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PREFEITURA MUNICIPAL DE BARREIRAS

PLANO DIRETOR URBANO - PDU


ABRANGÊNCIA MUNICIPAL

LEGISLAÇÃO
(RT-3)

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA


SECRETARIA DO PLANEJAMENTO CIÊNCIA E TECNOLOGIA - SEPLANTEC
COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO E AÇÃO REGIONAL – CAR
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL E INFRA-ESTRUTURA URBANA - PRODUR
BANCO INTERNACIONAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO - BIRD

FEVEREIRO 2004
EQUIPE

DIREÇÃO GERAL
Eco. Luiz Alberto Lima Teixeira

SUPERVISÃO E LEGISLAÇÃO
Eco. Washington Luiz Pereira de Souza

COORDENAÇÃO TÉCNICA E LEGISLAÇÃO


Arq. Ângela Cristina Pinheiro Timbó

COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA E LEGISLAÇÃO


Adm. Carlos Almeida Pereira dos Santos

PLANEJAMENTO URBANO
Arq. André Pinho Joazeiro

DEMOGRAFIA, NEGÓCIOS, RENDA E TRABALHO


Eco. Alexandre Pereira Teixeira

SISTEMAS URBANOS BÁSICOS, MOBILIZAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO


Soc. Regina Stella de Loyola e Paiva

MOBILIZAÇÃO
Ass. Liana Menezes Correia

SISTEMAS URBANOS ESSENCIAIS, MEIO AMBIENTE E LEGISLAÇÃO


Eng. Dilma Maria Santos Assunção

SISTEMAS URBANOS ESSENCIAIS


Eng. Marcos Roque Santos Costa

ASSESSORIA DE RELACIONAMENTO COM AS COMUNIDADES


Pro. Maria das Mercês Sales Pereira

CADISTA
Eng. Cenilton Matos Fonseca

DESENHISTAS
Renato José Dias dos Santos
Antônio Carlos Pimentel de Araújo

DATA SHOW
Hugo da Silva Bittencourt Dias

i
DESIGN GRÁFICO
Karliche Bietncourt
Leonardo Freire
Lívia Prates Rivas
Maria Isabel Batista dos Santos

MOTORISTAS
Adélcio dos Reis
Jaime Cardoso Barros
Jose´do Carmo Batista de Souza
José Vitor Araújo de Melo

ii
SUMÁRIO

1. LEI DO PLANO DIRETOR URBANO DE BARREIRAS ............................. 1


1.1. Justificativa da Lei do PDU. ............................................................ 1
1.2. Projeto de Lei Complementar ......................................................... 3
2. LEI DO PERÍMETRO URBANO DE BARREIRAS ................................... 77
2.1. Justificativa ........................................................................................ 77
2.2. Projeto de lei ...................................................................................... 77
3. LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO, SISTEMA VIÁRIO, CIRCULAÇÃO
E TRANSPORTE E ZONEAMENTO DE BARREIRAS .................................... 80
3.1. Justificativa ........................................................................................ 80
3.2. Projeto de lei ...................................................................................... 81
4. LEI DO CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DE BARREIRAS....... 116
4.1. Justificativa ...................................................................................... 116
4.2. Projeto de lei .................................................................................... 116
5. LEI DA POLÍTICA AMBIENTAL DE BARREIRAS .................................. 172
5.1. Justificativa ...................................................................................... 172
5.2. Projeto de Lei .................................................................................. 173
6. LEI DO CÓDIGO DE POSTURAS DE BARREIRAS.............................. 195
6.1. Justificativa ...................................................................................... 195
6.2. Projeto de Lei .................................................................................. 195

iii
1. LEI DO PLANO DIRETOR URBANO DE BARREIRAS

O projeto de Lei Complementar do Plano Diretor Urbano (PDU) de Barreiras


está em concordância com a Lei Orgânica do Município, promulgada em 4 de
abril de 1990, suas Emendas números 01 de 18 de outubro de 1990; 02 de
16 de janeiro de 1991; e 03 de 13 de outubro de 1999; e Lei nº 539 de 23 de
agosto de 2001. A observar-se que, por exigência da alínea “a” do parágrafo
oitavo do artigo 40 da Lei Orgânica, a aprovação deste projeto de lei
dependerá de voto favorável de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara
Municipal.

1.1. Justificativa da Lei do PDU.

O processo de urbanização desordenada verificado na maioria das cidades


brasileiras tem desencadeado impactos econômicos, sociais e ambientais
negativos relevantes, como os originados da sobrecarga de equipamentos e
infra-estrutura urbana, do aumento dos custos dos serviços públicos básicos,
da proliferação de áreas de favelização, do incremento da especulação
imobiliária, com a conseqüente elevação do preço das terras urbanas, da
redução do emprego e da renda, da progressiva deterioração ecológica e do
aumento da marginalidade social e da criminalidade.

Se, por um lado, tal processo causa efeitos negativos para a coletividade, por
outro tem sido o responsável pela melhor compreensão do Poder Público da
necessidade de adoção de um tratamento mais adequado da questão
urbana. Esta, sem dúvida, é um dos alicerces do desenvolvimento
sustentável, para cuja obtenção vêm sendo aperfeiçoados caminhos, tanto
sob o aspecto técnico-metodológico, quanto do ponto de vista legislativo-
programático-institucional. Neste sentido, a Constituição de 1988,
especialmente no Capítulo II, que trata da política urbana, e o Estatuto da
Cidade 1 reforçam a necessidade do estabelecimento de normas para o
planejamento e gestão urbanos, ratificando o PDU como instrumento
fundamental para o planejamento por definir a política de desenvolvimento e
de expansão urbana da cidade e dos territórios do município, visando a evitar
e corrigir distorções causadas pelo crescimento e seus efeitos indesejáveis
sobre o meio ambiente.

Tratando exaustivamente das questões urbanas, o Estatuto da Cidade é um


mecanismo de regulamentação da função social da propriedade urbana em
1 Lei nº 10.257 de 10 de julho de 2001.

1
benefício da maioria da população, criando instrumentos legais que devem
ser utilizados para a implementação de um novo modelo de cidade,
verdadeiramente sustentável, garantindo a qualidade do meio ambiente e da
vida dos que nela habitam. Seus dispositivos - o direito de preempção,
transferência do direito de construir, outorga onerosa, IPTU progressivo,
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, usucapião especial de
imóvel urbano, desapropriação, concessão de uso especial para fins de
moradia, operações urbanas consorciadas, entre outros – são poderosos
instrumentos a fortalecer o Poder Público na luta pela eqüidade econômica e
social, pela redução das exclusões e pela articulação das políticas
habitacional, fundiária e ambiental, visando possibilitar o uso socialmente
justo do território.

Apesar de sua enorme extensão territorial, o Município de Barreiras não está


subdividido em distritos, não existindo, em conseqüência, sedes distritais,
além, naturalmente, da própria sede municipal. A baixa densidade
demográfica (13,98 hab/km²) e a elevada taxa de urbanização (85,62%)
espelham o modelo da atual ocupação rural, baseado na agricultura
fortemente mecanizada e de alta tecnologia, resultando na quase inexistência
de núcleos urbano-rurais. Dos povoados existentes, todos com menos de
500 habitantes, Barreiras Sul, Baraúnas, Tatu e Boa Sorte, são agrovilas
criadas pela CODEVASF, para apoio aos seus projetos de irrigação.

Sem fugir a regra das cidades brasileiras, o crescimento de Barreiras


propelido pelo incremento da produção agrícola, ao longo das últimas três
décadas do século passado, veio acompanhado de explosão populacional e
expansão urbana desordenada e predatória. Até agora a cidade cresceu de
forma radial; todavia, fatores limitantes do crescimento urbano em várias
direções impõem a mudança dessa tendência, pois as áreas disponíveis nos
círculos de menores raios, em relação ao centro da cidade, estão se
esgotando, restando como opção de vetor de crescimento urbano as áreas a
leste, ao longo do eixo rodoviário da BR-242, sentido Salvador.

Este projeto de Lei do PDU, além de tratar peculiarmente dos problemas da


Cidade, propondo linhas estratégicas, diretrizes, programas e projetos,
contempla, quando pertinente, a abrangência municipal do PDU, e está
munido de modernos instrumentos a serem adotados na política urbana, já
em consonância com o que dispõe o Estatuto da Cidade. Desse modo, o
Poder Executivo disporá de instrumentos capazes de refrear ou proibir
tendências de uso ou ocupação do solo socialmente prejudiciais, anti-

2
econômicas, nocivas ou conflitantes, estimulando, por outro lado, aquelas
que se ajustam ao interesse social e econômico da comunidade, contribuindo
para a expansão ordenada da Cidade. Assim, por essas razões, justifica-se e
recomenda-se a adoção do instrumento legal ora proposto.

Cabe destacar a qualidade da Lei Orgânica de Barreiras, no que tange a


visão de conjunto que apresenta, relativa a integração das ações urbanas,
ambientais, orçamentárias, de saneamento básico e de desenvolvimento
municipal. Esta integração se constata em seu art. 106, que cria o Conselho
Municipal de Desenvolvimento, órgão propositivo, consultivo e de
cooperação, para auxiliar o Poder Executivo em assuntos de
desenvolvimento econômico e social do Município. Revigorando,
aperfeiçoando e complementando as suas competências e funções, propõe-
se a alteração da Lei nº 572/02, fazendo aquele Conselho absorver as áreas
de atuação do Conselho Municipal de Meio Ambiente e do Conselho
Municipal de Turismo, englobando num só, diretamente vinculado ao
Gabinete do Prefeito, as decisões relacionadas com as questões
econômicas, ambiental e urbana.

Ressalte-se, finalmente, que este projeto cria o Balcão de Informações, que


disponibilizará dados e informações referentes ao PDU, atualizadas pelo
Poder Executivo, produzidas pelos órgãos da administração centralizada e
descentralizada do Município, entre outras fontes. A importância do Balcão
de Informações está em garantir o acesso às informações que permitirão o
acompanhamento da implantação do PDU e seus programas e projetos
estratégicos e estruturantes.

1.2. Projeto de Lei Complementar

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PROJETO DE LEI COMPLEMETAR DO PDU DE BARREIRAS

SUMÁRIO

TITULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


CAPÍTULO I - DO OBJETIVO GERAL E DAS DIRETRIZES BÁSICAS
DO PDU
CAPITULO II - DOS CONCEITOS

TÍTULO II - DAS ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO URBANO


CAPÍTULO I - DAS LINHAS ESTRATÉGICAS
CAPÍTULO II – DAS POLÍTICAS E DIRETRIZES DO PDU
CAPÍTULO III – DAS DIRETRIZES DE ESTRUTURAÇÃO E
QUALIFICAÇÃO URBANÍSTICA
CAPÍTULO IV – DOS PROGRAMAS ESTRATÉGICOS
CAPÍTULO V – DOS PROJETOS ESTRATÉGICOS
CAPÍTULO VI – DOS PROJETOS ESTRUTURANTES

TÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA


CAPÍTULO I - DO ZONEAMENTO AMBIENTAL-URBANO E DA
ÁREA DE EXPANSÃO URBANA
CAPÍTULO II - DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
CAPÍTULO III - DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE
CONSTRUIR
CAPÍTULO IV - DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
CAPÍTULO V - DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR
CAPÍTULO VI – DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU
UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS
CÁPITULO VII – DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO
CAPÍTULO VIII – DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
CAPÍTULO IX - DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DE
VIZINHANÇA

TITULO IV - DA GESTÃO DO PDU


CAPÍTULO I – DO MODELO DE GESTÃO
CAPÍTULO II – DAS ATRIBUIÇÕES DOS ATORES
INTERVENIENTES DO MODELO DE GESTÃO:
Seção I – Do Chefe do Poder Executivo e dos integrantes do
seu Gabinete
Seção II -- Do Conselho Municipal de Desenvolvimento

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Seção III - Da Secretaria de Planejamento e Acompanhamento
Seção IV – Dos Órgãos de Execução Centralizados e
Descentralizados
Seção V - Das Organizações da Sociedade Civil
CAPITULO III - DO BALCÃO DE INFORMAÇÕES

TITULO V - DAS DISPOSIÇOES FINAIS

ANEXOS

ANEXO I - Políticas e Diretrizes Setoriais e seus Respectivos Programas,


Componentes e Projetos
ANEXO II – Programas e Projetos Estratégicos
ANEXO III – Projetos Estruturantes
ANEXO IV - Plantas
Planta 01 – Tendências de Crescimento
Planta 02 – Sistema Viário Proposto
Planta 03 – Declividades
Planta 04 – Projetos Estratégicos e Estruturantes
Planta 05 – Zoneamento Urbano
Planta 06 – Áreas Especiais
Planta 07 - Instrumentos da Política Urbana – Direito de Preempção
Planta 08 – Instrumentos da Política Urbana – Parcelamento,
Edificação ou Utilização Compulsórios
Planta 09 – Instrumentos da Política Urbana – IPTU Progressivo
Planta 10 – Instrumentos da Política Urbana – Outorga Onerosa e
Transferência do Direito de Construir
Planta 11 – Instrumentos da Política Urbana – Operações Urbanas
Consorciadas

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LEI DO PDU DE BARREIRAS

LEI COMPLEMENTAR N º. ....., DE.... DE.................. DE 2004

Institui o Plano Diretor Urbano de


Barreiras, define os mecanismos da
sua gestão e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE BARREIRAS, ESTADO DA BAHIA

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei


Complementar, conforme disposto nos incisos II, XI, XIII, XIV, XV, XXII do art.
6º; II, VI e X do art. 7º; I do art. 17; e artigos 97 e 98 da Lei Orgânica
Municipal.

TITULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I
DO OBJETIVO GERAL E DAS DIRETRIZES BÁSICAS DO PDU

Art. 1o. Fica instituído, como instrumento básico da política de


desenvolvimento e de expansão urbana, nos termos dos artigos 156, 182 e
183 da Constituição Federal, o Plano Diretor Urbano (PDU) do Município, que
obedecerá ao objetivo e diretrizes estabelecidos nesta Lei.

§ 1o. O PDU tem como área de abrangência a totalidade do território


municipal.

§ 2º O objetivo geral e as diretrizes básicas referem-se ao


planejamento urbano nos seus aspectos socioeconômicos, físicos,
ambientais e administrativos.

§ 3o. São considerados elementos elucidativos e integrantes da


presente Lei, as plantas e as tabelas a ela anexas.

§ 4o. O PDU é parte integrante do processo de planejamento


municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o
orçamento anual incorporar as prioridades nele contidas.

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Art.2o. Constitui objetivo geral do PDU normatizar o crescimento da Cidade e
do Município, com base nos princípios do desenvolvimento sustentável,
preservando as suas características geoambientais e buscando a melhoria
do padrão de qualidade de vida de todos, principalmente no que se refere a
emprego e renda, educação, saúde, tecnologia, cultura, habitação,
transporte, esporte, lazer, entretenimento, segurança pública e aos serviços
públicos em geral, de forma a reduzir as desigualdades que atingem as
diferentes camadas da população e zonas do município, promovendo a
eqüidade e combatendo as exclusões.

Art. 3o. Constituem diretrizes gerais da política de desenvolvimento urbano:


I - compatibilizar o adensamento à capacidade instalada da infra-
estrutura, às características geoambientais e aos serviços
sociais;
II - fortalecer a base econômica do Município, através de novas
atividades, visando sua consolidação, ampliação e diversificação;
III - dinamizar e modernizar a ação do poder público municipal,
tornando-o mais leve e ágil e assumindo a função de agente
mobilizador, proponente, orientador do ordenamento urbano e
indicador dos rumos da sociedade;
IV - garantir a preservação do patrimônio natural do Município,
constituído pela configuração geográfica – chapada, encosta e
vales dos rios Grande e de Ondas;
V - garantir a prevalência da função social da cidade sobre o uso da
propriedade individual;
VI - assegurar a gestão democrática da cidade por intermédio da
efetiva participação da população;
VII - buscar a distribuição justa e equilibrada dos benefícios e ônus
decorrentes de processo de urbanização;
VIII - assegurar a recuperação financeira dos investimentos públicos;
IX - adequar os instrumentos de política econômica, tributária e
financeira dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento
local integral e sustentável;
X - fomentar a colaboração entre governo, iniciativa privada e
sociedade civil em atendimento ao interesse social;
XI - buscar a integração e complementação entre as atividades
urbanas e rurais;
XII - assegurar a aplicabilidade da legislação de parcelamento, do uso
e da ocupação do solo.

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Art. 4o. A política de desenvolvimento urbano deverá atender a função social
da propriedade levando em conta:
I - a eqüidade social na distribuição espacial da infra-estrutura;
II - a correção das distorções de valoração do solo urbano mediante
tributação adequada;
III - o acesso à terra legalizada e à moradia de boa qualidade
extensivo a toda a população;
IV - a adequação do direito de construir às normas urbanísticas,
ambientais e aos interesses sociais;
V - a utilização dos recursos naturais disponíveis, bem como a
proteção, preservação e a recuperação do meio ambiente;
VI - o aproveitamento e utilização da propriedade privada
compatíveis com a segurança e a saúde dos usuários e vizinhos;
VII - a utilização compulsória e tributação progressiva para os imóveis
sub-utilizados.

CAPITULO II
DOS CONCEITOS

Art. 5o. Para efeito desta Lei, considera-se que:


I - gestão participativa é a utilização de canais democráticos de
manifestação pelos cidadãos e por organizações da sociedade civil,
para acompanhar atividades e influenciar decisões de caráter público,
e participar da implementação do PDU;
II - desenvolvimento sustentável é a estratégia de indução do
desenvolvimento que estabelece a necessidade da preservação
ambiental como princípio de balizamento do crescimento econômico,
da promoção da qualidade de vida e da redução das disparidades
sociais. Pressupõe o estímulo às atividades que servem para
conservar o que existe, recuperar o que foi destruído e prevenir
futuros danos, adotando um processo de planejamento participativo
que tenha como paradigma a preservação das estruturas
geoambientais e do patrimônio histórico-cultural, a aplicação de novas
tecnologias voltadas para a competitividade, a equidade na
apropriação dos resultados do crescimento econômico e a defesa de
um sistema político-institucional e democrático, representativo e
participativo;
III - programa estratégico é o programa que contempla atividades e ações
de duração continuada que, em geral, expressam seus efeitos nos
médio e longo prazos. Pode trazer em seu escopo sub-programas e

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projetos harmônicos que, em conjunto, produzem efeito sinérgico,
mas, de forma isolada, dificilmente poderiam acarretar resultados mais
palpáveis e de impacto para o desenvolvimento urbano, o que não
lhes retira a importância, face aos benefícios sociais, econômicos e/ou
ambientais que produzem. O programa estratégico, em virtude da sua
importância para a consolidação da centralidade regional do
Município, insere-se nas políticas públicas, sendo, portanto, de
duração permanente;
IV - projeto estratégico é aquele que contribui para o desenvolvimento
urbano e produz efeitos a curto e médio prazos, afinando-se com a
linha estratégica de estruturação urbana e com as políticas e diretrizes
do PDU nos campos do desenvolvimento econômico e social, da
qualificação ambiental, e da gestão urbana; satisfaz às expectativas
dos cidadãos, quanto aos seus ideais de cidade, e contribui para
intervenções de impacto, concorrendo para a geração de postos de
trabalho e renda, contribuindo, conseqüentemente, para a
dinamização e diversificação da economia do município. O projeto
estratégico apresenta um perfil diferenciado, não dependendo,
necessariamente, de um programa que lhes dê suporte, nem
possuindo, forçosamente, relação de dependência com outros
projetos, sendo as ações correlatas, diretas e indiretas, intrínsecas —
de modo geral — ao próprio projeto;
V- projeto estruturante é aquele que causa impacto na estrutura urbana,
modificando-a ou reforçando-a, produzindo efeitos no curto e médio
prazos, beneficiando diretamente as áreas circunvizinhas à sua
implantação e, indiretamente, a cidade, não sendo, contudo,
considerado prioritário pela população, apesar de seu valor
estratégico;
VI - operação urbana consorciada é o conjunto de intervenções e medidas
coordenadas pelo poder público municipal, com a participação dos
proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores
privados, com o objetivo de alcançar, em uma área, transformações
urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental;
VII - direito de preempção é o instituto que confere ao poder público
municipal preferência para a aquisição de imóvel urbano, objeto de
alienação onerosa entre particulares, respeitado seu valor de
mercado, desde que haja manifestação prévia, na forma da Lei, a
partir de indicações do PDU;
VIII - outorga onerosa do direito de construir e alteração de uso é o instituto
utilizado em áreas, determinadas no PDU, nas quais o direito de

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construir poderá ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento
básico adotado ou a alteração de uso será permitida, mediante
contrapartida a ser prestada pelo beneficiário;
IX - concessão de uso especial para fins de moradia é o direito de uso em
relação ao bem objeto da posse, concedido àquele que, até 30 de
junho de 2001, possui como seu, por cinco anos, ininterruptamente e
sem oposição, até duzentos e cinqüenta metros quadrados de imóvel
público, situado em área urbana, utilizando-o para sua moradia ou de
sua família, desde que não seja proprietário ou concessionário, a
qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural;
X- transferência do direito de construir é o instituto mediante o qual o
poder público municipal poderá autorizar o proprietário de imóvel
urbano, privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar,
mediante escritura pública, o direito de construir previsto no PDU, ou
em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido imóvel
for considerado de interesse público em conformidade com a lei;
XI - usucapião especial de imóvel urbano é o instituto pelo qual aquele que
possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e
cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem
oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-
lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel
urbano ou rural;
XII - coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a
área do terreno.

TÍTULO II
DAS ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO URBANO

CAPÍTULO I
DAS LINHAS ESTRATÉGICAS

Art 6°. As diretrizes e as propostas para o desenvolvimento urbano estão


orientadas nas seguintes linhas estratégicas:
I - atender, na formulação de programas, projetos e ações, a
reivindicação maior da população de transformar Barreiras numa
Cidade Saudável, adotando o sentido mais amplo do termo
salubridade, compreendendo aspectos sanitários, higiênicos,
ambientais, físicos, psicológicos, sociais, econômicos,
tecnológicos e esportivos;

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II - considerar, na formulação dos projetos estratégicos e
estruturantes, a inclusão de:
a) intervenções físicas;
b) ações voltadas para o atendimento de demandas de
políticas públicas;
c) empreendimentos privados;
d) organizações do terceiro setor, envolvendo, portanto,
recursos públicos dos governos municipal, estadual e
federal, além de recursos privados.
III - evitar, na medida do possível, na formulação dos projetos
estratégicos, o condicionamento das intervenções ao
financiamento total dos empreendimentos propostos, de modo
que ações possam ser realizadas tão logo sejam captados,
ainda que parcialmente, os recursos financeiros necessários;
IV - formular um modelo de desenvolvimento urbano que estimule e
respalde a formação de parcerias entre os governos municipal,
estadual e federal, e entre estes e o setor privado e o terceiro
setor, na busca do desenvolvimento sustentável do Município;
V - racionalizar a ocupação territorial, otimizando investimentos e
aproveitamentos de áreas já infraestruturadas, preservando os
recursos naturais e garantindo uma adequada qualidade
ambiental nas áreas urbanas e rurais do Município;
VI - fortalecer, consolidar, ampliar e diversificar a base econômica do
Município, através de novas atividades, preparando-o para
renovar sua importância econômica no nível regional;
VII - dinamizar e modernizar a ação do poder público, tornando a
administração municipal mais leve e ágil para assumir as funções
de agente mobilizador, proponente, orientador do ordenamento
urbano e indicador dos rumos da sociedade.

CAPÍTULO II
DAS POLÍTICAS E DIRETRIZES DO PDU

Art. 7º. Para cumprimento do objetivo geral e viabilização das linhas


estratégicas do PDU, foram definidas as seguintes diretrizes:
I - respaldar a definição do partido urbanístico e garantir, no futuro,
o cumprimento de suas orientações, principalmente quanto ao
zoneamento ambiental, zoneamento de uso e ocupação do solo,
e intervenções no sistema viário ou para a implantação de redes
de infraestrutura;

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II - assegurar a distribuição espacial dos equipamentos sociais
propostos;
III - promover a atração de interessados em investir em
empreendimentos ou negócios, cujas oportunidades são
arroladas no PDU;
IV - garantir o planejamento e a implementação das ações propostas
pelo PDU;
V - patrocinar o encaminhamento adequado das inovações,
inserções e alterações de textos legais necessárias à
implementação do PDU.

Art. 8º. As políticas e diretrizes setoriais, definidas para atender as


proposições da comunidade, contemplam:
I - promoção e inclusão social;
II - educação e cultura;
III - saúde;
IV - esporte e lazer;
V - segurança pública;
VI - serviços essenciais.

Parágrafo único. O detalhamento das políticas e diretrizes e a


relação dos programas e projetos a elas associados constam do
Anexo I desta Lei.

CAPÍTULO III
DAS DIRETRIZES DE ESTRUTURAÇÃO E QUALIFICAÇÃO
URBANÍSTICA

Art. 9o. Para viabilização das intervenções e ações apresentadas no PDU


foram definidas as seguintes diretrizes de estruturação e qualificação
urbanística:
I - orientar o processo de ocupação da porção leste da Cidade,
vetor de crescimento limitado pelo anel rodoviário e perímetro
urbano, conforme indicações das Plantas 01 e 05, anexas a esta
Lei;
II - ordenar o uso do solo de acordo com as indicações das Plantas
05 e 06, anexas a esta Lei, prevendo o crescimento da zona
comercial junto às margens das rodovias que cruzam a Cidade,
nas denominadas Áreas de Intensificação do Terciário, e
concentrando as atividades de serviços na Área Central;

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III - incentivar a ocupação dos vazios existentes na malha urbana,
indicados na Planta 05, anexa a esta Lei, priorizando-os para
implantação de equipamentos de interesse coletivo e para
programas habitacionais de interesse social, evitando a
expansão periférica da cidade e os altos custos para ampliação
de redes infra-estruturais;
IV - acompanhar as tendências:
a) de verticalização da área central e bairros circunvizinhos,
com o estabelecimento de recuos e gabaritos que
garantam a ambiência arquitetônica da cidade;
b) de ocupação da porção leste da cidade, zona de
influência da rodovia BR – 242, sentido Salvador;
c) de adensamento da área localizada às margens esquerda
e direita do rio Grande.
V - respeitar os seguintes entraves de ocupação existentes,
conforme indicações da Planta 01, anexa a esta Lei:
a) mancha industrial na direção nordeste, área de
penetração da rodovia BR-135, onde se localiza o Distrito
Industrial;
b) altas declividades encontradas nas porções norte e
sudeste da cidade;
c) situação fundiária consolidada pela existência das
dependências do 4° Batalhão de Engenharia de
Construção (4º BEC), a noroeste, e dos projetos de
irrigação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales
do São Francisco e Parnaíba (CODEVASF) ao sul e norte
da cidade;
d) área de interesse ambiental representada pelo Parque
Ecológico do rio de Ondas.
VI - implantação e estruturação do sistema viário, pontes,
intersecções viárias e anel rodoviário constantes da Planta 02,
anexa a esta Lei, com a finalidade de proteção ao pedestre, o
manejo do tráfego e do sistema de circulação, melhorias no
sistema de transporte coletivo e integração viária, envolvendo
intervenções em três estágios:
a) no curto prazo:
1. elaboração do Plano de Transporte e Circulação Viária;
2. colocação de abrigos e baias nos pontos de parada do
transporte coletivo;
3. regularização e arborização das calçadas;

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4. implantação de ciclovias;
5. previsão de estacionamentos, regulamentação das
operações de carga e descarga;
6. calçamento e tratamento paisagístico das vias
existentes;
7. sinalização viária horizontal e vertical;
8. articulação da Prefeitura com as demais esferas
administrativas para viabilizar a municipalização do
serviço de trânsito.
b) no médio prazo:
1. implantação do Plano de Transportes e Circulação
Viária;
2. implantação de passarelas ao longo das rodovias tendo
em vista uma possível postergação de implantação do
anel viário, etapas 1 e 2;
3. aberturas de vias e pontes de integração entre as
áreas da cidade em processo de ocupação, com
prioridade para a porção leste, em conformidade com
as indicações da Planta 05, anexa a esta Lei, para a
Zona de Ocupação Prioritária, onde se pretende
estimular o adensamento urbano, dotadas de
características físicas adequadas à sua função
estrutural, aos usos futuros e à necessidade de
proteger os pedestres e ciclistas;
4. implantação de vias marginais ao longo das rodovias,
nos trechos das suas bordas ainda desocupados;
5. municipalização do serviço de trânsito.
c) no longo prazo:
1. aberturas de novas vias e pontes de integração entre
as áreas da cidade, para onde se pretende orientar a
sua expansão, em conformidade com as indicações da
Planta 05, anexa a esta Lei, para a Zona de Ocupação
Secundária, dotadas de características físicas
adequadas à sua função estrutural, aos usos futuros e
à necessidade de proteger os pedestres e ciclistas;
2. consolidação dos procedimentos operacionais de
tráfego e controle municipal da gestão do sistema de
trânsito.

14
VII - regularização fundiária dos imóveis em conformidade com os
instrumentos previstos na Lei Federal n° 10.257, de 10 de julho
de 2001, e demais normas pertinentes;
VIII - proteção às áreas que representem elementos de paisagem
significativos, de valor ambiental ou cultural, tais como vales dos
rios, chapadas, encostas, talvegues, parques e edificações
representativas, indicadas na Planta 06, anexa a esta Lei.

Art. 10. As intervenções e atividades urbanas deverão atender às exigências


da sustentabilidade ambiental, através de medidas de prevenção, controle,
qualificação e recuperação ambiental, considerando as seguintes diretrizes:
I - elaboração de cadastro de zonas de sensibilidade diferencial
para reconhecimento de prioridades com referência a casos de:
a) alagamentos;
b) erosões;
c) assoreamentos;
d) insalubridade.
II - inclusão de estudos de drenagem e esgotamento sanitário em
todo processo de planejamento, como elemento de orientação,
controle e limitação;
III - proposição de ações que considerem drenagem e esgotamento
sanitário como prioridade nas intervenções de natureza pública
ou privada, no que se refere a infra-estrutura em rede, sistema
viário e loteamentos;criação de indicadores para a avaliação da
qualidade ambiental urbana.
§ 1 . O Poder Executivo estabelecerá as condições necessárias para
o

que o atendimento às exigências da sustentabilidade ambiental


considere ainda:
I - no curto prazo:
a) a avaliação e a adoção de providências quanto a
possíveis interferências com outros serviços públicos;
b) o planejamento e execução, de forma integrada, das
ações de drenagem e esgotamento sanitário;
c) a normatização e inclusão de drenagem e esgotamento
sanitário como itens compulsórios no processo de análise
e aprovação de empreendimentos, para fins de
licenciamento;
d) a elaboração de lei dispondo sobre a política municipal de
drenagem urbana e esgotamento sanitário.
II - no médio prazo:

15
a) a revisão dos procedimentos de autorização de
edificações e/ou empreendimentos que possam
influenciar, transpor ou interceptar os sistemas
implantados;
b) a revisão do programa de intervenções, estabelecendo
prioridades comuns às entidades envolvidas.
III - no longo prazo
a) a implantação de um banco de projetos, objetivando a
viabilização de captação de recursos para as ações de
drenagem e esgotamento sanitário;
b) a implantação de um cadastro geral geo-referenciado das
redes existentes, com monitoramento do comportamento
dos diversos dispositivos.

§ 2o. O Poder Executivo envidará os esforços necessários à efetivação


de parcerias com instituições locais de ensino superior e de
pesquisas, representações de órgãos governamentais estaduais e
federais, empresas públicas e privadas, e organizações do terceiro
setor, no desenvolvimento das seguintes ações integradas:
I - recomposição de matas ciliares e áreas degradadas;
II - monitoramento da qualidade das águas dos rios de Ondas e
Grande;
III - capacitação de professores de primeiro e segundo graus em
educação sanitária e ambiental;
IV - divulgação de técnicas no combate à degradação ambiental;
V - controle da poluição por agrotóxicos;
VI - criação de unidade de reprodução de mudas de plantas nativas
para fins de reflorestamento;
VII - promoção da educação ambiental;
VIII - controle e fiscalização da utilização dos recursos naturais.

CAPÍTULO IV
DOS PROGRAMAS ESTRATÉGICOS

Art. 11. Os programas estratégicos componentes do PDU são:


I - Urbanização e Paisagismo.
II - Bem Viver, composto de:
a) sub-programa 1: Saúde Ambiental;
b) sub-programa 2: Habitação para Todos;

16
c) sub-programa 3: Recuperação de Moradias e Bairros
Populares.

Parágrafo único. O detalhamento dos programas estratégicos consta


do Anexo II desta Lei.

CAPÍTULO V
DOS PROJETOS ESTRATÉGICOS

Art. 12. Os projetos estratégicos inseridos no PDU são os seguintes:


I - Orla do Rio Grande;
II - Revitalização da Área Central;
III - Centros Esportivos Nucleados;
IV - Urbanização da Barreirinhas.

§1° O detalhamento dos projetos estratégicos consta do Anexo II


desta Lei.

§2° As áreas destinadas à implantação dos projetos estratégicos, bem


como dos projetos estruturantes, constam da planta 04, anexa a esta
Lei.

CAPÍTULO VI
DOS PROJETOS ESTRUTURANTES

Art. 13. Os projetos estruturantes inseridos no PDU são os seguintes:


I - Reordenamento do Abastecimento;
II - Anel Rodoviário;
III - Centro Administrativo Municipal;
IV - Urbanização das Margens do Rio de Ondas;
V - Distrito Industrial para Micro e Pequenas Empresas.

§1° O detalhamento dos projetos estruturantes consta do Anexo III


desta Lei.

§2° As áreas destinadas à implantação dos projetos estruturantes,


bem como dos projetos estratégicos, constam da planta 04, anexa a
esta Lei.

17
TÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO I
DO ZONEAMENTO URBANO - AMBIENTAL E DA ÁREA DE EXPANSÃO
URBANA

Art. 14. O zoneamento urbano–ambiental caracteriza a Cidade a partir de


suas particularidades físico-espaciais e ambientais, com ênfase no padrão de
habitação, parcelamento do solo, sistema de circulação, infra-estrutura
existente, de modo a permitir o crescimento das áreas urbanas, o
atendimento das demandas de infra-estrutura e de serviços e ao interesse da
comunidade, sem comprometer a estabilidade dos sistemas sócio-ambientais
e a qualidade da vida.

Art. 15. As zonas de ocupação do solo do Município, concebidas em função


das características, do estágio de ocupação, de suas restrições ambientais e
das condições atuais de infra-estrutura, conforme plantas 05 e 06, anexas a
esta Lei, são as seguintes:
I - Zona de Ocupação Prioritária (ZOP):
a) Zona de Ocupação Prioritária 1 (ZOP 1);
b) Zona de Ocupação Prioritária 2 (ZOP 2);
c) Zona de Ocupação Prioritária 3 (ZOP 3).
II - Zona de Ocupação Secundária (ZOS):
a) Zona de Ocupação Secundária 1 (ZOS 1);
b) Zona de Ocupação Secundária 2 (ZOS 2);
c) Zona de Ocupação Secundária 3 (ZOS 3);
d) Zona de Ocupação Secundária 4 (ZOS 4).
III - Zona Central (ZC);
IV - Zona Residencial (ZR):
a) Zona Residencial 1 (ZR 1);
b) Zona Residencial 2 (ZR 2);
c) Zona Residencial 3 (ZR 3);
d) Zona Residencial 4 (ZR 4);
e) Zona Residencial 5 (ZR 5);
f) Zona Residencial 6 (ZR 6);
g) Zona Residencial 7 (ZR 7).
V - Zona Mista (ZM);
VI - Zona Especial de Interesse Social (ZEIS):
a) Zona Especial de Interesse Social 1 (ZEIS 1);

18
b) Zona Especial de Interesse Social 2 (ZEIS 2);
c) Zona Especial de Interesse Social 3 (ZEIS 3);
d) Zona Especial de Interesse Social 4 (ZEIS 4).
VII - Zona Industrial (ZI);
VIII - Zona de Ocupação Controlada (ZOC);
IX - Zona de Interesse Ambiental (ZIA).

§ 1º. Complementarmente ao zoneamento proposto, são definidas as


seguintes áreas especiais, dotadas de parâmetros urbanísticos que se
sobrepõem aos parâmetros das zonas a que pertencem ou destinadas
a programas e projetos especiais:
I - Área de Intensificação do Terciário:
a) Área Central;
b) Vias Arteriais e Vias Marginais.
II - Área de Proteção ou Preservação Ambiental:
a) Área de Proteção Ambiental:
1. APA do rio de Janeiro;
2. Unidade de Conservação de Proteção Integral -
Parque Ecológico do rio de Ondas;
3. Unidade de Conservação de Proteção Integral –
Parque do Cerrado.
b) Área de Proteção de Rios:
1. Área de Proteção de Encostas e Escarpas;
2. Área de Proteção de Drenagem Natural e Artificial;
3. Área de Proteção de Parques Públicos.
III - Área de Interesse Social;
IV - Área de Incentivo à Ocupação.

§ 2º. As zonas e áreas indicadas neste artigo estão descritas na Lei


de Parcelamento do Solo, Sistema Viário, Circulação e Transporte e
Zoneamento.

§ 3o. As demais áreas, exteriores ao perímetro urbano, serão


consideradas áreas rurais.

CAPÍTULO II
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO

19
Art. 16. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal
preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa
entre particulares.

§ 1º. O Poder Público municipal poderá utilizar o direito de preempção


nos programas e projetos constantes dos artigos 11 e 12; nas zonas
definidas no inciso VI do artigo 15; e nos itens 2 e 3 da alínea “a” do
inciso II do parágrafo primeiro do mesmo artigo, conforme indicações
da planta 07, anexa a esta lei, sem prejuízo de outras áreas a serem
adicionadas posteriormente.

§ 2º. O direito de preempção será regulamentado através de lei


municipal e fixará prazo de vigência não superior a cinco anos,
renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de
vigência.

§ 3º. O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de


vigência fixado na forma do § 2º deste artigo, independentemente do
número de alienações referentes ao mesmo imóvel.

Art. 17. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público
municipal necessitar de áreas para:
I - regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse
social;
III - constituição de reserva fundiária;
IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas
de interesse ambiental;
VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Art. 18. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para
que o Município, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, manifeste por escrito
seu interesse em comprá-lo.

§ 1º. À notificação mencionada no caput deste artigo será anexada


proposta de compra assinada por terceiro interessado na aquisição do

20
imóvel, da qual constarão preço, condições de pagamento e prazo de
validade.

§ 2º. O Município publicará, em órgão oficial e em, pelo menos, um


jornal local ou regional de grande circulação, edital de aviso da
notificação recebida nos termos do caput deste artigo e da intenção de
aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.

§ 3º. Transcorrido o prazo mencionado no edital, sem manifestação,


fica o proprietário autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas
condições da proposta apresentada.

§ 4º. Concretizada a venda do imóvel a terceiro, o proprietário fica


obrigado a apresentar cópia do instrumento público de alienação do
imóvel, no prazo de 30 (trinta) dias contado da sua lavratura.

§ 5º. A alienação processada em condições diversas da proposta


apresentada é nula de pleno direito.

§ 6º. Ocorrida a hipótese prevista no § 5º deste artigo, o Município


poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de cálculo do Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU) ou pelo valor indicado na proposta
apresentada, se este for inferior àquele.

CAPÍTULO III
DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 19. O direito de construir poderá ser exercido nas áreas indicadas na
Planta 10, anexa a esta Lei, acima do coeficiente de aproveitamento básico
adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.

Art. 20. Lei municipal específica estabelecerá as condições a serem


observadas para a outorga onerosa do direito de construir e de alteração de
uso, determinando:
I - a fórmula de cálculo para a cobrança;
II - os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;
III - a contrapartida do beneficiário.

Art. 21. Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de


construir e de alteração de uso serão aplicados nas áreas definidas pelo inciso

21
III, parágrafo primeiro do artigo 15 desta Lei, com a finalidade de construção e
melhoria de unidades habitacionais; urbanização das áreas precárias;
qualificação urbanístico-ambiental, com implantação de infra-estrutura, serviços
e equipamentos sociais, transportes, pavimentação e arborização dos
logradouros; relocação das famílias situadas em área de risco ou de valor
ambiental e regularização fundiária dos imóveis, em conformidade com os
instrumentos previstos na lei federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001.

Parágrafo único. O instrumento definido neste artigo poderá ser


aplicado, também, nas zonas referidas na alínea “c”, inciso II; alínea
“a”, inciso IV; e incisos III e V do artigo 15; e nas áreas especiais
constante do parágrafo primeiro inciso I do mesmo artigo.

CAPÍTULO IV
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

Art. 22. Lei municipal específica, baseada no PDU, delimitará áreas para
aplicação de operações urbanas consorciadas.

Parágrafo único. Poderão ser previstas nas operações urbanas


consorciadas, entre outras medidas:
I - a modificação de índices e características de parcelamento, uso
e ocupação do solo e subsolo, bem como alterações das normas
edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente;
II - a regularização de construções, reformas ou ampliações
executadas em desacordo com a legislação vigente.

Art. 23. Da lei específica que aprovar as operações urbanas consorciadas


constará o plano de operação urbana consorciada, contendo, no mínimo:
I. definição da área a ser atingida;
II. programa básico de ocupação da área;
III. programa de atendimento econômico e social para a população
diretamente afetada pela operação;
IV. finalidades da operação;
V. estudo prévio de impacto de vizinhança;
VI. contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários
permanentes e investidores privados em função da utilização
dos benefícios previstos nos incisos I e II do parágrafo único do
artigo 22 desta lei;

22
VII. forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado
com representação da sociedade civil.

§ 1º. Os recursos obtidos pelo Poder Público municipal na forma do


inciso VI deste artigo serão aplicados exclusivamente na própria
operação urbana consorciada.

§ 2º. A partir da aprovação da lei específica de que trata o caput, são


nulas as licenças e autorizações a cargo do Poder Público municipal
expedidas em desacordo com o plano de operação urbana
consorciada.

Art. 24. A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá
prever a emissão, pelo Município, de quantidade determinada de certificados
de potencial adicional de construção que serão alienados em leilão ou
utilizados diretamente no pagamento das obras necessárias à própria
operação.

§ 1º. Os certificados de potencial adicional de construção serão


livremente negociados, mas conversíveis em direito de construir
unicamente na área objeto da operação.

§ 2º. Apresentado pedido de licença para construir, o certificado de


potencial adicional de construção será utilizado no pagamento da área
de construção que supere os padrões estabelecidos pela legislação de
uso e ocupação do solo, até o limite fixado pela lei específica que
aprovar a operação urbana consorciada.

Art. 25. Poderão ser objeto de operação urbana consorciada os programas e


projetos constantes dos artigos 11 e 12; as zonas constantes das alíneas “a”,
“b” e “g” do inciso IV e dos incisos III, V e VI do artigo 15; e as áreas referidas
no parágrafo primeiro, incisos I e III do mesmo artigo, conforme indicações da
Planta 11.

CAPÍTULO V
DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 26. O proprietário de imóvel urbano, privado ou público, poderá exercer


em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir

23
tratado nesta Lei ou em legislação urbanística dela decorrente, quando o
imóvel de sua propriedade for considerado necessário para fins de:
I - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
II - preservação, quando o imóvel for considerado de interesse
histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural;
III - implantação de programas de regularização fundiária,
urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e
habitação de interesse social.

§ 1º. A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que


doar ao Poder Público seu imóvel, ou parte dele, para os fins previstos
nos incisos I a III do caput deste artigo.

§ 2º. O direito de construir somente poderá ser transferido para as


zonas constantes da alínea “a” do inciso IV; da alínea “c” do inciso II; e
dos incisos III, V e VI do artigo 15; e das áreas referidas no parágrafo
primeiro, inciso I do mesmo artigo.

