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UNIVERSIDADE CATÓLICA

PORTUGUESA - BRAGA
FACULDADE DE FILOSOFIA
CURSO DE PSICOLOGIA – PÓS-LABORAL

ETOLOG SISTEMA AGONÍSTICO


IA

Susana Francisco, Tânia Dias, Cristina Rocha e Manuel


Batoca
Sistema Agonístico

INTRODUÇÃO

Agonístico é um termo com origem no grego α γ ω ν , que significa "combate".


Assim, o sistema agonístico reflecte, essencialmente, sobre os mecanismos de combate, ou
seja, os mecanismos de agressão e contra-agressão. “Entre as cerimónias mais
impressionantes que se podem observar no mundo animal contam-se as paradas de
exibição agonística, seja territoriais, epigâmicas ou ligadas a qualquer outra função. A
agressividade assume, geralmente, valor selectivo, o que não acontece com a violência ou
agressão cruenta.” (vieira, 1989). No entanto, " ... O sistema agonístico engloba não só os
comportamentos de agressão propriamente ditos, mas também todas as sinalizações e
movimentos expressivos que os passam a significar, prevenindo habitualmente a passagem
ao acto agressivo. Compreende, assim, todos os movimentos expressivos e sinalizações
específicas susceptíveis de provocar agressões dos congéneres." (Soczka, 2003)
No seu último livro, datado de 1872, A expressão das emoções no homem e nos
animais, Darwin causou um grande impacto ao afirmar que o comportamento humano é
controlado pelos mesmos mecanismos que regem o comportamento dos demais
organismos. Nas décadas de 30 e 40 um grupo de cientistas, que se auto-determinavam
etologistas, como Niko Tinbergen, Konrad Lorenz e Karl von Frisch, e geneticistas de
insectos, como Seymour Benzer, aumentou a complexidade do modelo biológico ao
mostrar que os instintos, que consistem em rotinas e sub-rotinas comportamentais,
apresentavam uma componente genética que poderia ser "dissecada" pelos métodos
tradicionais da biologia: existiam genes que regulavam os ritmos da vida, a memória e o
esquecimento e os modos de identificar parceiros sexuais.
Para além de uma contribuição teórica, a etologia também propiciou grandes
avanços no estudo do comportamento, através de contribuições metodológicas. A ênfase
na observação e descrição detalhada do comportamento, em situações o mais naturais
possível, foi fundamental para a compreensão do comportamento de forma mais holística.
É forçoso que façamos uma viagem pelos diversos mundos dos animais para
chegarmos a uma perspectiva etológica do mundo Homo.

SISTEMA AGONÍSTICO

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Etologia
Sistema Agonístico

AGRESSÃO E CONTRA-AGRESSÃO

Vivemos num mundo cada vez mais violento, onde muitas formas de
agressão se estendem à escala planetária, desde as explosões da
criminalidade nas modernas sociedades, até expressões mais ou menos
alargadas de genocídio. É num clima de preocupação com várias formas de
violência social em que vivemos que etólogos tomaram a atitude ousada de
proceder à reabilitação da agressão, redefinindo-lhe limites e precisando-lhe
as funções adaptativas e evolutivas, e sobretudo realçando-lhe as raízes
biológicas. Entende-se por agressão “um todo e qualquer comportamento
desenvolvido com vista a ferir ou lesionar (haming or injuring) um outro ser
vivo, motivado ele próprio para escapar “(Baron, 1980).
Sendo, o ser humano, o resultado de uma longa cadeia evolutiva, é
natural que a sua estrutura basilar mantenha formatos próximos dos outros
elementos da cadeia evolutiva.
Ao analisar outros animais, encontramos, em todos eles, mecanismos
de defesa ligados, essencialmente, à preservação da espécie, e manifestando-
se nos aspectos da defesa do território e/ou do grupo.
Tinbergen (1968), cit. in Soczka (2003), diz-nos que " ... a leitura
etológica de um comportamento, assenta na tentativa de resposta às
seguintes quatro questões:
1) De que modo este comportamento influi na sobrevivência e no êxito
adaptativo deste animal?

2) O que faz com que este comportamento ocorra neste dado momento
e qual o seu mecanismo?

3) Como se desenvolve este mecanismo quando o indivíduo cresce?

