Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
1915-1939
Editora Casemiro
@
São Paulo
2014
MODERNISMO PORTUGUÊS
1915-1939
Copyright @ 2014:
Charles Borges Casemiro
Editoração eletrônica:
Editora Casemiro
Capa:
Marcel Duchamp. Nu descendo a escada, 1913.
Preparação de Texto:
Charles Borges Casemiro
Ieda Ferreira Banqueri Casemiro
Revisão:
Charles Borges Casemiro
Ieda Ferreira Banqueri Casemiro
Editora Casemiro
@
2014
MODERNISMO PORTUGUÊS
1. A crise portuguesa no início do século XX (1915/1939)
O Modernismo Português nasceu associado à profunda crise política e social por que
passou a República Portuguesa entre 1910 e 1927. Constituiu-se como resposta nacionalista-
artística dos setores progressistas e cosmopolitas da classe média urbana ao conturbado
momento histórico vivido por Portugal, nas duas primeiras décadas do século XX.
Para pôr um fim a este estado crescente de desordem e para conter a corrupção, que tomara
conta das instituições, um movimento militar de caráter conservador e autoritário derrubou a
República em 1926.
2. Modernismo em Portugal
O Modernismo português surgiu assim conformado ao período de mudança por que passou
Portugal nas primeiras duas décadas do século XX: uma fala artística, filosófica e social diante
do período de decadência da Monarquia, de construção e falência da República.
Para ilustrar esta passagem, sem dúvida, podemos nos remeter à Revista A Águia, fundada
em 1910, por Teixeira Pascoaes. Como periódico mensal de literatura, arte, filosofia e crítica
sociológica, A Águia logo foi tomada como expressão máxima da Renascença Portuguesa –
rótulo que os republicanos atribuíram ao seu programa político de fundamentação e
revigoramento da cultura. Dizia Pascoaes: “O fim desta Revista como órgão da Renascença
Portuguesa é dar um sentido às energias intelectuais que a nossa Raça possui; isto é, colocá-las
em condições de se tornarem fecundas, de poderem realizar o ideal que, neste momento
histórico, abrasa todas as almas sinceramente portuguesas: criar um Portugal novo, ou melhor,
ressuscitar a Pátria Portuguesa, arrancá-la do túmulo onde a sepultaram alguns séculos de
escuridade física e moral, em que os corpos definharam e as almas amorteceram”.
“Em Arte, é vivo tudo o que é original. É original tudo que provém da parte mais virgem,
mais verdadeira e mais íntima de uma personalidade artística. A primeira condição duma obra
viva é pois ter uma personalidade e obedecer-lhe.(...) Literatura viva é aquela em que o artista
insuflou a sua própria vida, e por isso mesmo passa a viver de vida própria. Sendo esse artista
um homem superior pela sensibilidade, pela inteligência e pela imaginação, a literatura viva que
ele produza será superior; inacessível, portanto, às condições do tempo e do espaço.(…)”
Noutros termos, os presencistas defenderam a superioridade da Literatura viva em relação
à Literatura livresca. Para isso, contrapuseram em plano superior o indivíduo ao social, a
intuição à verdade racional, o mistério ao realismo fotográfico, associando-se às tendências
metafísicas e mais abstratas das vanguardas (Surrealismo, Dadaísmo, Expressionismo) e às
tendências romântico-psicológicas e decadentistas.
Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, em 1888. Com 5 anos ficou órfão
de pai; dois anos depois sua mãe casou-se com um militar que atuava como cônsul na África do
Sul, para onde a nova família se mudou.
Fernando Pessoa viveu por dez anos em Durban, frequentando o primeiro e o segundo
graus, recebendo, portanto, toda a sua formação escolar de acordo com os padrões britânicos e
em Língua Inglesa.
Em 1915 tomado pelas discussões locais e pelas discussões das Vanguardas, ajudou fundar
a Revista Orpheu.
Ao morrer, com apenas 47 anos, vítima de cirrose hepática, Fernando Pessoa era
praticamente desconhecido do grande público, apesar de ter sido o principal mentor intelectual e
artístico do Modernismo Português.
