Sei sulla pagina 1di 35

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

PRÓ-REITORA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO


PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – PARFOR
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

FRANCISCA HELENA BASÍLIO DA ROCHA

CONSTRUÇÃO DE UM PROFESSOR: Memórias e reflexões de uma


educadora em formação.

TUCURUÍ
2018
FRANCISCA HELENA BASÍLIO DA ROCHA

CONSTRUÇÃO DE UM PROFESSOR: Memórias e reflexões de uma


educadora em formação.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade


de Educação do Instituto de Ciências da Educação da
Universidade Federal do Pará, como requisito parcial para a
obtenção do grau de Licenciatura Plena em Pedagogia, sob
a orientação do Prof. Esp. Douglas Almeida de Oliveira.

TUCURUÍ
2018
FRANCISCA HELENA BASÍLIO DA ROCHA
CONSTRUÇÃO DE UM PROFESSOR: Memórias e reflexões de uma
educadora em formação.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade


de Educação do Instituto de Ciências da Educação da
Universidade Federal do Pará (PARFOR), como requisito
parcial para a obtenção do grau de Licenciatura Plena em
Pedagogia, sob a orientação do Prof. Esp. Douglas Almeida
de Oliveira.

Avaliado em: _____/_____/________

Conceito: _____________________

Banca Examinadora:

Banca Examinadora:

___________________________________________

Prof. Esp. Douglas Almeida de Oliveira

Orientador

___________________________________________

Examinadora

Prof.ª b

__________________________________________

Examinadora

Prof.ª
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus por ter me
dado força, coragem e determinação para começar e
concluir o mesmo, ao meu filho Felipe Eslon pelo apoio
carinho e paciência nos momentos difíceis, as minhas
mães pelas orações, ao meu esposo Manoel de Jesus
pelo suporte, pela calma e compreensão em saber
esperar e a minha família que de forma direta ou
indireta me ajudaram a vencer as etapas desse
desafio.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida, pela força que me fez superar
todos os obstáculos e dificuldades que foram surgindo em meio ao caminho.
Tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4:13) a minha família especialmente ao
meu irmão Naílson, minha cunhada Edilene e sobrinhos pelo período que me
acolheram em seu lar, a minha sogra e cunhada que não mediam esforços para
ajudar-me, aos meus amigos em particular ao professor Luis Guilherme pelos
incentivos e orações e por estarem sempre presentes comigo nessab caminhada,
agradeço também a professora Ieda Barradas, que me oportunizou adentrar ao
Parfor.

Agradeço aos colegas de sala que, me proporcionaram que a caminhada até aqui
pudesse ter sido mais amena e prazerosa, aos professores que sempre fizeram o
possível e o impossível para garantir o melhor aprendizado tanto para mim quanto
para meus colegas.

Agradeço a minha instituição e a todos que fazem a UFPA ser essa referencia no
ensino de qualidade, a todos o meu muitíssimo obrigado.

Por fim e não menos importante agradeço incondicionalmente ao meu orientador Prof.
Especialista Douglas Almeida de Oliveira, pela sua atenção, dedicação, compreensão
e também por ter confiado na minha capacidade para chegar até aqui, obrigado a
todos, sem vocês não seria possível a realização desse sonho.
Quando a Educação não é Libertadora, o
Sonho do Oprimido é ser Opressor.
Paulo Freire.

RESUMO
Este trabalho está estruturado na forma de um memorial de formação e tem como objetivo
narrar e refletir por meio da minha história de vida as práticas que me formaram como
educadora desde o ensino fundamental, passando pelo magistério até chegar ao ensino
superior, em que a respeito desta temática dialogo com alguns autores como: Barbosa
(1997), Tardif (2013), Minayo (2008), Silva (2007), Prado e Sólido (2014), Paulo Freire
(1987/1996), entre outros. Tal intuito visa entender e analisar criticamente os caminhos que
me direcionaram a uma aprendizagem, enfatizando as práticas que favoreceram a minha
formação como docente. Concretizar esta vertente utilizei o método autobiográfico reflexivo
por meio de uma abordagem qualitativa, onde envolvo a temática por mim escolhida, uma
educadora em formação. As histórias que procuro evidenciar neste memorial buscam
esclarecer os caminhos recheados não só de desafios e dificuldades, mas também de
incentivos que foram de suma importância para minha formação como docente.

Palavras-chave: Formação Docente; Trajetória docente, família.

ABSTRACT

This work, structure in the form of a training memorial aims to narrate and reflect through my
life history the practices that formed me as an educator from elementary school, teaching to
higher education, where in this subject I talk with some authors such as: Barbosa (1997),
Tardif (2013), (Minayo, (2008)), Silva (2007), Prado and Solid (2014), Paulo Freire
(1987/1996), among others. critically the paths that led me to a learning, emphasizing the
practices that favored my training as a teacher, to concretize this strand, I used a reflexive
autobiographical method through a qualitative approach, where I involved the theme chosen
by me, a teacher in formation. The stories I try to highlight in this memorial seek to clarify the
paths filled not only with challenges and difficulties, but also with incentives that were of
paramount importance for my form as will teaching.

Keywords Life's history. Formation. Reading. Writing. Social function, memory


SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO...............................................................................................................9
2 - INÍCIO DE TUDO: LAÇOS FAMILIARES:...................................................................14
3 - DESCOBRINDO A ESCOLA........................................................................................17
4 - O MUNDO DO MAGISTÉRIO: DESCOBRINDO-ME COMO EDUCADORA.............22
5 - PARFOR.......................................................................................................................27
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................31
7 - REFERÊNCIAS............................................................................................................33
9

1- INTRODUÇÃO.
O memorial é um gênero textual autobiográfico na qual o sujeito narra sua
história, evidenciando fatos e experiências do seu passado a fim de refletir e
entender o contexto atual no qual está inserido, assim, concretizando
simultaneamente uma narrativa histórica e reflexiva sobre momentos significativos
de sua vida, possibilitando analisar de maneira crítica todas as etapas que
envolveram sua trajetória de vida que segundo Prado e Sóligo o memorial:

É um texto em que o autor faz um relato de sua própria vida, procurando


apresentar acontecimentos a que confere o status de mais importantes, ou
interessantes, no âmbito de sua existência[...], É um texto que relata fatos
memoráveis, importantes para aquele que o produz, tendo em conta suas
memórias. É uma marca, um sinal, um registro do que o autor considera
essencial para si mesmo e que supõe ser essencial também para os seus
ouvintes/leitores” (2004, p. 6)

Nesse sentido, enfatizo a importância desse gênero textual por ser uma
narrativa, internacionalizada e documentada da trajetória de vida que considera os
aspectos familiares, acadêmicos e profissionais do autor, sintetizando os momentos
mais significativos no processo de formação pessoal e profissional. Desse modo,
este trabalho tem por objetivo narrar e refletir por meio da minha história de vida as
práticas que me formaram como educadora e ao mesmo tempo compreender como
se deu o processo de ensino-aprendizagem proporcionando conhecimentos
indispensáveis a minha formação como discente-docente. Assim:

Olhar para o passado pode ajudar-nos a encontrar explicação para


significados nas ações que temos hoje como pessoas que foram
construindo um percurso pessoal e profissional rico de cruzamentos com os
outros e a dar sentido ao nosso posicionamento como professoras e
formadoras de professores. Embora saibamos que a pessoa e o profissional
se interligam e se expressam de um modo completo e integrado [apud]
(MOITA, 1995). O recurso à narrativa autobiográfica inscreve-se na ideia de
que, ao narrarmos episódios com significado, os analisaremos de uma
forma contextualizada, tentando que essa análise ponha em evidência
emoções, experiências ou pequenos fatos marcantes, dos quais antes não
nos tínhamos apercebido. (FREITAS E GALVÃO, 2007, p. 2).