§ 3º. O Poder Executivo regulamentará as condições relativas à


aplicação da transferência do direito de construir.

CAPÍTULO VI
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS

Art. 27. Lei municipal específica determinará as áreas, incluídas no PDU, em


que poderá se proceder ao parcelamento, edificação ou utilização
compulsória do solo urbano não edificado, sub-utilizado ou não utilizado,
devendo, ainda, fixar as condições e os prazos para sua implementação.

§ 1º. As condições e prazos a que se refere o caput deverão estar em


consonância com os dispositivos da Lei Federal nº 10.257 de 10 de
julho de 2001.

§ 2º. Considera-se sub-utilizado o imóvel cujo aproveitamento seja


inferior ao mínimo definido na legislação do PDU ou dela decorrente.

§ 3º. O proprietário será notificado pelo Poder Executivo para o


cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser averbada no
cartório de registro de imóveis.

24
§ 4º. O instrumento definido neste artigo poderá ser aplicado nas
zonas constantes dos incisos I e II do artigo 15 e alíneas “a” e “g” do
inciso IV do mesmo artigo, conforme indicações da Planta 08, anexa a
esta Lei.

CAPÍTULO VII
DO IPTU COMPULSÓRIO NO TEMPO

Art. 28. Em caso de descumprimento das condições e prazos previstos na lei


específica para instituição do instrumento constante do artigo 27 desta Lei, o
Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e
territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da
alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos

§ 1º. O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei a
que se refere o caput do artigo 27 e não excederá a duas vezes o
valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de 15%
(quinze por cento).

§ 2º. Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja


atendida no prazo de cinco anos, o Município manterá a cobrança pela
alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a
prerrogativa prevista no artigo 8º da citada Lei Federal nº 10.257.

§ 3º. O instrumento definido neste artigo poderá ser aplicado nas


zonas constantes das alíneas “a” e “b” do inciso I; das alíneas “f” e ”g”
do inciso IV; e dos incisos II, III e V do artigo 15, conforme indicações
da Planta 09, ane3xa a esta Lei.

CAPÍTULO VIII
DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Art. 29. O Poder Público, visando o cumprimento da função social da cidade


e da propriedade, poderá se utilizar dos seguintes instrumentos, previstos na
Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001:
I - usucapião especial de imóvel urbano, aplicável nas zonas
definidas nas alíneas “b” e “c” dos incisos I e II; alíneas “a”, “b”,
“e”, “f” e “g” do inciso IV; e inciso VI do artigo 15;
II - concessão do direito real de uso, aplicável nas zonas definidas
nas alíneas “b” e “c” do inciso I; alíneas “a”, “b” e “c” do inciso II;
alíneas “a”, “b” e “g” do inciso IV; e inciso VI do artigo 15;

25
III - desapropriação, aplicável para implantação de equipamentos de
interesse coletivo e de regularização fundiária, nas zonas
definidas na alínea “a”:do inciso I; alínea “c” do inciso II; e incisos
III e V do artigo 15.

CAPÍTULO IX
DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 30. Lei específica definirá os empreendimentos e atividades, privados


ou públicos, em área urbana, que dependerão de elaboração de estudo
prévio de impacto de vizinhança (EPIV) para obter as licenças ou
autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder
Público.

Art. 31. O EPIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e


negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da
população residente na área e suas proximidades, incluindo, no mínimo, a
análise das seguintes questões:
I - adensamento populacional;
II - infra-estrutura e serviços;
III - equipamentos urbanos e comunitários;
IV - uso e ocupação do solo;
V - valorização imobiliária;
VI - geração de tráfego e demanda por transporte público;
VII - ventilação e iluminação;
VIII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes


do EPIV, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente
do Poder Público, por qualquer interessado.

Art. 32. O EPIV será um instrumento básico para a aprovação de estudo de


impacto ambiental (EIA), em consonância com a Lei de Política Ambiental.

TITULO IV
DA GESTÃO DO PDU

CAPITULO I
DO MODELO DE GESTÃO

26
Art. 33. A gestão do PDU será realizada de forma integrada pelos órgãos do
Poder Executivo e da sociedade civil, através de representações de
entidades do setor privado e do terceiro setor.

Art. 34. Da gestão do PDU, participarão de forma integrada:


I - o Prefeito e os integrantes do seu gabinete;
II - o Conselho Municipal de Desenvolvimento;
III - a Secretaria de Planejamento e Acompanhamento;
IV - os órgãos de execução centralizados, incluindo as secretarias e
respectivas gerências, e os descentralizados, incluindo
autarquias, fundações, empresas de economia mista, entre
outros;
V - as organizações da sociedade civil representantes do setor
privado e do terceiro setor.

CAPITULO II
DAS ATRIBUIÇÕES DOS ATORES INTERVENIENTES DO MODELO DE
GESTÃO

Seção I
Do Prefeito e dos integrantes do seu gabinete

Art. 35. Compete ao Prefeito e aos integrantes do seu gabinete:


I. estabelecer os meios necessários à efetiva integração dos
atores intervenientes no modelo de gestão adotado,
particularmente no que diz respeito ao funcionamento do
Conselho Municipal de Desenvolvimento;
II. promover a captação dos recursos financeiros necessários à
implantação dos projetos estratégicos, estruturantes e demais
propostas do PDU;
III. determinar, aos órgãos específicos da estrutura da Prefeitura, a
execução, em caráter prioritário, das ações necessárias à
implantação dos projetos estratégicos, bem com exigir dos
mesmos o cumprimento das metas estabelecidas.

Seção II
Do Conselho Municipal de Desenvolvimento

27
Art. 36. O Conselho Municipal de Desenvolvimento, vinculado ao gabinete do
Prefeito, de caráter deliberativo, consultivo e cooperativo, tem a finalidade de
auxiliar o Poder Executivo nas seguintes matérias:
I - propostas orçamentárias;
II - política de uso do solo urbano;
III - política de abastecimento e saneamento básico;
IV - plano diretor urbano;
V - situações de calamidade publica ou de emergência;
VI - política de meio ambiente.

Parágrafo único. Além das competências previstas no artigo 21 da


Lei da Política Ambiental do Município, relativas ao licenciamento das
atividades de maior potencial de impacto ambiental, cabe ao Conselho
Municipal de Desenvolvimento:
I - aprovar as políticas urbana e ambiental;
II - estabelecer normas e procedimentos para a autorização ou
licenciamento de atividades relacionadas ao uso e ocupação do
solo e ao meio ambiente;
III - deliberar sobre os limites máximos para as emissões sólidas,
líquidas e gasosas das atividades potencialmente poluidoras,
mediante apresentação de proposta do órgão ambiental
competente;
IV - avaliar o estudo de impacto de vizinhança e os impactos
identificados no artigo 21 da Lei da Política Ambiental Municipal e
no Anexo III da Lei do Parcelamento do Solo, Sistema Viário,
Circulação, Transporte e Zoneamento municipal;
V - julgar em segunda instância os recursos decorrentes das multas
aplicadas pelos órgãos ambiental e urbanístico competentes;
VI - recomendar, mediante proposta do órgão municipal competente,
o cancelamento de benefícios fiscais, quando o beneficiário
cometer infração que o sujeite à penalidade prevista no inciso VI
do artigo 50 da Lei da Política Ambiental Municipal;
VII - monitorar o processo de implementação do PDU, especialmente
aqueles relacionados com os programas e projetos estratégicos,
propondo, quando for o caso, correção e atualização dos
mesmos.

Art. 37. A composição do Conselho Municipal de Desenvolvimento deverá


incluir igualitariamente representantes do Poder Público e de instituições da
sociedade civil.

28
Parágrafo único. Decreto do Poder Executivo definirá a composição
do Conselho Municipal de Desenvolvimento.

Seção III
Da Secretaria de Planejamento e Acompanhamento;

Art. 38. São atribuições da Secretaria de Planejamento e Acompanhamento:


I - coordenar a elaboração do planejamento participativo, incluindo
orçamentos anuais e plurianuais, planos diretores e/ou de ação;
II - acompanhar o andamento dos programas e projetos sob a
responsabilidade dos diversos órgãos de execução;
III - analisar, avaliar, e consolidar em relatório a ser encaminhado
mensalmente ao prefeito, secretários e órgãos colegiados, as
informações recebidas dos diversos setores relacionadas com a
execução de programas e projetos sob suas responsabilidades,
destacando aquelas referentes aos projetos estratégicos,
estruturantes e demais proposições do PDU;
IV - indicar, quando for o caso, a necessidade de revisão e
atualização de planos, programas e metas;
V - coordenar a operacionalização do Balcão de Informações.

Seção IV
Dos Órgãos de Execução Centralizados e Descentralizados

Art. 39. Compete aos órgãos de execução centralizados e descentralizados:

I. assumir e colocar em andamento, nas suas respectivas


especialidades, as ações e providências para a realização das
obras e serviços necessárias à implantação dos programas e
projetos estratégicos previstos no PDU;

II. cuidar para que as obras e serviços sejam realizados dentro


das especificações recomendadas nos estudos e projetos e
para que os cronogramas físicos e financeiros sejam
cumpridos;

III. informar mensalmente à Secretaria de Planejamento e


Acompanhamento, através relatório, o andamento dos
programas e projetos sob suas respectivas responsabilidades,

29
bem como eventuais dificuldades na realização das ações na
forma prevista.

Art. 40. Os órgãos de execução deverão, em articulação com a Secretaria


de Planejamento e Acompanhamento e com o Conselho Municipal de
Desenvolvimento, compatibilizar suas ações para que os seus planos,
programas, projetos e atividades, estejam de acordo com as diretrizes
propostas no PDU.

Seção V
Das Organizações da Sociedade Civil

Art. 41. São organizações da sociedade civil, para efeito desta Lei, as
entidades não governamentais representativas das sociedades privadas e
das organizações do terceiro setor, as associações sem fins lucrativos e as
representações de classe que tenham por objetivo o desenvolvimento
sustentável do Município.

Art. 42. Compete às entidades mencionadas no artigo 41, dentro da


categoria à qual pertençam:
I - a indicação de representantes para integrar o Conselho
Municipal de Desenvolvimento, de acordo com o regulamento
desta lei;
II - a captação de recursos financeiros junto às instituições nacionais
e internacionais para o desenvolvimento dos projetos
estratégicos, estruturantes e demais proposições do PDU;
III - o apoio e o estímulo ao fortalecimento da capacidade
organizacional das Organizações de Base Comunitária (OBC) e
das comunidades menos favorecidas, objetivando prepará-las
para, entre outras ações comunitárias, a implantação e o bom
gerenciamento dos projetos estratégicos, estruturantes e demais
proposições do PDU;
IV - o desenvolvimento, em parceria com o Poder Público, mediante
contrato ou outra modalidade de participação, de obras e
serviços relacionados com os projetos estratégicos, estruturantes
e demais proposições do PDU;
V - o patrocínio de campanhas de interesse público voltadas para a
melhoria da qualidade de vida da população;
VI - o monitoramento da implantação dos projetos estratégicos,
estruturantes e demais proposições do PDU, além de outras

30
ações que viabilizem o desenvolvimento sustentável do
Município.
VII - a participação em estudos, pesquisas e projetos voltados para o
desenvolvimento sustentável do Município;
VIII - o investimento, em empreendimentos próprios do setor privado e
do terceiro setor, previstos nos programas e projetos
estratégicos, estruturantes e demais proposições do PDU;
IX - a promoção de ações de estímulo ao desenvolvimento
sustentável do Município.

CAPITULO III
DO BALCÃO DE INFORMAÇÕES

Art. 43. Fica instituído o Balcão de Informações, que disponibilizará dados e


informações, a serem mantidas e atualizadas pelo Poder Executivo,
produzidas pelos órgãos da administração centralizada e descentralizada do
Município, entre outras fontes.

Parágrafo único. É garantido o acesso de qualquer pessoa às


informações disponibilizadas no Balcão de Informações.

Art. 44. Os dados e informações a serem disponibilizados no Balcão de


Informações permitirão aos munícipes acompanhar a implantação do PDU,
além de dados e informações de cunho:
I - histórico-cultural;
II - econômico e financeiro;
III - geográfico e cartográfico;
IV - ambiental.

Art. 45. Decreto do Poder Executivo estabelecerá as condições de


funcionamento do Balcão de Informações e as políticas e diretrizes de
disseminação das informações, identificando aquelas a serem
disponibilizadas gratuitamente e aquelas a serem fornecidas mediante
pagamento do interessado.

TITULO V
DAS DISPOSIÇOES FINAIS

Art. 46. Esta lei deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.

31
§ 1º. No processo de revisão do PDU e na fiscalização de sua
implementação, deverão ser garantidos:
I - a avaliação anual do processo de implementação do PDU, que
deverá acompanhar a mensagem do Prefeito encaminhada à
Câmara Municipal;
II - a promoção de audiências públicas e debates com a participação
da população e de associações representativas dos vários
segmentos da comunidade;
III - a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;
IV - o acesso de qualquer interessado aos documentos e
informações produzidos.

§ 2º. A modelagem urbana pretendida com a implementação do PDU


é a constante das Plantas 02, 04, 05 e 06, anexas a esta Lei, que
deverá ser monitorada e avaliada anualmente, quanto ao avanço na
sua implementação.

Art. 47. No prazo máximo de 90 (noventa) dias, o Poder Executivo


encaminhará projeto de lei ao Legislativo, modificando e adequando a Lei nº
571, de 19 de dezembro de 2002, às disposições desta lei.

Art. 48. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando
revogada a Lei nº 255 de 23 de janeiro de 1995.

Barreiras , ........... de ............................... de 2004.

Prefeito Municipal de Barreiras.

32
ANEXOS AO PROJETO DE LEI DO PDU

33
ANEXO I

POLÍTICAS E DIRETRIZES SETORIAIS E SEUS RESPECTIVOS


PROGRAMAS, COMPONENTES E PROJETOS

34
SETOR: PROMOÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL
PROPOSIÇÕES DA COMUNIDADE:
(i) implantar creches nos bairros populosos e melhorar o atendimento dos equipamentos existentes; (ii) promover ações voltadas à melhoria da alimentação infantil em áreas
carentes; (iii) instalar Casa de Acolhimento do Adolescente; (iv) ampliar o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI); (v) instalar Centro de Triagem para a
população de rua; (vi) levantar o universo de menores em situação de risco para potencializar o atendimento e o enquadramento em programas existentes; (vii) instalar
Centro Comunitário de valorização da vida; (viii) amparar a entidade de apoio ao migrante já existente, visando ampliar o atendimento; (ix) construir albergue municipal; (x)
instalar Centro de Atendimento Psico-social; (xi) instalar Centro de convivência de idosos; (xii) ampliar o atendimento do Programa benefício de prestação continuada aos
idosos; (xiii) promover campanhas educativas para conscientização da população visando a mudança de seu comportamento em relação aos idosos; (xiv) promover campanhas
educativas para conscientização da população visando a mudança de seu comportamento em relação aos portadores de necessidades especiais; (xv) requalificar o mobiliário
urbano e os acessos para uso dos portadores de necessidades especiais; (xvi) implantar Centro profissionalizante para portadores de necessidades especiais; (xvii)
implantar Centro Médico com especialistas para atendimento a portadores de necessidades especiais; (xviiii) implementar projetos sociais para crianças e adolescentes voltados
para o esporte e lazer; (xix) implantar projetos/oficina comunitária visando ensinar um ofício a meninos e adolescentes de rua; (xx) implementar cursos /oficinas para
mulheres carentes; (xxi) instalar Casa de Acolhimento para vítimas de violência e seus familiares..
POLÍTICAS SETORIAIS:
(i) promoção do desenvolvimento social, objetivando assegurar a todos os cidadãos de Barreiras o direito de viverem com dignidade, mediante a articulação das ações de
planejamento, de execução e de acompanhamento dos programas de assistência social, de modo a garantir a sistematização e racionalização do atendimento, bem
como a cobertura assistencial às pessoas de qualquer faixa etária, inclusive com a implantação de novas modalidades de serviços com foco nos excluídos; (ii)
estabelecimento de ações de articulação do planejamento, execução e acompanhamento da gestão da Política Municipal de Assistência Social; (iii) sistematização do
atendimento, evitando o paralelismo de ações e a pulverização de recursos, promovendo a cobertura assistencial de todas as etapas do desenvolvimento humano; (iv)
fortalecimento nas ações para a implementação de novas modalidades de serviço para atendimento aos excluídos.
DIRETRIZES:
(i)descentralizar os serviços de promoção social para atender à demanda por área; (ii) criar programas de integração social voltado às famílias em estado de miséria absoluta e
aos menores e adolescentes em situação de risco; (iii) implantar programas de promoção social de cunho preventivo;(iv) implementar programas de apoio à velhice buscando a
melhoria de sua qualidade de vida; (v) implementar programas de apoio aos portadores de necessidades especiais; (vi) implantar programa de transporte coletivo com benefícios
para portadores de necessidades especiais e seus familiares; (vii) promover parceria com o SEPRED para facilitar o tratamento de portadores de necessidades especiais;
(viii) ) fiscalizar mais eficazmente os responsáveis pela contratação da mão de obra flutuante;(ix)promover o associativismo e fortalecer as instituições já existentes; (x) implantar
projetos de geração de renda em áreas carentes; (xi) promover programas de ação preventiva de combate à violência doméstica, contra a mulher, contra a criança e o
adolescente.
# PROJETO AÇÕES PÚBLICO ENTIDADES INDICADORES INÍCIO FINAL
EM ANDAMENTO INOVADORAS ALVO PARCEIRAS
PROGRAMA: INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA – COMPONENTE: JUVENTUDE
1 Implantação de Centros de Construir e equipar Jovens de Secretarias Municipais Nº de jovens 2004 2006
produção para a inserção centros de produção do 14 a 18 do Trabalho e inscritos p/
socioeconômica de jovens tipo marcenaria, padaria, anos Assistência Social e da atividade/
oficina mecânica e outros Infraestrura e ONGs ano
2 Construção da Casa do Construir e equipar um Jovens de Secretarias Municipais Nº de jovens 2005 2005
Adolescente centro de referência para 15 a 17 do Trabalho e atendidos/mês
apoio ao adolescente de anos Assistência Social e da
rua Infraestrura
3 Projeto Sentinela Combate ao abuso e Divulgar o projeto Crianças e Conselho Titular, ONGs Nº de 2004 2010
exploração sexual adolescent atendimentos/mê
es s
4 Promoção de ações Promover campanhas de Crianças e Secretarias da Índice de 2004 2010
educativas e culturais informação sobre a adolescent Educação, da Cultura, violência juvenil
voltadas à contenção da violência urbana es empresas privadas
marginalidade urbana
PROGRAMA: APOIO À FAMÍLIA – COMPONENTE: GÊNERO
1 Mulher Empreendedora Elaboração do Projeto (i) Implantar Oficina de Mulheres Secretarias Nº de mulheres 2004 2007
corte e costura. carentes Municipais, empresas capacitadas/ano
(ii) Implantar Fábrica de (30 a 40 p/ privadas, associações,
doces e biscoitos atividade) ONGs
2 Promoção de campanhas Implementar campanhas População Secretarias municipais, Índice de 2004 2010
voltadas à redução da periódicas do patrocinadores e agressão contra
violência contra a mulher município associações de a mulher
mulheres
3 Implantação da Casa Abrigo Implantar e equipar Mulheres Igreja Católica e Nº de mulheres 2005 2005
para mulheres vítimas da centro vítimas da associações de abrigadas/mês
violência violência mulheres
4 Instalação da Delegacia da Selecionar local Mulheres Conselho da Mulher, Nº de mulheres 2004 2004
Mulher adequado e realizar e do associações e SSP atendidas/mês
executar projeto município
e região
5 Construção de lavanderia Construir e equipar População Secretarias municipais Nº de famílias 2004 2005
comunitária lavanderias nos bairros dos bairros e associações de atendidas /mês
de Ribeirão e Vila Amorim e seu moradores
entorno
PROGRAMA: GESTÃO DAS ATIVIDADES – COMPONENTE: IEC
1 Capacitação técnica em Viabilizar de infraestrutura Equipe Secretarias Municipais Nº de 2004 2005
Programas Sociais adequada para técnica, Conselhos profissionais e
capacitação gestores e gestores
Capacitar todos os conselheir capacitados/mês
envolvidos através de os da área
cursos específicos social
PROGRAMA: INCLUSÃO SOCIAL – COMPONENTE: PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
1 Benefício de Prestação Convênio APAE – Ampliação do Crianças Secretarias Municipais, Nº de 2004 2010
Continuada atendimento a 90 atendimento para mais 50 portadoras voluntários atendimentos/mê
crianças crianças de s
necessida
des
especiais
2 Campanha “Somos Todos Promover campanha População Secretarias de Nº de 2004 2005
Iguais” contra a discriminação do Educação, Trabalho e campanhas/ano
aos portadores de município Ass. Social e Patrocina-
necessidades especiais dores
3 Requalificação do mobiliário Elaborar projeto Portadores ONGs, entidades da Áreas 2004 2005
urbano de área beneficiadas
necessida
des
especiais
4 Implantação de Centro Elaborar projeto, levantar Portadores ONGs, entidades da Atendimentos 2004 2005
Médico específico para custos e promover de área. Secretaria realizados/ano
portadores de necessidades concurso público para necessida Municipal de Saúde
especiais composição do quadro des
médico especiais
5 Implantação de Centro Elaborar projeto, Portadores ONGs, entidades Nº de pessoas 2004 2004
Profissionalizante selecionar local, construir de atuantes na área, capacitados/ano
Especializado e equipar necessida possíveis voluntários
des
especiais
PROGRAMA: INCLUSÃO SOCIAL – COMPONENTE: ATENÇÃO AO IDOSO
1 Projeto “Mais Vida” Instalar e equipar Centro Idosos Secretarias Municipais, Nº de 2004 2004
de Convivência com mais voluntários atendimentos/mê
de 60 anos s
2 Valorização do Idoso Promover campanhas População Secretarias municipais Nº de 2004 2005
educativas para do e patrocinadores campanhas /ano
valorização do idoso município
3 Manutenção do Abrigo de Funcionamento do abrigo Melhorar o atendimento Idosos de PMB e Voluntários 2004 2007
Idosos mais de 60
anos
PROGRAMA: INCLUSÃO SOCIAL – COMPONENTE: MENOR CARENTE
1 Erradicação do Trabalho Atendimento a 375 Ampliação do Criança e SETRAS e Secretarias Nº de 2004 2007
Infantil - PETI menores atendimento para mais adolescent Municipais atendimentos/mê
200 menores e de 7 a s
15 anos
2 Atenção à Criança Carente - Atendimento a 500 Ampliação do Criança de SETRAS e Secretarias Nº de 2004 2010
PAC crianças em 5 creches atendimento para mais 0 a 6 anos Municipais atendimentos/mê
200 crianças s
3 Construção, Ampliação de Ampliar o atendimento Criança de SETRAS e Secretarias Nº de 2004 2006
Creches nas creches existentes e 0 a 6 anos Municipais atendimentos/mê
construir novas em s
bairros carentes
4 Nutrição Infantil Cadastrar crianças Criança de Secretarias Municipais, Nº de 2004 2004
desnutridas e elaborar 0 a 6 anos ACS e Pastoral da atendimentos/mê
programa nutricional Criança s/bairro
5 Proteção às crianças pobres Atendimento a 100 Abrigar mais 100 crianças Criança de SETRAS e Secretarias Nº de 2004 2007
crianças em período integral com 0 a 6 anos Municipais atendimentos/mê
todas as refeições s
6 Lar de Emmanuel Atendimento a 105 Mais suporte para Criança Secretarias Municipais Nº de 2004 2007
menores melhoria no atendimento de 0 a 18 e voluntários atendimentos/mê
anos do s
bairro de
Vila Rica
PROGRAMA: INCLUSÃO SOCIAL – COMPONENTE: POPULAÇÃO CARENTE
1 Implantação de Centros Centros a implantar e Moradores Secretarias Municipais Nº de Centros 2004 2007
Comunitários equipar de bairros instalados/ano
de baixa
renda
2 Casa da Sopa Distribuição diária de Melhorar o atendimento 1.500 Secretarias municipais Nº de 2004 2007
sopa à famílias carentes famílias e voluntários atendimentos
carentes /mês
3 Construção de albergue Selecionar local, População Secretarias municipais Nº de 2004 2004
Implantar e equipar sem teto e voluntários atendimentos
abrigo /mês
4 Instalação de Centro Selecionar local, População Secretarias Municipais Nº de 2004 2004
Comunitário de Valorização implantar e equipar centro do e voluntários atendimentos
da Vida município /mês
5 Instalação da Casa de Implantar e equipar casa Familiares Secretarias municipais Nº de 2004 2004
Acolhimento para Familiares vítimas da e voluntários atendimentos
Vítimas da Violência violência /mês
PROGRAMA: INCLUSÃO SOCIAL – COMPONENTE: USUÁRIOS DE DROGAS
1 Instalar Centro de Instalar e equipar centro Usuários Secretarias municipais, Nº de 2004 2004
Recuperação Municipal de drogas voluntários e entidades atendimentos
e álcool filantrópicas /mês
2 Campanhas Anti-drogas Organizar e promover População Voluntários e Nº de 2004 2010
campanhas do patrocinadores campanhas/ano
município
SETOR: EDUCAÇÃO E CULTURA
PROPOSIÇÕES DA COMUNIDADE:
(i) informatizar a Secretaria Municipal de Educação; (ii) instalar laboratórios de informática em todas as escolas da rede municipal que atendem ao Ensino Fundamental; (iii)
implantação de salas-ambiente de ciências nas escolas de 5ª à 8ª série; (iv) capacitar periodicamente professores do ensino primário e fundamental; (v) implantar cursos
profissionalizantes compatíveis com a oferta de empregos local e regional; (vi) fortalecer o campus local da UNEB, ampliando a oferta de cursos condizentes com a
demanda regional e criando a Universidade Estadual do Oeste da Bahia; (vii) implementar a matéria educação ambiental no currículo escolar, promovendo campanhas e eventos
sobre o tema; (viii) promover campanhas de incentivo à preservação da cultura local; (ix) implantar um teatro municipal para a promoção de artistas locais; (x) implantar educação
integral do CAIC; (xi) instalar biblioteca/sala de leitura em todas as escolas; (xii) construir novas bibliotecas públicas equipadas.
POLÍTICAS SETORIAIS:
(i) promoção de educação de boa qualidade para todos os cidadãos barreirenses, mediante a ampliação das oportunidades de acesso dos diversos segmentos sociais à
rede educacional, melhoria da qualidade do ensino, e incentivo à produção cultural e à participação da sociedade, como forma de elevação do nível de escolaridade dos
estudantes e redução da evasão escolar; (ii) elevação do nível de escolaridade dos estudantes e redução da evasão escolar; (iii) ampliação das oportunidades de acesso
dos diversos segmentos sociais à educação; (iv) garantia de um ensino de qualidade à população; (iv) promoção do acesso a cultura local e incentivo à produção cultural.
DIRETRIZES:
(i) promover a melhoria da qualidade de ensino, criando condições para a permanência e a progressão dos alunos no sistema escolar; (ii) implementar programas de
integração entre a escola e a comunidade com atividades de educação, saúde e lazer; (iii) garantir o ensino fundamental obrigatório e gratuito, expandindo e
descentralizando gradativamente as atividades e os equipamentos do sistema educacional; (iv) promover a modernização do padrão de ensino e a formação constante de
recursos humanos;(v) promover a distribuição espacial dos recursos, serviços e equipamentos, para atender a demanda em condições adequadas; (vi) proporcionar a
expansão do ensino público e gratuito de segundo grau, profissionalizante e ensino universitário, buscando atender à demanda; (vii) incentivar a gestão participativa nas
unidades de ensino conforme a legislação; (viii) melhorar a educação de base e fomentar a erradicação do analfabetismo; (ix) adotar programas de educação ambiental
duradouros; (x) incentivar e apoiar as iniciativas artísticas e culturais das escolas municipais;( xi) promover o investimento na cultura visando elevar a percepção da
realidade local, gerando a identidade e um sentimento de ”pertencer à cidade” por parte da população:
# PROJETO AÇÕES PÚBLICO ENTIDADES INDICADORES INÍCIO FINAL
EM ANDAMENTO INOVADORAS ALVO PARCEIRAS
PROGRAMA: EDUCAÇÃO PARA TODOS – COMPONENTE: TECNOLOGIA
1 Instalação de Laboratórios Projeto Instalar e equipar Alunos das Secretarias Municipais Nº de 2004 2006
de Informática nas escolas laboratórios escolas e empresas de laboratórios
da rede municipal municipais informática instalados/ano
2 Informatização da Secretaria Início do processo de Adquirir e instalar Funcionári Secretarias Municipais Nº de 2004 2006
Municipal de Educação informatização equipamentos os da e entidades privadas equipamentos
Secretaria instalados/ano
de
Educação
3 Manutenção da Escola Formação de Formar em média 1.000 Moradores Secretaria Municipal de Nº de alunos 2004 2007
Municipal de Informática aproximadamente 2.000 alunos/ano dos bairros Educação e entidades capacitados/ano
alunos em cursos de periféricos privadas
informática e da zona
rural
PROGRAMA: EDUCAÇÃO PARA TODOS – COMPONENTE: INFRA-ESTRUTURA ESCOLAR
1 Construção de novas Construção de unidades Construir, em média, 2 População Secretarias municipais, Escolas 2004 2007
escolas escolares e salas de aula novas escolas por ano em idade empresas privadas e construídas/ano
para atender a demanda escolar voluntários
2 Construção de quadras Construir quadras nas Alunos das Secretarias municipais, Quadras 2004 2006
poliesportivas escolas que dispõem de escolas empresas do ramo construídas/ano
espaço físico municipais
3 Implantação de salas- Implantar e equipar Alunos das Secretarias municipais Salas 2004 2006
ambiente de ciências escolas e núcleos universitários implantadas/ano
municipais
4 Implantação de bibliotecas Implantar e equipar Comunida Secretarias municipais Bibliotecas 2004 2006
nas escolas de escolar implantadas/ano
PROGRAMA: EDUCAÇÃO PARA TODOS – COMPONENTE: IEC
1 Formação universitária para Formação de professores Capacitar periodicamente Professore UNEB Nº de 2004 2004
professores de 1ª a 4ª séries em curso os professores s da rede professores
de pedagogia municipal formados/ano
de ensino
2 Capacitação dos Requalificação do corpo Capacitação constante e Corpo Secretaria municipal de Nº de docentes 2004 2004
profissionais da área de docente periódica de docentes docente educação capacitados
educação das
escolas
municipais
PROGRAMA: EDUCAÇÃO PARA TODOS – COMPONENTE: GESTÃO
1 Ensino Infantil Gerir com qualidade as Secretaria Crianças em idade pré- Índice de 2004 2007
atividades do setor municipal escolar escolaridade
de
educação
2 Ensino Fundamental Gerir com qualidade as Secretaria População em idade Índice de 2004l 2007
atividades do setor municipal escolar escolaridade
de
educação
3 Alfabetização de jovens e Promover cursos de Secretaria População com mais de Índice de 2004 2007
adultos alfabetização de adultos municipal 17 anos não alfabetização
de alfabetizada
educação e
Banco do
Brasil
PROGRAMA: EDUCAÇÃO PARA TODOS – COMPONENTE: CRIANÇA CARENTE
1 Manutenção do programa de Utilizar matéria prima Secretaria Alunos da rede Nº de merendas 2004 2007
merenda escolar regional a fim de baratear municipal municipal de ensino distribuídas/ano
o custo da merenda
escolar
2 Ampliação do Programa de Aumentar a frota de Secretaria Alunos da área urbana Nº de alunos 2004 2007
Transporte escolar ônibus escolares para municipal e rural transportados/an
atender a demanda o
3 Projeto Criança Cidadã Projeto Cata-vento Ampliar as parcerias Secretaria Alunos da área urbana Nº de crianças 2004 2007
municipal e rural atendidas/ano
PROGRAMA: CULTURA PARA TODOS – COMPONENTE: CULTURA LOCAL
1 Cultura na escola Projeto Formar grupos de dança, Secretarias Alunos e professores Nº de pessoas 2004 2007
teatro e de outras municipais, envolvidas/ano
linguagens artísticas nasONGs,
escolas voluntários
e artistas
2 Implantação de biblioteca Implantar e equipar nova Secretarias População da região Nº de 2004 2004
pública biblioteca municipais leitores/ano
e ONGs
3 Recuperação do patrimônio Recuperar prédios Secretarias População da região Nº de prédios 2004 2007
artístico cultural históricos e museus municipais recuperados/ano
e ONGs
4 Implantação de teatro Recuperar imóvel e Secretarias População da região Nº de eventos 2004 2005
municipal instalar teatro municipais realizados/ano
e ONGs
PROGRAMA: CULTURA PARA TODOS – COMPONENTE: FESTAS POPULARES
1 Festa do Rio Grande Realização anual da festa Promover divulgação Secretaria População local, da Público 2004 2007
em 2 de fevereiro para atrair público da municipais, região e de outros estimado/ano
região e de estados Bahiatursa estados
vizinhos e
patrocinado
res
2 Festa do Forró Realização anual da festa Promover divulgação Secretarias População local, da Público 2004 2007
de 21 a 23 de junho para atrair público da municipais, região e de outros estimado/ano
região e de estados Bahiatursa estados
circunvizinhos e
patrocina-
dores
3 Carnaoeste Realização anual da festa Divulgar mais o evento Secretarias População local, Público 2004 2007
afim de consolidar municipais, regional e de outros estimado/ano
Barreiras como o 2º Bahiatursa estados
maior espaço momesco e
da Bahia patrocinado
res
4 Toque Brasileiro Realização anual do evento Dar continuidade à Secretarias População local e Público 2004 2007
realização do evento municipais, regional estimado/ano
Bahiatursa
e
patrocinado
res
SETOR: SAÚDE
PROPOSIÇÕES DA COMUNIDADE:
(i) construir unidade hospitalar compatível com a demanda regional, com UTI equipada, equipe especializada e unidade móvel de resgate;(ii) ampliar os Postos de Saúde
da Família a outros bairros; (iii) criar Centro de Recuperação para dependentes químicos; (iv) reabrir o Posto de Saúde do bairro Barreiras Sul; (v) construir prédios próprios
para instalação de postos de saúde que ocupam imóveis alugados; (vi) reestruturar o sistema de saúde no que diz respeito à média complexidade;(vii) otimizar atendimento
no Posto de Saúde 24 horas; (viii) implantar banco de leite materno;( ix) implantar ou expandir o serviço médico de prevenção do câncer do colo uterino, mamas e próstata;
(x) ampliar e aperfeiçoar os serviços de combate às zoonoses, intensificando as ações preventivas; (xi) aumentar a cobertura do PACS;(xii) incentivar campanha de
prevenção da saúde bucal; (xiii) intensificar as ações da vigilância epidemiológica para maior controle da doença de Chagas, endêmica na região;( xiv) capacitar profissionais
de saúde na humanização do tratamento.
POLÍTICAS SETORIAIS:
(i) universalização dos serviços de saúde do Município, objetivando o efetivo cumprimento do dispositivo constitucional que estabelece “saúde é um direito do cidadão e um dever
do Estado”; (ii) disponibilização do acesso a serviços de saúde de boa qualidade à população do Município, ampliando as áreas de atendimento especializados, a infra-estrutura
física atualmente existente, bem como a equipe médica e para-médica.
DIRETRIZES:
(i) promover ações preventivas que visem à melhoria das condições ambientais; (ii) organizar a oferta pública de serviços de saúde, distribuindo espacialmente os recursos
e as ações, conforme critérios de contingente populacional, demanda e acessibilidade física, estendendo o atendimento à população por todo o Município; (iii) promover
programa de educação sanitária, conscientizando e estimulando a participação da população nas ações de saúde; (iv) promover a reciclagem e o aperfeiçoamento dos
profissionais de saúde, garantindo seus direitos profissionais no serviço público; (iv) implementar programa voltado para a saúde do trabalhador.
# PROJETO AÇÕES PÚBLICO ENTIDADES INDICADORES INÍCIO FINAL
EM ANDAMENTO INOVADORAS ALVO PARCEIRAS
PROGRAMA: SAÚDE PARA TODOS – COMPONENTE: INFRA-ESTRUTURA
1 Construção ou ampliação de Projeto Promover licitação para População Secretarias municipais Nº de 2005 2008
unidade hospitalar execução das obras local e atendimentos/mê
compatível com a demanda regional s
2 Construção de unidades de Construir e equipar População Secretarias municipais Nº de 2004 2006
saúde postos de saúde do atendimentos/mê
município s
3 Construção de unidades do Selecionar local, construir População Secretarias municipais Nº de 2004 2008
PSF e equipar do atendimentos/mê
município s
4 Ampliação da Maternidade Construir e equipar População Secretarias municipais Nº de 2004 2005
municipal do atendimentos
município /mês
PROGRAMA: SAÚDE PARA TODOS – COMPONENTE: ATENÇÃO BÁSICA
1 PACS - Programa de Atuação com 145 agentes Cadastrar famílias das População Secretaria da Saúde e Nº de famílias 2004 2007
Agentes Comunitários de em 4 postos de saúde áreas não cobertas pelo do Conselhos atendidas/mês
Saúde PACS e ampliar o município
programa para atingir o
município todo
2 PSF – Programa Saúde Atendimento a 4.557 Intensificar as ações, População Secretaria da Saúde e Nº de famílias 2004 2007
Familiar pessoas em duas unidades ampliando o atendimento do Conselhos atendidas/mês
no bairro de Santa Luzia para atingir todos os município
bairros
3 Vigilância Epidemiológica Atuação com programas de Intensificar ações População Secretaria da Saúde e Nº de casos 2004 2007
controle de doenças: educativas e de do Conselhos registrados/mês
Chagas, tuberculose, eliminação de vetores município
hanseníase, leishmaniose,
dengue, febre amarela.
4 Assistência Farmacêutica Atividades destinadas a Intensificar as ações, População Secretaria da Saúde e Quantidade de 2004 2007
Básica complementar e apoiar aumentando a do Conselhos medicamentos
ações da atenção básica à distribuição de município distribuídos/mês
saúde medicamentos
5 Saúde Bucal Realização de campanhas Intensificar as ações para População Secretaria da Saúde e Nº de 2004 2007
reduzir a incidência da do Conselhos campanhas
cárie dentária município realizadas/ano
6 Não ao câncer Realização de exames Intensificar as ações População Secretaria da Saúde e Nº de exames 2004 2007
preventivos do Conselhos realizados/ano
município
7 Nutrição materno-infantil Ações de combate às Intensificar as ações de Crianças e Secretaria da Saúde e Nº de pessoas 2004 2007
carências nutricionais vigilância nutricional mães Conselhos atendidas/mês
materno-infantis
8 Viva com Saúde Realização de campanhas Manter as campanhas e População Secretaria da Saúde e Nº de 2004 2007
promover outras visando do Conselhos campanhas/ano
a redução de demais município
agravos
PROGRAMA: SAÚDE PARA TODOS – COMPONENTE: IEC
1 Capacitação periódica de Capacitação de agentes de Promover treinamentos Profissiona Secretarias municipais Nº de 2004 2007
profissionais da área saúde e capacitação para a qualificação e is da área profissionais
esporádica de profissionais capacitação constante de saúde capacitados/ano
da área dos profissionais da área
PROGRAMA: SAÚDE PARA TODOS – COMPONENTE: INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO
1 Vigilância Sanitária Fiscalização de ser-viços de Manter e intensificar as População Secretaria da Saúde Nº de 2004 2007
assistência à saúde e de ações do estabelecimentos
esta-belecimentos comer- município fiscalizados/mês
ciais; verificação de
denúncias; promo-ção de
ações educa-tivas em
eventos; participação em
feiras e campanhas de
saúde
SETOR: ESPORTE E LAZER
PROPOSIÇÕES DA COMUNIDADE:
(i) criar núcleos de complexos esportivos, sociais, culturais e de lazer; (ii) instalar quadras poliesportivas ou outros equipamentos para a prática de esporte nos bairros da cidade,
incentivando a realização de competições; (iii) construir pistas para a prática de corridas e caminhadas; (iv) implantar projetos voltados para a prática de esportes náuticos e radicais
para aproveitamento dos recursos naturais disponíveis; (v) implantar projetos para exploração do ecoturismo na região.
POLÍTICAS SETORIAIS:
(i) promoção da melhoria da qualidade de vida da população de Barreiras, mediante a implantação de programas de esporte e lazer de forma descentralizada, de modo a
atingir todas as comunidades.
DIRETRIZES:
(i) implantar programas de esporte, lazer e entretenimento, destinados principalmente à formação de crianças e adolescentes; (ii) implantar áreas multifuncionais para
esporte e lazer de acordo com a demanda da população; (iii) incentivar a prática esportiva e recreativa da população nos espaços definidos para esta finalidade
promovendo a acessibilidade dos munícipes aos equipamentos; (iv) implantar programas de esporte e lazer em bairros populares, monitorados por profissionais da área; (v)
incentivar a prática esportiva e recreativa da população nos espaços definidos para esta finalidade promovendo a acessibilidade dos munícipes aos equipamentos; (vi)
implantar programas de esporte e lazer em bairros populares, monitorados por profissionais da área.
# PROJETO AÇÕES PÚBLICO ENTIDADES INDICADORES INÍCIO FINAL
EM ANDAMENTO INOVADORAS ALVO PARCEIRAS
PROGRAMA: ESPORTE É VIDA – COMPONENTE: INFRA-ESTRUTURA
1 Construção de quadras Construir quadras Moradores Secretarias municipais, Nº médio de 2004 2008
poliesportivas poliesportivas nos bairros dos bairros associações de usuários/mês
Vila Rica, Ribeirão, Santa moradores, iniciativa
Luzia, Morada da Lua, privada
Rio Grande, Vila Nova,
Ouro Branco, Novo
Horizonte, Santo Antonio
e Flamengo
2 Reforma de quadra Reformar quadra Moradores Secretarias municipais, Nº médio de 2004 2004
poliesportiva poliesportiva do bairro de dos bairro associações de usuários/mês
Vila dos Funcionários moradores, iniciativa
privada
3 Construção de complexo Construir complexo Moradores Secretarias municipais, Nº médio de 2004 2004
poliesportivo poliesportivo no bairro de da cidade associações de usuários/mês
Barreirinhas moradores, iniciativa
privada
PROGRAMA: ESPORTE É VIDA – COMPONENTE: EVENTOS ESPORTIVOS
1 Calendário de eventos Criar calendário de População Secretarias municipais Público 2004 2004
eventos esportivos e de da cidade atingido/mês
lazer e promover sua
divulgação
2 Esporte na infância e Promover competições e Crianças e Secretarias municipais, Nº de eventos 2004 2007
adolescência jogos para crianças e jovens de associações de realizados/bairro/
jovens de áreas carentes 6 a 17 moradores e iniciativa mês
anos privada
SETOR: SEGURANÇA
PROPOSIÇÕES DA COMUNIDADE: (i) instalar postos policiais em pontos estratégicos do município, de acordo com o contingente habitacional e as demandas locais, visando
direcionar o policiamento ostensivo para os locais de alta incidência de registros criminais; (ii) implantar em todas as comunidades sistemas de disque-denúncia, para colaboração
cidadã e consciente da população, com a garantia da confidencialidade; (iii) instalar guarnição do Corpo de Bombeiros; (iv) implantar sistema de controle e proteção dos bens
municipais, reforçando a ação da guarda municipal; (v) instalar presídio em imóvel específico para esta finalidade, dentro das especificações exigidas, visando atender à
demanda do município; (vi) implantar a Polícia Comunitária
POLÍTICAS SETORIAIS:
(i) promoção da melhoria da qualidade de vida da população de Barreiras, mediante a adoção de programas objetivando a redução da criminalidade e combate a todos os tipos
de ações que conduzem à violência urbana.

