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TUCURUÍ
2018
FRANCISCA HELENA BASÍLIO DA ROCHA
TUCURUÍ
2018
FRANCISCA HELENA BASÍLIO DA ROCHA
CONSTRUÇÃO DE UM PROFESSOR: Memórias e reflexões de uma
educadora em formação.
Conceito: _____________________
Banca Examinadora:
Banca Examinadora:
___________________________________________
Orientador
___________________________________________
Examinadora
Prof.ª b
__________________________________________
Examinadora
Prof.ª
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus por ter me
dado força, coragem e determinação para começar e
concluir o mesmo, ao meu filho Felipe Eslon pelo apoio
carinho e paciência nos momentos difíceis, as minhas
mães pelas orações, ao meu esposo Manoel de Jesus
pelo suporte, pela calma e compreensão em saber
esperar e a minha família que de forma direta ou
indireta me ajudaram a vencer as etapas desse
desafio.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida, pela força que me fez superar
todos os obstáculos e dificuldades que foram surgindo em meio ao caminho.
Tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4:13) a minha família especialmente ao
meu irmão Naílson, minha cunhada Edilene e sobrinhos pelo período que me
acolheram em seu lar, a minha sogra e cunhada que não mediam esforços para
ajudar-me, aos meus amigos em particular ao professor Luis Guilherme pelos
incentivos e orações e por estarem sempre presentes comigo nessab caminhada,
agradeço também a professora Ieda Barradas, que me oportunizou adentrar ao
Parfor.
Agradeço aos colegas de sala que, me proporcionaram que a caminhada até aqui
pudesse ter sido mais amena e prazerosa, aos professores que sempre fizeram o
possível e o impossível para garantir o melhor aprendizado tanto para mim quanto
para meus colegas.
Agradeço a minha instituição e a todos que fazem a UFPA ser essa referencia no
ensino de qualidade, a todos o meu muitíssimo obrigado.
Por fim e não menos importante agradeço incondicionalmente ao meu orientador Prof.
Especialista Douglas Almeida de Oliveira, pela sua atenção, dedicação, compreensão
e também por ter confiado na minha capacidade para chegar até aqui, obrigado a
todos, sem vocês não seria possível a realização desse sonho.
Quando a Educação não é Libertadora, o
Sonho do Oprimido é ser Opressor.
Paulo Freire.
RESUMO
Este trabalho está estruturado na forma de um memorial de formação e tem como objetivo
narrar e refletir por meio da minha história de vida as práticas que me formaram como
educadora desde o ensino fundamental, passando pelo magistério até chegar ao ensino
superior, em que a respeito desta temática dialogo com alguns autores como: Barbosa
(1997), Tardif (2013), Minayo (2008), Silva (2007), Prado e Sólido (2014), Paulo Freire
(1987/1996), entre outros. Tal intuito visa entender e analisar criticamente os caminhos que
me direcionaram a uma aprendizagem, enfatizando as práticas que favoreceram a minha
formação como docente. Concretizar esta vertente utilizei o método autobiográfico reflexivo
por meio de uma abordagem qualitativa, onde envolvo a temática por mim escolhida, uma
educadora em formação. As histórias que procuro evidenciar neste memorial buscam
esclarecer os caminhos recheados não só de desafios e dificuldades, mas também de
incentivos que foram de suma importância para minha formação como docente.
ABSTRACT
This work, structure in the form of a training memorial aims to narrate and reflect through my
life history the practices that formed me as an educator from elementary school, teaching to
higher education, where in this subject I talk with some authors such as: Barbosa (1997),
Tardif (2013), (Minayo, (2008)), Silva (2007), Prado and Solid (2014), Paulo Freire
(1987/1996), among others. critically the paths that led me to a learning, emphasizing the
practices that favored my training as a teacher, to concretize this strand, I used a reflexive
autobiographical method through a qualitative approach, where I involved the theme chosen
by me, a teacher in formation. The stories I try to highlight in this memorial seek to clarify the
paths filled not only with challenges and difficulties, but also with incentives that were of
paramount importance for my form as will teaching.