Desse modo e a respeito do que os autores acima nos ajudam a refletir, as


narrativas autobiográficas constituem, assim, uma forma de pesquisa que permite
também captar os movimentos de profissionalização, é por isso que explicito aqui o
porquê da escolha do tema deste trabalho de conclusão do curso de pedagogia,
Memórias e Reflexões de uma Educadora em Formação, por considerar que minha
10

trajetória de vida contribuiu de forma positiva para que eu me tornasse uma


educadora comprometida com uma educação de qualidade, no que diz respeito à
formação dos meus educandos, este trabalho se baseia em uma abordagem
qualitativa, pois se fundamenta em uma estratégia baseada em dados coletados em
interações sociais ou interpessoais, analisadas a partir dos significados que
participantes e/ou pesquisador atribuem ao fato (CHIZZOTI apud CAMPOS, 2001), a
abordagem sendo qualitativa, não se objetiva ao relato em números, e não
apresenta uma realidade individual, ou seja, a investigação qualitativa caminha pela
subjetividade dos sujeitos e aceita a interação entre quem pesquisa e o sujeito
objeto, ou seja, busca compreender e explicar a dinâmica das relações sociais,
configurando uma imagem da realidade social dentro de um processo que é
construído determinadamente pelos sujeitos envolvidos. Seguindo esse pensamento
Minayo diz que:

A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se


ocupa, nas Ciências Sociais, com um nível de realidade que não pode ou
não deveria ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo das
atitudes. Esse conjunto de fenômenos humanos é entendido aqui como
parte da realidade social, pois o ser humano se distingue não só por agir,
mas pensar sobre o que faz e por interpretar suas ações dentro e a partir da
realidade vivida e partilha com seus semelhantes (2008, p. 21).

Considero que o primeiro contato na alfabetização em casa com a minha


mãe, todo o carinho que a mesma tinha pelas crianças, as dificuldades com que
desempenhava sua função foi relevante, pois me incentivou a trilhar esse caminho,
dando direcionamento para me tornar uma profissional da educação básica,
comprometida com a prática pedagógica. Ou seja, que refleti sobre seu papel na
educação e que busca internalizar a dinâmica de ação – reflexão- Ação,
transformando –se em uma Práxis. Segundo Freire (1996) é pensando criticamente
a prática de ontem que se pode melhorar a próxima prática. ”isso demonstra
comprometimento profissional, onde o mesmo seja capaz de perceber e refletir o
quanto é importante a sua ação como mediador junto aos sujeitos envolvidos no
processo ensino aprendizagem”.
Mediante a pesquisa bibliográfica pude buscar referências disponíveis
relacionadas à temática do trabalho o que está sendo desenvolvido, no intuito de
fortalecer um diálogo com autores que discutem esta vertente como Minayo (2008),
Silva (2007), Prado e Sóligo (2014), Tardif (2013), Freire (1987/1996) entre outros.
11

Para Tardif (2013), a discursão sobre o ensino e a formação dos professores do


ensino básico obrigatório. Inicia nos Estados Unidos e, depois, ganha os países
anglo saxões e a Europa e, finalmente, a América Latina, o autor analisa as
concepções de ensino que podem ser encontradas ainda hoje no Brasil: a vocação,
o ofício e a profissão. “Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a
fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a
caminhar” (FREIRE, 1997, p. 155).
Assim partindo da minha primeira experiência como docente, sentir
necessidade de me qualificar para repassar os conhecimentos adquiridos aos meus
alunos de maneira mais eficiente/eficaz. Pois encontrei muita dificuldade para
desempenhar a função, ao se tratar de crianças de educação infantil é necessária
uma busca constante de novas práticas, já que a mesma precisa se desenvolver em
seus aspectos cognitivo, social, motor, emocional e afetivo, todo esse aprendizado
contribuiu para que pudesse proporcionar uma melhor educação ao educando, e
para isso procurei buscar meios que me levassem ao encontro de respostas às
minhas inquietações. Vale salientar que por mais que as disciplinas ministradas
durante minha trajetória de estudante do ensino básico, médio e magistério foram
significativamente importantes, mas não foram suficientes para desenvolver minhas
atividades pedagógicas. Aos poucos descobri que a busca pelo conhecimento e as
práticas para transmissão do mesmo, me indicavam com clareza o direcionamento,
ou seja, a direção que eu deveria seguir.
Este trabalho de conclusão de curso baseado em minha trajetória de vida foi o
fator motivador deste debate sobre a importância da minha formação docente. Para
isso dividi este trabalho em cinco tópicos: Início de tudo: laços familiares;
descobrindo a escola; o mundo do magistério; descobrindo-me como educadora e
PARFOR.

Nesse percurso descrevo trajetórias, sensações e experiências que


contribuíram para o meu aperfeiçoamento profissional, importante tanto no aspecto
da minha formação social quanto profissional até os dias atuais. As barreiras que
tive de enfrentar durante o percurso de meus estudos só me deram mais impulso
para buscar pela minha formação, e que a mesma é de grande valia para que eu
possa contribuir na formação integral de meus educandos, pois penso que uma
educação de qualidade traz autonomia ao aluno para fazê-lo gerar suas próprias
12

ideias e conceitos sobre a sua realidade e a dos sujeitos que o cercam. Este
processo de compreensão da importância de uma formação docente concreta em
toda sua base teórica e prática fazem-me refletir que não basta o educador ser
formado, mas que essa formação traga consigo raízes fortes e resistentes para lidar
com situações que serão encontradas pela frente no seu processo de ensino
aprendizagem, e que as circunstâncias não sejam motivos para desistir, mas sim de
seguir em frente, na busca por uma melhor qualidade de seu trabalho docente.
O curso superior me oportunizou mais saberes e ratificou a minha convicção
de ser educadora, e que uma formação nos possibilita a sistematização dos
conhecimentos e a conscientização do que é ser um educador e que o mesmo
precisa estar ressignificando constantemente a sua prática pedagógica para
desenvolver um bom trabalho, durante todos os períodos do curso de Pedagogia
pude perceber o quão é importante o professor estar sempre buscando novas
metodologias de como se deve trabalhar, pedagogicamente e sistematicamente,
para uma melhor compreensão dos seus métodos e práticas desenvolvidas como
forma de ressignificação das ações pedagógicas.

