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CIVIL II – OBRIGAÇÕES
INTRODUÇÃO
1. Opção metodológica
a. Descumprimento → para Alois von Brinz, o descumprimento de uma obrigação leva à
responsabilização. Segue a teoria dualista, que diz que a responsabilidade engloba o schuld (débito)
e do haftung (responsabilidade).
b. Responsabilidade → a responsabilidade civil é uma forma de obrigação, é a obrigação de dar a coisa
certa. Ex: buffet de casamento que não cumpre o contrato, gerando responsabilidade.
Art. 389 CC → traz a responsabilização do devedor inadimplente.
É uma via de mão dupla: enquanto que obrigação gera responsabilidade, a responsabilidade é uma
forma de obrigação.
Crítica → Nelson Rosenvald e Cristiano Chaves mostram uma mudança da responsabilidade de cunho
reparatório para preventivo, pois seria impossível voltar à situação inicial. Ao criticar a ideia de que
a responsabilidade é a reparação de uma obrigação, eles expandem seu conceito, mostrando que a
responsabilidade é a tutela do passado + futuro.
2. Importância
Tartuce → diz que o direito das obrigações informa todo o resto do Código Civil. Ex: em direito de
família, há a obrigação do devedor de pensão alimentícia.
Cristiano Chaves e Nelson R. → dizem que o objetivo principal da nossa sociedade é consumir.
Portanto, o direito das obrigações tem importância pois é a área que vai regulamentar esse
consumo.
3. Conceitos
a. Etimológico: a origem da palavra obrigação vem do latim ob + ligatium, que significa ligação/liame.
Na época do direito romano, o ponto modal das obrigações era a submissão do devedor ao credor.
Hoje essa concepção mudou, pois prevalece a busca pelo adimplemento como finalidade das
obrigações.
b. Jurídico
b.1) amplo: é a relação jurídica entre sujeito ativo e sujeito passivo (credor e devedor,
respectivamente).
b.2) restrito: é o dever, o débito.
c. Doutrinário
c.1) Gonçalves: obrigação é o vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o direito de exigir
do devedor (sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação.
c.2) Cristiano Chaves: é a relação jurídica transitória, estabelecendo vínculos jurídicos entre credor e
devedor, cujo objeto é uma prestação pessoal, positiva ou negativa, garantindo o cumprimento sob
pena de coerção judicial.
4. Evolução
Direito Romano: valorização da relação de submissão do devedor ao credor. Quem virava
inadimplente poderia ser escravizado, mutilado ou até mesmo executado. A responsabilidade era
pessoal.
Lei do Talião: imprimiu a questão da proporcionalidade (olho por olho, dente por dente).
Código Justiniano (534 d.C.): começou-se a execução do patrimônio, ou seja, o viés pessoal da
responsabilidade foi lentamente sendo abandonado.
Código Napoleônico (1804): pôs o fim, de fato, à penalização pessoal, que passa a ser patrimonial.
Ao fazer isso, Napoleão tinha a preocupação em fomentar a economia da época.
5. Posição: vem depois da parte geral e antes do resto do Código justamente para incidir em todas as
outras áreas, que bebem nas águas das obrigações.
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6. Função social: a finalidade das obrigações é atingir o adimplemento (pagamento). A obrigação é vista
como um processo: (1) nascimento; (2) desenvolvimento e (3) adimplemento.
8. Relações patrimoniais
a. Teoria monista: os dois ramos dizem respeito às relações econômicas do ser humano. Os direitos reais
e as obrigações são espécies de um todo maior chamado relações patrimoniais.
b. Teoria dualista: traz 6 características que diferenciam as duas áreas:
Direitos Reais Direitos Obrigacionais
Rol taxativo (art. 1225 CC)1 Rol exemplificativo (art. 425 CC)
Absolutos (oponíveis erga omnes), mas não ilimitados2 Relativos (inter partes - aos sujeitos da relação)3
Tem prerrogativa de sequela (pegar o bem de volta)4 Aqui há execução patrimonial5
Ocasionam preferência (num registro, por exemplo)6 Ocasionam privilégio7
Devem ter registro público (princípio da publicidade) A forma é livre
São perpétuos (propriedades passam para herdeiros, São transitórios (o objetivo é o adimplemento)
p.ex.)
Obrigações de ônus real: incorrem com a transmissão da propriedade de algo, mas com uma
condição/dever para tanto. Ela limita o uso da propriedade. Ex: vender/doar uma fazenda com a
condição de que o novo proprietário destine 50% da produção aos meus filhos.
Enquanto que as obrigações propter rem não são limitadas ao valor da coisa, as de ônus real são.
Ex: a condição do exemplo acima não pode ultrapassar o valor da propriedade (fazenda).
