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Recomendações da Engenharia

FUNDAÇÕES

ESTACA FRANKI
VOL. 1
Estaca Franki

Data Revisão Observações


14/12/2012 00

Elaboração: Andréia Nince e Ivan Grandis – IGR Engenharia


Análise Crítica:

Aprovação: Nelson Tadashi

Observações:

• Dispensa assinatura.
Estaca Franki

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5
2 VANTAGENS E DESVANTAGENS NA ESCOLHA DE UMA ESTACA FRANKI ................................ 6
3 TIPOS DE ESTACA FRANKI ................................................................................................ 7
4 CAPACIDADE DE CARGA ................................................................................................... 8
5 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS ..................................................................................... 9
6 DETALHES EXECUTIVOS ................................................................................................. 10
6.1 Equipe .................................................................................................................... 10
6.2 Locação das estacas ................................................................................................ 10
6.3 Marcação da altura da bucha .................................................................................... 10
6.4 Cravação do Tubo ................................................................................................... 13
6.5 Expulsão da bucha .................................................................................................. 19
6.6 Execução da Base.................................................................................................... 19
6.7 Armadura ............................................................................................................... 24
6.8 Concretagem do fuste .............................................................................................. 26
6.9 Preparo da cabeça e ligação com o bloco de coroamento ............................................ 34
7 CONTROLE DE REGISTRO ............................................................................................... 35
8 CONTROLE DINÂMICO .................................................................................................... 36
9 PROVA DE CARGA .......................................................................................................... 37
10 ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS ................................................................................ 37
10.1 Concreto da Base Alargada....................................................................................... 37
10.2 Concreto do fuste apiloado ou vibrado ...................................................................... 38
10.3 Aço ........................................................................................................................ 38
11 NÃO CONFORMIDADES E AÇÕES CORRETIVAS ............................................................. 38
ANEXO ................................................................................................................................ 40

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – DADOS PARA PROJETO. ................................................................................................ 8


TABELA 2 – PESOS E DIÂMETROS DOS PILÕES ................................................................................. 13
TABELA 3 – VOLUME DA BASE (LITROS DE CONCRETO) ...................................................................... 20

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 –SEQÜÊNCIA DE EXECUÇÃO. ............................................................................................ 5


FIGURA 2 – TIPOS DE ESTACAS FRANKI. .......................................................................................... 7
FIGURA 3 - MOVIMENTAÇÃO DE EQUIPAMENTO. - ............................................................................. 11
FIGURA 4 – PREPARANDO E COLOCANDO A BUCHA. ........................................................................... 12
FIGURA 5 – FIRMANDO A BUCHA E CRAVANDO O TUBO. ..................................................................... 12
FIGURA 6 – RECOMPOSIÇÃO DA BUCHA.......................................................................................... 12
FIGURA 7 – TIRANDO AS NEGAS DO TUBO. ..................................................................................... 14
FIGURA 8 – APÓS TIRAR AS NEGAS, EXPULSÃO DA BUCHA. .................................................................. 15
FIGURA 9 – USO DE ANEL PERDIDO. ............................................................................................. 16
FIGURA 10 – USO DE TRÉPANO. .................................................................................................. 17
FIGURA 11 – EXEMPLO DE UM DIAGRAMA DE CRAVAÇÃO..................................................................... 18
FIGURA 12 – BASE ALARGADA. .................................................................................................... 20
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FIGURA 13 – ESTACA APOIADA EM ROCHA. ..................................................................................... 21


FIGURA 14 – ESPAÇAMENTO ENTRE ESTACAS. ................................................................................. 22
FIGURA 15 – DISTRIBUIÇÃO DAS ESTACAS NO BLOCO. ....................................................................... 23
FIGURA 16 – DETALHE DA ARMAÇÃO............................................................................................. 25
FIGURA 17 – DESCENDO A ARMAÇÃO. ........................................................................................... 25
FIGURA 18 – ANCORANDO A ARMAÇÃO NA BASE ............................................................................... 25
FIGURA 19 – ESTACAS PARA ESFORÇOS DE TRAÇÃO. ......................................................................... 26
FIGURA 20 – DETALHE DA CONCRETAGEM DO FUSTE. ........................................................................ 27
FIGURA 21 – CONCRETAGEM DO FUSTE. ........................................................................................ 28
FIGURA 22 – DETALHE DO CABO DE CONTROLE DA ARMAÇÃO. ............................................................. 29
FIGURA 23 – CARACTERÍSTICAS DO PILÃO. ..................................................................................... 30
FIGURA 24 – EXEMPLOS DE DANOS NO TUBO. ................................................................................. 31
FIGURA 25 – CARACTERÍSTICAS DO TUBO TIPO FRANKI. .................................................................... 32
FIGURA 26 – DETALHES DE SECCIONAMENTO DOS TUBOS. .................................................................. 33
FIGURA 27 – LIMPEZA DA CABEÇA DA ESTACA FRANKI. ...................................................................... 34
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1 INTRODUÇÃO

A estaca Franki foi inventada por Edgard Frankignoul, com patente


requerida em julho de 1909 na Bélgica.
A NBR 6122-2010 Anexo H descreve que elas são executadas através da
cravação de um tubo de ponta fechada por meio de sucessivos golpes de
um pilão em uma bucha seca de pedra e areia aderida ao tubo.
Atingida a cota de apoio, procede-se a expulsão da bucha, a execução
de base alargada, a instalação da armadura e a execução do fuste de
concreto apiloado com a simultânea retirada do revestimento.
A execução da estaca pode apresentar alternativas executivas em
relação aos procedimentos da estaca padrão como, por exemplo:
perfuração interna (denominado “cravação à tração”), fuste pré-
moldado, fuste encamisado com tubo metálico perdido, fuste executado
com concreto plástico vibrado ou sem execução de base alargada.