Diante da percepção sobre o quão o professor precisa refletir sobre a


qualidade da ação como profissional perante aos sujeitos envolvidos no processo de
ensino aprendizagem, aproprio-me de vários conhecimentos adquiridos no decorrer
da minha trajetória de formação docente, na qual pude perceber o quanto os
mesmos foram importantes para mim, onde, ao unir essas informações, compreendi
que minha vida de aprendizagem dentro e fora da escola não foi em vão, só agregou
mais uma variedades de conhecimentos que desencadeou e corroborou para o
sonho de ser educadora que a meu ver, é uma arte importantíssima para
desenvolver em mim e nas pessoas com quem convivo um conhecimento
direcionado e contextualizado onde possibilite compreender nossas funções e
deveres como cidadãos.
Pretendo mostrar neste memorial como se sucedeu o processo de minha
formação docente desde o ensino básico à faculdade. Crendo qual foi a melhor
opção de expressar criticamente o processo pelo qual me direcionei a ser
educadora, mergulhei utilizando a abordagem qualitativa que acredito ser uma
vertente que relaciona o mundo real com o sujeito de uma forma bem dinâmica.
13

Com base nos diálogos usufruí também do método biográfico-narrativo que


tem um caráter de guardar o processo pelo qual a vida vai sendo relembrada pelo
sujeito, sendo de suma importância que a memória a ser relatada seja o canal
principal para desenvolver o projeto, que a narrativa do sujeito ao voltar ao passado
saia da zona de conforto, para buscar compreender que sua história está viva no
presente, que a mesma pode voltar à tona recheada de pensamentos reflexivos e
descobertas, sendo que a narrativa histórica de formação pode se tornar um
documento cientifico, adquirindo outros significados ao ponto de toda trajetória de
formação se transformar no que realmente quer construir no percurso de sua história
como profissional comprometido com a sua ação social.
Deste modo entendo que por mais que eu viva a minha própria história e que
parece ser só minha, ela perpassa todo um contexto social, político e econômico, ou
seja, eu não estou sozinho na história, tudo faz parte de um determinado contexto,
tempo e espaço, que de certa forma, acontece com a ação coletiva de outros
sujeitos que estão direto ou indiretamente ligados ao meu passado. Por isso a
discussão crítica desse processo, não vai ficar só para mim, sendo possível outro
sujeito ter acesso a minha história de formação docente, em que a mesma poderá
servir como referência para qualquer outro trabalho, desde que os conceitos sejam
parecidos, ou voltados para a mesma temática.

2-INÍCIO DE TUDO: LAÇOS FAMILIARES:

Segundo Barbosa (1997), quando falarmos da infância, nos reporta à


fragilidade de um ser que depende inteiramente dos familiares, devido à
dependência física e psíquica que a criança tem nos primeiros anos de vida, a
família, além de lhe propiciar sobrevivência, ensina conhecimentos – hábitos,
14

valores, conceitos, comportamentos, atitudes – a serem internalizados pelas


crianças.

Meu nome é Francisca Helena Basílio da Rocha, nasci no dia 25 de julho do


ano de 1971. Filha da senhora Benedita Basílio da Rocha, pai desconhecido, sou a
segunda filha de 10 irmãos, nascida na localidade de Porto Grande área rural de
Mocajuba, Município localizado na mesorregião do nordeste Paraense e micro
Região de Cametá, cortado pelo Rio Tocantins, Minha mãe sem condições
financeiras de me educar resolveu me doar a outra família, Uma vizinha com
melhores condições econômicas, com um ano de idade fui morar com minha família
adotiva em outra localidade denominada de Jacarecaia, também área rural de
Mocajuba, Quando fui morar com a família adotiva foi entregue por minha mãe um
bilhete que na época chamavam de adoção de papel passado que dizia: que a
família adotiva poderia ficar comigo até o tempo que quisesse, o tempo passou e já
estava com 03 anos de idade, quando minha mãe biológica, arrependida do que
tinha feito, tentou reparar o erro querendo me ter de volta, levando-me as escondida
da casa que eu morava.
Essa situação gerou um enorme conflito entre as duas famílias e eu ali, no
meio, sem entender nada. Então, a família adotiva respaldada pelo bilhete que
recebeu, resolveu procurar seus direitos na justiça, nessa época a Comarca
funcionava em Cametá cidade próxima de Mocajuba, nessa audiência seria decidido
com qual família eu permaneceria, no momento da audiência, fui ouvida, lembro- me
muito bem quando perguntaram com qual família eu gostaria de ficar, como não
conhecia a família biológica e por não ter tido nenhum contato com eles, resolvi ficar
com a família adotiva da qual sempre recebi muito amor, carinho e dedicação. Ao
final da audiência a justiça entendeu que a mãe biológica, perdeu os direitos de mãe
devido o papel assinado por ela e registrado em cartório. A partir desse fato minha
mãe biológica desistiu de lutar pela minha guarda. Construo aqui nesse momento
um hiato no texto para refletir que é nas interações com outros, no envolvimento de
campos emocionais e com diferentes conhecimentos produzidos e em vias de
construção pelo seu grupo familiar ou de outra natureza, é que a criança se
descobre sujeito. Diz Wallon que a criança por ser social se individua, a ponto de ter
a possibilidade de chegar ao que Vygotsky considera como o último estágio do
15

desenvolvimento humano: o da liberdade, quando o homem pode ser movido por


necessidades realmente suas, por escolha e por consciência.
Minha mãe adotiva era professora e dava aulas particulares (contratada pelo
município, após terminar o ginásio) ensinava, ou melhor, alfabetizava as crianças em
casa, já que naquela época não tinha escolas na zona Rural como hoje. Num
momento em que não havia muitos direitos assegurados ao professor, o que
segundo Tardif (2013, p. 556).

(...) a idade da vocação se caracterizava pela baixa autonomia das


professoras que estavam sujeitos a várias formas de controle externos,
pelos religiosos, pelos homens, pelos pais, por seus superiores, pelos que
as pagavam entre outros. Portanto a proteção de que dispunham era fraca.

Pode-se dizer que minha mãe foi professora num tempo, em que a profissão
era vista mais como um sacerdócio, ou seja, um dom, não se tinha muitos direitos,
ficavam até seis meses sem receber, sem reivindicar, pois, o trabalho de professor
era visto como algo assistencial, nesse período, passei a fazer parte da sua turma,
essa educação informal foi muito relevante para minha vida de estudante, tornando-
se o primeiro passo para adentrar ao ensino formal, isso também me incentivou
cada vez mais a desenvolver o gosto pelos estudos, devido a primeira e a segunda
infância serem a melhor fase para aprender, minha motivação se deu de forma mais
intrínseca, pois não existia um espaço nem recursos adequados para o lúdico o que
segundo Wajskop (1985, p. 65 ).

(...) o brincar passou por diversas concepções na história da Filosofia, da


Pedagogia e das demais áreas das ciências e das artes. Tal diversidade só
pode ser compreendida se tomarmos o fato de que brincar é uma atividade
mental, uma forma de interpretar e sentir determinados comportamentos
humanos. Nessa perspectiva a noção de brincar pode e deve ser
considerada como a representação e interpretação de determinadas
atividades infantis, explicitadas pela linguagem num determinado contexto
social.

Nesse sentido, tenho percebido que a falta do lúdico no processo de


aprendizagem escolar, enquanto discente, veio de certa forma, hoje, dificultar o
desenvolvimento da minha prática pedagógica enquanto docente, o que para mim é
um desafio, pois tenho a clareza que a vivencia de um processo de aprendizagem
amplo durante o desenvolvimento infantil, contribui e muito para o incremento de
16

formas adequadas para a educação das crianças em instituições coletivas, distintas


dos contextos familiares.