Obrigações de eficácia real: é aquela que, sem perder o caráter de direito pessoal, ganha
oponibilidade contra terceiros. É uma obrigação que atinge terceiros. Ex; contrato de locação →
se uma pessoa quer comprar um imóvel que é alugado, essa obrigação atinge o locatário, este deve
ser consultado.
1
Crítica à taxatividade: doutrina→ não há um dispositivo que estanca a possibilidade de outros direitos reais. Ex: multipropriedade
2
Erga omnes: todos devem respeitar seu direito real
3
Inter partes: somente os sujeitos da obrigação estão obrigados
4
Sequela: direito de buscar a coisa onde quer que ela esteja. O bem da vida é a propriedade em si.
5
Execução patrimonial: é a única garantia que o credor tem em relação à obrigação. Ex: se o pintor não pintar, não posso obriga-lo
6
Preferência: diz respeito ao registro. Se eu comprar uma casa e João disser que tem a titularidade da casa, o 1º a registrar ganha.
7
Privilégio: em questão de crédito, se ele for constituído antes, não necessariamente ele será executado antes.
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Penhoráveis Impenhoráveis
Transacionáveis Intransacionáveis
Renunciáveis Irrenunciáveis
Cessíveis Incessíveis
Relativos Absolutos
CONCEITOS BÁSICOS
Dever jurídico → é um comportamento que todo ser humano deve se submeter, sob pena de,
descumprindo, incorrer em sanção jurídica.
o Genérico (art. 1º C.C.): exemplo > respeitar a propriedade alheia
o Específico: tem como cerne a autonomia da vontade. Qualquer dever a que eu me obrigue. Ex:
obrigações.
Estado de sujeição → consiste na situação na qual alguém tem que suportar, sem que nada possa
fazer, o poder jurídico de outrem. Ex: divórcio, servidão.
Ônus jurídico → é a faculdade outorgada a alguém para a prática de determinada conduta que, acaso
não exercida, pode gerar ao titular dessa faculdade prejuízo de seu interesse próprio.
ESTRUTURA/ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
1. Subjetivo (qualquer um pode ser. Fundamento: art. 1º C.C)
a. Ativo: credor
b. Passivo: devedor
Obs: entes despersonalizados → não têm personalidade jurídica, mas o ordenamento atribui a elas
certas faculdades no interesse das suas finalidades. Não são pessoa jurídica nem física e podem
configurar tanto em sujeito ativo quanto passivo, dependendo de sua finalidade.
Relação jurídica complexa → nas obrigações, a maioria das relações jurídicas são complexas, ou seja,
os polos ativo e passivo podem ser ocupados ora por um ora por outro (alternabilidade). Ex: pintor,
locação
Transmissibilidade → obrigações podem transmitir-se; sujeitos ativo e passivo podem ser alterados
ao longo do processo (alterabilidade/mudança)
Determinadas/áveis → a obrigação pode nascer com sujeitos determinados ou nascer com sujeitos
determináveis que deverão ser determinados até o momento do pagamento. Ex: pensão alimentícia
Dúplice → o mesmo sujeito pode ter tanto papel ativo quanto passivo
Plural → no mesmo polo (ativo ou passivo) podem estar presentes mais de uma pessoa. Ex: se eu
contratar uma empresa de pintores.
Figuras secundárias → figuras garantidoras que constam no contrato. Ex: fiador no contrato de
locação.
c. Eclética → Maria Helena Diniz: débito e responsabilidade devem ser elementos que unem o sujeito e
a obrigação. Porém, entende que a própria existência daquele débito já traz carregada a
responsabilidade pelo seu adimplemento. Débito responsabilização.
2. Quanto ao objeto/clássica:
Positivas: podem ser de dar (coisa certa ou incerta) ou fazer (fungível ou infungível).
o Dar: é uma obrigação positiva na qual o devedor se compromete a entregar/dar/restituir ao credor
objeto determinado ou indeterminado.
o Doutrina: dar coisa certa ou incerta é equivocado pois o art. 104 fala em objeto determinado ou
indeterminado.
o Dar = transferir propriedade// entregar = transferir posse/detenção // restituir = posse/detenção
o Forma
a. Tradição: bens móveis
b. Registro: bens imóveis
3. Melhoramentos e Acréscimos (art. 237) → caso haja um melhoramento numa casa, o devedor informa ao
credor que houve melhoramento e que imputara o acréscimo no preço. Se o credor não aceitar, o devedor
tem o direito de extinguir a obrigação.
Frutos (art. 237 §único) → os frutos já colhidos pertencem ao devedor e os não colhidos pertencem ao
credor. Se o devedor colher frutos pendentes à destempo, ele deverá indenizar o credor.
