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Mecânica e Ondas

1º Ano -2º Semestre


2º Exame
26/06/2013 – 11:30h
Mestrado Integrado em Engenharia Aeroespacial

Duração do Exame: 2:30h


Leia o enunciado com atenção. Justifique todas as respostas.
Identifique e numere todas as folhas da prova.

Problema 1

Um skater com uma massa (incluindo o skate) desce uma pista de perfil semi-circular, de raio
(considere como a distância aproximada entre o centro da circunferência e o centro de massa
do(s) skater(s)) partindo do repouso no topo esquerdo da rampa (ponto A).
a) i) Escreva o Lagrangeano que descreve o movimento do sistema em termos do ângulo  representado
na figura, considerando que o corpo móvel pode ser representado por um ponto material que desliza
sem atrito ao longo da pista (de raio definido acima).
ii) Deduza a equação diferencial do movimento para a variável .
b) i) Determine a velocidade que o skater atinge ao passar na base da pista (ponto B) (repare que não
precisa de resolver a equação diferencial para obter a resposta!).
ii) Ao chegar à base da pista, o skater agarra um colega com massa total inicialmente em
repouso nesse ponto (B), continuando os dois a mover-se em conjunto a partir desse ponto. Determine
o valor do ângulo que o conjunto dos dois skaters atinge no lado direito da rampa.
Problema 2
Um automóvel de massa total desce uma estrada com uma inclinação de 10 a uma
velocidade de . Num dado momento é obrigado a travar devido à presença de um obstáculo.

a) Considerando que a força de atrito entre o carro (com as rodas bloqueadas) e a estrada é dada por
(em que é a componente do peso perpendicular à estrada e é um versor com
a direcção e sentido da velocidade), determine:
i) A componente da resultante das forças a que o carro está sujeito, após a travagem, na direcção da
trajectória.
ii) A distância que o carro percorre até se imobilizar completamente.

b) i) Considerando a força de atrito dada na alínea a) qual o valor da inclinação da estrada para o qual os
travões deixam de conseguir imobilizar o carro.
ii) Para esse valor limite de inclinação (determinado em i), diga se o carro continuaria a acelerar
indefinidamente ou se atingiria uma velocidade limite. E para valores de inclinação superiores a esse?
Justifique claramente a sua resposta utilizando as expressões adequadas (não precisa de utilizar valores
numéricos).
Problema 3
O planeta Marte tem uma massa de , um raio e uma distância
(média) ao Sol, . A massa do Sol é Constante de gravitação
universal
a) i) Admitindo que a órbita de Marte é (aproximadamente) circular, estabeleça a relação entre a
aceleração normal média no movimento orbital e o período correspondente a uma volta completa em
torno do sol – ano marciano.
ii), Determine a duração do ano marciano.
b) i) Determine o valor da aceleração da gravidade à superfície desse planeta.
ii) Se um astronauta transportar consigo um relógio de pêndulo que funcione correctamente na Terra,
quanto tempo (real) decorrerá em Marte enquanto os ponteiros de deslocam o correspondente a uma
hora no mostrador.

Problema 4
Num detector de raios X observa-se um pico
correspondente a um máximo resultante da interferência
construtiva entre raios provenientes planos
cristalográficos paralelos espaçados de uma distância
que pretendemos determinar (ver figura).
a) i) Faça um esquema com base na figura apresentada
e mostre que a relação entre o ângulo (ângulo de
Bragg), o comprimento de onda da radiação
incidente, , e a distância, , entre planos
cristalográficos é dada por . Qual o
significado do parâmetro nesta expressão?
ii) O que podemos concluir sobre a distância entre planos cristalográficos de uma dada família se, para
uma fonte de raios X com um comprimento de onda de , observarmos picos de Bragg
para ângulos de . Admita, como hipótese (e verifique) que os
três picos observados são compatíveis com a mesma família de planos (note que, como se pode
concluir do esquema da figura, o ângulo entre o raio incidente e o raio difractado na condição de Bragg
é o dobro do ângulo de Bragg ).
b) Suponha que dispõe de um detector que lhe permite observar picos de difracção para ângulos entre
e , , com uma fonte de raios X com o comprimento de onda dado na alínea a). Quais os
valores máximo e mínimo de distância entre planos cristalográficos que é possível observar com esse
detector (considere apenas picos de 1ª ordem)?
Problema 5
Num acelerador de partículas um electrão colide com um positrão. No referencial do laboratório as duas
partículas têm velocidades com o mesmo módulo, mesma direcção e sentidos contrários.
a) i) Admitindo que as partículas tem velocidade de módulo idêntico, qual o valor mínimo desta
velocidade para que da colisão possa resultar um par protão-antiprotão?
ii) E qual a velocidade mínima para que possa resultar um par de fotões? (o fotão tem massa nula (mas
momento linear não nulo!) e velocidade em qualquer referencial de inércia). Justifique claramente a
sua resposta.
b) i) Se o electrão e o positrão tiverem, cada um, uma energia de e no caso
em que são produzidos dois fotões, qual o módulo do momento linear e a energia de cada um dos
fotões no referencial do centro de massa do sistema inicial (positrão+electrão).
ii) Porque é que não é fisicamente possível que o resultado final da colisão do par electrão-positrão seja
um único fotão? (sugestão: lembre-se que a velocidade do fotão é igual a em qualquer referencial).
; ;
Problema 1

a) i)

ii) ; ;

b) i) ;( )

(conservação da energia)

ii) (conservação quantidade de movimento) 

- velocidade do conjunto dos dois skaters imediatamente após o choque (inelástico)

Conservação da energia (considerando por simplicidade

Problema 2

a) i)

ii)

( energia cinética no ponto em que o carro pára (0); energia cinética no ponto em que o carro
começa a travar).