4) Qual o percurso evolutivo dos sistemas de comportamento de cada


espécie, até se atingir o estado actual?
Ou seja, necessitamos de perceber a função, a causa, a filogénese e a
ontogénese dos comportamentos, de uma forma integrada.
A agressão, melhor, o comportamento agressivo, está ao serviço da
preservação da espécie, essencialmente como forma de competição sexual,
defesa das crias, preservação do território, defesa contra os agressores. No
entanto, a agressão raramente é dirigida à liquidação do outro, antes está ao
serviço da preservação da vida. O que se pretende é preservar a vida ainda

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que, para isso, se tenha que recorrer à morte do outro, como é o caso da
busca de alimento. O fim não é abater a vítima mas alimentar o indivíduo que
mata. Quando se ataca para fins sexuais, o que se pretende é preservar a
continuidade da espécie. Em quase todas as espécies se assiste à
manifestação de mecanismos que têm, regra geral, a função de afastar as
consequências nefastas dos actos agressivos fazendo aparecer sinais de aviso
ou, mesmo, torneios ritualizados.
Os comportamentos agonísticos formam uma rede de informação que
permite prevenir a violência inter-individual, intra-grupal e até, por vezes,
inter-grupal. “Em princípio, a selecção natural favorece a inibição e a
ritualização da agressividade desde que se esboçam esquemas motores de
apaziguamento – às vezes ressemantizados a partir de outros sistemas
comportamentais.” (Vieira, 1989)
“Em muitas situações, os animais exibem sinais que dizem ao outro
quais as suas intenções, seja para o ataque seja para a submissão. Todas
estas manifestações fanéricas servem para evitar a agressão desnecessária e,
em última análise, servem a sobrevivência quer do indivíduo quer do grupo ou
da espécie.
Desta agressão intra-específica, ou actuada dentro de elementos da
mesma espécie, direccionada sobretudo a reequilibrar as relações de
hierarquia e dum certo desenho selectivo, há que realçar aqueles factores que
podem levar à erosão da sua função agonística:
a) A ruptura do ambiente físico;
b) A ruptura do ambiente social ou por sobre população, isolamento ou
por efeito do cativeiro;
c) Ruptura das condições fisiológicas, por efeitos de condicionantes
sazonais ou de stress;
d) Actuação sobre estruturas da agressividade como do sistema
nervoso por razões experimentais (por exemplo, a administração de
testosterona ou progesterona podem aumentar ou diminuir a agressividade)
ou lesionais.
De um modo geral, a Etologia diz-nos que é impossível determinar a
agressividade sem a relacionar com um meio. É sempre em relação com este
que se pode avaliar um comportamento e determiná-lo como agressivo ou
não”. (Vieira, in Revista Militar, 2006)

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A aprendizagem dos mecanismos e das mensagens de apaziguamento


que convivem e se entrelaçam com os mecanismos de agressão, parecem ter
períodos específicos de aprendizagem e quando o indivíduo ultrapassa esses
períodos sem ter procedido à aprendizagem dos referidos mecanismos, será
um inadaptado e, uma vez adulto, não saberá interpretar com justeza os
sinais agonísticos.
Os jogos infantis, em muitas espécies, servem precisamente para
aprender a regular os comportamentos agressivos. É uma escola de
maturação e normal integração do sistema agonístico. Similarmente, o
estatuto materno de acompanhamento das crias engloba, também, essa
função de aprendizagem adaptativa e de integração sociabilizante do indivíduo
como forma de prevenir comportamentos desregrados de atitudes hostis,
levando-o à captação de respostas agonísticas adequadas à sua integração no
grupo.
Em todos os primatas se conhece a existência de mecanismos
agonísticos bem como das estruturas neuronais que os comandam.
No entanto, alterações patológicas da zona do hipotálamo, em
mamíferos, provocam reacções de ataque, ameaça e fuga, ou seja, activam
desmesuradamente os comportamentos agonísticos que, numa situação
normal, não teriam surgido.
O sistema endócrino hormonal em conjunto com variações excessivas
do meio exterior (luz, temperatura, alimentos, população, parceiros sexuais)
provocam alterações anormais no sistema agonístico, agindo sobre as
tendências agressivas.
Os transtornos nos ciclos de sono também influem no sistema
agressivo e nos sistemas de defesa do indivíduo.
Os neurotransmissores têm um papel fundamental no equilíbrio do
sistema comportamental do indivíduo. Por isso, os sistemas hormonais ligados
ao sistema agonístico têm de estar de acordo com as suas necessidades de
sobrevivência, nomeadamente na captação dos sinais de aproximação de
predadores, da existência de possíveis parceiros sexuais, etc.
Temos estado a referir os diversos factores que podem alterar os
comportamentos agonísticos normais e que levam a que a agressão perca a
sua função primordial de defesa do indivíduo e/ou do grupo e passe a ser um
acto deslocado e fora de contexto. Há que fazer uma distinção muito clara