Figura 1 – Seqüência de execução.

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2 VANTAGENS E DESVANTAGENS NA ESCOLHA DE UMA


ESTACA FRANKI

Vantagens:
 Elevada capacidade de carga (40-230 tf), mesmo para
comprimentos curtos de 3,0 m ou menos; o fato de a estaca
contar com um bulbo cujo volume pode ser aumentado contribui
para o excelente desempenho de estacas curtas. No “jargão” de
estacas Franki, uma estaca com menos de 3,0 m de fuste recebe
a denominação de “estaca injetada”;
 Pode ser executada a profundidades de 3 a 30m;
 Recalques reduzidos sendo que em provas de carga o recalque
raramente ultrapassa 5 mm;
 Confiabilidade executiva principalmente devido ao controle da
movimentação da armadura;
 Possibilidade de atravessar terreno com matacões de dimensões
reduzidas (digamos com diâmetro médio inferior a 25 cm). Nestas
condições o peso do pilão “abre caminho” para atingir cotas mais
baixas. Também há a possibilidade de se utilizar uma peça
denominada trépano (Figura 10) em que o pilão é dotado de uma
cruzeta ou reforço na ponta, o que possibilita eliminar
interferências que não seriam ultrapassáveis por outros tipos de
estaca.
Desvantagens:
 Elevado nível de vibração e barulho prejudicando vizinhos;
 Elevado custo de mão de obra necessitando de dez a quinze
homens para sua execução;
 Baixa produtividade média podendo-se estimar cerca de 20 m a
30 m por dia por bate-estacas;
 Necessidade de equipamentos, utensílios e acessórios pesados e
muito custosos;
 Estaca contra-indicada para atravessar camadas de solos muito
moles ou muito duros incompressíveis. No caso de terrenos muito
moles, a falta de confinamento lateral traz o risco de interrupção
do fuste ou a estaca forma um “joelho” por falta de suporte
lateral. Para terrenos muito duros saturados incompressíveis, há a
tendência de as operações causarem o levantamento (também
denominado de “empolamento”) de todo o terreno vizinho.
Quando isto ocorre, pode se tornar imperativa a necessidade de
pré-prefuração do comprimento do fuste ou a cravação estática
do tubo reagindo contra o peso da máquina, situação em que a
estaca recebe a denominação de “estaca a tração”.
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Estaca Franki

 A mobilização e desmobilização dos equipamentos, utensílios e


ferramentas é difícil e o acesso a terrenos irregulares estreitos é
quase impossível sem uso de guindaste externo. São necessárias
no mínimo duas carretas para bate estacas com torre até 17 m
(uma prancha alta, uma prancha baixa extensível mais um
caminhão trucado ou traçado). Para máquinas maiores há
necessidade de mais carretas.

3 TIPOS DE ESTACA FRANKI

 Estacas tubadas em que um tubo perdido é inserido no interior do


tubo e é concretado após ancoragem na base;
 Estacas com fuste pré-moldado em que uma estaca pré-moldada
é ancorada na base;
 Estacas inclinadas com até 20° ou 25° medidos com a vertical;
 Estacas com fuste vibrado em que a concretagem é feita
acoplando-se um vibrador à cabeça do tubo e lançando-se
concreto plástico no interior do tubo;
 Estacas cravadas à tração em que o tubo é cravado estaticamente
com os ganchos da mufla voltados para baixo (vide detalhes e
fotos do tubo e dos ganchos da mufla).

PADRÃO MISTA TUBADA

Figura 2 – Tipos de estacas Franki.

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Estaca Franki

4 CAPACIDADE DE CARGA

No dimensionamento utiliza-se uma tensão admissível de 60 kgf/cm².


Os diâmetros mais usuais são: 350 mm; 400 mm; 520 mm e 600 mm,
porém excepcionalmente utilizam-se os diâmetros 300 mm; 450 mm;
700 mm. A Tabela 1 apresenta as características dos vários diâmetros.
Vale ressaltar que o diâmetro de 300 mm apresenta restrição de
profundidade de até 15 m e o de diâmetro 700 mm está fora de linha da
maioria das empresas nacionais.
As seções das estacas apresentados na Tabela 1 são para os diâmetros
externos característicos dos tubos de cravação. O diâmetro acabado de
uma estaca Franki pode ser consideravelmente maior que os valores
nominais acima.
Todas as cargas da Tabela 1 acima são para condições usuais de estaca,
podendo ser aumentadas dependendo do terreno e do comprimento da
estaca.
Os consumos dos agregados e cimentos da Tabela 1 são médios,
ocorrendo situações em que pode aumentar consideravelmente, como
por exemplo, em solo mole plástico no trajeto do fuste.

Tabela 1 – Dados para projeto.