Levando em conta a minha origem e inicio da infância posso dizer que foi um
período um tanto conturbado repletos de pontos negativos e positivos, o primeiro
refiro-me a descoberta de outra família com a idade de 10 anos que até aquele
momento não lembrava que existia. Já o segundo ressalto a importância de todo
aprendizado empírico que recebi, o qual contribuiu para a formação do meu caráter
e da minha personalidade.

É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o


conhecimento adquirido através de ações não planejadas. É o
conhecimento do dia a dia, que se obtém pela experiência cotidiana. É
espontâneo, focalista, sendo por isso considerado incompleto, carente de
objetividade. Ocorre por meio do relacionamento diário do homem com as
coisas. Não há a intenção e a preocupação de atingir o que o objeto contém
além das aparências ( TARTUCE, 2006,p.6).

Esse conhecimento dinâmico e inacabado que foi construindo-se a cada dia,


ajudou-me na solução de problemas que foram surgindo durante minha vida, pois é
um conhecimento adquirido nas experiências de vida através de exercício de valores
que recebi como: respeito, compreensão, carinho, persistência, humildade entre
outros, todos importantes para a convivência social, principalmente na década de 70
quando éramos educados com muita rigidez e autoritarismo.
17

3 - DESCOBRINDO A ESCOLA.

Com oito anos de idade, em decorrência do falecimento do Patriarca da


minha família adotiva e em função da necessidade de ir para a escola, mudamos
para a cidade de Mocajuba, essa perda desestruturou toda a família, nesse mesmo
período tive a oportunidade de conhecer e conversar com a minha mãe biológica e
nessa conversa pedi meus documentos para poder frequentar a escola, assim
mostrou-se bastante compreensiva, não se recusando a entregá-los, pois entendeu
que seria para o meu bem.
Aos 10 anos de idade, fui matriculada na Escola Municipal de primeiro grau
denominada Lauro Sabbá, nesse período a Educação era regida pela Lei de Nº
5692, de 11 de agosto de 1971, que fixava Diretrizes e Bases para o ensino de
primeiro e segundo grau, no Art;18. Para o ingresso no ensino de primeiro grau,
deverá o aluno ter a idade mínima de sete anos. Fui matriculada na primeira série
fraca como chamavam na época o primeiro ano do ensino Fundamental das series
iniciais, mas como já estava alfabetizada para o nível da turma e também atrasada
em relação a idade, logo fui transferida para a primeira forte. Nesse mesmo colégio,
estudei até a quarta serie, mas preciso ressaltar que devido todos os problemas
ocorridos com a família anteriormente, foi necessário começar a trabalhar, o que na
fala de Frigotto;

O trabalho é um dever, é um direito, é um principio formador de


personalidade e acima de tudo a essência humana, o trabalho como
principio educativo é um elemento socializador de uma personalidade não
exploradora com dimensão ética, objetivando a formação de novos homens
para a sociedade. (2014, p 132)

O ECA nos diz em seu Art. 60. “É proibido qualquer trabalho a menores de
quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz”. No entanto, diante das
condições desfavoráveis naquele momento, era impossível viver sem trabalhar,
trabalhamos porque temos necessidades, não só financeiras, mas também de
realização profissional e pessoal, o fato de ter começado a trabalhar cedo, por um
lado ajudou-me a ter responsabilidades e amadurecer precocemente, apesar
daquele trabalho não ser próprio para minha idade, contribuiu para o
desenvolvimento da minha autonomia e independência, através da interação e
18

socialização, aprendendo a dar valor nas coisas essenciais da vida como:, trabalho,
respeito, obediência, qualidades necessários para o convívio social.
Para ajudar a comprar as minhas coisas pessoais, iniciei a trabalhar na casa
de uma senhora que era professora na mesma escola na qual fui matriculada, assim
ela fazia-me companhia no caminho para escola. Preciso enfatizar a importância que
alguns professores tiveram na minha vida discente, especificamente, na primeira
série forte. Entre eles a minha primeira professora Luceonira, atenciosa, paciente e
com a vocação para ensinar, já na terceira serie a professora que marcou a minha
vida de estudante foi a professora Francisca Idalina, uma professora competente,
alegre que sempre incentivava os alunos, porém sua metodologia para ensinar a
matemática, “foi uma experiência que lembro até hoje a prática da sabatina, uma
metodologia tradicional e autoritária. É intolerável aquele professor que se dá o
direito de se comportar como proprietário da verdade e ainda toma tempo dos
alunos para se afirmar como tal” (Freire, 1996 p. 43) como se os alunos vivessem
fora do contexto social, apenas como objeto do processo ensino aprendizagem.
Essa prática da sabatina acontecia da seguinte forma: a professora marcava a
tabuada para estudar em casa, e no outro dia fazíamos um circulo em sua volta e a
mesma fazia as perguntas um a um, e quem acertasse dava o bolo com a
palmatória em quem errasse e se o aluno se recusasse a dar o bolo no colega,
apanhava com a palmatória da professora. Essa técnica tinha alguns pontos,
negativos como traumatizar, pressionar, amedrontar, obrigando, os alunos a
estudarem desenvolvendo assim o espirito de competição, o que atualmente se
configura em abuso de autoridade, podendo incorrer em punição, pois o ECA
(Estatuto da Criança e do Adolescente) assegura no Art. 5º;

Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de


negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão,
punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus
direitos fundamentais.

Essas práticas geravam traumas e incentivavam a violência, e o que


configurava um desrespeito do professor, pois o aluno tem o mestre como exemplo
de vida. Neste sentido, a violência como uma estratégia de controle dos alunos,
possibilitava que muitos se retraíssem não participando de modo satisfatório no
processo de ensino-aprendizagem. O ECA por sua vez passa a ser uma forma de
19

proteção perante a lei, das crianças e adolescentes, uma vez que podem ser
vulneráveis a um possível ato de violência no espaço escolar.
Por outro lado, alguns elementos da prática pedagógica foram positivos no
sentido de que todos se preocupavam em estudar, principalmente eu, que tinha
medo de apanhar por isso sempre estudava de madrugada para decorar a tabuada,
pois a prática resultou em uma aquisição das operações matemáticas, no sentido de
que aprendi mais rápido a fazer cálculos que serviram não só para minha formação
como para solução de problemas sociais do cotidiano; já na quarta série, passei a
estudar a noite com o professor, pois como expressa Freire (1996, p.36);

A segurança com o que a autoridade docente se move implica outra, a que


se funda na sua competência profissional. Nenhuma autoridade docente se
exerce ausente desta competência. O professor que não leva a sério sua
formação, que não estude que não se esforce para estar a altura de sua
tarefa não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe.