Concentração (art. 244): alteração jurídica que transforma o incerto em certo. Em regra, é feita pelo
devedor, mas pode ser estipulada em contrário no contrato.
Credor ou terceiro
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Critério médio (segunda parte do art. 244): por exemplo, se há 3 sacas de café, uma ruim, outra boa
e uma mediana, eu NÃO posso dar a pior e nem ser OBRIGADO a dar a melhor.
2.3. Obrigação de fazer (arts. 247 ao 249) – art. 1º, III, C.F.
o Conceito: é uma obrigação positiva que impõe ao devedor uma conduta em relação ao credor. Ex:
casamento, namoro
o Obs: ter CUIDADO com essa obrigação pois ela impõe um comportamento que deve estar dentro dos
limites da dignidade da pessoa humana, da autonomia privada e da razoabilidade.
o Espécies
a. Fungíveis: são aquelas que podem ser executadas por qualquer pessoa. Ex: qualquer pessoa pode
pintar uma parede.
b. Infungíveis: somente o devedor, de maneira personalíssima, pode realizar aquela prestação. Ex:
pintura de pintor famoso.
o Descumprimento
a. Sem culpa do devedor (art. 248): resolve a obrigação. Ex: pintor que perdeu as mãos num acidente.
b. Com culpa (art. 248): deve-se analisar se ainda há interesse na realização daquela atividade.
Sem interesse: perdas e danos. Deve-se analisar se ainda há interesse na realização daquela
atividade. Ex: buffet de casamento.
Com interesse:
i. Fungível (art. 249): não sendo realizada pelo devedor, o credor pode mandar a obrigação ser
realizada por terceiro às custas daquele. Ex: três orçamentos (critério médio).
ii. Infungível: tutela específica seria a prestação em si, ou seja, o pintor fazer a pintura (art. 497). O
rol de medidas que o juiz pode tomar é aberto. Ex: pintor que virou judeu e não pode pintar a
capela.
Negativas
2.4. Obrigação de não fazer
o Conceito: é a única obrigação negativa do nosso ordenamento e configura-se pelo compromisso de
abstenção de uma conduta de modo que o devedor fica proibido de praticar determinado ato. Doutrina:
são abstenções juridicamente relevantes. Ex: senhor que foi proibido de construir torres com lanças para
impedir dirigíveis. ABUSO DE DIREITO!
o Espécies
a. Transeuntes/instantâneas: critério que verifica a reversibilidade daquela ação. Essas obrigações são
aquelas que são realizadas por um só ato e, por isso, não podem ser desfeitas. Ex: não revelar sigilo
industrial. Não há como “desrevelar”.
b. Permanentes: são aquelas abstenções que se protraem no tempo. Ex: torres com lanças podem ser
destruídas. De acordo com o art. 390, se ele agir, sua inadimplência conta a partir do dia que começou
a construir.
o Descumprimento (art. 390)
Consequência:
a. Sem culpa (art. 250): extingue a obrigação. Ex: me comprometo a não construir um muro de 5m,
mas o poder público precisa fazer uma obra diz que devo fazer o muro.
b. Com culpa (art. 251): deve-se analisar a classificação acima.
Transeunte: como não é reversível, não há nada a fazer senão perdas e danos.
Permanente:
i. Sem interesse: somente perdas e danos. Ex: se o muro impedia sol na piscina do vizinho, mas
ele destruiu a piscina.
ii. Com interesse: desfazimento + perdas e danos. O desfazimento manda que o devedor desfaça e,
se ele não desfaz, o credor pode mandar terceiro desfazer e cobrar do devedor.
Razão/fundamento: preservar a relação obrigacional, que subsiste diante dos riscos à uma das
prestações. Ex: me obrigo a me entregar meu celular para o credor. Se sou furtado, a obrigação se extingue
(art. 234). Se me obrigo a entregar meu celular ou meu computador e furtam o celular, a relação
obrigacional não será resolvida. Ela subsiste ao risco de uma das prestações (art. 253).
As prestações que integram o objeto das obrigações cumulativas e das alternativas podem ser de
quaisquer espécies, não necessariamente de dar coisa certa. Ex: me obrigo a entregar mil reais (obrigação
pecuniária – incerta) ou pintar a casa do meu credor (obrigação de fazer).
Obrigação facultativa é uma obrigação simples em que as partes, no exercício da autonomia privada,
estipulam uma cláusula especial que permite ao devedor (tão somente ao devedor) exonerar-se realizando
uma prestação diversa. Ex: me obrigo a entregar meu celular com uma cláusula especial que me permite
entregar meu computador. Se eu não dei o celular, o credor deve pedir em juízo o CELULAR. Diante do
inadimplemento, o credor deve ir na prestação principal. O exercício da prestação facultativa submete-se
tão somente a vontade do devedor, somente ele pode decidir realizar uma prestação diversa daquela
pretendida. O credor não pode exigir o cumprimento forçado da prestação facultativa.
o Obrigação alternativa X de dar coisa incerta/genérica: esta é definida ao menos pela quantidade e
gênero. Um sujeito se obriga a entregar a outro uma determinada quantidade de exemplares de uma
coisa de um determinado gênero. Ex: me obrigo a entregar 10 cavalos a alguém. É necessária a
concentração (ato jurídico de escolha de quais exemplares da coisa serão entregues ao credor).
