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Aula 04

Conhecimentos Gerais I p/ SEE-BA (Todas as Especialidades de Professor)

Professor: Greisi Goulart

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais I para SEE-BA
Todas as especialidades de professor
Prof.ª Greisi Goulart
Aula 04

APRESENTAÇÃO DO TEMA

AULA 04

As diferentes correntes do pensamento


pedagógico brasileiro e as implicações na
organização do sistema de ensino.

Seja bem-vindo (a) à Aula 04 do Curso de Conhecimentos


Pedagógicos para SEE-BA, especialmente dedicado às diversas
especialidades do cargo de Professor Padrão P – Grau IA.

Não deixe de acompanhar as novidades no canal do


aluno, por meio das nossas respostas no fórum de dúvidas e
dos nossos possíveis recados gerais com dicas
complementares, até a data da prova.

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APRESENTAÇÃO DA AULA 04

Assim como ocorrerá com as demais aulas deste curso, esta aula possui
um formato predominantemente teórico, conceitual e analítico.

A aula 04 abordará o seguintes item constante no tópico “Conhecimentos


Gerais – Educação Brasileira: temas educacionais e pedagógicos”, que serão
exigidos para o cargo de Professor Padrão P – Grau IA:

“As diferentes correntes do pensamento


pedagógico brasileiro e as implicações na
organização do sistema de ensino.”

Organizamos esta aula de forma esquemática, com alguns tópicos de


destaque (itens e conceitos que consideramos mais relevantes) de modo a
facilitar o entendimento do assunto. Claro que, os temas que serão cobrados
na prova, da forma que foram elencados no Edital, são um tanto abstratos e
muito abrangentes, permitindo que a banca exija muitos conteúdos
relacionados.

Assim, seria impossível termos a pretensão de esgotar os temas


relacionados a este item, neste sentido, focaremos nos temas cuja intuição
indica como necessários à resolução das possíveis questões da prova
discursiva vindoura.

No estudo desta aula, é necessário que você mantenha a “mente aberta”,


pois entraremos num conteúdo teórico associado às ciências sociais e
humanas, onde nem sempre existem conceitos únicos, nem respostas únicas
aos problemas apresentados.

"Eu não acredito que você tem que ser melhor do que todos os
outros. Eu acredito que você tem que ser melhor do que você
jamais pensou que poderia ser."
Ken Venturi

Certamente você está melhor e mais preparado a cada dia. Estude e


acredite! Só depende de você!

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IMPORTANTE: Este curso não se trata de um curso integralmente


desenvolvido em videoaulas, pelo contrário, as videoaulas que poderão vir a
ser disponibilizadas servem como complemento às aulas escritas.

Observação importante: Além das aulas em PDF,


estaremos disponível para retirar dúvidas dos alunos
matriculados, por meio do fórum virtual, e, sempre que
entender necessário, disponibilizaremos materiais extras
aos matriculados, visando contribuir neste processo de
preparação para a prova.

Observação importante II: este curso é protegido por


direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98,
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei


e prejudicam os professores que elaboram os cursos.
Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos
honestamente através do site Estratégia Concursos.

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As diferentes correntes do
pensamento pedagógico brasileiro
e as implicações na organização do
sistema de ensino.

Nesta aula vamos estudar as correntes pedagógicas brasileiras, também


chamadas de tendências pedagógicas brasileiras, e suas implicações na
organização de nosso sistema de ensino. Vamos começar pelos pensamentos
para depois fazermos uma correlação com fatos históricos e seus reflexos para
nossa situação atual, ok?!

As diferentes correntes do pensamento


pedagógico brasileiro
As correntes de pesamento pedagógico, ou as tendências
pedagógicas como chamam alguns autores, podem ser classificadas em
dois grupos: as de cunho liberal – Pedagogia tradicional, pedagogia
renovada (progressivista e não-diretiva) e tecnicismo – e as de cunho
progressista – pedagogia libertadora, libertária e crítico-social dos
conteúdos. Naturalmente, como nos ensina Libâneo (2013), existem
outras correntes vinculadas a uma ou a outra dessas tendências. Mas,
como essas são as mais conhecidas e as mais cobradas em prova, vamos
nos focar nessas sete tendências.

Importante!

Por meio do conhecimento dessas tendências pedagógicas e de


seus pressupostos básicos, o professor passa a ter condições de avaliar
os fundamentos teóricos que utiliza em sua prática diária, bem como
capaz de tornar a ação educativa cada vez mais consciente sobre que
sociedade se deseja construir.

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AS CORRENTES PEDAGÓGICAS LIBERAIS

A pedagogia liberal acredita que a escola tem por função preparar


os alunos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as
aptidões de cada um. Desse modo, o indivíduo precisa adaptar-se aos
valores e normas da sociedade de classe, por meio do desenvolvimento
da cultura individual. A ênfase está no aspecto cultural e as diferenças
entre as classes sociais não são consideradas. Assim, embora a escola
passe a difundir ideias de igualdade de oportunidades, não considera a
desigualdade de condições.

1. CORRENTE LIBERAL TRADICIONAL

A tendência liberal tradicional caracteriza-se por enfatizar o ensino


humanístico, de cultura geral. Tem como objetivo a transmissão dos
padrões, normas e modelos dominantes. Para essa tendência, o indivíduo
é educado para assumir seu papel na sociedade por meio do seu próprio
esforço, mas as diferenças de classe social não são levadas em
consideração e na prática escolar não há preocupação em estabelecer
uma relação com o cotidiano do aluno.

Quanto aos pressupostos de aprendizagem, acredita que o ensino


consiste em repassar os conhecimentos para a criança e que acriança
tem a mesma capacidade de assimilação de um adulto, desconsiderando,
portanto, as características próprias de cada idade. A criança é vista
como um adulto em miniatura, apenas menos desenvolvida. Assim, os
conteúdos são separados da realidade social e da capacidade cognitiva
dos educandos, sendo colocados como verdade absoluta. O ensino é
centrado no professor, dono do conhecimento e da verdade.

Predomina, nessa corrente de pesamento a ênfase nos exercícios


repetitivos e de recapitulação da matéria, exigindo uma atitude receptiva
e mecânica do aluno. Os conteúdos são organizados pelo professor,
numa sequência lógica, e a avaliação é realizada por meio de provas
escritas e exercícios de casa.

A metodologia é baseada na memorização, havendo uma


aprendizagem mecânica, passiva e repetitiva. O material concreto é
mostrado, mas o aluno não lida diretamente com ele, não o repensa ou o
reelabora.

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De acordo com Libâneo (2013, p. 68) :

“A Didática tradicional tem resistido ao tempo, continua


prevalecendo na prática escolar. É comum nas nossas escolas atribuir-se
ao ensino a tarefa de mera transmissão de conhecimentos (...) expor
externamente a disciplina e usar castigos. Trata-se de uma prática
escolar que empobrece até as boas intenções da Pedagogia
Tradicional que pretendia, com seus métodos, a transmissão da cultura
geral, isto é, das grandes descobertas da humanidade, e a formação do
raciocínio, o treino da mente e da vontade.”

2. CORRENTE LIBERAL RENOVADA PROGRESSIVISTA

A corrente de pensamento liberal renovada, ou pragmatista,


acentua o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões
individuais.

A escola continua a preparar o aluno para assumir seu papel na


sociedade, porém já há uma preocupação com a auto-realização do
aluno. A tendência liberal renovada progressivista é focada no aluno e
acredita no “aprender a aprender” ou “aprender fazendo”. Valoriza as
tentativas experimentais, a pesquisa, o estudo do meio natural e social,
etc., levando em conta os interesses o aluno.

Assim, aprender passa a ser uma atividade de descoberta, sendo o


ambiente apenas um meio estimulador para a autoaprendizagem. O
aluno constrói seu conhecimento, de acordo com a fase de seu
desenvolvimento: o aluno retém aquilo que incorpora em suas atividades
e o que é incorporado passa a compor a estrutura cognitiva, sendo
utilizado em novas situações de aprendizagem. De acordo com Piaget,
trata-se da tomada de consciência.