Hoje percebo que o professor Nelson Basílio, possuía um engajamento, um


comprometimento com seus alunos, tal como reforçou Paulo Freire em seus
estudos. Esse professor se mostrava também muito experiente, paciente e bastante
dedicado à educação, ele ensinava as quatro disciplinas, mas a que eu mais
gostava era língua portuguesa.
A partir da quinta série passei a estudar na Escola de primeiro Grau Almirante
Barroso a mais antiga da cidade, a diretora era muito rígida onde a ordem e a
disciplina estava acima de tudo, quando o sino tocava todos procuravam suas filas
em seguida, cantávamos os Hinos do Pará, do Brasil, e de Mocajuba, só depois
entravamos para a sala, trabalhava de manhã e estudava à tarde, eram vários
professores, no inicio tive algumas dificuldades, pois o tempo para copiar do quadro
era só 45 minutos e os conteúdos eram muitos e bem extensos, diferente das séries
anteriores que estava acostumada com apenas um professor e tinha mais tempo
para copiar, já na 5º série não podia nem conversar, a mão e os dedos doíam, mas
como sempre gostei de escrever, não demorei muito para me adaptar as novas
regras do ensino.
Da 5° série à oitava, os professores eram quase os mesmos o que mudava
era apenas as metodologias, no entanto, a prática tradicional que mais ficou gravada
em minha memória foi a da professora Rosa Barroso que trabalhava as disciplinas
de Língua Portuguesa e Redação. Sua estratégia de ensino, era trabalhar muitas
20

cópias para casa, copiando dos livros que na época eram muitos usados, leitura de
textos individual em sala de aula de pé na frente da turma, interpretação de textos e
no final tinha que fazer uma redação, isso era cobrado todos os dias, após estudos
de teóricos e educadores principalmente Freire é possível diferenciar a postura do
professor arcaico, as aulas era monótonas e rotineiras, onde os alunos apenas
ouviam, reproduziam e obedeciam, o qual pude vivenciar no meu tempo de discente,
mas tinha seu lado bom, os alunos aprendiam a escrever, ler e interpretar, esses
fatores são as maiores dificuldades dos nossos alunos na atualidade. Nesses anos
criei uma estratégia de estudo no período de madrugada, incentivada pela minha
avó, ela dizia que a mente estava mais calma e a assim era melhor para aprender,
esse estudo era a partir das 5 horas da manha a luz de velas, porque a energia
naquele tempo apagava as 09h00min horas da noite.
Mesmo com toda a crítica ao método tradicional, a prática pedagógica da
professora Rosa Barroso me incentivava cada vez mais a criar gosto pela leitura e
escrita, já nas matérias decorativas não tive maiores problemas, porque eram feitos
questionários para serem respondidos, e ao chegar em casa refazia tudo de novo
com o objetivo apenas de memorizar o conteúdo, entretanto, não desenvolvia a
capacidade de questionar, de dar opiniões e de aprender criticamente, que de
acordo com Freire (1996, p12).

É isto que nos leva, de um lado, à critica e a recusa ao ensino ¨bancário¨,


de outro a compreender que, apesar dele, o educando a ele submetido não
esta fadado a fenecer em que pese o ensino ¨bancário¨, que deforma a
necessária criatividade do educando e do educador, o educando a ele
sujeitado pode, não por causa do conteúdo cujo “conhecimento” lhe foi
transferido, mas por causa do processo mesmo de aprender, da, como se
diz na linguagem popular, a volta por cima e superar o autoritarismo e o erro
epistemológico do “bancarismo”.O necessário é que, subordinado, embora,
à prática “bancária” , o educando mantenha vivo em si o gosto da rebeldia,
que aguçando sua curiosidade e estimulando sua capacidade de arriscar-se
de aventurar-se, de certa forma o “imuniza” contra o poder apassivador do
“bancarismo”. Neste caso é a força criadora do aprender de que fazem parte
a comparação, a repetição, a constatação, a dúvida rebelde, a curiosidade
não facilmente satisfeita, que supera os efeitos negativos do falso ensinar.
Esta é uma das significativas vantagens dos seres humanos – a de serem
tornado capazes de ir mais além de seus condicionantes. Isto não significa,
porém, que nos seja indiferente ser um educador “bancário” ou um
educador “problematizador”.

Portanto, o fato de ter sido discente no período em que a educação tinha o


enfoque individual e não social, características convencionais, e educador com
postura antidemocrático, nada disso me impossibilitou de desenvolver o gosto pelos
21

estudos, a curiosidade de querer aprender sempre mais e a força de vontade de


vencer as dificuldades no aprendizado, mesmo que o sistema de ensino naquele
momento não estivesse preocupado com o processo de emancipação do sujeito.
Diante de todos os acontecimentos, amadureci precocemente, aprendi a ter
responsabilidade muito cedo e respeitar todas as pessoas independentes de idade e
cor, naquela época era assim, no entanto, hoje como educadora tenho não só
consciência da importância do processo de construção do conhecimento como
também da interação para o desenvolvimento da criança em todos os seus
aspectos, cognitivo, motor, político e principalmente social, já que a criança aprende
na relação com o outro.
22

4 - O MUNDO DO MAGISTÉRIO: DESCOBRINDO-ME COMO EDUCADORA


Iniciei o Ensino Médio, antigo segundo grau no ano de 1990, estudei na
escola Professora Isaura Baia, no turno da noite, naquela época o município não
oferecia muitas opções de cursos era apenas dois o Magistério, que formava
pessoas para trabalhar na docência e Ciências Humanas (CH) a respeito do que nos
indica o Art. 62 da LDB que;
A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível
superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima
para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros
anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade
normal. (Redação dada pela lei nº 13.415, de 2017).

O magistério naquele momento era uma das poucas opções que tínhamos, já
que o município não oferecia outros cursos e nem a educação superior, como não
tinha condições financeiras de sair do município e também não poderia deixar os
meus pais adotivos sós, pois eles já estavam idosos e precisavam dos meus
cuidados, portanto segui o conselho de minha avó que escolheu o magistério por
mim, explicando as vantagens que tinha de estudar o referido curso no que diz
respeito a uma profissão, a garantia de um emprego ao termina- lo.
Nesse período havia facilidades para entrar no mercado de trabalho, as
exigências não eram tantas como hoje, não existia competitividade tão acirrada,
principalmente, no setor da educação, a oferta era maior que a procura.
Confesso que no início não demonstrava tanto entusiasmo, pois não sabia
nem o que era ser professor, mas no decorrer do curso comecei a gostar. Passei a
identificar-me com o mesmo, principalmente quando começaram a surgir as
primeiras disciplinas pedagógicas como: prática de Ensino, Didática Geral,
fundamentos I e II. Outros fatores relevantes para descobrir-me como professora,
foram as aulas práticas em sala de aula, confecções de materiais concretos, jogos,
brincadeiras, plano de aulas e as diversas metodologias e estratégias de ensino que
norteiam todo o trabalho pedagógico. Essa prática foi iniciada no decorrer do estudo
do curso de Magistério, pois uma boa parcela do curso previa matérias referentes à
metodologia.

É através das relações com os pares e, portanto, através do confronto entre


os saberes produzidos pela experiência coletiva dos professores, que os
saberes experienciais adquirem uma certa objetividade: as certezas
subjetivas devem ser, então, sistematizadas a fim de se transformarem num
23

discurso de experiência capaz de informar ou de formar outros docentes e


de fornecer uma resposta a seus problemas (TARDIF, 2002, p.32).

O autor nos faz refletir sobre a importância do processo de construção do


conhecimento marcada por forças que agem tanto interna como externamente e que
permeiam nossas práticas pedagógicas, assim continuando, faz- se necessário
destacar a importância dos estágios em sala de aula para conhecer e ao mesmo
tempo vivenciar a realidade educacional, associando Teoria e Prática.

Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente


que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível
ensinar. Foram assim, socialmente aprendendo, que ao longo dos tempos
mulheres e homens perceberam que era possível – depois, preciso –
trabalhar maneiras, caminhos, métodos de ensinar. (TARDIF, 2002, p.132).

Após concluir o magistério, em 1992 com 22 anos, formação para series


iniciais, demorei 2 anos para começar atuar como professora, nesse momento, o
meu sonho de fazer uma graduação ficou cada vez mais distante, pois casei,
engravidei e 4 anos depois separei, passei a ser pai e mãe ao mesmo tempo, diante
disso, comecei a trabalhar em outros setores comerciais que nada tinha haver com
a minha formação, mas com a ajuda de amigos influentes , conseguir ser contratada
pela prefeitura como professora, de alfabetização em uma escola que funcionava
como anexo do segundo grau, essa atuação foi a oportunidade que tive de
desenvolver um trabalho que fosse reconhecido pelas pessoas, e ao mesmo tempo
o momento de constatar se era realmente aquilo que eu queria, pois comecei a
compreender a importância e o compromisso que nós professores temos em educar.
“Educadores onde estarão? - Pergunta Rubens Alves. E ele mesmo responde: ”em
que covas terão se escondido? Professores há aos milhares, mas professor é
profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não
é profissão, é vocação. “E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande
esperança”.
Teoricamente todo professor é um educador, mas na prática isso não
acontece. Por isso é importante sabermos a diferença entre ser professor e ser
educador, para que possamos optar, de acordo com a concepção que tenho de
educação, o professor é aquele profissional que somente transmite o conhecimento,
e não tem compromisso com a transformação social, vive em função de um sistema,
24

e se acomoda diante das mudanças que ocorre na sociedade. Já o educador por


sua vez, é um mediador, que usa seus conhecimentos para incentivar o aluno a
pensar criticamente, deixando-o a par dos fatos sociais o qual ele mesmo está
inserido, a partir daí o aluno deve ser capaz de refletir e opinar, interferindo como
sujeito ativo, em todas as situações que lhe for imposta.
Trabalhei até o ano de 2000. Esse período da minha vida pode ser
considerado bastante agitado, pois quando batalhava para me estruturar, ocorriam
fatos que de certa forma interferiam na minha vida tanto pessoal como profissional,
problemas envolvendo demissão e perdas de pessoas que representavam um
alicerce familiar. A partir desse momento comecei a trabalhar com aula de reforço
em casa, essa foi a maneira que encontrei de custear as despesas de casa e ao
mesmo tempo de não me afasta definitivamente da educação, caso contrário todos
os meus esforços teriam sido em vão, esse momento que fiquei fora da educação,
deixou-me um tanto desanimada, mas também fez-me refletir na necessidade de
continuar minha formação através de cursos gratuitos que eram oferecidos pelo
município. Preciso ressaltar a relevante influência dos meus amigos para que eu
pudesse adentrar novamente ao mercado de trabalho. Não fiquei parada continuei a
fazer cursos de aperfeiçoamentos, ou melhor, as formações continuadas. Pois é
necessário se desenvolver intelectualmente para dar prosseguimento à carreira
profissional, o que segundo Gadotti:

A formação continuada do professor deve ser concebida como reflexão,


pesquisa, ação, descoberta, organização, fundamentação e construção
teórica e não como mera aprendizagem de novas técnicas, atualização em
novas receitas pedagógicas ou aprendizagem das últimas inovações
tecnológicas. (2003, p. 31)

Todos os conhecimentos adquiridos durante os cursos de capacitação foram


de suma importância para a melhoria de minhas praticas pedagógicas, já que todo
profissional deve estar em busca de novos conhecimentos, mas os mesmos devem
promover uma reflexão critica que não se restrinja apenas ao cotidiano da sala de
aula, mas que ultrapasse os muros da escola, possibilitando uma visão mais ampla
da realidade social, para isso faz - se necessário que o educador esteja aberto ás
mudanças. Essa habilitação é tão importante para a carreira do magistério quanto o
compromisso social, alguns cursos que me instruíram como professora, adicionais
que na época seria uma complementação do magistério, obrigatório para professor
25

que não fosse graduada, o primeiro curso que participei ainda como estudante do
magistério foi o curso de Datilografia tão importante naquele tempo quanto a
informática hoje, entrei também em outros curso como: Relações Humanas, pelo
Sebrae, mini cursos sobre Alfabetização pela prefeitura, planejamento de ensino
pela UFPA, curso básico de informática, participei ainda de Curso de Língua
Brasileira de Sinais(LIBRAS) de 180 hs de grande importância para a formação do
professor em decorrência da Lei de Numero 13.146, de 06 de julho de 2015 que
institui a lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, destinada a assegurar
e a promover em condições de igualdade, o exercício de direitos e das liberdades
fundamentais por pessoas com deficiência, visando a sua Inclusão Social e
cidadania. Que facilita a aprendizagem dos alunos surdos na escola.
Em dezembro de 2014, participei jornada da computação com o tema
multidisciplinaridade da Ciência e Tecnologia da Amazônia Tocantina pela UFPA, em
junho de 2015, estive presente na V conferência Municipal de Mocajuba, em 2015 fiz
parte do IV Intercâmbio Pedagógico-Cultural, com o tema Psicomotricidade e
Inclusão Social: Desafios para uma prática Pedagógica pelo Sistema Arogas de
Ensino, em 2017 participei também da IX semana Acadêmica com Mini curso sobre
Práticas Pedagógicas e tecnológicas em Educação Inclusiva: Iniciação a Áudio
descrição no contexto Escolar e mais um ciclo de palestras referente a Ciência e
Educação, A serviço da qualidade de vida, palestra sobre a importância dos
alimentos funcionais, palestra sobre os insetos e sua importância, Ciências e
Tecnologias de Alimentos e Ciências Ambiental oferecido pela Universidade do
Estado do Pará campus Cametá (UEPA).
Em 2017 participei ainda da segunda semana Paulo Freire , à distância,
dividido em quatro encontros: primeiro Vídeo aula Vida e Obra de Paulo Freire,
segundo encontro Vídeo Aula Método Paulo Freire, terceiro Encontro Vídeo Aula os
Três fundamentos Freirianos, Quarto encontro vídeo aula Dicas e sugestões
oferecido pela Editora Dialogar, participei ainda da III conferência municipal de
Educação da cidade de Tucuruí do ano 2018, e também da jornada pedagógica
ainda no município de Tucuruí em janeiro de 2018 posso frisar ainda a importância
de vários concursos públicas que realizei, em alguns fui classificada em outros não,
mas nunca fui chamada em nenhum, esse é mais um sonho que ainda vou realizar
um dia se Deus quiser.
26