Na obrigação alternativa também há a concentração pois há mais de uma prestação e o devedor se
exonera realizando apenas uma. Ele precisa escolher qual será o crédito. A diferença é que na
obrigação de dar coisa incerta não há diferenciação entre as prestações (quaisquer cavalos, qualquer
tonelada de soja satisfaz o interesse do credor. Pode haver diferenças de qualidade, mas não são
ontológicas), mas na alternativa as prestações não são equivalentes (se me obrigo a entregar meu
celular ou meu computador, as prestações não são equivalentes).
Criação Extinção
Concentração
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Concentração: ato jurídico de escolha de qual prestação será realizada. Pressupõe o exercício do direito
de escolha (art. 252). As partes podem convencionar o contrário.
Efeito = concentração da obrigação. Impacto = entre a criação da obrigação e a concentração, tem-se
uma obrigação composta. Da concentração em diante, não há mais obrigação alternativa, ela se
transforma em simples. Toda obrigação alternativa esta fadada a virar uma obrigação simples através
da concentração.
Uma das prestações se impossibilita com culpa do devedor e a outra sem culpa → ex: me obrigo a entregar
meu celular ou meu computador. Ao sair da faculdade, furtam meu celular e, além disso, vendo o
computador para um terceiro. Nesse caso, como a primeira foi sem culpa, ocorreu concentração automática,
transformando a obrigação de alternativa para SIMPLES (dar coisa certa). A segunda, com culpa, devo pagar
o equivalente + perdas e danos (art. 234).
Inverso: se me obrigo a dar meu celular ou meu computador e (1) vendo o computador; e (2) sou furtado e
levam meu celular → como a primeira foi com culpa, com direito de escolha do devedor, há concentração
automática, transformando a obrigação em simples. Como na segunda não houve culpa, aplica-se o art. 234,
1ª parte, ou seja, resolve a obrigação e as partes voltam ao status quo inicial.
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Obrigação alternativa em que uma delas seja de dar coisa incerta → nessa hipótese haverá duas
concentrações. Ex: me obrigo a dar 5 cavalos ou de pintar a casa. A primeira concentração vai ser da
obrigação alternativa: qual das duas prestações será entregue? Se o titular do direito de escolha escolher
os 5 cavalos, temos obrigação de dar coisa incerta, logo devera ser concentrada de novo.
3.1. INDIVISIBILIDADE
Conceito (art. 258):
Interesse (art. 314): só há interesse quando há multiplicidade de sujeitos → princípio da indivisibilidade:
se acordamos numa obrigação X, não posso ser obrigada a entregar x/2 nem João pode exigir isso. Devo
entregar sempre o objeto todo. Se nada tiver estipulado no contrato, o pagamento se dá de uma vez só.
Prestação x objeto: C.C. determina com base no objeto e não na prestação. Mas há casos em que um objeto
que seria indivisível, no caso concreto é uma prestação divisível. Ex: vaca pra leite x vaca pra carne. Vai
depender da finalidade.
Art. 258 e 87: *obs. → a diminuição considerável do valor deve ser analisada no caso concreto. Ex: diamante.
Art. 88: biblioteca em si, por exemplo, é um bem indivisível. No caso concreto, com estipulação da lei ou da
vontade, pode se tornar divisível (ex: para vender uma coleção de livros do Caio Mário).
Espécies:
o Natural: a vaca, por exemplo. Depende da finalidade! Absolutamente indivisível
o Lei:
o Vontade: biblioteca Relativamente divisível
Modalidade: qualquer modalidade. Posso ter uma obrigação divisível dentro de uma de fazer, de dar coisa
certa, etc.
Pluralidade de devedores (art. 259): eu e João temos que entregar um cavalo para Maria. Se o objeto fosse
divisível, pagaríamos cada um sua parte. Se a obrigação for entregar cavalo para corrida, p. ex., um dos
devedores pode ser compelido a entregar o cavalo inteiro pois não tem como dividi-lo.
Efeito: um dos devedores pode ser obrigado a entregar a totalidade da dívida/do objeto, da mesma forma
que um dos credores pode exigir a totalidade da dívida.
*Obs.: o devedor não deve o objeto inteiro, deve METADE DO CAVALO. Entrega a totalidade apenas pela
natureza indivisível do objeto.
