Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
BOTUCATU
1999
1
CEFAC
CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA
MOTRICIDADE ORAL
BOTUCATU
1999
2
RESUMO
conta a baixa renda, e por isso, a exclusão do trabalho ortodôntico, conclui-se que
3
SUMMARY
who presented oral myofunctional changes and poor oclusion Class II type of Angle,
detected by orthodontist.
respectively.
The children, with poor occlusion Class II type, who did not present
any functional changes, were excluded from the research. Twenty children from two
regular teaching schools, aging 6 to 8, were followed in a city of São Paulo state.
identification of another person’s changes and of his own changes, aiming at the
consciousness and motivation for the therapy. The groups were formed by three
and five children with similar phonoaudiologic chnages, in a period of four to six
months.
problems with speaking, lips, tongue and head posture, and breathing. Considering
the children’s low income and, because of this, their exclusion from the orthodontic
4
Dedico este trabalho especialmente ao
meu esposo, Marcelo, que sempre tem me
incentivado e desde do início colaborou com
paciência e muita compreensão para este trabalho. À
minha mãe que sempre me ensi-
nou a lutar e que muito contribuiu para mi-
nha formação.
Agradecimentos
do trabalho.
pesquisa.
5
ÍNDICE
1. Introdução...............................................................................................
......................1
6
4. Considerações Finais......................................................... ...............33
Anexo............................................................................................. ...............38
1. INTRODUÇÃO
palavras.”
Luís Vives
7
A oclusão normal tem a posição dos dentes superiores e inferiores,
craniofaciais.
MATERIAL E MÉTODO
observação visual e mordida em cera; após sua avaliação somente vinte e seis
8
quadro fonêmico para avaliação da fala; espelho de Glatzel para avaliação da
cenoura, maçã e pão, para avaliação da postura dos lábios, língua, cabeça
tipo de má oclusão. Nas crianças em que não foi possível se fazer a classificação
pela relação molar, por destruição pela cárie ou ausência do elemento, foi
ortodontista, vinte e seis indivíduos com má oclusão tipo Classe II, sendo
9
As vinte e seis crianças foram avaliadas nos aspectos
e durante a fala. Dessas crianças, seis foram excluídas da pesquisa, pois apesar
três crianças onde faziam fonoterapia de uma hora semanal, e de cinco crianças,
resultados da terapia.
10
Quanto a fala foi trabalhado ponto e modo articulatório, sonoridade
e do errado.
conforto.
postura de cabeça, prolongamento de fonemas /f/ /s/ /x/ /z/, repetição de /la/pa/ e
propriocepção.
como:
11
- Quem atua primeiro, nos casos de alterações miofuncionais orais
se tentar achar soluções para casos onde a falta de recursos financeiros por parte
2. DISCUSSÃO TEÓRICA
para a chave de oclusão, devido este dente ser o molar dos seis anos que
primeiro se forma e irrompe. Este dente “se constitui num ponto de referência
por Vellini (1997) tendo como má oclusão Classe I, que a relação entre os
12
primeiros molares são normais, porém podem existir torções, apinhamento de
Para má oclusão Classe II (prognatia), o arco dental inferior está em uma posição
posteriores.
o 1º molar superior deve ter a posição correta, sendo que a cariação é sempre do
molar inferior. O mesmo ainda afirma que por este motivo, a Classe II recebe
primeiro molar superior deve se encontrar de topo com o molar inferior e, muitas
13
encontrar à frente do canino inferior . Desta forma, toda arcada superior estará
superior pode ser atrésica. Na Classe II, divisão segunda, os incisivos centrais
14
chamamos de subdivisão. Esta classificação é citada, também por Marchesan
sufixo “versão” à palavra que indica a direção em que o dente se desviou de sua
bochecha
• giroversão- quando o dente está com rotação em torno de seu próprio eixo
um outro dente.
15
permanente inferior encontrando-se distalizado em relação à cúspide
Classe II, onde para a 1ª divisão, tem-se a inclinação vestibular dos dentes
algum fator genético associado aos fatores do meio ambiente, como por exemplo,
Bianchini (1994).
oclusão.