Seu único prêmio em vida foi ganho pela publicação de sua obra Mensagem, obra de
caráter místico, mítico e nacionalista.
Cultivou tanto a poesia quanto a prosa (contos e ensaios sobre arte e crítica literária), além
de escrever ainda alguns textos de estrutura híbrida – sobretudo, poemas dramáticos e prosa
poética.
A poesia compõe a melhor parte de sua obra, pela singular criatividade que atingiu,
incomparável em toda a história da literatura em língua portuguesa. Pessoa é considerado o
substituto de Camões, um Super-Camões, sobretudo, por conta de seu intrigante processo
criativo: a Heteronímia.
Sua genialidade deve-se, sem dúvida, à intensa procura em si mesmo ou nos outros, no
presente ou no passado, de novas fórmulas poéticas. A Heteronímia é o resultado dessa procura.
Pessoa não foi apenas um criador de obras literárias, mas também um criador de escritores.
Por meio da imaginação, concebeu vários poetas com biografias, traços físicos, profissão,
ideologias e estilos próprios. Foram criados dezenas de heterômimos – desenvolvidos,
semidesenvolvidos ou apenas esboçados. Entre eles, os mais importantes foram Alberto Caeiro,
Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Bernardo Soares, Coelho Pacheco etc, todos, extensões
imaginárias do Ortônimo, Fernando Pessoa.
Texto I
O Infante
Observar no texto:
Texto II
Padrão
Observar no texto:
Texto III
Mar Portuguez
Observar no texto:
Texto IV
Terceiro Aviso
Só te sentir e te pensar
Meus dias vácuos enche e doura.
Mas quando quererás voltar?
Quando é o Rei? Quando é a Hora?
a) O tema épico ganha uma dimensão plenamente lírica na forma dos octossílabos sonoros e
no lirismo e na subjetividade acentuada da fala;
c) O clamor pela volta do D. Sebastião para aplacar a mágoa dos dias, o vazio do coração, as
lágrimas dos olhos, a falta de vida, o mal da existência, a condição de instabilidades e
incertezas.
Chuva Oblíqua
Observar no texto:
a) A polimetria ou verso livre, que diversifica o ritmo e aparece como verso experimental;
b) O interseccionismo cubista, que permite a colagem de duas cenas: o sonho do porto
(realidade interior) e a paisagem (realidade exterior);
c) A fragmentação e colagem, ou sobreposição de imagens como recurso das vanguardas
européias;
d) A livre associação de idéias e palavras;
e) Sintaxe experimental.
Texto VI
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Observar no texto:
Filósofo antifilosófico;
Adepto do paganismo, do panteísmo e da tranqüilidade existencial;
Criador e adepto do sensacionismo: o mundo captado de modo natural pelas sensações do
corpo;
Seu abstracionismo resulta da própria concretude das imagens;
Seu existencialismo resulta do estar no mundo como única forma de aprendizado;
Sua poesia adota uma linguagem prosaica: na simplicidade e na concretude das imagens e
na elementaridade das construções sintáticas e vocabulares;
O espontaneísmo e a naturalidade de seus versos garantem um ritmo suave e tranqüilo.
Texto I
O Guardador de Rebanhos
E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.
II
IX
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Por que o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
Observar no texto:
a) O paradoxo criado pelo eu-lírico durante todo o texto: ter uma filosofia antifilosófica, que
nega o “pensar” intelectual, afirmando a simplicidade de um “pensar” com os sentidos
(olhar, ouvir, ver, saborear, tocar);
b) O paganismo e o panteísmo que aproxima o homem, o deus e a natureza como partes de
uma unidade natural que os coloca no mesmo plano de importância e complexidade: o
universo concreto;
c) O sensacionismo e o abstracionismo, conseguidos a partir da percepção das coisas, a
partir das sensações causadas pelas coisas, do sentir com a imaginação, da reflexão
simples, que se dá, sobretudo, pelo olhar;
d) O existencialismo, que leva o eu-lírico à percepção da existência das coisas, que têm,
como único significado, a própria existência;
e) A valorização do conhecimento como resultado da experiência pessoal, concreta e
intransferível (o ver, o ouvir, o tocar, o saborear, o cheirar);
f) A estilo prosaico, construído pela simplicidade das imagens e das construções sintáticas,
que, às vezes, esbarram até mesmo em licenciosidades lingüísticas.