Nesse sentido, a proposta metodológica dessa escola tem como


característica os experimentos e as pesquisas. O professor assume o
papel de elaborar situações desafiadoras da aprendizagem, deixando de
ser um simples expositor. Respeita e busca atender as necessidades de
seus alunos, sendo a aprendizagem construída com o uso de
planejamentos e testes.

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3. CORRENTE LIBERAL RENOVADA NÃO-DIRETIVA

Na corrente liberal renovada não-diretiva acentua-se o papel da


escola na formação de atitudes. Há grande preocupação com o
desenvolvimento da personalidade, com o autoconhecimento e com a
realização pessoal. Assim há mais ênfase nos aspectos psicológicos do
que nos pedagógicos ou sociais. O esforço deve buscar uma mudança
dentro do indivíduo, promovendo uma adequação pessoal às solicitações
do ambiente.

Aprender é modificar suas próprias percepções. Apenas se aprende


o que estiver significativamente relacionado com essas percepções. Por
isso, os conteúdos escolares passam a ter significação pessoal, indo ao
encontro dos interesses e motivação do aluno. A retenção acontece pela
relevância do aprendido em relação ao “eu”. Dessa forma, a avaliação
escolar passa a não fazer sentido, tornando-se mais adequada a auto-
avaliação. O ensino é, portanto, centrado no aluno, sendo o professor um
facilitador.

Nos métodos são incluídas atividades que visem facilitar a


aprendizagem tais como, exercícios de sensibilidade, expressão e
comunicação interpessoal, trabalhos em grupos. Aprender torna-se um
ato interno e intransferível. Já o relacionamento entre o professor e ao
aluno é marcado pela afetividade.

Segundo Libâneo (2013, p. 69):

“Por falta de conhecimento aprofundado das bases teóricas da


pedagogia ativa, falta de condições materiais, pelas exigências do
cumprimento dos programas oficiais, o que fica são os métodos e
técnicas. Assim, é muito comum os professores utilizarem procedimentos
e técnicas como trabalho de grupo, estudo dirigido, estudo do meio, etc.,
sem levar o aluno a pensar, a raciocinar cientificamente, a desenvolver
sua capacidade de reflexão e a independência de pensamento.”

4. CORRENTE LIBERAL TECNICISTA

A escola liberal tecnicista valoriza a profissionalização, modelando o


indivíduo para integrá-lo ao modelo social vigente, tecnicista. Atua no
aperfeiçoamento do sistema capitalista, articulando-se com o sistema
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produtivo. Utiliza, para isso, a ciência da mudança de comportamento,


ou seja, a tecnologia comportamental. Tem como foco produzir
indivíduos “competentes” para o mercado de trabalho, sem se preocupar
com as mudanças sociais.

Skinner foi o expoente principal dessa corrente psicológica, também


conhecida como behaviorista, que vê o indivíduo como depositário
passivo dos conhecimentos, que devem ser acumulados na mente
através de associações. Os behavioristas acreditam que aprendemos
pela imitação e formação de hábitos, por isso a ênfase na repetição,
nos drills, na instrução programada.

A tendência tecnicista é, de certa forma, uma modernização da


escola tradicional e, apesar das contribuições teóricas do estruturalismo,
não conseguiu superar os equívocos apresentados pelo ensino da língua
centrado na gramática normativa.

Assim, os conteúdos que ganham destaque são os objetivos e


neutros. O educador administra os procedimentos didáticos e o aluno
apenas recebe as informações. O professor tem uma relação profissional
e interpessoal com o educando.

AS CORRENETES PEDAGÓGICAS PROGRESSISTAS

As tendências pedagógicas progressistas analisam de forma crítica


as realidades sociais, sustentando implicitamente as finalidades
sociopolíticas da educação. A educação, para essas tendências, assume
um caráter pedagógico e político ao mesmo tempo, pois permite o
entendimento da realidade histórico-social, explicando o papel do sujeito
como um ser capaz de construir sua própria realidade. Divide-se em três
tendências. Vamos ver quais são!

1. CORRENTE PROGRESSISTA LIBERTADORA

A tendência progressista libertadora é também conhecida como a


pedagogia de Paulo Freire. Essa escola relaciona a educação à luta e
organização de classe do oprimido. Paulo Freire insiste que o
conhecimento não é suficiente se, ao lado e junto deste, não é elaborada

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uma nova teoria do conhecimento e se os oprimidos não podem adquirir


uma nova estrutura do conhecimento que lhes possibilite reelaborar e
reordenar seus próprios conhecimentos e apropriar-se de outros. Dessa
forma, o papel da educação é conscientizar para transformar a realidade,
sendo os conteúdos, retirados da pratica social e cotidiana dos
educandos, vistos como uma invasão cultural.

No contexto da luta de classes, Paulo Freire afirma que o saber mais


importante para o oprimido é a descoberta da sua situação de oprimido,
a condição para se libertar da exploração política e econômica, através
da elaboração da consciência crítica passo a passo com sua organização
de classe. Assim, conforme Gadotti (apud SILVA) a escola libertadora vai
além dos limites da pedagogia, abrangendo também as áreas da
economia, da política e das ciências sociais.

Como pressuposto de aprendizagem, a força motivadora deve partir


da codificação de uma situação-problema. Esta será analisada
criticamente e pelo exercício da abstração se buscará identificar, por
meio de representações da realidade concreta, a razão de ser dos fatos.
Assim, como afirma Libâneo (apud SILVA), aprender é um ato de
conhecimento da realidade concreta, ou seja, da situação vivida pelo
aluno, e só tem sentido se resulta de uma aproximação crítica dessa
realidade. Portanto o conhecimento que o aluno transfere representa
uma resposta à situação de opressão a que se chega pelo processo de
compreensão, reflexão e crítica.

Entre os métodos utilizados, destaca-se a problematizarão da


experiência social em grupos de discussão. A relação do professor com o
aluno é vista como em um mesmo nível, ou seja, trata-se de uma
relação horizontal, na qual ambos passam a fazer parte do ato de
educar.

2. CORRENTE PROGRESSISTA LIBERTÁRIA

A corrente libertária entende que somente o vivido pelo educando é


incorporado e utilizado em situações novas, por isso o saber
sistematizado só terá relevância se for possível utilizá-lo na prática. Dá-
se grande importância à aprendizagem informal, via grupo. Toda forma
de repressão deve ser evitada, pois a aprendizagem visa favorecer o
desenvolvimento de pessoas mais livres.

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Dessa forma, na escola progressista libertária predominam as


práticas democráticas, pois a tendência acredita que a consciência
política resulta em conquistas sócias. Os conteúdos enfatizam as lutas
sociais e são estudados por meio de metodologia relacionada com a
vivência grupal. O professor é visto como um orientador do grupo, não
devendo a impor suas ideias e convicções.

As tendências progressistas libertadora e libertária defendem a


autogestão pedagógica e o antiautoritarismo.

3. CORRENTE PROGRESSISTA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS

Na escola progressista crítico-social dos conteúdos, diferentemente


da libertadora e libertária, predominam os conteúdos no seu confronto
com as realidades sociais. Assim, a escola deve preparar o aluno para a
vida adulta e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por
meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para que ele possa
participar de forma organizada e ativa na democratização da sociedade.

Assim, a escola deve garantir a apropriação crítica do conhecimento


cientifico e universal à classe trabalhadora, desempenhando um papel de
luta importante.

Para a tendência progressista crítico-social dos conteúdos a


aprendizagem parte do que o aluno já sabe, segundo o princípio da
aprendizagem significativa. A transferência da aprendizagem só se
efetiva quando ocorre a síntese, ou seja, quando o educando supera sua
visão parcial e confusa e passa a ter uma visão mais clara e unificadora.