Símbolo
Designação Valores
Unidade
Diâmetro ø (mm) 300 350 400 450 520 600 700
2
Seção A (cm ) 709 962 1257 1590 2124 2827 3848
Volume/m V (m3) 0,07 0,10 0,13 0,16 0,22 0,29 0,39
Perímetro U (cm) 94 110 126 141 163 188 220
Momento de inércia I (cm4) 39761 73662 125664 201289 358908 636172 1178588
3
Momento resistente W (cm ) 2651 4209 5283 8946 13804 21206 33674
Distância entre eixos e (m) 1,00 1,20 1,30 1,40 1,50 1,70 2,00
Distância divisa d (m) 0,70 0,80 0,90 0,90 0,90
Comprimento máximo L (m) 15 18 23 27 40 40 40
Carga usual N (KN) 450 650 850 1100 1500 1950 2600
Armadura mínima CA-50A 4ø12,5 4ø12,5 4ø16 4ø16 4ø20 4ø22 4ø25
Carga máxíma N' (KN) 800 1200 1600 2000 2600 3100 4500
Armadura mínima CA-50A 6ø16 8ø20 8ø20 8ø22,5 8ø25 8ø25 6ø32
Carga a tração T (KN) 100 150 200 250 300 400 500
Força horizontal V (KN) 20 30 40 60 80 100 150
Estribos 1/4" CA-25 kg/m 1,30 1,50 1,70 1,80 2,00 2,30 2,70
Estribos 3/16" CA-25 kg/m 0,10 0,11
Arame (recozido) kg/m 0,09 0,10 0,12 0,13 0,15 0,20 0,25
Cimento (1saco - 50 kg) sc/m 0,50 0,70 1,00 1,25 1,50 2,00 3,00
Agregado graúdo m3/m 0,07 0,10 0,13 0,16 0,22 0,30 0,40
3
Agregado miúdo m /m 0,05 0,06 0,08 0,11 0,14 0,19 0,26

A armadura longitudinal citada na Tabela 1 depende do tipo de terreno e da


natureza das cargas. A armadura do fuste pode ser em aço Ca 25 ou CA 50.

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Todavia a armadura da ponta (“cesta” ou “cruzeta”) deve ser em aço CA 25


com a mesma bitola. Os estribos podem ser em aço CA 25, CA 50 ou CA 60.
Como são ponteados na armadura por solda, recomenda-se o aço CA 25.

5 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

1) Bate- estacas - é constituído por plataforma, motor, guincho e


torre. Além disso, são fundamentais os cabos que são enrolados e
desenrolados em várias voltas dos tambores dos guinchos.
Há também tambores - o primeiro tambor é para o pilão, o
segundo é para a “mufla” (necessária para sacar o tubo por
“tração”). Exemplo: para um tambor de mufla de 10 tf (bate
estacas pequeno), a mufla tem capacidade para aplicar 80 tf ou
mais de esforço de arrancamento no tubo à orelha de
arrancamento, prendendo o tubo.
E o terceiro tambor é para as demais operações (manejo da
caçamba com a função de levar o concreto até a boca do tubo;
movimentação (“ripagem”) da máquina; e funções auxiliares como
manejo da armadura, deslocamento dos pranchões de madeira,
deslocamento do pranchão de concretagem e da betoneira, etc).
Máquinas maiores têm o recurso de um quarto tambor.
2) Dois tubos denominados rolos - sobre os quais se assentam os
mancais da base da máquina. Há também equipamentos
hidráulicos que se assentam sobre base móvel que possibilita girar
e transladar a máquina.
3) Tubos metálicos - sendo um para cada diâmetro de estaca.
4) Pilões - um para cada diâmetro da estaca.
5) Caçamba de concretagem - uma para cada diâmetro de estaca.
6) Máquina de solda elétrica.
7) Betoneira com carregador basculante - com capacidade de no
mínimo 320 litros. Para estacas de maior diâmetro ou
profundidade podem ser necessárias betoneiras de 500 litros.
8) Pranchões de madeira - para apoio da máquina sobre o solo
(geralmente peroba ou madeira de lei para resistir a trabalho
pesado).
9) Carrinhos de mão de pneus de dosagem do concreto atrás da
betoneira e de transporte do concreto desde a betoneira até a
caçamba de concreto.
10) Pranchão de concretagem e de preparo da bucha - (“bolacha”-
chapa de aço de 3,0 m x 3,0 m dotada de alças para translado).

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11) Eventualmente um “dumper” - motorizado para transporte do


concreto da betoneira até o pranchão de concretagem ou
“bolacha”.

6 DETALHES EXECUTIVOS

6.1 Equipe

A equipe é constituída por no mínimo 10 pessoas divididas em:


 01 chefe de máquina (supervisor);
 02 maquinistas que operam o motor e o guincho;
 01 ou 02 piloneiros que sobem na torre e controlam toda a
execução da estaca e também manejam a abertura de caçamba
na concretagem;
 01 ou 02 armadores que preparam a armadura soldada;
 05 ou 06 auxiliares que ajudam a movimentar a máquina, a
preparar o concreto na betoneira, a carregar as caçambas com
concreto e outros serviços. Esses auxiliares também são
conhecidos como “pés de máquina”.

6.2 Locação das estacas

É feita a partir de marcações topográficas por fios e gabaritos de


madeira. Um fio de prumo é descido desde o cruzamento de dois fios
concorrentes até o centro do pilar, o que deve ser feito pela planta do
projeto estrutural para evitar erros. A partir deste centro são marcadas
as estacas.