16
hipotonia ou hipertonia muscular, relacionadas com a sucção, mordida,
tamanhos dos dentes, anomalias de forma, freios labiais, perda prematura dos
17
2.4. ETIOLOGIA DA MÁ OCLUSÃO CLASSE II
língua, que para Marchesan (1994) quando a língua apresenta-se com o dorso
OCLUSÃO CLASSE II
posterior.
alterações labiais que geralmente estão presentes devido lábio superior estar em
18
A língua tendo função compensatória e modificando sua posição,
arcada superior apresenta forma em “V”, não estando seu contorno bem
delineado.
Refere ainda que na má oclusão Classe II, podem ser encontradas alterações de
nas posições dos dentes incisivos superiores e/ou inferiores. Com relação a
mastigatório estará alterado devido altura facial inferior ser aumentada, com
essa região.
tamanho total da mandíbula menor; a face maior que altura total; ocorrendo a
19
inferior interpondo-se entre os incisivos superiores e inferiores, projeta os dentes
da face.
que acredita, que os lábios entreabertos com dificuldade para o selamento labial,
projetada fazendo com que o lábio superior fique encurtado e o palato duro pode
questão.
indivíduos com má oclusão Classe II, porque segundo Bianchini (l994), a oclusão
imprecisa, refere Marchesan (1993) devido ao palato ser muito alto ou muito
estreito já que a língua tem seu dorso com posição inadequada para essa
articulação.
20
Alterações na fala com deformidade na região anterior das arcadas
não consegue tocar o palato adequadamente, faz pressão no rebordo lateral das
articulação dos sons são quase sempre incoordenados e em massa, sendo que
21
2.7. TRATAMENTO DAS ALTERAÇÕES MIOFUNCIONAIS
ORAIS DO CLASSE II
função dos lábios ficam normais. Com relação à mastigação, a má oclusão pode
ter importante papel, já que pelo componente adaptativo, esta função torna-se
Assim sendo, a análise deve abranger não só aspectos dentários, como também
esqueléticos.
alteração. Por isso, o trabalho fonoaudiológico poderá ser limitado ou não, após
22
dados de avaliação. Assim, é importante que o fonoaudiólogo conheça a situação
autora, pois mostra quais são as estruturas, como funcionam e como estão no
momento. Para isso, o profissional deve conhecer muito bem estas funções, pois
Cita ainda que uma função alterada pode facilmente alterar as demais
isso, quando temos mordida aberta e selamento labial favorável, o trabalho com a
posição correta dos lábios, fará pressão nos incisivos; podendo propiciar o
dentição mista, após eliminado o hábito melhora a mordida, salvo os casos com
23
As alterações musculares que se traduzem por hipotonia ou
tratamento oclusal deve se relacionar tanto com os elementos ativos como com os
reduzir o estresse a um ponto que ele não seja destrutivo para qualquer parte do
24
fisioterapeuta para exames complementares, como RX de cavum e exame
clínico.
o grupo menor, e uma hora e meia, o grupo maior. A fonoterapia teve a duração
de 4 a 6 meses.
7 anos: Usa chupeta, usou mamadeira, respirador oral com aumento de tonsila
anterior.
25
distorção /x/ /j/
substituição sistemática: b/p d/t g/k v/f z/s x/s j/s {r}/y
fonemas: /r/ /b/ /d/ /g/ /v/ /z/ , arquifonema /r/, grupo consonantal /r/ /l/, manteve o
distorcidos.
língua anterior.
7 anos: usou chupeta, não usou mamadeira, faz sucção digital do polegar direito,
26
língua anterior, selamento labial ineficiente, postura de cabeça incorreta para
frente.
fez uso dos incisivos superiores junto com lábio inferior para emissão
digital.
sigmatismo: s
sigmatismo /s/
27
Sujeito E - Classe II (direita) 1ª divisão , subdivisão
respirar pelo nariz mas segundo relato do paciente sente cansaço, respirador oral
sigmatismo em /s/
melhora na produção dos fonemas /s/ /z/ /x/ /j/. Largou da chupeta. Adquiriu o
28
Sujeito G - Classe II 1ª divisão
6 anos: usa chupeta, usa mamadeira, projeção de língua anterior, respirador oral
ausente.
da respiração, selamento labial. Melhora da produção dos fonemas /s/ /z/ /x/ /j/.
com lábio inferior, durante a emissão, o que não foi mais observado. Uso da
6 anos: usa chupeta, usou mamadeira, projeção de língua lateral, respirador oral
selamento labial e postura de cabeça. Melhora da distorção dos fonemas /x/ /j/.
