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1 INTRODUÇÃO
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2 MATERIAIS E MÉTODOS
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Como é sabido que a razão da vazão de água de lavagem pela área da seção da
coluna resulta na velocidade superficial de água de lavagem e que a coluna é um
cilindro regular, suas dimensões foram determinadas em 7,2 cm de diâmetro interno
e 280 cm de altura total. A coluna foi construída em acrílico.
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Figura 1. (a) funil de descarga do afundado; (b) câmara do aerador; (c) redutor de diâmetro; (d)
módulo do corpo da coluna; (e) módulo superior com calha. Fonte: Autoria própria.
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Para verificar se o sistema de aeração com vela de filtro seria adequado, atrelou-se
uma vela de filtro em um compressor de ar por meio de uma mangueira. A vela foi
mergulhada em um béquer, contendo água com corante para facilitar a visualização
das bolhas. A vazão de ar foi controlada manualmente, sem controle quantitativo.
2.7 Montagem
Figura 3.Em (a): Bomba superior de alimentação e a inferior de descarga do afundado. (b): Aerador
confeccionado com vela de filtro. (c): Entrada de alimentação. (d): Sistema de água de calha. (e):
aspersor externo de água de lavagem. Fonte: Autoria própria.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
No teste de aeração, observou-se que a uma vazão baixa de ar a aeração não foi
suficiente, uma vez que se gerava um número reduzido de bolhas. Por outro lado,
regulando-se a válvula de saída de ar para uma vazão um pouco mais elevada,
notou-se que a geração de bolhas se dava em toda a área superficial da vela de
filtro e que a quantidade de bolhas aumentou. Observou-se ainda, que a distribuição
de bolhas permaneceu mais ou menos uniforme, apesar da presença de algumas
bolhas grandes.
Alterando-se a vazão de ar para taxas mais elevadas, verificou-se um aumento
substancial no tamanho e na quantidade de bolhas em comparação com as
situações anteriores e percebeu-se um deslocamento turbulento de água durante a
passagem das bolhas.
A vela de filtro constitui uma alternativa para se construir um difusor de ar, uma vez
que as bolhas geradas não foram muito grandes e que tendo um controle da vazão
de ar, pode-se obter um fluxo adequado com tamanhos de bolhas uniformes.
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Partindo-se de uma alimentação com 38% de ferro metálico, os teores obtidos nos
concentrados aumentaram em 28%, 44% e 27% respectivamente para as amostras
1 e 2 do primeiro ensaio e para a amostra do segundo ensaio. O resultado de
enriquecimento mais satisfatório corresponde à segunda amostra do primeiro
ensaio, provavelmente pelo fato de ter sido colhida mais tardiamente, quando a
operação da coluna já estava em regime e não houve variações operacionais
relevantes. Em se tratando de apenas uma etapa de flotação rougher os resultados
são promissores, dado a proximidade com as especificações requeridas no
mercado: concentrado com no mínimo 65% de Fe para a redução no alto-forno [12].
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4 CONCLUSÃO
Com o trabalho foi possível dimensionar e montar uma coluna de flotação de baixo
custo (R$ 5.300,00) em comparação ao custo de uma coluna comercial
(R$ 36.000,00). A coluna foi posteriormente testada com relação à aeração e ao
processo de flotação propriamente dito.
A utilização de uma vela de filtro como aerador foi suficiente para gerar aeração
adequada aos ensaios de flotação.
A concentração de minério de ferro utilizando-se a coluna construída, resultou em
concentrados com teores de ferro próximos de 50%, rejeitos com baixos teores
desse elemento (<10%) e recuperações metalúrgicas acima de 90% em apenas uma
etapa rougher. Assim, o protótipo construído cumpriu com o objetivo no
enriquecimento de partículas de minerais ferrosos.
Deve-se destacar que em termos operacionais a coluna funcionou satisfatoriamente,
pois não houve nenhum entupimento ou qualquer problema que comprometesse a
operação e estabilidade da mesma.
Devido a suas dimensões e ao seu bom funcionamento, a unidade construída tem
plenas condições de ser utilizada como unidade piloto para a avaliação de diferentes
condições de processo.
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
1 Persechini MAM, Jota FG, Oliveira MLM, Peres AEC. Instrumentação de uma coluna
de flotação piloto para o desenvolvimento de técnicas de controle avançadas. Série
Tecnologia Mineral. 2001 [acesso em 15 out. 2012]; 80: 1-40. Disponível em:
http://www.cetem.gov.br/publicacao/series_stm/stm-80.pdf.
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Encontro Nacional de Tratamento de Minérios e Metalurgia Extrativa [evento na
internet]. 2005 nov; Natal, Brasil [acesso em: 10 fev 2013]. Disponível em:
http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/87/91.
3 Leal Filho LS. Flotação. Belo Horizonte, 2007 (Apostila).
4 Aquino JA, Oliveira MLM, Fernandes MD. Flotação em coluna. In: Luz AB, Sampaio JA,
Almeida SLM. Tratamento de minérios. 4. ed. Rio de Janeiro: CETEM/MCT; 2004. p.
459-494.
5 Araujo LR. Malhas de controle típicas no beneficiamento a úmido de minério de
ferro[monografia de pós-graduação]. Ouro Preto: Escola de Minas da UFOP; 2010.
6 Takata LA. Flotação em coluna. In: Chaves AP. Teoria e prática do tratamento de
minérios: a flotação no Brasil. 2.ed. São Paulo: Signus; 2009. p. 45-71.
7 Vieira AM. Efeito da granulometria na flotação de quartzo [tese de doutorado]. Belo
Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG; 2005.
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8 Chaves AP, Leal Filho LS. Flotação. In: Luz AB, Sampaio JA, Almeida SLM.
Tratamento de minérios. 4.ed. Rio de Janeiro: CETEM/MCT; 2004. p. 411-455.
9 Viana PRM. Prática industrial no beneficiamento de minério de ferro. In: Valadão GES,
Araujo AC. Introdução ao tratamento de minérios. Belo Horizonte: Editora UFMG;
2007.p. 191-209.
10 Nunes DG, Couto HJB, França SCA. Aplicação da flotação em coluna na concentração
de minério de ferro de baixo teor. In; XVIII Jornada de Iniciação Científica [evento na
internet]. 2010 [acesso em 20 out 2012]. Disponível em:
http://www.cetem.gov.br/publicacao/serie_anais_XVIII_jic_2010/Daniel_Nunes.pdf.
11 Sampaio JA, Silva FANG. Determinação das densidades de sólidos e de polpa. In:
Sampaio JA, França SCA, Braga PFA. Tratamento de minérios: práticas laboratoriais.
Rio de Janeiro: CETEM/MCT; 2007.
12 Santos LMM, Siderurgia para cursos tecnológicos. Ouro Preto: ETFOP; 2007.
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