DIRETRIZES:
(i) promover a implantação descentralizada dos equipamentos necessários à melhoria das condições de segurança pública, visando a redução dos índices de criminalidade; (ii)
implantar programas voltados às ações para a cidadania e não apenas para a segurança pública repressiva; (iii) implementar ações de pacto social de educação para a paz, na
família, na escola, na comunidade, na igreja, no trabalho e em todos os lugares e atividades; (iv) incrementar as ações de repressão ao tráfico de drogas e armas, e à violência
urbana, principalmente aquelas voltadas para o combate à violência doméstica, contra a mulher, contra a criança e o adolescente e no trânsito:
# PROJETO AÇÕES PÚBLICO ENTIDADES INDICADORES INÍCIO FINAL
EM ANDAMENTO INOVADORAS ALVO PARCEIRAS
PROGRAMA: VIVER EM SEGURANÇA – COMPONENTE: INFRA-ESTRUTURA
1 Instalação de postos Determinar locais e População SSP, PM e associações Índice de 2004 2008
policiais quantitativos; Insta-lar e do município criminalidade
equipar postos em cada
AU
2 Implantação da Polícia Implantar da Polícia População SSP, PM e associações Nº de 2004 2008
Comunitária Comunitária em cada AU do município registros/mês
3 Instalação de guarnição do Selecionar local, realizar População PM e associações Nº de 2004 2004
Corpo de Bombeiros projeto de instalação e da região atendimentos/mê
adquirir equipamentos s
4 Construção de presídio em Selecionar local, realizar População SSP, PM e associações Nº de 2004 2004
local adequado projeto de instalação e da região internos/mês
adquirir equipamentos
PROGRAMA: VIVER EM SEGURANÇA – COMPONENTE: DEFESA DA SOCIEDADE
1 Implantação de sistemas de Implantar sistema em População Organizações ligadas Nº de 2004 2004
disque-denúncia toda a cidade do município ao setor ligações/mês
2 Proteção e controle de bens Implantação da Guarda Reforçar as ações da População Secretarias Municipais Nº de locais 2004 2004
municipais Municipal Guarda Municipal do município atendidos/ano
SETOR: SERVIÇOS ESSENCIAIS
PROPOSIÇÕES DA COMUNIDADE:
(i) fomentar pesquisas dos elementos ambientais para dar suporte às ações no setor; (ii) implantar sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário; (iii) incorporar o
Plano de Urbanização do rio de Ondas ao PDU; (iv) capacitar a Guarda Municipal para fiscalizar áreas de preservação ambiental; (v) recompor a mata ciliar na área
conhecida como baía da Guanabara; (vi) construir usina de reciclagem de lixo próxima ao aterro sanitário; (vii) implantar Programa de Educação Ambiental; (viii) implantar
a coleta seletiva do lixo; (ix) arborizar a cidade; (x) implementar campanhas de reflorestamento e diminuição de queimadas; (xi) recompor as matas ciliares com o replantio
de buritizais; (xii) monitorar a qualidade da água; (xiii) avaliar impactos da irrigação na vazão dos rios; (xiv) fiscalizar e punir os agressores do meio ambiente; (xv)
monitorar o Bioma Cerrados; (xvi) fiscalizar e punir a pesca irregular; (xvii) fiscalizar e punir o desmatamento irregular; (xviii) implantar central de recolhimento de
embalagens de agrotóxicos; (xix) promover estudos sobre o uso da água e conflitos de interesses; (xx) criação de horto florestal municipal; (xxi) incentivar projetos que
visem o manejo sustentável da fauna e da flora local; (xxii) elaborar e adotar o Zoneamento Ecológico-econômico, incorporando-o ao PDU; (xxiii) criar novas Unidades de
Conservação de Uso Indireto (Proteção Integral); (xxiv) consolidar a APA da Bacia do rio de Janeiro.
POLÍTICAS SETORIAIS:
(i) assegurar, através do Poder Público devidamente integrado com a comunidade, o desenvolvimento sustentável e a manutenção do ambiente propício à vida em todas
as suas formas, defendendo o meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida, a ser necessariamente assegurado e protegido, para as
presentes e futuras gerações, mediante o planejamento, administração, controle e uso racional dos recursos ambientais.
DIRETRIZES:
(i) promover os meios para garantir o controle e a fiscalização da utilização dos recursos naturais; (ii) implantar um amplo programa educacional voltado para o
desenvolvimento da cidadania, com prioridade para a área de educação sanitária e ambiental; (iii) promover e/ou apoiar a implantação de programas destinados à
preservação ambiental; (iv) congregar e envolver a comunidade com os problemas de saúde pública e meio ambiente (v) capacitar a comunidade acadêmica para
multiplicar informações sobre saúde pública e saneamento básico; (vi) auxiliar o cidadão na mudança do padrão de convivência com o meio, principalmente em relação a:
hábitos alimentares, descarte de resíduos sólidos e uso racional da água e da energia elétrica; (vii) garantir a observância e aplicação das leis ambientais em todas as
ações impactantes sobre o meio ambiente; (viii) assegurar a implantação da rede de coleta e tratamento de esgotos sanitários em toda a cidade; (ix) realizar ações para evitar
alagamentos na área urbana; (x) ampliar e melhorar os serviços de coleta e destinação final do lixo; (xi) implementar a requalificação físico-ambiental da cidade; (xii) reutilizar,
reduzir e reciclar o lixo; (xiii) incentivar projetos que visem o manejo sustentável da fauna e da flora local. (xiv) Implementar ações consentâneas com a política nacional de
resíduos sólidos.
# PROJETO AÇÕES PÚBLICO ENTIDADES INDICADORES INÍCIO FINAL
EM ANDAMENTO INOVADORAS ALVO PARCEIRAS
PROGRAMA: GESTÃO DAS ATIVIDADES – COMPONENTE IEC
1 Capacitação de Agentes Capacitar os envolvidos Pessoal UNEB, FASB, R$ / treinando 2004 2005
Ambientais para: (i) monitorar a selecionado UNYAHNA, CEFET,
qualidade da água; (ii) para exercer CONDER, SEC,
avaliar impactos da a função IBAMA, SEMARH,
irrigação na vazão dos EMBASA, Iniciativa
rios; (iii) exercer privada e PMB.
fiscalização sobre
agressões ao meio
ambiente; desmatamento
e pesca irregulares; (iv)
monitorar o Bioma
Cerrados.
2 Capacitação da Guarda Capacitar os envolvidos Funcionários PMB, UNEB, FASB, R$ / treinandos 2004 2005
Municipal para fiscalizar áreas de da Guarda UNYAHNA, CEFET
preservação ambiental. Municipal
3 Qualidade Ambiental Implementar campanhas Toda a MMA, UNEB, FASB, R$ / queimadas 2004 2010
Urbana de reflorestamento e cidade SEC, UNYAHNA, registradas
diminuição de queimadas. CONDER, CRA, R$ / área
IBAMA, SEMARH, reflorestada
SEAGRI, AIBA, PMB,
EBDA e iniciativa
privada.
4 Capacitação de Professores Capacitar professores Professores UNEB, FASB, Nº de 2004 2010
de 1º e 2º graus como multiplicadores de 1º e 2º UNYAHNA, CEFET, professores
para ministrar educação graus SEC, CRA, IBAMA, capacitados/ ano
ambiental, incluindo SEMARH, EMBASA e
noções básicas de PMB.
legislação.
5 Educação Sanitária e Promover campanhas, Associações UNEB, FASB, Nº de pessoas 2004 2010
Ambiental para todos eventos festivos, oficinas, comunitárias UNYAHNA, SEC, CRA, atendidas / ano
caminhadas, exposições , religiosas e IBAMA, FUNASA,
e feiras sobre educação ONGs SEMARH, EMBASA e
ambiental e sanitária PMB.
PROGRAMA: DESENVOLVER PARA CRESCER – COMPONENTE: SANEAMENTO BÁSICO
1 Drenagem pluvial Micro e Macro Drenagem nos (i) determinação de faixa Comunidade União, estado, R$/pessoas 2004 2010
Bairros: Antonio Geraldo, Vila de domínio para proteção s não município, EMBASA e atendidas
dos Sás, Santa Luzia, Rio da mata ciliar e de atendidas iniciativa privada.
Grande, Morada da Lua e preservação de por rede de
Ribeirão talvegues; (ii) implantação drenagem
dos coletores tronco do pluvial.
sistema de drenagem
pluvial; (iii)
implementação da
complementação do
sistema de drenagem
pluvial urbana; (iv)
ampliação e reabilitação
de vias com
recomposição de
pavimentos.
2 Esgotamento sanitário (i) rede de coleta no bairro: Macro planejamento e Comunidade União, estado, R$ / pessoas 2004 2010
Morada da Lua; (ii) melhoria implementação da s não município, EMBASA e atendidas
sanitária nos bairros: Vila complementação do atendidas iniciativa privada.
Brasil, Rio Grande e Morada sistema de esgotamento por rede e
Nobre sanitário, com rede do tratamento
tipo separador absoluto e de esgoto.
tratamento de efluentes
antes do lançamento
final.

PROGRAMA: DESENVOLVER PARA CRESCER – COMPONENTE: LIMPEZA PÚBLICA


1 Plano de Gestão de Elaboração do PGLU Toda a PMB, CONDER, R$ / população 2004 2004
Limpeza Urbana - PGLU cidade iniciativa privada atendida
2 Implantação do PGLU (i) reformulação das Toda a PMB, CONDER, Investimento / 2004 2007
coletas domiciliar e cidade iniciativa privada tonelada de lixo
especial; (ii) implantação produzido
da coleta seletiva; (iii) Custo/ tonelada
implantação da varrição e de lixo produzido
de serviços congêneres
em toda a cidade; (iv)
implantação de usina de
compostagem e
reciclagem; (v)
transformação do aterro
controlado em sanitário.
PROGRAMA: DESENVOLVER PARA CRESCER – COMPONENTE: MEIO AMBIENTE
1 Cidade Verde (i) arborização da cidade; Toda a PMB, IBAMA, R$ / população 2004 2007
(ii) recomposição da mata cidade CONDER, EBDA, CRA, beneficiada
ciliar nas margens dos SEMARH, SEAGRI,
rios na zona urbana e na Iniciativa privada
área denominada baía da
Guanabara; (iii) replantio
de buritizais; (iv) criação
de horto florestal
municipal.
2 Estudos e Pesquisas Fomento de projetos que Todo o MMA, CRA, IBAMA, R$ / produtos 2004 2005
visem o manejo município PMB, SEMARH,
sustentável da fauna e SEAGRI, EBDA, AIBA,
flora nativas e elaboração EMBASA, CDL, UNEB,
de estudos no âmbito UNYAHNA, FASB,
municipal e, se preciso, CEFET, inicia-tiva
regional, sobre (i) privada.
conflitos de interesses no
uso da água; (ii)
possibilidade de adoção
do Zoneamento Ecológico
/ Econômico, e sua
incorporação ao PDU; (iii)
oportunidade e
viabilidade de criação de
novas Unidades de
Conservação de Uso
Indireto (Proteção
Integral); projeto de
consolidação da APA da
Bacia do rio de Janeiro.
ANEXO II

PROGRAMAS E PROJETOS ESTRATÉGICOS

56
PROGRAMAS E PROJETOS ESTRATÉGICOS

i) Conceituação

Programas e Projetos Estratégicos são aqueles que contribuem para o


desenvolvimento urbano afinando-se com a linha estratégica de estruturação
urbana e com as políticas e diretrizes do PDU. Satisfazem, em conjunto, às
expectativas dos cidadãos quanto aos seus ideais de cidade e contribuem
para intervenções de impacto, concorrendo para a geração de postos de
emprego e renda, contribuindo, conseqüentemente, para a dinamização e
diversificação da economia do município.

Os programas estratégicos contemplam projetos harmônicos que envolvem


atividades e ações de duração continuada e, em geral, expressam seus
efeitos nos médio e longo prazos e podem trazer em seu escopo, sub-
programas e projetos, que em conjunto produzem efeito sinérgico, mas que
de forma isolada dificilmente poderiam acarretar resultados mais palpáveis e
de impacto para o desenvolvimento urbano, o que não lhes retira a
importância, face aos benefícios sociais, econômicos e/ou ambientais que
produzem.

Os projetos estratégicos apresentam um perfil diferenciado, uma vez que


tanto a sua execução, quanto seus efeitos, são sentidos nos curto e médio
prazos. Constituem intervenções de impacto na cidade, não dependendo,
necessariamente, de um programa que lhes dê suporte, nem possuindo,
forçosamente, relação de dependência com outros projetos, sendo as ações
correlatas, diretas e indiretas, intrínsecas — de modo geral — ao próprio
projeto.

ii) Antecedentes e Justificativas

Barreiras é uma cidade completamente carente de áreas de lazer, e, foi


praticamente unânime, nos processos de sensibilização e, mobilização, a
queixa da comunidade com relação à escassez de alternativas de lazer e
entretenimento. Os resultados obtidos, nas entrevistas de qualidades e nos
seminários realizados, na construção da cidade almejada foram claros, onde
percebe-se, que a aspiração maior do cidadão barreirense, independente de
seu nível educacional, cultural, social ou econômico é o desejo de viver numa

57
cidade saudável. Esse sentimento de salubridade influenciou diretamente na
escolha e hierarquização dos projetos estratégicos e estruturantes que, em
linhas conceituais, possuem o mesmo objetivo: a elevação de Barreiras a
uma condição de Cidade Saudável.

Com base nessa compreensão, as intervenções físico-ambientais e os


empreendimentos propostos, envolvendo os setores público e privado, além
de instituições da sociedade civil organizada, estão voltados para a elevação
da qualidade de vida da comunidade, melhoria da infra-estutura, mitigação
dos problemas ambientais e criação de mecanismos de promoção de
investimentos que contribuam, com impactos regional e local, para a
sustentabilidade do município.

iii) Beneficiários

Os beneficiários diretos dos programas e projetos estratégicos serão os


moradores da cidade e as instituições públicas e privadas engajadas no
processo de desenvolvimento local sustentável. De maneira indireta, serão
beneficiados os moradores das cidades polarizadas por Barreiras, em virtude
do fortalecimento da atratividade de suas funções sociais e econômicas, com
conseqüentes reflexos regionais.

iv) Resultados Esperados

De maneira geral os resultados esperados na implementação dos programas


e projetos estratégicos são:

dinamização do comércio e da economia local;


democratização do acesso às práticas de esporte, lazer e
entretenimento;
fortalecimento da centralidade regional da cidade;
geração de novos postos de trabalho e renda no Município;
redução dos índices de doenças ligadas ao sedentariasmo;
redução dos índices de violência, inclusive infanto-juvenil;
melhoria ambiental e das condições de vida.

58
PROGRAMAS ESTRATÉGICOS

1. Programa Estratégico Urbanização e Paisagismo

i) Concepção

Este programa compreende ações para o tratamento urbanístico e


paisagístico de logradouros urbanos, com ênfase na arborização,
contribuindo para o embelezamento da cidade, mas, principalmente, para
minimizar os efeitos do microclima local

ii) Ações e estratégia de implantação

Tratamento Urbanísticos de Praças e Vias


Descrição das Ações
Cadastramento das praças e áreas públicas da Prefeitura.
Arborização de vias
Padronização da arborização usada nas vias e nos loteamento
existentes e novos
Educação ambiental.
Articulação do poder público com os empresários para adoção de
praças, vias e áreas públicas

iii) Resultados esperados

embelezamento da cidade
melhoria na qualidade de vida
melhoria no microclima local

2. Programa Estratégico Bem Viver (atual Morar Melhor)

i) Concepção

O programa Morar Melhor contempla um amplo leque de ações envolvendo


diversas áreas sociais. A proposta de alteração do nome objetiva concentrar
seu foco em ações voltadas para a melhoria da oferta de infra-estrutura
básica, equipamentos e serviços para integrar áreas ocupadas
predominantemente pela população pobre à cidade formal consolidada.

59
Sub-programa 1 - Saúde Ambiental

Tem como objetivo dotar o Município das condições adequadas de


saneamento básico, drenagem pluvial e abastecimento de água, a partir de
uma concepção integrada de projeto e da implantação coordenada e
associada a um programa de educação ambiental.
:
Sub-programa Saúde Ambiental
Descrição das Ações
Esgotamento Sanitário
Drenagem Pluvial
Plano de Gestão de Limpeza Urbana
Melhorias nas condições sanitárias
Construção de unidades sanitárias
Educação Ambiental

Sub-programa 2 – Habitação para Todos

Visa disponibilizar lotes urbanizados e habitações acabadas para a


população de baixa renda

Sub-programa Habitação para Todos


Descrição das Ações
Construção de habitações populares
Implantação de cooperativas ou consórcios habitacionais
Disponibilização de lotes urbanizados
Realização de mutirões envolvendo a Prefeitura, a comunidade
beneficiada, entidades de classes, universidades para construções
de habitações.

Sub-programa 3 – Recuperação de Moradias e Bairros Populares

Visa disponibilizar infra-estrutura básica para os bairros populares e criar


condições para recuperação de moradias precárias ou em situação de risco.

Sub-programa Recuperação de Moradias e Bairros Populares

60
Descrição das Ações
Esgotamento Sanitário
Drenagem Pluvial
Pavimentação de vias
Melhorias e recuperação de moradias em situação de risco
Implantação e melhorias da Iluminação pública
Contenção de encostas
Implantação de praças e áreas de lazer

61
PROJETOS ESTRATÉGICOS

1. Projeto Estratégico Orla do Rio Grande

i) Concepção

O projeto tem como objetivo geral requalificar a orla do rio Grande,


atualmente degradada e em estado de abandono, facilitando,
conseqüentemente, a ocorrência de ações predatórias e de vandalismo
nessa área da cidade. Situado na Zona de Ocupação Prioritária – ZOP1, em
terrenos de baixas declividades e próximos ao limite legal de ocupação do
leito do rio, o projeto possui dois objetivos específicos distintos, porém
integrados: contribuir para desafogar o tráfego da rodovia BR-020 e oferecer
opções de convivência, lazer e entretenimento, criando, ao mesmo tempo,
postos de trabalho com geração de renda para a comunidade barreirense.

O Projeto insere-se na estratégia de dotar a cidade de local para a realização


de atividades de lazer e promoção das atividades de serviços e comércio de
artesanatos e bens produzidos no Município, podendo, assim, ter alcance
regional, e prevê, também, a construção e urbanização de via marginal à orla
do rio Grande, incorporando parques temáticos distribuídos por toda a sua
extensão - Parque da Cidade, Meandro Baía de Guanabara, Parque Infantil,
Parque Radical e Parque Esportivo.

No meandro Baía de Guanabara, hoje completamente descaracterizado em


virtude de um inadequado projeto de requalificação, prevê-se a recomposição
da mata ciliar original, com a implantação de horto florestal, composto de
espécies nativas, viveiros de plantas e unidades de pesquisas, capazes de
criar um ambiente físico e biótico agradável.

ii) Estratégia de Implantação

O Projeto envolve as seguintes ações:

conhecimento do potencial ambiental da área através de estudos dos


meios físico e biótico e das ações antrópicas;
auditoria ambiental dos ativos e recuperação das áreas degradadas;
elaboração do projeto urbanístico e ambiental, contemplando:
- via marginal ao leito do rio;
- horto florestal e viveiros de plantas;

62
- píer, calçadão, equipamentos de ginástica;
- sanitários e fraldário;
- urbanismo e paisagismo;
- parques infantil e temáticos;
- trilhas, ciclovias e estacionamentos;
- anfiteatro e espaço aberto para eventos;
- lojas, lanchonetes, bares e restaurantes (praça de alimentação);
- oficinas de artesanato (bordados, costura, porcelana e outros);
- central de informações;
- central de negócios;
- mobiliário urbano para portadores de necessidades especiais;
- quadras poliesportivas e equipamento de ginástica.

iii) Fontes de Recursos

Os recursos para financiamento deverão ser obtidos pela Prefeitura através


de recursos orçamentários e parcerias com o setor público estadual
(Seplantec/Car/Conder), federal (MMA), privado, terceiro setor. Considera-se
indispensável a participação de agentes internacionais bilaterais e
multilaterais de cooperação e financiamento, colaborando diretamente com o
município, ou, indiretamente, através de parceira com o estado ou união.
Para viabilização do projeto estima-se o seguinte partilha de desembolso
financeiro:

iv) Resultados Esperados

dinamização do turismo e comércio local;


fortalecimento da centralidade regional da cidade;
elevação da qualidade de vida e ambiental da cidade;
dinamização da economia da cidade, pela criação de novos postos de
trabalho com geração de renda.

2. Projeto Estratégico Revitalização da Área Central

i) Concepção

O projeto de Revitalização da Área Central visa disciplinar a inter-relação


entre o centro antigo da cidade, cultural e boêmio e o atual, agressivo e
aglutinante.

63
Com a expansão da área central, incorporando rapidamente zonas antes de
uso exclusivamente residencial, o centro de Barreiras vem sofrendo um
processo de desqualificação, perdendo as suas funções de centro cultural,
boêmio e de entretenimento e, principalmente, sofrendo a dilapidação de sua
beleza formal, devido ao descontrole sobre os projetos das novas reformas e
edificações.

O projeto objetiva resgatar as funções do local de centro cultural, boêmio e


de entretenimento, recuperar sua beleza e dinamismo, revitalizar o centro
histórico e intensificar e qualificar a oferta de serviços, já que o comércio
tende a se deslocar para a porção leste da cidade; deverá, também,
contemplar algumas demandas importantes da comunidade barreirense.

ii) Estratégia de Implantação


implantação de novos equipamentos:
- teatro;
- Casa dos Conselhos
- Central de Atendimento ao Turista;
- SAC
articulação para a formação de parceria com empresários locais;
elaboração de projeto urbanístico que contemple a sinalização viária
horizontal e vertical das vias centrais, melhoria na iluminação pública;
re-urbanização de praças e espaços públicos, arborização dos
logradouros, mobiliário urbano.
definição da estrutura de gestão, incluindo mecanismos que garantam
sustentabilidade na manutenção do projeto, como a venda de espaços
publicitários, arrendamento dos estabelecimentos comerciais e de
gerenciamento privado dos postos de informações, que deverão estar
articulados com a Central de Informações.

Projetos complementares a serem implementados de acordo com a


disponibilidade financeira:

Estacionamentos
Ciclovias
Normatização e ordenamento dos anúncios publicitários
Acessibilidade adequada portadores de necessidades especiais
Inventário e recuperação do patrimônio arquitetônico

iii) Fontes de Recursos

64
Os recursos para financiamento poderão ser viabilizados pela Prefeitura por
meio de recursos orçamentários e parcerias com o setor público estadual
(Seplantec/Car/Conder/Prodetur), federal (MMA), privado e terceiro setor.
Considera-se indispensável a participação de agentes internacionais
bilaterais e multilaterais de cooperação e financiamento, colaborando
diretamente com o município, ou, indiretamente, através de parceira com o
estado ou união. Para viabilização do projeto estima-se o seguinte partilha de
desembolso financeiro:

iv) Resultados Esperados

dinamização do turismo e do comércio local;


fortalecimento da centralidade regional da cidade;
melhoria da qualidade de vida;
dinamização da economia da cidade, pela criação de novos postos de
trabalho com geração de renda.

3. Projeto Estratégico Centros Esportivos Nucleados

i) Concepção

Dentro das deficiências apresentadas pela cidade, a quase inexistência de


equipamentos esportivos é um fato que penaliza, principalmente, os bairros
mais carentes, onde a violência adolescente-juvenil tende a se agravar em
função dos reflexos da exclusão econômico-social. O projeto objetiva
democratizar o acesso à prática esportiva, visando a melhoria da saúde
física, psíquica e emocional de crianças e adolescentes, principalmente
aqueles em situação de vulnerabilidade social.

Para atender aos usuários desses equipamentos em seu próprio ambiente,


os Centros Esportivos Nucleados foram distribuídos em bairros da cidade.
Cada centro deverá proporcionar a prática de atividades esportivas
diferenciadas, para que os jovens tenham oportunidade de escolha e
pratiquem os esportes para os quais tenham maior aptidão.

Visando garantir a sustentabilidade do projeto, estão previstas a prestação de


serviços nas áreas médica, de enfermagem e comercial, com a venda e/ou
arrendamento de espaços para esses fins, contribuindo, desta forma, para a
criação de postos de trabalhos com geração de renda.

65
ii) Estratégia de Implantação
atividades de:
- atletismo
- esportes aquáticos
- ginástica olímpica
- esportes coletivos
- atividades esportivas para portadores de necessidades especiais.
prestação de serviços:
- consultório médicos e de enfermagem
- postos bancário, correios e telefone
- internet
- casa lotérica
- lavanderias
- lojas de conveniências
articulação para a formação de parceria com empresários locais;
definição dos mecanismos de sustentabilidade do projeto, como a
venda de espaços e arrendamento dos estabelecimentos comerciais e
de serviços.

iii) Fontes de Recursos

Os recursos para financiamento poderão ser viabilizados pela Prefeitura por


meio de recursos orçamentários e parcerias com o setor público estadual
(Seplantec/Car/Conder/Prodetur), federal (Ministério do Esporte2), privado e
terceiro setor. Na viabilização do projeto propõe-se o seguinte partilha de
desembolso financeiro:

iv) Resultados Esperados

redução da marginalidade e violência juvenil;


democratização do acesso às práticas de esportes, lazer e
entretenimento;
fortalecimento da centralidade regional da cidade;
dinamização da economia da cidade, pela criação de novos postos de
trabalhos com geração de renda.

4. Projeto Estratégico Urbanização da Barreirinhas

2 Ministério do Esporte – Projetos Esporte Especial, Esporte Solidário, Vida Ativa na Terceira Idade

66
i) Concepção

O espaço escolhido para o projeto localiza-se na Barreirinhas, onde a


avenida de acesso principal ao bairro, dotada de um grande canteiro central,
por não ter sido urbanizada, dispõe das condições necessárias para abrigar
equipamentos de lazer de porte, uma das demandas mais freqüentes dos
moradores. Neste local existem as ruínas da antiga usina hidroelétrica
construída pelo Engenheiro Geraldo Rocha e um dos poucos exemplos de
patrimônio histórico da cidade.

É grande a sua importância no tocante à recuperação e proteção do


patrimônio histórico, devido a sua localização na área das ruínas, não só da
usina hidroelétrica mencionada, mas também do antigo abatedouro
municipal, e, ainda, pela dinamização e diversificação que irá emprestar à
economia local, com a criação de postos de trabalhos e promoção de
oportunidades de negócios.

ii) Estratégia de Implantação

Para atender às demandas de lazer, entretenimento e cultura serão


incorporados ao projeto equipamentos atualmente existentes, recuperando-
se, inclusive, as ruínas da antiga usina hidrelétrica e do abatedouro. As
propostas irão contemplar:
parque Infantil
pista de Cooper / ciclovia
arborização / paisagismo
área para prática de esportes
centro de convenções
Memorial Eng. Geraldo Rocha

iii) Fontes de Recursos

Os recursos para financiamento poderão ser viabilizados pela Prefeitura por


meio de recursos orçamentários e parcerias com o setor público estadual
(Seplantec/Car/Conder/Prodetur), federal, privado, terceiro setor. Na
viabilização do projeto propõe-se o seguinte partilha de desembolso
financeiro:

iv) Resultados Esperados

67
redução da marginalidade e violência juvenil;
democratização do acesso às práticas de esportes, lazer e
entretenimento;
fortalecimento da centralidade regional da cidade;
dinamização da economia da cidade, pela criação de novos postos de
trabalhos com geração de renda.

68
ANEXO III

PROJETOS ESTRUTURANTES

69
1. PROJETOS ESTRUTURANTES

i) Conceituação

São projetos que causam impactos na estrutura urbana, modificando-a ou


reforçando-a, produzindo efeitos no curto e médio prazos, beneficiando
diretamente as áreas circunvizinhas à sua implantação e, indiretamente, a
cidade, não sendo, contudo, considerados prioritários pela população, apesar
de seu valor estratégico.

ii) Antecedentes e Justificativa

Os projetos escolhidos atendem a demandas pontuais da comunidade e


produzem efeitos multiplicadores, de caráter urbano e social, benéficos à
população e favoráveis à dinamização e diversificação da economia local.

As intervenções físico-ambientais e os empreendimentos propostos


objetivam a melhoria da qualidade de vida da comunidade, da infra-estrutura,
do meio ambiente e a criação de mecanismos de geração de postos de
trabalho e renda. A implementação destes projetos implica em esforços
conjuntos de cooperação e articulação entre as entidades que, direta ou
indiretamente, serão as responsáveis pela sua execução.

iii) Beneficiários

Como mencionado anteriormente, apesar dos benefícios diretos serem


melhor percebidos nas áreas circunvizinhas ao raio de influência dos
projetos, os reais beneficiários serão os moradores da cidade, incluindo as
empresas privadas, a Prefeitura, as instituições e organizações da sociedade
civil engajadas no processo de desenvolvimento local.

iv) Resultados Esperados

De maneira geral os resultados esperados na implementação dos projetos


estruturantes são:
requalificação urbana;
dinamização do comércio e da economia local;
Democratização do acesso às práticas de esporte, lazer e
entretenimento;
Fortalecimento da centralidade regional da cidade;

70
geração de novos postos de trabalhos e renda para o Município;
redução dos índices de violência juvenil;
melhoria da qualidade de ambiental e de vida.

1. Projeto Estruturante Reordenamento do Abastecimento

i) Concepção

O sistema de abastecimento de Barreiras ocupa, em grande parte, uma


importante área central da cidade, onde estão concentrados o comércio e
feira municipal. Os transtornos causados pela localização da feira em pleno
centro são enormes, com o trânsito de veículos pesados provocando
engarrafamentos, e problemas nos greides das vias, pelos constantes
estacionamentos de caminhões, para atividades de carga e descarga, nos
passeios e meio fio, danificando-os e comprometendo a organização espacial
da cidade, além de pôr em risco a vida dos transeuntes que, impossibilitados
de usar as calçadas, acabam por usar as vias para transitar em algumas
partes da cidade.

O projeto tem por objetivos (i) oferecer uma estrutura de apoio à


comercialização e estoque de produtos alimentícios e correlatos
comercializados no município; (ii) relocar e reordenar a feira; (iii) criar,
durante os dias da semana, um sistema de feiras itinerantes servindo a
diversos bairros, reduzindo o deslocamento das pessoas.

ii) Estratégia de Implantação

O Projeto prevê as seguintes ações:


relocação da feira municipal para um Centro Distribuidor, a ser construído
na saída da cidade, nas cercanias da rodovia BR-242, sentido Salvador,
próximo ao anel viário proposto;
construção de estruturas menores, denominadas Núcleos de
Abastecimento Varejista (NAV), em locais estratégicos;
estabelecimento de um sistema de feiras itinerantes.

iii) Fontes de Recursos

Os recursos para financiamento poderão ser viabilizados pela Prefeitura por


meio de recursos orçamentários e parcerias com o setor público estadual
(Seplantec/Car/Conder/Prodetur), federal, privado, terceiro setor. Na

71
viabilização do projeto propõe-se o seguinte partilha de desembolso
financeiro:

iv) Resultados Esperados


a) ordenamento do abastecimento alimentar de Barreiras;
b) reordenamento do espaço urbano central da cidade, do trânsito e
diminuição no fluxo de veículos na área central;
c) disponibilização de uma estrutura de apoio e estoque, de produtos a
serem comercializados, coerente com o porte da cidade;
d) melhoria na higiene a saúde pública com a instituição de feiras mais
limpas e organizadas.

2. Projeto Estruturante Anel Rodoviário

i) Concepção

O projeto do anel rodoviário objetiva minimizar os problemas causados pelas


rodovias BR-242 e BR-020, que cortam transversal e longitudinalmente a
cidade, acarretando sérios conflitos com o trânsito urbano além de
numerosos acidentes e atropelamentos.

Com a implantação do anel rodoviário, o fluxo de tráfego pesado será


desviado da área urbana e os trechos urbanos atuais dessas rodovias serão
incorporados ao sistema viário da cidade. Neste PDU são sugeridas
alterações em relação ao traçado viário proposto no Plano Diretor de 1990,
sendo, porém, mantida a concepção inicial de desvio de trechos de ambas
rodovias, em virtude da importância destas intervenções na resolução dos
conflitos de tráfego.

ii) Estratégia de Implantação

Estruturado em duas etapas de implantação, o anel rodoviário, na primeira


delas, deverá interligar a BR-242 à BR-020/135, sentido Piauí. A segunda
etapa, correspondente ao prolongamento deste primeiro trecho, a partir da
interseção da BR-020, em direção à Serra do Mimo, sofre inflexão a oeste,
margeando-a até as proximidades do 4° BEC, onde finalmente, após nova
inflexão para sudoeste, deverá encontrar a BR-242.

iii) Fontes de Recursos

72
Os recursos para financiamento do projeto será viabilizado ´pelo Governo
Federal e a Prefeitura, através de uma pequena contrapartida. Propõe-se a
seguinte partilha de desembolso financeiro:

iv) Resultados Esperados

reordenamento do trânsito urbano da cidade;


diminuição da incidência de acidentes e atropelamentos;
incorporação dos trechos urbanos das rodovias federais BR-020 e BR-242
e da rodovia estadual para Angical ao sistema viário da cidade;
barramento do crescimento da cidade em direção a Serra do Mimo.

3. Projeto Estruturante Centro Administrativo Municipal

i) Concepção

A inexistência de um local adequado para funcionamento da administração


do executivo municipal, atualmente localizada em vários pontos da cidade,
acarreta dificuldades adicionais para o atendimento ao cidadão, impedindo a
racionalização do acesso aos serviços públicos municipais e criando
dificuldades internas ao funcionamento da Prefeitura.

O projeto do Centro Administrativo Municipal tem como objetivos principais


facilitar a articulação entre os órgãos da administração municipal, criar um
referencial único da administração municipal para a população e dotar o
Município de uma estrutura física compatível com a concepção
contemporânea de gestão que tem no cidadão o foco principal. Tendo em
vista que a centralização de toda a estrutura administrativa do Município, irá
propiciar maior articulação e integração entre as ações de governo, e
promover a redução das despesas de custeio da administração, espera-se
com este projeto estabelecer condições para tornar a gestão pública mais
eficiente, atendendo, ao mesmo tempo, aos princípios da participação social,
economicidade, intersetorialidade, transparência e unidade.

ii) Estratégia de Implantação

Três opções, envolvendo áreas diferentes, são colocadas como alternativas


para a implantação do Centro Administrativo Municipal:

73
Alternativa 1 – Implantação do Centro Administrativo na área atualmente
ocupada pela Prefeitura e Câmara de Vereadores, com adoção de um partido
arquitetônico verticalizado.

Vantagens:
Aproveitamento da área pré-existente;
Localização consolidada, central e estratégica;

Alternativa 2 – Implantação do Centro Administrativo, envolvendo


reordenamento urbano, na área onde hoje situa-se a feira municipal e
armazéns, a ser desapropriada para viabilizar a implantação da edificação,
de concepção também verticalizada.

Vantagens:
Aproveitamento da área da feira municipal e prédios adjacentes;
Localização central e estratégica;

Alternativa 3 – Implantação do Centro Administrativo em área próxima ao


Parque de Exposições, de fácil acesso e vizinha ao centro da cidade.

Vantagens:
A área, por estar na periferia da área central, não é afetada por
congestionamentos de tráfego.
O terreno é amplo e de boa topografia.
Guarda certa proximidade com a localização atual da Prefeitura.
A implantação será um fator indutor para a ampliação da área central
para a outra margem do rio Grande, ajudando a consolidar o vetor de
expansão proposto.

iii) Fontes de Recursos

As fontes de recursos para financiamento do respectivo projeto deverão ser


equacionadas pela Prefeitura, buscando apoio possível no setor público
estadual.

iv) Resultados Esperados

Centralização da administração municipal;


Redução nas despesas de custeio da estrutura da Prefeitura;
Reordenamento do espaço urbano.

74
4. Plano de Urbanização das Margens do Rio de Ondas

O Plano Urbanístico Ambiental das Margens do rio de Ondas tem como


escopo o estudo do rio, sua bacia hidrográfica, os usos e ocupações ao longo
de seu curso e, conseqüentemente, os impactos gerados.

O rio de Ondas desempenha uma importante função no ecossistema do


município e vem sofrendo, ao longo dos anos, constantes agressões por
usos e atividades indevidas. A ocupação de suas margens, apesar de
ordenada, é extremamente predadora, com a retirada da mata ciliar nativa,
barramentos e retificação de seu leito, acarretando o assoreamento em
diversos trechos. Sendo a principal opção de lazer da cidade, além de se
constituir em atração turística, seu uso e manejo devem ser planejados e
normatizados, assim como a ocupação de suas margens, sob pena de uma
próxima geração testemunhar a morte do rio.

O Plano Urbanístico Ambiental foi realizado pelo Instituto Autopoiésis Brasilis,


através de convênio de cooperação técnica com a Prefeitura Municipal de
Barreiras, e encontra-se atualmente em fase de análise pela Câmara de
Vereadores, para discussão e aprovação da legislação necessária à sua
implementação. Os trabalhos técnicos e suas conclusões foram
acompanhados pela equipe técnica da PLANNUS, principalmente no tocante
às estratégias, diretrizes e legislação propostas, devendo ser incorporadas,
na forma devida, aos anteprojetos de lei do PDU.

Não foi efetuada a estimativa de custo, tendo em vista o caráter apenas


propositivo do projeto, não abrangendo nenhum proposta a nível executivo.

5. Distrito Industrial para Micro e Pequena Empresas

O projeto foi uma das demandas de parte da comunidade, tendo por base os
problemas conflitantes de usos e ocupação de solo. Barreiras já dispõe de
um distrito industrial, de propriedade do Governo Estadual e sob a jurisdição
da SUDIC, para instalação de médias e grandes empresas, cuja taxa de
ocupação é bastante baixa.

A proposta de cessão de área deste distrito para a implantação de micro e


pequenas indústrias merece ser tecnicamente melhor analisada, tendo em
vista as numerosas variáveis envolvidas, sobretudo aquelas que provocarão
impactos significantes sobre os custos das MPME, aumentando-os com

75
fretes, transporte, benefícios sociais e trabalhistas adicionais à mão de obra,
entre outros. Naturalmente, esses aumentos irão repercutir negativamente
sobre a oferta de empregos e de bens e serviços.

Tendo em vista a situação descrita, indica-se a realização de estudo


específico para a avaliação técnica dos efeitos, impactos e conseqüente
viabilidade deste projeto.

76
01
02
03
04
05
06
ÍU
PIA
N

BRASÍLIA

LEGENDA
Parque Público
SALVADOR
Perímetro Urbano

Rios
Corregos e charcos
Acessos e saídas
Áreas Verdes
Malha Urbana

Áreas de incidência do
Instituto do Direito
de Preempção

PLANO DIRETOR URBANO DE

BARREIRAS
programa de desenvolvimento municipal e infra-estrutura urbana
IO
SÃO DESIDÉR

0 400 800 1600 instrumentos de


metros
política urbana
Escala 1:40.000

Fevereiro 2003 07
ÍU
PIA
N

BRASÍLIA

LEGENDA
Parque Público
SALVADOR
Perímetro Urbano

Rios
Corregos e charcos
Acessos e saídas
Áreas Verdes
Malha Urbana

Áreas de incidência
do Parcelamento, Edificação
ou Utilização compulsórios

PLANO DIRETOR URBANO DE

BARREIRAS
programa de desenvolvimento municipal e infra-estrutura urbana
IO
SÃO DESIDÉR

0 400 800 1600 instrumentos de


metros
política urbana
Escala 1:40.000

Fevereiro 2003 08
ÍU
PIA
N

BRASÍLIA

LEGENDA
Parque Público
SALVADOR
Perímetro Urbano

Rios
Corregos e charcos
Acessos e saídas
Áreas Verdes
Malha Urbana

Áreas de incidência do
I n s t i t u t o d o
IPTU Progressivo

PLANO DIRETOR URBANO DE

BARREIRAS
programa de desenvolvimento municipal e infra-estrutura urbana
IO
SÃO DESIDÉR

0 400 800 1600 instrumentos de


metros
política urbana
Escala 1:40.000

Fevereiro 2003 09
ÍU
PIA
N

BRASÍLIA

LEGENDA

Parque Público
SALVADOR
Perímetro Urbano

Rios
Corregos e charcos
Acessos e saídas
Áreas Verdes
Malha Urbana

Áreas de incidência da
Outorga Onerosa e
Transferência do Direito
d e C o n s t r u i r

PLANO DIRETOR URBANO DE

BARREIRAS
programa de desenvolvimento municipal e infra-estrutura urbana
IO
SÃO DESIDÉR

0 400 800 1600 instrumentos de


metros
política urbana
Escala 1:40.000

Fevereiro 2003 10
ÍU
PIA
N

BRASÍLIA

LEGENDA
SALVADOR
Perímetro Urbano

Rios
Corregos e charcos
Acessos e saídas
Áreas Verdes
Malha Urbana

Áreas de incidência do
Instituto de Operações
Urbanas Consorciadas

PLANO DIRETOR URBANO DE

BARREIRAS
programa de desenvolvimento municipal e infra-estrutura urbana
IO
SÃO DESIDÉR

0 400 800 1600 instrumentos de


metros
política urbana
Escala 1:40.000

Fevereiro 2003 11
2. LEI DO PERÍMETRO URBANO DE BARREIRAS

2.1. Justificativa

A lei do perímetro urbano delimita a poligonal da área definida como zona


urbana de um município, para fins de tributação, planejamento e controle
urbanístico. Para a delimitação do perímetro urbano de Barreiras, foi definida
uma poligonal compreendendo a malha urbana atual e sua projeção para um
período de 10 anos, limite máximo legalmente estabelecido para a
atualização do Plano Diretor Urbano.

O perímetro urbano definido por esta Lei objetiva:

respeitar os entraves de ocupação existentes: (i) mancha industrial


na direção nordeste, rodovia BR-135, onde se localiza o Distrito
Industrial; (ii) altas declividades encontradas nas porções norte e
sudeste da cidade; (iii) a situação fundiária consolidada pela existência
das dependências militares do 4° Batalhão de Engenharia de
Construção (4º BEC) a noroeste, e dos projetos de irrigação da
CODEVASF ao sul e norte da cidade; e (iv) a área de interesse
ambiental representada pelo Parque Ecológico do rio de Ondas, a
sudoeste;

estabelecer a prioridade da porção leste da cidade, para estímulo do


adensamento urbano e vetor de expansão da Cidade, ampliando a área
urbana atual. Neste sentido, foram identificadas possíveis aberturas de
vias, dotadas de características físicas adequadas à sua função
estrutural e usos futuros e à necessidade de proteção da comunidade
barreirense.

2.2. Projeto de lei

77
LEI no .........., DE ................DE ....................... DE 2004

Dispõe sobre o traçado do Perímetro


Urbano do Município de Barreiras.

O PREFEITO MUNICIPAL DE BARREIRAS, ESTADO DA BAHIA

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a presente Lei:

Art. 1º. Fica institucionalizado o Perímetro Urbano do Município, perfazendo


uma área de 69.278.279,51 m² (sessenta e nove milhões, duzentos e setenta
e oito mil, duzentos e setenta e nove metros quadrados e cinqüenta e um
decímetros quadrados) e perímetro de 33.138,96 m (trinta e três mil, cento e
trinta e oito metros e noventa e seis centímetros), delimitados pela poligonal
descrita a partir das coordenadas em sistema de Projeção Arbitrado:

PONTO COORDENADAS E COORDENADAS N


1 505.700,00 8.656.933,34
2 500.500,52 8.653.400,50
3 499.798,09 8.655.000,98
4 498.090,19 8.655.000,01
5 496.600,00 8.654.400,00
6 494.600,00 8.658.200,00
7 496.352,17 8.661.533,33
8 499.600,00 8.661.533,33
9 501.200,00 8.662.700,00
10 503.760,81 8.662.033,47
11 504.055,32 8.661.914,93
12 504.349,01 8.661.763,01
13 504.482,28 8.661.678,49
14 504.593,33 8.661.591,51
15 504.706,80 8.661.495,54
16 504.800,00 8.661.400,00
17 504.951,98 8.661.114,85
18 505.099,20 8.660.758,46
19 505.262,19 8.660.394,95
20 505.319,58 8.660.159,86
21 505.551,66 8.659.188,67

78
22 505.597,97 8.658.983,40
23 505.631,65 8.658.859,19
24 505.648,50 8.658.808,67
25 505.700,00 8.658.697,94

Art. 2º. A planta que delimita a Zona Urbana do Município, constitui-se em


anexo único desta Lei.

Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Barreiras, ........... de ............................... de 2004.

_________________________
Prefeito Municipal de Barreiras.

79
ÍU
PIA
N 9

10
11

8 13
12 15
7
14
LEGENDA
16 17
Parque Público

Perímetro Urbano
18
BRASÍLIA

Rios
19
Corregos e charcos
20
Acessos e saídas
Áreas Verdes
Malha Urbana

21 PONTOS COORDENADAS
E N
22
1 505.700,00 8.656.933,34
2 500.500,52 8.653.400,50
23 24
3 499.798,09 8.655.000,98
4 498.090,19 8.655.000,01
25 5 496.600,00 8.654.400,00
6 494.600,00 8.658.200,00
7 496.352,17 8.661.533,33
6 8 499.600,00 8.661.533,33
9 501.200,00 8.662.700,00
10 503.760,81 8.662.033,47
11 504.055,32 8.661.914,93
12 504.349,01 8.661.763,01
SALVADOR
13 504.482,28 8.661.678,49
14 504.593,33 8.661.591,51
15 504.706,80 8.661.495,54
16 504.800,00 8.661.400,00
17 504.951,98 8.661.114,85
18 505.099,20 8.660.758,46
1 19 505.262,19 8.660.394,95
20 505.319,58 8.660.159,86
21 505.551,66 8.659.188,67
22 505.597,97 8.658.983,40
23 505.631,65 8.658.859,19
24 505.648,50 8.658.808,67
25 505.700,00 8.658.697,94

3 PLANO DIRETOR URBANO DE


4

BARREIRAS
programa de desenvolvimento municipal e infra-estrutura urbana
IO
SÃO DESIDÉR

5
0 400 800 1600
perímetro urbano
metros

2
Escala 1:40.000

Fevereiro 2003 01
3. LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO, SISTEMA VIÁRIO, CIRCULAÇÃO
E TRANSPORTE E ZONEAMENTO DE BARREIRAS

3.1. Justificativa

O parcelamento do solo, o ordenamento do sistema viário, circulação e


transporte, e o zoneamento são importantes componentes na organização do
espaço da cidade. Normatizá-los não significa apenas intervir na distribuição
de densidades, na qualidade e preservação do meio ambiente, na garantia
de uma boa e justa distribuição do sistema de circulação e equipamentos de
consumo coletivo, mas, sobretudo, cumprir com os princípios constitucionais
regulamentados pelo Estatuto da Cidade 3.

O Projeto da Lei de Parcelamento do Solo, Sistema Viário, Circulação,


Transporte e Zoneamento, ora proposto, apresenta os seguintes títulos:
disposições gerais do parcelamento do solo, sistema viário, circulação e
transportes, zoneamento e gestão do uso do solo urbano.

O Título I trata das disposições relativas ao parcelamento do solo, das


normas urbanísticas e de edificação relacionados com os diferentes tipos de
assentamentos urbanos. O parcelamento e ocupação do solo têm como
objetivo desenvolver as diferentes atividades urbanas, distribuindo-as de
forma equilibrada e relacionada com e o arranjo espacial da população,
estimulando e orientando o desenvolvimento municipal, mediante controle do
uso e aproveitamento do solo.

O Título II trata da hierarquização do sistema viário e sua relação com o


ordenamento do uso e da ocupação do solo, apresentando as categorias
funcionais das vias da Cidade, dividida em vias arteriais, secundárias, locais,
de pedestres e ciclovias.

O Título III trata do zoneamento urbano–ambiental, um dos instrumentos de


maior importância da política de desenvolvimento urbano. Estabelece os
critérios e restrições de uso e ocupação do solo e o manejo dos recursos
ambientais, objetivando a promoção da distribuição racional das populações
pelas diversas zonas e apresentando atividades e áreas a serem
estimuladas, contidas e não permitidas.

3 Lei nº 10.257 de 10 de julho de 2001.

80
São também apresentados os parâmetros de ocupação, cujo critério
disciplinador é consubstanciado pela Taxa de Permeabilidade, definidora do
percentual de área do terreno que não poderá ser impermeabilizada, seguido
do estabelecimento da área mínima do lote, coeficiente de utilização, recuo
frontal e os requisitos e prerrogativas especiais.

O Título IV trata da gestão do uso do solo urbano e remete ao estabelecido


na lei do PDU.

Finalmente, o Título V trata das disposições finais, determinando os atos


subseqüentes à promulgação da Lei de Parcelamento do Solo, Sistema
Viário, Circulação, Transporte e Zoneamento.

3.2. Projeto de lei

81
LEI DO PARCELAMENTO DO SOLO, SISTEMA VIÁRIO, CIRCULAÇÃO E
TRANSPORTE E ZONEAMENTO DE BARREIRAS

TITULO I: DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DO PARCELAMENTO DO SOLO

CAPÍTULO I: DAS CONSIDERAÇÕES GERAIS


CAPÍTULO II: DOS LOTEAMENTOS
Seção Única: Da Infra-estrutura
CAPÍTULO III: DOS CONDOMÍNIOS
CAPÍTULO IV: DA HABITAÇÃO POPULAR

TITULO II: DO SISTEMA VIÁRIO, CIRCULAÇÃO E TRANSPORTES

CAPÍTULO I: DA REDE VIÁRIA

TITULO III: DO ZONEAMENTO

CAPÍTULO I: DA TIPOLOGIA E CARACTERIZAÇÃO DAS ZONAS


CAPÍTULO II: DOS USOS ESPECIAIS

TÍTULO IV: DA GESTÃO DO USO DO SOLO URBANO

TITULO V: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

ANEXOS
ANEXO I – Vias
ANEXO II – Parâmetros Urbanísticos
ANEXO III – Usos Sujeitos a Análise Especial
ANEXO IV – Plantas
Planta 01 – Zoneamento Urbano
Planta 02 – Áreas Especiais
Planta 03 – Instrumentos da Política Urbana – Parcelamento,
Edificação ou Utilização Compulsórios
Planta 04 – Instrumentos da Política Urbana - IPTU Progressivo

82
LEI nº ............, DE.........DE ............DE 2004

Dispõe sobre o Parcelamento do Solo,


Sistema Viário, Circulação, Transporte
e Zoneamento do Município de
Barreiras e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE BARREIRAS, ESTADO DA BAHIA

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TITULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DO PARCELAMENTO DO SOLO

CAPÌTULO I
DAS CONSIDERAÇÕES GERAIS

Art. 1º. O uso e parcelamento do solo, o sistema viário, circulação e


transportes e o zoneamento ficam condicionados ao disposto nesta Lei e
outras normas dela decorrentes.

Art. 2º. Considera-se área urbana, para fins de aplicação desta Lei, aquela
delimitada pela Lei do Perímetro Urbano.

Parágrafo único. Considera-se área rural, para fins de aplicação


desta lei, aquela localizada fora dos limites definidos pela Lei do
Perímetro Urbano.

Art. 3º. O parcelamento do solo será efetuado segundo as categorias de


empreendimentos abaixo mencionadas, observada a legislação estadual,
federal e as demais disposições desta Lei:
I - loteamento;
II - desmembramento;
III - remembramento;
IV - desdobro;
V - condomínio horizontal.

83
§ 1º. Considera-se loteamento a sub-divisão de glebas em lotes
destinados à edificação, com aberturas de novas vias de circulação e
logradouros públicos, ou prolongamento, modificação ou ampliação
das vias existentes.

§ 2º. Considera-se desmembramento a sub-divisão de glebas


destinadas à edificação, com o aproveitamento do sistema viário
existente, desde que não implique na abertura de novas vias e
logradouros públicos, nem no prolongamento, edificação ou ampliação
dos já existentes.

§ 3º. Considera-se remembramento o reagrupamento de dois ou mais


lotes, para a formação de novos lotes, ou o reagrupamento dos lotes,
ou partes dos lotes de uma ou várias quadras, resultando em nova
distribuição sob a forma de novos lotes ou frações ideais;

§ 4º. Considera-se desdobro a divisão da área de um lote, integrante


de loteamento ou de desmembramento, para a formação de novo ou
novos lotes.

§ 5º. Entende-se por condomínio horizontal, para efeito desta Lei, o


empreendimento pluridomiciliar destinado à edificação, com ou sem
abertura de logradouro privado, cuja distribuição das parcelas resulta
em frações ideais.

Art. 4º. Não será permitido o parcelamento do solo:


I - em terrenos baixos, alagadiços e sujeitos a inundações;
II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à
saúde pública, antes de serem saneados;
III - em terrenos com declividade igual ou superior a trinta por
cento;
IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselhem a
edificação;
V - em áreas de preservação permanente ou naquelas onde as
condições ambientais existentes prejudiquem a saúde, a
segurança ou o bem estar da população.

Art. 5O. Lei municipal específica para área incluída no Plano Diretor Urbano
(PDU) poderá determinar:

84
I - parcelamento ou edificação compulsória em consonância com
as indicações da Planta 03;
II - a progressividade no tempo do Imposto sobre a Propriedade
Predial e Territorial Urbana (IPTU) em consonância com as
indicações da Planta 04;
III - a desapropriação, nos termos da Lei n• 10.257 de 10 de julho
de 2001, para implantação de equipamentos de interesse
coletivo e de regularização fundiária, nas zonas definidas na
alínea “a” do inciso I; alínea “c” do inciso II; e incisos IV e V do
artigo 21.

Parágrafo único. O Município poderá se utilizar dos instrumentos


previstos na Lei Federal nº 10.257/01, destinados ao cumprimento da
função social da cidade e da propriedade, que serão disciplinados por
leis municipais.

CAPÍTULO II
DOS LOTEAMENTOS

Art. 6o. Os loteamentos deverão obedecer, no mínimo, às seguintes


exigências:
I - as áreas destinadas ao sistema de circulação, e aos
equipamentos urbanos e comunitários, e as áreas verdes e de
lazer, serão doadas gratuitamente ao Município, no ato do
registro do parcelamento, independentemente de escritura
pública de doação, e equivalerão a, no mínimo, 38% (trinta e
oito por cento) da área total da gleba;
II - nos loteamentos destinados ao uso industrial, cujas áreas dos
lotes forem superiores a 10.000,00 m² (dez mil metros
quadrados), a percentagem das áreas doadas ao Município
poderá ser reduzida para 30% (trinta por cento) do total da
gleba;
III - a declividade das áreas públicas nos parcelamentos deve ser
inferior a 15% (quinze por cento);
IV - nos empreendimentos cujo número de lotes ou habitações seja
inferior a 15 (quinze) unidades, o parcelador, em vez de
cumprir o estabelecido pelo inciso I deste artigo, fica obrigado a
repassar a quantia equivalente ao valor venal da área, para a
Prefeitura;

85
V - em situações onde houver a necessidade de implantação de
equipamentos de maior porte, como escola de ensino básico,
técnico ou superior, a Prefeitura poderá exigir a doação de
maior área, compensando o parcelador, pelo excedente de
área, com aumento do seu potencial construtivo em área
equivalente ao potencial expropriado;
VI - para as áreas destinadas à implantação de equipamentos
comunitários, o poder público deve ter como referência os
seguintes parâmetros a fim de que possa exigir a parcela de
área institucional adequada, de acordo com as necessidades
da área urbana:
a) unidade de saúde, com projeto de edificações térreas,
área mínima de terreno de 1.200,00 m² (um mil e
duzentos metros quadrados);
b) escola de educação infantil, com projeto de edificações
térreas, área mínima de terreno de 1.200,00 m² (um
mil e duzentos metros quadrados);
c) escola de ensino fundamental e básico, com projeto de
edificações térreas, área mínima de terreno de
3.000,00 m²; (três mil metros quadrados);
d) creche, com projeto de edificações térreas, área
mínima de terreno de 500,00 m² (quinhentos metros
quadrados).
VII - havendo interesse da municipalidade, as áreas para
implantação de equipamentos comunitários poderão ser
doadas fora da poligonal da gleba parcelada, desde que seja
resguardada a equivalência em termos de valor venal dos
terrenos;
VIII - até a implantação dos equipamentos comunitários, o
parcelador manterá, na área a eles destinada, placa indicativa
onde deverá explicitar o uso previsto, fixado pela
municipalidade, e a superfície da área correspondente em
metros quadrados;
IX - as áreas verdes devem, necessariamente, guardar as
condições efetivas para a função de lazer e recreação, não
sendo admitida sua localização nas sobras de lotes, talvegues,
e áreas alagadas ou inundáveis;
X - nas áreas verdes, quando da implantação do parcelamento ou
empreendimento habitacional, devem ser instalados, pelos

86
parceladores, equipamentos destinados ao cumprimento de
sua finalidade, de acordo com as exigências da Prefeitura;
XI - até a instalação dos equipamentos referidos no inciso X deste
artigo, o parcelador deverá afixar placa indicativa constando a
função da área e a indicação de sua superfície total em metros
quadrados;
XII - no ato da aprovação do parcelamento, a Prefeitura poderá
exigir a transferência de área de interesse ambiental, nele
existente, ao seu domínio, mediante pagamento com
transferência de potencial construtivo nas zonas relacionadas
no inciso I do artigo 21, concedendo o acréscimo de área
equivalente ao potencial da área de valor ambiental requerida;
XIII - todo loteamento com 100 (cem) lotes ou mais deverá dispor de
área destinada ao uso comercial e de serviços de, no mínimo,
1,5% (um e meio por cento) do total da gleba;
XIV - todo loteamento deverá dispor de, pelo menos, uma via de
acesso de veículos, que será articulada à via de acesso
principal do empreendimento;
XV - as vias de circulação deverão observar as seguintes
disposições:
a) articular-se com as vias oficiais existentes ou
propostas pelo PDU;
b) atender às características técnicas de acordo com sua
hierarquia, conforme Anexo I desta Lei;
c) as vias sem saída serão admitidas, desde que, no
dispositivo de retorno da pista de rolamento, possa ser
inscrito um círculo de raio igual ou superior à largura
da respectiva pista ou desde que a solução permita a
manobra de veículos de serviço utilizado na coleta de
resíduos sólidos na Cidade;
XVI - as quadras não poderão ultrapassar o comprimento de 200,00
m (duzentos metros), salvo em casos especiais, como
composição obrigatória dos logradouros públicos existentes;
XVII - excluem-se do disposto no inciso XVI deste artigo, os
loteamentos para fins industriais e aqueles destinados a lotes-
chácaras de área igual ou superior a 5.000,00 m² (cinco mil
metros quadrados);
XVIII - os lotes deverão obedecer às seguintes disposições:
a) atender às dimensões mínimas estabelecidas no
Anexo II desta Lei;

87
b) fazer frente, obrigatoriamente, para logradouros
públicos destinados à circulação de veículos ou de
pedestres;
c) não distar mais de 600,00 m (seiscentos metros) de
via coletora ou de circulação de veículos do sistema
de transporte coletivo e mais de 400,00 m
(quatrocentos metros) de área destinada à recreação,
ambas ao longo do eixo da via que lhes dá acesso;
XIX - ao longo das faixas de domínio público das rodovias, ferrovias
e dutovias, será obrigatória a reserva de faixa mínima “non
aedificandi” de 15,00 m (quinze metros) de cada lado de suas
margens, salvo maiores exigências da legislação específica;
XX - ao longo das águas correntes, canalizadas ou não, e
dormentes, a faixa a ser reservada como non aedificandi é a
que se encontra prevista na Lei de Política Ambiental;
XXI - as reservas de áreas públicas atenderão aos seguintes
percentuais:
a) as áreas verdes e de lazer corresponderão a, no
mínimo, 15% (quinze por cento) da área total da
gleba, garantindo-se sempre a quota mínima de 48m²
(quarenta e oito metros quadrados) por unidade
habitacional;
b) as áreas destinadas aos equipamentos comunitários
corresponderão a, no mínimo, 5% (cinco por cento) da
área total da gleba;
c) a área institucional deverá assegurar, no mínimo,
500,00 m² (quinhentos metros quadrados), para
implantação de equipamentos públicos.

Art. 7o. Para a aprovação do loteamento promovido por particular será


firmado Termo de Acordo e Compromisso (TAC) entre a Prefeitura e o
parcelador, no qual este se comprometerá a realizar, às suas custas, todas
as obras de terraplenagem, meio fio, rede de energia elétrica e iluminação
pública, sistema de abastecimento de água potável, pavimentação, rede de
esgotos ou fossas sépticas, drenagem, arborização e demarcação dos lotes,
quadras e logradouros, colocação das placas indicativas da destinação e
superfície das áreas doadas à Prefeitura, de acordo com os respectivos
projetos aprovados, que depois de assinado, deverá ser levado perante o
Oficial do Cartório competente, para efeito de registro do parcelamento.

88
Art. 8o. De acordo com o tipo de loteamento e a conveniência da Prefeitura,
outras exigências poderão ser acrescentadas ao TAC, além das seguintes:
I - facilitar a fiscalização da obra, pela Prefeitura, durante sua
execução;
II - não anunciar ou vender, sob qualquer forma, nem outorgar a
escritura de compra e venda, nem celebrar qualquer ato
negociável referente ao empreendimento, sem que antes
estejam concluídas 60% (sessenta por cento) das obras
discriminadas no respectivo TAC e cumpridas as demais
obrigações impostas pela lei;
III - efetuar, em garantia ao cumprimento do TAC, caução em
dinheiro, título da dívida pública municipal, fiança bancária ou
garantia real no valor venal de 40% (quarenta por cento) da
área total dos lotes, a ser averbada à margem da inscrição do
plano do loteamento, no registro de imóveis, a qual será
liberada após a conclusão e aceitação das obras
mencionadas no TAC.

Parágrafo único. Para loteamentos destinados ao uso industrial, o


Município poderá fazer outras exigências complementares quanto à
infra-estrutura e proteção ambiental, objetivando assegurar condições
adequadas de funcionamento dos empreendimentos e atividades a
serem instalados.

Art. 9o. O parcelamento do solo na categoria de loteamento poderá ocorrer


sob a forma de re-loteamento, ficando sua aprovação condicionada às
normas estabelecidas para as respectivas categorias.

Parágrafo único. Não serão admitidos remembramentos que alterem


as áreas originais destinadas aos equipamentos comunitários e de
lazer.

Art. 10. Aplicam-se aos desmembramentos as seguintes disposições:


I - só serão objeto de parcelamento, sob a forma de
desmembramento, os terrenos que ainda não foram objeto de
arruamento ou parcelamento sob qualquer forma;
II - quando a área da gleba for superior a 10 ha (dez hectares),
haverá a transferência para o patrimônio municipal, por
ocasião do registro do empreendimento no cartório de registro
de imóveis, de 10% (dez por cento) da área total da gleba,

89
para fins de área verde.

Seção Única
Da Infra-estrutura

Art. 11. Os projetos de parcelamento devem explicitar os elementos físico-


ambientais presentes com a indicação das áreas públicas, de meio fio,
pavimentação e redes de infra-estrutura.

Parágrafo único. O Poder Público deve adotar providências no


sentido de garantir a implantação da infra-estrutura pelo loteante, que
a custeará, em prazo definido.

Art. 12. As áreas públicas, incluindo as institucionais e verdes, devem


guardar padrões mínimos que atendam às suas funções e à instalação de
equipamentos sociais e de lazer.

Art. 13. Os principais troncos de ligação e eixos centrais viários devem ser
indicados no projeto, assim como sua articulação com o sistema existente.

§ 1º. Caso o sistema viário proposto no PDU não esteja implantado, o


loteante deverá reservar a área correspondente à via proposta com a
respectiva faixa de domínio.

§ 2º. No caso de inexistência de articulação com o sistema viário


existente, o loteante deverá executar o trecho da via que dará acesso
ao parcelamento, às suas expensas, de conformidade com os
parâmetros indicados no PDU e na Lei de Política Ambiental.

CAPÍTULO III
DOS CONDOMÍNIOS

Art. 14. O parcelamento em condomínio deve:


I - evitar a segregação espacial da Cidade;
II - assegurar a integração aos espaços da cidade,
estabelecendo limite de área para parcelamentos em
condomínios;
III - obedecer às exigências de implantação de vias periféricas
integradas à estrutura urbanística, existente ou planejada.

90
Art. 15. Aplicam-se para condomínios as seguintes disposições, além das
disposições gerais para loteamentos previstas nos incisos IV a XV e XIX a
XXI do artigo 6o:
I - só será admitido o parcelamento em condomínio nas zonas
referidas nas alíneas “a”, “b” e “d” do inciso II do artigo 21;
II - o parcelador doará à Prefeitura 30% (trinta por cento) da área
da gleba no ato do registro do parcelamento,
independentemente de escritura pública de doação, após o
que a área doada será excluída da poligonal do condomínio,
passando aos cuidados da Prefeitura, não isentando, com
isso, o parcelador das obrigações de implantar a infra-
estrutura necessária e de destinar no mínimo 10% (dez por
cento) da gleba restante para áreas verde e de lazer internas
do condomínio;
III - fica o condomínio responsável pela execução dos serviços
urbanos na sua área interna;
IV - a poligonal da gleba não poderá inscrever segmento de reta
superior a 200,00 m (duzentos metros).

Art. 16. Para a aprovação de condomínio será firmado TAC entre a Prefeitura
e o empreendedor, no qual este se comprometerá a realizar às suas custas,
todas as obras de terraplanagem, meio fio, rede de energia elétrica e
iluminação pública, sistema de abastecimento de água potável,
pavimentação, rede de esgotos ou fossas sépticas, drenagem, arborização e
demarcação dos lotes, quadras e logradouros, colocação das placas
indicativas da destinação e superfície das áreas doadas à Prefeitura, além da
manutenção de toda a estrutura física e infra-estrutura instalada no
condomínio, de acordo com os respectivos projetos aprovados, TAC este
que, após assinado, deverá ser levado perante o Oficial do Cartório
competente para efeito de registro do parcelamento.

Parágrafo único. De acordo com a conveniência do Poder Público ,


outras exigências poderão ser acrescentadas ao TAC, além das
seguintes:
I - facilitar a fiscalização da obra, pela Prefeitura, durante sua
execução;
II - não anunciar ou vender, sob qualquer forma, nem outorgar a
escritura de compra e venda, nem celebrar qualquer ato
negociável referente ao empreendimento, sem que antes
estejam concluídas, no mínimo, 60% (sessenta por cento) das

91
obras discriminadas no respectivo TAC e cumpridas as
demais obrigações impostas por esta Lei e pela legislação
superveniente;
III - efetuar, em garantia ao cumprimento do TAC, caução em
dinheiro, título de dívida pública municipal, fiança bancária ou
garantia real no valor venal equivalente a 40% (quarenta por
cento) da área total dos lotes, a ser averbada à margem da
inscrição do plano do loteamento, no registro de imóveis, a
qual será liberada após a conclusão e aceitação das obras
mencionadas no TAC.

CAPÍTULO IV
DA HABITAÇÃO POPULAR

Art. 17. Os parcelamentos para habitação popular atenderão às disposições


para loteamentos diversos, no que couber, observadas as seguintes normas:
I - serão admitidos lotes com área inferior a 125,00 m2, (cento e
vinte e cinco metros quadrados) e testada inferior a 5,00 m,
(cinco metros) nos empreendimentos declarados de interesse
social, por ato específico do Prefeito, respeitado o mínimo de
70,00 m2 (setenta metros quadrados) de área e inscrição no
lote de uma circunferência de 4,00 m (quatro metros) de
diâmetro;
II - será admitida a destinação de área verde equivalente a 10%
(dez por cento) da área da gleba;
III - as vias de pedestre, de acesso às unidades habitacionais,
atenderão ao mínimo de 3 m (três metros) de largura para
edificações térreas, 4 m (quatro metros) para edificações de 2
(dois) pavimentos e 5 m (cinco metros) para edificações de 3
(três) pavimentos;
IV - o comprimento das quadras não excederá a 120,00 m (cento
e vinte metros);
V - nas vias de pedestres, no mínimo a cada 140,00 m (cento e
quarenta metros) de comprimento, será reservado um lote de
recreio, com área mínima correspondente ao dobro do lote
mínimo adotado.

Art. 18. Enquadram-se na categoria de Empreendimento de Habitação


Popular aqueles que apresentam as seguintes características:

92
I - área mínima de lote de 70,00 m² (setenta metros quadrados)
e máxima de 160,00 m² (cento e sessenta metros quadrados);
II - altura da edificação de, no máximo, 7,00 m (sete metros) se a
ocupação for destinada a unidade multi-familiar de 2 (dois)
pavimentos em unidades isoladas ou conjunto;
III - altura da edificação de, no máximo, 10,00 m (dez metros) e
fração ideal não superior a 160,00 m² (cento e sessenta
metros quadrados), se a ocupação for destinada a unidade
multifamiliar de 3 (três) pavimentos, em unidades isoladas ou
conjunto.

TITULO II
DO SISTEMA VIÁRIO, CIRCULAÇÃO E TRANSPORTES

CAPÍTULO ÚNICO
DA REDE VIÁRIA

Art. 19. A rede viária do Município será definida por uma hierarquia de vias,
apresentando as seguintes categorias funcionais:
I - vias arteriais (VA): têm a função de atender ao volume de
tráfego interurbano, apresentando elevado padrão de fluidez,
assegurado por suas características físicas e acessos aos
lotes lindeiros através de vias marginais, com pontos de
interligação sujeitos a controles específicos;
II - vias secundárias (VS): têm a função de atender às maiores
demandas do tráfego intraurbano, assegurando sua fluidez e
adequadas condições de acesso e circulação, conciliando os
tráfegos de passagem e local;
III - vias marginais (VM): têm a função básica de auxiliar as vias
arteriais, desenvolvendo-se paralelas a estas, de forma a
possibilitar-lhes melhor desempenho e permitir o acesso às
propriedades lindeiras;
IV - vias locais (VL): têm a função básica de permitir o acesso às
habitações e demais atividades complementares;
V - vias de pedestres (VP): são destinadas exclusivamente à
circulação de pedestres;
VI - ciclovias (CV): são destinadas exclusivamente à circulação de
biciclos e equivalentes não motorizados.

93
Parágrafo único. O plano de transporte e circulação viária
estabelecerá o enquadramento do sistema viário nas diferentes
categorias, segundo suas funções, no sistema viário atual e de acordo
com as diretrizes do PDU e os critérios estabelecidos no Anexo I.

TITULO III
DO ZONEAMENTO

CAPÍTULO I
DA TIPOLOGIA E CARACTERIZAÇÃO DAS ZONAS

Art. 20. O zoneamento urbano-ambiental caracteriza a Cidade a partir dos


seus aspectos físico-ambientais, com ênfase no padrão de habitação,
parcelamento do solo, sistema de circulação e infra-estrutura existente, de
modo a permitir o crescimento das áreas urbanas, o atendimento das
demandas de infra-estrutura, de serviços e o interesse da comunidade, sem
comprometer a estabilidade dos sistemas sócio-ambientais e a qualidade da
vida.

Art. 21. As zonas de ocupação do solo da Cidade, concebidas em função


das características, do estágio de ocupação, das restrições ambientais e das
condições atuais de infra-estrutura, conforme plantas 01 e 02, anexas a esta
Lei, são as seguintes:
I - Zona de Ocupação Prioritária (ZOP): enquadram-se nesta
categoria aquelas áreas com potencial de urbanização sub-
aproveitado, com existência de grandes vazios urbanos e
sistema viário e de transportes, comércios, serviços e infra-
estrutura básica insuficientes, que devem ser
complementados para estimular a sua ocupação,
subdividindo-se em:
a) Zona de Ocupação Prioritária 1 (ZOP 1);
b) Zona de Ocupação Prioritária 2 (ZOP 2);
c) Zona de Ocupação Prioritária 3 (ZOP 3).
II - Zona de Ocupação Secundária (ZOS): enquadram-se nesta
categoria aquelas áreas que, apesar de não apresentarem
restrições de uso e ocupação, demandam custos maiores de
implantação devido à ausência de infra-estrutura básica,
subdividindo-se em:
a) Zona de Ocupação Secundária 1 (ZOS 1);
b) Zona de Ocupação Secundária 2 (ZOS 2);

94
c) Zona de Ocupação Secundária 3 (ZOS 3);
d) Zona de Ocupação Secundária 4 (ZOS 4).
III - Zona de Ocupação Controlada (ZOC): caracterizada pelas
áreas de elevada qualidade paisagística e de preservação
ambiental, onde se pretende manter as atuais condições de
ocupação, mas deverão ser restringidas as ocupações futuras
em razão de limitações de ordem físico ambiental;
IV - Zona Central (ZC): local de concentração de atividades de
convergência, de animação e de convívio social e cultural,
com predominância de atividades comerciais e de prestação
de serviços;
V- Zona Mista (ZM): configurada como área de expansão da
zona central, possuindo, atualmente, características de uso
residencial e comercial;
VI - Zona Residencial (ZR): áreas onde predomina a ocupação
habitacional. Subdividem-se em:
a) Zona Residencial 1 (ZR 1);
b) Zona Residencial 2 (ZR 2);
c) Zona Residencial 3 (ZR 3);
d) Zona Residencial 4 (ZR 4);
e) Zona Residencial 5 (ZR 5);
f) Zona Residencial 6 (ZR 6);
g) Zona Residencial 7 (ZR 7).
VII - Zona Especial de Interesse Social (ZEIS): são áreas em
condições precárias que necessitam atenção especial por
parte do poder público;
VIII - Zona de Interesse Ambiental (ZIA): são áreas com
características naturais relevantes, importantes para a
qualidade de vida e o bem estar das populações;
IX - Zona Industrial (ZI): são áreas de intensificação do setor
secundário e de seu apoio;
X- Áreas Especiais (AE): são áreas que, em função de
peculiaridades urbanísticas ou ambientais, serão, de acordo
com o Plano Diretor Urbano e com esta Lei, objeto de
diretrizes e parâmetros urbanísticos específicos, que se
sobrepõem aos parâmetros das zonas a que pertencem, ou
destinadas a programas e projetos de requalificação
urbanística e/ou ambiental.

95
Parágrafo único. Os parâmetros urbanísticos das zonas
mencionadas nos incisos de I a VIII deste artigo encontram-se no
Anexo II desta Lei.

Art. 22. As áreas especiais (AE) serão contempladas com as ações descritas
neste artigo e se subdividem em:
I - áreas de intensificação do terciário:
a) área central a ser contemplada com:
1. disciplinamento do tráfego de veículos e cargas;
2. regulamentação de áreas para estacionamento e
parada do transporte coletivo;
3. sinalização horizontal e vertical;
4. tratamento paisagístico dos logradouros e
implantação de sistema de iluminação pública
que possibilite o uso noturno seguro dos espaços
públicos;
5. despoluição visual e controle de emissão de sons
e ruídos;
6. análise criteriosa quanto à compatibilidade de
qualquer empreendimento com a capacidade da
via e quanto a atenuantes de incômodo, se
propostos pelo interessado, sujeitando-se às
exigências especiais;
7. proteção do patrimônio arquitetônico;
8. valorização dos elementos de identidade da
Cidade.
b) vias arteriais, vias marginais e vias secundárias a serem
contempladas com:
1. determinação de recuo suficiente para
salvaguardar a faixa de domínio das vias
arteriais, implantação de trechos de vias
marginais ao longo das rodovias e vias arteriais
projetadas;
2. previsão de estacionamentos para veículos,
motocicletas e bicicletas;
3. tratamento paisagístico e arborização das vias;
4. análise criteriosa quanto à compatibilidade de
qualquer empreendimento com a capacidade da
via e quanto a atenuantes por ventura propostos
pelo empreendedor, sujeitando-se às exigências

96
fixadas pelo órgão responsável pelo controle
urbanístico;
5. sensibilização dos proprietários de
estabelecimentos comerciais e de serviços para
o embelezamento das edificações.
II - áreas de preservação e proteção ambiental:
a) áreas de proteção ambiental a serem contempladas
com:
1. proteção dos atributos abióticos e bióticos;
2. estudos específicos, visando a recuperação de
áreas degradadas;
b) áreas de proteção de drenagem natural e artificial a
serem contempladas com:
1. proteção das vertentes de drenagem e talvegues
que cortam a área urbana do Município;
2. recuperação das áreas degradadas com base em
estudos específicos que avaliem o grau de
comprometimento e as medidas cabíveis.
c) áreas de proteção de rios a serem contempladas com:
1. proteção das margens dos rios e matas ciliares;
2. estudos específicos para recuperação das áreas
degradadas;
3. implantação de plano urbanístico, quando
necessário.
d) áreas de proteção de encostas e escarpas a serem
contempladas com:
1. proteção de encostas e serras com declividades
superiores a 30% (trinta por cento);
2. estudos específicos visando a recuperação de
áreas degradadas.
III - áreas de interesse social a serem contempladas com:
a) construção e melhoria de unidades habitacionais e
urbanização das sub-áreas precárias;
b) qualificação urbanístico-ambiental, com implantação de
infra-estrutura, serviços e equipamentos sociais,
transportes, pavimentação, arborização dos logradouros
e relocação das famílias situadas em áreas de risco ou
valor ambiental;

97
c) regularização fundiária dos imóveis em conformidade
com os instrumentos previstos na Lei Federal nº
10.257/2001;
IV - áreas de incentivo à ocupação compreendem as áreas vazias
ou sub-utilizadas, inseridas na zona de expansão urbana, para
as quais, no caso de implantação de equipamentos de
interesse coletivo e de regularização fundiária, deverão ser
aplicados, através de lei municipal específica, os instrumentos
previstos nos artigos 5º a 8º da Lei Federal 10.257/2001.

§ 1º. Nas áreas especiais são aplicados os parâmetros e


condicionantes específicos de cada área, que prevalecerão na
hipótese de serem conflitantes com os parâmetros urbanísticos das
zonas definidas no artigo 21.

§ 2º. As áreas rurais são as definidas no parágrafo 3º do artigo 15 da


Lei do Plano Diretor Urbano.

CAPÍTULO II
DOS USOS

Art. 23. Os usos urbanos classificam-se de acordo com as categorias abaixo


relacionadas:
I - uso integrado;
II - uso especial.

§ 1º. Considera-se uso integrado aquele que, pela natureza da


atividade não gera impactos ao meio ambiente, à infra-estrutura ou
conflitos de vizinhança, podendo ocorrer em qualquer área da Cidade,
desde que respeitados os condicionantes do sítio e os padrões
urbanísticos definidos em lei.

§ 2º. Considera-se uso especial, para efeito desta Lei, o conjunto de


atividades causadoras de incômodo à população, seja pelo seu
potencial poluente, seja pelos impactos indesejáveis provocados à
estrutura urbana e sua infra-estrutura ou conflito de vizinhança,
envolvendo as seguintes subcategorias de uso e impacto:
I - atividades causadoras de impacto ao meio ambiente;
II - atividades causadoras de impacto à estrutura ou à infra-
estrutura urbana;

98
III - empreendimentos ou atividades cujo porte determine uma
capacidade de atração de pessoas e veículos capaz de
provocar incômodos ao entorno imediato e mediato, ou aqueles
que, pela distância em relação a área urbana consolidada,
gerem deseconomias ao Poder Público, ou se configurem em
ocupações que irão redundar na ociosidade da infra-estrutura,
compreendendo:
a) atividades com mais de 2.000 m² (dois mil metros
quadrados) de área construída;
b) empreendimentos com área total superior a 1 ha (um
hectare);
c) empreendimentos localizados a mais de 1 km (um
quilômetro) da infra-estrutura urbana implantada.

Art. 24. A instalação de todo e qualquer uso integrado depende da análise e


do licenciamento obrigatório por parte do órgão municipal competente, que
expedirá a licença urbanística necessária.

Parágrafo único. O órgão municipal competente poderá emitir licença


urbanística para usos integrados não residenciais nas vias locais das
áreas urbanas delimitadas, até no máximo 20% (vinte por cento) dos
usos nelas existentes, acima do qual será exigido estudo prévio de
impacto de vizinhança (EPIV).

Art. 25. No caso dos usos sujeitos à análise especial, a concessão da licença
ambiental fica condicionada a apresentação prévia de memorial técnico ou
estudos ambientais, que avaliem o impacto no tráfego e no entorno, tendo
em vista a capacidade da via, no meio ambiente, na infra-estrutura, além de
sua compatibilidade com padrões urbanísticos vizinhos.

§ 1º. Os usos sujeitos a análise especial, de acordo com suas


tipologias e características, encontram-se classificados, assim como
suas exigências especiais de licenciamento, no Anexo III e dividem-se
em:
I - grupo I: atividades de baixo/médio grau de impacto na estrutura
urbana;
II - grupo II: atividades de médio/alto grau de impacto na estrutura
urbana e/ou no meio ambiente;
III - grupo III: atividades de alto grau de impacto no meio ambiente
e estrutura urbana.

99
§ 2º. Para efeito desta Lei, entende-se por:
I - licença urbanística, a licença concedida pela Prefeitura para
usos considerados integrados nesta Lei, de acordo com os
trâmites estabelecidos no Código de Obras;
II - licença ambiental, a licença concedida pela Prefeitura, para
usos considerados especiais pela presente Lei, mediante
apresentação de memorial técnico ou estudos ambientais,
exigidos conforme potencial de impacto do empreendimento ou
atividade objeto do licenciamento, conforme procedimentos
estabelecidos na Lei da Política Ambiental.

TÍTULO IV
DA GESTÃO DO USO DO SOLO URBANO

Art. 26. A gestão urbanístico-ambiental dar-se-á conforme previsto no Título


IV da Lei do Plano Diretor Urbano.

TITULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 27. As funções referentes à aplicação das disposições desta Lei serão
exercidas pelos órgãos da Prefeitura e por aqueles envolvidos na gestão do
PDU, cujas competências estiverem definidas em leis e demais instrumentos
normativos.

Art. 28. Decreto do Prefeito regulamentará esta Lei, no prazo de 180 dias,
contado a partir da sua publicação.

Art. 29. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando
revogada a Lei nº 253 de 8 de dezembro de 1994.

Barreiras, ........... de ............................... de 2004.

Prefeito Municipal de Barreiras.

100
ANEXOS AO PROJETO DE LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO,
SISTEMA VIÁRIO, CIRCULAÇÃO, TRANSPORTE E ZONEAMENTO

101
Lei de Parcelamento do Solo, Sistema Viário, Circulação, Transporte e Zoneamento do Município de Barreiras

ANEXO I
VIAS

QUADRO 01 - CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS


SECUNDÁRIA
ATRIBUTOS ARTERIAL MARGINAL LOCAL PEDESTRE CICLOVIA
(COLETORA)
Compõe o Compõe o Compõe o Compõe o Compõe o Compõe o
sistema principal. sistema sistema sistema sistema sistema
Atende às secundário. secundário. secundário. secundário. secundário.
demandas do Coleta e distribui Articula o sistema Permite o Destinada Destinada
tráfego o tráfego dos de vias arteriais e acesso às exclusivamente única e
interurbano e bairros e desenvolve-se moradias e às à circulação de exclusivamente
urbano. nucleações paralela às demais pedestres. à circulação de
Atende ao Efetua a mesmas. atividades bicicletas e/ou
Função
tráfego de alimentação das Permite o acesso complementare seus
passagem e ao vias arteriais. às propriedades s. equivalentes.
local. lindeiras.
Atende Permite o acesso
prioritariamente às vias
ao transporte hierarquicamente
público de inferiores.
passageiros
Integração Acesso à Acesso direto à Acesso direto à Acesso direto à Acesso indireto Acesso indireto
com a Área ocupação por via ocupação ocupação. ocupação. à ocupação. à ocupação.
Ocupada marginal.
Vedado o trânsito Vedado o Vedado o trânsito Vedado o Vedado o Vedado o
de carroça e trânsito de de bicicleta pelas trânsito de trânsito de trânsito de
bicicleta pela via bicicleta pelas faixas de veículos de qualquer tipo veículos
Restrições principal. faixas de rolamento. carga pesado. de veículos, automotores e
rolamento. inclusive pedestres.
bicicletas e;ou
equivalentes.
Intensidade Alta e média Média fluidez no Média fluidez no Baixa fluidez - Baixa fluidez
do Fluxo fluidez no tráfego. tráfego. no tráfego. no tráfego.
tráfego.
Capacidade Alta e média Média e baixa Média e baixa Baixa Baixa Baixa
capacidade capacidade capacidade capacidade capacidade capacidade
FONTE: PLANNUS CONSULTORES ASSOCIADOS LTDA.
QUADRO 02 - CARACTERÍSITCAS FÍSICAS E FUNCIONAIS
SECUNDÁRIA
UNIDADE ARTERIAL (1) MARGINAL LOCAL
(COLETORA)
Velocidade Diretriz Mínima km/h 80 60 60 40
Número mínimo de Faixas por sentido un 2 2 ou 1 1 1
Faixa externa de segurança m 0,40 - - -
Faixa interna de segurança m 0,40 - - -
Largura mínima do canteiro central m 5 2 - -
Largura mínima da faixa de rolamento m 3,5 3,5 3,5 (2)
Faixa total de domínio m 40/41 15/18 - 10/12
Raio mínimo de curva m 150 90 - 30
Largura mínima do passeio m 3,0 2,5 2,0 1,5
Parada de ônibus Com baia Com baia Permitido Permitido
Permitido em Permitido em
Estacionamento Não admitido Sob controle
paralelo paralelo
Direto e através
Acesso às propriedades adjacentes Através da VM Direto Direto
da VM
Largura mínima de faixa de
m 2,5 2,5 2,5 2,00
estacionamento
Passagem em
Travessia em Travessia em Travessia em
Travessa de pedestre desnível ou
nível nível nível
travessia em nível
Passagem em
desnível ou Cruzamento Cruzamento Cruzamento
Controle de tráfego nas interseções
cruzamento regulamentado regulamentado regulamentado
regulamentado
Obrigatória nos
trechos onde as
Via Marginal (VM) Obrigatória condições - -
geomorfológicas
permitirem.
FONTE: PLANNUS CONSULTORES ASSOCIADOS LTDA.

NOTAS:
(1) – Parâmetros levando-se em conta a urbanização dos trechos das rodovias.
(2) – Largura mínima de pista: 7m (sete metros).
Lei de Parcelamento do Solo, Sistema Viário, Circulação, Transporte e Zoneamento do Município de Barreiras

ANEXO II
PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO

Parâmetros Urbanísticos para o Zoneamento Urbano de Barreiras


Zona (1) Lote Mínimo Índice de Índice de Coeficiente de Altura Nº de Recuo Frontal Requisitos/
(m²) Permeabilização Ocupação (IO) Aproveitamento Máxima (m) Pavimentos mínimo Prerrogativas
Mínima (TP) Básico (CAB) (5) (6) (m) Especiais
(%)
ZOP 1 250,00 20 0,5 1,5 6,50 2 3 1,3,4
ZOP 2 300,00 30 0,5 1,5 26,00 8 5 1,3,5,6,7
ZOP 3 200,00 30 0,5 1,5 6,50 2 3 1,3,4
ZOS 1 360,00 30 0,5 1,0 6,50 2 3 1,3,
ZOS 2 360,00 30 0,5 1,0 6,50 2 5 1,2,3,
ZOS 3 200,00 15 0,5 1,5 6,50 2 2 1,2,3,4
ZOS 4 1.000,00 40 0,3 0,5 6,50 2 5 1,4
ZR 1 200,00 15 0,5 1,5 10,00 3 - 1,2,3,4
ZR2 200,00 20 0,5 1,5 26,00 8 3 1,4,5,6,7
ZR3 360,00 30 0,5 1,0 6,50 2 4 1,4
ZR4 250,00 20 0,5 1,0 6,50 2 3 1,4
ZR5 250,00 20 0,5 1,5 6,50 2 3 1,4
ZR6 360,00 30 0,45 1,5 6,50 2 3 1,4
ZR7 250,00 20 0,5 1,5 26,00 8 3 1,5,6,7
ZC 300,00 15 0,5 2,0 36,00 12 - 1,5,6,7
ZM 360,00 20 0,5 2,0 36,00 12 - 1,5,6,7
ZEIS 1 70,00 15 0,6 2,0 10,00 3 1,5 1,2,3
ZEIS 2 70,00 15 0,6 2,0 10,00 3 1,5 1,2,3
ZEIS 3 70,00 15 0,6 2,0 10,00 3 1,5 1,2,3
ZEIS 4 70,00 15 0,6 2,0 10,00 3 1,5 1,2,3
ZOC - - - - - - - 8
ZIA - - - - - - - 8
FONTE: PLANNUS CONSULTORES ASSOCIADOS LTDA.