*Perda (art. 263): a obrigação indivisível que perde o objeto vira divisível. O referido artigo fala em
perdas e danos, logo é a perda com culpa.
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Art. 259 § único: se o devedor 1 é obrigado a entregar a totalidade da dívida, o devedor 2 deve pagar ao
devedor 1 sua quantia, pois este vira credor (sub-rogação art. 346, I). Limitação da sub-rogação (350).
Pluralidade de credores (art. 260): o ideal é que os dois credores vão ao mesmo tempo pegar o objeto da
prestação (cavalo). Mas a lei permite que apenas um dos dois pegue o cavalo (art. 260, II).
Efeitos: a doutrina entende que o devedor pode entregar a um credor, desde que o outro credor tenha
autorizado. Já a lei autoriza o devedor entrega a um, desde que este credor dê caução (garantia) ao outro
credor. Essa caução é do valor da parte que lhe cabe o total (art. 261).
Art. 262 → remitir é perdoar. Ex: se eu devo entregar um cavalo a X e Y, cada um pagando 1500, e X perdoa
a dívida, a obrigação não acabou pois continuo obrigada a entregar o cavalo a Y. Mas se ele quiser esse
cavalo, devem pagar a integralidade da dívida, ou seja, 3 mil. O “descontado” seria INDENIZADO. A
obrigação com pluralidade de sujeitos vira uma obrigação simples nesse caso. No final das contas a
consequência é a mesma quanto ao valor: 3 mil pro cavalo.
Perda (art. 263): a obrigação indivisível só o é por conta do objeto. Se este se perde, a obrigação passa a ser
divisível.
§ 1º: a obrigação virou divisível. Se todos tiveram culpa, respondem todos por equivalentes + perdas e
danos;
§ 2º: quem responde pelas perdas e danos é o culpado, mas quem responde pelos equivalentes são todos.
Doutrina entende que, no caso daquele que não teve culpa, a obrigação estaria resolvida pra ela. Mas os
defensores da lei dizem que a pessoa foi livre na escolha e, portanto, responde por quem deve.
V. Reciprocamente consideradas
Principais: aquelas que não dependem de outras para existirem.
Acessórias: aquelas cuja existência depende de outra. Ex: contrato de fiança dentro de contrato de locação.
Se a locação deixar de existir, a fiança também não existe.
VI. Em si mesmas
Naturais: falta o vínculo/liame. Consequência: como não possuem responsabilidade, são inexigíveis. Mas se
forem pagas são irrepetíveis e merecem quitação.
Morais: não tem nenhum elemento obrigacional. Se baseiam somente na consciência daquele indivíduo.
Como as naturais, são inexigíveis e irrepetíveis, mas não merecem quitação.
Civis: são aquelas que possuem todos os elementos obrigacionais (objeto, sujeitos e liame).
3. Natureza jurídica
Representação ❌: a doutrina francesa dizia que elas seriam uma forma/contrato de representação. A
pessoa que paga a integralidade estaria REPRESENTANDO a outra. Na verdade, quem paga é devedor, não
representa ninguém.
Garantia ✅: são garantias de crédito.
4. Solidárias x indivisíveis
Semelhança → pagamento integral e possibilidade de cobrança da dívida toda. Todo o resto é diferente.
Motivo do pagamento da integralidade → nas indivisíveis, o objeto não permite. Já nas solidárias é porque
deve tudo, se obrigou a tudo.
Perda do objeto → perdas e danos continua nas solidárias (o fato do objeto se perder não faz diferença),
enquanto que não continua nas indivisíveis (vira divisível).
As solidárias recaem sobre a relação entre as PESSOAS. Já as indivisíveis recaem sobre a natureza do objeto.
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5. Princípios
Princípio da não presunção da solidariedade (art. 265): a solidariedade deve ser explícita, ou seja, expressa
na lei ou convencionada pelas partes.
Princípio da pluralidade de modalidade (art. 266): se sou devedor e tenho 2 credores e minha dívida total é
de 2 mil, posso impor a um deles que, pra eu pagar a integralidade, ele deve ir a minha casa pintar uma
parede. O outro, se quiser me cobrar, pode sem fazer nada.
6. Espécies
a. ativa: aquela que tem mais de um credor
b. passiva: mais de um devedor
c. recíproca: mais de um credor e mais de um devedor
*Obs: o C.C. só traz ativa e passiva. As recíprocas têm suas regras estipuladas pelas regras delas duas.
A. ATIVA:
1. Conceito: é aquela obrigação na qual há mais de um credor, sendo possível a qualquer um deles que exija a
integralidade da prestação.
o Ex: conta conjunta → dois ou mais titulares que podem colocar a quantidade de dinheiro que quiserem e
QUALQUER UM DELES PODE SACAR A INTEGRALIDADE DO VALOR QUE ESTÁ ALI.