6.3 Marcação da altura da bucha

A primeira providência a ser tomada é a marcação com giz da altura da


bucha, o que é feito por um especialista denominado “piloneiro”.
O comprimento da marcação no cabo é de cerca de 10 cm e esta marca
deve estar visível durante toda a operação de cravação do tubo no solo.
A bucha não deve sair durante toda a cravação do tubo. Todavia,
quando a bucha sair durante a cravação, a mesma deve ser
realimentada, o que é controlado pela marca de giz. A bucha deve ser
impermeável à entrada de água. Ela receberá os golpes do pilão e
arrastará o tubo para dentro do solo até a cota de ponta prevista para a
estaca.

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Figura 3 - Movimentação de equipamento. -

Na Figura 3 a peça denominada “raquete” é posicionada em um dos dois


rolos e um cabo é tracionado deslocando a máquina. Lateralmente a
máquina é deslocada por um sistema de roldanas horizontais que a
transladam sobre os mancais. O apoio da base sobre os rolos é feito por
quatro mancais. Há equipamentos com mobilidade hidráulica em que a
máquina é transladada sobre uma base.

A bucha é constituída de areia e brita, mas pode também ser composta


de entulho de construção. A altura adequada da bucha depende muito
da natureza do terreno. Buchas muito espessas (> 2 vezes o diâmetro do
tubo) são difíceis de expulsar ao final da cravação do tubo. Buchas pouco
espessas (< 1,5 o diâmetro do tubo) tendem a sair durante a cravação
do tubo.

Uma regra básica é a adoção de buchas com altura de 1,5 a 2,0 vezes o
diâmetro do tubo.

O pilão deve ser mantido seco durante a cravação indicando que a bucha
não está sofrendo infiltração de água. Havendo entrada d’água o tubo
deve ser retirado e a operação de cravação reiniciada.

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Figura 4 – Preparando e colocando a bucha.

Na Figura 4 observa-se que a bucha é misturada na prancha de aço e em


seguida é elevada pela caçamba até o topo do tubo, onde é
paulatinamente descarregada e firmada com golpes do pilão pelo
piloneiro (Figura 4 e Figura 5).

Figura 5 – Firmando a bucha e cravando o Figura 6 – Recomposição da bucha.


Tubo.

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Após a bucha estar firme, o tubo vai sendo cravado com sucessivos
golpes do pilão, que vai sendo levantado até uma altura padrão de 6,0 m
a 8,0 m (Figura 5).

Quando há perda de bucha o piloneiro descarrega mais brita


recompondo a bucha seca cuja posição é controlada a partir de marca no
cabo do pilão pelo piloneiro, a partir da torre. O piloneiro trabalha com
EPI, para evitar queda e manter a sua segurança (Figura 6).

6.4 Cravação do Tubo

O tubo é arrastado para baixo em uma operação denominada cravação.


A Tabela 2 apresenta os pesos dos pilões conforme NBR 6122/2010.
Não se deve cravar o tubo com mais de 8,0 m de altura de queda,
podendo atingir excepcionalmente 12 m nos casos de camada
intermediária (passagem) muito dura, porém há enorme nível de
vibração, possibilidade de danificar o tubo e principalmente de
levantamento do terreno onde estão implantadas as estacas vizinhas.

Tabela 2 – Pesos e diâmetros dos pilões


Diâmetro Pilão
estaca Peso Diâmetro
(mm) (KN) (mm)
300 10 180
350 15 180
400 20 250
450 25 280
520 28 310
600 30 380
700 34 430

Para atravessar terrenos muito duros ou compactos pode ser necessário:

1) o pré-furo através de perfuratrizes à parte ou;


2) empregando piteira de estacas Strauss pré- perfurando o terreno.

Toda operação de cravação deve ser rigorosamente acompanhada e


registrada, uma vez que é parte do controle de qualidade e de carga das
estacas. Em situações normais é preparado, a cada 10% das estacas, o
denominado diagrama de cravação do tubo, mas há situações em que se
pode solicitar o diagrama estaca por estaca, principalmente no início da
obra para estabelecimento dos critérios de cravação pelo projetista ou
consultor. Faz-se uma marca de giz a cada 50 cm no tubo e registra-se o
número de golpes para penetração deste valor. Ao final de cada
cravação do tubo é necessária a medida da “nega do tubo”.

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Estaca Franki

A nega de cravação do tubo é a medida de penetração do tubo no


terreno sob aplicação de energia padrão por golpe do pilão. São obtidas
duas negas sucessivas, conforme NBR 6122/2010, sendo a primeira com
10 golpes do pilão com altura de queda de 1,0 m e a segunda de um só
golpe com altura de queda de 5,0 m (Figura 7).

Figura 7 – Tirando as negas do tubo.

Os valores usuais ou típicos de nega são:

1) S5-S1< 10 mm;
2) S5< 14 mm.

Este dado normalmente é fornecido pela consultoria da obra. É


importante notar que se a bucha não estiver adequadamente aderida ao
tubo, todas as negas serão “falsas”. Portanto a bucha deve estar sempre
firme.

Até a obtenção das negas o tubo que é levado para dentro do solo
inteiramente livre, deve ser preso à máquina através dos dois cabos

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Estaca Franki

laterais que são acoplados a duas “orelhas” do topo do tubo, como pode
ser visto na Figura 8.

Figura 8 – Após tirar as negas, expulsão da bucha.

Em geral são necessárias de 2 a 4 caçambas cujo volume varia de


diâmetro para diâmetro.

Uma dificuldade na injeção de concreto indica solo excepcionalmente


resistente ou mesmo rocha.

Uma facilidade excessiva indica que a estaca deveria ter sido mais
aprofundada e/ou o valor da nega foi insuficiente.