1- INTRODUÇÃO...............................................................................................................9
2 - INÍCIO DE TUDO: LAÇOS FAMILIARES:...................................................................14
3 - DESCOBRINDO A ESCOLA........................................................................................17
4 - O MUNDO DO MAGISTÉRIO: DESCOBRINDO-ME COMO EDUCADORA.............22
5 - PARFOR.......................................................................................................................27
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................31
7 - REFERÊNCIAS............................................................................................................33
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1- INTRODUÇÃO.
O memorial é um gênero textual autobiográfico na qual o sujeito narra sua
história, evidenciando fatos e experiências do seu passado a fim de refletir e
entender o contexto atual no qual está inserido, assim, concretizando
simultaneamente uma narrativa histórica e reflexiva sobre momentos significativos
de sua vida, possibilitando analisar de maneira crítica todas as etapas que
envolveram sua trajetória de vida que segundo Prado e Sóligo o memorial:
Nesse sentido, enfatizo a importância desse gênero textual por ser uma
narrativa, internacionalizada e documentada da trajetória de vida que considera os
aspectos familiares, acadêmicos e profissionais do autor, sintetizando os momentos
mais significativos no processo de formação pessoal e profissional. Desse modo,
este trabalho tem por objetivo narrar e refletir por meio da minha história de vida as
práticas que me formaram como educadora e ao mesmo tempo compreender como
se deu o processo de ensino-aprendizagem proporcionando conhecimentos
indispensáveis a minha formação como discente-docente. Assim:
ideias e conceitos sobre a sua realidade e a dos sujeitos que o cercam. Este
processo de compreensão da importância de uma formação docente concreta em
toda sua base teórica e prática fazem-me refletir que não basta o educador ser
formado, mas que essa formação traga consigo raízes fortes e resistentes para lidar
com situações que serão encontradas pela frente no seu processo de ensino
aprendizagem, e que as circunstâncias não sejam motivos para desistir, mas sim de
seguir em frente, na busca por uma melhor qualidade de seu trabalho docente.
O curso superior me oportunizou mais saberes e ratificou a minha convicção
de ser educadora, e que uma formação nos possibilita a sistematização dos
conhecimentos e a conscientização do que é ser um educador e que o mesmo
precisa estar ressignificando constantemente a sua prática pedagógica para
desenvolver um bom trabalho, durante todos os períodos do curso de Pedagogia
pude perceber o quão é importante o professor estar sempre buscando novas
metodologias de como se deve trabalhar, pedagogicamente e sistematicamente,
para uma melhor compreensão dos seus métodos e práticas desenvolvidas como
forma de ressignificação das ações pedagógicas.
Pode-se dizer que minha mãe foi professora num tempo, em que a profissão
era vista mais como um sacerdócio, ou seja, um dom, não se tinha muitos direitos,
ficavam até seis meses sem receber, sem reivindicar, pois, o trabalho de professor
era visto como algo assistencial, nesse período, passei a fazer parte da sua turma,
essa educação informal foi muito relevante para minha vida de estudante, tornando-
se o primeiro passo para adentrar ao ensino formal, isso também me incentivou
cada vez mais a desenvolver o gosto pelos estudos, devido a primeira e a segunda
infância serem a melhor fase para aprender, minha motivação se deu de forma mais
intrínseca, pois não existia um espaço nem recursos adequados para o lúdico o que
segundo Wajskop (1985, p. 65 ).
Levando em conta a minha origem e inicio da infância posso dizer que foi um
período um tanto conturbado repletos de pontos negativos e positivos, o primeiro
refiro-me a descoberta de outra família com a idade de 10 anos que até aquele
momento não lembrava que existia. Já o segundo ressalto a importância de todo
aprendizado empírico que recebi, o qual contribuiu para a formação do meu caráter
e da minha personalidade.