5 - PARFOR.
Todas as formações acima citadas me impulsionaram cada vez mais a fazer
uma graduação, era o meu sonho, pois tentei o ENEM, mas tanto a concorrência
como a falta de um cursinho preparatório, não contribuíram para bons resultados,
porém os desafios eram maiores ainda, não é fácil concorrer com adolescentes do
ensino médio, estando algum tempo fora da escola, nesse sentido as dificuldades
permaneciam, apesar dos entraves, nada fazia-me desistir. No ano de 2010
Trabalhava em uma loja de material de construção, quando, recebi um convite de
uma amiga, no momento diretora de ensino do município, para atuar na Educação
Infantil em uma turma de Maternal I, de imediato fiquei entusiasmada, afinal deixaria
de trabalhar de domingo a domingo, e fazer o que realmente eu queria, mas depois
vieram às dúvidas e incertezas, parecia que o destino estava sempre me colocando
à prova, refletir bastante sobre o convite e concluir que, afastada da educação por
27

10 anos, não brinquei quando criança não estudei ed. Infantil, apenas com a
formação de magistério como poderia desenvolver um bom trabalho? Até porque
não podemos ensinar o que não aprendemos. Por medo e insegurança recusei a
proposta várias vezes, mas por insistência da minha amiga, decidir aceitar, pois ela
confiou em mim e acreditou no meu trabalho, ás vezes não entendemos porque
determinados fatos acontecem na nossa vida, no entanto com o tempo
compreendemos o propósito de Deus, nada acontece por acaso.
Então comecei a trabalhar na escola Centro Educacional construir, a qual
trabalhei até o ano de 2017 com uma turma de Maternal I crianças de 03 a 04 anos
de idade, passando por todos os estágios da pré _ escola, já em 2018 tive a
experiência de trabalhar como professora monitora em creche com crianças de 0 a 3
anos, ressalto então que já trabalhei em todos os anos da educação infantil, mas
naquele momento o desafio era tão grande que sentir a necessidade de ir em
busca de novos conhecimentos, pois não tinha experiência em sala de aula,
comecei então a pesquisar sobre a educação infantil, princípios, competências,
habilidades, metodologias e estratégias de ensino, precisava me atualizar, para que
pudesse desempenhar um bom trabalho e ao mesmo tempo criar oportunidades
para que as crianças se desenvolvessem, aos poucos foi começando apropria-me
dos saberes necessários á prática educativa de que tanto fala Freire. Aprendi a
ouvir os educandos, ampliando o bom senso, aumentando a reflexão crítica sobre a
prática, expandindo a curiosidade, fortalecendo o bem querer pelos alunos. Todos
esses saberes o professor precisa desenvolver durante a sua formação, quero frisar
também que aprendi muito com minhas colegas de trabalho uma equipe de
professores experientes, gestor e zeladores que não mediram esforços para me
ajudar, todos comprometidos com a educação como afirma (LUCK , 1998, p. 15).

Um novo paradigma emerge e se desenvolve sobre a educação, a escola e


sua gestão como, aliás, em todas as áreas de atuação humana: não existe
nada mais forte do que uma ideia cujo tempo chegou, em vista do que se
trata de um movimento consistente e sem retorno. E a ideia que perpassa
todos os segmentos da sociedade é a que demanda espaços de
participação.

Nessa acepção, a gestão escolar passa a ser vista com outro olhar, um olhar
de equipe, de coletividade associada a uma ampla demanda social de participação,
a qual deve incluir toda a comunidade de dentro e fora do ambiente escolar,
28

caracterizando uma gestão participativa e democrática. Apesar de não ter


experiência, mas sempre tive a humildade de pedir ajuda, foi preciso diminuir para
crescer com os outros Cortella. Essa oportunidade de trabalho foi o marco inicial
para adentrar no Parfor, o meu sonho começava a engatinhar novamente, quando
descobrir que podia fazer uma graduação de Pedagogia. Dois anos 2011 e 2012,
não conseguir me escrever no Parfor, visto que eu não constava no senso, veio
novamente a tristeza. No entanto não desistir, ano seguinte fiquei de plantão na
secretária da escola, junto à secretária pedindo que a mesma me incluísse, já que
eu tinha turma e não entendia porque estava fora do senso.
Em 2014, conseguir entrar no Parfor, O PARFOR é um Programa emergencial
instituído para atender o disposto no artigo 11, inciso III do Decreto nº 6.755, de 29
de janeiro de 2009, e abrange um conjunto de ações do MEC em colaboração com
as Secretarias de Educação dos estados e municípios e com as instituições públicas
e privadas comunitárias de educação superior nelas sediadas.
O programa visa a ministrar cursos superiores gratuitos de qualidade a
professores em exercício nas escolas públicas sem formação adequada às
exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (BRASIL,
2009a). para cursar Pedagogia só tinha em Abaeté e Tucuruí, Abaeté fica mais
próximo de Mocajuba, uma vez que a minha família biológica mora em Tucuruí e
sempre tive um bom relacionamento com a mesma, preferir cursar lá, pensando que
teria alguma ajuda pelo menos com a moradia, meu esposo no inicio, não ficou feliz
com a noticia porque ia ficar muito tempo longe dele, então conversamos e disse
para ele pensar de maio a julho se ia me apoiar ou não, deixei claro que eu não ia
desistir, pois era oportunidade única e também o começo da realização de um
sonho, permaneci na escola trabalhando, mas as dificuldades continuavam,
principalmente as financeiras, pois precisava trabalhar ainda mais para manter eu e
meu filho, na faculdade em Tucuruí, ele aprovado em 2013 pela federal em sistemas
de Informação curso Regular, eu aprovada em 2014 pelo PARFOR intervalar,
continuava trabalhando na escola como contratada. Diante da crise politica e
financeira que os municípios enfrentam tendo os direitos trabalhistas negados aos
contratados, salários atrasados, a renda mínima não dava para cobrir as despesas
fixas como aluguel, energia alimentação, transportes e outras, nenhum de nós
recebíamos bolsa do governo para estudar fora do município, como se não bastasse
29

o PARFOR deixou de ofertar as apostilas, todos tinham que comprar, momento de


crise e de repensar se continuaria ou desistiria no meio do caminho.
Decidir continuar, não pode desistir diante das dificuldades, porque elas irão
sempre existir, devemos transformar-las em energia, a fim de se fortalecer e seguir
em frente, precisamos ser Resilientes 1, todo ser humano tem a capacidade de lidar
com problemas, adaptar-se às mudanças e superar os obstáculos, para isso precisa
ter objetivos e não perder o foco, nesse seguimento eu não poderia desistir.
Cursar o Parfor está sendo um período de muita tensão e exaustão,
principalmente, para quem trabalho desde 10 anos de idade, está em sala de aula,
ficando semanas longe de casa, dormindo pouco e se alimentando fora de hora. Por
outro lado significa também um importante passo para a minha formação, tanto
profissional como pessoal, os conhecimentos adquiridos nas disciplinas durante os
quatro anos, foram de suma importância para o meu aperfeiçoamento como
educadora, considerando toda bagagem teórica que conheci e que também
influenciaram consideravelmente na melhoria das minhas práticas pedagógicas de
acordo com Freire (1987, pg. 33 ), “É que, cedo ou tarde, os próprios depósitos
podem comprovar, um confronto com a realidade em definir e despertar os
educandos, até então passivos contra a sua domesticação”.
Nessa acepção, percebi que em toda a minha trajetória como discente,
convivi com métodos convencionais de educação, na qual éramos objeto de dessa
metodologia, inserido apenas como sujeito passivo do meio social, entretanto em
algum momento, tanto o educador como educando passa por um processo de
mudança pela qual se torna capaz de criar, transformar e modificar tudo que existe,
passando de sujeito passivo para sujeito ativo. Freire fala da interação e Névoa da
aprendizagem como o foco principal, ambos entrelaçam a ideia de que
aprendizagem não depende só do professor e nem só do aluno, ou seja, ambos têm
que agir juntos na busca pela construção do conhecimento, nessa linha de
pensamento a graduação em pedagogia nos dá essa possibilidade.
O curso de pedagogia explicita muitas linhas de conhecimento, que amplia e
diversifica a visão de mundo do acadêmico e tem um importante diferencial em
relação aos outros cursos regular de pedagogia, por isso deve ser valorizado pelos
1
Nas pessoas, a resiliência representa a capacidade de se adaptar ou até mesmo evoluir após
momentos de adversidade. Para a psicologia, ser resiliente é ter a capacidade de dar a volta por
cima, lidando e superando adversidades e transformando experiências negativas em aprendizado.
30