Texto I
Observar no texto:
Texto II
Observar no texto:
a) A metáfora e a analogia que indicam o aproveitar da vida terrena com equilíbrio (carpe
diem): a lua refletida no lago não exagera nem exclui sua imagem, projeta-se inteira, na
medida exata;
b) A inteireza da vida é obtida da relação “honesta” que se mantém com ela;
c) O verso livre e branco aparece como indicador de simplificação dos recursos poéticos em
direção ao Modernismo;
d) O tom argumentativo do texto.
Texto III
Observar no texto:
Álvaro de Campos
Texto I
Ode Triunfal
Texto II
Impacientaram-se comigo.
Nunca se pode ter razão, nem num restaurante.
Não comi, não pedi outra coisa, paguei a conta,
E vim passear para toda a rua.
Quem sabe o que isto quer dizer?
Eu não sei, e foi comigo...
Observar no texto:
a) A evocação do passado perdido, passado mítico, infância do ser humano: tempo e espaço
de uma felicidade, de uma pureza e de uma paz irrecuperáveis, que aparecem como
argumentos favoráveis ao desengano, ao decadentismo de sua visão de mundo instável.
Texto III
Lisbon Revisited
Observar no texto:
Em 1904, ingressou no Liceu do Carmo para cursar Secundário. Revelou-se então em sua
face de menino burguês, mimado, inadaptado física e moralmente ao mundo exterior da Quinta
de sua família.
Levou uma vida tímida, até descobrir o gosto pelo teatro. Escreveu, em 1912, a peça
Amizade – que marcou o início de sua carreira. Seguiu-se, no mesmo ano, a publicação de
alguns contos sob o título de Princípios. “Sexto Sentido”, “Incesto”, “Página de um Suicida”,
“Felicidade Perdida” e “Loucura”, principais contos dessa publicação, anunciavam de modo
tácito a temática que se desenvolveria no restante de sua obra novelística e poética.
Ao terminar o Colégio, o escritor seguiu para Paris a fim de estudar Direito, mas os
problemas financeiros que enfrentou por causa do abandono do pai forçaram-no a voltar para
Lisboa, em 1914.
Publicou, no mesmo ano, Dispersão (poesias) e Céu em Fogo (uma coleção de novelas
curtas); em 1915, saiu do prelo A Confissão de Lúcio (uma narrativa de difícil classificação);
postumamente, em 1937, Indícios de Oiro (poesias) e, em 1958/59, As Cartas a Fernando
Pessoa.
Uma carreira meteórica – rápida, mas de brilho estupendo – que foi interrompida pelo
suicídio, em Paris, em 26 de abril de 1916, aos vinte e cinco anos de idade, como denunciou
diversas vezes em sua própria obra, quase sempre manchada pela autobiografia.
O centro de suas atenções foi sempre a questão da identidade do eu, lançado num mundo
de contradições, erguido pela inteligência. Sua auto-análise foi sempre trágica, caminhando
pelas trilhas do derrotismo, da depressão, da desintegração da personalidade e do auto-flagelo;
em sua obra não se podem harmonizar o eu-psicológico (indivíduo) e o eu-social (coletivo). Os
campos da desintegração da personalidade, da loucura e da morte tornaram-se, tanto na vida
quanto na obra de Sá-Carneiro, obsessões, que encontraram materialização nas personagens
anormais, na sexualidade ambígua e na tragédia do suicídio.
A Confissão de Lúcio
Depois de passar dez anos na prisão, condenado pela morte do poeta Ricardo Loureiro, o
escritor Lúcio inicia uma narrativa memorialista e poética que pretende revelar a verdadeira
história que cercou a morte do poeta Ricardo.
Desse modo, esclarece que lançaria mão dos fatos; que seria sempre documental, a fim de
preservar a integridade da história, que, segundo ele, apesar de parecer inverossímil,
comprovava sua inocência.