3 - DESCOBRINDO A ESCOLA.
O ECA nos diz em seu Art. 60. “É proibido qualquer trabalho a menores de
quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz”. No entanto, diante das
condições desfavoráveis naquele momento, era impossível viver sem trabalhar,
trabalhamos porque temos necessidades, não só financeiras, mas também de
realização profissional e pessoal, o fato de ter começado a trabalhar cedo, por um
lado ajudou-me a ter responsabilidades e amadurecer precocemente, apesar
daquele trabalho não ser próprio para minha idade, contribuiu para o
desenvolvimento da minha autonomia e independência, através da interação e
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socialização, aprendendo a dar valor nas coisas essenciais da vida como:, trabalho,
respeito, obediência, qualidades necessários para o convívio social.
Para ajudar a comprar as minhas coisas pessoais, iniciei a trabalhar na casa
de uma senhora que era professora na mesma escola na qual fui matriculada, assim
ela fazia-me companhia no caminho para escola. Preciso enfatizar a importância que
alguns professores tiveram na minha vida discente, especificamente, na primeira
série forte. Entre eles a minha primeira professora Luceonira, atenciosa, paciente e
com a vocação para ensinar, já na terceira serie a professora que marcou a minha
vida de estudante foi a professora Francisca Idalina, uma professora competente,
alegre que sempre incentivava os alunos, porém sua metodologia para ensinar a
matemática, “foi uma experiência que lembro até hoje a prática da sabatina, uma
metodologia tradicional e autoritária. É intolerável aquele professor que se dá o
direito de se comportar como proprietário da verdade e ainda toma tempo dos
alunos para se afirmar como tal” (Freire, 1996 p. 43) como se os alunos vivessem
fora do contexto social, apenas como objeto do processo ensino aprendizagem.
Essa prática da sabatina acontecia da seguinte forma: a professora marcava a
tabuada para estudar em casa, e no outro dia fazíamos um circulo em sua volta e a
mesma fazia as perguntas um a um, e quem acertasse dava o bolo com a
palmatória em quem errasse e se o aluno se recusasse a dar o bolo no colega,
apanhava com a palmatória da professora. Essa técnica tinha alguns pontos,
negativos como traumatizar, pressionar, amedrontar, obrigando, os alunos a
estudarem desenvolvendo assim o espirito de competição, o que atualmente se
configura em abuso de autoridade, podendo incorrer em punição, pois o ECA
(Estatuto da Criança e do Adolescente) assegura no Art. 5º;
proteção perante a lei, das crianças e adolescentes, uma vez que podem ser
vulneráveis a um possível ato de violência no espaço escolar.
Por outro lado, alguns elementos da prática pedagógica foram positivos no
sentido de que todos se preocupavam em estudar, principalmente eu, que tinha
medo de apanhar por isso sempre estudava de madrugada para decorar a tabuada,
pois a prática resultou em uma aquisição das operações matemáticas, no sentido de
que aprendi mais rápido a fazer cálculos que serviram não só para minha formação
como para solução de problemas sociais do cotidiano; já na quarta série, passei a
estudar a noite com o professor, pois como expressa Freire (1996, p.36);
cópias para casa, copiando dos livros que na época eram muitos usados, leitura de
textos individual em sala de aula de pé na frente da turma, interpretação de textos e
no final tinha que fazer uma redação, isso era cobrado todos os dias, após estudos
de teóricos e educadores principalmente Freire é possível diferenciar a postura do
professor arcaico, as aulas era monótonas e rotineiras, onde os alunos apenas
ouviam, reproduziam e obedeciam, o qual pude vivenciar no meu tempo de discente,
mas tinha seu lado bom, os alunos aprendiam a escrever, ler e interpretar, esses
fatores são as maiores dificuldades dos nossos alunos na atualidade. Nesses anos
criei uma estratégia de estudo no período de madrugada, incentivada pela minha
avó, ela dizia que a mente estava mais calma e a assim era melhor para aprender,
esse estudo era a partir das 5 horas da manha a luz de velas, porque a energia
naquele tempo apagava as 09h00min horas da noite.