( é a distância percorrida pelo carro até parar).


A primeira parcela (no membro direito da equação) corresponde ao trabalho da força conservativa (componente
do peso na direcção da trajetória) que é igual à variação da energia potencial (com sinal -), e a segunda parcela
corresponde ao trabalho da força de atrito (não conservativa).

Esta expressão pode ser interpretada muito simplesmente considerando que quando começa a travar o carro tem
uma energia total

e quando pára tem energia zero (arbitrando o valor da energia potencial gravítica no ponto em que o carro
pára.

O módulo da diferença entre estas duas energias (energia dissipada) corresponde ao módulo do trabalho da força
de atrito

Finalmente:

b) i) A condição limite para que os travões deixem de conseguir imobilizar o carro é que a resultante das forças
aplicadas (força de atrito mais componente do peso) seja nula, i.e.:

ii) Utilizando a expressão da força total aplicada ao carro

verifica-se que para o valor de inclinação dado em i) o carro manteria a velocidade constante uma vez que a força
aplicada total seria nula. Para valores de inclinação superiores (no primeiro quadrante) é crescente e é
decrescente, logo a força de atrito seria sempre inferior à componente tangencial do peso, ou seja a força total
seria positiva (no sentido da velocidade). Uma vez que a força de atrito, neste caso, não depende da velocidade, o
carro continuaria sempre a acelerar.

Problema 3

a) i)

ii)

b) i)
ii)

Para o mesmo relógio de pêndulo teremos na Terra

E em Marte

O período de oscilação do pêndulo em Marte é 1,6 vezes mais longo do que na Terra. Logo quando o relógio em
Marte marca a passagem de uma hora, esse tempo corresponderá a 1,6 horas (reais se o relógio marcar
correctamente o tempo na Terra).

Problema 4

a) i) A diferença de percurso entre dois raios refractados por planos adjacentes é dada por . Para que
se observe interferência construtiva essa diferença de percurso deverá ser um múltiplo do comprimento de onda,
ou seja:

O parâmetro representa a “ordem” associada ao máximo de difracção, isto é, o índice inteiro da multiplicidade
da diferença de percurso entre os raios difractados relativamente ao comprimento de onda

( . Diferentes ordens corresponderão a diferentes valores do ângulo


de Bragg, .

ii) Admitindo por hipótese que se trata de picos de diferentes ordens correspondentes à mesma família de planos
cristalográficos, temos:

A hipótese verifica-se porque os valores obtidos para a distância entre planos são semelhantes para os picos das
diferentes ordens.

b)
Problema 5

a) i) Neste caso, o referencial do laboratório e o referencial do centro de massa coincidem uma vez que o electrão e
o positrão têm a mesma massa e velocidades com o mesmo módulo e direcção e sentidos contrários no
referencial do laboratório.

Para que da colisão possa resultar um par protão antiprotão a energia nesse referencial (CM/Lab) terá que ter
como valor mínimo o valor da energia de um protão e de um antiprotão ambos em repouso.

Se for mo módulo da velocidade do electrão e do positrão teremos:

Logo:

ii) No caso de termos um par de fotões a energia mínima será zero uma vez que o fotão tem massa nula, i.e. se
aplicarmos a expressão:

ao fotão ( ) obtemos de imediato:

Isto é, qualquer que seja o momento linear do electrão (e do positrão) no referencial do centro de massa (neste
caso coincidente com o laboratório), um par de fotões, cada um com uma energia

satisfaz simultaneamente a conservação da energia e do momento linear neste referencial (por mais pequena que
seja a velocidade do electrão, i.e. mesmo que ).

b) i) Tendo em conta a lei da conservação da energia, e considerando que o referencial do laboratório coincide com
o referencial do centro de massa neste caso, o momento linear total do par de fotões será nulo, logo o módulo do
momento linear de cada um dos fotões do par e consequentemente a energia serão idênticos logo:

Obviamente, verifica-se a conservação do momento linear do sistema, uma vez que é nulo tanto para o par de
fotões como para o par de electrões (referencial do CM).

ii) Uma colisão de um electrão com um positrão (ou de qualquer par de partículas) não pode resultar num único
fotão uma vez que no referencial do centro de massa das duas partículas o momento linear é nulo por definição
e, portanto, nesse referencial, o momento linear do conjunto de partículas resultante da colisão terá que ser nulo.
Ora, o fotão desloca-se à velocidade em qualquer referencial e portanto, um único fotão não poderá ter nunca
um momento linear nulo de modo a satisfazer a conservação do momento linear.
2
  2 . f 
T
    1  dp
F  ma P  mv T  mv 2 F
2 dt
 
W   F  dr L d  L 
L  T U   0
C qi dt  qi 

      
L  ri  Pi N   ri  Fi dL 
N
 
L  I
i i dt

I  m R i i
2
TROT 
1 2
I
i 2
  Mm 
F  U F   G 2 er
r

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