Lúcio passa então a rememorar como aos dezoito anos saíra de Lisboa para Paris a fim de
estudar Direito, mas acabou abandonando o curso, envolvido pela fantástica realidade
intelectual e artística parisiense.
Freqüentava festas, teatros, noitadas, encontros, enfim, todos os ambientes que pudessem
colocá-lo em contato com a arte cosmopolita e o mundo moderno. Apesar disso, mostrava-se
descontente ao deparar-se com artistas que marcavam sua importância muito mais pelo
comportamento extravagante que pelo valor de suas obras. Esse sentimento aparecia-lhe como
uma espécie de inveja por não conseguir consolidar sua própria imagem de dramaturgo.
Justamente por isso, Lúcio relutou em ir a uma festa oferecida na casa de uma americana
lésbica que morava em Paris. Uma festa fora dos padrões comuns, cheia de imagens e
alucinações que materializavam a sensualidade, a volúpia e o prazer, que seriam, na visão da
anfitriã, as mais fortes manifestações artísticas possíveis a um grande artista.
Nesta festa, marcada pelo clima alucinatório, vibrante e dionisíaco, Gervásio Vila Nova
apresentou a Lúcio o poeta Ricardo Loureiro. Após a festa, apenas um mês foi o suficiente para
torná-los bastante íntimos.
Ricardo concebia que a verdadeira amizade inclui o contato físico, mas se sentia impedido
de seguir adiante com Lúcio por serem do mesmo sexo e por perceber os preconceitos de Lúcio
contra a homossexualidade.
Por isso, Ricardo mudou-se para Lisboa, de onde buscou resolver o problema da
homossexualidade colocado em seu anseio amoroso por Lúcio. Inventou para isso Marta, uma
personagem feminina para viver um relacionamento amoroso com Lúcio. Casou-se com Marta,
que se fixou como uma projeção da feminilidade do poeta Ricardo, uma concretização de sua
sensualidade, de seu prazer e de sua arte, que podia ser dividida com o amigo Lúcio.
Tão logo soube do casamento de Ricardo, Lúcio rumou para Lisboa atraído pela idéia de
conhecer a mulher do amigo poeta. Em seus primeiros contatos, Lúcio incomodou-se com as
sensações estranhas, repugnantes que Marta lhe causava. Passado, porém, pouco tempo, Marta e
Lúcio tornaram-se próximos e íntimos, consumando um caso amoroso.
Os encontros entre Lúcio e Marta tornaram-se assim freqüentes; sempre na casa dele, à
mesma hora.
Marta, porém, depois de alguns encontros, começou a atrasar-se e, até mesmo, a faltar aos
encontros. As esperas de Lúcio, que antes constituíam momentos de pré-prazer, pré-volúpia,
pré-fantasia, ganham agora ares de angústia e preocupação, reavivando suas sensações estranhas
em relação à Marta.
Teria ela um amante? Imaginava ele. Sim, era a resposta. Lúcio logo descobriu as visitas
amorosas de Marta à casa de Sérgio Warginsky, outro amigo de Ricardo.
Lúcio caminhava por uma alameda, próxima ao teatro, em Lisboa, quando avistou Ricardo
Loureiro. Ambos procuraram motivos para terem se afastado tão inexplicavelmente e seguem
para a casa de Ricardo. Dirigem-se ao quarto de Marta, que, bela e enigmática, contempla-se no
espelho.
Segundo Lúcio, ao entrarem no quarto, Ricardo sacou uma arma e atirou contra a mulher, e
esta caiu, já morta. Entretanto, misteriosamente, diante de seus olhos, Marta desaparece ou
transfigurou-se em Ricardo e Ricardo é que acabou aparecendo morto ao chão. Lúcio foi preso,
julgado e condenado pelo crime. Não se defendeu da acusação, porque não achava ser possível
qualquer defesa, baseada nessa narrativa de desfecho tão inverossímil. Assim, cumpriu dez anos
de reclusão, após o que vem apresentar a sua confissão de inocência.