acadêmicos, refiro-me ao fato de que podemos associar a prática que já temos com
a teoria que academia nos oferece, isso facilita a compreensão e associação
dessas duas vertentes que apesar de serem diferentes, mas caminham juntas
quando Freire diz: Pensar certo é Fazer certo, a prática não pode contradizer o
discurso, significa que o que falamos deve aproximar-se o possível das nossas
ações, a graduação permitiu-me conhecer as teorias que fundamentam a educação.
O pedagogo é um perito em educação, por isso não pode estar alheio aos
conhecimentos de sua formação. Todas as disciplinas têm sua devida importância no
desenho curricular do curso, no entanto determinadas disciplinas como: Antropologia
da Educação, história Geral da Educação, História da África, Fundamentos da
Didática, FTM da educação Infantil, Libras, Corporeidade da Educação, ludicidade,
politicas públicas tiveram maior relevância por conter conhecimentos até então não
tão sabido e aprofundado em outras formações, que contribuíram significativamente
para refinar as minhas praticas pedagógicas. Com isso fui modelando minha forma
de aprender a apreender, absorvendo e compreendendo vários métodos aplicados
através das teorias e práticas pedagógicas mostrada por todos professores(as) que
tive oportunidade de conhecer, além dos relatos e experiências dos colegas da
turma do curso de Pedagogia, porém todas as outras disciplinas contribuíram de
forma significativa para alimentar a minha vontade de seguir em frente com o meu
sonho de ser educadora, pois juntando a teoria e a prática com a mesma proporção,
conseguir aprender vários métodos para serem aplicados com meus alunos.
31

6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisando toda a minha trajetória de vida, a fim de mostrar como evoluiu por
meio da minha formação docente, mesmo com alegrias e frustrações, tornando-me
uma educadora, afetuosa, responsável e um ser com a missão de ensinar,
compreendi também que as historias de vida aqui relatadas, continuam vivas em
minha memória, percebi a importância de reviver e relembrar minha trajetória de
vida, que me levou a ser uma educadora, isso contribuiu para me identificar ainda
mais como uma profissional da educação capaz de ir muito além, trilhar novos
caminhos, aprendi que a educação é o principal meio de transformação de uma
sociedade, mas para isso precisamos estar em constante pesquisa sobre si mesmo
e o mundo que nos cerca.
Refletindo sobre o contexto que me trouxe a dádiva de ser uma educadora,
acredito ser uma das artes mais belas e prazerosas, o professor se torna
indispensável e responsável pela formação integral do ser humano, nesse sentidob
o professor não é um ser que nasce pronto e acabado, mas que precisa buscar
novos métodos e técnicas, visando a transformação das metodologias tradicionais,
em inovadoras, trazendo uma nova forma de aprendizagem que precisa ser
disseminada a todos sujeitos tanto dentro como fora da escola, ou seja, ser um
professor polivalente, conhecer um pouco de cada área do conhecimento.
A história que expressa uma trajetória de vida de uma pessoa pode trazer
varias aprendizagens, tanto no campo social como no campo científico, no caso,
aqui, a minha história que mesmo com muitos “altos” e “baixos”, inspirou-me e
fundamentou minha formação docente, e me “lapida” e “lapidará” como um ser que
tem empenho pelo saber.
32

Seguindo essa linha de pensamento, concluo que a trajetória de vida


educacional que me foi oferecida, verdadeiramente é e será um presente, porque
diante de tudo que tive que enfrentar para construção de todo aprendizado será a
base para um enorme desenvolvimento pessoal e psicológico que ajudou a
desencadear um sonho de ser educadora, mas uma professora com ideias
progressistas que ao entrar em sala de aula está aberta às indagações, à
curiosidade, um ser inquieto em face da tarefa que tenho que é a de ensinar e não a
de transferir conhecimento, continuando essa mesma trajetória de vida Incrementa a
religação de saberes que demonstram diversas formas de ensinar e de aprender,
tornando-se crítica e construtiva, buscando a cada aprendizado a ressignificação da
minha ação, fazendo a mesma se consolidar a cada dia em uma nova práxis
desenvolvendo em mim um pensamento único, ou seja, nada é pronto e definido,
podendo ser reinventado e modificado para busca da melhor forma de aprender e
compreender a realidade ao nosso redor.
33

7 – REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ivone Garcia. Formação de conceitos na pré-escola: uma versão
sócio.

Brasil. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Estatuto da criança e do


adolescente: Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, Lei n. 8.242, de 12 de outubro de
1991. – 3. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações,
2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários á pratica


educativa. Editora Paz e Terra. 1996. São Paulo.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17 ed. Rio de janeiro Paz e terra 1997

FREITA, Denise de. GALVÃO, Cecília. Ciênc. cogn. vol.12, Rio de


Janeiro nov. 2007

FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e Trabalho em tempos de insegurança. Ciclo


de Conferências Escola DIEESE de Ciências do Trabalho. Disponível em:
http://youtu.be/slawiUzsveg. Acesso em: 30 de junho de 2018.

GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: Ensinar e Aprender com Sentido. Novo


Hamburgo, RS, 2003.

LUCK, Heloisa. A dimensão participativa da gestão escolar: Gestão em Rede,


Brasília, n. 9, p. 13 a 17, agosto. 1998.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa social: teoria, método e


criatividade. 27ª ed., Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. .

PRADO, Guilherme do Val Toledo; SOLIGO, Rosaura. Memorial de formação:


quando as memórias narram a história da formação. Mimeo Unicamp, 2004.

SILVA, Aline Pacheco et al. Conte-me sua história: reflexões sobre o método de
história de vida. Mosaico: estudos em Psicologia. Vol. I, nº 1, p. 25-35, 2007
34

TARDIF, Maurice. A profissionalização do Ensino passados trinta anos: dois


passos para a frente, e três para trás. Educ. Soc. Campinas, v. 34, n. 123, p.551-
571, abr-jun.2013. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em:
02/06/2B018.

TARTUCE, T.J.A. Métodos de Pesquisa. Fortaleza: UNICE – Ensino Superior,


2006.

WAJSKOP, Gisela. O Brincar na Educação Infantil. Cad. Pesq., São Paulo, n.92,
p.62-69, Fev. 1995.

Potrebbero piacerti anche