NOTAS:
(1) ZOP – Zona de Ocupação Prioritária; ZOS – Zona de Ocupação Secundária; ZR – Zona – ZC – Zona Central, ZM – Zona Mista.
(2) Taxa Permeável (TP) - é a relação mínima permitida entre a área onde não é permitido edificar ou revestir o solo com material que impeça ou dificulte a absorção das águas de chuva (Sp) e a Área Total do
Terreno (St). TP = Sp/St x 100.
(3) Índice de Ocupação (IO) – é a relação máxima permitida entre a área ocupada (So) da edificação e a área total do terreno (St). IO = So/St
(4) Coeficiente de Utilização Básico (CAB) – é a relação permitida entre a área construída (Sc) de uma edificação e a área total do terreno (St). CAB = Sc/St
(5) Altura medida do nível do meio fio ao ponto mais alto da cobertura.
(6) Inclusive o Pavimento Térreo.

REQUISITOS / PRERROGATIVAS ESPECIAIS:


1. Permitido no máximo colar em duas divisas do lote.
2. Permitido colar em três divisas do lote.
3. Permitidos parâmetros especiais para áreas de interesse social, indicadas na planta 01, nos casos de reurbanização / relocação e empreendimentos novos.
4. Licenças para novas construções em empreendimentos existentes condicionadas à Implantação da infra-estrutura por parte do loteante.
5. Empreendimentos com altura superior a 10,50 m devem ser analisados pelo órgão competente.
6. Empreendimentos acima de 10,50 m estarão sujeitos à outorga onerosa do direito de construir e a transferência do direito de construir, conforme determinado em lei específica.
7. Para os empreendimentos com altura superior a 10,50 m será exigido estudo prévio de impacto de vizinhança (EPIV).
8. Área non aedificandi ou de preservação ambiental. As edificações existentes serão mantidas e/ou relocadas.
Lei de Parcelamento do Solo, Sistema Viário, Circulação, Transporte e Zoneamento do Município de Barreiras

ANEXO II
PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO

Parâmetros Urbanísticos para as áreas Especiais


Áreas (1) Lote Mínimo Índice de Índice de Coeficiente de Altura Número de Recuo Frontal Requisitos/
(m2) Permeabilizaçã Ocupação (IO) Aproveitamento Máxima (m) Pavimentos) mínimo Prerrogativas
o Básico (CAB) (5) (6) (m) Especiais
Mínima (TP)
(%)
Intensificação do 300,00 15 0,6 2,0 36,00 12 6 1, 3, 4 e 5
Terciário
Preservação de - - - - - - - 8
Drenagem
Artificial e
Talvegues
Área de Proteção - - - - - - - 7
de rios
Áreas de Interesse 70 15 0,6 2,0 10,00 3 1,5 1e2
Social
Áreas de Proteção - - - - - - - 6
a encostas

NOTAS:
(1) ZOP – Zona de Ocupação Prioritária; ZOS – Zona de Ocupação Secundária; ZR – Zona – ZC – Zona Central, ZM – Zona Mista.
(2) Taxa Permeável (TP) - é a relação mínima permitida entre a área onde não é permitido edificar ou revestir o solo com material que impeça ou dificulte a absorção das águas de chuva (Sp) e a Área Total do
Terreno (St). TP = Sp/St x 100.
(3) Índice de Ocupação (IO) – é a relação máxima permitida entre a área ocupada (So) da edificação e a área total do terreno (St). IO = So/St
(4) Coeficiente de Utilização Básico (CAB) – é a relação permitida entre a área construída (Sc) de uma edificação e a área total do terreno (St). CAB = Sc/St
(5) Altura medida do nível do meio fio ao ponto mais alto da cobertura.
(6) Inclusive o pavimento térreo.
REQUISITOS / PRERROGATIVAS ESPECIAIS:
1. Permitido colar em uma das divisas do lote
2. Permitido no máximo colar em duas divisas do Lote.
3. Empreendimentos com altura superior a 10,50 m devem ser analisados pelo órgão competente.
4. Empreendimentos acima de 10,50 m estarão sujeitos à outorga onerosa do direito de construir e a transferência do direito de construir, conforme determinado em lei específica.
5. Para os empreendimentos com altura superior a 10,50 m será exigido estudo prévio de impacto de vizinhança (EPIV).
6. Área non aedificandi para terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), em consonância com a Lei 9.785/99.
7. Área de preservação permanente (non aedificandi) – faixa de domínio de 100 m.
8. Área de preservação permanente (non aedificandi) – faixa de domínio de 50 m.
Lei de Parcelamento do Solo, Sistema Viário, Circulação, Transporte e
Zoneamento do Município de Barreiras

ANEXO III
USOS SUJEITOS À ANÁLISE ESPECIAL
GRUPO I* - BAIXO/MÉDIO GRAU DE IMPACTO NA ESTRUTURA
URBANA
TIPOLOGIAS/CARACTERÍSTICAS EXIGÊNCIAS ESPECIAIS
Comercio e serviços de atendimento geral Aprovação condicionada a parecer
por parte do órgão competente e,
Características: caso necessário, a exigências
adicionais.
Comercio varejista e serviços com atividades vinculadas aos
setores alimentação, bebidas, confecção e calçados, cama e
mesa, móveis e decoração, eletrodomésticos, material de
construção, agências de automóveis e autopeças, oficinas
eletromecânicas, agropecuária, comunicação, financeiro,
imobiliário, diversão e cultura e outras atividades similares de
igual impacto no sistema viário e uso do solo, acima de
150,00 m² (cento e cinqüenta metros quadrados).

Industrial

Características:

Vinculadas à produção de peças e estruturas de cimento,


gesso e amianto, metalurgia de metais preciosos, artefatos de
papel e papelão, confecção de roupas, calcados, artigos de
joalheria, gráfica eletrônica, artigo de caça e pesca, produtos
de perfumaria, massas alimentícias, gelados e doce, e a
fabricação de outros de similar impacto ambiental, no sistema
viário e uso do solo.

Institucional

Características:

Atividades ligadas aos setores educacionais, culturais,


socioculturais, higiene, assistência à saúde, cooperativismo,
governamental, justiça, segurança, cultura e outros de similar
impacto no sistema viário e uso do solo.

110
GRUPO II* – MÉDIO/ALTO GRAU DE IMPACTO NA ESTRUTURA
URBANA E/OU MEIO AMBIENTE
TIPOLOGIAS/CARACTERÍSTICAS EXIGÊNCIAS ESPECIAIS
Comércio e serviços
Aprovação condicionada a
Características: apresentação de memorial técnico
de estudo prévio de impacto de
Comercio varejista/serviços típicos dos corredores de tráfego vizinhança (EPIV) e parecer por
cujas atividades se caracterizam por comercio de material de parte do órgão competente, no
demolição, sucata, garagem de limpeza urbana, concessionária qual serão explicitadas exigências
de automóveis, venda de automóveis, aluguel de maquinas adicionais para implantação e
agrícolas, produtos agropecuários, e outras de similar impacto funcionamento.
na estrutura urbana.

Comercio atacadista cuja atividade se vincula aos setores de


animais vivos e produtores de origem animal, produtos e
resíduos de origem vegetal, ferragens, produtos metalúrgicos e
materiais de construção, inflamáveis, maquinas, aparelhos e
equipamentos para indústria, agropecuária e para serviços
geral, veículos e acessório para veículos, móveis e
eletrodoméstico e outras atividades de igual impacto no sistema
viário e uso do solo.

Comercio atacadista e depósitos vinculados aos setores de


mineração, papel, impressos e artigos de escritório, produtos
farmacêuticos e químicos, tecidos e vestuário, alimentos,
bebidas, tabacaria, brinquedos, artigos desportivos e de
recreação e outras atividades de similar impacto no sistema
viário e uso do solo.

Industrial

Características

Compreende, além das atividades industriais do grupo I


realizadas em portes superiores, outras categorias de atividades
industriais que causam algum tipo de incômodo ou insalubridade
quanto ao grau de poluição gerada, incluindo-se entre estas,
serralheria, móveis de metal, móveis de madeira, construção
naval, laminados e fios de borracha, máquinas, aparelhos e
utensílios, fabricação de chapas e placas de madeira e outros
produtos de similar impacto ambiental, no sistema viário e uso
do solo.

111
TIPOLOGIAS/CARACTERÍSTICAS EXIGÊNCIAS ESPECIAIS
Institucional

Características

Atividades de saúde de médio e grande porte tais como:


hospitais especializados, maternidades, hospital geral, hospital
veterinário; presídio, e outros de impacto semelhante no sistema
viário e uso do solo.

112
GRUPO III – ALTO GRAU DE IMPACTO AO MEIO AMBIENTE E
ESTRUTURA URBANA

TIPOLOGIAS/CARACTERÍSTICAS EXIGÊNCIAS ESPECIAIS


Grandes equipamentos de uso não residencial Aprovação condicionada a
apresentação de estudo prévio de
Características: impacto de vizinhança (EPIV),
exigências adicionais por parte do
Atividades diversas não residenciais com área construída órgão competente ou mediante
superior a 2.000,00 m² (dois mil metros quadrados) ou apresentação de estudo de
implantados com áreas acima de 1 ha (um hectare). impacto ambiental (EIA) e do
respectivo relatório de impacto no
Equipamentos urbanos de grande interferência na estrutura meio ambiente (RIMA), caso haja
urbana e no meio ambiente tais como: autódromo, hipódromo, determinação de legislação
estádios esportivos, terminais rodoviários, ferrovias e aerovias, superveniente.
corpo de bombeiros, jardim zoológico, jardim botânico,
cemitérios e necrotérios, matadouros e abatedouros, aterro
sanitário e usinas de reciclagem de resíduos sólidos, estação de
tratamento de afluentes,

Empreendimento residenciais de impacto

Características:

Empreendimentos de uso residencial com mais de 150 (cento e


cinqüenta) unidades, ou implantados em área acima de 1ha
(um hectare).

Condomínios horizontais.

Industrial

Características:

Indústrias não enquadradas nos grupos I e II com alto grau de


comprometimento ambiental tais como: industrias de produtos
químicos, explosivos e inflamáveis, fabricação de pólvoras,
fósforo, artigos pirotécnicos, beneficiamento de minérios e
outras atividades de alto grau de impacto ambiental, definida
através de resolução do CONAMA.

113
COMPATIBILIDADE COM O SISTEMA VIÁRIO E EXIGÊNCIA ESPECIAL

LARGURA DAS VIAS USO NÃO RESIDENCIAL

EM METROS GRUPO I GRUPO II GRUPO III

< 10 NA NA LE
LIGAÇÃO
REGIONAL
> ou = 10 e < 15 AC AC LE

> ou = 15 AC AC LE

< 10 NA NA LE

ARTERIAL > ou = 10 e < 15 AC AC LE

> ou = 15 AC AC LE

< 10 NA NA LE A = Admitido

COLETORA > ou = 10 e < 15 NA NA LE AC = Admitido sob condições

> ou = 15 AC AC LE NA = Não admitido

> 10 NA NA NA LE = Licenciamento especial

LOCAL > ou = 10 e < 15 NA NA NA

> ou = 15 NA NA NA

114
ANEXO IV – Plantas

Planta 01 – Proposta de Zoneamento Urbano


Planta 02 – Áreas Especiais
Planta 03 – Instrumentos de Política Urbana –
Parcelamento, Edificações ou Utilização
Compulsórios
Planta 04 – Instrumentos da Política Urbana –
IPTU Progressivo

115
01
02
ÍU
PIA
N

BRASÍLIA

LEGENDA
Parque Público
SALVADOR
Perímetro Urbano

Rios
Corregos e charcos
Acessos e saídas
Áreas Verdes
Malha Urbana

Áreas de incidência
do Parcelamento, Edificação
ou Utilização compulsórios

PLANO DIRETOR URBANO DE

BARREIRAS
programa de desenvolvimento municipal e infra-estrutura urbana
IO
SÃO DESIDÉR

0 400 800 1600 instrumentos de


metros
política urbana
Escala 1:40.000

Fevereiro 2003 03
ÍU
PIA
N

BRASÍLIA

LEGENDA
Parque Público
SALVADOR
Perímetro Urbano

Rios
Corregos e charcos
Acessos e saídas
Áreas Verdes
Malha Urbana

Áreas de incidência do
I n s t i t u t o d o
IPTU Progressivo

PLANO DIRETOR URBANO DE

BARREIRAS
programa de desenvolvimento municipal e infra-estrutura urbana
IO
SÃO DESIDÉR

0 400 800 1600 instrumentos de


metros
política urbana
Escala 1:40.000

Fevereiro 2003 04
4. LEI DO CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DE BARREIRAS

4.1. Justificativa

O Código de Obras é o dispositivo legal que define e regulamenta todas as


construções, ampliações, reformas ou demolições das edificações efetuadas
por particulares ou entidades públicas, objetivando a segurança, higiene,
salubridade e conforto. Objetiva, de maneira ampla:
disciplinar os empreendimentos, adequado-os às normas técnicas da
ABNT;
subsidiar a coordenação do crescimento urbano;
controlar a densidade do ambiente edificado;
proteger o meio ambiente;
garantir espaços abertos destinados a preservar a ventilação e
iluminação natural adequadas a todos os edifícios.

Para isto, este Código define, entre outros, os seguintes itens:


tipo de ocupação permitido para um determinado lote;
projeção máxima do edifício sobre o lote ( taxa de ocupação);
área máxima permitida para a construção (coeficiente de utilização);
recuos a serem observados com relação às divisas.

No caso específico de Barreiras, por abrigar erros ortográficos e


inobservância a alguns aspectos construtivos optou-se pela substituição do
atual Código de Obras e pela proposição de uma lei mais atualizada e
contemplativa de aspectos ambientais mais condizentes com os dispositivos
do Estatuto da Cidade, a seguir apresentada neste projeto de lei.

4.2. Projeto de lei

116
LEI DO CÓDIGO MUNICIPAL DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DE
BARREIRAS

TITULO I: DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I: DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

TÍTULO II: DAS NORMAS PARA LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE


OBRAS

CAPÍTULO I: HABILITAÇÃO
Seção Única: Da Infra-estrutura
CAPÍTULO III: DAS LICENÇAS
Seção I: Da Expedição do Alvará
Seção II: Da Conclusão da Obra e Expedição do Habite-se
Seção III: Dos Prazos
CAPÍTULO IV: DA SEGURANÇA PÚBLICA E CONSERVAÇÃO DOS
LOGRADOUROS PÚBLICOS
CAPÍTULO V: DA FISCALIZAÇÃO
CAPÍTULO VI: DAS PENALIDADES E RECURSOS

TITULO III: DAS NORMAS GERAIS DAS EDIFICAÇÕES

CAPÍTULO I: DA IMPLANTAÇÃO
Seção I: Dos Índices de Ocupação
Seção II: Dos Recuos
CAPÍTULO II: DOS COMPARTIMENTOS
Seção I: Da Classificação
Seção II: Do Dimensionamento
CAPÍTULO III: DA VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO
Seção I: Das Áreas Livres
Seção II: Dos Vãos, Iluminação e Ventilação
CAPÍTULO IV: DA CIRCULAÇÃO E SEGURANÇA
Seção I: Da Classificação e Requisitos
Seção II: Das Escadas de Segurança
Seção III: Das Rampas
CAPÍTULO V: DAS GARAGENS E ESTACIONAMENTO

117
TITULO IV: DAS DISPOSIÇÃO FINAIS E TRANSITÓRIAS

ANEXOS:
ANEXO I – Conceitos
ANEXO II – Tabela para Cálculos da População / Empreendimento
ANEXO III – Tabela de Multas
ANEXO IV – Dimensões Mínimas Relativas à Edificações
ANEXO V – Número Mínimo de Vagas de Estacionamento de
Veículos
ANEXO VI – Cálculo para Instalação de Equipamentos Sanitários /
Número de Usuários
ANEXO VII – Classificação dos Empreendimentos de Edificação

118
LEI nº ............, DE.........DE ............DE 2004

Institui normas relativas à execução de


obras e edificações no Município de
Barreiras, revoga a Lei nº 321 de 4 de
março de 1977 e dá outras
providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE BARREIRAS, ESTADO DA BAHIA

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TITULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. Esta Lei estabelece normas para a elaboração de projetos e


execução de qualquer edificação ou obra no Município, com o objetivo de:
I - assegurar a observância de padrões mínimos de segurança,
higiene, salubridade e conforto das edificações;
II - orientar a elaboração de projetos e a execução de
edificações;
III - observar as peculiaridades do sítio urbano, visando a
preservação dos aspectos ecológicos, geotécnicos e de
imagem ambiental;
IV - compatibilizar as disposições desta Lei, com as legislações
federal e estadual, normas técnicas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) e especificações das
concessionárias de serviços públicos;
V - incorporar as novas conquistas tecnológicas e avanços
sociais.

Art. 2º. São partes integrantes desta Lei os seguintes anexos:


I - Anexo I – Conceitos;
II - Anexo II - Tabela para Cálculos de População /
Empreendimento;

119
III - Anexo III - Tabela de Multas;
IV - Anexo IV Dimensões Mínimas de Vagas de Estacionamento /
Empreendimento;
V - Anexo V – Número Mínimo de Vagas de Estacionamentos de
Veículos;
VI - Anexo VI – Cálculo para Instalação de Equipamentos
Sanitários / Número de Usuários;
VII - Anexo VII – Classificação dos Empreendimentos de
Edificação.

TÍTULO II
DAS NORMAS PARA LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE OBRAS

CAPÍTULO I
DA HABILITAÇÃO

Art. 3º. Serão considerados como responsáveis técnicos por obra ou projeto
de que trata esta Lei, os profissionais legalmente habilitados, observados a
regulamentação do exercício profissional e registro na Prefeitura.

Art. 4º. A autoria de projetos poderá ser assumida, ao mesmo tempo, por
dois ou mais profissionais, cujas responsabilidades serão partilhadas
integralmente em conjunto.

Art. 5º. Perante a Prefeitura, a responsabilidade dos autores de projetos tem


início a partir da data do protocolamento do pedido de licença e a do
responsável pela obra quando do início da mesma.

Art. 6º. Os construtores ou responsáveis técnicos pela execução das obras


respondem por:
I - não cumprimento dos projetos aprovados;
II - emprego de material inadequado ou fora do especificado para
a obra;
III - transtorno ou prejuízos causados às edificações vizinhas
durante a execução de obras;
IV - inconvenientes e riscos decorrentes da guarda, de modo
impróprio, de materiais e equipamentos;
V - deficiente instalação e funcionamento do canteiro de serviço;
VI - falta de precaução e conseqüentes acidentes que envolvam
operários e terceiros;

120
VII - –inobservância de quaisquer das disposições desta Lei,
referente à execução de obras.

Parágrafo único. A responsabilidade de que trata este artigo se


estende a danos causados a terceiros e a bens patrimoniais da
União, do Estado ou Município, em decorrência da execução de
obras.

Art. 7º. Durante a execução da obra, ocorrendo modificações que alterem a


concepção do projeto e estejam em desacordo com dispositivos desta Lei, o
responsável pelo projeto deverá comunicar, à Prefeitura, a isenção de sua
responsabilidade técnica quanto às modificações inseridas irregularmente.

Art. 8º. As alterações de responsabilidade técnica pela execução de obras,


por desistência e/ou substituição, devem ser comunicadas à Prefeitura, por
escrito, pelo responsável técnico ou pelo requerente da licença, devendo este
indicar o novo responsável pela obra no prazo de (10) dez dias, a contar da
data do recebimento da notificação da Prefeitura.

CAPÍTULO II
DA APROVAÇÃO DO PROJETO

Art. 9°. A aprovação dos projetos se dará em duas etapas:


I - análise prévia do projeto arquitetônico acompanhado de cópia
de comprovante legal da propriedade do imóvel, onde será
efetuado o empreendimento;
II - análise final.

Parágrafo único. Se for do interesse do requerente, as análises


prévia e definitiva poderão ser efetuadas ao mesmo tempo.

Art. 10. No requerimento da consulta prévia de viabilidade deverão conter as


seguintes indicações:
I - nome e endereço do proprietário;
II - endereço da obra;
III - destinação da obra;
IV - natureza da obra;
V - croqui de situação do lote em relação à quadra.

121
Parágrafo único. A consulta prévia de viabilidade, respondida no
máximo em 10 (dez) dias úteis a contar da data do protocolo e com
validade para 6 (seis) meses, informa ao requerente sobre a
viabilidade ou não do uso posposto, bem como das normas
urbanísticas incidentes sobre o lote, de acordo com o Plano Diretor
Urbano (PDU) e legislações complementares.

Art. 11. Os projetos de arquitetura, encaminhados à Prefeitura, para


aprovação definitiva deverão ser acompanhados dos seguintes documentos:
I - requerimento do pleito assinado pelo proprietário ou
representante legal e pelo profissional habilitado;
II - três vias dos projetos arquitetônico e complementares, com
suas respectivas anotações de responsabilidade técnica
(ART) assinados pelo proprietário ou representante legal do
empreendimento e pelos responsáveis técnicos;
III - cópia de comprovante legal de propriedade do imóvel.

Art. 12. Os projetos arquitetônicos e complementares deverão conter, no


mínimo, as seguintes peças gráficas:
I - croqui de localização do imóvel com a indicação do número
do lote, lotes contíguos e dos arruamentos;
II - planta de situação na escala de 1:200 contendo as seguintes
informações:
a) limites do terreno com suas cotas exatas e posições de
meios-fios;
b) curva de nível à eqüidistância de 1,00 m (um metro) e
indicação de árvores existentes no terreno;
c) orientação do terreno em relação ao norte verdadeiro,
delimitação da edificação no terreno, devidamente
cotada, e os respectivos recuos;
d) índices urbanísticos da zona: índice de utilização (IU),
de ocupação (IO) e de permeabilidade do terreno (IP);
e) área construída total e por pavimento, área ocupada e
área do terreno;
f) área construída para efeito de cálculo do índice de
utilização;
g) número de unidades imobiliárias especificadas por
grupo de uso;
h) gabarito de altura da edificação;

122
i) indicação da fração ideal do terreno quando se tratar
de empreendimento em condomínio;
j) esquema geral indicando as ligações de infra-
estrutura.
III - planta baixa dos diversos pavimentos, na escala 1:50;
IV - seções ou cortes longitudinais e transversais, na escala de
1:50, com indicação obrigatória do perfil do terreno, do meio-
fio e, quando exigido, da referência de nível (RN);
V - planta de elevação de fachada.

§ 1º. As escalas métricas indicadas nos incisos II a V poderão ser


substituídas por outras, mais compatíveis com as dimensões do
empreendimento projetado, desde que não acarretem prejuízo na
clareza das peças gráficas e no perfeito entendimento do projeto.

§ 2º. Nas peças gráficas, havendo diferença entre a aferição em escala


e a cota correspondente, prevalecerá esta última, tolerada uma margem
de erro de 5% (cinco por cento).

§ 3º. A planta de situação deverá ser apresentada em separado das


demais peças gráficas, em formato A4 [21,0 cm (vinte e um
centímetros) x 29,7 cm (vinte e nove vírgula sete centímetros)] ou em
dimensões maiores, de acordo com o porte do empreendimento.

Art. 13. Para a representação gráfica dos projetos deverão ser utilizados
material e técnica adequados, observadas as normas da ABNT para
desenho, sem emendas ou rasuras, admitindo-se, entretanto, correções de
cotas em tinta vermelha, descritas, datadas e assinadas pelo autor do projeto
e visadas pelo técnico responsável pela análise.

Art. 14. Os projetos relativos à execução de reforma ou ampliação, em suas


peças gráficas originais, deverão observar as seguintes convenções:
I - linhas cheias para edificações a serem mantidas;
II - linhas tracejadas para edificações a demolir;
III - linhas cheias com sombreado para edificações a executar.

Art. 15. Caso a Prefeitura julgue que o projeto irá comprometer a segurança
ou o bem estar da coletividade, poderá, a seu critério, solicitar maiores
detalhamentos do projeto, peças gráficas ou reuniões de esclarecimentos
com os responsáveis técnicos do mesmo.

123
Art. 16. Em projetos que, para sua implantação, resultem aterro ou corte no
terreno, superior a 4,00 m (quatro metros), será obrigatória a apresentação
de justificativa, acompanhada de peças gráficas indicativas da movimentação
de terra projetada e do projeto estrutural do sistema de contenção que deve
assegurar a estabilização dos terrenos lindeiros, os dispositivos de drenagem
e o tratamento para recomposição e recobrimento vegetal.

CAPÍTULO III
DAS LICENÇAS

Seção I
Da Expedição de Alvará

Art. 17. Qualquer obra, particular ou pública, só poderá ser iniciada após a
expedição do alvará de licenciamento pela Prefeitura, observadas as
prescrições desta Lei e da Lei de Parcelamento do Solo, Sistema Viário,
Circulação e Transporte e Zoneamento.

Parágrafo único. Às obras de edificações onde se venha a


armazenar, manipular, produzir ou comercializar produtos perigosos,
serão exigidas, além do alvará de que trata o caput, a licença
ambiental nos termos prescritos pela Lei da Política Ambiental.

Art. 18. A licença será requerida à Prefeitura, instruído o pedido com os


projetos necessários e satisfeitas as seguintes condições:
I - requerimento com o nome, endereço, qualificação e
assinatura do requerente ou do seu representante legal;
II - localização do imóvel e natureza da obra que se pretende
executar;
III - prova de quitação do imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana (IPTU);
IV - escritura registrada do imóvel ou qualquer outro documento,
mesmo particular, que comprove ser o requerente proprietário
do imóvel ou ainda, autorização por escrito, do proprietário,
para que terceiros nele construa;
V - prova de quitação da anotação de responsabilidade técnica
(ART) do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
(CREA).

124
Art. 19. Estão isentas de licença as seguintes obras:
I - pinturas externas e internas;
II - passeios e muros de alinhamento de gradil;
III - reparos e revestimentos de fachadas e telhados que não
impliquem na execução de lajes.

§ 1º. A isenção de licença de que trata este artigo não implica em


dispensa de atendimento às disposições desta Lei, ficando a obra
passível de verificação e fiscalização.

§ 2º. Será fixado, pela fiscalização, prazo para a construção de muros


de gradil e de passeios pelos proprietários de terrenos ainda não
edificados, findo o qual a Prefeitura executará as referidas obras,
aplicando ao infrator a multa prevista na tabela constante do Anexo II
desta Lei, independentemente da cobrança da taxa de administração,
correspondente a 30% (trinta por cento) do valor das obras.

§ 3º. Será obrigação dos proprietários loteantes e de


desmembramentos a execução de passeios em loteamentos e
desmembramentos aprovados.

Art. 20. Independem de apresentação de projetos, os pedidos de licença


para as seguintes obras:
I - muro divisório com até 2,00 m (dois metros) de altura que não
implique na execução de obras de contenção;
II - reforma, na zona rural, de acréscimo, não excedente a 40%
(quarenta por cento), da área edificada preexistente, desde
que a área acrescida não ultrapasse de 60,00 m² (sessenta
metros quadrados);
III - construção de caixa d’água ou cobertura de vagas para
veículos em edificação uniresidencial;
IV - guaritas, bilheterias e passagem coberta de acesso à
edificação;
V - execução de lajes até o limite de 25,00 m² (vinte e cinco
metros quadrados) ou de 1,00 m³ (um metro cúbico) de
concreto armado;
VI - construção, reforma e/ou ampliação de empreendimento
uniresidencial de qualquer porte, devendo o pedido de licença
ser instruído com as peças gráficas referidas nos incisos I e II
do artigo 12 desta Lei.

125
Art. 21. Deverá ser requerido novo alvará de licença quando:
I - estiver prescrito o alvará;
II - ocorrer substituição de projeto ou modificações substanciais
que impliquem em aumento de área construída total e de
cada unidade imobiliária, alteração nos projetos
complementares e estruturais e na atividade e/ou uso
originalmente especificado.

Art. 22. Dependem apenas de comunicação à Prefeitura pequenas


modificações no projeto aprovado, não incluídas nas condições referidas no
inciso II do artigo 21, que venham a ocorrer durante a obra, desde que
atendam à legislação vigente.

Parágrafo único. Caberá ao responsável pela execução da obra a


comunicação dessas modificações à Prefeitura, ficando a critério desta
exigir ou não a representação gráfica das mesmas para anexação ao
projeto anterior.

Art. 23. As solicitações de ligações provisórias e definitivas de água e


energia elétrica, junto às concessionárias, ficam condicionadas à
apresentação do respectivo alvará municipal.

Art 24. A execução de qualquer obra em edificação tombada pela Secretaria


do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) ou por outro órgão
público, ou sobre terreno situado em área protegida por legislação específica,
só poderá ser licenciada após anuência do órgão fiscalizador, observadas as
disposições da legislação pertinente.

Art. 25. O recolhimento dos tributos e emolumentos relativos à concessão do


alvará de licenciamento dar-se-á no ato do protocolamento do pedido da
licença para construir.

Art. 26 O alvará de licenciamento terá validade de doze meses, contados a


partir da data de sua expedição, findo o qual e não tendo sido iniciada a
construção, o mesmo perderá seu valor, devendo então ser renovado.

§1°. Para efeito da presente Lei, uma edificação será considerada


iniciada após a conclusão das fundações definidas no projeto estrutural.

126
§2°. Considera-se prescrito o alvará de licenciamento quando, após ser
iniciada, a obra venha a sofrer uma interrupção superior a 180 (cento e
oitenta) dias.

§3°. O alvará de licenciamento será cassado quando se apurar a


realização de obras em desacordo com o projeto aprovado e
inadaptáveis às normas desta Lei.

§4°. O alvará de licenciamento será revogado quando comprovado


relevante interesse público à não realização da obra.

§5°. O alvará de licenciamento será anulado quando constatada


irregularidade na sua concessão.

Art. 27 O ato de revogação de alvará de licenciamento será da competência


exclusiva da Prefeitura, em processo administrativo específico e devidamente
instruído.

Art. 28. O alvará de licenciamento deverá, obrigatoriamente, permanecer no


local da obra juntamente com um jogo completo dos projetos arquitetônico e
complementares aprovados, para que possam ser apresentados sempre que
solicitados pela fiscalização municipal.

Seção III
Da Conclusão da Obra e Expedição de Habite-se

Art. 29. Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem que seja procedida a
vistoria pela Prefeitura e expedido o respectivo “habite-se”.

Parágrafo único. A construção é considerada como concluída quando


tiver condições de habitabilidade ou de utilização.

Art 30. Após a conclusão de obra, deverá ser requerida a vistoria da


Prefeitura, através de requerimento acompanhado dos seguintes
documentos:
I - cópia do alvará de licença;
II - anuência do autor do projeto e do responsável pela execução
da obra de que a edificação está de acordo com o projeto
aprovado;
III - alterações do projeto na forma do artigo 21, se for o caso;

127
IV - prova de quitação do IPTU;
V - escritura registrada do terreno;
VI - laudo de vistoria das concessionárias de serviços públicos,
quando for o caso.

§ 1º. A comunicação de que trata este artigo deverá ocorrer dentro do


prazo de validade do alvará de licença, sob pena de pagamento de
multa e tributos estabelecidos em lei.

§ 2º. As obras passíveis de autorização dependem, também, de


comunicado de conclusão para vistoria e aceitação pela Prefeitura.

§ 3º. Independerão de alvará de “habite-se”, as obras não sujeitas a


alvará de licença, que ficarão, entretanto, passíveis de controle e
aceitação pela Prefeitura.

Art. 31. Após a vistoria, se for constatada a observância ao projeto aprovado


e ao licenciamento concedido, a Prefeitura fornecerá o “habite-se”, no prazo
máximo de 7 (dias) dias úteis, a contar da data de entrega do requerimento, e
a edificação será incluída no cadastro técnico, com vista à tributação.

Parágrafo único. Apurada a inobservância do projeto, deverá o


requerente, no prazo que a Prefeitura estipular, ajustar a edificação às
disposições legais, sem prejuízo da multa devida, para posterior
expedição do alvará de “habite-se”.

Art. 32. Toda expedição de alvará de “habite-se” fica condicionada à prévia


quitação de multas referentes à obra licenciada.

Art. 33 O alvará de “habite-se” só será concedido quando:


I - a construção estiver em perfeita observância às normas
instituídas por este Código, pela ABNT e em relação ao
projeto e peças gráficas aprovados;
II - estiver adequadamente executado o passeio externo ao
empreendimento, caso este se localize em via pavimentada;
III - tiver sido executada a ligação do sistema de esgoto sanitário
à rede do logradouro ou, na falta desta, à adequada fossa
séptica e ao sumidouro;
IV - estiver assegurado o correto escoamento das águas pluviais
do terreno edificado;

128
V - for apresentado certificado de perfeito funcionamento dos
elevadores, quando for o caso, expedido pela empresa
montadora do equipamento.

Art. 34. No caso de construção de empreendimento em condomínio ou sob


regime de incorporação, deverá o requerente, quando da comunicação de
conclusão da obra, indicar por escrito os nomes dos condôminos para
posterior expedição de “habite-se” individualizados.

Parágrafo Único. O não atendimento do disposto no caput deste


artigo, implicará na expedição do “habite-se” no nome exclusivo do
requerente.

Art. 35. Poderá ser concedido “habite-se” parcial para as obras licenciadas,
desde que as partes liberadas possam ser ocupadas, utilizadas ou habitadas,
independentemente uma das outras, sem risco para os usuários da
edificação.

Parágrafo único. Não será expedido o “habite-se” parcial se não


tiverem sido atendidas as exigências dos demais órgãos competentes e
concessionários dos serviços públicos.

Seção IV
Dos Prazos

Art. 36. Os pedidos de licença de que trata este Capítulo serão analisados e
receberão despacho decisório no prazo de 20 (vinte) dias úteis, contado da
data em que o pedido for protocolado na Prefeitura.

§ 1º. O prazo previsto neste artigo poderá ser prorrogado até o seu
dobro, quando, por motivo justificado, não se completarem as
diligências que o processo exigir, não sendo também computado no
referido prazo, o período em que o processo tramitar em órgãos
externos à Prefeitura.

§ 2º. As diligências que dependam do requerente e a este comunicadas


oficialmente, interrompem quaisquer prazos até o efetivo atendimento
da solicitação, fato este registrado no processo.

CAPÍTULO IV

129
DA SEGURANÇA PÚBLICA E DA CONSERVAÇÃO DOS LOGRADOUROS
PÚBLICOS

Art 37. Durante a execução das obras, o proprietário ou profissional


responsável deverão garantir a segurança dos operários, do público e das
propriedades vizinhas, através das seguintes providências:
I - evitar o incomodo para a vizinhança, pela queda de detritos,
produção de poeira e ruído excessivos, em consonância com
os dispositivos estabelecidos no Código de Posturas;
II - evitar a obstrução de logradouros públicos e providenciar que
os leitos destes sejam mantidos em perfeito estado de
conservação e limpeza, atendidas as exigências do Código de
Posturas;
III - instalar tapumes e andaimes, de acordo com o estabelecido
no Código de Posturas;
IV - manter, durante a execução das obras, em local visível para a
fiscalização, placa com dimensões de 1,40 m (um metro e
quarenta centímetros) x 1,00 m (um metro), contendo os
seguintes dados:
a) número e data de emissão do alvará de licença;
b) categoria do empreendimento em execução, segundo
seu grupo de uso, e número do processo
administrativo que gerou o alvará.

CAPÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 38. A Prefeitura fiscalizará as obras requeridas, realizando as vistorias


julgadas necessárias, afim de que as mesmas sejam executadas dentro das
disposições previstas nesta Lei e demais normas pertinentes, aplicando-se
as penalidades cabíveis, quando for o caso.

Art. 39. A fiscalização será exercida por agentes credenciados pela


Prefeitura, ficando assegurado o seu acesso ao local da obra, mediante
apresentação da identidade funcional.

Parágrafo único. Compete aos agentes credenciados, a aplicação das


penalidades previstas nesta Lei e nos regulamentos dela decorrentes.

CAPÍTULO VI

130
DAS PENALIDADES E RECURSOS

Art. 40. Aos infratores das disposições contidas nesta Lei e das normas dela
decorrentes, serão aplicadas as seguintes penalidades, precedidas de
notificação e/ou auto de infração:
I - multa;
II - embargo;
III - interdição;
IV - apreensão de materiais e equipamentos;
V - demolição.

Art. 41. Por transgressão do disposto nesta Lei e das normas dela
decorrentes, consideram-se infratores:
I - o requerente;
II - o autor do projeto;
III - o responsável técnico pela obra;
IV - o proprietário ou locatário do imóvel.

Art. 42. Quando da aplicação das penalidades previstas no artigo 40 desta


Lei, serão considerados agravantes:
I - impedir ou dificultar a ação fiscalizadora da Prefeitura;
II - reincidir em infrações às normas desta Lei e da Lei de
Parcelamento do Solo, Sistema Viário, Circulação e
Transporte e Zoneamento.

Art. 43. A notificação será expedida pela fiscalização quando constatada


qualquer irregularidade na execução da obra, devendo constar do documento
o prazo para que a mesma seja sanada.

Art. 44. A multa será aplicada proporcionalmente à natureza e gravidade da


infração cometida, conforme Tabela constante do Anexo III desta Lei, após o
julgamento final do auto de infração.

Parágrafo único. A quitação de multa pelo infrator não o exime de


cumprir o que for determinado pela Prefeitura, visando sanar a
irregularidade detectada pela fiscalização.

Art. 45. O embargo será aplicado, findo o prazo fixado em notificação,


quando não for sanada a irregularidade apurada pela fiscalização e após
lavrado o auto de infração.

131
Art. 46. A interdição será aplicada, sempre que se verificar:
I - prosseguimento de obra embargada;
II - execução de obra ou edificação, habitada ou não, que ponha
em risco a sua estabilidade ou exponha a perigo os
moradores, a vizinhança, os operários e terceiros.

Parágrafo único. Enquanto interditada, é proibido, a qualquer título, o


ingresso de pessoas na obra ou edificação, exceto aquelas
credenciadas por autoridade competente.

Art. 47. A apreensão de materiais e equipamentos, dar-se-á quando não


cumprida a interdição.

Art. 48. A demolição de obra será efetivada, total ou parcialmente, sempre


que:
I - inadaptável às disposições desta Lei e da Lei de
Parcelamento do Solo, Sistema Viário, Circulação e
Transporte e Zoneamento.
II - comprovada a impossibilidade de recuperação, quando
interditada, na forma do inciso II do artigo 46 desta Lei.

§ 1º. A demolição de que trata este artigo far-se-á às expensas do


proprietário e será iniciada e concluída em prazos fixados em
notificação.

§ 2º. Prescrito o prazo estabelecido para conclusão dos serviços, a


Prefeitura, executará a demolição cobrando as despesas dela
decorrentes, acrescidas de 30% (trinta por cento) do seu valor, como
taxa de administração e sem prejuízo da aplicação da multa estipulada
na Tabela de Multas constante do Anexo III desta Lei.

§ 3º. Realizada a vistoria e constatado iminente risco de desabamento,


poderá a Prefeitura executar a demolição, sem prévia anuência do
proprietário, cobrando-lhe as despesas mencionadas no parágrafo
segundo.

Art. 49. Toda obra iniciada, sem a devida licença, em áreas de domínio
público ou em terrenos do domínio da União, será sumariamente demolida,

132
imputando-se ao infrator as despesas decorrentes, sem prejuízo da multa
referenciada na Tabela de Multas constante do Anexo III desta Lei.

Art. 50. Caberá recurso contra qualquer decisão proferida com respaldo
nesta Lei e nos regulamentos dela decorrentes, devidamente instruído com
os elementos necessários ao seu exame, dirigido à autoridade
imediatamente superior àquela que aplicou a penalidade.

§1º. O prazo para interposição do recurso pelo interessado será de 15


(quinze) dias, contado da data em que tomar conhecimento da
penalidade imposta.

§2º. O recurso, em caso de multa imposta, deverá estar acompanhado


de prova de quitação da sanção aplicada.

§3º. Ocorrendo decisão favorável ao interessado, será efetuada a


restituição do valor recolhido, sem qualquer acréscimo.

§4º. Nenhum recurso terá efeito suspensivo.

Art. 51. A autoridade que aplicou a penalidade deverá manifestar-se em


parecer fundamentado, no prazo máximo de 7 (sete) dias úteis, a partir da
data do protocolamento do recurso.

Art. 52. A autoridade competente para decidir, em última instância, e no


âmbito administrativo, obedecidas às disposições legais, é o Prefeito, ouvido
o Conselho Municipal de Desenvolvimento, nos casos previstos em lei.

133
TÍTULO III
DAS NORMAS GERAIS DAS EDIFICAÇÕES

CAPÍTULO I
DA IMPLANTAÇÃO

Art. 53. A implantação da edificação deverá acomodar-se à topografia,


evitando-se cortes ou aterros, num só plano, com a altura superior a 4,00 m
(quatro metros).

Parágrafo único. Ultrapassado o limite de altura fixado neste artigo,


deverá ser atendido o disposto no artigo 16 desta Lei.

Art. 54. Nos terrenos em declive, admite-se que o pavimento térreo da


edificação fique situado em cota superior àquela fixada para esse pavimento,
desde que a cota do piso do “hall” de acesso não ultrapasse a altura de 1,50
m (um metro e cinqüenta centímetros), em relação ao meio-fio, no ponto
médio da testada do lote.

Parágrafo único. Admite-se a utilização de rampa, com inclinação


máxima de 12% (doze por cento), para que seja vencida a diferença de
nível entre o logradouro e o pavimento térreo, em substituição ao “hall”
de acesso referido no caput deste artigo.

Art. 55. Nos terrenos em declive, o pavimento térreo da edificação poderá


situar-se em cota inferior àquela fixada para esse pavimento, desde que a
diferença de nível em relação ao logradouro público seja vencida através de
rampa cuja declividade não exceda a 12% (doze por cento).

Art. 56. Os empreendimentos multiresidenciais poderão ter o seu pavimento


térreo ocupado com unidades imobiliárias ou compartimentos com
equipamentos de apoio e de uso comum da edificação, sem prejuízo da área
mínima coberta exigida pela Lei de Parcelamento do Solo, Sistema Viário,
Circulação e Transporte e Zoneamento.

§ 1º. Os espaços cobertos, destinados à recreação, poderão situar-se


em qualquer pavimento da edificação, desde que sejam asseguradas
as condições mínimas indispensáveis à sua plena utilização.

134
§ 2º. Em edificações que não disponham de elevador, a altura (H) entre
o piso de qualquer pavimento e o piso do play-ground não poderá ser
superior a 11,00m (onze metros).

Seção I
Dos Índices de Ocupação

Art. 57. Toda edificação será regulada, em cada zona, com base nos
parâmetros urbanísticos constantes do Anexo II da Lei de Parcelamento do
Solo, Sistema Viário, Circulação, Transporte e Zoneamento e no Anexo IV
desta Lei.

