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ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

DE ORGANISMOS AQUÁTICOS

LUCIANE SPERANDIO
É necessário alimentar os peixes?

Devemos adubar o viveiro ou só usar


ração?

A melhor ração é a mais barata ou a


que faz o peixe crescer mais?
SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE PEIXES

Extensivo Até 2 ton/ha

Semi-intensivo 4 - 15 ton/ha

Intensivo 40 a 100 ton/ha


ALIMENTAÇÃO

Processo de eutrofização

Alimento exógeno

Farelos

Rações complementares e rações completas


ALIMENTAÇÃO

Processo de eutrofização

pH do Argiloso Kg de Argilo-arenoso Kg de
solo Tipo Cal.
de Agrícola/ha
esterco Cal. Agrícola/ha
Kg/ha/semana
Fonte de adubo Kg/ha
4,6 – 5,0 8950 4470
Esterco bovino
suino5370
- bovino 1000
3500 - 5000
5,1 – 5,5 5580
5,6 – 6,0
Suino3580 – 800
600 1790
Sulfato de amônio 70
Pato
6,1 – Superfosfato
6,5 1790 – 800
600 1790
triplo 40
> 6,5 Frango 0 600 –0800
Nutrição

• Hábito alimentar
– posição de boca
– morfologia do intestino
Hábito alimentar e trato digestório
HÁBITOS
ALIMENTARES
1. Planctófagos

Classificam-se em:

a) Seletores: selecionam suas presas individualmente;

b) Filtradores passivos: abrem a boca e nadam, deixando que os rastros


concentrem as partículas;

c) Filtradores ativos ou bombadores: o peixe fica parado ou ligeiramente em


movimento fazendo bombear água através de movimentos ativos da
cavidade oro-branquial.
1. Planctófagos

1.1 Fitoplânctófagos:

 Nível mais baixo da cadeia alimentar  algas do fitoplâncton


 Rastros branquiais para filtragem e seleção das algas da água

1.2 Zooplântófagos:

 Zooplâncton  2º grau da cadeia alimentar


 tb possuem rastros desenvolvidos
 Os dentes estão ausentes ou são diminutos
 A boca é pequena e protátil (capaz de projetar-se)
2. Predadores

 Alimentam-se de organismos macroscópicos


Podem ser:

- Carnívoros (qualquer tipo de animal) ex. Piranhas


- Ictiófagos ou piscívoros (outros peixes) ex.Dourado
- Carcinófago (camarões)
- Malacófago (moluscos)
- Teutófago (cefalópodos)
- Insetívoro (insetos)

 Dentes fortes (caninos, incisivos) dispostos até os arcos branquiais


3. Herbívoros

 Alimentam-se de vegetais superiores, macrófitas aquáticas ou de frutos e


sementes que caem na água

 Quanto aos mecanismos digestivos usados para destruir a celulose da


célula vegetal, podem ser classificados em:

3.1 - Os que digerem o alimento em estômagos com alta acidez;


3.2 - Que trituram o alimento por meio de dentes faringeanos;
3.3 - Que trituram o alimento por meio de estômago muscular;
3.4 - Que mantêm microorg. fermentadores na porção da parte posterior do
instestino.
3. Herbívoros

 A boca é desenv. e possui pequeno nº de dentes incisivos.

 Na natureza, há peixes herbívoros que precisam complementar suas dietas


com proteína animal.

 Ação negativa dos taninos sobre a digestibilidade das plantas.


*No Rio Negro os peixes herbívoros preferem frutas e sementes.

 Hyporhamphus melanochir é herbívoro de dia e carnívoro de noite.


4. Detritívoros

 Peixes que se alimentam de matéria orgânica de origem animal em


putrefação e/ou matéria vegetal em fermentação.

 Alguns detritívoros, talvez todos, têm suas dietas complementadas com


algas e bactérias, como Mugil cephalus, Tilapia mossambica e hutilus
rutilus.
5. Iliófagos

 Ingerem lodo*, pequenos moluscos, algas, insetos aquáticos, anelídeos


presentes no fundo dos ambientes aquáticos

 Sentidos de olfação e gustação bastante apurados

* Principais alimentos incluídos no lodo:


- Org. microscópicos de superfície; detrito planctônico sedimentado; detrito de
macroflora; detrito de fauna nectônica e bentônica; matéria coprogênica;
detrito orgânico e inorgânico.
5. Iliófagos

 Exemplos de peixes iliófagos:

Curimbatá (Prochilodus scrofa)  possuem moela capaz de “digerir” a


carapaça silicosa das diatomáceas

Saguirú (Curimatus sp)  peixe destituído de dentição

Cascudo (Plecostomus sp)  alimenta-se exclusivamente de algas


6. Onívoros

 Peixes que exploram alimento animal e vegetal vivo, em partes bastante


equilibradas.
 Onívoras com tendência à carnívora ou à herbívora

 Características:

- boca de tamanho mediano


- dentes molariformes (triturar e roer)
- na falta de org. sólidos podem filtrar e ingerir org. planctônicos
(tambaqui e tilápia)
- estrutura do ap. digestivo é a que mais se assemelha a dos
vertebrados, quanto aos aspectos gerais
QUAL A FUNÇÃO DA RAÇÃO?