A escola crítico-social dos conteúdos utiliza o método dialético, que


é entendido como o responsável pelo confronto entre as experiências
pessoais e o conteúdo transmitido na escola. Na relação entre professor
e aluno, o aluno entra com suas experiências e o professor com sua
visão da realidade.

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Para José Carlos Libâneo:

As tendências pedagógicas liberais (tradicional, renovada e tecnicista),


por se declararem neutras, nunca se comprometeram com as
transformações da sociedade, embora, na prática, buscassem legitimar a
ordem econômica e social do sistema capitalista.

As tendências pedagógicas progressistas (libertadora, libertária e crítico-


social dos conteúdos), de base empirista e marxista, têm em comum a
análise crítica do sistema capitalista.

Trouxemos 2 quadros para facilitar a visualização de todas as tendências


pedagógicas, suas principais características e o momento histórico no qual se
destacaram. Utilize-os para sua revisão! ;)

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CORRENTES DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO LIBERAL

Características Pedagogia Pedagogia Pedagogia Pedagogia


Tradicional Liberal Liberal Tecnicista
Renovada Renovada Não-
Progressivista diretiva
Ênfase Conhecimento; Aprender a Formação de Eficiência; e
Desenvolvimento aprender, ou atitudes Produtividade
intelectual aprender
fazendo
Período em que Desde 1549 até Início do século Início do século Década de
se manifesta, início do século XX XX 1960
no qual as XX
ideias são mais
fortes, mais
evidentes
Centro Professor Aluno Aluno Método
Professor Autoritário; Auxiliar Facilitador Administrador
Dono do
conhecimento
Aluno Passivo; Ativo Realizado Produtivo
Receptor
Método Aula expositiva; Pesquisas; Relacionamentos Instrução
Exercícios Projetos; Autoaprendizagem programada;
repetitivos; e Experiências; Aprendizagem Microensino;
ações Trabalhos em significativa Uso de
mecanizadas grupo tecnologias
com foco na
memorização
Destaques Jesuítas; Piaget; Carl Rogers Skinner;
Herbart Dewey; Bloom
Anísio Teixeira
Estratégia Concursos

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CORRENTES DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO PROGRESSISTA

Características Libertadora Libertária Crítico-social dos


Conteúdos
Ênfase Conscientização e Participação crítica Conteúdo
transformação indissociável da
realidade
Período em que se Décadas de 1970 Década de 1980
manifesta, no qual
as ideias são mais
fortes, mais
evidentes
Centro Autogestão pedagógica Conteúdo e
sociedade
Professor Animador Orientador Mediador
Aluno Crítico e participativo Transformador
Método Temas geradores; Vivência grupal: Análise crítica;
Diálogo; reuniões, eleições, Teoria e prática;
Grupos de discussão etc. Experiência e saber
Destaques Paulo Freire Freinet; Snyders;
Miguel Arroio Dermival Saviani
Estratégia Concursos

Agora, iremos dar uma passada por toda a história do pensamento


pedagógico brasileiro, citando alguns resultados práticos (criação de escolas,
leis, etc.). Trabalharemos no formato de linha do tempo, dando destaque a
alguns temas. Acreditamos que esse formato esquemático é um dos mais
interessantes para quem está se preparando para uma prova de concurso, pois
facilita a assimilação dos acontecimentos com os períodos históricos e
respectivas correntes predominantes no período, as quais acabamos de ver.
Faremos uma correlação com os estudos de Saviani, que se destaca, entre
vários autores, pelo estudo do pensamento pedagógico de forma crítica,
relacionado-o a acontecimentos históricos e às contribuições para nossa
realidade atual. Eventualmente, será útil você retornar ás nossas tabelas das
tendências para relacionar os acontecimentos históricos com as ideias que
estavam se manifestando naquele momento.

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Lembramos que a organização do nosso sistema de ensino atual é


estudada a fundo nas aulas de legislação (Conhecimentos Gerais II).
Aqui traremos uma abordagem mais crítica, relacionando questões mais
práticas. Nesse sentido, é oportuno destacar que o estudo de todas as
matérias é fundamental para sua prova, pois os assuntos se relacionam e se
complementam. Naturalmente, como são séculos de história, não iremos
esgotar todo o assunto, traremos o que tem mais chance de ser cobrado.
Vamos lá!

Educação no Brasil Colônia – 1500 a 1822

1500 a O Brasil foi descoberto em 1500 por Pedro Alvares Cabral. Até
1547 1530, a exploração do Brasil (ou Terra de Santa Cruz, como era
chamado na época) era limitada a expedições para coleta de pau-
brasil, madeira considerada nobre. Em 1534, com a finalidade de
proteger o território, o sistema de Capitanias Hereditárias foi
criado pelo rei de Portugal, D. João III. Nesse período, nada
significativo foi feito no que se refere à educação.

1548 Foi expedido, o Regimento do Governador Geral da colônia, Tomé


de Sousa, também conhecido como Regimento de 17 de dezembro
de 1548: este foi criado por D. João III e apresentava a política
para a colônia portuguesa. Trazia questões relacionadas a
concessão de sesmarias, a defesa do território, a organização do
comércio, a instalação do governo, ao tratamento que deveria
ser dado aos índios e invasores, etc. Esse documento regeu o
Brasil, então colônia de Portugal, por mais de 100 anos.
1549 Com a autorização de D. João III, aportaram na Baia de Todos os
Santos, em 29 de março de 1549, seis representantes da
Companhia de Jesus (jesuítas): Padres Leonardo Nunes, Antônio
Pires, João de Azpilcueta Navarro, os Irmãos Vicente Rodrigues e
Diogo Jacomo, sendo estes chefiados pelo Padre Manoel da
Nóbrega. Os jesuítas vieram com o Governador Tomé de Sousa
para catequizar os nativos (índios) da Província de Santa Cruz.

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Os jesuítas

Os jesuítas são membros da Companhia de Jesus, que foi fundada


em 1543, em Paris, na França, sendo liderada por Inácio de Loyola.
Acreditavam que poderiam propagar a fé católica, por meio da educação.

No Brasil colonial, logo que chegaram, fundaram igrejas perto das


aldeias e, paralelamente à catequização dos índios, desenvolveram,
principalmente para os filhos dos portugueses e para os futuros membros
da própria Companhia, a educação formal, escolar.

Todavia, não demorou muito para que os jesuítas começassem a


falar a língua dos nativos (índios). Para facilitar a catequização e na
intenção de proteger os índios dos maus exemplos e da exploração do
homem branco, desenvolveram o sistema de aldeamento, também
conhecido por missões ou reduções jesuíticas. Percebendo que os
adultos tinham mais dificuldades no aprendizado e no aculturamento,
decidiram por priorizar a educação das crianças índias (os curumins).

As aulas das primeiras escolas, muitas vezes, eram realizadas em


cabanas improvisadas, ou mesmo ao ar livre. Cabe destacar que os
jesuítas se utilizaram de vários recursos didáticos para facilitar o
aprendizado, como o canto e o teatro.

Para Saviani (2007), podemos falar em pensamento pedagógico no


Brasil desde a chegada dos jesuítas, pois, ao fundarem escolas e
colégios, colocaram em prática determinadas ideias educacionais
configurando, de certa forma, um tipo de pensamento pedagógico.

1553 Chega no Brasil colônia, vindo na expedição do segundo


Governador Geral da Colônia, Duarte da Costa, um dos mais
conhecidos jesuítas, Padre José de Anchieta.

1554 Fundação, no sertão de Piratininga, de um colégio pelos jesuítas.


Diversos outros colégios foram fundados pelos jesuítas, no geral,
tratavam-se de escola que ensinavam a ler, escrever e
contar. Os mais lembrados: Rio de Janeiro (1568), Olinda (1576),

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Ilhéus (1604), Recife (1655), São Luís, Paraíba, Santos, Belém,


Alcântara (1716), Vigia (1731), Paranaguá (1738) e Desterro
(1750).