Outro recurso utilizado para diminuir o atrito e facilitar a introdução do


tubo é através do anel perdido, como mostrado na Figura 9. Para
penetração através de terrenos muito duros ou com matacões pode-se
utilizar o trépano como mostrado na Figura 10.

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Figura 9 – Uso de anel perdido.

Em cravações normais e para uma altura de queda de 6 m, o critério


prático para parar uma cravação é o seguinte:

 32 golpes/50 cm de penetração para tubo de diâmetro 600 mm;


 30 golpes/50 cm de penetração para tubo de diâmetro 520 mm;
 28 golpes/50 cm de penetração para tubo de diâmetro 400 mm.

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O diagrama de cravação (Figura 11) é feito marcando com giz um traço


a cada 0,5 m de comprimento de tubo e anotando-se o número de
golpes para penetração de cada 0,5 m deste tubo.

Figura 10 – Uso de Trépano.

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Figura 11 – Exemplo de um diagrama de cravação.

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6.5 Expulsão da bucha

Concluída a cravação e medida a nega do tubo, inicia-se a expulsão da


bucha que serviu para a cravação (Figura 8). Os cabos de reversão do
bate- estacas são presos ao tubo fixando-o e a bucha vai sendo expulsa
com golpes do pilão. Para facilitar a saída o tubo vai sendo levantado aos
poucos, até cerca de 20 cm.

A altura do pilão deve ficar entre 3,0 m e 5,0 m. A saída da bucha vai
sendo acompanhada pela descida da marca de giz no cabo do pilão
acima descrito. Deve-se deixar pelo menos 20 cm de bucha para então
começar a executar a base. Buchas difíceis de sair são aquelas muito
altas, como mencionado no 5º parágrafo do item 7.3.

6.6 Execução da Base

Uma vez atingida a profundidade adequada, inicia-se a operação de


abertura da base. O tubo é preso nos cabos de extração para que não
desça durante o apiloamento da expulsão da bucha de pedra e areia.

Quando a bucha está quase totalmente expulsa, introduz-se no tubo


pequenas quantidades (uma caçamba) de concreto da base, iniciando-se
então a operação de abertura da base.

A principal característica da estaca Franki é permitir o alargamento da


base, o que aumenta consideravelmente a capacidade de carga da
estaca ou reciprocamente, permite obter uma mesma capacidade de
carga com profundidade menor em relação a uma estaca que não tenha
a base alargada.

A abertura da base vem logo depois da expulsão da bucha. O material


introduzido é um concreto que se diferencia do concreto do fuste por ser
muito mais seco. Toma 8 litros de água por saco de cimento (fator a/c=
0,16). Para segurança contra entrada de água ou solo, mantém-se
dentro do tubo uma altura denominada “rolha” maior que 20 cm. Após
introdução da primeira caçamba do concreto da base esta altura pode
ser reduzida a até próximo de 0,00.

Este acréscimo de capacidade de carga resulta do aumento da seção da


estaca, bem como de uma melhoria das características mecânicas do
solo fortemente compactado em torno da base.

O aumento da seção da estaca é dado pelo volume de concreto injetado


na base, conforme Tabela 3 e Figura 12.

O piloneiro controla a marca de giz para que haja sempre uma altura de
concreto no tubo, o que evita a entrada de solo e água. Um sinal de que
a base está boa/adequada é quando o tubo começa a subir, após a
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Estaca Franki

injeção de certo número de caçambas na base, indicando que o terreno


não “aceita” mais concreto. O som dos golpes torna-se metálico
indicando base firme.

Tabela 3 – Volume da base (litros de concreto)

Estacas ø f
Base
300 350 400 450 520 600 700
Minima 90 90 180 270 300 450 600
Normal 90 180 270 360 450 600 750
Usual 180 270 360 450 600 750 900
Especial 270 360 450 600 750 900 1050

Volume da Área da Diâmetro


da base ø
Base (L) base (m2) (m)
90 0,212 0,52
150 0,292 0,61
180 0,332 0,65
270 0,43 0,74
300 0,478 0,78
360 0,528 0,82
450 0,608 0,88
540 0,694 0,94
600 0,739 0,97
630 0,785 1
Figura 12 – Base alargada. 750 0,866 1,05
900 0,985 1,12
1050 1,112 1,19
Injetado Compactado

Em geral são necessárias de 2 a 4 caçambas cujo volume varia de


diâmetro para diâmetro. Uma dificuldade na injeção de concreto indica
solo excepcionalmente resistente ou mesmo rocha. Uma facilidade
excessiva indica que a estaca deveria ter sido mais aprofundada e/ou o
valor da nega foi insuficiente.

A base deve ser executada, aplicando golpes do pilão com uma energia
padrão em geral de 19,5 tf*m. A estaca só é considerada com base
alargada quando os últimos 150 litros de concreto lançados na base
sejam golpeados com energia mínima de 250 tf*m para estaca com
diâmetro ≥ a 450 mm e com energia mínima de 500 tf*m para estacas
com diâmetro maior, conforme NBR 6122/2010.

Nestas circunstâncias verifica-se que os números mínimos de golpes na


energia padrão de 19,5 tf*m variam de 13 a 26 golpes, dependendo do

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Estaca Franki

peso do pilão. A altura de queda deve ser fixada para se ter a energia de
19,5 tf*m.