Art. 58. Alguns elementos da edificação, na aplicação dos índices dos


parâmetros urbanísticos, terão os seguintes tratamentos especiais:
I - poderão situar-se nas áreas de recuo;
II - não serão computados no índice de ocupação (IO), desde que
respeitado o índice de permeabilidade do terreno (IP)
III - permissão para não ser computado como área construída
para efeito da aplicação do coeficiente de aproveitamento
básico (CAB).

§ 1º. Serão aplicáveis os incisos I, II e III aos seguintes elementos:


I - marquises até, no máximo, metade do recuo;
II - reservatórios enterrados, abrigos de medidores e de lixo,
caixas-d'água, abrigos de bombas, casas de máquinas e
subestações;
III - bilheterias, guaritas e portarias, desde que o somatório de
suas áreas úteis cobertas não seja menor do que 0,5% (meio
por cento) da área ocupada pela edificação, respeitado o
limite máximo de 10,00 m² (dez metros quadrados);
IV - placas com nome ou número da edificação, muros, bancos,
espelhos d′água e equipamentos descobertos de lazer
inclusive piscinas;
V - rampas, passarelas e escadas de acesso à edificação, desde
que correspondam a, no máximo, metade da área de recuo;
VI - garagens ou estacionamentos de veículos, respeitados os
recuos exigidos, exceto para edifícios-garagem.

§ 2º. Serão aplicáveis os incisos I e II aos seguintes elementos:

135
I - saliências, estruturais ou não, até 0,40 m (quarenta
centímetros) de profundidade;
II - balanços até a profundidade de 0,50 m (cinqüenta
centímetros).

§ 3º. Serão aplicáveis os incisos II e III aos seguintes elementos:


I - coberturas de tanques e pequenos telheiros, desde que a
área seja menor do que 4,00 m² (quatro metros quadrados);

§ 4º. Será aplicável o inciso III aos seguintes elementos:


I - apartamento de zelador até 18,00 m² de área útil, desde que
dotada de instalação sanitária;
II - depósito no primeiro subsolo;
III - mezaninos para empreendimento comerciais, de serviços ou
de uso misto;
IV - pavimento térreo em pilotis para uso residencial, desde que
livres de qualquer vedação, a não ser caixas de escada, poço
de elevador, bem como as áreas constante do inciso VII;
V - casas de máquinas e de força, subestações, salas de
medidores e depósitos para uso exclusivo de condomínio ou
condôminos, desde que localizados no subsolo, garagem ou
cobertura;
VI - varandas, jardineiras, balcões, circulações verticais de uso
coletivo, poços de elevadores e “halls” de elevadores,
antecâmaras e escadas;
VII - salas, salões de jogos, de festas, de ginástica, equipamentos
de apoio às atividades de uso comum.

§ 5º. Será aplicável somente o elemento disposto no inciso I do caput


deste artigo, para os balanços até a profundidade de 0,50 m (cinqüenta
centímetros).

Art. 59. Os empreendimentos de usos misto, comercial e de serviços,


voltados para ruas arteriais e coletoras, terão os índices de ocupação (IO)
calculados de acordo com os seguintes critérios:
I - as áreas do pavimento térreo e do primeiro pavimento serão
resultantes, no máximo, da aplicação dos recuos frontal,
lateral e de fundos;
II - o pavimento térreo, além do recuo frontal previsto no inciso I,
deverá ter galeria ao longo da fachada lindeira aos

136
logradouros, com profundidade mínima de 2,50 m (dois
metros e cinqüenta centímetros) e pé direito de 5,50 m (cinco
metros e cinqüenta centímetros);
III - o segundo pavimento, bem como os seguintes, terão área
máxima equivalente a 70% (setenta por cento) da ocupação
permitida para o primeiro pavimento.

Seção II
Dos Recuos

Art. 60. Qualquer edificação, quanto aos recuos mínimos de frente, índice de
ocupação, taxa de permeabilidade, coeficiente de aproveitamento e gabarito,
obedecerá aos parâmetros urbanísticos integrantes do Anexo II da Lei de
Parcelamento do Solo, Sistema Viário, Circulação, Transporte e Zoneamento.

Parágrafo único. As normas do artigo 61 são complementares aos


dispositivos apresentados no Anexo citado no caput.

Art. 61. Os recuos laterais, de frente e de fundo exigidos quando da


implantação da edificação do terreno, são definidos em função do
empreendimento, da via e da zona.

§ 1º. Para as fórmulas citadas neste artigo, consideram-se os seguintes


significados:
I - R = recuo mínimo;
II - RU = recuo mínimo na zona fixada no Anexo II da Lei de
Parcelamento do Solo, Sistema Viário, Circulação, Transporte
e Zoneamento;
III - N = número de pavimentos.

§ 2º. Para empreendimentos com mais de 2 (dois) pavimentos, os


recuos frontais variarão de acordo com as seguintes fórmulas:
I - em vias arteriais: R = RU + 1,0 (N - 2);
II - em vias coletoras: R = RU + 0,8 (N – 2);
III - em vias locais: R = RU + 0.4 (N – 2).

§ 3º. Para empreendimentos com mais de 4 (quatro) pavimentos, os


recuos laterais atenderão à fórmula R = 1,5 + 0,2 (N – 4).

§ 4º. Será dobrado o recuo lateral exigido, sempre que a edificação


encostar-se em uma das divisas do lote.

137
§ 5º. Os recuos exigidos neste artigo são considerados como área não
edificável, salvo as exceções previstas nesta Lei.

§ 6º. Excluem-se dos dispositivos deste artigo as edificações


localizadas nas zonas especiais de interesse social (ZEIS).

CAPÍTULO II
DOS COMPARTIMENTOS

Seção I
Da Classificação

Art. 62. Os compartimentos da edificação, conforme sua destinação e de


acordo com o tempo estimado para permanência humana em seu interior,
assim se classificam:
I - de utilização prolongada;
II - de utilização eventual;
III - de utilização especial;
IV - de utilização controlada.

Art. 63. Os compartimentos de utilização prolongada são aqueles que


abrigam, pelo menos, uma das funções de:
I - dormir, repousar, tratar ou recuperar a saúde;
II - estar, reunir ou recrear;
III - trabalhar, comercializar, industrializar, ensinar e estudar;
IV - preparar e consumir alimentos.

Art. 64. Os compartimentos de utilização eventual são aqueles que abrigam


pelo menos, uma das funções de:
I - circulação e acesso de pessoas;
II - higiene pessoal, troca ou guarda de roupas;
III - lavagem de roupa e serviço de limpeza;
IV - depósito para guarda de material, utensílios ou peças sem
possibilidade de qualquer atividade no local.

Art. 65. Os compartimentos de utilização especial são aqueles que, embora


podendo abrigar as funções relacionadas nos artigos 63 e 64, apresentam
características e condições peculiares às suas destinações.

138
Parágrafo único. São considerados compartimentos de utilização
especial, entre outros, os seguintes:
I - auditórios e anfiteatros;
II - cinemas, teatros e salas de espetáculos;
III - museus e galerias de arte;
IV - estúdios de gravação, de rádio e de televisão;
V - laboratórios fotográficos, cinematográficos e de som;
VI - centros cirúrgicos e salas de raios-X;
VII - salas de computadores e telefonia;
VIII - saunas e salas de ginásticas;
IX - garagem.

Art. 66. Os compartimentos de utilização controlada são aqueles cuja função


é desvinculada da permanência humana e apresentam peculiaridades
especiais e distintas daquelas citadas nos artigos anteriores desta seção,
tendo em vista as exigências de higiene, salubridade e segurança,
compatíveis com a função a que se destinam.

Seção II
Do Dimensionamento

Art. 67. As edificações residenciais terão no mínimo:


I - 1 (uma) cozinha;
II - 1 (um) banheiro;
III - 1 (um) quarto;
IV - 1 (um) estar.

§ 1º. Para efeito do cálculo do número de pessoas da unidade


imobiliária residencial, consideram-se as relações abaixo:
I - unidade imobiliária com até 1 (um) dormitório: 2 (duas)
pessoas;
II - unidade imobiliária com 2 (dois) dormitórios: 4 (quatro)
pessoas;
III - unidade imobiliária com 3 (três) dormitórios: 5 (cinco)
pessoas;
IV - unidade imobiliária com mais de 3 (três) dormitórios: 7 (sete)
pessoas.

§ 2º. A área útil mínima da unidade imobiliária residencial é de 20,00 m²


(vinte metros quadrados).

139
§ 3º. Os empreendimentos destinados à atividade uniresidencial,
quando implantados em lotes individualizados, estão desobrigados do
disposto no caput deste artigo, admitindo-se inclusive a adoção do
módulo habitacional tipo embrião.

Art. 68. Para efeito desta Lei os compartimentos das unidades imobiliárias
residenciais terão os dimensionamentos mínimos estabelecidos de acordo
com o Anexo IV, que define:
I - os valores mínimos de vãos de iluminação e ventilação;
II - os valores mínimos dos vãos de acesso;
III - a altura mínima do pé direito;
IV - a área mínima dos compartimentos;
V - o diâmetro mínimo do círculo inscrito no polígono gerado
pelas paredes divisórias do compartimento.

Art. 69. No caso de unidades imobiliárias não residenciais, o


dimensionamento de compartimentos de permanência prolongada será
definido de acordo com a função e o número de pessoas a que se destina,
com base na Tabela constante do Anexo II desta Lei.

Art. 70. O compartimento de utilização especial terá sua área dimensionada


de acordo com sua função e o número de pessoas a que se destina e
calculada conforme estabelecido em tabela constante do Anexo II desta Lei e
em normas e regulamentos específicos.

Art. 71. O compartimento de utilização controlada terá sua área definida em


função de sua destinação e do desempenho funcional dos equipamentos
nele instalado.

§ 1º. Acima de 150 (cento e cinqüenta) pessoas, para cada grupo de 40


(quarenta) pessoas será acrescentado um equipamento a mais, de
cada tipo.

§ 2º. Quando as instalações sanitárias não se localizarem no pavimento


dos compartimentos a que servem, deverão situar-se em pavimento
imediatamente inferior ou superior.

140
Art. 72. A quantidade de equipamentos sanitários nas edificações não
residenciais será proporcional ao número de usuários que é calculado com
base no Anexo VI desta Lei.

Art. 73. As edificações destinadas a uso público deverão dispor de


instalações sanitárias apropriadas ao uso por portadores de necessidades
especiais, devidamente identificadas, situadas no pavimento térreo ou
pavimento de acesso principal à edificação.

Parágrafo único. Quando na edificação houver pavimentos que


contenham compartimentos destinados a atividades especiais que
resultem afluxo de pessoas, deverão estes pavimentos dispor de
instalações sanitárias nos termos exigidos no caput deste artigo.

CAPÍTULO III
INSOLAÇÃO, DIMENSIONAMENTO, VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO

Seção I
Das Áreas Livres

Art. 74. Para os efeitos desta Lei, as áreas livres classificam-se em principais
e secundárias, podendo ser abertas ou fechadas, e se destinam à iluminação
e ventilação dos compartimentos da edificação.

Parágrafo único. Os compartimentos de utilização prolongada só


poderão ser iluminados e ventilados por áreas principais, exceto copa e
cozinha, que poderão ser iluminados e ventilados através de áreas
secundárias.

Art. 75 As áreas livres referidas no artigo 74 desta Lei atenderão aos


seguintes requisitos:
I - nas edificações com até 2 (dois) pavimentos:
a) a área aberta, principal ou secundária, deverá ter
largura mínima de 1,50 m (um metro e cinqüenta
centímetros);
b) a área fechada; principal ou secundária, deverá
permitir a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo
de 2,00 m (dois metros), cujo centro esteja situado na
perpendicular a qualquer ponto do vão de iluminação

141
ou ventilação exigido e, em qualquer caso, ter no
mínimo 7,00m² (sete metros quadrados);
II - nas edificações com mais de 2 (dois) pavimentos:
a) a largura mínima da área aberta principal será
calculada pela fórmula L = 1,50m + 0,40m (N-2), onde
N é o número de pavimentos da edificação, medida na
perpendicular ao plano do vão de iluminação e
ventilação exigido e referenciada a qualquer de seus
pontos;
b) a área fechada principal deverá permitir, ao nível de
cada piso, a inscrição de um círculo cujo diâmetro (D)
mínimo seja calculado pela fórmula D = 2,00m + 0,50m
(N-2), onde N é o número de pavimentos da edificação,
observados os mesmos requisitos previstos na alínea b
do inciso I;
c) a área secundária, aberta ou fechada, atenderá às
mesmas disposições das alíneas “a” e “b” substituindo-
se os fatores 0,40 (quarenta centímetros) e 0,50
(cinqüenta centímetros) das fórmulas para 0,20m (vinte
centímetros) e 0,30m (trinta centímetros),
respectivamente.

§ 1º. Quando a área de iluminação, aberta ou fechada, servir a mais de


uma unidade imobiliária, existindo vão de iluminação e ventilação em
paredes confrontantes de unidades distintas, a distância mínima entre
estas paredes será, obrigatoriamente de 3,00m (três metros).

§ 2º. Nas edificações com altura superior a dezesseis metros (16 m),
não será permitida a utilização, para fins de ventilação e iluminação, de
áreas internas fechadas em todas as suas faces. Estas deverão ter no
mínimo uma face livre, aberta para o exterior.

§ 3º. Não será computado como pavimento para o cálculo da largura e


diâmetro mínimos, de que trata este artigo, o pavimento térreo da
edificação quando em pilotis ou quando abaixo deste não houver
pavimentos ocupados com unidades imobiliárias.

Seção II
Dos Vãos e Iluminação e Ventilação

142
Art. 76. Nenhuma abertura de iluminação e ventilação de edificação, poderá
distar menos de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) das divisas do
terreno, medido na perpendicular a qualquer de seus pontos.

§ 1°. Os vãos de iluminação e ventilação dos compartimentos deverão


atender as indicações do Anexo IV.

§ 2°. A iluminação e ventilação dos compartimentos de permanência


especial ou controlada atenderão às suas especificidades funcionais.

Art. 77. Quando o compartimento dispuser de uma só abertura de iluminação


para o exterior, sua profundidade medida a partir desta abertura não poderá
exceder de 3 (três) vezes seu pé direito, para que seja considerada como
dispositivo de iluminação e ventilação.

§ 1º. Em caso de abertura voltada para varanda, alpendre ou


compartimento similar, a profundidade referida neste artigo será medida
a partir do bordo externo da varanda ou alpendre.

§ 2º. No caso de lojas, a profundidade de que trata este artigo, não


poderá exceder de 4 (quatro) vezes seu pé direito.

Art. 78. As circulações horizontais com extensão superior a 20,00 m (vinte


metros) deverão dispor de abertura para o exterior.

Parágrafo único. As circulações com extensão inferior a 20,00 m (vinte


metros) poderão ser ventiladas através do poço, conforme exigido nesta
seção.

Art. 79. O “hall” de elevador deverá ter assegurado ventilação e iluminação


natural por pavimento, ainda que indireta.

Art. 80. Os sanitários poderão ser ventilados e/ou iluminados de maneira


indireta, através de poços ou dutos formados pelo rebaixo de teto do
compartimento que lhe é vizinho, observada à distância máxima de 2,50 m
(dois metros e cinqüenta centímetros), no caso de duto, entre o vão de
iluminação do sanitário e o exterior da edificação.

Parágrafo único. Numa mesma unidade imobiliária admite-se a


iluminação de um sanitário através de outro, sem necessidades de

143
rebaixo do teto, respeitada a distância para o exterior como
estabelecido no caput deste artigo.

Art. 81. Os poços de ventilação e iluminação devem atender aos seguintes


requisitos:
I - ter acesso para possibilitar sua inspeção;
II - ter área e largura mínimas, respectivamente, 1,60 m² (um
metro e sessenta centímetros quadrados) e 0,80 m (oitenta
centímetros).

CAPÍTULO IV
DA CIRCULAÇÃO E SEGURANÇA

Seção I
Da Classificação e Requisitos

Art. 82. Os espaços de circulação horizontal e vertical são classificados


como de uso coletivo e privativo e dimensionados em função da população
prevista para o empreendimento.

§ 1°. Os espaços de circulação de uso privativo, considerados como tal


os que se destinam às unidades residenciais unifamiliares ou
edificações em geral, deverão ter largura mínima de 80 cm (oitenta
centímetros);

§ 2°. Os espaços de circulação de uso coletivo, considerados como tal


os que se destinam ao uso público ou coletivo e não se enquadrem nas
condições estabelecidas no parágrafo primeiro, deverão ter largura
mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros)

§ 3°. Os espaços destinados à circulação de uso coletivo e escoamento


da população, como antecâmaras, escadas ou rampas, átrios,
corredores e saídas, entre outros, serão sinalizados e terão instalação
completa de luz de emergência que proporcione adequado nível de
iluminação;

§ 4°. No interior de caixa de escada ou de antecâmara não poderá ser


colocado nenhum tipo de equipamento ou duto.

144
Art. 83. As escadas de uso coletivo conforme características, grau de risco,
porte e altura da edificação classificam em:
I - simples;
II - protegidas;
III - enclausuradas.

Art. 84. Serão excluídas do cômputo da área útil dos pavimentos, para efeito
de cálculo de população, aquelas áreas que correspondam às circulações
horizontal e vertical, passagem de dutos e de equipamentos especiais,
garagens, casas de máquina, subestações e outras áreas que, por sua
função, não abriguem pessoas.

§ 1º. No caso de grupos de lojas, centros comerciais e shopping


centers, serão computadas as áreas úteis correspondentes aos
vestíbulos, corredores, galerias e saídas.

§ 2º. A vazão proporcionada por elevadores, escadas rolantes ou outros


dispositivos mecânicos, não será considerada para efeito do
dimensionamento dos espaços destinados ao escoamento da
população.

§ 3º. Nos casos de edificações especiais a relação m²/pessoa poderá


basear-se em dados técnicos justificados no projeto das instalações,
sistemas de mecanização ou processo industrial.

Art. 85. Nas escadas, as dimensões dos degraus serão estabelecidas pela
fórmula 2h + p = 0,62 m a 0,64 m (sessenta e dois a sessenta e quatro
centímetros), onde “h” é a altura do degrau, máximo de 0,18 m (dezoito
centímetros) e “p” o seu piso, não podendo este ser inferior a 0,27 m (vinte e
sete centímetros).

Art. 86. Quando a largura de escada coletiva for superior a 3,60 m (três
metros e sessenta centímetros), o projeto deverá prever duas ou mais
escadas, cujas capacidades somadas atendam ao exigido no referido
cálculo. No caso de acesso externo a pavimento térreo de edificação, admite-
se a subdivisão da escada com corrimãos.

Art. 87. As escadas principais de uso coletivo deverão atender, ainda, aos
seguintes requisitos:

145
I - ter corrimão obrigatório em ambas as laterais, observadas as
seguintes exigências:
a) ter corrimão intermediário, quando tiver largura entre
2,40 m (dois metros e quarenta centímetros) e 3,60 m
(três metros e sessenta centímetros);
b) ter lances retos com, no mínimo, 3 (três) degraus,
contados pelo número de espelhos, com patamares
intermediários sempre que ocorrer mudança de direção
ou quando o número de degraus resultar superior a 18
(dezoito).
II - serem construídas em concreto armado, ter piso
antiderrapante e parede resistente ao fogo.

Seção II
Escadas de Segurança

Art. 88. As escadas protegidas, além dos requisitos exigidos para as de uso
coletivo, deverão atender as seguintes características:
I - dispor de porta resistente ao fogo por período mínimo de 1
(uma) hora, ao nível de cada pavimento, conforme normas
técnicas da ABNT;
II - ter as paredes que a envolvem construídas com material
resistente ao fogo por um período mínimo de 2 (duas) horas;
III - dispor de iluminação artificial de emergência, acionável
independentemente de iluminação geral da edificação.

Parágrafo único. Quando indicado, no projeto, iluminação natural


direta, o vão deverá observar dimensão máxima de 1,00 m² (um metro
quadrado) e ser guarnecido com bloco de vidro ou caixilho metálico fixo,
com vidro armado de 6 mm (seis milímetros) de espessura e malha de
12,5 mm (doze e meio milímetros).

Art. 89. Escada protegida será exigida nos empreendimentos destinados às


atividades multiresidencial ou mista com altura superior a 11,00 m (onze
metros) e até 35,00 m (trinta e cinco metros).

Art. 90. Nos empreendimentos destinados a atividades não residenciais, será


exigida escada protegida nos casos em que a altura seja superior a 11,00 m
(onze metros) e até 20,00 m (vinte metros).

146
Parágrafo único. Quando o empreendimento tiver pavimentos com
área útil superior a 750,00 m² (setecentos e cinqüenta metros
quadrados) e até 5.000 m² (cinco mil metros quadrados), será exigida
escada protegida nos casos de altura superior a 6,00 m (seis metros) e
até 20,00 m (vinte metros).

Art. 91. As escadas enclausuradas, além dos requisitos exigidos para as


principais de uso coletivo, de modo geral, deverão atender as seguintes
características:
I - dispor de portas corta-fogo ao nível de cada pavimento,
conforme definido nas normas técnicas da ABNT;
II - ter as paredes que a envolvem construídas com material
resistente ao fogo por um período mínimo de 4 (quatro) horas;
III - ter acesso por antecâmaras ventiladas, balcões, varandas ou
terraços;
IV - dispor de iluminação artificial, conforme previsto no inciso III
do artigo 88.

§ 1º. No interior da caixa de escada ou da antecâmara, não poderá ser


colocado nenhum tipo de equipamento ou duto, exceto os de
pressurização da escada.

§ 2º. Quando o projeto indicar, para a escada, iluminação natural, esta


poderá ser obtida por abertura provida de caixilhos guarnecidos de
vidro armado, com espessura de 0,6 mm (seis milímetros) e malha de
12,5 mm, (doze e meio milímetros) ou blocos de vidro, atendendo ao
seguinte:
I - em parede dando para antecâmara, sua área máxima será de
1,00 m² (um metro quadrado);
II - em parede dando para o exterior, sua área máxima será de
0,50 m² (meio metro quadrado);
III - será permitida a utilização de caixilhos de abrir em lugar de
fixo, desde que providos de fecho acionado por chave ou
ferramenta especial.

Art. 92. As antecâmaras de acesso às escadas enclausuradas deverão


atender as seguintes condições:
I - ter acesso através de porta do tipo estanque a fumaça e
resistente ao fogo, conforme definido nas normas da ABNT;

147
II - serem ventiladas através dutos ou janelas abrindo
diretamente para o exterior;
III - ter suas paredes resistentes ao fogo por um período mínimo
de 2 (duas horas).

Art. 93. As aberturas para ventilação através dutos devem atender aos
seguintes requisitos:
I - ter área mínima de 0,70 m² (zero vírgula setenta metros
quadrados) com largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte
centímetros);
II - situarem-se junto ao teto.

Parágrafo único. Quando o projeto indicar ventilação por janelas, estas


deverão atender aos seguintes requisitos:
I - situar-se junto ao teto;
II - ter área mínima de 0,85 m² (zero vírgula oitenta e cinco
metros quadrados) com largura mínima de 1,20 m (um metro
e vinte centímetros).

Art. 94. Os dutos devem atender aos seguintes requisitos:


I - ter paredes resistentes ao fogo por 2 (duas) horas;
II - ter dimensões mínimas de 1,20 m (um metro e vinte
centímetros) de largura por 0,70 m (setenta centímetros) de
profundidade;
III - elevar-se a 1,00 m (um metro) acima de qualquer cobertura,
podendo ser protegida na sua parte superior por material
combustível;
IV - ter, pelo menos em duas faces acima da cobertura,
venezianas de ventilação com área mínima de 1,00 m² (um
metro quadrado) cada;
V - não serem utilizados para localização de equipamentos ou
canalizações.

Art. 95. Escada enclausurada será exigida nos empreendimentos destinados


às atividades multiresidenciais ou mistas, com altura superior a 35,00 m
(trinta e cinco metros).

Art. 96. Para os empreendimentos destinados às atividades não residenciais,


, será exigida escada enclausurada nos casos em que a altura seja superior
a 20,00 m (vinte metros).

148
Parágrafo único. Quando o empreendimento tiver pavimento com área
útil superior a 5.000 m² (cinco mil metros quadrados), será exigida
escada enclausurada nos casos em que a altura seja superior a 6,00 m
(seis metros).

Art. 97. O número de escadas de uso coletivo será calculado em função das
seguintes condições:
I - empreendimentos destinados a atividades multiresidenciais
ou mistas:
a) edifícios com mais de 4 (quatro) unidades autônomas
por andar e mais de 25 (vinte e cinco) pavimentos,
contados a partir da soleira de entrada, devem ser
providos, no mínimo, de duas escadas;
b) a distância máxima a percorrer entre a porta da
entrada da unidade imobiliária e a porta de antecâmara
será de 10,00 m (dez metros).
II - empreendimentos destinados a atividades não residenciais:
a) edifícios com mais de 20 (vinte) pavimentos contados a
partir da soleira de entrada, devem ser providos, no
mínimo, de 2 (duas) escadas;
b) área do pavimento para uma única escada
enclausurada não poderá ser maior do que 500,00 m²
(quinhentos metros quadrados);
c) a distância máxima a percorrer entre o ponto mais
afastado e a porta de entrada da antecâmara será de
35,00 m (trinta e cinco metros), medida dentro do
perímetro do edifício.

Art. 98. O número de escadas de uso coletivo será calculado em função das
seguintes condições:
I - empreendimentos destinados a atividades multiresidenciais
ou mistas:
a) a distância máxima a percorrer entre a porta da
entrada da unidade imobiliária e a porta de antecâmara
será de 10,00 m (dez metros).
II - empreendimentos destinados a atividades não residenciais:
a) edifícios com mais de 20 (vinte) pavimentos contados a
partir da soleira de entrada, devem ser providos, no
mínimo, de 2 (duas) escadas;

149
b) área do pavimento para uma única escada
enclausurada não poderá ser maior do que 500,00 m²
(quinhentos metros quadrados);
c) a distância máxima a percorrer entre o ponto mais
afastado e a porta de entrada da antecâmara será de
35,00 m (trinta e cinco metros), medida dentro do
perímetro do edifício.

Art. 99. Havendo mais de uma escada enclausurada deverá existir entre elas
um afastamento compreendido entre 10,00 m (dez metros) e 50,00 m
(cinqüenta metros).

Seção III
Das Rampas

Art. 100. As rampas deverão atender às normas de dimensionamento,


classificação e localização, resistência e proteção, iluminação e ventilação
relativas às escadas, quando empregadas em substituição a estas, além das
seguintes disposições:
I - declividade máxima de 10% (dez por cento);
II - pisos com revestimento antiderrapante;
III - capacidade de escoamento superior a 20% (vinte por cento) à
das escadas.

Art. 101. As edificações destinadas a uso público deverão dispor de rampas


de acesso ao pavimento térreo, ou “hall” de elevadores, para uso de
portadores de necessidades especiais, com inclinação máxima de 8% (oito
por cento), piso antiderrapante e largura útil mínima de 1,20 m (um metro e
vinte centímetros).

Art. 102. As rampas de acesso a garagens e estacionamentos, quando de


uso exclusivo de veículos, terão inclinação máxima de 20% (vinte por cento).

Art. 103. A instalação de elevadores observará o disposto nas normas da


ABNT e será exigida nos seguintes casos:
I - edificações com altura superior a 11,00 m (onze metros), no
mínimo um elevador;
II - edificações com altura superior a 20,00 m (vinte metros), no
mínimo dois elevadores.

150
Parágrafo único. O número mínimo de elevadores será aumentado em
função do cálculo de tráfego e da especificidade do empreendimento,
conforme as disposições das normas específicas da ABNT.

Art. 104. Os “halls” de elevadores obedecerão aos seguintes requisitos:


I - largura mínima de 2,00 m (dois metros) no pavimento térreo e
1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) nos demais
pavimentos para os empreendimentos residenciais;
II - largura mínima de 2,40 m (dois metros e quarenta
centímetros) para os empreendimentos não residenciais.

§ 1º. As larguras mínimas, estabelecidas neste artigo e referenciadas


à perpendicular ao plano das portas dos elevadores, serão aumentadas em
função do cálculo da população do empreendimento, de acordo com o Anexo
II desta Lei.

§ 2º. A dimensão mínima referida no inciso II não deverá se sobrepor


à largura mínima exigida para a circulação horizontal.

§ 3º. Em qualquer hipótese é obrigatória a inter-comunicação dos


“halls” de elevadores, com o hall de escada a nível de cada pavimento.

Art. 105. Nas edificações dotadas de escadas rolantes, estas deverão


obedecer à norma da ABNT.

CAPÍTULO V
DAS GARAGENS E ESTACIONAMENTOS

Art. 106. O número de vagas estabelecido no Anexo V desta Lei poderá ser
preenchido sob a forma de vagas em garagem ou estacionamento.

§ 1º. As vagas de estacionamento serão fixadas de acordo com as


seguintes considerações:
I - 70% das vagas terão largura mínima de 2,30 m (dois metros e
trinta centímetros) e comprimento de 4,50 m (quatro metros e
cinqüenta centímetros);
II - 30% das vagas terão largura mínima de 2,50 m (dois metros e
cinqüenta centímetros) e comprimento de 5,00 m (cinco
metros)

151
§ 2º. As vias internas dos estacionamentos deverão atender as
seguintes larguras mínimas:
I - 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros) para vias com
estacionamentos em apenas um dos lados e 6,00 m (seis
metros) para vias com estacionamentos em ambos os lados
quando o estacionamento ocorrer formando um ângulo de 45°
(quarenta e cinco graus) em relação à via;
II - 5,00 m (cinco metros) para vias com estacionamentos em
apenas um dos lados e 6,00 m (seis metros) para vias com
estacionamentos em ambos os lados, quando o
estacionamento ocorrer formando um ângulo de 90° (noventa)
em relação à via;

Art. 107. As áreas para vagas de garagens serão fixadas de acordo com as
seguintes considerações:
I - largura e comprimento mínimos de 2,80 m (dois metros e
oitenta centímetros) e 5,00 (cinco metros), respectivamente;
II - vias internas com largura mínima de 5,00 m (cinco metros).

TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 108. Fica o Poder Executivo autorizado a regulamentar este Código no


que se fizer necessário.

Art. 109. Os casos omissos no presente Código serão estudados e julgados


pelo órgão competente, aplicando-se leis, decretos e regulamentos especiais,
ouvido o Conselho Municipal de Desenvolvimento.

Art. 110. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ficando
revogada e Lei nº 321 de 4 de março de 1977.

Barreiras, xxx de xxxxxxxxx de 2004

__________________________
Prefeito Municipal de Barreiras

152
ANEXO I - CONCEITOS

ACRÉSCIMO OU AMPLIAÇÃO
Obra que resulta no aumento da área construída total de uma edificação
existente.

AFASTAMENTO
Distância entre as divisas do terreno e o paramento vertical externo mais
avançado, medida perpendicularmente à testada ou lado do mesmo terreno.

ALTURA (H) DO PISO MAIS ELEVADO


Distância da soleira do piso de acesso à edificação ao piso do último
pavimento.

ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO
Documento expedido pela Prefeitura a título precário e/ou provisório para
execução de um empreendimento.

ALVARÁ DE CONCLUSÃO OU HABITE-SE


Documento expedido pela Prefeitura reconhecendo o empreendimento em
condições de ser utilizado.

ALVARÁ DE LICENÇA
Documento expedido pela Prefeitura, assegurando a concessão de direito de
construir.

ANTECÂMARA
Compartimento de exclusivo acesso à escada enclausurada.

ÁREA ABERTA
Superfície não edificada do lote ou terreno ou descoberta da edificação,
interligada com o logradouro público ou particular em pelo menos um dos
lados.

ÁREA FECHADA
Superfície não edificada do lote ou terreno ou descoberta da edificação, não
interligada com o logradouro público ou particular.

ÁREA LIVRE
Superfície não edificada do lote ou terreno.

153
ÁREA OCUPADA
Superfície definida pela projeção horizontal da edificação sobre o terreno.

CAIXA DE ESCADA
Espaço onde se desenvolve a escada.

CALÇADA
Parte da via, normalmente segregada e em nível diferenciado, reservada ao
trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano,
engenhos de sinalização e publicidade, vegetação e outros fins.

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO BÁSICO (CAB)


Define o potencial construtivo de um lote ou terreno, adotado como referência
básica para cada zona, conforme estabelecido no Plano Diretor.

COMPARTIMENTO OU CÔMODO
Parte de uma edificação ou de uma unidade imobiliária.

COTA
Medida em linha reta que define a distância real entre dois pontos.

DESEMPENHO FUNCIONAL DOS ESPAÇOS


Atributo que se requer de cada espaço individualmente e do espaço como
um todo, incluídos os equipamentos alocados que devem guardar relações
de funcionalidade com esses espaços.

EMBARGO DE OBRA
Ato administrativo que visa impedir a continuidade de uma obra que não
atende a dispositivos legais.

EMBRIÃO
Célula geradora de uma futura unidade imobiliária uniresidencial,
compreendendo, no mínimo, um compartimento com instalações sanitárias e
instalações hidráulicas para cozinha e serviço.

ESCADA COLETIVA
Aquela que serve à coletividade usuária ou residente da edificação.

154
ESCADA ENCLAUSURADA
Aquela cuja caixa é envolvida por paredes resistentes ao fogo e é precedida
de antecâmara.

ESCADA SIMPLES
Aquela que não é dotada de características especiais de proteção contra
incêndio e pânico.

ESCADA PRESSURIZADA
Escada enclausurada dotada de equipamento mantenedor de pressão do ar
normal e constante em seu interior.

ESCADA PRINCIPAL
Aquela que atende obrigatoriamente ao fluxo de pessoas que utilizam a
edificação e situada em posição de acesso facilmente identificável.

ESCADA PRIVATIVA
Aquela que é destinada ao uso exclusivo da unidade imobiliária.

ESCADA PROTEGIDA
Aquela que atende às condições técnicas exigidas pela NB-208 da ABNT,
para escada enclausurada, exceto antecâmara e duto de ventilação,
dispondo de portas e paredes resistentes a duas horas de fogo.

ESCADA SECUNDÁRIA
Aquela que serve alternativamente aos residentes ou usuários da edificação.

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA (EPIV)


Estudo prévio do qual dependerão alguns empreendimentos e atividades
definidos por lei municipal, privados ou públicos, para obter as licenças ou
autorizações do Poder Público municipal para construção, ampliação ou
funcionamento em área urbana; o estudo deverá avaliar a repercussão
positiva e negativa, nos aspectos econômicos, sociais e ambientais, na área
de implantação.

ILUMINAÇÃO ZENITAL
Aquela natural, feita através de abertura localizada na parte superior do
compartimento, guarnecida ou não com dispositivos adequados.

155
INTERDIÇÃO
Ato administrativo que visa impedir o ingresso de pessoas não autorizadas
em obra ou utilização de edificação concluída ou existente.

LINHA DE GRADIL
Limite do lote ou da gleba com o logradouro público existente ou projetado.

OBRA
Conjunto de procedimentos técnicos relativos à execução de
empreendimentos e serviços, implantação de equipamentos e instalações
definidos em projetos e memoriais descritivos.

PAVIMENTO
Espaço da edificação compreendido entre dois pisos sucessivos ou entre um
piso e a cobertura.

PAVIMENTO DE COBERTURA
Espaço correspondente ao último pavimento da edificação, cuja área coberta
é menor do que a área ocupada pelo pavimento imediatamente inferior.

PAVIMENTO DE DESCARGA
Espaço da edificação interligado com o exterior, por onde se processa o
escoamento da população residente ou usuária.

PAVIMENTO TIPO
Aquele cuja configuração é predominante na edificação.

PEÇA GRÁFICA
Desenho técnico representativo de projeto.

PÉ DIREITO
Altura vertical livre entre o piso e o teto ou forro de um compartimento.

POÇO DE EXAUSTÃO
Componente da edificação por onde se processa a condução de ar e tiragem
de fumaça e, ou gases tóxicos.

156
REFORMA
Obra destinada a estabilizar e ou alterar uma edificação, não implicando no
aumento de sua área construída total, nem na alteração da área de projeção
existente em percentual superior a 50% (cinqüenta por cento).

REPAROS GERAIS
Obras destinadas exclusivamente a conservar e estabilizar a edificação e que
não implique na alteração das dimensões dos espaços.

RESTAURAÇÃO
Conjunto de procedimentos técnicos que visam restabelecer as
características originais de edificações de interesse arquitetônico, histórico,
artístico e cultural.

QUOTA DE CONFORTO
Relação entre a área útil de uma unidade imobiliária residencial e o número
de habitantes desta unidade.

UNIDADE DE PASSAGEM
É a largura mínima necessária para passagem de uma fila de pessoas e é
fixada em 0,60m (sessenta centímetros).

VISTORIA
Diligência efetuada pela Prefeitura, tendo por fim verificar as condições de
uma obra ou de uma edificação habitada ou não.

ZONA ESPECIAL INTERESSE SOCIAL (ZEIS)


Categoria de área especial a ser institucionalizada visando à produção,
manutenção ou qualificação da Habitação de Interesse Social (HIS).

157
ANEXO II
TABELA PARA CÁLCULO DE POPULAÇÃO / EMPREENDIMENTO
CATEGORIAS EMPREENDIMENTO CÁLCULO DA
FUNCIONAIS POPULAÇÃO
UNIRESIDE

Barraco, casa geminada, avenida de cômodos, avenida de casas, fila de 2 pessoas/dormitório


NCIAL

casas, casas escalonadas, grupo de casas geminadas, grupo de filas de * Escritório – 1 pessoa/ 9,00m² de área
EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

casas, grupo de casas escalonadas, casa com escritório e/ou loja. útil
* Loja – 1 pessoa/ 3,00m² de área útil
MULTIRESIDENCIAL

2 pessoas/dormitório
Edifícios de apartamentos, grupos de edifícios de apartamentos, * Escritório – 1 pessoa/ 9,00m²
edifícios e grupos de edifícios de apartamentos com escritório* e/ou *Loja–1 pessoa/3,00m²
lojas*.

Apart-Hotel 1,5 pessoas/dormitório

Barracão, stand de vendas, loja, grupo de lojas, agência bancária, 1 pessoa/3,00m² de área útil a nível de
centro comercial, shopping center pav. térreo e subsolo 1 pessoa/5,00m² de
GERAL

área útil a nível de pav. Superior.

Escritório edifício de escritório, edifício de escritórios e loja. Grupo de


edifícios de escritórios, grupo de edifícios de escritórios e lojas, sede de 1 pessoa/9,00m² de área útil
empresa. Centro empresarial, Centro de computação
ALIMENTAÇÃO
RECREAÇÃO

Bar, botequim, restaurante, lanchonete, boate, clube noturno,


discoteque, casa de show, café concerto salão de baile 1 pessoa/m² de área útil
EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E SERVIÇOS

ABASTECIMENTO

1 pessoa/3,00m² de área útil a nível de


Supermercado, Hipermercado, Mercado pav. térreo e subsolo
1 pessoa/5,00m² de área útil a nível de
pav. superior
REDE VIÁRIA

Postos de serviço e abastecimento de veículos, 1 pessoa/m² de área útil


LIGADOS A

Auto-Cine e Drive-in

Edifício garagem 1 pessoa/1.000,00m² de área útil de


estacionamento
EQUIPAMENTOS

Banca, Barraca, Quiosque 1 pessoa/3,00m² de área útil

158
ANEXO II
TABELA PARA CÁLCULO DA POPULAÇÃO/EMPREENDIMENTO

CATEGORIAS EMPREENDIMENTO CÁLCULO DA


FUNCIONAIS POPULAÇÃO
CULTURAIS E
CULTURAIS

Auditório, teatro, anfiteatro, cine-teatro, templo, terreiro de candomblé, 1 pessoa/m² de área útil
EDIFICAÇÕES P/ REUNIÕES
E AFLUÊNCIA DE PÚBLICO

cinema, capela, salão de exposição, salão de reuniões, biblioteca,


museu, arena, rodeio
ESPORTIVOS

Campo de golfe, clube social esportivo, ginásio de esportes, piscina 2 pessoas/m² de área de assinantes
EVENTOS

olímpica, velódromo, quadra, cancha, piscina pública, instalação


balneária, hipódromo, pista de motocross, ginásio, autódromo,
kartódromo, estádio.

1 pessoa/20,00m² de área útil


EDIFICAÇÕES
INDUSTRIAIS

Indústria em geral

1 pessoa/30,00m² de área útil


Depósito, oficinas
ASSISTENCIAIS E
EDUCACIONAIS,

COMUNITÁRIAS
EDIFICAÇÕES

Escola (sem internamento), faculdade, escola de artes, ofícios e 1 aluno/m² de área útil de sala de aula
profissionalizantes em geral inclusive cursos tecnológicos.

Centro de triagem de migrantes, centro comunitário, centro social 1 pessoa/9,00m² de área útil
urbano, creche, berçário

Posto de saúde, ambulatório, centro médico, clínicas (sem 1 pessoa/9,00m² de área útil
EDIFICAÇÕES DE
APOIO À SAÚDE

internamento), consultório, laboratório de análises

Hospital 1,5 pessoa p/leito

Clínica médica ou veterinária (com internamento) 1,5 pessoa p/leito

Hospedaria, hotel, motel, pousada 1,5 pessoa dormitório


EDIFICAÇÕES P/
HOSPEDAGEM

Camping 1 pessoa/m² de área bruta

Colônia de férias 1,5 pessoa p/dormitório

159
ANEXO II
TABELA PARA CÁLCULO DA POPULAÇÃO/EMPREENDIMENTO

CATEGORIAS EMPREENDIMENTO CÁLCULO DA


FUNCIONAIS POPULAÇÃO

Feira agropecuária e industrial; parque de exposições, posto, circo,


ESPECIAIS

parque de diversões, edifício administrativo ou governamental, 1 pessoa/9,00m² de área útil


secretaria, palácio, quartel, corpo de bombeiros, penitenciária, casa de
detenção, cemitério, crematório, centro de pesquisas, observatório,
plenário, velório, agência ou telefônica
EDIFICAÇÕES ESPECIAIS E OUTRAS

Aeroporto, Complexo para fins industriais, complexo cultural


diversificado, complexo social desportivo (vila olímpica), central de
COMPLEXOS

abastecimento, centro de convenções, complexo de instalações


URBANOS

militares para fins administrativos, complexo de instalações militares 1 pessoa/m² de área útil
para fins de defesa, complexo de instalações militares para fins de
intendência, estação de transbordo ferroviário, estação de transbordo
interurbana, estação de transbordo marítimo, feira permanente, porto,
terminal de carga ferroviária, terminal de carga marítimo, terminal de
carga rodoviária.

Consultório, clínica e hospital veterinário 1 pessoa/9,00m² de área útil


FINS RURAIS
OUTRAS P/

Pocilga, aviário, coelheira, canil, curral, congêneres

160
ANEXO III
TABELA DE MULTAS
VALOR DA MULTA
NATUREZA DA INFRAÇÃO (R$)
Execução de obra sem responsabilidade técnica 40,00 a 4.000,00

Executar movimento de terra com cortes superiores a 4,00m (quatro metros), sem 200,00 a 20.000,00
apresentação de peças gráficas relativas ao sistema de contenção

Iniciar obra de qualquer natureza, particular ou pública, sem a devida licença ou autorização 40,00 a 4.000,00
da Prefeitura

Não comunicação de conclusão de obra dentro do prazo de validade de Alvará e/ou habitar 200,00 a 20.000,00
sem competente “habite-se”.
p/ unidade habitada

Introduzir, durante a execução da obra, modificações em projetos ou peças gráficas aprovados 40,00 a 2.000,00 p/m² de área
que não atendam as disposições desta Lei e da Legislação do Ordenamento do Uso e acrescida
Ocupação do Solo

Inexistência de Alvará de licença ou de autorização, peças gráficas ou projetos aprovados, 40,00 a 400,00
quando for o caso, no local de obra

Omissão de licenciado e do responsável técnico à segurança na execução de obra de qualquer 40,00 a 4.000,00
natureza, particular ou pública.