1555 Em 1555, o Padre José de Anchieta esboça uma gramática em


tupi, que será publicada em 1595, em Coimbra, Portugal, sob o
título de “Arte da gramática da língua mais usada na costa do
Brasil”.

1556 Fundação do Colégio da Bahia, com o curso de humanidades e o


noviciado. Diz-se que existiram várias investidas, religiosas e até
civis, visando tornar o Colégio uma universidade.

Padre José de Anchieta e a Ordem Jesuítica

Cabe destacar que o Padre José de Anchieta foi autor de diversas


gramáticas, além de catecismos e outras obras voltadas para a
catequização dos indígenas em tupi-guarani. Além de outras atividades
que desenvolveu, Anchieta foi mestre-escola do Colégio de Piratininga,
bem como Reitor do Colégio Espírito Santo.

Com relação aos colégios da Ordem, deve-se frisar que o ensino


era gratuito, visto que os colégios possuíam rendas estáveis vindas de
impostos sobre alguns gêneros alimentícios.

1599 Ficou pronto o documento “Ratio Atque Institutio Studiorum


Societatis Jesu”, ou apenas “Ratio Studiorum”, Plano de
Estudos da Companhia de Jesus. Esse documento
regulamentava todas as escolas e colégios administrados pelos
jesuítas.

O Plano de Estudos da Companhia de Jesus

Inácio de Loyola, o fundador da Companhia, foi quem começou a


escrever o Plano de Estudos da Companhia de Jesus. O documento

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continha orientações que nortearam as atividades das escolas e colégios


jesuíticos durante quase dois séculos e meio na Europa e nas regiões do
Novo Mundo onde havia atuação da Ordem.

O objetivo do Plano era uniformizar a formação dos


frequentadores das instituições jesuíticas de ensino, de todas as
partes do mundo.

É uma espécie de manual que detalha a conduta do corpo docente


e discente, as responsabilidades, o desempenho, o relacionamento entre
os membros da Companhia e entre os mestres e seus alunos. No Plano,
pode-se verificar, por exemplo, direcionamentos para o comportamentos
ante o Provincial, o Reitor, o Prefeito de Estudos, os professores e outros
funcionários. Também contêm orientações sobre a administração e a
organização das escolas, sugerindo materiais didáticos e metodologias,
com vistas a garantir a boa formação.

Considerando a dedicação dos membros da Ordem em


sistematizar sua pedagogia, as orientações contidas no Plano quase
não foram questionadas à época.

1623 Entra para a Ordem jesuítica Antônio Vieira, que ficará conhecido
como Padre Antônio Veira. Vieira será conhecido como
defensor dos novos-cristãos, dos cristãos-velhos, dos negros
escravizados e, principalmente, dos índios, tendo em vista sua
luta contra a exploração e escravização dos nativos.

Padre Antônio Vieira

O Padre Antônio Vieira foi grande crítico dos religiosos que atuavam
em favor do Santo Ofício. Seu posicionamento crítico fez com que a
inquisição o acusasse de herege em 1649, embora, 26 anos mais tarde,
tenham-no absolvido.

1748 D. Luis da Cunha acreditava que o ensino de latim nas escolas


gerava desordem civil e impossibilitava o aprendizado de ofícios
úteis, criando, muitas vezes, eclesiásticos sem vocação. Dessa
forma, em 1748, D, Luis escreve o “Testamento Político” ou

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“Carta Escrita pelo Grande D. Luis da Cunha ao Senhor Rei


D. José I”, documento que enfatiza “o mal” da propagação do
latim por meio das escolas. Opiniões como esta, irão incentivar
mais a frente, na Reforma Pombalina, a retirada do latim das
escolas.

1750 D. José I assumiu o trono português e nomeou como Ministro


Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal
(1699-1782).

O Iluminismo e o as reformas do Marquês de Pombal para a


educação

Na Europa, em especial, na França, em meados do século XVIII,


começou uma difusão de ideias que visavam combater o Regime
Absolutista. Os princípios básicos dos iluministas era a igualdade
jurídica, o racionalismo e a crença no progresso. Este grupo
acreditava que a sociedade deveria ser transformada e que a
educação seria um dos melhores instrumentos para promover
essa transformação.

Assim, os iluministas começaram a lutar por várias reformas em


todo o continente Europeu, incluindo Portugal. Os iluministas
portugueses queriam mudanças para o País e para todas as suas
colônias.

Na mesma época difundia-se o Liberalismo, que é uma doutrina


político-econômica e sistema doutrinário que teve início no século
XVII, por meio dos trabalhos do filósofo inglês John Locke (que já era
considerado um iluminista) sobre política. Adam Smith, filósofo e
economista escocês, fortaleceu o liberalismo econômico no século XVIII.

O Liberalismo pode ser entendido como um conjunto de princípios e


teorias políticas, que tem como principal característica a defesa da
liberdade política e econômica.

Assim, tem-se que os princípios básicos do Liberalismo são liberais


são: o livre mercado (liberdade econômica), a defesa da propriedade
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privada, a mínima participação do Estado nos assuntos econômicos do


país (combate ao absolutismo); e a igualdade perante a lei (estado de
direito).

Com base nos princípios que vinham sendo propagados, em


especial naqueles difundidos pelos iluministas, o Marquês de Pombal
decidiu promover mudanças em Portugal e nas suas colônias. Todavia,
enquanto nos outros países as mudanças vinham sendo realizadas
diminuindo poderes dos Monarcas, Pombal quis implementar suas
mudanças mantendo o poder com a Monarquia, os quais continuariam no
topo da hierarquia social.

Justamente por isso, o Marquês de Pombal passou a ser reconhecido


como um expoente do “despotismo esclarecido”, afinal, embora tenha
desenvolvido várias reformas na administração, estas eram vistas como
extremamente autoritárias.

As reformas de Pombal para a educação visavam formar o nobre


negociante, simplificando e abreviando os estudos, para que um maior
número fosse logo encaminhado a cursos superiores. Havia um incentivo
para que os brasileiros fossem completar seus estudos na Universidade
de Coimbra.

Uma das diretrizes da Reforma Pombalina era privilegiar o ensino


das Primeiras Letras em detrimento do latim. Seus métodos eram
baseados no “Verdadeiro Método de Estudar” (1746), de Luiz Antonio
Verney, e na obra da Congregação do Oratório intitulada o “Novo Método
de Gramática Latina” (1752).

No Alvará de 28 de junho de 1759 constava, em anexo, as


“Instruções para os Professores de Gramática Latina”, que valorizavam a
língua portuguesa e o conhecimento da sua gramática, sendo base para
o aprendizado futuro de outras línguas.

A meta da difusão do ensino era civilizar costumes e tornar mais


ativa e produtiva a sociedade. Além disso, visava garantir a legitimidade
da monarquia, por meio da difusão do temor a Deus e da obediência ao
Rei. Dessa forma, percebe-se que as Reformas de Pombal não
pretendiam abolir a “pedagogia cristã”, já que esta asseverava a
importância das regras de civilidade, por meio do temor a Deus e da
obediência ao Rei.

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Acabou que, embora, as Reformas Pombalinas tenham tido um


caráter despótico, acabaram contribuindo para que fosse se
desenvolvendo no Brasil uma elite letrada crítica, que criticava a
administração portuguesa, inclusive, no referente à educação.

1755 Foi escrito o Diretório para os Índios. Este documento foi


tornado público pelo Marquês de Pombal somente em 1757 e tinha
entre seus objetivos extinguir o trabalho missionário dos religiosos
junto aos indígenas e elevar os aldeamentos a condição de vilas ou
aldeias, que seriam administradas por um diretor. Este Diretório
buscava incorporar os índios a sociedade dos brancos. Assegura
uma escola, com um mestre para os meninos e outro para as
meninas. As aulas deveriam ser em português.