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entre o acto predatório e o acto agressivo. No primeiro é nítida a violência, de


maneira muito acentuada para a vítima sem que se possa considerar uma
acto agressivo tanto mais que, no segundo, os sinais e mesmo os mecanismos
neuronais envolvidos são muito diferentes. Também certos mecanismos
fisiologico-comportamentais de contra-agressão, como o arremessar líquidos
cáusticos, cheiros, jactos de tinta, etc., não devem ser considerados
comportamentos agressivos em sentido estrito. Antes se devem considerar
comportamentos agonísticos interespecíficos das espécies que a eles
recorrem, muito diferentes dos ataques agressivos para com os membros da
mesma espécie.
Mas, – diz Bracinha Vieira – “se os estudos etológicos realçam esta
parte adaptativa dos comportamentos agressivos, vêm também acrescentar o
dado observacional de quase nunca estarem ao serviço da morte. Antes pelo
contrário, servem a vida: em primeiro lugar, permitindo distinguir
cuidadosamente a agressão intra-específica, da agressão inter-específica; em
segundo lugar, avultando o facto de só raramente se verificarem agressões
conducentes à morte de um congénere, consistindo a regra geral da evolução
no desenvolvimento de mecanismos reguladores das interacções agonísticas,
as quais têm por efeito limitar as consequências nefastas do acto agressivo,
impondo normas específicas em que a violência é substituída por sinais de
aviso ou por torneios ritualizados. (Vieira, 2006) O acto agressivo, no mundo
animal, nunca é gratuito. Na natureza não há guerra, no sentido de ataque
deliberado entre membros da mesma espécie. Há, sim, um conflito
permanente. Os ataques suicidas, a violência gratuita, o ataque selvagem e
mortífero ao seu semelhante são um apanágio do grande Homo Sapiens.
“Segundo uma perspectiva biológica, a execução de comportamentos
agressivos é essencial para a sobrevivência das espécies no seu meio natural,
como forma de competição sexual, defesa das crias, protecção contra os
predadores e até de comunicação - a utilização da agressão como meta-sinal
social, a ritualização do gesto agressivo”. (Vieira, 2006)
Esta ritualização do gesto agressivo apresentada como resposta a um
sinal de agressão , faz com que muitos animais respondam com sinais de
contra-agressão, ou seja, com sinais direccionados para o evitamento da
agressão. Entre eles, temos os sistemas epimeléticos (cuidados parentais) e
et-epimeléticos (comportamentos de crias dependentes) que, numa primeira

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fase, se desenvolvem em favor das crias mas, mais tarde, são aproveitados
como inibidores perante um agressor congénere.
O facto de o cão se rebolar e mostrar o ventre a um congénere, serve
de sinal inibidor por representar o comportamento da cria canina que tem que
ser lambida na zona ventral e ano-genital pela mãe para, nos primeiros dias
de vida, suscitar a micção. A imitação de sons infantis serve, muitas vezes, na
vida adulta para apaziguar congéneres. Para a união sexual os sinais
apaziguadores são essenciais pois se trata da invasão da zona de conforto e,
por isso, não é facilmente tolerável. Assim, tem de haver suficientes sinais
apaziguadores para que a necessária procriação se efectue e seja assegurada
a continuidade da espécie, muito embora tenham que mostrar sem
ambiguidades que há a disposição para a cópula e não há qualquer intuito de
agressão quer de um lado quer do outro “A selecção premeia a comunicação
não ambígua.” (Vieira, 1989). A não ser assim, a ultrapassagem das
fronteiras invisíveis do espaço de conforto, provocaria imediata reacção
agressiva. Esses sinais passam, muitas vezes, por sinais et-epimeléticos,
como é demonstrados por inúmeros estudos efectuados desde as aves aos
mamíferos. Em muitos deles manifestam-se os sinais de apelo a
comportamentos parentais para inibir a agressividade.
Outro conjunto de sinais utilizados para inibir a agressão de
antagonistas é o do léxico sexual, maioritariamente feminino. Quando se
manifesta um sinal sexual de cariz masculino, tem mais a função de ameaça
dissuasora. São muitos os exemplos que a natureza nos apresenta, como o
caso dos gatos que apresentam a sua zona ano-genital e o erguer da cauda
como sinal de fêmea em cio. Em muitos dos primatas se encontram estes
sinais de submissão ou de exposição genital para apaziguamento.
Muitos são, também, os sinais dirigidos ao sentido da visão e que
servem de semáforos aos comportamentos agressivos, nomeadamente os
sinais cromáticos. Desde as paradas de penas, bicos, bolsas, pelagens,
piloerecções até às presas e cornos, tudo serve de ostentação, de chamariz
para cativar a fêmea ou para avisar o oponente da mesma espécie. Claro que
os comportamentos fanéricos podem ser contraproducentes por servirem de
chamarizes para os predadores e por isso eles têm de ser limitados para não
extravasarem a função a que se destinam. Assim, na presença de um
oponente superior, os sinais de ostentação devem ser suprimidos ou, pelo