Mesmo com toda a crítica ao método tradicional, a prática pedagógica da
professora Rosa Barroso me incentivava cada vez mais a criar gosto pela leitura e
escrita, já nas matérias decorativas não tive maiores problemas, porque eram feitos
questionários para serem respondidos, e ao chegar em casa refazia tudo de novo
com o objetivo apenas de memorizar o conteúdo, entretanto, não desenvolvia a
capacidade de questionar, de dar opiniões e de aprender criticamente, que de
acordo com Freire (1996, p12).
O magistério naquele momento era uma das poucas opções que tínhamos, já
que o município não oferecia outros cursos e nem a educação superior, como não
tinha condições financeiras de sair do município e também não poderia deixar os
meus pais adotivos sós, pois eles já estavam idosos e precisavam dos meus
cuidados, portanto segui o conselho de minha avó que escolheu o magistério por
mim, explicando as vantagens que tinha de estudar o referido curso no que diz
respeito a uma profissão, a garantia de um emprego ao termina- lo.
Nesse período havia facilidades para entrar no mercado de trabalho, as
exigências não eram tantas como hoje, não existia competitividade tão acirrada,
principalmente, no setor da educação, a oferta era maior que a procura.
Confesso que no início não demonstrava tanto entusiasmo, pois não sabia
nem o que era ser professor, mas no decorrer do curso comecei a gostar. Passei a
identificar-me com o mesmo, principalmente quando começaram a surgir as
primeiras disciplinas pedagógicas como: prática de Ensino, Didática Geral,
fundamentos I e II. Outros fatores relevantes para descobrir-me como professora,
foram as aulas práticas em sala de aula, confecções de materiais concretos, jogos,
brincadeiras, plano de aulas e as diversas metodologias e estratégias de ensino que
norteiam todo o trabalho pedagógico. Essa prática foi iniciada no decorrer do estudo
do curso de Magistério, pois uma boa parcela do curso previa matérias referentes à
metodologia.
que não fosse graduada, o primeiro curso que participei ainda como estudante do
magistério foi o curso de Datilografia tão importante naquele tempo quanto a
informática hoje, entrei também em outros curso como: Relações Humanas, pelo
Sebrae, mini cursos sobre Alfabetização pela prefeitura, planejamento de ensino
pela UFPA, curso básico de informática, participei ainda de Curso de Língua
Brasileira de Sinais(LIBRAS) de 180 hs de grande importância para a formação do
professor em decorrência da Lei de Numero 13.146, de 06 de julho de 2015 que
institui a lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, destinada a assegurar
e a promover em condições de igualdade, o exercício de direitos e das liberdades
fundamentais por pessoas com deficiência, visando a sua Inclusão Social e
cidadania. Que facilita a aprendizagem dos alunos surdos na escola.
Em dezembro de 2014, participei jornada da computação com o tema
multidisciplinaridade da Ciência e Tecnologia da Amazônia Tocantina pela UFPA, em
junho de 2015, estive presente na V conferência Municipal de Mocajuba, em 2015 fiz
parte do IV Intercâmbio Pedagógico-Cultural, com o tema Psicomotricidade e
Inclusão Social: Desafios para uma prática Pedagógica pelo Sistema Arogas de
Ensino, em 2017 participei também da IX semana Acadêmica com Mini curso sobre
Práticas Pedagógicas e tecnológicas em Educação Inclusiva: Iniciação a Áudio
descrição no contexto Escolar e mais um ciclo de palestras referente a Ciência e
Educação, A serviço da qualidade de vida, palestra sobre a importância dos
alimentos funcionais, palestra sobre os insetos e sua importância, Ciências e
Tecnologias de Alimentos e Ciências Ambiental oferecido pela Universidade do
Estado do Pará campus Cametá (UEPA).