1759 O Marquês de Pombal expulsa os jesuítas do Brasil e cria as


Aulas Régias ou Avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica.
Essas aulas não eram articuladas. Cada aula régia ou avulsa era
autônoma e isolada, com um único professor. Cabe frisar que essas
aulas não impediram o funcionamento de colégios de ordens
religiosas.

Saviani chama esse período que vai de 1549 (chegada dos


jesuítas) a 1759 (expulsão dos jesuítas), de período da
pedagogia tradicional. O autor divide o período em duas fases:

1) 1549-1599 - fase conhecida como pedagogia basílica ou


pedagogia heroica; e

2) 1599 a 1759 - fase conhecida como pedagogia jesuítica ou


pedagogia Ratio Studiorum.

1768 Foi criado em Portugal o Tribunal da Real Mesa Censória, que


unificou os Tribunais do Ordinário, do Desembargo do Paço e do
Santo Ofício, conhecidos como a Tríplice Censura, afastando
Portugal da Santa Sé. O “Índex Expurgatório”, que deveria ser
elaborado por esse Tribunal, deveria trazer os livros proibidos nos

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territórios portugueses.

1771 Atribuída à Real Mesa Censória a administração das escolas de


Estudos Menores do Reino.

1772 Foi instituído o imposto “Subsídio Literário” para subsidiar as


escolas Menores. Todavia, a imposto era baixo, não foi cobrado
regularmente e foi mal utilizado, sendo desviado para o
tratamento de outras questões.

1787 O Tribunal da Real Mesa foi extinto, sendo substituído por um


tribunal civil e eclesiástico, chamado “Real Mesa da Comissão de
Exame sobre os livros e Censura dos Papéis Impressos”, que será
extinto em 1794.

1807 Em 30 de novembro, as tropas de Napoleão Bonaparte invadem


Lisboa.

1808 A Família Real chega no Rio de Janeiro em 7 de março de


1808 e o Brasil deixa de ser uma simples colônia para receber o
título de Reino Unido à Portugal.

A vinda da Família Real e as mudanças na educação

Com a vinda da Família Real, muitas mudanças sociais, econômicas


e políticas ocorrerão na colônia. Como muitos intelectuais e pessoas do
meio político virão em busca de boa formação para si e seus filhos,
muitas mudanças na educação e na cultura também serão feitas. Com
isso a Colônia progredirá.

O ensino imperial será estruturado em três níveis: primário,


secundário e superior. Porém, como não havia exigência da frequência
ao curso primário para ingresso em outros níveis, muitas famílias da
elite decidiram por educar seus filhos em casa, afinal, nesse
período, há poucas escolas e muitas delas são particulares.

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O príncipe decidiu seguir o modelo político educacional do


Marquês de Pombal, controlando o ensino por meio de sua
autorização para abertura de escolas e nomeações de professores.

No que se refere ao nível superior, muito pouco foi feito. Há


evidências de que os diretores eram, ao mesmo tempo, os professores
dos cursos, estando submetidos diretamente às ordens do governo
absolutista.

Com a chegada da Família Real, diversas organizações


educacionais e culturais serão abertas, a exemplo da Imprensa
Régia, que imprimia o Jornal Gazeta, da Biblioteca Nacional, do Museu
Nacional, das Academias de Guardas-Marinha.

1812 Foram criadas as escolas de serralheiros, oficiais de lima e


espingardeiros. No Rio de Janeiro foi criado o primeiro laboratório
de química.

1814 São criados cursos de formação técnica na área de agricultura.

1816 É criada a Escola de Belas Artes.

1817 É criado o Jardim Botânico, para estudos de botânica e análogos.


Também são criados cursos de química, abrangendo química
industrial, geologia e mineralogia.

1818 Cursos de desenhos técnicos são criados.

Muitos desses cursos preparavam os alunos bem


rapidamente, somente para serem práticos e atenderem as demandas
emergenciais da sociedade que se formava. No entanto, já colaboraram
para o desenvolvimento local e o distanciamento de Portugal.

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1820 Foi fundado o colégio da Caraça, em Minas Gerais, o qual formou


várias personalidades da elite intelectual do Brasil, tais como
presidentes, deputados, senadores, eclesiásticos, etc.

1821 Por conta da Revolução Constitucionalista ou Revolta do Porto que


vinha acontecendo desde 1820 em Portugal e pretendia acabar
com o absolutismo português, príncipe D. João VI retorna àquele
país.

Educação no Brasil Império – 1522 a 1889

1822 Dom Pedro I declara a independência do Brasil em 7 de


setembro.

1827 O método Lancaster foi oficialmente adotado no Brasil, por meio


de lei.

O método Lancasteriano

O método de ensino Lancasteriano foi desenvolvido no século XVIII,


na Inglaterra, pelo quaker Joseph Lancaster (1770-1838) e pelo pastor
anglicano Andrew Bell (1753-1832). O método era baseado na difusão da
formação primária, a partir do aprendizado de muitos alunos, por um
único professor. Lancaster afirmava que podia ministrar o ensino a
centenas de alunos. Para isso, fazia com que os alunos mais adiantados
fossem monitores dos demais alunos, por esse motivo, o método de
ensino Lancasteriano também é conhecido como monitorial ou mútuo.

Como no século XIX, havia uma escassez de professores, este


método se demonstrou adequado. Assim, em 1823, o imperador, Dom
Pedro I, declara a iniciativa de implantar uma escola de ensino mútuo e,
em 1827, uma lei estabelece o método como oficial no Brasil. Todavia,
por volta das décadas de 1840 a 1870 diversos métodos e tendências
passaram a ser misturados nas escolas brasileiras, de modo que, no final

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do século XIX, a partir de discussões voltadas para o processo


pedagógico, o método Lancasteriano desapareceu do sistema
educacional brasileiro.

Importante: O método mútuo não esperava que os alunos


desenvolvessem a capacidade crítica nas atividades pedagógicas; o
método exigia, apenas, que os alunos tivessem disciplina física e mental.

1824 Em 25 de março, é outorgada a primeira Constituição Política do


Império do Brasil. Essa constituição estabelecia governo
monárquico, hereditário, constitucional e representativo. Cabe
destacar que manteve o sistema escravocrata.

A primeira Constituição do Brasil já contemplava a


gratuidade do ensino a todos os cidadãos. Todavia, os recursos
eram muito escassos, não havendo professores preparados. Além disso,
aqueles que se dedicavam ao ensino quase não recebiam apoio. Assim,
a gratuidade do ensino a todos teve pouco efeito prático.

1827 Em 15 de outubro, foi promulgada a primeira lei sobre


instrução primária. Esta lei determinava a criação de escolas de
primeiras letras, especificava critérios para a formação e
contratação de professores, instituía a instrução primária para o
sexo feminino em todos os povoados mais populosos, nas vilas e
nas cidades, visando a criação de uma rede escolar. Como
decorrência dessa Lei, foram criadas escolas em todas as capitais
para a formação de professor e, nestas aparece a proibição de
castigos corporais. Destaca-se que esta foi a única lei geral para o
ensino público elementar até 1946 e, devido a ela, que o dia 15 de
outubro acabou sendo destinado para a comemoração do “dia do
professor”.

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1834 Aprovado o Ato Adicional que trouxe uma série de mudanças


para a Constituição vigente. O Ato descentralizou a
administração pública do Império e, no campo da educação,
tirava do Governo Central a responsabilidade pelas escolas
primárias e secundárias. De acordo com o Ato, as províncias
deveriam cuidar dessas escolas e a educação deveria ser gratuita
em todas as províncias. O Governo Central ficaria responsável
apenas pelo ensino superior.

1845 Vindos da Argentina, em 1845, os jesuítas voltam ao Brasil e


abrem um colégio na cidade do Desterro, atual Florianópolis.