Sem dúvida, esse é ponto central para entendermos a obra: A Confissão de Lúcio: a
proposta do narrador em primeira pessoa contando a sua história. Lúcio – é aquele que detém o
jogo entre a verdade e a não-verdade, entre o real e o irreal, entre o verossímil e o inverossímil,
na tentativa de provar “sua verdade” , de afirmar alguma verdade, já que sua vida bem como a
do seu duplo – Ricardo – transcorreu no campo do fantástico e do miraculoso, do artístico se
sobrepondo à realidade propriamente, além de já se encontrar no passado desconhecido do
leitor.
Ricardo Loureiro, por exemplo, é um duplo complemento de Lúcio, figura angustiada, cheia de
medos e incertezas quanto aos limites de sua própria personalidade, daí Ricardo ser ao mesmo
tempo Marta – uma figura fantasmática, uma criação literária e poética do artista que pôde
materializar sentimentos e prazeres carnais femininos com Lúcio. Apesar da repugnância
primeira e dos contrastes morais que isso significava à época, Lúcio aceitou esse jogo de dupla
sexualidade e cumpriu o seu papel naquela “realidade” inventada pelo amigo.
Esse jogo de duplicidade, que se estende por toda a obra, quebra o realismo do texto e sua
verdade.
Primeiro, na afirmação da ficção sobre a realidade: Lúcio diz estar morto para a vida e para os
sonhos, entretanto, revela-se vivo e pronto para construir uma realidade literária.
Segundo, na dupla posição assumida por Lúcio diante do leitor, pedindo que se dê crédito à sua
verdade, mas ao mesmo tempo dizendo que não se importa com isso.
Terceiro, na dupla realidade apresentada no enredo – que caminha entre dois planos que se
interpenetram, o plano da realidade factual, do verossímil e o plano do fantástico, do
inverossímil.
Poesia
Texto I
Quase
(Mário de Sá-Carneiro. In: Nicola, José de. Literatura Portuguesa: da Idade Média a
Fernando Pessoa, São Paulo, Scipione, 1994, p. 206)
Observar no texto:
c) As desilusões e o pessimismo;
Texto II
Dispersão
(Mário de Sá-Carneiro. In: Nicola, José de. Literatura Portuguesa: da Idade Média a
Fernando Pessoa, São Paulo, Scipione, 1994, p. 207)
Observar no texto:
Leitura Complementar
Cântigo Negro
Texto I
Eu
Texto II
Fanatismo
Exercícios
(…)
Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!
4. (FUVEST)
5. (FUVEST)
7. (FUVEST)
O poeta é um fingidor.
(Fernando Pessoa)
Qual a relação entre o verso acima e Poesia de Álvaro de Campos, Poemas de Alberto
Caeiro e Odes de Ricardo Reis?
Fragmento 1:
Comigo me desavim,
sou posto em todo perigo;
não posso viver comigo
nem posso fugir de mim.
(…)
Fragmento 2:
Dispersão
Ambos os poemas tratam do tema das relações do “eu” consigo mesmo, mas o desenvolvem de
maneira diferente. Exponha em que consiste esse desenvolvimento diferenciado do tema, em
cada poema.
Tarefa
(…)
O mistério das coisas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostra-nos que é mistério?
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Sempre que olho para as cousas e penso no que os homens pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco numa pedra.
a) Modernismo.
b) Arcadismo.
c) Simbolismo.
d) Romantismo.
e) Humanismo.
T3. (UMC/SP) Assinale a alternativa correta a respeito das três afirmações abaixo:
II. Alberto Caeiro é o poeta que se volta para o campo, procurando viver em simplicidade.
III. Ricardo Reis é um poeta moderno, que do desespero extrai a própria razão de ser.
T5. (FUVEST)
I.
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.(...)
II.
Sonho que sou um cavaleiro andante
Por desertos, pois sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!
T6. (VUNESP) O texto a seguir pode ser tomado como exemplo ilustrativo do estilo de um
dos heterônimos de Fernando Pessoa:
O heterônimo em questão é
a) Alberto Caeiro.
b) Ricardo Reis.
c) Bernardo Soares.
d) Álvaro de Campos.
e) Antônio Mora.