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menos, esbatidos para não alterarem a sua função e suscitarem o ataque. Até
as nossas regras de boa educação nos dizem que devemos entregar um
objecto pontiagudo ou cortante com a parte perigosa voltada para nós: é um
sinal de não-agressão. A apresentação da parte vulnerável, ao outro é um
sinal de apaziguamento, bem como o desviar do olhar, o baixar da cabeça,
etc.
Também o estabelecimento e manutenção de ordens sociais
hierárquicas bem como os comportamentos ligados à dispersão espacial e à
delimitação do território contribuem para a minimização da agressividade
intra-específica. Nos mamíferos, é norma a existência de hierarquias. Estas
levam à estabilização do grupo pelo aparecimento do animal Alfa, ou
dominante. Quando essa ordem é estabelecida todos os elementos, quer
dominante quer dominados, tendem a reforçar esses estatutos.
A sinalização de um território aparece, em muitas espécies, na estação
reprodutora, servindo, assim, para proteger o momento da corte, da cópula,
da nidificação, do choco e da alimentação das crias. Trata-se da protecção do
futuro da espécie.
A não existirem estes reguladores da agressão, esta, quando
desadaptativa, teria consequências nefastas para a espécie pois colocaria em
risco a sobrevivência da mesma. No mundo animal, estes sistemas
reguladores estão largamente difundidos e servem para proteger a própria
espécie evitando dispêndios de energia desnecessários e contribuindo para a
preservação e para a ritualização agonística e ainda trás vantagens
adaptativas importantes.
Como já foi focado em relação ao acto reprodutor, existe um espaço
individual ou zona de conforto que, a ser ultrapassada sem a respectiva
autorização, leva ao aparecimento do confronto, da agressão, da defesa da
distância individual.
Não podemos, no entanto, cair na tentação de considerar que toda a
natureza se rege por leis imutáveis de harmonia entre os seus diversos
elementos. Pelo contrário! Sabemos que as regras são quebradas muitas
vezes. Nem sempre os sinais resolvem as contendas. Muitas vezes a agressão
aparece e a sua explicação não é de todo condizente com o que anteriormente
se expôs relativamente aos sinais agonísticos evitadores da resposta
agressiva. Nem tudo é belo e harmonioso na natureza, nem tudo é romântico.

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As tempestades, também a nível comportamental, existem e, por vezes, não


lhes compreendemos a motivação. As ritualizações agonísticas são, muitas
vezes, ineficientes.