1852 Em decorrência de um decreto legislativo de 1851 (Reforma


Couto Ferraz), que autorizava o Governo a reformar o ensino
primário e secundário no Município Neutro da Corte, foi criada, em
1852, a Inspetoria Geral da Instrução Primária e
Secundária.

1854 Foi promulgado o decreto 1.331-A que instituiu uma série de


mudanças para a instrução primária e secundária da cidade
da Corte. O decreto falava da obrigatoriedade do ensino, colocava
as atribuições do Inspetor Geral da Instrução Pública que eram
fiscalizar os estabelecimentos de ensino públicos e particulares,
revisar os compêndios usados nas escolas públicas, autorizar a
abertura de escolas particulares, presidir exames para o
magistério, entre outras; estabelecia, ainda, que o Inspetor Geral
deveria estudar os modelos de educação das províncias para
compará-los com os da Capital. O município da capital deveria ser
modelo, assim, começa a ser delineado um sistema. Este
mesmo decreto estabeleceu o credenciamento dos professores e
que eles voltassem a ser fiscalizados oficialmente. Todas essas
mudanças também faziam parte da Reforma Couto Ferraz.

1856 Outra iniciativa que intencionava o estabelecimento de um sistema


foi apresentada em um relatório de César Borges, o Barão de
Macahubas, Diretor Geral dos Estudos da Província da Bahia. Ele
considerava que somente um sistema geral para a Instrução
Pública, devidamente formulado , permitiria a “nacionalização” da
Nação Brasileira.

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A partir de ideias como as de Couto Ferraz e César Borges, o


Barão de Macahubas, vislumbrou-se a necessidade de
organização, pelo Estado, de um Sistema Nacional de Ensino para
o País. Essas ideias foram ganhando mais força nas décadas
finais do Império.

Embora existissem diversas iniciativas que intencionavam tornar o


ensino gratuito e acessível a todos, na maioria das vezes, essa abertura
não se estendia aos negros. Neste sentido, pode ser citada uma Lei de
1857, que estabelece a recusa de matrículas de crianças de cor negra,
ainda que livres, no Colégio de Artes Mecânicas do Rio Grande do Sul.

1872 Há registros de que, em 1872, de um total de 10 milhões de


habitantes, apenas 150.000 alunos estavam matriculados nas
escolas primárias, sendo que 66,4% da população era
completamente analfabeta.

1879 Por meio do decreto nº 7247 de 19 de abril, foi instituída uma


reforma, que passou a ser aconhecida como Reforma Leôncio de
Carvalho. Essa reforma pretendia mudanças nos ensinos primário
e secundário, como uniformizar a instrução primária pelo
país, mas, neste caso, não conseguiu atingir seu fim. No
entanto, houve um ganho, visto que ao começar a discutir
questões relacionadas a organização do ensino, abre portas para
outras iniciativas, tais como os pareceres de Rui Barbosa que
foram apresentados à Câmara em 1882 e que previa, pela
primeira vez, a organização geral do ensino.

A segregação no nosso país sempre foi tão grande que, apesar dos
avanços conquistados pela Reforma Leôncio de Carvalho”, havia quem
fizesse afirmações absurdas e defendesse ainda no final do século XIX

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que alguns conteúdos não precisavam ser aplicados aos pobres, pois
estes deveriam ter noções mais simples.

1882 Os pareceres referentes à “Reforma do Ensino Primário e


Secundário e várias Instituições Complementares da Instrução
Pública”, foram apresentados por Rui Barbosa à Câmara dos
Deputados.

A situação no final do Império

Rui Barbosa, influenciado pela Maçonaria Internacional, foi um dos


grandes defensores do ensino obrigatório, da liberdade do ensino e
da laicidade da escola pública.

Os pareceres apresentados por Rui Barbosa, em 1882,


constituíram o primeiro documento a aconselhar a implantação de um
órgão de coordenação e difusão do ensino, com vistas a formar um
sistema de educação que contemplasse a organização do ensino
desde os jardins de infância até o ensino superior.

O deputado maranhense Almeida de Oliveira apresentou ao


Parlamento do Império, no mesmo ano dos pareceres, um Projeto de
Reforma defendendo não ser lícito o governo não fazer nada diante da
precária difusão da instrução elementar nas Províncias.

Mas, apesar das tentativas de alguns estadistas, até o fim do


império, essas ideias, que recebiam pouco apoio do Parlamento, não se
estabeleceram. Assim, entende-se que, embora Dom Pedro II tenha sido
um homem culto e de boa vontade, acabou seu governo sem implantar
soluções eficazes para a educação.

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Educação no Brasil República – 1889 até os


dias atuais

1889 Em 15 de novembro a República foi proclamada.

1890 Foi criado o Ministério da Instrução Pública, Correios e


Telégrafos. Seu primeiro ministro era Benjamin Constant, que
logo iniciou várias mudanças (Reforma Benjamin Constant). A
Reforma Benjamin Constant era destinada ao Distrito Federal, que
na época era o Rio de Janeiro. Previa gratuidade, a liberdade e
a laicidade do ensino. Todavia, fracassou, diante da força dos
grupos defensores da desoficialização do ensino. Tendo a criação
do Ministério e as Reformas sido insuficientes para atender as
expectativas que se formavam, o Ministério acabou sendo extinto
em 1892.

1892 O Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos é


extinto e a responsabilidade por assuntos sobre educação são
transferidos para o Ministério da Justiça e Negócios Interiores.

1911 Ocorreu a Reforma Rivadávia Correia, inspirada nas ideias


positivistas de liberdade de ensino e decretada pela Lei
Orgânica do Ensino Superior e Fundamental da República. Essa lei
desoficializou a educação, retirando do Estado o poder de
interferência no ensino. A Reforma defendia, também, o fim do
diploma, o qual deveria ser substituído por um certificado.
Implantava exames para admissão no ensino superior. A Reforma
não alcançou seus objetivos, tendo sido considerada complexa
e contraditória em alguns pontos.

1915 Surge a Reforma de Carlos Maximiliano, com muitos objetivos


contrários à Reforma de Rivadávia Correia. Estabelece que o
ensino secundário e superior deve voltar a ser considerado
estabelecimento oficial (oficialização do ensino), propõe o
sistema de vestibulares, com preparatórios parcelados,
seguindo o modelo anglo-saxão, que irá perdurar até 1925.

1920 Foi criada a Universidade do Rio de Janeiro.

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1924 Foi fundada a Associação Brasileira de Educação (ABE) com o


objetivo de reunir os profissionais de educação, para
compartilharem suas ideias em Conferências Nacionais de
Educação.

1927 Júlio Prestes, Presidente do Estado de São Paulo, sanciona a Lei


nº. 1884, que permite a criação de escolas normais livres.
Assim surgem em várias partes do Estado escolas do governo e
particulares. Essa Lei possibilitou o crescimento da rede de
ensino primário, porém, esse crescimento ainda não chega à
zona rural. Nesse período, de forma geral, já existem muitos
professores, contudo, faltam recursos para a abertura das escolas
rurais.

Avanços da década de 1920

Cabe destacar que a década de 20 foi significativa para a educação,


pois nesse período, diversas reformas aconteceram nos estados. Pode-se
citar: a Sampaio Dória, que aconteceu em São Paulo; a Carneiro Leão e,
mais tarde, a Fernando Azevedo, no Rio de Janeiro; a Lourenço Filho, no
Ceará; a Anísio Teixeira, na Bahia; Francisco Campos e Mário
Casassanta, em Minas; e a Carneiro Leão, em Pernambuco.

Alguns autores consideram que o ensino primário em nível nacional,


iniciou-se sob a orientação do pedagogo Lourenço Filho, entre 1920 e
1930, pelo Método da Escola Nova, do filósofo americano John Dewey.

1930 A segunda República tem início com o governo de Getúlio Vargas.

A chamada segunda República tem início, um ano após estourar a


Crise Econômica Mundial, com Getúlio Vargas. O momento exigia que o
Brasil entrasse no modelo capitalista de produção. Mas, para isso, o país
precisará de mão-de-obra especializada.