Por exemplo, com um pilão de 3.400 kg, usado rotineiramente nas


estacas de diâmetro 520 mm, a altura de queda é de 6 metros,
totalizando uma energia por golpe de 20,4 tf*m. O número mínimo de
golpes para os últimos 150 litros é de 25 golpes.

Se por exemplo, o volume total do bulbo após os últimos 150 litros for de
300 litros. Do exame do gráfico do Anexo, verifica-se que para uma
carga de 130 tf o número de golpes (nf) para os últimos 150 litros não
pode ser inferior a nf>=26* 150/150* 19,5/20,4= 25 golpes.

Se o volume total for de 150 litros tem-se: nf>=42,5* 150/150*


19,5/20,4= 41 golpes.

Se fosse 200 litros teríamos: nf>=35* 150/150* 19,5/20,4= 34 golpes.

As caçambas devem ser de 150 litros para tubos de 600 mm, de 120
litros para tubos de 520 mm e de 75 litros para tubos de 400 mm ou 450
mm.

Nas bases sobre terrenos resistentes ou rocha, após atingi-lo o tubo é


levantado cerca de 10 cm para possibilitar a expulsão da bucha. Expulsa
a bucha executa-se a base com sucessivos levantamentos reduzidos do
tubo. Nestas condições a base pode assumir o formato alongado
semelhante ao de uma cenoura; na Figura 13 são apresentados detalhes
de estacas apoiadas sobre rocha.

Figura 13 – Estaca apoiada em rocha.

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Estaca Franki

A Figura 14 ilustra a distância entre estacas que é fixada como um valor


básico de 3 diâmetros, mas os valores são arredondados como se pode
observar. A Figura 15 apresenta as disposições das estacas nos blocos
mais utilizados.

Figura 14 – Espaçamento entre estacas.

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Figura 15 – Distribuição das estacas no bloco.

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6.7 Armadura

A armadura longitudinal pode ser melhor distribuída ao longo do fuste da


estaca de maneira a cobrir os diagramas de esforços atuantes.
A estaca Franki necessita de, no mínimo, 4 barras longitudinais para
permitir o controle da concretagem do fuste da estaca (Figura 16).
O diâmetro das barras depende fundamentalmente do tipo do terreno,
bem como da maneira de como o fuste é concretado. O número máximo
de barras é limitado pelo diâmetro e pelas condições de concretagem das
estacas (Tabela 1).
Na armadura longitudinal pode ser utilizado qualquer tipo de aço, sendo
que a armadura de pé deverá ser sempre em aço CA-25, bem como a
espira horizontal, devido à natureza peculiar de execução de estaca.
A espira é amarrada e soldada nas barras longitudinais, conforme Figura
16. Em um trecho de 3,00 m abaixo da cota de arrasamento a espira não
pode ser soldada, ficando apenas amarrada.

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Figura 16 – Detalhe da armação.

Figura 18 – Ancorando a armação na base

Figura 17 – Descendo a armação.

A armadura deve ser reforçada em caso de:


1) Cravação através de solos moles para evitar encurtamento
excessivo da armadura, o que poderia levar a um
“embarrigamento” do fuste e interrupção da estaca.
2) Em caso de estacas cravadas em terreno que apresenta
levantamento.
3) Imposições especiais de projeto.
4) Estacas para esforços de tração (Figura 19).

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Estaca Franki

Figura 19 – Estacas para esforços de tração.

6.8 Concretagem do fuste

A concretagem do fuste (Figura 20 e Figura 21) é uma sequência de


operações subsequente à ancoragem da armadura na base. O concreto é
içado até a boca do tubo por meio de caçamba padrão e lançado de uma
só vez. Simultaneamente ao lançamento do concreto, levanta-se o pilão
que está apoiado na camada de concreto anteriormente lançado. Após o
lançamento da nova camada de concreto o pilão é vagarosamente
abaixado e apoiado sobre o novo concreto, mantendo seu cabo
tensionado.
Em seguida é puxado o tubo de acordo com os seguintes valores:
 tubo com diâmetro de 400 m - puxar 45 cm;
 tubo com diâmetro de 520 mm - puxar 40 cm;
 tubo com diâmetro de 600 mm - puxar 35 cm.
Depois o concreto é apiloado com 3 golpes de pilão a uma altura de
queda de 1,0 m.

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Figura 20 – Detalhe da concretagem do fuste.

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Figura 21 – Concretagem do fuste.

As situações que mais apresentam problemas na concretagem são:


1) pontas das estacas situadas em areias grossas compactas muito
aqüíferas. Há situações em que a pressão d’água tende a levantar
o tubo;
2) ocorrência de argilas moles entre camadas muito resistentes;
3) presença de veios ou bolsões de solos muito permeáveis em
camadas de argila;
4) aterros superficiais assentes sobre camadas de argilas moles;
5) camadas muito espessas de argila muito mole (cinco metros ou
mais).
Durante a concretagem é essencial o controle de movimentação da
armadura para garantir a ancoragem da base e integridade do fuste. Isto
é feito junto à base da torre através de um cabo metálico que é
conectado ao topo da armadura como indicado na Figura 22.

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Figura 22 – Detalhe do cabo de controle da armação.

A Figura 23 apresenta os detalhes dos pilões padronizados. Em particular


as pontas dos pilões não podem estar desgastadas ou ponteagudas. Por
esta razão, frequentemente é necessária a sua reformatação através de
preenchimento através de eletrodo especial de solda elétrica.