Suprir as necessidades nutricionais

Maximizar o crescimento/engorda

Otimizar a remuneração do capital

Reduzir a eliminação de nitrogênio e fósforo


NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO
Rações
Ração Farelada

Ração em Pó

Ração Peletizada

Ração Extrusada

Ração Floculada

Ração em Pasta

Ração comercial?
Fabricação caseira?
PEIXES...
  exigência protéica  característica
marcante nos organismos aquáticos  ±
60 % do custo total de produção.
 O peixe pode ser considerado um
"gourmet" exigente, por solicitar um
nível dietário elevado e exigir uma
composição de aminoácidos específica
para promover o crescimento ótimo,
quando comparado aos animais
domésticos.
PEIXES...
 Baixa necessidade energética.
 Como animais pecilotérmicos, os peixes,
por despenderem pouca energia,
possuem baixa necessidade energética
para regular e manter a temperatura do
corpo. Gastam menos energia para
locomoção que os animais terrestres e
excretam os resíduos nitrogenados na
forma de amônia em lugar de uréia ou
ácido úrico, economizando no
catabolismo das proteínas.
As exigências nutricionais mudam com diversos
fatores

Condições
ambientais
Alimentação
natural

Alimentação
artificial
COMPORTAMENTO
ALIMENTAR
 se for possível observar os peixes diretamente no local
de origem, respirando ou alimentando-se
 observações para o estudo do comportamento de
alimentação e respiração dos peixes
 a alimentação tende a interromper os movimentos
respiratórios
 relatar como essas atividades interagem, e se estão
relacionadas com outro comportamento, se as
movimentações combinadas refletem o tipo de presa
ingerida e o habitat do peixe
 como se aproxima da presa - espera ou caça
 comem prontamente o alimento ou manipulam, possuem
hábitos diferentes
 quais as estruturas armazenadoras de alimento (bucal,
opercular, estômago, outras )
 a boca é protáctil, agarra a presa entre os dentes ou
engolfa
 qual o sentido que o peixe usa mais para detectar sua
presa
ESTRATÉGIAS ALIMENTARES
FUNDAMENTAIS ADOTADAS EM
CULTIVO DE PEIXES
 Sem uso de alimentos ou fertilizantes
exógenos
 Com substratos exógenos /ou uso de
fertilizantes
 Fornecimento de alimentos ou dietas
alimentares
 Utilização de dietas completas
MANEJO ALIMENTAR: para melhor
aproveitamento das rações
 amostragens periódicas dos organismos cultivados
(permitem cálculos de sobrevivência, ganho de peso)
 baseado nos incrementos de biomassa, no consumo e
na sobrevivência, monitorar as quantidades de ração a
ser fornecida.
 ofertar a ração nos horários em que as espécies
apresentam comportamento de procura, geralmente de
manhã, ao entardecer ou à noite. De preferência
sempre nos mesmos horários.
 melhores taxas de conversão alimentar são obtidas
quando o alimento diário é dividido em menores
porções, e ofertados aos animais ao longo do dia nos
horários preferidos.
 suspensão temporária na oferta de alimento em casos
adversos de condições ambientais
 armazenar as rações em lugares adequados
DIGESTIBILIDADE DAS RAÇÕES –
Palestra da Dra.Lúcia E.C.Soarez, México – Simbraq 2004.