VANTAGENS DA INTOLERÂNCIA

Ao longo de toda a sua história, o Homem tem demonstrado, sob os


mais variados contextos, acções violentas, revelando, apesar da sua natureza
social, também o seu cariz e tendência anti-social e intolerante, algo com que
nos continuamos a deparar nos dias de hoje, nomeadamente através da
agressividade que, em inúmeros contextos, o Homem revela perante os seus
semelhantes.
Esta agressividade é, contudo, diferente de uma outra forma de
agressividade, designadamente a que ocorre entre animais de espécies
diferentes, caracterizando-se pelo facto de os predadores atacarem as suas
presas. De facto, a própria sequência dos movimentos demonstra como é
diferente a agressividade entre membros da mesma espécie e a agressividade
inter-espécies, isto é, o comportamento que, por exemplo, um gato assume
quando ataca um rato é completamente distinto do comportamento que exibe
quando ataca um seu rival. Estes diferentes tipos de comportamento podem
ser activados por meio de estímulos eléctricos e químicos aplicados sobre
diferentes regiões do cérebro.
Alguns autores referem-se, no entanto, a estas duas formas distintas
de agressividade como se de uma só se tratasse, ou seja, não fazendo
qualquer diferenciação entre as mesmas, como é o caso de R. Dart, (Dart. R,
2005, cit in Dalla Costa & Deves, 2006) que para explicar a agressividade do
Homem moderno se baseou no modo de vida predador do seu antepassado
austrolopitecus, nomeadamente no facto de que, para abater as suas presas,
este “nosso” antepassado utilizava ossos de antílopes e, segundo Dart (Dart.
R, 2005, cit in Dalla Costa & Deves, 2006), foi esta “agressividade” que deu
origem à agressividade humana. No entanto, conforme refere Dalla Costa e
Deves, (2006), não podemos afirmar que os herbívoros sejam mais pacíficos
que os carnívoros e, por outro lado, animais de uma mesma espécie também
se atacam mutuamente, como é o caso dos touros, entre muitos outros…

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Assim, o modo de vida predador não pode, por si só, explicar a


evolução da agressividade no seio de uma espécie, o que nos leva a
“entrar” num outro tipo de questão, designadamente no que se refere às
eventuais vantagens do comportamento agressivo para a selecção das
espécies.
Uma grande vantagem que advém deste comportamento agressivo
está relacionada com as distâncias e afastamento entre animais de uma
mesma espécie no que concerne ao seu território, levando a que, com a
manutenção do afastamento, fique assegurada a distribuição de animais de
uma mesma espécie por um maior território e, desse modo, asseguradas as
suas fontes alimentares e, à partida, a sobrevivência das suas crias. Por outro
lado, também contribui para um maior controlo da reprodução da espécie,
pois aqueles que não conseguem conquistar um território seu, ficam afastados
da procriação. Outra vantagem do comportamento agressivo reside nos
combates entre rivais, na medida em que, por meio das lutas, que acontecem
com maior frequência na época do cio, acabam por ser seleccionados os mais
fortes e mais saudáveis para a manutenção da espécie.

CONCLUSÃO

De acordo com a Revista Superinteressante (2009 – Dezembro) a


ablação de grandes porções do lóbulo temporal provoca a incapacidade para
reconhecer e praticar actos violentos. Segundo o relatório de um estudo feito
por James Dabbs, da Universidade de Geórgia, uma elevada concentração de
níveis de testosterona estava correlacionada com a violência de crimes
cometidos por reclusos adultos. O mesmo se observava com outro estudo
feito em paralelo sobre reclusas: os níveis elevados desta hormona estavam
relacionados com crimes cometidos sem qualquer provocação.
A violência instala-se numa crescente no quotidiano das gentes: os
imperativos da sociedade de mercadoria condenam à morte pela fome
milhões de exemplares de espécie humana; as grandes potencias instalam
mísseis nucleares estratégicos; o terrorismo ideológico e a escravatura mental
são encapsulados pelos discursos políticos em nome dos mais belos ideais.
Resta-nos apenas a triste esperança de que as baratas, esses interessantes

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seres resistentes à radioactividade, sobrevivam aos cataclismos que nos


ameaçam.

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BIBLIOGRAFIA

Vieira, B. (1989), Biologia do Comportamento, Fundação Calouste Gulbenkian


(https://hdl.handle.net/123456789/141 consultado em 04-12-2009)

Soczka, L., 2003, A COMPANHIA DOS LOBOS – O IMPERATIVO DA


VINCULAÇÃO, Fim de Século, Lisboa.

Vieira, B, in Etologia e Ciências Humanas, Lisboa, INCM, cit. In Revista Militar,


2006, Outubro

Outra bibliografia consultada

Eibl-Eibesfeldt, I., 1998, AMOR E ÓDIO, Bertrand Editora, Lisboa.

Morris, D. (1997)

Miller, J., 1982, DARWIN PARA PRINCIPIANTES – O ESTRANHO CASO DE


CHARLES DARWIN E A EVOLUÇÃO, Publicações Dom Quixote, Lda

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