Em 2017 participei ainda da segunda semana Paulo Freire , à distância,
dividido em quatro encontros: primeiro Vídeo aula Vida e Obra de Paulo Freire,
segundo encontro Vídeo Aula Método Paulo Freire, terceiro Encontro Vídeo Aula os
Três fundamentos Freirianos, Quarto encontro vídeo aula Dicas e sugestões
oferecido pela Editora Dialogar, participei ainda da III conferência municipal de
Educação da cidade de Tucuruí do ano 2018, e também da jornada pedagógica
ainda no município de Tucuruí em janeiro de 2018 posso frisar ainda a importância
de vários concursos públicas que realizei, em alguns fui classificada em outros não,
mas nunca fui chamada em nenhum, esse é mais um sonho que ainda vou realizar
um dia se Deus quiser.
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5 - PARFOR.
Todas as formações acima citadas me impulsionaram cada vez mais a fazer
uma graduação, era o meu sonho, pois tentei o ENEM, mas tanto a concorrência
como a falta de um cursinho preparatório, não contribuíram para bons resultados,
porém os desafios eram maiores ainda, não é fácil concorrer com adolescentes do
ensino médio, estando algum tempo fora da escola, nesse sentido as dificuldades
permaneciam, apesar dos entraves, nada fazia-me desistir. No ano de 2010
Trabalhava em uma loja de material de construção, quando, recebi um convite de
uma amiga, no momento diretora de ensino do município, para atuar na Educação
Infantil em uma turma de Maternal I, de imediato fiquei entusiasmada, afinal deixaria
de trabalhar de domingo a domingo, e fazer o que realmente eu queria, mas depois
vieram às dúvidas e incertezas, parecia que o destino estava sempre me colocando
à prova, refletir bastante sobre o convite e concluir que, afastada da educação por
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10 anos, não brinquei quando criança não estudei ed. Infantil, apenas com a
formação de magistério como poderia desenvolver um bom trabalho? Até porque
não podemos ensinar o que não aprendemos. Por medo e insegurança recusei a
proposta várias vezes, mas por insistência da minha amiga, decidir aceitar, pois ela
confiou em mim e acreditou no meu trabalho, ás vezes não entendemos porque
determinados fatos acontecem na nossa vida, no entanto com o tempo
compreendemos o propósito de Deus, nada acontece por acaso.
Então comecei a trabalhar na escola Centro Educacional construir, a qual
trabalhei até o ano de 2017 com uma turma de Maternal I crianças de 03 a 04 anos
de idade, passando por todos os estágios da pré _ escola, já em 2018 tive a
experiência de trabalhar como professora monitora em creche com crianças de 0 a 3
anos, ressalto então que já trabalhei em todos os anos da educação infantil, mas
naquele momento o desafio era tão grande que sentir a necessidade de ir em
busca de novos conhecimentos, pois não tinha experiência em sala de aula,
comecei então a pesquisar sobre a educação infantil, princípios, competências,
habilidades, metodologias e estratégias de ensino, precisava me atualizar, para que
pudesse desempenhar um bom trabalho e ao mesmo tempo criar oportunidades
para que as crianças se desenvolvessem, aos poucos foi começando apropria-me
dos saberes necessários á prática educativa de que tanto fala Freire. Aprendi a
ouvir os educandos, ampliando o bom senso, aumentando a reflexão crítica sobre a
prática, expandindo a curiosidade, fortalecendo o bem querer pelos alunos. Todos
esses saberes o professor precisa desenvolver durante a sua formação, quero frisar
também que aprendi muito com minhas colegas de trabalho uma equipe de
professores experientes, gestor e zeladores que não mediram esforços para me
ajudar, todos comprometidos com a educação como afirma (LUCK , 1998, p. 15).