2. Características
o Art. 267
o Art. 268 (princípio da prevenção) → se nenhum credor demandar ao devedor, este pode pagar a
integralidade da dívida a qualquer um de sua escolha. Se o credor X demandar o pagamento, a partir desta
data o devedor deve pagar a X somente! Esse princípio, trazido pelo processo civil, diz que o devedor deve
pagar para o credor que primeiro lhe provocar. A doutrina diz que o devedor deve a integralidade da dívida
para qualquer um dos credores, mas SÓ DEVE UMA VEZ. Se ele não for interpelado, o devedor paga como
achar melhor. Mas se for interpelado por um dos credores de forma legítima, ele só paga para aquele que
o provocou. É uma forma de proteção ao devedor.
*obs: não ocorre prevenção a destempo → se um dos credores pede o pagamento de uma dívida a
destempo, essa cobrança é tida como inexistente. Quando chegar o dia do vencimento, o devedor
continua tendo o direito de pagar a quem ele quiser. Se ele pagar antes do vencimento, pagou errado
(paga duas vezes).
3. Disciplina legal
o Art. 270 (refração do crédito) → quando uma pessoa morre, seus bens vão para espólio (bem único
indivisível até a partilha). Com a partilha, o patrimônio é dividido entre os herdeiros (quinhão hereditário
– parte de cada um na herança). Refração do crédito é quando ocorre a morte e a separação em quinhões
numa obrigação solidária, onde divide-se o crédito entre aqueles herdeiros.
Objetivo: não piorar a situação do devedor. O devedor, que devia para 2 credores, agora deve para 3
(herdeiros), mas os herdeiros credores só têm direito a cobrar o seu quinhão, e não a integralidade da
dívida (aqui só o cocredor pode).
Exceções:
a. quando ocorre antes da partilha (espólio substitui o morto; bens são indivisíveis);
b. 1 herdeiro;
c. age em conjunto (sozinhos só podem cobrar seu quinhão, mas juntos podem cobrar a integralidade);
d. indivisibilidade (o objeto é indivisível, então não entrega o quinhão, mas o objeto inteiro)
o Art. 271 → subsiste pois o foco da solidariedade possui natureza subjetiva e não objetiva.
o Art. 273 → exceção quer dizer defesa, que pode ser pessoal (como coação) ou geral/comum (ex: objeto
ilícito, forma não prescrita). Qualquer questão que envolva obrigações pode ser levada a juízo, podendo
sempre o devedor alegar exceções gerais (que dizem respeito à dívida como um todo), já nas pessoais ele
só pode alegar quando for cobrado por aquele credor a quem aquela exceção diz respeito.
Ex: eu, devedor, tenho uma dívida com um credor plenamente capaz e outro incapaz. Se eu for cobrada
pelo credor capaz, não posso alegar exceção pessoal pois não diz respeito a ele. Se o incapaz me cobra sem
representação/assistência, posso alegar exceção pessoal e o processo se extingue. Mas a dívida não acaba!
Pago a integralidade ao credor capaz e ele divide com o incapaz.
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o Art. 274 → no exemplo anterior, se cobrado pelo incapaz, acaba o processo, mas não a dívida. O julgamento
contrário não vai prejudicar o outro credor. Se for favorável, vai beneficiar o outro (se o credor capaz que
me cobra, favorece o credor incapaz). Apesar de beneficiar o credor incapaz, o devedor pode alegar
exceções pessoais contra ele, “pegando de volta” o que foi dado.
4. Extinção (art. 269): se pagar para um só credor a dívida se extingue até o montante do que foi pago. Mesmo
que haja exceção pessoal, se o devedor pagar tudo a dívida está extinta, mas há o direito de alegar exceção,
cobrando a pessoa de volta. Ex: se tenho uma dívida de 10 mil e pago 5 mil a um credor, o outro não pode me
cobrar 10 mil, só 5, pois a dívida está extinta até o montante que foi pago.
5. Direito de regresso (art. 272): um credor em relação ao outro. Se um credor perdoa a dívida ou recebe a
integralidade do pagamento, ele deve indenizar o cocredor com sua metade. Essa divisão pode ser relativa,
ou seja, dependendo do que o contrato estipular, pode não ser equânime.
o Obs: se a dívida é de 10 mil e recebo 5, devo dividir com o outro até o abatimento do montante final da
dívida.
B. PASSIVA:
1. Conceito: é aquela na qual há multiplicidade de devedores, cada um obrigado pela integralidade da dívida.
2. Características
o Aspecto externo: cada um dos devedores deve a integralidade da dívida.
o Aspecto interno: na relação de um devedor com o outro, cada um só deve ao outro a sua quota parte.
