial da


sociedade, estes novos ativos e passivos também devem ser avaliados.

Ainda é importante se acrescentar que deveriam ser definidas regras referentes a


punição dos sócios e da sociedade limitada pela não aprovação do balanço, já
que não existem no novo Código Civil.

II - A responsabilidade solidária dos sócios pela incorreta aprovação do


balanço patrimonial

O patrimônio da sociedade e não seu capital social também serve como garantia
para o recebimento de créditos dos credores da sociedade.

Assim como a responsabilidade pela integralização do capital social está ligada a


aportes insuficientes, os quais se traduzem em patrimônio insuficente da
sociedade, a insuficiência de patrimônio constante no balanço, também deve
gerar a responsabilidade dos sócios.

Os sócios devem ser responsabilizados perante terceiros por aprovarem um


balanço que não reflita o real patrimônio da sociedade quando este vier a causar
prejuízos, pois, assim como eles são responsáveis pela ausência de integralização
do capital social, o qual corresponde ao patrimônio no momento da constituição
da sociedade, devem ser responsáveis pela ausência de patrimônio constante no
balanço, já que esse reflete o patrimônio social num determinado momento.

Não podemos admitir que o patrimônio constante no balanço somente sirva para
se atingir os interesses do empresário, mas também que ele sirva como um
direito para os credores responsabilizarem pessoalmente aqueles que o
aprovaram.

III - Concluindo

A partir do momento que houvesse uma maior responsabilidade daqueles que


aprovam balanços fictícios, os sócios tomariam mais cuidado na aprovação de
seus balanços e assim alcançaríamos uma imagem mais fiel e real do balanço
patrimonial.

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