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ultimamente. Trata-se do documento que mais recebeu sugestões e contribuições na história do país! Isso já
mostra a importância que possui, não só para os educadores, mas para o país inteiro.
A BNCC para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental foi aprovada e homologada em dezembro de
2017. Por sua vez, o documento para o Ensino Médio foi aprovado pelo Conselho Nacional de Educação
(CNE) no dia 4 de dezembro de 2018 e homologado na semana seguinte, no dia 14 de dezembro, pelo
Ministério da Educação.
Quer saber mais sobre o assunto? Então descubra aqui algumas informações relevantes sobre esse documento
que separamos neste artigo. Vamos lá?
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O que é a BNCC?
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que visa a nortear o que é ensinado nas escolas
do Brasil inteiro, englobando todas as fases da educação básica, desde a Educação Infantil até o final do
Ensino Médio. Trata-se de uma espécie de referência dos objetivos de aprendizagem de cada uma das etapas
de sua formação. Longe de ser um currículo, a Base Nacional é uma ferramenta que visa a orientar a
elaboração do currículo específico de cada escola, sem desconsiderar as particularidades
metodológicas, sociais e regionais de cada uma.
Isso significa que a Base estabelece os objetivos de aprendizagem que se quer alcançar, por meio da definição
de competências e habilidades essenciais, enquanto o currículo irá determinar como esses objetivos serão
alcançados, traçando as estratégias pedagógicas mais adequadas.
Sendo assim, a BNCC não consiste em um currículo, mas um documento norteador e uma referência única
para que as escolas elaborem os seus currículos. De acordo com o ex-Ministro da Educação Mendonça Filho,
“os currículos devem estar absolutamente sintonizados com a nova BNCC, cumprindo as diretrizes gerais que
consagram as etapas de aprendizagem que devem ser seguidas por todas as escolas”. A imagem abaixo ilustra
bem essa relação da Base Nacional Comum Curricular e o currículo das escolas:
“A Base é um documento normativo que define o conjunto orgânico progressivo das aprendizagens essenciais e indica os
conhecimentos e competências que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade. Ela se baseia nas
diretrizes curriculares nacionais da educação básica e soma-se aos propósitos que direcionam a educação brasileira para
formação integral e para a construção de uma sociedade melhor.” - Maria Helena Guimarães, ex-Secretária Executiva do
Ministério da Educação.
Visando a unificar as influências e referências de cada instituição de ensino, a BNCC surge para solucionar um
problema muito comum no Brasil. Quando analisam-se os currículos escolares espalhados pelo país, é possível
encontrar discrepâncias muito grandes.
Apesar de ter sido colocada em prática nos últimos anos, a ideia de uma base curricular comum às escolas de
todo o Brasil já existe desde a promulgação da Constituição de 1988, cujo artigo 210 prevê a criação de uma
grade de conteúdos fixos a serem estudados no Ensino Fundamental. Veja abaixo o trecho retirado do
documento oficial:
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito
aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
Com a BNCC, os direitos de aprendizagem de todos os alunos passam a ser assegurados. Dessa forma, o
principal objetivo da Base é garantir a educação com equidade, por meio da definição das competências
essenciais para a formação do cidadão em cada ano da educação básica.
Assim, em setembro de 2015, abriu-se espaço para as contribuições do público. Inicialmente programado
para receber feedbacks até o dia 15 de dezembro, esse prazo acabou sendo prorrogado até 15 de março de
2016, quando a consulta pública da primeira versão foi concluída.
O portal recebeu mais de 12 milhões de contribuições e, a partir delas, o documento foi revisado.
Em maio de 2016, a segunda versão da Base Nacional Comum Curricular foi publicada, dando início aos
Seminários Estaduais realizados em todas as unidades da federação. Os 27 Seminários foram organizados e
articulados pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED) e pela União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (UNDIME), entre os meses de junho e agosto.