3. Direitos do credor quando há multiplicidade de devedores (art. 275): a cobrança da integralidade da dívida
é uma faculdade. Ele estipula como será a cobrança (se 2 devedores devem mil, o credor pode cobrar 200 de
um e 800 de outro, etc.) > não seria injusto?
4. Efeitos da morte
o Art. 276 → o herdeiro só é obrigado a pagar a sua quota parte correspondente ao seu quinhão hereditário.
o Art. 1792 → se João, que tinha uma dívida de 110, falece deixando um filho com herança de 100 reais, este
só paga 100.
Exceção: indivisibilidade → se deixa um cavalo, o filho tem obrigação de dar o cavalo, por mais que valha
mais de 100 reais.
Parte final/crítica: se os dois forem cobrados em conjunto, o fato de estarem reunidos não aumenta a
herança deles.
7. Juros → rendimento/remuneração pela utilização do dinheiro alheio. Podem ser pagos quando há atraso de
pagamento (juros de mora), que provém do atraso do cumprimento de uma obrigação.
o Art. 280: perante o credor, todos eles podem pagar em relação a esses juros. Mas no direito de regresso,
eles pegam esses juros de volta daquele que deu causa ao atraso (diferente dos equivalentes).
8. Meios de defesa
o Art. 281: exceções pessoais só podem ser alegadas pra pessoa específica que diz respeito a exceção.
o *obs: se há uma coação verificada em juízo, esse devedor se exonera e o outro paga pela integralidade pois
a dívida continua com o mesmo valor.
ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO
o Introdução: tríplice teoria → cumprimento; efeito de inexecução; tutela jurídica
o Liberação pelo adimplemento: em regra, o devedor se exonera pagando.
A prestação, em regra, deve respeitar o tempo, lugar, modo e forma combinados.
Tempo diferente: se não paga no tempo correto e ainda é interessante ao credor, indeniza-se ele
(abatimento do preço). Ex: pintura
d. Modalidades
Direto: é o cumprimento da prestação em si. Se me obrigo a entregar um cavalo, o cumprimento direto
é ir lá e entregar o cavalo. É o que ocorre em regra.
Indireto: forma de se chegar ao adimplemento da obrigação sem que haja aquela prestação inicialmente
combinada. Ex: dação em pagamento → o credor não é obrigado aceitar bem diferente do acordado,
ainda que mais valioso, mas se o faz isso importa em dação em pagamento. Também há a novação
(esquecer aquela obrigação anterior e fazer uma nova).
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2. Natureza jurídica e requisitos
o A natureza é controvertida. Doutrinadores modernos e a corrente majoritária têm a tendência de tratar o
pagamento como um ato jurídico latu sensu (que engloba o stricto sensu e negócio jurídico).
o Doutrinadores clássicos (Caio Mário): a natureza jurídica do pagamento é de negócio jurídico.
o Requisitos para o pagamento ser considerado pagamento:
Deve existir uma obrigação
Deve haver a intenção de pagar. Essa intenção não precisa ser expressa, ela deve ser aferível no caso
concreto.
Cumprimento da prestação *específico do pagamento direto.
Deve haver um devedor e um credor.
4. A quem pagar
4.1. Credor: em regra
o Art. 308: é importante saber quem é o credor na data do pagamento, pois pode ter havido sucessão Inter
vivos ou causa mortis. Se não houver esse credor originário, paga-se aos herdeiros/legatários.
Causa mortis: herdeiro (aquele que herda um montante que vai ser dividido pra ele - quinhão
hereditário) e legatário (aquele que recebe um bem já individualizado).
Inter vivos: sub-rogado e cessionário (transferência das obrigações).
4.2. Representante
o Art. 308:
Legal: advém da lei. Ex: pais
Judicial: imposta pelo juiz. Ex: na falência, juiz determina a massa falida a um administrador judicial.
Convencional: é acordada. Ex: por procuração.
o Doutrina: no caso da legal e judicial, o pagamento só pode ser feito ao representante. Ex: pais em relação aos
filhos. Visa coibir que o menor receba dinheiro. Na convencional pode ser feito a qualquer um dos dois, a
escolha cabe ao devedor.
o Representação tácita (art. 311): se analisa se, naquelas circunstâncias, a pessoa era legitimamente
representante. A doutrina diz que o devedor, pra pagar ao representante tácito, deve ter cautela, pois quem
paga errado paga 2x.
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4.3. Terceiro
o A regra é que, quem paga errado, paga duas vezes. Tal regra é afastada quando se estipula pela lei:
o Exceção (art. 308, 2ª parte): se credor ratifica; se devedor provar que houve proveito para o credor. Ex:
tenho dívida com João, que é casado com Maria, mas paguei pra ela. Posso provar se houve proveito, p. ex.,
se ela usou dinheiro pra comprar comida.
