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Imagens para pensar o Outro

Módulo I – O mito do bom selvagem

Artistas que se destacaram na produção de imagens do Outro na América


nesse período
Albert Eckhout

Albert Eckhout realizou obras que aliavam minucioso caráter documental a


uma superlativa qualidade estética, e até hoje são uma das fontes primárias para o
estudo da paisagem, da natureza e da vida dos índios daquela região. Esta
produção, ainda que tenha retornado à Europa na retirada do conde em 1644,
representou, na pintura, o último eco da estética renascentista em terras brasileiras.

Ele era um desenhista holandês. Com uma obra de grande interesse


descritivo, retratou os primeiros habitantes do país, entre os quais mulatos,
mamelucos e negros, sendo o quadro A dança dos tapuias, considerado por muitos
como sua obra-prima. Depois mudou-se para Amersfoort, cidade onde batizou seus
três filhos, e morou em Sachsen, Dresden (1653-1663), contratado por João Jorge II
da Saxônia como pintor de sua corte, mas vitimado pela malária adquirida em sua
estada na América, voltou para sua cidade natal onde morreu no ano seguinte.

Oito de seus desenhos originais foram presenteados (1679) por Nassau ao rei
Luís XIV de França que, mais tarde (1687-1730), foram levados para a manufatura
de tapeçarias dos Gobelins, que os reproduziu na série peças denominados de Les
anciennes Indes, que se tornaram muito populares no século seguinte.

Albert Eckhout Albert Eckhout


Homem Tapuia, 1641 Mulher negra, 1641
Óleo sobre tela, 161 x 272 cm Óleo sobre tela, 189 x 282 cm
Nationalmuseet, Copenhague, Dinamarca. Nationalmuseet, Copenhague, Dinamarca.
Jean-Baptiste Debret

Pintor, desenhista e professor francês. Integrou a Missão Artística Francesa


(1817), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde
Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou uma fazenda. De volta à França
(1831) publicou Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (1834-1839), documentando
aspectos da natureza, do homem e da sociedade brasileira no início do século XIX.
Uma de suas obras serviu como base para definir as cores e formas geométricas da
atual bandeira republicana, adotada em 19 de novembro de 1889.

Jean-Baptiste Debret
Caçador de escravos, c. 1820-1830.
Museu de Arte de São Paulo.

Módulo I – O mito do bom selvagem


Imagens para pensar o Outro
André Thévet

Frei André Thévet foi um frade franciscano francês, explorador, cosmógrafo


e escritor que viajou ao Brasil no século XVI, tendo escrito obras sobre os costumes
da terra naquele tempo. Estudioso de Cosmografia e Cartografia, Thevet tornou-se
cosmógrafo do rei da França, Henrique II, a partir de 1558.Embarcou para o Rio de
Janeiro (Brasil), na frota do Almirante Nicolas Durand de Villegagnon,
permanecendo em terras brasileiras de novembro de 1555 a janeiro de 1556, a
observar a natureza e os indígenas da Baía de Guanabara.
Foi o grande responsável pela vulgarização da expressão "França Antártica",
referindo a experiência colonial francesa na baía da Guanabara, ao publicar "Les
singularitez de la France Antarctique" (Paris, 1557), ilustrada com 41 xilogravuras.
Nessa obra, responsabiliza os huguenotes (calvinistas franceses) pelo fracasso na
manutenção da colônia, posição que justificou a obra "Histoire d'un voyage faict en la
terre du Brésil", de autoria do calvinista Jean de Léry.
Em 1575, publicou "La cosmographie universelle d´André Thever,
cosmographe de Roy", em 4 tomos, ilustrada com 228 gravuras, sendo um dos
tomos dedicado inteiramente aos índios tupinambás. Thévet foi também guarda das
curiosidades reais, e abade de Masdion, em Sanitonge.

André Thévet
Comme les Amazones traitent ceux qu'elles prennent en guerre
Museu de Arte de São Paulo.

Módulo I – O mito do bom selvagem


Imagens para pensar o Outro
Theodor de Bry

Foi um ourives e editor de Liège (França) que se tornou especialista


em gravuras de cobre. Nascido na Bélgica, logo fugiu para a Alemanha fugindo de
perseguições religiosas de católicos espanhóis. Viveu também na Inglaterra, onde
expôs seus trabalhos sobre a exploração do novo mundo. Entre suas obras, está
uma muito conhecida no Brasil que retrata um ritual de canibalismo dos
índios tupinambás na então colônia portuguesa.