Nessa acepção, a gestão escolar passa a ser vista com outro olhar, um olhar
de equipe, de coletividade associada a uma ampla demanda social de participação,
a qual deve incluir toda a comunidade de dentro e fora do ambiente escolar,
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acadêmicos, refiro-me ao fato de que podemos associar a prática que já temos com
a teoria que academia nos oferece, isso facilita a compreensão e associação
dessas duas vertentes que apesar de serem diferentes, mas caminham juntas
quando Freire diz: Pensar certo é Fazer certo, a prática não pode contradizer o
discurso, significa que o que falamos deve aproximar-se o possível das nossas
ações, a graduação permitiu-me conhecer as teorias que fundamentam a educação.
O pedagogo é um perito em educação, por isso não pode estar alheio aos
conhecimentos de sua formação. Todas as disciplinas têm sua devida importância no
desenho curricular do curso, no entanto determinadas disciplinas como: Antropologia
da Educação, história Geral da Educação, História da África, Fundamentos da
Didática, FTM da educação Infantil, Libras, Corporeidade da Educação, ludicidade,
politicas públicas tiveram maior relevância por conter conhecimentos até então não
tão sabido e aprofundado em outras formações, que contribuíram significativamente
para refinar as minhas praticas pedagógicas. Com isso fui modelando minha forma
de aprender a apreender, absorvendo e compreendendo vários métodos aplicados
através das teorias e práticas pedagógicas mostrada por todos professores(as) que
tive oportunidade de conhecer, além dos relatos e experiências dos colegas da
turma do curso de Pedagogia, porém todas as outras disciplinas contribuíram de
forma significativa para alimentar a minha vontade de seguir em frente com o meu
sonho de ser educadora, pois juntando a teoria e a prática com a mesma proporção,
conseguir aprender vários métodos para serem aplicados com meus alunos.
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6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisando toda a minha trajetória de vida, a fim de mostrar como evoluiu por
meio da minha formação docente, mesmo com alegrias e frustrações, tornando-me
uma educadora, afetuosa, responsável e um ser com a missão de ensinar,
compreendi também que as historias de vida aqui relatadas, continuam vivas em
minha memória, percebi a importância de reviver e relembrar minha trajetória de
vida, que me levou a ser uma educadora, isso contribuiu para me identificar ainda
mais como uma profissional da educação capaz de ir muito além, trilhar novos
caminhos, aprendi que a educação é o principal meio de transformação de uma
sociedade, mas para isso precisamos estar em constante pesquisa sobre si mesmo
e o mundo que nos cerca.
Refletindo sobre o contexto que me trouxe a dádiva de ser uma educadora,
acredito ser uma das artes mais belas e prazerosas, o professor se torna
indispensável e responsável pela formação integral do ser humano, nesse sentidob
o professor não é um ser que nasce pronto e acabado, mas que precisa buscar
novos métodos e técnicas, visando a transformação das metodologias tradicionais,
em inovadoras, trazendo uma nova forma de aprendizagem que precisa ser
disseminada a todos sujeitos tanto dentro como fora da escola, ou seja, ser um
professor polivalente, conhecer um pouco de cada área do conhecimento.
A história que expressa uma trajetória de vida de uma pessoa pode trazer
varias aprendizagens, tanto no campo social como no campo científico, no caso,
aqui, a minha história que mesmo com muitos “altos” e “baixos”, inspirou-me e
fundamentou minha formação docente, e me “lapida” e “lapidará” como um ser que
tem empenho pelo saber.
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7 – REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ivone Garcia. Formação de conceitos na pré-escola: uma versão
sócio.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17 ed. Rio de janeiro Paz e terra 1997
SILVA, Aline Pacheco et al. Conte-me sua história: reflexões sobre o método de
história de vida. Mosaico: estudos em Psicologia. Vol. I, nº 1, p. 25-35, 2007
34
WAJSKOP, Gisela. O Brincar na Educação Infantil. Cad. Pesq., São Paulo, n.92,
p.62-69, Fev. 1995.