 Importância:
 Custos com alimentação
 Alimentos podem ser a principal fonte de
contaminação dos efluentes.
 Preço x qualidade:
 Alimentos mais caros podem ser melhor
formulados, melhor C.A. e custo/kg menor do
que um alimento mais barato.
REQUERIMENTOS
NUTRICIONAIS
 a dieta influencia o comportamento, a
integridade estrutural, a saúde em geral,
funções fisiológicas, reprodução e crescimento.
 onívoros e carnívoros possuem dieta natural
muito diferente, mas em situação de cativeiro,
ambos podem utilizar ingredientes similares,
porém em diferentes proporções.
 a maioria das dietas baseiam-se em
recomendações para trutas e salmões,
entretanto não se pode generalizar - pacu e
carpa  truta e salmão anatômica e
fisiologicamente como o suíno e o frango da
vaca e ovelha.
PROTEÍNAS
 importância: constituinte dos tecidos,
enzimas, hormônios
 influenciado por diversos fatores:
balanço energia/proteína, padrão de
aminoácidos da fonte, digestibilidade,
estado fisiológico, temperatura,
processos tecnológicos empregados na
dieta
 alto requerimento protéico em
organismos aquáticos ( 45 - 52 % em
salmonídeos, 70 % em juvenis de
Turbot)
Requerimento de algumas
espécies de peixes:
Espécie Exig. (%) Temp. (ºC) Nome vulgar
Brycon spp 35,6 - Matrinxã
Ctenopharyngodon idella 41 - 43 21 - 23 Carpa capim
Cyprinus carpio 38 23 Carpa
comum
Salmo gairdneri 40 - 45 9 - 12,5 Truta arco-iris
Ictalurus punctatus 35 - Catfish
Oncorhynchus nerka 45 10 Salmão
Colossoma macropomum 17 - 30 - Tambaqui
Piaractus mesopotâmicus 26 - pacu
Tilapia Zillii 35 - 40 20 - 25 tilápia
ENERGIA
 Importância - essencial para manutenção das rações
vitais
 no cultivo intensivo os peixes possuem uma rapidíssima
taxa de crescimento. Ex.: um salmão aumenta 2.500
vezes o seu peso no período de engorda - alevino ao
abate equivale a um novilho pesar 112t no término de
seu período de engorda
 assim são empregadas dietas com alta densidade
energética crecimento
 são animais pecilotérmicos, além de despenderem pouca
energia para locomoção
 os peixes são mais eficientes na conversão alimentar que
outras spp de cultivo industrial (gastam 20 % do
alimento consumido para fins homeostáticos).
CARBOIDRATOS
 são pouco aproveitados: podem inclusive ter efeito
prejudicial - ex. os peixes carnívoros são “diabéticos
marginais” = produz deposições patogênicas de
glicogênio no fígado
 na confecção comercial de dietas se tenta incorporar
amidos, porque são mais baratos = “economizar” a
proteína da dieta como energia
 peixes de águas doces tropicais utilizam níveis muito
mais altos de carboidratos dietários que os de „‟águas
frias e os marinhos (herbívoros - 40 %, onívoros - até
20 %, carnívoros - 10 %)
 (ensaios testando = glicose, maltose, sacarose, lactose,
amido de milho*, dextrina* e incorporação de cromo e
vanádio)
 a fibra constitui a maior fração dos carboidratos
(celulose, hemicelulose e lignina) - alguns peixes
herbívoros  bactérias
Problemas do fígado
Problemas do fígado
LIPÍDIOS
 importância
 fazem parte de nutrientes essenciais (AGE)
 fonte concentrada de energia (barata)
 transportadores de nutrientes não gordurosos
 manutenção da estrutura e função da membrana celular
 devido à temperatura da água, em alimentação aquícola
os lipídios empregados são óleos, por sua temperatura
de fusão
 os lipídios incorporados nos tecidos dependem do
ingerido = espelham os contidos nos alimentos
consumidos
 a dieta natural dos peixes (plâncton, frutas,
invertebrados) contém grande quantidade de AGE
 como nos mamíferos, os peixes não podem sintetizar
ácidos graxos da série 3 (linolênico) e 6 (linoléico)
portanto, devem ser supridos na dieta
VITAMINAS
 importância
 complexo B  requeridas metabolização CH,
P, L
 lipossolúveis (A,D,K,E)  precussores de
moléculas
 Ác. Ascórbico  essencial Peixes,
Primatas, Cobaias
 Exigência em Vit.  não determinada
 Processamento  deterioração das
vitaminas
 Vit E  antioxidante, tilápia  salmão
 Vit C  anti-estressante
MINERAIS
 Manutenção dos processos
metabólicos
 Estrutura dos tecidos ósseos
 Regulação osmótica
 Sistema nervoso e endócrino
 Ca e P: macrominerais, maior
participação nas dietas
ALIMENTOS UZADOS EM
DIETAS DE PEIXES
 Gramíneas - feno e silagem
 Leguminosas - trevo, leucena, soja, amendoim
 Miscelânea de plantas - mandioca, sisal, folhas de café,
bananeira, folhas de mamão
 Frutas e vegetais
 Raízes e tubérculos - batata, mandioca, melaço, beterraba
 Cereais - milheto, arroz, trigo, milho, aveia, cevada, sorgo
 Sementes de oleaginosas e seus subprodutos - canola, algodão,
amendoim, girassol
 Alimentos de origem animal - farinha de sangue, farinha de
pena, vísceras hidrolisadas, farinha de peixe, farinha de carne,
farinha de carne e ossos, peixe cru, óleo de peixe, silagem de
peixe, subprodutos do leite, farinha de ossos, farinha de fígado
 Miscelânea de ingredientes - concentrados protéicos de folhas,
algas, subprodutos da cana, proteínas unicelulares, esterco

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