Proveito direto: posso provar que o dinheiro foi convertido em favor do credor.
Proveito indireto: não há como provar que houve proveito total daquele bem pelo credor. A doutrina diz
que pode haver uma invasão na liberdade de decisão daquele credor, logo não pode ser forma de extinção
da dívida e o credor pode receber de novo. Ex: Maria usou o dinheiro para comprar um computador.
4.4. Credor putativo: pessoa que aparenta ser credor, mas não é. Se eu continuar pagando, este pagamento será
válido se:
o Art. 309: devedor agir de boa-fé + existir motivo para a escusabilidade do erro
4.5. Incapaz
o Art. 310: em regra, se sabia da incapacidade, é inválido. Se não sabia, é válido. Analisa-se a boa fé e
escusabilidade do erro.
5. Objeto
o O objeto deve ser preexistente. O objeto do pagamento direto é a própria prestação originária combinada
pelas partes.
o Art. 313: dação em pagamento
o Art. 314: obrigações, em regra, devem ser pagas na sua integralidade, a não ser que as partes concordem
outra coisa.
o Art. 325: estão à cargo do devedor as custas em relação à entrega e à quitação da prestação. Mas se for
combinada outra coisa ou aumentado o custo por causa do credor, quem paga é este. O devedor continua
obrigado ao que ele originariamente combinou.
6. Prova do pagamento
6.1. Quitação
o Conceito: é a prova escrita do pagamento não presumida, exceto por lei.
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o Art. 319 c/c 335, I (consignação em pagamento): a quitação é um direito do devedor. É tão importante pro
devedor que ele pode se recusar a pagar (319) ou consignar judicialmente aquele pagamento se o credor se
recusar a dar a quitação pro devedor (335, I).
o Requisitos (art. 320): valor e espécie; nome do devedor; tempo; lugar; assinatura.
320 § único: na falta de requisitos, pode ser que no caso concreto as circunstâncias mostrem que houve
pagamento e quitação (princípios da boa fé, operabilidade)
*Enunciado 19 CJF: a quitação pode ser eletrônica, não precisa haver cartularidade.
6.2. Presunção de pagamento: seria desnecessária a quitação. Em regra, é tida como relativa
a. Títulos de crédito: caracteriza-se principalmente pela cartularidade. É o título que garante o cumprimento
da obrigação. Ex: cheque caução (garantia). Entrega-se o título ao credor e, quando o título está nas mãos
do devedor, presume-se que a obrigação foi paga (art. 324 – relativização: § único).
Art. 321: se o credor perde o título, o devedor tem direito de exigir que ele prove que não utilizou.
b. Art. 322: quando há dívidas que se protraem no tempo.
c. Art. 323: quando se quita dívida em dinheiro, presume-se (se tem recibo do pagamento da dívida) que os
juros que viriam com ela também foram pagos.
7. Lugar de pagamento
a. Quesível: devem ser pagas no domicílio do devedor.
b. Portável: devem ser pagas no domicílio do credor.
o Art. 327: no Brasil, em regra, são quesíveis. § único: doutrina entende que a notificação deve ser feita em
tempo hábil. Se o credor escolher o lugar do pagamento. Relativização: art. 329. Modificação: art. 330.
o Art. 328 (bens imóveis): prestações unicamente realizáveis no imóvel (ex: pintura). Pagamento de aluguel
pode ser feito em outro lugar que não no imóvel.
8. Tempo
o Puras: não tem condição nenhuma para seu pagamento.
i. Com termo: tem data pro vencimento. O devedor está em mora desde o primeiro minuto do dia seguinte ao
do vencimento (art. 397 – já começa a correr juros de mora). O devedor deve levar em consideração os
empecilhos técnicos (ex: pagar em banco até 16h). Hipóteses de antecipação do vencimento:
Art. 333: a lei vê que o devedor está prestes a não conseguir quitar a dívida; a tendência é que o patrimônio
diminua. Possibilita ao credor a cobrança antecipada para que ele não vire credor de insolvente.
Pagamento antecipado: só é possível com a anuência do credor. Quem paga a destempo paga errado. Já o
art. 52, § 2º CDC permite ao consumidor pagar antecipadamente e receber abatimento dos juros
ii. Sem termo: art. 331 traz o princípio da satisfação imediata (relativizado pelo art. 134 – o princípio deve se
adequar ao caso concreto). Art. 397 § único: sem termo, mora mediante interpelação judicial.
o Condicionais (art. 332): estipulam uma condição (suspensiva – a resolutiva termina com esse direito).
Devem ser cumpridas no dia que se aferiu a condição.