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Assim, o governo passa a investir significativamente no


desenvolvimento da produção industrial, no mercado interno, na
produção industrial e, concomitantemente na educação, afinal, ter
pessoas capacitadas passa a ser essencial para o atendimento dos outros
objetivos.

1931 Ocorre a Reforma Francisco Campos, que, por meio de vários


decretos, busca organizar o ensino secundário e as
universidades brasileiras, que quase não existiam.

Saviani chama esse período que vai de 1759 (expulsão dos


jesuítas e Reforma Pombalina) à 1932, de período da pedagogia
tradicional leiga. Esse período também é dividido em duas fases:

1) 1759-1827 – fase da pedagogia pombalina com disciplinas


isoladas, ministradas por um professor pago pela coroa
portuguesa com recursos do subsídio literário;

2) 1827-1932 – fase da pedagogia leiga (ou laica), que previa


escola publica, gratuita, universal, obrigatória e laica.

1932 Acontece o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova que


influenciará na a aprovação da Primeira Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, em 1961. O Manifesto foi assinado por 26
educadores, estando Fernando Azevedo entre eles e à frente da
iniciativa. O Manifesto defende a educação gratuita,
obrigatória, e leiga, sendo dever do Estado implantá-la em
todo o território nacional. O documento, ainda, reivindica a
escola básica única, fazendo uma crítica ao sistema dual, o
qual destina uma escola para os ricos e outra para os pobres.

1934 É promulgada a terceira constituição Brasileira, a segunda do


período republicano. Para a educação, a Constituição traz alguns
direcionamentos, destaca-se: a educação como direito de

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todos, devendo ser ministrada pela família e pelos poderes


públicos; é estabelecido o subsídio do governo para o ensino
privado, o qual isenta as instituições de ensino particulares de
qualquer tributo, desde que idôneas; e surge, pela primeira vez, a
exigência de que o ensino fosse ministrado em português
em todos os estabelecimentos de ensino.

1937 Vargas dá um golpe de estado, em meio a instabilidade política e


instala o Estado Novo, outorgando uma nova Constituição.

A Constituição de 1937

Vargas mantém, na Constituição de 1937, os principais pontos da


Constituição de 34, cabendo ao governo federal traçar as diretrizes da
educação para todo o país e fixar o plano nacional de educação, embora
o ensino possa ser ministrado por instituições privadas.

É perceptível que a nova Constituição destaca o ensino pré-


vocacional e profissional, dizendo que o ensino técnico se destina às
classes menos favorecida (um tanto preconceituosa, né?!). Estabelece,
ainda, a obrigatoriedade do ensino de trabalhos manuais em todas as
escolas normais, primárias e secundárias. O ensino não precisa mais ser
feito em Português.

Para alguns críticos, o Estado Novo foi um período de estagnação


para da educação, pois muitos ganhos da Constituição de 1934 foram
perdidos, como a responsabilidade do governo pela educação.

Nessa conjuntura, algumas organizações são criadas, visando


defender questões educacionais, como a União Nacional dos
Estudantes (UNE) e o Instituto de Estudos Pedagógicos (INEP).

1942 O Ministro de Estado da Educação, Gustavo faz uma reforma em


alguns ramos do ensino, por meio das Leis Orgânicas do Ensino ou
Lei Capanema.

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1946 Estando na presidência Eurico Gaspar Dutra, em 18 de setembro


de 1946, foi promulgada a quarta Constituição brasileira. Tinha
uma vertente liberal e determinava que a União era a
responsável por legislar sobre diretrizes e bases para a
educação. Determinava a obrigatoriedade do ensino primário para
todos, sendo este gratuito, oficial e em português. Escolas
privadas poderiam existir, desde que respeitassem as leis da
educação. Pode-se perceber que a Constituição de 1946 foi um
instrumento importante para a democratização do ensino,
podendo-se destacar sua preocupação em servir à educação e os
princípios liberais.

1959 Estimulados pelo Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, um


novo grupo se reúne para fazer o Manifesto dos educadores
democratas em defesa do ensino público, que também
influenciará na LDB de 1961.

1961 Aprovada a Primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação


Nacional.

A LDB de 1961

A LDB determina que a educação era um direito de todos, devendo


ser assegurado pelo poder público. Ela dá um destaque a necessidade do
ensino primário para todos, devendo a criança ser matriculada a partir
dos 7 anos. Reafirma a liberdade da iniciativa privada para atuação no
campo educacional, o que, na prática, faz com surjam diversas escolas
particulares, visto à incapacidade do Estado de atender as demandas da
população.

O Método de Educação Popular do professor Paulo Freire surge no


mesmo período da aprovação da LDB. O Método teve início no Rio
Grande do Norte, sendo aplicado pela prefeitura de Natal, com a
Campanha de Alfabetização “De Pé no Chão também se Aprende a Ler”,
que pretendia alfabetizar adultos analfabetos.

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1962 Foi implantado o Conselho Federal de Educação, que havia sido


previsto na Lei de Diretrizes e Bases. Este vem substituir o
Conselho Nacional de Educação. No mesmo ano são criados os
Conselhos Estaduais de Educação. O Ministério da Educação e
Cultura lança o Plano Nacional de Educação, e o Programa
Nacional de Alfabetização, ambos baseados no Método Paulo
Freire. Nesse período, várias instituições são vistas como
subversivas, tendo seu funcionamento proibido, como a União
Nacional dos Estudantes (UNE).

1964 Ocorre o Golpe Militar. No período militar, que se estende de 1964


a 1984, são comuns olheiros infiltrarem-se nas instituições de
ensino para observar tudo que era falado ou feito nelas. As
universidades foram os principais alvos dos militares.

1967 O governo militar lança o Movimento Brasileiro de Alfabetização ou


MOBRAL para substituir o MCP que usava o Método Paulo Freire.
Os militares defendiam que com o MOBRAL o analfabetismo
poderia ser erradicado. Todavia, o MOBRAL não atingiu os
resultados prometidos. Ainda em 1967 é lançada uma nova
Constituição.

1969 Em fevereiro de 1969, por meio do Decreto-lei nº. 477, todos os


professores, alunos e funcionários de escolas foram
proibidos de fazer qualquer manifestação de caráter
político”. Algumas propostas curriculares foram impostas pelo
governo militar, como o ensino de Educação Moral e Cívica para as
escolas em todos os graus e modalidade de ensino. O qual, no fim
do grau médio, passaria para Organização Social e Política
Brasileira (OSPB) e no curso de nível superior, para Estudos de
Problemas Brasileiros (EPB).

Saviani chama esse período que vai de 1932 (marcado pelo


Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova) à 1969, de período da
pedagogia nova. O perído é dividido em duas fases:

1) 1947-1961 – fase da pedagogia nova; e

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2) 1961-1969 – fase da crisa da pedagogia nova e articulação


com pedagogia tecnicista.

1971 O ministro da Educação e Cultura, Coronel Jarbas Passarinho, faz


uma reforma nos 1º e 2º graus, por meio da Lei 5.692. Entre
outras deliberações a Lei, aumentou a obrigatoriedade escolar
de quatro para oito anos, juntou o primário com o ginásio,
aboliu o exame de admissão e criou a escola única
profissionalizante. Frisa-se que por essa Lei todos os cursos de 1º
e 2º graus passaram a ser profissionalizantes. Para alguns
estudiosos, a intenção da lei era acabar com o preconceito que
havia em torno do trabalho técnico e manual.

O Neoliberalismo

O Neoliberalismo surgiu na década de 1970, por meio da Escola


Monetarista e do economista Milton Friedman. Na época, foi entendida
como uma possível solução para a crise mundial do petróleo, de 1973,
que afetou a economia de diversos países.