Theodor de Bry
América Tertia pars..., 3º volume de Grands
Voyages, Frankfurt, 1592.
Biblioteca Mário de Andrade, São Paulo.

Módulo I – O mito do bom selvagem


Imagens para pensar o Outro
José Maria de Medeiros

Foi um pintor português naturalizado brasileiro. Em 1867 entrou no Liceu de


Artes e Ofícios, e em 1868 ingressou na Academia Imperial de Belas Artes,
estudando com Vítor Meirelles e Francisco de Sousa Lobo. Entre 1879 e 1891 foi
professor de desenho figurado na academia, e entre 1891 e 1911 no Asilo de
Menores Desamparados. Recebeu a Ordem Imperial da Rosa em 1884, no grau de
oficial, pelo seu quadro Iracema, hoje no Museu Nacional de Belas Artes.

José Maria de Medeiros


Lindóia, 1882.
Óleo sobre tela, 54,5 x 81,5 cm.
Rio de Janeiro, Coleção Cultura Inglesa.

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Imagens para pensar o Outro
José Teófilo de Jesus

Foi um pintor e decorador brasileiro, um dos mais notados representantes


da Escola Baiana de pintura. Sua obra é eclética, e se caracteriza por ilustrar a
passagem do Barroco para o Rococó, chegando a esboçar traços neoclássicos,
adaptando criativamente uma herança estética importada para um contexto novo, e
formulando com isso uma linguagem tipicamente brasileira. Foi original também ao
trabalhar temas profanos num contexto em que a tradição religiosa tinha grande
peso. Parece ter levado uma vida simples e despojada, da qual pouco se conhece,
embora como artista seu prestígio em vida fosse grande. Sua produção é
aparentemente vasta, mas um bom número das obras que são identificadas com
seu nome têm essa atribuição sustentada apenas pela tradição oral. Apesar de já
ser reconhecido pelos especialistas como um dos grandes nomes do Barroco
brasileiro, e um dos últimos grandes, sua trajetória ainda é cheia de lacunas e
incertezas, precisa de mais estudos especializados, e ainda não se tornou
conhecida pelo grande público.

José Teófilo de Jesus


América
Óleo sobre tela
Museu de Arte da Bahia, Salvador.

Módulo I – O mito do bom selvagem


Imagens para pensar o Outro
Victor Meireles de Lima

Foi um pintor e professor brasileiro. De origens humildes, cedo seu talento foi
reconhecido, sendo admitido como aluno da Academia Imperial de Belas Artes.
Especializou-se no gênero da pintura histórica, e ao ganhar o Prêmio de Viagem ao
Exterior da Academia, passou vários anos em aperfeiçoamento na Europa. Lá pintou
sua obra mais conhecida, A Primeira Missa no Brasil. Voltando ao Brasil tornou-se
um dos pintores preferidos de Dom Pedro II, inserindo-se no programa
de mecenato do monarca e alinhando-se à sua proposta de renovação da imagem
do Brasil através da criação de símbolos visuais de sua história.
Tornou-se admirado professor da Academia, formando uma geração de
grandes pintores, e continuou seu trabalho pessoal realizando outras pinturas
históricas importantes, como a Batalha dos Guararapes, a Moema e o Combate
Naval do Riachuelo, bem como retratos e paisagens, onde se destacam o Retrato de
Dom Pedro II e os seus três Panoramas. Fez muitos admiradores, mas também
muitos críticos, despertando fortes polêmicas, num período em que se acendia a
disputa entre os acadêmicos e os primeiros modernistas. Com o advento da
República, por estar demasiado vinculado ao Império, caiu no ostracismo, e acabou
sua vida em precárias condições financeiras, já muito esquecido.
A obra de Victor Meirelles pertence à tradição acadêmica brasileira, formada
por uma eclética síntese de referências neoclássicas, românticas e realistas, mas o
pintor absorveu também influências barrocas e do grupo dos Nazarenos. Um dos
principais pintores brasileiros do século XIX, para muitos o maior de todos, foi autor
de algumas das mais célebres recriações visuais da história brasileira, que até os
dias de hoje permanecem vivas na cultura nacional e são incessantemente
reproduzidas em livros escolares.

Victor Meirelles
A primeira missa, 1858 a 1860
Óleo sobre tela, 268 x 356 cm
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), RJ

Módulo I – O mito do bom selvagem


Imagens para pensar o Outro

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