Os esmerilhões são fundamentais para a preservação dos cabos


permitindo o pilão girar sem torcê-los.
Os tubos Franki usualmente são sem costura. Os seus 2,0m inferiores
são mais solicitados e reforçados.
A espessura mínima do corpo do tubo deve ser:
 1” polegada para tubos de diâmetro 520 mm e 600 mm;
 7/8” de polegada para tubos de 400 mm e 450 mm.

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Figura 23 – Características do pilão.

Quando estão empenados os tubos devem ser corrigidos aplicando-se


calor para trazê-los à posição linear. A Figura 24 ilustra os danos mais
freqüentes a tubos que devem estar sempre retilíneos e não ovalados,
com ponta esgarçadas, orelhas gastas etc.

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Figura 24 – Exemplos de danos no tubo.

Na Figura 25 são apresentadas as características do tubo tipo Franki e na


Figura 26 são ilustrados os tipos de rupturas que ocorrem nos tubos.
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Figura 25 – Características do tubo tipo Franki.

Os cabos Franki são os seguintes:


 cabo de aço de pilão 01” de diâmetro;
 cabo de aço de mufla: 3/4” de diâmetro;
 cabos de caçamba, de serviço e de movimentação são iguais ao
de mufla;
 cabo de controle da armadura 3/16” de diâmetro.
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Figura 26 – Detalhes de seccionamento dos tubos.

A mufla é composta por uma série de roldanas móveis necessárias para


multiplicar o esforço de arrancamento do tubo. O comprimento total dos
cabos de mufla pode ultrapassar os 250 m.
Exceto o cabo de controle da armadura, todos os demais cabos são
sempre enrolados e desenrolados em tambores pertencentes ao guincho
da máquina.

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6.9 Preparo da cabeça e ligação com o bloco de coroamento

Na Figura 27 estão apresentados os detalhes de demolição da cabeça


das estacas. Todavia este processo foi modernizado podendo ser
utilizados marteletes leves, como recomendado pela NBR 6122/2010.

Figura 27 – Limpeza da cabeça da estaca Franki.

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No caso de estacas com concreto inadequado abaixo da cota de


arrasamento ou estacas cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento
prevista, deve-se fazer a demolição do comprimento e recompô-lo até a
cota de arrasamento. O material a ser utilizado na recomposição das
estacas deve apresentar resistência não inferior à do concreto da estaca
(NBR 6122/2010).
O topo da estaca, acima da cota de arrasamento, deve ser demolido. A
seção resultante deve ser plana e perpendicular ao eixo da estaca e a
operação de demolição deve ser executada de modo a não causar danos
(NBR 6122/2010).
Na demolição podem ser utilizados ponteiros ou marteletes leves -
potência ≤ 1 000 W - para seções de até 900 cm2. Para as estacas de
maior diâmetro pode-se empregar marteletes de maior potência -
potência >1 000 W - (NBR 6122/2010).
O acerto final do topo das estacas demolidas até a cota real de
arrasamento deve ser sempre efetuado com o uso de ponteiros ou
ferramenta de corte apropriada.

7 CONTROLE DE REGISTRO

A NBR 6122-2010 recomenda que a ficha de controle deve ser


preenchida diariamente para cada estaca, devendo constar as seguintes
informações:
a) identificação da obra e local, e nome do contratante e executor;
b) data da execução;
c) peso do tubo e do pilão;
d) identificação ou número da estaca;
e) diâmetro da estaca;
f) data da cravação e/ou recravação, quando houver;
g) características do pré-furo ou furo de alívio, quando houver;
h) comprimento cravado e útil da estaca;
i) nega para 10 golpes com altura de queda de 1,0 m;
j) nega para 1 golpe com altura de queda de 5,0 m;
k) registro do volume e energia da base;
l) volume de concreto para ancoragem da armadura na base;
m) levantamento da estaca e encurtamento da armadura;
n) diagrama de cravação em pelo menos 10 % das estacas, sendo
obrigatoriamente incluídas aquelas mais próximas aos furos de
sondagem;
o) especificações dos materiais e insumos utilizados;
p) traço do concreto utilizado;
q) observações e anormalidades de execução;
r) observações pertinentes.

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Estaca Franki

8 CONTROLE DINÂMICO

O controle dinâmico de cravação tem por objetivo garantir a


homogeneidade do estanqueamento através da observação do seu
compartamento. São realizados 2 contrles com a finalidade de
determinar a conclusão da cravação:
a) Energia mínima de cravação
Durante a cravação do tubo a maior ou menor resistência do solo ao
avanço é determinada pela energia mecânica dispensada na cravação
do tubo. Esta energia é dada pela expressão:
E=n.w.h
E = energia de cravação do tubo
n = número de golpes dados para a cravação de 50 cm do tubo
w = peso do pilão
h = altura de queda do pilão
Na obra obtém-se um diagrama chamado – Diagrama de Cravação,
onde é determinado o número de golpes (n) necessário à cravação
de 50 cm do tubo para um pilão (w) caindo de uma mesma altura
(h).
A cravação é concluída quando, atingida a profundidade prevista para
a estaca, se obtém, no mínimo em dois trechos consecutivos de 50
cm, a energia mínima.
b) Negas do tubo
Após a obtenção da energia mínima de cravação é realizado o
processo de confirmação das negas das estacas. Os valores máximos
são obtidos através da fórmula de Brix, processo mais adequado para
estacas moldadas in loco:

Para o Tubo: R t = 0,2[W2Ph/(W+P)2S]


Para a estaca: Re = 0,75R t [(0,3+0,6(A b /A t ))]
Onde:
R t – resistência do tubo;
W – peso do pilão;
P – peso do tubo;
H – altura de queda do pilão;
S – nega do tubo;
Re – carga útil;
A b – área da base
A t – área da seção do tubo

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9 PROVA DE CARGA

Pela NBR 6122/2010 é obrigatório a execução de prova de carga estática


em obras que tiverem um número de estacas Franki > 100, sempre no
início da obra. Além disso, a quantidade de provas de carga a ser
executada após 100 estacas é de no mínimo 1% do total de estacas,
arredondando sempre para mais.
Se forem empregadas tensões médias superiores a 7 MPa é necessário a
execução de prova de carga, independente do número total de estacas.
O desempenho de uma prova de carga é considerado satisfatório quando
forem verificadas simultaneamente:
a) Fator de segurança = 2, em relação a carga de ruptura obtida na
prova de carga ou por sua extrapolação. Se o valor não for obtido,
cabe ao projetista interpretar;
b) Recalque na carga de trabalho for admissível pela estrutura.
Para comprovação de desempenho as provas de carga podem ser
substituídas por ensaios dinâmicos na proporção de 5 ensaios dinâmicos
para cada prova de carga estática em obras que tenham número total de
estacas entre 100 e 200. Acima de 200 estacas é obrigatório pelo menos
uma prova de carga estática, conforme NBR 12131.
As provas de carga executadas exclusivamente para avaliação de
desempenho devem ser levadas até que se atinja pelo menos 1,6 vezes
a carga admissível ou até que se observe um deslocamento que
caracteriza ruptura.
Observação: Acima de 500 estacas a quantidade de ensaios de prova
de carga adicionais fica a critério do projetista.

10 ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

De acordo com o Anexo H da NBR 6122/2010, o concreto a ser utilizado


deve ter consumo de cimento ≥ 350 kg/m3 e fck > 20 MPa aos 28 dias,
conforme NBR 6118, NBR 5738 e NBR 5739.

10.1 Concreto da Base Alargada

 01 saco de cimento;
 90 litros de areia;
 80 litros de brita 1;
 60 litros de brita 2;
 08 litros de água (fator A/C= 0,16).

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10.2 Concreto do fuste apiloado ou vibrado

 01 saco de cimento;
 90 litros de areia
 80 litros de brita 1;
 60 litros de brita 2;
 18 litros de água (fator A/C= 0,36).

10.3 Aço

 Armadura do fuste: aço CA 25 ou CA 50.


 Armadura da ponta (“cesta” ou “cruzeta”): Aço CA 25 com a mesma
bitola.
 Estribos: Aço CA 25, aço CA 50 ou aço CA 60.

11 NÃO CONFORMIDADES E AÇÕES CORRETIVAS

Há uma tendência de se executar a estaca de uma cota superior àquela


final da obra, o que sempre causa grandes problemas de excentricidades
na obra.

Isto decorre do fato de ser muito difícil a descida do bate-estacas Franki


através de rampas estreitas muito íngremes. Portanto é necessário o
planejamento da operação da entrada e da retirada da máquina na obra.
Terrenos estreitos ou muito inclinados para baixo podem exigir o recurso
de guindaste operando da rua. Em casos mais graves esta situação pode
inviabilizar o emprego de estacas Franki.

Existem situações em que a cravação de uma estaca pode provocar o


levantamento significativo de estacas próximas. Essas situações ocorrem
em geral durante a execução de estacas através de camadas de solos
argilosos plástico, saturados com elevada resistência. Nestas condições o
solo ao ser deslocado durante a cravação do tubo, abertura de base e,
menos intensamente, na concretagem do fuste, tende a se expandir
causando o levantamento do terreno nas imediações da superfície do
terreno. Como conseqüência as estacas vizinhas são tracionadas para
cima pelo terreno em processo de expansão.

As medidas que se adotam para reduzir o levantamento a valores


toleráveis, em geral inferiores a cerca de 10 mm são as seguintes:

a) engastar a armadura do fuste no bulbo, conforme figura 12;


b) reforçar a armadura longitudinal para absorver os esforços de
tração;
c) não cravar estacas próximas (menos de seis diâmetros) de estacas
com menos de 24 horas de concretadas;

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d) cravar o tubo com ponta aberta, por processo denominado de


tração como indicado na figura 9. O tubo é cravado estaticamente
reagindo contra o peso da máquina;
e) deve-se procurar diminuir o volume da base, cuja execução será
vista adiante;
f) mudar o projeto aumentando a distância entre estacas e os blocos
de capeamento;
g) executar pré- perfuração parcial ou total do terreno.

A cravação de estacas através de camadas de solos muito moles


saturados também causa o deslocamento lateral das estacas, valendo a
recomendação de não se cravarem estacas próximas com menos de 24
horas de concretagem, preservando o espaçamento de pelo menos seis
diâmetros.

Nas estacas com diagrama de cravação é feito também um diagrama de


encurtamento da armadura de 0,5 m em 0,5 m.

Um encurtamento progressivo e uniforme da armadura significa que a


armadura longitudinal está insuficiente para o tipo de terreno. São
aceitáveis encurtamentos de até 1% do comprimento da armadura.

Estacas cravadas em que houve um encurtamento brusco e indesejado


devem ser reiniciadas e recravadas.

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ANEXO

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