O objetivo desses Seminários foi receber contribuições relevantes de alunos, professores, especialistas,
coordenadores e instituições para melhorar ainda mais o documento. No total, houve participação de mais
de 9 mil pessoas.
Em setembro de 2016 o documento preliminar que sistematizou os Seminários realizados foi entregue ao
Ministro da Educação, Mendonça Filho. Contendo as principais observações feitas pelos educadores, esse
documento apresentava preocupações, como a linguagem confusa e genérica do documento, que na teoria
deveria ser claro e conciso.
Após a entrega do documento ao Ministro, foi anunciada pelo MEC uma medida que separava a Base Nacional
Comum Curricular em duas partes, uma referente à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental e a outra
relativa ao Ensino Médio.
No dia 06/04/2017, foi anunciada a terceira versão da Base da Educação Infantil e Ensino Fundamental.
O documento passou por mais uma rodada de discussões e ajustes e uma nova versão foi aprovada pelo CNE e
homologada pelo Ministro da Educação em dezembro de 2017.
O documento relativo ao Ensino Médio, por sua vez, foi divulgado pelo MEC no dia 03/04/2018. Após uma
nova fase de debates, ele foi aprovado e homologado nos dias 4 e 14 de dezembro, respectivamente.
“As competências do século XXI dizem respeito a formar cidadãos mais críticos, com capacidade de aprender a aprender, de
resolver problemas, de ter autonomia para a tomada de decisões, cidadãos que sejam capazes de trabalhar em equipe,
respeitar o outro, o pluralismo de ideias, que tenham a capacidade de argumentar e defender seu ponto de vista. (...) A
sociedade contemporânea impõe um novo olhar a questões centrais da educação, em especial: o que aprender, para que aprender,
como ensinar e como avaliar o aprendizado.” Maria Helena Guimarães, ex-Secretária Executiva do Ministério da Educação.
Sendo assim, as competências do século XXI preveem a formação de cidadãos críticos, criativos, participativos
e responsáveis, capazes de se comunicar, lidar com as próprias emoções e propor soluções para problemas e
desafios. Essas competências guiaram a elaboração da BNCC e implicam em uma desvinculação da escola do
passado, que valoriza a memorização de conteúdos.
Isso está de acordo com uma estratégia do Plano Nacional de Educação, que visa a “desenvolver tecnologias
pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a
escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial, das escolas do
campo e das comunidades indígenas e quilombolas.”
Dessa forma, a Base Nacional Comum Curricular pretende unificar conteúdos básicos, que devem ser
ensinados em todo o país e que correspondem ao currículo mínimo obrigatório de todas as escolas. Ao
mesmo tempo, pretende que os ensinamentos tradicionais e regionais continuem sendo passados aos alunos,
correspondendo à parte diversificada do currículo escolar.
Portanto, as escolas poderão acrescentar ao seu Projeto Político Pedagógico (PPP) o que for característico
de cada comunidade, sem deixar de lado os direitos dos alunos previstos na BNCC.
1) Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e
digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva.
2) Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação,
a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas.
“Nós entramos na escola, aos seis anos, com 98% de índice criativo saímos da faculdade, aos 23 ou 24 anos, com apenas 2%.” - Luís
Rasquilha, especialista em futuro.
3) Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também
participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4) Utilizar diferentes linguagens - verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual,
sonora e digital -, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar
e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo.
5) Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na
vida pessoal e coletiva.
7) Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender
ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
10) Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Essas competências serviram de referência para estruturação de toda a Base, desde a Educação Infantil até o
fim do Ensino Médio.
A Educação Infantil é organizada por campos de experiências e se baseia em seis direitos de aprendizagem
e desenvolvimento:
1) conviver;
2) brincar;
3) participar;
4) explorar;
5) expressar;
6) conhecer-se.
O Ensino Fundamental, por sua vez, parte de cinco áreas do conhecimento definidas pela LDB:
2) Matemática;
5) Ensino Religioso.
definindo unidades temáticas e habilidades que devem ser aprendidas em cada ano, observando-se a
progressão dos alunos.