Executar obra em desacordo com as disposições desta Lei e da Legislação do Ordenamento 200,00 a 20.000,00
do Uso e Ocupação do Solo

Impedir ou dificultar a ação fiscalizadora da Prefeitura e/ou reincidir em infração cometida 40,00 a 4.000,00

Prosseguimento de obra embargada 400,00 a 4.000,00

Não atendimento dos prazos estabelecidos pela Prefeitura, para demolição de obra não 400,00 a 20.000,00
adaptável às normas desta Lei e da Legislação do Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo.

Iniciar obra sem a devida licença ou autorização em áreas de domínio público ou em terrenos 40 a 4.000,00
de domínio da União

161
ANEXO IV
DIMENSÕES MÍNIMAS RELATIVAS A EDIFICAÇÕES

Tabela A - Classificação dos cômodos


ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO DIMENSÃO DO COMPARTIMENTO
COMPARTIMENTO
Razão de
Área do vão DC mín Ø insc Acesso
iluminamento/ pé direito (m)
(m²) (m²) (m) (m)***
ventilação
Dormitório ou repouso* 1,20 1/6 6,5* 1,80 2,60 0,70x2,10
Estar 1,20 1/6 8,50 2,40 2,60 0,70x2,10
Trabalho ou estudo 1,20 1/6 6,50 1,80 2,60 0,70x2,10
Preparo ou consumo alimentos 1,20 1/6 6,50 1,80 2,60 0,70x2,10
Tratamento da saúde 1,20 1/6 6,50 1,80 2,60 0,70x2,10
Reunião ou recreação 1,20 1/6 6,50 1,80 2,60 0,70x2,10
Circulação ou acesso de pessoas 0,60 1/10 - 0,80 2,30 0,60x2,10
Higiene pessoal 0,60 1/10 3,00** 0,80 2,30 0,60x2,10
Depósito 0,60 1/10 2,00 0,80 2,30 0,60x2,10
Lavagem de roupa 0,60 1/10 2,00 0,90 2,30 0,60x2,10
Outros usos de permanência prolongada 1,20 1/6 6,50 1,80 2,60 0,70x2,10
Outros usos de curta permanência 0,60 1/10 5,00 0,90 2,30 0,60x2,10

* No mínimo um dormitório ou repouso deverá ter área maior ou igual a 7,00 m²


** No mínimo um sanitário deverá ter área maior ou igual a 3,00 m²
*** No mínimo um acesso deverá ter a dimensão de 0,80 x 2,10m²

Onde:
Razão de Iluminamento/ventilação = Área de iluminação/ventilação
Dimensão do compartimento

Acesso = dimensão do vão de acesso


Ø insc = diâmetro do raio inscrito
Pé direito = distância entre o piso e o teto

162
ANEXO IV
DIMENSÕES MÍNIMAS RELATIVAS A EDIFICAÇÕES

Tabela B - Classificação dos cômodos para as Zonas de Interesse Social


ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO DIMENSÃO DO COMPARTIMENTO
COMPARTIMENTO
Razão de
Área vão DC mín Ø insc Acesso
iluminamento/ pé direito (m)
(m²) (m²) (m) (m)***
ventilação
Dormitório ou repouso* 0,90 1/6 5,00 1,40 2,60 0,70x2,10
Estar 0,90 1/6 7,00 2,00 2,60 0,70x2,10
Trabalho ou estudo 0,90 1/6 5,00 1,40 2,60 0,70x2,10
Preparo ou consumo alimentos 0,90 1/6 5,00 1,40 2,60 0,70x2,10
Tratamento da saúde 0,90 1/6 5,00 1,40 2,60 0,70x2,10
Reunião ou recreação 0,90 1/6 5,00 1,40 2,60 0,70x2,10
Circulação ou acesso de pessoas 0,50 1/10 - 0,80 2,30 0,60x2,10
Higiene pessoal 0,50 1/10 2,00** 0,80 2,30 0,60x2,10
Depósito 0,50 1/10 - 0,80 2,30 0,60x2,10
Lavagem de roupa 0,50 1/10 - 0,80 2,30 0,60x2,10
Outros usos de perm.prolongada 0,90 1/6 5,00 1,40 2,60 0,70x2,10
Outros usos de curta permanência 0,50 1/10 - 0,80 2,30 0,60x2,10

* No mínimo um dormitório ou repouso deverá ter área maior ou igual a 7,00m²


** No mínimo um sanitário deverá ter área maior ou igual a 2,00 m²
*** No mínimo um acesso deverá ter a dimensão de 0,80 x 2,10 m²

Onde:
Razão de Iluminamento/ventilação = Área de iluminação/ventilação
Dimensão do compartimento

Acesso = Dimensão do vão de acesso


Ø insc = diâmetro do raio inscrito
Pé direito = distância entre o piso e o teto

163
ANEXO V
NÚMERO mínimo de vagas de ESTACIONAMENTOS DE VÉICULOS

Tabela para cálculo do número de vagas de estacionamento de veículos


TIPO VAGAS / unidade
1 vaga para cada unidade autônoma com área útil superior a 70,00 m²
Residencial
2 vagas para cada unidade autônoma com área útil superior a 200,00 m²
Escritório 1 vaga para cada unidade autônoma com área útil superior a 70,00 m²
Edifício de Escritórios 1 vaga para cada unidade autônoma com área útil superior a 50,00 m²
Grupo de Edifícios de Escritórios 1 vaga para cada unidade autônoma com área útil superior a 50,00 m²
Edifício Garagem EIV
Grupo de Edifícios de Escritórios
1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
e Lojas
Pequeno porte 1 vaga para cada 100,00 m² de área útil ou fração
Lojas
Grande e médio porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Grupos e lojas 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Centro Empresarial 1 vaga para cada 18,00 m² de área útil ou fração
Centro Comercial 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Shopping Center 1 vaga para cada 18,00 m² de área útil ou fração
Agência Bancária 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Agência postal ou Telefônica 1 vaga para cada 100,00 m² de área útil ou fração
Centro de Convenções 1 vaga para cada 30,00 m² de área útil ou fração
Pequeno porte 1 vaga para cada 70,00 m² de área útil ou fração
Auditório
Grande e médio porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Teatro/ Pequeno porte 1 vaga para cada 70,00 m² de área útil ou fração
Anfiteatro Grande e médio porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Cine- Pequeno porte 1 vaga para cada 70,00 m² de área útil ou fração
Teatro Grande e médio porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Cinema 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Templo / Igreja I vaga para cada 20 assentos ou fração a partir de 200 assentos
Geleria Pequeno porte 1 vaga para cada 70,00 m² de área útil ou fração
de Arte Grande e médio porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Pequeno porte 1 vaga para cada 70,00 m² de área útil ou fração
Biblioteca
Grande e médio porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Museu Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
Parque de Exposições /
EIV
Feira agropecuária
Pequeno porte 1 vaga para cada 70,00 m² de área útil ou fração
Indústria Médio porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Grande porte 1 vaga para cada 30,00 m² de área útil ou fração

164
ANEXO V
NÚMERO mínimo de vagas de ESTACIONAMENTOS DE VÉICULOS

Tabela para cálculo do número de vagas de estacionamento de veículos


Clube Social EIV
Estádio EIV
Pequeno porte 1 vaga para cada 70,00 m² de área útil ou fração
Ginásio /
Academia Médio porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Grande porte 1 vaga para cada 30,00 m² de área útil ou fração
Pequeno porte 1 vaga para cada 70,00 m² de área útil ou fração
Escola
Grande e médio porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Faculdade / Cursos Técnicos 1 vaga para cada 30,00 m² de área útil ou fração
Mercado / Pequeno porte 1 vaga para cada 70,00 m² de área útil ou fração
Supermer- Médio porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
cado Grande porte EIV
Hipermercado EIV
Posto de abastecimento 1 vaga para cada 70,00 m² de área útil ou fração
Posto de serviço e abastecimento 1 vaga para cada 70,00 m² de área útil ou fração
Drive-in 1 vaga para cada 30,00 m² de área útil ou fração
Parque de Diversões EIV
Quartel / Corpo de Bombeiros EIV
Cemitério EIV
Aeroporto EIV
Central de Abastecimento EIV
Penitenciária / Casa de Detenção EIV
Asilo 1 vaga para cada 100,00 m² de área útil ou fração
Albergue 1 vaga para cada 100,00 m² de área útil ou fração
Creche 1 vaga para cada 100,00 m² de área útil ou fração
Centro Comunitário 1 vaga para cada 100,00 m² de área útil ou fração
Posto de Saúde 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Ambulatório 1 vaga para cada 100,00 m² de área útil ou fração
Centro Médico 1 vaga para cada 18,00 m² de área útil ou fração
Clínicas s/ internamento 1 vaga para cada 18,00 m² de área útil ou fração
Clínicas c/ internamento 2 vagas para cada 5 leitos ou fração
Clinica veterinária 1 vaga para cada 18,00 m² de área útil ou fração
Consultório 1 vaga para cada 100,00 m² de área útil ou fração
Laboratório 1 vaga para cada 18,00 m² de área útil ou fração

165
ANEXO V
NÚMERO mínimo de vagas de ESTACIONAMENTOS DE VÉICULOS

Tabela para cálculo do número de vagas de estacionamento de veículos


Pequeno porte 1 vaga para cada 10 leitos ou fração
Hospital
Grande e médio porte 1 vaga para cada 5 leitos ou fração
Pequeno porte 1 vaga para cada 5 unidades de hospedagem
Hotel
Grande e médio porte 1 vagas para 2 unidades de hospedagem
Motel 1 vaga por unidade de hospedagem
Pousada 1 vaga para cada 5 unidades de hospedagem
Pequeno porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Bar
Grande e médio porte 1 vaga para cada 30,00 m² de área útil ou fração
Botequim / Lanchonete Isento
Pequeno porte 1 vaga para cada 70,00 m² de área útil ou fração
Restau-
rante Médio porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Grande porte 1 vaga para cada 30,00 m² de área útil ou fração
boate / Clube Noturno 1 vaga para cada 30,00 m² de área útil ou fração
Casa de Pequeno porte 1 vaga para cada 50,00 m² de área útil ou fração
Shows Grande e médio porte 1 vaga para cada 30,00 m² de área útil ou fração

166
Anexo VI
CÃLCULO PARA INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS SANITÁRIOS
SEGUNDO O NÚMERO DE USUÁRIOS

Tabela de equipamentos sanitários


NÚMERO DE EQUIPAMENTOS P/ SEXO
POPULAÇÃO HOMENS MULHERES USO COMUM
VASO PIA MIC VASO PIA VASO PIA
Até 5 - - - - - 1 1
6 a 35 1 1 1 1 1 - -
36 a 55 2 3 2 3 3 - -
56 a 89 3 4 3 4 4 - -
81 a 110 4 5 3 5 5 - -
111 a 150 4 4 6 6 6 - -

Observações:

Acima de 150 (cento e cinqüenta) pessoas, para cada grupo de 40 (quarenta) pessoas, será
acrescentado um equipamento a mais, de cada tipo.

O cálculo da população será feito com base no Anexo II

167
ANEXO VII
CLASSIFICAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS DE EDIFICAÇÃO

EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS
Barraco
Casa
Casa geminada
Avenida de cômodos
Avenida de casas
Fila de casas
Casas escalonadas
Edifícios de apartamentos
Edifícios de apartamentos com escritório e/ou lojas
Casa com escritório ou loja
Grupo de casas
Grupo de casas geminadas
Grupo de filas de casas
Grupo de casas escalonadas
Grupo de edifícios de apartamentos
Grupo de edifícios de apartamentos com escritórios e/ou lojas
Apart-hotel

EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E DE SERVIÇOS


Barracão
Stand de vendas
Loja
Escritório
Edifício de escritórios
Edifício de escritórios e lojas
Grupo de lojas
Grupo de edifícios de escritórios
Grupo de edifícios de escritórios e lojas
Agência bancária e congêneres
Centro comercial
Shopping center
Sede de empresa
Centro empresarial
Centro de computação
Bar
Botequim e congêneres

168
Restaurante
Lanchonete e congêneres
boate, clube noturno, discoteque
Casa de show, café concerto
Salão de baile
Supermercado
Hipermercado
Mercado
Posto de serviço e abastecimento de veículos
Auto-cine e drive-in
Edifício-garagem
Banca, barraca
Quiosque

EDIFICAÇÕES PARA REUNIÕES E AFLUÊNCIA DE PÚBLICO


Auditório
Teatro, anfiteatro
Cine-teatro
Cinema
Templo, terreiro de candomblé e congêneres
Capela
Salão de exposição (galeria)
Salão de reuniões
Biblioteca
Museu
Arena, rodeio e congêneres
Campo de golf
Clube social/esportivo
Ginásio de esportes (palácio de esportes)
Piscina olímpica
Velódromo e congêneres
Quadra, campo, cancha, piscina pública e congêneres, instalação balneária
Hipódromo
Autódromo, kartódromo, pista de motocross
Ginásio-academia
Estádio

EDIFICAÇÕES INDUSTRIAIS
Galpão
Telheiro

169
Nave industrial
Loja

EDIFICAÇÕES EDUCACIONAIS, ASSISTENCIAIS E COMUNITÁRIOS


Escola (sem internato)
Faculdade
Escola de artes, ofícios e profissionalizantes em geral (inclusive cursos
tecnológicos)
Colégio com internato
Convento/mosteiro
Residência coletiva para estudantes
Asilo
Albergue
Centro de triagem de migrantes
Centro comunitário
Centro social urbano
Creche, berçário
Parque infantil, play-ground

EDIFICAÇÕES DE APOIO À SAÚDE


Posto de saúde
Ambulatório
Centro médico
Clínica (sem internato)
Clínica médica ou veterinária (com internato)
Consultório
Laboratório de análises
Hospital

EDIFICAÇÕES PARA HOSPEDAGEM


Hospedaria
Hotel
Motel
Camping
Colônia de férias
Pousada

EDIFICAÇÕES ESPECIAIS E OUTRAS


Feira agropecuária e industrial e parque de exposições
Posto

170
Circo
Parque de diversões
Edifício administrativo ou governamental
Secretaria
Palácio
Quartel, corpo de bombeiros
Penitenciária, casa de detenção
Cemitério, crematório
Centro de pesquisas, observatório
Planetário
Velório
Agência postal ou telefônica
Aeroporto
Complexo para fins industriais
Complexo cultural, diversificado (campus universitário e congêneres)
Complexo social desportivo (vila olímpica e congêneres)
Central de abastecimento
Centro de convenções
Complexo de instalações militares para fins administrativos
Complexo de instalações militares para fins de defesa
Complexo de instalações militares para fins de intendência
Estação de transbordo ferroviário
Estação de transbordo interurbana (rodoviária)
Feira permanente
Porto
Terminal de carga ferroviário
Terminal de carga marítimo
Terminal de carga rodoviário
Silo
Tanque
Pocilga
Cercado
Aviário
Estribaria
Coelheiras
Canil
Curral
Estábulo
Outros empreendimentos para atividades rurais

171
5. LEI DA POLÍTICA AMBIENTAL DE BARREIRAS

5.1. Justificativa

Em razão das competências concorrente e comum dos Municípios na área


de meio ambiente, estabelecidas desde a Constituição Federal de 1988, bem
como, a inevitável e forte associação das questões ambientais, com as
questões urbanísticas, torna-se cada vez mais imperioso que os Municípios
tenham a sua Política ambiental legalmente instituída, como importante
instrumento de gestão municipal.

O Município de Barreiras compreendeu a necessidade de dar tratamento


específico às questões ambientais ao criar, em sua Lei Orgânica municipal,
de 1990, o Conselho Municipal do Meio Ambiente.

Não se deve olvidar que vários problemas ambientais têm raiz, ou têm a sua
recorrência facilitada, por problemas de ordem social, que têm rebatimento
na qualidade de vida e nos aspectos urbanísticos. Muitos são os problemas
que têm trazido impactos ambientais, podendo ser citados o desmatamento,
a poluição de corpos d`água e do lençol freático, a contaminação do solo,
decorrente da falta de saneamento, da má disposição dos resíduos sólidos,
da ocupação desordenada que, via de regra, exercem variadas pressões
sobre o patrimônio ambiental.

A Lei da Política Municipal de Meio Ambiente, ora proposta, além de


comungar inteiramente com o acima exposto, leva em conta a correlação das
questões ambientais com as de caráter urbanístico, e adota modelo de
gestão e instrumentos capazes de integrar o meio ambiente ao urbanismo.

Deste modo, é de fundamental importância a integração desta Lei com as


demais normas municipais, a exemplo daquelas que instituem o Zoneamento
Urbano-Ambiental, um dos principais instrumentos de gestão municipal,
juntamente com o Licenciamento Ambiental, a criação de espaços
protegidos, entre outros instrumentos propostos.

Além dos instrumentos de gestão, a lei proposta capacita legalmente o


Município a coibir condutas ambientalmente incorretas e puni-las de modo
eficaz, podendo se qualificar à assinatura de convênio com o órgão ambiental
do Estado, dentro do processo de descentralização do Licenciamento

172
Ambiental municipalizado, ora em desenvolvimento no Estado, que possibilita
uma futura capacitação da equipe técnica municipal para a implementação
do processo de Licenciamento Ambiental, nos termos da Resolução
CONAMA n. 237/97.

Ante este exposto, recomenda-se a adoção do instrumento legal, ora


proposto.

5.2. Projeto de Lei

173
PROJETO DE LEI DA POLÍTICA AMBIENTAL MUNICIPAL

SUMÁRIO

TÍTULO I - DA POLÍTICA AMBIENTAL MUNICIPAL

CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS


CAPÍTULO II - DOS OBJETIVOS GERAIS
CAPÍTULO III - DOS OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CAPÍTULO IV - DOS CONCEITOS GERAIS

TÍTULO II - DA GESTÃO URBANÍSTICO-AMBIENTAL

TÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA AMBIENTAL MUNICIPAL

CAPÍTULO I – DO ZONEAMENTO URBANO - AMBIENTAL


CAPÍTULO I I– DOS ESPAÇOS TERRITORIAIS PROTEGIDOS
Seção I - Das Áreas de Preservação Permanente
Seção II - Das Unidades de Conservação
Seção III - Das Normas e Padrões de Qualidade Ambiental
Seção IV - Da Avaliação de Impactos Ambientais
Seção V - Do Licenciamento Ambiental

TÍTULO IV – DAS PROIBIÇÕES

TÍTULO V - DA FISCALIZAÇÃO E DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

CAPÍTULO I - DOS CONCEITOS


CAPÍTULO II - DA FISCALIZAÇÃO
CAPÍTULO III - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

TÍTULO VI – DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

TÍTULO VII - DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

174
LEI DA POLÍTICA AMBIENTAL MUNICIPAL DE BARREIRAS

LEI n º ...................., DE ..........DE ................ DE 2004

Institui a Política Ambiental Municipal


de Barreiras e dá outras
providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE BARREIRAS, ESTADO DA BAHIA

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
DA POLÍTICA AMBIENTAL MUNICIPAL

CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 1º. A política ambiental municipal é orientada pelos seguintes princípios


gerais:
I - os cidadãos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, assim como, a obrigação de defendê-lo e preservá-
lo para as presentes e futuras gerações;
II - cabe ao Poder Público a promoção de meios para promover e
estimular a conscientização e a educação ambiental dos
cidadãos;
III - o componente ambiental será incorporado em todos os projetos
e atividades desenvolvidos pelo Município;
IV - a responsabilidade ambiental perdura enquanto perdurarem os
passivos ambientais resultantes do empreendimento;
V - as pessoas físicas e jurídicas têm direito ao acesso a
informações relativas às condições ambientais do Município;
VI - o gerador do resíduo é responsável por ele em todas as suas
etapas, desde a fonte até o destino final, respondendo pelos
danos ambientais que, porventura, este venha a provocar.

CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS GERAIS

175
Art. 2º. Esta Lei, fundamentada nos artigos 23, 24, 30 e 225 da Constituição
Federal/88, nos artigos 212 a 226 da Constituição Estadual/89 e nos artigos
6º, 7º e 128 da Lei Orgânica municipal, tem como objetivos gerais:
I - estabelecer as bases e diretrizes para a condução da política
ambiental municipal, bem como seus mecanismos de
aplicação;
II - constituir os mecanismos de apoio à gestão do Plano Diretor
Urbano (PDU), no que tange à questão ambiental.

CAPÍTULO III
DOS OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Art. 3º. A política ambiental municipal tem os seguintes objetivos


específicos:
I - promover o desenvolvimento do Município de forma
sustentável, preservando o meio ambiente, a qualidade de vida
dos cidadãos e os recursos ambientais;
II - incorporar o componente ambiental aos diversos setores da
administração municipal;
III - definir e hierarquizar as ações e atividades desenvolvidas pelo
Município com base no seu componente ambiental;
IV - estabelecer critérios, diretrizes e padrões para o uso e manejo
dos recursos naturais, bem como para descarga de efluentes,
disposição de resíduos e emissões atmosféricas no meio
ambiente;
V - articular e integrar ações e atividades ambientais
intermunicipais, estimulando e favorecendo a formação de
consórcios ou outros instrumentos de cooperação;
VI - preservar e conservar as áreas sensíveis do Município, em
termos ambientais, identificando aspectos como fragilidade,
ameaças, riscos e os usos compatíveis;
VII - monitorar a qualidade ambiental do Município, de modo a
proteger a saúde e a vida da população;
VIII - controlar as atividades e os empreendimentos que possam
implicar em riscos ou comprometimento da qualidade de vida e
do meio ambiente;
IX - estimular o desenvolvimento de pesquisas e a aplicação da
melhor tecnologia disponível para a constante redução dos
níveis de poluição;

176
X - promover a educação ambiental da sociedade, utilizando,
especialmente, a rede de ensino municipal.

CAPÍTULO IV
DOS CONCEITOS GERAIS

Art. 4º. Os conceitos gerais para fins e efeitos desta Lei são os seguintes:
I - meio ambiente é a interação de elementos naturais, sócio-
econômicos e culturais, que permite, abriga e rege a vida em
todas as suas formas;
II - ecossistema é o conjunto integrado de fatores físicos e bióticos
que caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por um
determinado espaço de dimensões variáveis. É uma totalidade
integrada, sistêmica e aberta, que envolve fatores abióticos e
bióticos, com respeito à sua composição, estrutura e função;
III - degradação ambiental é a alteração adversa das
características do meio ambiente;
IV - poluição é a alteração da qualidade ambiental resultante de
atividades humanas ou fatores naturais que direta ou
indiretamente:
a) sejam prejudiciais à saúde, à segurança ou ao bem-
estar da população;
b) criem condições adversas ao desenvolvimento
socioeconômico;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) lancem matérias ou energia em desacordo com os
padrões ambientais estabelecidos;
e) afetem as condições estéticas e sanitárias do meio
ambiente.
V - poluidor é pessoa física ou jurídica, de direito público ou
privado, direta ou indiretamente responsável por atividade
causadora de poluição ou degradação efetiva ou potencial;
VI - recursos ambientais são a atmosfera, as águas interiores,
superficiais e subterrâneas, os estuários, o solo, o subsolo, a
fauna, a flora e o patrimônio histórico-cultural;
VII - proteção são os procedimentos integrantes das práticas de
conservação, preservação e recuperação da natureza;
VIII - preservação é proteção integral do atributo natural, admitindo
apenas seu uso indireto;

177
IX - conservação é o uso sustentável dos recursos naturais, tendo
em vista a sua utilização sem colocar em risco a manutenção
dos ecossistemas existentes, garantindo-se a biodiversidade;
X - manejo é a técnica de utilização racional e controlada de
recursos ambientais mediante a aplicação de conhecimentos
científicos e técnicos, visando atingir os objetivos de
conservação da natureza;
XI - gestão ambiental é a tarefa de administrar e controlar os usos
sustentados dos recursos naturais e histórico-culturais,
assegurando o desenvolvimento social e econômico em base
ecologicamente sustentável;
XII - impacto ambiental é a alteração das propriedades físicas,
químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer
forma de matéria ou energia, resultante das atividades
humanas que, direta ou indiretamente, afetem:
a) a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) as atividades sociais e econômicas;
c) a biota;
d) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
e) a qualidade e quantidade dos recursos ambientais;
f) os costumes, a cultura e as formas de sobrevivência das
populações.
XIII - estudos ambientais são todos e quaisquer estudos relativos
aos aspectos ambientais relacionados à localização,
instalação, operação e ampliação de uma atividade ou
empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da
licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e
projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar,
diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação
de área degradada e análise preliminar de risco, assim como
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto no
Meio Ambiente (RIMA);
XIV - licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo
qual o órgão ambiental competente licencia a localização,
implantação, operação e alteração de procedimentos adotados
nos empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras
ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental, considerando as disposições legais e
as normas técnicas aplicáveis ao caso;

178
XV - licença ambiental é o ato administrativo pelo qual o órgão
ambiental, estabelece as condições, restrições e medidas de
controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar,
implantar, operar e alterar empreendimentos ou atividades
utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma,
possam causar degradação ambiental.

TÍTULO II
DA GESTÃO URBANÍSTICO-AMBIENTAL

Art. 5o. A gestão urbanístico-ambiental dar-se-á conforme previsto no Título


IV da Lei do PDU.

TÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA AMBIENTAL MUNICIPAL

Art. 6o. São instrumentos da política ambiental municipal:


I - zoneamento urbano-ambiental;
II - espaços territoriais especialmente protegidos;
III - normas e padrões de qualidade ambiental;
IV - avaliação de impacto ambiental;
V - licenciamento ambiental;
VI - penalidades disciplinares.

CAPÍTULO I
DO ZONEAMENTO URBANO-AMBIENTAL

Art. 7o. O zoneamento urbano-ambiental é um instrumento que tem por


objetivo o disciplinamento do uso e ocupação do solo e o manejo racional
dos recursos ambientais, indicando as atividades a serem estimuladas,
toleradas e proibidas, em cada zona, de modo a garantir a preservação dos
ecossistemas, indicando atividades econômicas compatíveis com o
desenvolvimento ambientalmente sustentado.

§ 1o. Entende-se por atividades a serem estimuladas aquelas, dentro


das estratégias estabelecidas no zoneamento urbano-ambiental, a
serem fomentadas pelo Poder Público municipal.

179
§ 2º. Entende-se por atividades a serem toleradas aquelas previstas
nas estratégias e diretrizes do zoneamento urbano-ambiental,
admitidas a sua implantação desde que sejam adotados cuidados e
práticas previamente estabelecidas como requisitos para a sua
implantação.

§ 3º. O zoneamento urbano-ambiental encontra-se definido na lei que


dispõe sobre o uso e parcelamento do solo, o sistema viário,
circulação e transportes e o zoneamento do Município, com
parâmetros urbanísticos definidos para cada zona.

CAPÍTULO II
DOS ESPAÇOS TERRITORIAIS PROTEGIDOS

Art. 8º. Os espaços territoriais protegidos têm por objetivo:


I - a conservação de amostras de ecossistemas em estado
natural;
II - a preservação do patrimônio genético;
III - a proteção de espécies raras em perigo ou ameaçadas de
extinção;
IV - a proteção de mananciais para conservação da sua produção
hídrica;
V - a criação de espaços para atividades turísticas e recreativas;
VI - a proteção de locais de herança cultural, histórica,
arqueológica, geológica, espeleológica e paleontológica;
VII - a proteção de belezas cênicas;
VIII - os estudos e pesquisas científicas para divulgação do
conhecimento sobre a dinâmica dos ecossistemas e dos
recursos naturais.

Art. 9o. Os espaços territoriais protegidos estão sujeitos a regime jurídico


especial, e são classificados em:
I - áreas de preservação permanente;
II - unidades de conservação;
III - áreas verdes públicas e particulares, com vegetação relevante
ou florestada, conforme definidas em lei.

SEÇÃO I
DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

180
Art. 10. Consideram-se de preservação permanente, as formas de vegetação
e as áreas mencionadas no Código Florestal, instituído pela Lei nº 4.771 de
15 de setembro de 1965, e demais normas dele decorrentes:
I - cada margem ao longo dos rios, desde o seu nível mais alto,
cuja largura mínima, medida horizontalmente, seja de:
a) 30 (trinta) metros, para curso d’água com menos de 10
(dez) metros de largura;
b) 50 (cinqüenta) metros, para curso d’água de 10 (dez) a
50 (cinqüenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para curso d’água de 50 (cinqüenta)
a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos), metros para curso d’água de 200
(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura.
II - faixa marginal ao redor das lagoas ou reservatórios d’água
naturais ou artificiais, desde o seu nível mais alto, cuja largura
mínima, medida horizontalmente, seja de:
a) 30 (trinta) metros, para os que estejam situados em
áreas urbanas;
b) 100 (cem) metros, para os que estejam em área rural,
exceto os corpos d’água com até 20 (vinte) hectares de
superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinqüenta)
metros.
III - nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados “olhos
d’água”, qualquer que seja a sua situação topográfica, áreas
num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros ao seu redor, de tal
forma que proteja, em cada caso, a bacia de drenagem
contribuinte;
IV - no topo de morros, montes e serras, áreas delimitadas a partir
da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura
mínima da elevação, em relação à base;
V - nas encostas ou partes destas, áreas com declividade superior
a 30% (trinta por cento) na sua linha de maior declive;

Art. 11. No caso de áreas urbanas, assim entendidas aquelas que se


encontram definidas pela Lei do Perímetro Urbano, em todo o território
abrangido, observar-se-á o disposto na Lei do PDU, respeitados os princípios
e os limites estabelecidos nas normas federais e estaduais pertinentes à
matéria.

SEÇÃO II

181
DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Art. 12. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Executivo
e definidas, segundo as categorias estabelecidas na legislação federal e
estadual.

Parágrafo único. Deverão constar no ato do Poder Executivo, por


ocasião da criação de uma unidade de conservação, diretrizes para a
regularização fundiária, demarcação e fiscalização adequada, bem
como a indicação da respectiva área do entorno.

Art. 13. O Poder Executivo poderá reconhecer, na forma da lei, unidades de


conservação de domínio privado, conforme estabelecido na legislação
especifica.

SEÇÃO III
DAS NORMAS E PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL

Art. 14. Os padrões de qualidade ambiental são os valores máximos de


lançamento de matérias ou energias toleráveis no ambiente, de modo a
resguardar a saúde humana, a fauna, a flora, as atividades econômicas e o
meio ambiente em geral.

Art. 15.. O Município, na esfera de sua competência e visando atender sua


realidade local, elaborará normas e fixará padrões relativos ao meio
ambiente, observando-se a legislação estadual e federal, em especial as
resoluções do Conselho Estadual de Proteção Ambiental (CEPRAM) e do
Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).

SEÇÃO IV
DA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Art. 16. A avaliação de impacto ambiental é resultante do conjunto de


instrumentos e procedimentos à disposição do Poder Público que possibilita
a análise e a interpretação de impactos ambientais sobre a saúde, o bem-
estar da população, a economia e o equilíbrio ambiental.

Art. 17. A variável ambiental deverá ser considerada no processo de


planejamento das políticas, planos, programas e projetos do Poder Público
municipal.

182
Art. 18.. É de competência do órgão de coordenação, controle e execução da
política ambiental municipal a exigência de elaboração dos estudos
ambientais para o licenciamento de atividade de âmbito local, potencial ou
efetivamente degradadora do meio ambiente, nos termos desta Lei,
considerado o Anexo III da Lei de Parcelamento do Solo, Sistema Viário,
Circulação, Transporte e Zoneamento do Município e os termos do convênio,
caso venham a ser delegadas, ao Município, competências específicas pelo
órgão ambiental do Estado.

§ 1o. Quando a atividade ou empreendimento não for potencialmente


causador de significativa degradação do meio ambiente, serão
definidos pelo órgão de coordenação, controle e execução da política
ambiental, os estudos ambientais necessários à instrução do processo
de licenciamento.

§ 2o. São estudos ambientais:


I - Relatório de Controle Ambiental (RCA);
II - Plano de Controle Ambiental (PCA);
III - Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD);
IV - Análise Preliminar de Risco (APR);
V - Auto-avaliação para o Licenciamento Ambiental (ALA);
VI - Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto no Meio
Ambiente (EIA/RIMA);
VII - Diagnóstico Ambiental;
VIII - Plano de Manejo.

Art. 19. Os estudos ambientais, quando solicitados pelo órgão competente,


serão custeados pelo proponente do empreendimento ou atividade.

SEÇÃO V
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 20. A implantação e o exercício das atividades de empreendimentos,


privados ou públicos, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, ou
capazes, de qualquer forma, de causar degradação ambiental, que não
sejam de competência estadual ou federal, dependerão de prévio
licenciamento ambiental municipal.

183
Parágrafo único. A Prefeitura poderá receber do órgão ambiental do
Estado, através convênio, delegação para emitir licenciamento
ambiental de competência estadual.

Art. 21. A emissão da licença ambiental será fundamentada em análise


técnica do órgão de coordenação e execução da política ambiental municipal,
com deliberação pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento, nos casos
referentes às intervenções físicas, empreendimentos e atividades, de caráter
público ou privado, que apresentem uma ou mais das seguintes situações ou
características:
I - possibilidade de impacto do tipo estrutural, direto ou potencial,
relativo a imagem, conforto e infra-estrutura urbanos e emissão
de poluentes;
II - interferência direta em coberturas vegetais que sejam
consideradas relevantes para a proteção do solo, mananciais
hídricos, amenização climática, contexto paisagístico ou
biodiversidade;
III - descaracterização do patrimônio urbanístico e histórico-cultural;
IV - interferência direta, indireta ou potencial, em unidades de
conservação ou em biomas protegidos por lei;
V - interferência na configuração do relevo natural;
VI - interferência direta na base de sustentação econômica de
comunidades consolidadas ou de categorias dentro do contexto
produtivo geral.

§ 1o. Aplica-se o conceito de impacto estrutural às atividades que, em


função do seu porte, possam provocar sobrecarga à capacidade de
suporte da infra-estrutura ou do meio natural, exigindo intervenções
especiais de adequação estrutural, para garantir níveis de
interferência no contexto urbano local.

§ 2o. Decreto do Poder Executivo definirá a tipologia dos impactos que


se encontram mencionados nos incisos deste artigo.

Art. 22. A verificação da degradação ambiental, em decorrência da


implantação ou funcionamento de atividades ou empreendimentos, poderá
implicar na revisão do processo de licenciamento pelo expedidor da licença
ambiental.

184
Art. 23. Nas licenças concedidas deverão constar as condições a serem
cumpridas e o cronograma correspondente.

Art. 24.. Resolução do Conselho Municipal de Desenvolvimento, através de


proposta do órgão de coordenação e execução da política ambiental,
deliberará sobre normas e critérios para o licenciamento e autorização de
atividades efetiva ou potencialmente degradadoras do meio ambiente,
estabelecendo prazos para requerimento, publicação, validade das licenças
ambientais emitidas e relação de atividades sujeitas ao licenciamento.

Parágrafo único. A resolução de que trata o caput deste artigo


estabelecerá os mecanismos para a realização de audiência pública
nos processos de implantação de empreendimentos ou atividades
com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente, natural
ou construído, o conforto ou a segurança da população, levando em
conta o que dispõe, para a concessão do licenciamento, o artigo 25 da
Lei de Parcelamento do Solo, Sistema Viário, Circulação, Transporte e
Zoneamento do Município.

Art. 25. O início de instalação, operação ou ampliação de obra ou atividade


sujeita ao licenciamento ambiental, sem a expedição da licença respectiva,
implicará a aplicação das penalidades administrativas previstas nesta Lei e a
adoção das medidas judiciais cabíveis, sob pena de responsabilização
funcional do órgão fiscalizador.

TÍTULO IV
DAS PROIBIÇÕES

Art. 26. É proibido o lançamento ou a liberação nas águas, no ar ou no solo,


de toda e qualquer forma de matéria ou energia, que cause comprovada
poluição ou degradação ambiental, ou acima dos padrões estabelecidos pela
legislação.

Art. 27. Sujeitam-se ao disposto nesta Lei, todas as atividades,


empreendimentos, processos, operações, dispositivos móveis ou imóveis,
meios de transportes, que, direta ou indiretamente, causem ou possam
causar poluição ou degradação do meio ambiente.

185
Art. 28. É proibida a utilização, mutilação, destruição, caça ou captura dos
animais de quaisquer espécies da fauna silvestre, em qualquer fase do seu
desenvolvimento.

Art. 29. É proibido o comércio, sob quaisquer formas, de espécimes da fauna


silvestre.

Parágrafo único. A licença para o comércio de espécimes e produtos


provenientes de criadouros devidamente legalizados, só poderá ser
expedida após autorização do órgão ambiental competente.

Art. 30. Fica proibido pescar:


I - nos corpos d'água nos períodos em que ocorrem fenômenos
migratórios para reprodução, e, em água parada, nos períodos
de desova, de reprodução ou de defeso;
II - espécies que devam ser preservadas ou indivíduos com
tamanhos inferiores aos estabelecidos em legislação
específica;
III - mediante a utilização dos seguintes recursos:
a) explosivos ou substâncias que, em contato com a água,
produzam efeitos semelhantes;
b) substâncias tóxicas;
c) aparelhos, apetrechos, técnicas e métodos que
comprometam o equilíbrio das espécies.

§ 1o. Ficam excluídas da proibição prevista no inciso III, alínea “c”,


deste artigo, os pescadores artesanais e amadores que utilizem para o
exercício da pesca, linha de mão ou vara e anzol.

§ 2o. É vedado o transporte, a comercialização, o beneficiamento e a


industrialização de espécimes provenientes da pesca proibida.

Art. 31. Ficam vedadas:


I - a queima ao ar livre de materiais que comprometam, de alguma
forma, o meio ambiente ou a sadia qualidade de vida;
II - a emissão visível de poeiras, névoas e gases, excetuando-se o
vapor d’água, em qualquer operação de britagem, moagem e
estocagem;
III - a emissão de odores que possam criar incômodos à população;

186
IV - a emissão de substâncias tóxicas, conforme enunciado em
legislação específica;
V - a transferência de materiais que possam provocar emissões de
poluentes atmosféricos acima dos padrões estabelecidos pela
legislação.

Art. 32. A utilização da água far-se-á em observância aos critérios ambientais


e normas referentes a saúde, levando-se em conta seus usos
preponderantes, garantindo-se sua perenidade, tanto no que se refere aos
aspectos qualitativos como quantitativos.

Art. 33. Os resíduos líquidos, sólidos ou gasosos, provenientes de atividades


agropecuárias, industriais, comerciais ou de qualquer outra natureza,
somente poderão ser conduzidos ou lançados de forma a não contaminarem
as águas superficiais e subterrâneas.

Art. 34. Os lançamentos de efluentes líquidos não poderão conferir aos


corpos receptores características em desacordo com os critérios e padrões
de qualidade de água em vigor.

Art. 35. A disposição de quaisquer resíduos no solo, sejam líquidos, gasosos


ou sólidos, só será permitida pelo órgão ambiental competente mediante
comprovação de sua degradabilidade e da capacidade do solo de auto-
depurar-se levando-se em conta os seguintes aspectos:
I - capacidade de percolação;
II - garantia de não contaminação dos aqüíferos subterrâneos;
III - limitação e controle da área afetada;
IV - reversibilidade dos efeitos negativos.

Art. 36. São proibidas as seguintes formas de destinação final de resíduos


sólidos, sujeitando os infratores às penalidades previstas nesta Lei e
disposições legais complementares:
I - lançamento “in natura” a céu aberto;
II - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou
equipamentos não adequados, conforme a legislação vigente;
III - lançamento em corpos d’água, terrenos baldios, poços ou
cacimbas, cavidades subterrâneas, em redes de drenagem de
águas pluviais, esgotos, eletricidade ou telefone, mesmo que
abandonadas, ou em áreas sujeitas a inundação;
IV - infiltração no solo sem tratamento prévio;

187
V - utilização para alimentação animal, em desacordo com a
legislação específica.

Art. 37. Os resíduos sólidos ou semi-sólidos de qualquer natureza não


devem ser dispostos ou incinerados a céu aberto, tolerando-se apenas:
I - a acumulação temporária de resíduos de qualquer natureza,
em locais previamente aprovados, desde que isso não ofereça
riscos à saúde pública e ao meio ambiente, a critério das
autoridades de controle da poluição e de preservação
ambiental ou de saúde pública;
II - a incineração de resíduos sólidos ou semi-sólidos de qualquer
natureza, a céu aberto, em situações de emergência sanitária,
com autorização expressa do órgão ambiental municipal

Art. 38. Todos os resíduos portadores de agentes patogênicos, inclusive os


de estabelecimentos hospitalares e congêneres, assim como alimentos e
outros produtos de consumo humano condenados, não poderão ser
dispostos no solo sem controle e deverão ser adequadamente
acondicionados e conduzidos em transporte especial, definidos em projetos
específicos nas condições estabelecidas pelo órgão ambiental municipal

Art. 39. O solo somente poderá ser utilizado para destino final de resíduos de
qualquer natureza, conforme licença ambiental emitida pelo órgão
competente, desde que sua disposição seja feita de forma adequada,
estabelecida em projetos específicos, ficando vedada a simples descarga ou
depósito.

Art. 40. Os resíduos sólidos de natureza tóxica, bem como os que contêm
substâncias inflamáveis, corrosivas, explosivas, radioativas e outras
consideradas prejudiciais, deverão sofrer, antes de sua disposição final,
tratamento ou acondicionamento adequados, de acordo com as condições
estabelecidas pelo órgão ambiental competente.

Art. 41. Aquele que utiliza substâncias, produtos, objetos ou rejeitos deve
tomar as precauções para que não apresentem perigo e não afetem o meio
ambiente e a saúde.

Parágrafo único. Os resíduos perigosos devem ser reciclados,


neutralizados ou acondicionados e dispostos adequadamente, pelo
fabricante ou comerciante, em especial as baterias automotivas, de

188
celulares e de aparelhos eletrônicos, conforme disposições legais do
CONAMA.

Art. 42. O controle da emissão de ruídos no Município visa garantir o


sossego e bem-estar público, evitando sua perturbação por emissões
excessivas ou incômodas de sons de qualquer natureza ou que contrariem
os níveis máximos fixados em normas ambientais específicas.

Art. 43. Nos logradouros públicos são expressamente proibidos anúncios,


pregões ou propaganda comercial, por meio de aparelhos ou instrumentos,
produtores ou amplificadores de som ou ruído, individuais ou coletivos, que
desrespeitem as normas especificas.

Art. 44. Nas proximidades de escolas, hospitais, sanatórios, teatros,


tribunais, ou igrejas, nas horas de funcionamento e permanentemente, para o
caso de hospitais e sanatórios, fica proibida, até 200 m (duzentos metros) de
distância, a aproximação de aparelhos produtores de ruídos.

Art. 45. É vedada a venda ou armazenamento de agrotóxicos, seus


componentes e afins, em estabelecimentos que comercializem alimentos de
origem animal ou vegetal, para o consumo humano ou animal, e produtos
farmacêuticos, salvo quando forem criadas áreas específicas separadas das
demais por divisórias, totalmente vedadas e impermeáveis.

Art. 46. As embalagens que acondicionam ou acondicionaram agrotóxicos,


seus componentes e afins, não poderão ser comercializadas, devendo ter
destinação final adequada, conforme a legislação vigente.

Parágrafo único. É proibido o fracionamento ou re-embalagem de


agrotóxicos, seus componentes e afins com o objetivo de
comercialização, salvo quando realizados nos estabelecimentos
produtores dos mesmos.

TÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO E DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

CAPÍTULO I
DOS CONCEITOS

Art. 47. Consideram-se para os fins desta Lei os seguintes conceitos:

189
I - advertência ou notificação: intimação do infrator para fazer
cessar a irregularidade sob pena de imposição de outras
sanções;
II - apreensão: ato material decorrente do poder de polícia e que
consiste na prerrogativa do Poder Público de assenhorear-se
de objetos ou de produtos da fauna ou da flora silvestre, que
estejam sendo obtidos de forma ilegal;
III - auto: instrumento de assentamento que registra, mediante
termo circunstanciado, os fatos que interessam ao exercício do
poder de polícia;
IV - auto de constatação: registro da irregularidade constatada no
ato da fiscalização, atestando o descumprimento pretérito ou
iminente da norma ambiental e advertência ao infrator das
sanções administrativas cabíveis;
V - auto de infração: registro do descumprimento de norma
ambiental e estabelecimento da sanção pecuniária cabível;
VI - demolição: destruição forçada de obra incompatível com a
norma ambiental;
VII - embargo: suspensão ou proibição da execução de obra ou
implantação de empreendimento;
VIII - fiscalização: toda e qualquer ação de agente fiscal credenciado
visando ao exame e verificação do atendimento às disposições
contidas nesta Lei e nas demais normas dela decorrentes;
IX - infração: ato ou omissão contrário a esta Lei e às normas delas
decorrentes;
X - infrator: pessoa física ou jurídica cujo ato ou omissão, de
caráter material ou intelectual, provocou ou concorreu para o
descumprimento da norma ambiental;
XI - interdição: limitação, suspensão ou proibição do uso de
construção, exercício de atividade ou condução de
empreendimento;
XII - intimação: ciência ao administrado da infração cometida, da
sanção imposta e das providências exigidas;
XIII - multa: imposição pecuniária, diária ou cumulativa, de natureza
objetiva a que se sujeita o administrado em decorrência da
infração cometida;
XIV - poder de polícia: atividade da administração que, limitando ou
disciplinando direito, interesse, atividade ou empreendimento,
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de
interesse público concernente à proteção, controle ou

190
conservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de
vida no Município;
XV - reincidência: realização de infração pelo mesmo agente,
anteriormente autuado por procedente infração ambiental. A
reincidência observará um prazo máximo de três anos entre
uma ocorrência e outra.

CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 48. No exercício da ação fiscalizadora serão assegurados aos agentes


fiscais credenciados o livre acesso e a permanência, pelo tempo necessário,
nos estabelecimentos públicos ou privados.

Art. 49. Mediante requisição do órgão de coordenação e execução da política


ambiental municipal, o agente credenciado poderá ser acompanhado por
força policial no exercício da ação fiscalizadora, quando necessária.

CAPÍTULO III
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 50. Os responsáveis por infração às disposições desta Lei ficam sujeitos
às seguintes penalidades:
I - advertência por escrito em que o infrator será intimado a fazer
cessar a irregularidade sob pena de imposição de outras
sanções;
II - multa simples, sendo, a mínima, de R$ 50,00 (cinqüenta reais)
e, a máxima, de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de
reais);
III - apreensão de produtos e subprodutos da fauna e flora
silvestres, instrumentos, apetrechos e equipamentos de
qualquer natureza utilizados na infração;
IV - embargo ou interdição temporária de atividade até a correção
da irregularidade;
V - cassação de alvarás e licenças, e a conseqüente interdição,
definitiva ou temporária, do estabelecimento autuado, a serem
aplicadas pelo órgão de coordenação e execução da política
ambiental municipal
VI - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais
concedidos;

191
VII - reparação, reposição ou reconstituição do recurso ambiental
danificado, de acordo com suas características e com as
especificações definidas pelo órgão de coordenação e
execução da política ambiental municipal;
VIII - demolição.

§ 1º. Quando o infrator praticar, simultaneamente, duas ou mais


infrações, ser-lhe-ão aplicadas cumulativamente as penas cominadas.

§ 2º. A aplicação das penalidades previstas nesta Lei não exonera o


infrator das cominações civís e penais cabíveis.

§ 3º. Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é


o infrator obrigado, independentemente de existência de culpa, a
indenizar ou recuperar os danos causados ao meio ambiente e a
terceiros, afetados por sua atividade.

§ 4º. Ao infrator beneficiado pelas circunstâncias de que trata o art. 54,


a multa poderá ser transformada em pena de prestação de serviços
comunitários.

Art. 51. As penalidades poderão incidir sobre:


I - o autor material da infração;
II - o mandante da infração;
III - quem de qualquer modo concorra à sua prática ou dela se
beneficie.

Art. 52. As penalidades previstas neste capítulo serão objeto de


regulamentação por meio de ato do Poder Executivo.

Art. 53. São critérios a serem considerados pelo autuante na classificação de


infração:
I - a maior ou menor gravidade;
II - as circunstâncias atenuantes e as agravantes;
III - os antecedentes do infrator.

Art. 54. São consideradas circunstâncias atenuantes:


I - arrependimento eficaz do infrator, manifestado pela
espontânea reparação do dano, em conformidade com normas,

192
critérios e especificações determinadas pelo órgão de
coordenação e execução da política ambiental municipal;
II - comunicação prévia do infrator às autoridades competentes,
em relação a perigo iminente de degradação ambiental;
III - colaboração com os agentes e técnicos encarregados da
fiscalização e do controle ambiental;
IV - o infrator não ser reincidente e a falta cometida ser de natureza
leve.

Art. 55. São consideradas circunstâncias agravantes:


I - cometer o infrator reincidência específica ou infração
continuada;
II - ter cometido a infração para obter vantagem pecuniária;
III - coagir outrem para a execução material da infração;
IV - ter a infração conseqüência grave ao meio ambiente;
V - deixar o infrator de tomar as providências ao seu alcance,
quando tiver conhecimento do ato lesivo ao meio ambiente;
VI - ter o infrator agido com dolo;
VII - atingir, a infração, as áreas sob proteção legal.

Art. 56. Havendo concurso de circunstância atenuante e agravante, a pena


será aplicada levando-as em consideração, bem como a intenção do autor.

TÍTULO VI
DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

Art. 57. As decisões do órgão de coordenação e execução da política


ambiental municipal sobre os processos serão informadas através de
notificação, que deverá ser assinada pelo técnico credenciado.

Art. 58. Decreto do Poder Executivo estabelecerá os procedimentos a serem


adotados, para a forma de recepção dos recursos e regulamentação das
multas, inclusive forma de sua restituição.

TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 59. O Município aplicará, pelo período de 2 (dois) anos, contado a partir
da publicação desta Lei, as penalidades previstas no capítulo II do Decreto
nº 3.179, de 21 de setembro de 1999, que dispõe sobre as sanções

193
administrativas aplicáveis às condutas lesivas ao meio ambiente, no que for
aplicável às competências municipais.

Art. 60. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Barreiras , ........... de ............................... de 2004.

Prefeito Municipal de Barreiras.

194
6. LEI DO CÓDIGO DE POSTURAS DE BARREIRAS

6.1. Justificativa

A função do Código de Posturas é de vital importância no disciplinamento


dos serviços, especialmente no que concerne à higiene. O Capítulo I trata
das Disposições Preliminares de modo a disciplinar os setores que têm
influência na higiene, na ordem pública, bem como o funcionamento dos
estabelecimentos comerciais e industriais em geral, indicando os
procedimentos para a aplicação de penalidades.

O Capítulo II trata da higiene dos logradouros públicos, especialmente da


limpeza pública e da drenagem pluvial, e sua utilização por transeuntes e
veículos, inclusive das estradas e caminhos municipais rurais. Cuida, ainda,
das vedações e passeios, e do exercício das ações de publicidade em
logradouros públicos.

O funcionamento das atividades comerciais, industriais e de prestação de


serviços é tratado no Capítulo III, referindo-se ao licenciamento e à higiene,
inclusive das feiras livres e do comércio ambulante.

O Capítulo IV refere-se à polícia de costumes, segurança e ordem públicas,


disciplinando especialmente as questões relativas ao divertimento,
moralidade, sossego e segurança pública, no referente aos produtos
perigosos e às ruínas.

O Capítulo V se refere às multas e disposições finais do Código que ora se


comenta.

Cumpre ressaltar que o conteúdo do Código de Posturas se encontra


simplificado de modo que possa ser aplicado com facilidade. Por isto, os
aspectos processuais, disciplinando os mecanismos para a lavratura do auto
de infração e o processo de execução, são os mesmos que constam do
Código de Obras e não foram repetidos neste texto.

6.2. Projeto de Lei

195
PROJETO DE LEI DO CÓDIGO DE POSTURAS DE BARREIRAS

SUMÁRIO

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO II - DA HIGIENE E UTILIZAÇÃO DOS LOGRADOUROS


PÚBLICOS
Seção I - DA LIMPEZA E DRENAGEM
Seção II - DO TRÂNSITO E USO DOS LOGRADOUROS
Seção III - DAS ESTRADAS MUNICIPAIS RURAIS
Seção IV - DAS VEDAÇÕES E PASSEIOS
Seção V - DA PUBLICIDADE NOS LOGRADOUROS
PÚBLICOS

CAPÍTULO III – DAS ATIVIDADES COMERCIAIS, INDUSTRIAIS E


DE SERVIÇOS
Seção I – DO FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS
Seção II – DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS
Seção III - DO COMÉRCIO AMBULANTE E FEIRAS LIVRES

CAPÍTULO IV - DOS COSTUMES, SEGURANÇA E ORDEM


PÚBLICA
Seção I - DOS DIVERTIMENTOS E FESTEJOS PÚBLICOS
Seção II - DA MORALIDADE PÚBLICA
Seção III - DO SOSSEGO PÚBLICO
Seção IV DOS PRODUTOS PERIGOSOS
Seção V – DA AMEAÇA DE RUÍNA

CAPÍTULO V – DAS MULTAS E DISPOSIÇÕES FINAIS

196
Projeto de Lei nº de de de 2004

Institui o Código de Posturas do


Município de Barreiras e dá outras,
providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE BARREIRAS DO ESTADO DA BAHIA

Faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO 1
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Este Código tem por finalidade regular direitos e obrigações dos
munícipes, com vistas a higiene, costumes, segurança e ordem pública, ao
bem estar coletivo e ao funcionamento das atividades econômicas no
Município.

Art. 2º. A infração ao disposto nesta Lei implicará na aplicação de


penalidades conforme disposto no artigo 81 deste Código.

CAPÍTULO I I
DA HIGIENE E UTILIZAÇÃO DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS

SEÇÃO I
DA LIMPEZA E DRENAGEM

Art. 3º. Cabe à Prefeitura prestar, direta ou indiretamente, através de


concessão, os serviços de varrição e limpeza dos logradouros públicos, de
coleta domiciliar e comercial de lixo, e, ainda, o transporte, tratamento e
disposição final de todos os resíduos sólidos urbanos.

§ 1o. Não serão considerados como lixo domiciliar ou comercial os


resíduos industriais e de serviços de saúde, os produtos de podas e
da remoção de animais mortos, os restos de materiais de construção e
entulhos provenientes de obras ou demolições, os restos de forragens
de cocheiras ou estábulos, e a terra, folhas e galhos provenientes dos
jardins e quintais particulares.

197
§ 2o. Para que o lixo domiciliar ou comercial seja coletado pelo serviço
público, deverá estar acondicionado em recipientes de volume não
superior a 100 (cem) litros e colocado à porta das edificações, no dia e
horário pré-estabelecido.

§ 3o. A remoção dos resíduos sólidos urbanos referidos no parágrafo


primeiro, bem como de resíduos domiciliares ou comerciais que
ultrapassem o volume de 100 (cem) litros, poderá ser feita em dia e
horário previamente estipulados, mediante pagamento de preço fixado
pelo setor competente.

§ 4o. A Prefeitura poderá, a seu critério, não realizar a remoção


mencionada no parágrafo terceiro, indicando, neste caso, o local de
destinação dos resíduos, cabendo ao munícipe interessado todas as
providências com a remoção e o respectivo custeio.

Art. 4º. Os resíduos de serviços de saúde deverão ser colocados em


recipientes herméticos, conforme determina a Norma Brasileira, e ter
disposição final apropriada, separadamente dos demais resíduos.

Art. 5º. A limpeza do passeio e sarjeta fronteiriços às edificações é de


responsabilidade de seus ocupantes.

Art. 6º. Para preservar a estética e a higiene dos logradouros públicos é


proibido:
I - manter terrenos sem adequada limpeza, abrigando águas
estagnadas, lixo ou materiais e vetores nocivos à saúde pública;
II - permitir o escoamento de águas servidas das edificações para os
passeios ou leito dos logradouros públicos;
III - transportar, sem as devidas precauções, quaisquer materiais que
possam comprometer o asseio das vias públicas;
IV - danificar, assorear, impedir, dificultar ou obstruir com lixo, terra,
detritos ou quaisquer outros materiais, cursos d'água, valas,
valetas, sarjetas, canalizações e elementos de drenagem de
qualquer tipo;
V - aterrar vias públicas, quintais e terrenos baldios com lixo,
materiais deteriorados ou quaisquer detritos;
VI - queimar, mesmo em propriedades particulares, lixo, detritos ou
quaisquer materiais capazes de molestar a vizinhança ou
produzir odor ou fumaça nociva à saúde;

198
VII - descartar, nos passeios, sarjetas e logradouros públicos, papéis,
embalagens, produtos da varrição, terra, detritos e tudo o mais
que constitua lixo ou atente contra a higiene e o asseio da
Cidade;
VIII - derramar óleo, graxa, cal e outras substâncias similares,
quimicamente ativas ou inertes, nos logradouros públicos;
IX - lavar roupas em chafarizes, fontes ou tanques, situados nas vias
públicas, e cursos d’ água, exceto em lavanderias devidamente
construídas e destinadas a essa utilização.

Art. 7º. É proibido o uso de fogo para a limpeza dos terrenos dentro do
perímetro urbano.

Art. 8º. A preparação de argamassa em logradouros públicos só poderá ser


feita em caráter excepcional e desde que a mistura seja feita em caixa
estanque, de forma a evitar o contato da argamassa com o pavimento.

Art. 9º. Os terrenos não poderão ter partes em desnível, em relação a


logradouros públicos ou lotes lindeiros, com características capazes de
ocasionar erosão, desmoronamento, carreamento de lama, pedras e detritos
ou outros riscos para as edificações e propriedades vizinhas, ou para os
logradouros e canalizações públicas.

§ 1o. Para evitar os riscos citados neste artigo, a Prefeitura poderá


exigir dos proprietários de terrenos com desníveis, obras de
drenagem, fixação, estabilização ou sustentação das terras

§ 2o. As exigências deste artigo aplicam-se também aos casos em que


movimentos de terra, ou quaisquer outras obras, tenham modificado
as condições de estabilidade anteriormente existentes.

§ 3o. Os proprietários, aos quais forem exigidas obras nos termos


deste artigo, as realizarão às suas próprias custas, não lhes cabendo
quaisquer direitos de restituição perante o poder público.

SEÇÃO II
DO TRÂNSITO E USO DOS LOGRADOUROS

Art. 10. É proibido embaraçar ou impedir por qualquer meio o livre trânsito de
pedestres e veículos nas ruas, praças, passeios, estradas, caminhos e

199
demais logradouros públicos, exceto para execução de obras públicas ou
quando exigências policiais o determinarem.

Art. 11. Quando a carga e descarga de materiais não puderem ser feitas
diretamente no interior dos lotes, será tolerada a permanência dos mesmos
na via pública, por prazo não superior a 24 (vinte e quatro) horas e nas
condições estabelecidas pela Prefeitura.

Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, os responsáveis


pelos materiais depositados na via pública deverão advertir pedestres
e condutores de veículos, a distância conveniente e com sinalização
visível, tanto ao dia quanto à noite, da existência de obstáculos ao
livre trânsito.

Art. 12. É expressamente proibido danificar ou retirar sinais de trânsito e


placas denominativas colocadas nas ruas, praças, passeios, estradas,
caminhos e demais logradouros públicos.

Art. 13. É proibido embaraçar o trânsito de pedestres e especificamente:


I - dirigir ou conduzir, pelos passeios, veículos de qualquer espécie,
exceto carrinhos de criança, carrinhos de feira, cadeiras de rodas
e, em logradouro de pequeno movimento, triciclos e bicicletas de
uso infantil;
II - ocupar qualquer parte do passeio, fora dos tapumes, com
materiais de construção;
III - colocar sobre os passeios quaisquer instalações fixas ou móveis
que funcionem como obstáculos ao deslocamento de pedestres e
à locomoção de portadores de necessidades especiais;
IV - permitir que a vegetação avance sobre o passeio de modo a
incomodar ou impedir a passagem dos pedestres;
V - plantar, junto ao passeio, vegetação com espinhos, folhas
cortantes ou que, de alguma forma, possa causar ferimentos ao
pedestre.

Art. 14. A Prefeitura poderá impedir o trânsito de qualquer veículo ou meio de


transporte que possa ocasionar danos à via pública.

Art. 15. O estacionamento, em via pública, de veículo de qualquer natureza,


por mais de 45 (quarenta e cinco) dias ininterruptos, configura abandono do
mesmo.

200
Parágrafo único. O veículo abandonado será removido e
encaminhado ao pátio do órgão competente.

Art. 16. Nas vias públicas só é permitido o trânsito de veículos devidamente


licenciados pelas autoridades competentes.

Parágrafo único. Competirá ao Município o licenciamento dos


veículos de tração animal ou humana.

Art. 17. Bares e congêneres poderão colocar cadeiras e mesas na calçada,


desde que:
I - sejam autorizados pela Prefeitura;
II - ocupem apenas a parte do passeio correspondente à testada do
estabelecimento autorizado;
III - preservem uma faixa desimpedida de largura não inferior a 1,50
m (um metro e cinqüenta centímetros) para a circulação de
pedestres.

Art. 18. As papeleiras e cestas de lixo, bancos, floreiras, cabines, guaritas,


painéis, pontos de parada e outros tipos de mobiliário urbano só poderão ser
instalados nos logradouros públicos depois de aprovados pela Prefeitura e
não poderão prejudicar a estética nem a circulação.

Art. 19. A licença para localização de barracas com fins comerciais nos
passeios e nos leitos dos logradouros públicos somente será concedida, de
forma temporária, nos casos de feiras-livres e festejos públicos, e, de forma
permanente, mediante lei específica.

Art. 20. Coretos ou palanques provisórios para encontros e festividades


cívicas, religiosas ou populares, poderão ser armados nos logradouros
públicos, desde que seja solicitada à Prefeitura a aprovação de sua
localização.

§ 1o. As estruturas deverão ser removidas no prazo de 24 (vinte e


quatro) horas a contar do encerramento do evento.

§ 2o. Correrão por conta dos responsáveis pelo evento a indenização


por eventuais estragos à pavimentação dos logradouros ou ao
escoamento das águas pluviais.

201
Art. 21. Nenhum serviço ou obra que exija o levantamento do calçamento ou
abertura e escavação no leito das vias públicas poderá ser executado, por
pessoas físicas ou jurídicas, sem prévia licença da Prefeitura.

§ 1o. A recomposição da pavimentação será feita pela Prefeitura às


expensas dos licenciados para o serviço.

§ 2o. A autoridade municipal competente poderá estabelecer horário


especial para a realização dos trabalhos, se estes ocasionarem
transtorno ao trânsito de pedestres e veículos, nos horários normais
de trabalho.

§ 3o. Os licenciados para a execução das obras são obrigados a


colocar placas indicativas de perigo e de interrupção de trânsito,
dispostas a distância conveniente, e visíveis nos períodos diurno e
noturno.

SEÇÃO III
DAS ESTRADAS MUNICIPAIS RURAIS

Art. 22. Para efeito desta Lei, são consideradas estradas municipais rurais as
estradas e caminhos que servem ao livre trânsito público e cujo leito é de
propriedade da municipalidade, situadas na zona rural do Município.

Art. 23. É proibido aos proprietários dos terrenos marginais às estradas


municipais rurais, ou a quaisquer outras pessoas, sob qualquer pretexto:
I - instalar mata-burros, porteiras ou quaisquer outros obstáculos
que prejudiquem o livre fluxo de veículos e pedestres, ou que
dificultem os trabalhos de conservação das vias;
II - destruir ou danificar o leito das vias, pontes, bueiros e canaletas
de escoamento das águas pluviais, inclusive seu prolongamento
fora da estrada;
III - abrir valetas, buracos ou escavações nos leitos das estradas;
IV - impedir ou dificultar o escoamento de águas pluviais das
estradas para o interior das propriedades lindeiras;
V - permitir que as águas pluviais concentradas nos imóveis lindeiros
atinjam a pista carroçável das estradas;

202
Art. 24. Quando houver condições que dificultem a drenagem na faixa de
domínio da via, a Prefeitura poderá executar obras dentro das propriedades
privadas.

Art. 25. É proibido aos proprietários de terrenos lindeiros às estradas


municipais erguer ou plantar quaisquer tipos de obstáculos ou barreiras, tais
como cercas de arame, postes, tapumes e árvores dentro da faixa de
domínio da estrada.

Art. 26. A Prefeitura poderá executar a conservação de estradas ou


caminhos rurais privados, desde que justificada a necessidade de apoio à
produção agrícola e mediante recolhimento antecipado, aos cofres públicos,
do valor dos serviços a executar.

SEÇÃO IV
DAS VEDAÇÕES E PASSEIOS

Art. 27. Todo terreno situado dentro do perímetro urbano, que limite com
logradouro público dotado de calçamento ou de meio-fio e sarjeta, deverá
ser:
I - beneficiado por passeio pavimentado, conforme padrão
estabelecido pela Prefeitura;
II - fechado no alinhamento por muro ou cerca construída conforme
as normas do Código de Obras.

Art. 28. São responsáveis pela conservação e restauração dos passeios,


muros e cercas:
I - o proprietário, o titular do domínio útil ou possuidor do terreno;
II - o concessionário ou permissionário que, ao prestar serviço
público, cause dano a muro, cerca ou passeio;
III - a Prefeitura, quando a reconstrução ou restauração se fizer
necessária em razão de modificações, pela administração
pública, do alinhamento ou nivelamento dos logradouros.

SEÇÃO V
DA PUBLICIDADE NOS LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 29. Dependerá de licença da Prefeitura e do pagamento das taxas


respectivas, a exploração de meios de publicidade em logradouros públicos

203
ou em locais que, embora de propriedade particular, sejam visíveis de
logradouros públicos.

§ 1o. A Prefeitura poderá isentar de licenciamento e tributação a


publicidade aplicada sobre estruturas ou objetos de propriedade
privada, desde que os mesmos sejam desprovidos de estrutura
própria de suporte.

§ 2o. Dentro das zonas histórico-culturais, o licenciamento da


publicidade deverá ter parecer e aprovação pelo órgão competente da
Prefeitura.

Art. 30. A instalação de anúncios ou letreiros luminosos, intermitentes ou


com luzes ofuscantes, bem como a veiculação de mensagens sonoras por
meio de equipamentos amplificadores de som, devem atender, também, as
disposições da lei da política ambiental.

Art. 31. Não será permitida a apresentação, exibição ou colocação de


qualquer forma de publicidade que:
I - pela sua natureza provoque aglomerações prejudiciais ao
trânsito público;
II - diminua a visibilidade de veículos em trânsito ou da sinalização
de tráfego;
III - de alguma forma prejudique os aspectos paisagísticos, o meio-
ambiente ou o patrimônio histórico-cultural;
IV - desfigure bens de propriedade pública;
V - seja ofensiva à moral e ao pudor, contenha insultos ou ataque a
crenças, instituições ou pessoas.

Art. 32. A distribuição, em logradouros públicos, de anúncios, folhetos,


panfletos, cartazes e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda
impressa, dependerá de licença da Prefeitura.

Parágrafo único. Caberá ao licenciado a responsabilidade pela


limpeza dos logradouros públicos que tiverem sua higiene
comprometida pelo abandono, por qualquer pessoa, do material
distribuído.

204
Art. 33. Os pedidos de licença à Prefeitura, para colocação, pintura ou
distribuição de anúncios, cartazes e quaisquer outros meios de publicidade e
propaganda deverão mencionar:
I - o local em que serão colocados, pintados ou distribuídos;
II - as suas dimensões e tipo de suporte;
III - as inscrições e o texto.

Parágrafo único. No caso de anúncios luminosos, os pedidos de


licença deverão indicar o sistema de iluminação a ser adotado, não
podendo os referidos anúncios serem localizados a uma altura inferior a
2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) do passeio.

Art. 34. Os anúncios e letreiros deverão ser mantidos, pelos seus


proprietários, em perfeito estado de conservação, funcionamento e
segurança.

Art. 35. A Prefeitura poderá, mediante o devido procedimento licitatório,


permitir a instalação de placas, cartazes e outros dispositivos em que conste,
além do nome do logradouro, mensagem publicitária.

Parágrafo único. Sempre que houver alteração do nome do


logradouro, o responsável terá que proceder à modificação no
dispositivo indicado.

Art. 36. A Prefeitura poderá, mediante o devido procedimento licitatório,


permitir a instalação de bancos, cabines, papeleiras ou cestos de lixo e
outros tipos de mobiliário urbano, nos quais constem mensagens
publicitárias.

Art. 37. - A veiculação de propaganda sonora em lugares públicos, por meio


de amplificadores de som, alto-falantes fixos ou móveis, ou propagandistas,
está sujeita a licença prévia e a pagamento da respectiva taxa.

Parágrafo único. A concessão da licença atenderá, também, às


disposições da lei da política ambiental.

CAPÍTULO III
DAS ATIVIDADES COMERCIAIS, INDUSTRIAIS E DE SERVIÇOS

SEÇÃO I

205
DO FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS

Art. 38. Nenhum estabelecimento comercial, industrial ou prestador de


serviços poderá funcionar sem prévia licença da Prefeitura, a qual só será
concedida se observadas as disposições deste Código, do Código de Obras
e das demais normas legais pertinentes.

§ 1o. Sem prejuízo do fornecimento de outras informações, o


requerimento de solicitação da licença para funcionamento deverá
especificar com clareza:
I - o tipo de comércio, indústria ou serviço;
II - o local em que o requerente pretende exercer a sua atividade.

§ 2o. A Prefeitura deverá expedir parecer conclusivo, aceitando ou


negando o pedido de licença para funcionamento, no prazo máximo
de 7 (sete) dias úteis.

§ 3o. O parecer positivo deverá ser expedido, acompanhado do


respectivo alvará de localização e funcionamento.

§ 4o. Do parecer negativo constará, obrigatoriamente, o motivo e a


norma regulamentar que o embasa.

Art. 39. Para efeito de fiscalização, o responsável pelo estabelecimento


licenciado colocará o alvará de localização e funcionamento em lugar visível
e o exibirá à autoridade competente sempre que esta o exigir.

Art. 40. Para mudança de local de estabelecimento comercial, industrial ou


de prestação de serviços deverá ser solicitada a necessária permissão à
Prefeitura, que verificará se o novo local satisfaz às normas constituídas.

Art. 41. Os estabelecimentos industriais, de comércio e de prestação de


serviços terão horário de funcionamento livre, observados os preceitos da
legislação federal que regula a duração e as condições do trabalho, e desde
que não haja prejuízo ao sossego público.

Art. 42. As farmácias estabelecerão sistema de plantões para atendimento


aos sábados, domingos, feriados e dias santos, e no período noturno, de
forma que o atendimento não falte à comunidade.

206
Parágrafo único. Quando fechadas, as farmácias manterão afixadas
à porta uma placa com a indicação daquelas que se encontram de
plantão.

SEÇÃO II
DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS

Art. 43. A Prefeitura exercerá, em colaboração com as autoridades sanitárias


do Estado e da União, fiscalização sobre:
I. a higiene dos estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços;
II. a produção e o comércio de gêneros alimentícios em geral;
III. os estabelecimentos de hospedagem;
IV. os serviços de alimentação;
V. os serviços pessoais.

Art. 44. Não será permitida a fabricação, exposição ou venda de gêneros


alimentícios deteriorados, falsificados, adulterados, com prazo de validade
vencido, nocivos à saúde ou impróprios para consumo por qualquer motivo,
os quais serão apreendidos e inutilizados pela fiscalização municipal.

§ 1o. A inutilização dos gêneros não eximirá o estabelecimento das


demais penalidades que possa sofrer em virtude da infração, nem das
conseqüências do conhecimento da ocorrência, que a Prefeitura dará
aos órgãos estaduais e federais competentes.

§ 2o. A reincidência na prática das infrações previstas neste artigo


determinará a cassação, pela Prefeitura, da licença para
funcionamento do estabelecimento.

§ 3o. Será também considerado deteriorado, todo gênero alimentício


que tenha a sua embalagem original violada, rasgada ou perfurada,
qualquer que tenha sido o motivo que lhe tenha dado causa.

Art. 45. A todo pessoal que exercer função nos estabelecimentos citados
nesta seção serão exigidos atestados comprobatórios de boa saúde, na
forma definida pelo órgão competente e renovado anualmente.

§ 1o. Aqueles que apresentarem qualquer doença infecto-contagiosa


serão afastados do serviço, só retornando após a cura total,
devidamente comprovada.

207
§ 2o. O não cumprimento das exigências deste artigo implica em multa
de grau máximo, conforme disposto no artigo 81 deste Código, e na
interdição do estabelecimento nos casos de reincidência ou renitência.

Art. 46. Os estabelecimentos de que trata esta seção deverão ser mantidos
em rigoroso estado de higiene, podendo-se exigir pintura, reforma,
imunização ou desratização, a critério do órgão competente.

Art. 47. Toda a água utilizada na manipulação ou preparo de gêneros


alimentícios, bem como na fabricação de gelo para uso alimentar, deverá ser
comprovadamente potável sob o ponto de vista químico e bacteriológico,
obedecidos os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes.

Art. 48. Não será permitido vender e dar a consumo carne de animais que
não tenham sido abatidos em matadouros sujeitos à fiscalização.

Art. 49. Nos estabelecimentos em que se vendem laticínios, carnes, peixes e


congêneres é obrigatória:
I - a existência de refrigeradores ou câmaras frigoríficas e balcões
com tampo de mármore, aço inoxidável ou material equivalente;
II - a existência de prateleiras de mármore, aço inoxidável, fórmica
ou material equivalente;
III - a apresentação do pessoal com uniforme apropriado;
IV - a utilização de utensílios de manipulação feitos de material
inoxidável.

Art. 50. Os hotéis, motéis, pensões, restaurantes, casas de lanche, cafés,


padarias, confeitarias e congêneres deverão observar as seguintes
prescrições:
I - a lavagem de louças e talheres deverá fazer-se em água
corrente, ou máquina de tipo aprovado, não sendo permitido, sob
qualquer hipótese, a lavagem em baldes, tonéis ou vasilhames;
II - as cozinhas, copas e despensas, assim como os utensílios nelas
utilizados, deverão ser conservados em perfeitas condições de
higiene;
III - os balcões deverão ter tampo de mármore, aço inoxidável,
fórmica ou material equivalente;
IV - o pessoal, quer trabalhe ou não em contato direto com o público,
deve estar convenientemente uniformizado ou trajado.

208
Art. 51. Os hotéis, motéis e pensões deverão manter, em cada quarto,
preservativos masculinos (camisinhas) à disposição dos hóspedes.

Art. 52. Os salões de barbeiros, cabeleireiros, manicuros, pedicuros e salões


de beleza deverão, obrigatoriamente, após cada utilização, esterilizar as
ferramentas de uso comum.

Parágrafo único. O não cumprimento das exigências deste artigo


implica em multa de grau máximo, conforme disposto no artigo 81
deste Código, e na interdição do estabelecimento nos casos de
reincidência ou renitência.

Art. 53. Nos hospitais, casas de saúde e maternidades, alem das disposições
gerais deste código, que lhes forem aplicáveis, é obrigatória:
I - a existência de lavanderia à água quente com instalação completa
de desinfecção;
II - a existência de depósito apropriado para roupa servida.

Art. 54. A instalação de necrotérios e capelas mortuárias será feita em prédio


isolado, distante no mínimo 30 (trinta) metros das habitações vizinhas.

SEÇÃO III
DO COMÉRCIO AMBULANTE E FEIRAS LIVRES

Art. 55. Para os fins desta Lei considera-se ambulante a pessoa física,
regularmente matriculada na Prefeitura, que exerça atividade comercial em
espaços públicos, sem estabelecimento fixo.

Art. 56. O comércio ambulante poderá ser:


I - localizado, quando o ambulante recebe permissão de uso de
uma área definida e nela exerce sua atividade de forma contínua;
II - itinerante, quando o ambulante recebe permissão de uso de
áreas definidas, mas exerce sua atividade em diferentes locais, a
exemplo dos feirantes;
III - móvel, quando o ambulante recebe licença para atuar de forma
esporádica em locais de aglomeração temporária de pessoas,
tais como estádios e parques de exposições.

209
Art. 57. O exercício do comércio ambulante depende de licença prévia da
Prefeitura e do pagamento das taxas respectivas, podendo ser isentos de
tributos os casos de comprovado interesse social.

Parágrafo único. A Prefeitura poderá, a qualquer tempo, cancelar a


licença se considerar a atividade não mais apropriada ao local ou
constatar que vem sendo explorada por pessoa distinta da licenciada.

Art. 58. Não poderá ser matriculado como ambulante todo aquele que
possuir, no todo ou em parte, qualquer estabelecimento industrial, comercial
ou de prestação de serviços.

Art. 59. As feiras livres são uma modalidade de comércio ambulante,


realizada em conjuntos de bancas que poderão ocupar logradouros públicos,
em horários e locais pré-determinados.

Art. 60. Poderão ser comercializados em feiras livres:


I - gêneros alimentícios;
II - artesanato;
III - flores, mudas e plantas ornamentais;
IV - utensílios domésticos;
V - vestimentas e calçados;
VI - objetos de uso pessoal.

Art. 61. Bancas, barracas, carrinhos e congêneres para comércio ambulante


somente poderão ser instalados, ou estacionados, sobre passeios se ficar
garantida uma faixa desimpedida para o trânsito de pedestres, com largura
não inferior a 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros).

Art. 62. É proibido ao vendedor ambulante ou feirante estacionar banca,


barraca, carrinho e congêneres:
I - fora dos locais previamente determinados pela Prefeitura;
II - sobre as áreas ajardinadas de praças ou vias públicas;
III - nos acessos aos serviços de utilidade pública, tais como pronto-
socorros, hospitais, delegacias de polícia, escolas e congêneres.

CAPÍTULO IV
DOS COSTUMES, SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA

SEÇÃO I

210
DOS DIVERTIMENTOS E FESTEJOS PÚBLICOS

Art. 63. Divertimentos e festejos públicos, para efeitos deste Código, são os
que se realizam nas vias públicas ou em recintos fechados com livre acesso
ao público.

Art. 64. Nenhum divertimento ou festejo público pode ocorrer sem


autorização prévia da Prefeitura.

§ 1o. O requerimento de licença para funcionamento de qualquer casa


de diversão será instruído com as provas de terem sido satisfeitas as
exigências referentes à construção, nos termos do Código de Obras, à
higiene do edifício e procedida a vistoria policial.

§ 2o. As exigências do presente artigo não atingem as reuniões de


qualquer natureza sem convites ou entradas pagas, realizadas por
clubes ou entidades profissionais e beneficentes em suas sedes, bem
como as realizadas em residências.

Art. 65. Os bilhetes de entrada não poderão ser vendidos ou cedidos em


número excedente à lotação do local de diversão.

Art. 66. Para o fornecimento de licenças para realização de diversões ou


jogos ruidosos, além das exigências deste código, deverão também ser
atendidas as disposições da lei da política ambiental.

Art. 67. É proibido:


I - queimar fogos de artifícios, bombas, busca-pés, morteiros ou
outros fogos perigosos, nos logradouros públicos ou em janelas e
portas que abrirem para os mesmos;
II - soltar balões, exceto as denominadas “lanternas japonesas”;
III - fazer fogueiras nos logradouros públicos, sem prévia autorização
da Prefeitura;
IV - utilizar, sem justo motivo, armas de fogo dentro do perímetro
urbano.

Parágrafo único. As proibições de que tratam os itens I e III poderão


ser suspensas, mediante licença da Prefeitura, em dias de regozijo
público ou festividades de caráter tradicional.

211
Art. 68. Em todas as casas de espetáculos e diversões públicas serão
observadas as seguintes disposições, além das estabelecidas pelo Código
de Obras e pela legislação estadual pertinente:
I - as portas e os corredores para o exterior serão amplas e
conservar-se-ão sempre livres de grades, móveis ou quaisquer
objetos que possam dificultar a saída rápida do público em caso
de emergência;
II - durante os espetáculos as portas deverão permanecer abertas,
vedadas apenas por cortinas;
III - acima de todas as portas haverá a inscrição SAÍDA, legível à
distância e luminosa;
IV - os aparelhos destinados ao condicionamento e renovação do ar
deverão ser conservados e mantidos em perfeito funcionamento
e higiene;
V - serão tomadas as precauções necessárias para evitar incêndios,
sendo obrigatória a instalação de sprinklers e extintores de fogo
em locais visíveis e de acesso fácil e desimpedido, em
consonância com as determinações do Código de Obras.

Parágrafo único. Não será permitida a permanência de espectadores


nos corredores destinados à circulação e/ou evacuação do recinto.

Art. 69. É proibido fumar em recintos de uso coletivo, abertos ou fechados,


ou destinados a permanência prolongada, obrigatória ou voluntária, de
grupos de pessoas, incluindo-se elevadores e veículos de transporte coletivo.

§ 1o. Nos locais onde não seja permitido fumar deverão ser afixados
avisos indicativos da proibição, com ampla visibilidade ao público.

§ 2o. Os bares e restaurantes poderão reservar áreas especiais para


fumantes, desde que vedadas e separadas das áreas destinadas ao
público não fumante.

§ 3o. Serão considerados infratores deste artigo os fumantes e os


estabelecimentos onde ocorrer a infração, na pessoa de seu
responsável.

Art. 70. A instalação de tendas, "trailers" e outros equipamentos para feiras,


circos, parques de diversões e congêneres só será permitida em locais

212
previamente estabelecidos e autorizados pela Prefeitura, mediante vistoria
prévia.

§ 1o. A autorização de funcionamento dos estabelecimentos de que


trata este artigo não poderá ser por prazo superior a 6 (seis) meses,
renovável a critério do poder concedente.

§ 2o. As condições de segurança dos equipamentos de circos,


parques de diversões e congêneres são de responsabilidade de seus
proprietários ou gerentes, podendo a Prefeitura exigir laudos de
peritos antes de conceder a autorização de funcionamento.

SEÇÃO II
DA MORALIDADE PÚBLICA

Art. 71. Os proprietários de estabelecimentos onde se vendam bebidas


alcoólicas serão responsáveis pela manutenção da moralidade e ordem
pública em seus estabelecimentos.

Parágrafo único. A reincidência da infração a este artigo determinará


a cassação de licença para funcionamento.

Art. 72. Os proprietários dos estabelecimentos que forem processados e


condenados pela autoridade competente por crime contra a economia
popular terão cassadas as licenças para funcionamento.

Art. 73. É proibido o pichamento, a inscrição de grafites ou qualquer inscrição


indelével em paredes, muros, painéis, calçadas, postes ou qualquer outra
superfície, ressalvados os casos de publicidade permitidos neste Código.

SEÇÃO III
DO SOSSEGO PÚBLICO

Art. 74. São expressamente proibidas as perturbações do sossego público


com ruídos ou sons excessivos e evitáveis tais como os provenientes de:
I - motores de explosão desprovidos de silenciosos ou adulterados,
ou com estes em mau estado de funcionamento;
II - veículos com escapamento aberto ou carroceria semi-solta;
III - buzinas, clarins, campainhas ou quaisquer outros aparelhos
similares;

213
IV - apitos ou silvos de sirenes de fábricas, ou outros
estabelecimentos, por mais de 30 (trinta) segundos ou entre as
22 (vinte e duas) horas e as 6 (seis) horas ou aos domingos e
feriados;

§ 1º. Excetuam-se das proibições deste artigo:


I - as sinetas ou sirenes dos veículos de assistência médica, corpo
de bombeiros e polícia, quando em serviço;
II - os apitos das rondas e guardas policiais;
III - os sinos de igrejas, conventos ou capelas;
IV - o ruído normal das máquinas ou aparelhos utilizados em
construções ou obras em geral, devidamente licenciados pela
Prefeitura, desde que funcionem entre as 7 (sete) horas e as 19
(dezenove) horas, nos dias úteis, e entre as 8 (oito) horas e as
13 (treze) horas, nos sábados.

§ 2º. A propaganda sonora é regulada pelo disposto no artigo 37 deste


Código

Art. 75. É proibido executar qualquer trabalho, serviço ou atividade que


produza ruído ou venha a perturbar o sossego público entre as 22 (vinte e
duas) horas e as 6 (seis) horas.

Art. 76. A fiscalização para verificação da perturbação definida nesta seção


poderá ser solicitada à Prefeitura, que manterá serviço de plantão para
atendimento imediato de solicitação.

Art. 77. Às infrações do disposto nesta seção, aplicar-se-ão, também, as


penalidades previstas na lei da política ambiental.

SEÇÃO IV
DOS PRODUTOS PERIGOSOS

Art. 78. A produção, armazenagem, manipulação e venda de produtos


combustíveis, inflamáveis, explosivos, tóxicos ou radioativos não poderá ser
feita contrariando a Norma Brasileira e a legislação ambiental, e sem licença
especial da Prefeitura e demais autoridades competentes.

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Parágrafo único. A licença de que trata este artigo poderá ser
cassada a qualquer tempo, sempre que se constate risco à segurança
pública.

SEÇÃO V
DA AMEAÇA DE RUÍNA

Art. 79. O proprietário de todo terreno, edificação, estrutura ou instalação que


ameace ruir, configurando risco para o público, prejuízo às propriedades
vizinhas ou embaraço ao trânsito, será intimado, administrativa e
judicialmente pela Prefeitura para que tome as medidas necessárias para
desmonte, demolição ou reparos, conforme as normas do Código de Obras.

CAPÍTULO V
DAS MULTAS E DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 80. A licença de localização e funcionamento poderá ser cassada:


I - quando o licenciado exercer atividade diferente da requerida;
II - como medida preventiva, a bem da higiene, da moral, do
sossego ou da segurança pública;
III - se o licenciado, ou seu preposto, negar-se a exibir o alvará de
localização e funcionamento à autoridade competente, quando
solicitado a fazê-lo;
IV - por solicitação de autoridade competente, provados os motivos
que fundamentaram a solicitação.

§ 1º. Cassada a licença, o estabelecimento será imediatamente


fechado.

§ 2º. Poderá ser igualmente fechado todo estabelecimento que


exercer atividades sem a necessária licença.

Art. 81. A infração a dispositivos da presente Lei ensejará, sem prejuízo das
sanções civis e criminais cabíveis, a aplicação das seguintes penalidades:
I - multas variáveis de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$10.000,00
(dez mil reais), por dia de prosseguimento da irregularidade;
II - apreensão de mercadoria ou equipamento;
III - suspensão ou cassação do alvará de funcionamento e
localização;
IV - interdição do estabelecimento;

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V - embargo de obra;
VI - demolição de obra, edificação ou instalação;
VII - realização pelo poder público de obra ou serviço não executado,
com ressarcimento do custo pelo infrator.

§ 1º. A aplicação de uma das penas previstas neste Código não


prejudica a aplicação de outras, quando cabíveis.

§ 2º. A aplicação das sanções previstas não dispensa o atendimento


às disposições deste Código, nem desobriga o infrator de ressarcir os
danos resultantes da infração.

§ 3º. O processo de aplicação das penalidades obedecerá às normas


gerais constantes do Código de Obras

Art. 82. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando
revogada a lei nº 322 de 4 de março de 1977.

Barreiras, ...........de ..........................de 2004

PREFEITO MUNICIPAL DE BARREIRAS

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