29
Sujeito I - Classe II, 1ª divisão
labial , tensão de mentális, lábio inferior hipertenso, durante a fala lateraliza língua
para direita.
substituição assistemática z / s
6 anos: usa chupeta, usa mamadeira e quando perde a chupeta chupa o dedo
30
significativo, ausência de selamento labial, postura de cabeça incorreta para
frente.
omissão assistemática de lh
distorção de /x/
omissão sistemática de lh
sigmatismo anterior /z/ {s}, projeção de língua em /t/ /d/ /n/ /l/ {s}
cabeça e projeção de língua. Adquiriu os fonemas /b/ /d/ /g/ /f/ /r/ /lh/ e grupo
consonantal /l/ . Melhora do sigmatismo lateral /s/ /x/ e do sigmatismo anterior /z/,
31
Sujeito N - Classe II (direita),1ª divisão, subdivisão
ineficiente.
omissão assistemática lh
Automatizou os fonemas /b/ /d/ /g/ /lh/. Adquiriu os fonemas /r/ /l/ do grupo
6 anos: usa chupeta para dormir, usou mamadeira, respirador oral habitual,
32
projeção de língua em /t/ /d/ /n/
7 anos: usa chupeta, usou mamadeira, usa dedo polegar direito, respirador oral
Apresentou: sigmatismo /s/ /z/ /x/ /j/ {s}, assimetria labial (hemi lábio superior
R - Classe II completa
6 anos: usa chupeta, usou mamadeira, respirador oral com aumento da tonsila
distorção de /x/ /z/, projeção de língua em /t/ /d/ /n/ /l/ /s/ {s}
33
Apresentou melhora na respiração, selamento labial e postura de
cabeça. Automatizou o fonema /b/. Melhora da distorção dos fonemas /x/ /z/ e
8 anos: usou chupeta, usou mamadeira, respirador oral com aumento de tonsila
arquifonema.
6anos: usa chupeta, usou mamadeira, respirador oral com aumento da tonsila
34
Apresentou : troca sistemática: b/p , d/t, k/g
sigmatismo /s/
3.2.1.FALA
da arcada.
35
Durante a fala pode ser observado a projeção da língua na produção
melhora da postura de língua para os fonemas /l/ /n/ /d/ /z/ /s/, nas quinze crianças.
orgânica ou habitual.
36
labial ineficiente durante a fala, mastigação e deglutição, participação dos
incisivos superiores em contato com lábio inferior para produção dos fonemas
3.2.5. RESPIRAÇÃO
respiração oral habitual, seis com respiração oral com aumento da tonsila
nasofaríngea não significativo, quatro com respiração oral com aumento da tonsila
nasofaríngea significativo.
resultado foi melhor quando estavam fora da crise e/ou seguido do tratamento
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
estomatognático.
37
alterações da arcada dentária, postura de cabeça, postura dos lábios e postura
da língua.
precisamos fazer alguma coisa, pois sabemos que o organismo pode ser
infância.
automatizadas.
do sistema estomatognático.
38
As crianças estudadas apresentavam situação financeira
postura e a sua fala foi marcante no grupo, pois ficou claro que as alterações
equilíbrio das funções, a integração social e o bem estar das crianças, que foi
ser realizado produz um resultado mais rápido, com maior eficácia e eficiência,
pois cada profissional colabora atuando na sua área, com a sua experiência.
39
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1994. 83-96p.
MORESCA, C.A & FERES, M.A. - Hábitos Viciosos Bucais. In: Ortodontia para
40
MOYERS, R.E. Ortodontia. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, l988. 669p.
MULLER, A.M.C. Ortodontia para Clínicos. São Paulo, Santos, 1988. 99-107p.
41
ANEXO 1
Má Oclusão:
42
ANEXO 2
Alteração na:
Postura Língua 15 75
Postura Lábios 15 75
Postura Cabeça 15 75
Respiração 14 70
Fala 20 100
43
ANEXO 3
Postura
Fala Respiração Cabeça Língua Lábio
n % n % n % n % n %
Melhoria das
características
miofuncionais
orais:
Nenhuma 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
44