O Neoliberalismo foi baseado nas ideias liberais do século XVIII,


todavia, trazia ideias adaptadas aos novos tempos. Defendia: a mínima
participação do Estado na economia dos países; a livre a globalização; a
pouca intervenção do governo no mercado de trabalho; a privatização de
empresas estatais; a entrada de multinacionais; a desburocratização do
Estado; o capitalismo; etc.

No Brasil, entende-se que as reformas neoliberais tiveram início no


governo do Presidente Fernando Collor de Melo (1990 – 1992), embora
já tenham influenciado na abertura democrática. Nesse contexto, cabe
salientar, ainda, que passaram a influenciar fortemente as reformas na
educação na década de 1990, as quais veremos a seguir.

Observa-se que, sendo o Neoliberalismo uma doutrina com foco no


desenvolvimento dos mercados e no capital, é comum que os neoliberais

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subordinem também a educação ao mercado, valorizando o ensino


tecnicista em detrimento de disciplinas como Filosofia e Sociologia.

As avaliações sistemáticas, que serão instituídas no Brasil na


década de 1990, são valorizadas pela corrente neoliberal, bem como a
auditoria da educação. Afinal, esses sistemas geram uma competição
entre as instituições, seus docentes e seus alunos, criando um ranking
como de outros produtos e serviços disponibilizados pelo mercado.

Alguns críticos sintetizam a influência neoliberal como uma


corrente que valoriza a educação a partir de critérios mercadológicos em
vez de se basear em critérios de qualidade.

1984 Acontece a abertura democrática.

1985 Tancredo Neves foi eleito pelo Colégio, mas não tomou posse, pois
adoeceu, sendo substituído por José Sarney. Sarney foi
empossado em 15 de março de 1985. Assim, oficializou-se o fim
do regime militar.

1986 A partir da 4ª Conferência Brasileira de Educação, realizada


pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Educação (Anped), a Associação Nacional de Educação (Ande) e o
Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes), em Goiânia,
surge uma lista de propostas para a Constituição que deveria ser
aprovada em breve. Entre as propostas, havia a indicação da
necessidade da efetivação do direito de todos os cidadãos ao
ensino e o dever do Estado em garantir esse direito.

1988 É promulgada nova Constituição Federal.

A Constituição Federal de 1988

Segundo Aranha (2005) a Constituição foi outorgada em 5 de


outubro de 1988 e nos artigos referentes a educação destacam-se:
direito de todos e dever do Estado e da família; deve ser gratuita

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nos estabelecimentos oficiais; oferecer igualdade de condições para o


aceso e permanência na escola; a escola será um espaço de
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, divulgar o
pensamento, a arte e o saber. Tudo isso deve acontecer com a
promoção, incentivo e colaboração da sociedade, visando o pleno
desenvolvimento da pessoa, a boa formação para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Pode-se dizer que a Constituição Federal de 1988 trouxe o


princípio da gestão democrática do ensino, pois estabelecia que
deveria haver igualdade de condições para o aceso e permanência na
escola e que a escola deveria ser um espaço plural e livre, mas, como
diversos instrumentos legais do passado, representou pouco na prática.
Alguns dos avanços trazidos pela Constituição estão mais
relacionados à administração educacional.

Embora a garantia a Constituição não garantisse a participação da


comunidade nas instâncias decisórias do sistema de ensino
propriamente, alguns avanços ocorrerão devido à participação social e
aos movimentos organizados, que também contribuirão para a
política educacional que se desenvolverá na década de 1990.

1990 Ocorreu a Conferência Mundial sobre Educação para Todos em


Jomtien, na Tailândia. Como consequência dessa Conferência,
Fernando Collor de Mello criou o Programa Nacional de
Alfabetização e Cidadania (PNAC) para substituir a Fundação
Educar - versão democrática para o Movimento Brasileiro de
Alfabetização (MOBRAL) -, instituída cinco anos antes por Sarney.
Mas essa iniciativa durou apenas um ano. Inspirado nos Centros
Integrados de Educação Pública, criados no Rio de Janeiro, pelo
deputado Darcy Ribeiro, em 1982, Collor de Mello cria os Centros
Integrados de Apoio à Criança. Esses Centros passam a ser
chamados pela população de CIACs ou Brizolões.

1995 Fernando Henrique Cardoso assume a presidência do país.

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As reformas do Governo FHC

Paulo Renato de Souza foi o ministro da Educação de 1 de janeiro de


1995 a 31 de dezembro de 2002 (governo Fernando Henrique Cardoso).
Logo no início de sua gestão várias mudanças começam a ser feitas. O
governo extingue, por medida provisória, o Conselho Federal de
Educação, criando, ao mesmo tempo, o Conselho Nacional de Educação,
ligado ao MEC.

Pretende-se tornar esse novo Conselho mais dinâmico e menos


burocrático na deliberação de assuntos de sua competência.

Além disso, o projeto de uma nova LDB que estava parado no


Congresso desde 1988, passa a entrar novamente para a pauta das
discussões políticas.

Pode-se destacar alguns projetos que foram desenvolvidos no


governo de Fernando Henrique: Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
(FUNDEF); Programa de Avaliação Institucional (PAUIB); Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB); Exame Nacional de
Cursos (ENC); Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM); Paramentos
Curriculares Nacionais (PCN).

1996 A atual LDB (Lei 9.394/96), com a relatoria do senador Darcy


Ribeiro foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.

Importante: Aqui colocamos a estrutura da LDB, já que estamos falando


apenas da História da educação, no entanto, como você já sabe, é necessário
que você conheça a LDB na íntegra para dar amparo a outros conteúdos que
serão cobrados na prova.

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Estrutura da LDB de 1996

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação possui 92 artigos,


organizados da seguinte maneira:

Título I - Da educação

Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional

Título III - Do Direito à Educação e do Dever de Educar

Título IV - Da Organização da Educação Nacional

Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino

Capítulo I - Da Composição dos Níveis Escolares

Capítulo II - Da Educação Básica

Seção I - Das Disposições Gerais

Seção II - Da Educação Infantil

Seção III - Do Ensino Fundamental

Seção IV - Do Ensino Médio

Seção V - Da Educação de Jovens e Adultos

Capítulo III - Da Educação Profissional

Capítulo IV - Da Educação Superior

Capítulo V - Da Educação Especial

Título VI - Dos Profissionais da Educação

Título VII - Dos Recursos Financeiros

Título VIII - Das Disposições Gerais

Título IX - Das Disposições Transitórias

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1998 É criado o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) para


avaliar a qualidade do ensino médio no país.

Saviani chama esse período que vai de 1969 a 2001, de período


da pedagogia produtivista.

Essa corrente prega que a educação é um bem de produção, e


não um bem de consumo. Essa visão teve influências do
desenvolvimento econômico. As análises que fundamentaram a
pedagogia produtivista foram sistematizadas principalmente pela
“teoria do capital humano”, a qual se expressa pelo positivismo
na versão estrutural-funcionalista.

Essa concepção pedagógica já começou a se desenvolver no país


a partir das décadas de 1950 e 1960, influenciada pela pedagogia
tecnicista. Embora seja notória uma diminuição do tecnicismo a
partir do final dos anos 1980, a pedagogia produtivista
permaneceu com algumas variações, sendo que, na década de
1990, a organização do ensino teve por base predominantemente
o cognitivismo construtivista.

A pedagogia produtivista é caracterizada, externamente, pela


importância da educação no processo de produção econômica e,
internamente, pela tentativa de munir a escola do máximo de
produtividade, ou seja, a escola, dentro dessa concepção, deve
maximizar os investimentos nela feitos por meio da busca
constante do máximo de resultados com o mínimo de disperdício,
ou seja, tornando seus processos eficientes.

2003 É lançado o Brasil Alfabetizado, para substituir o Alfabetização


Solidária. Desde o Alfabetização Solidária, do Governo FHC, houve
um esforço contínuo para combater o analfabetismo, estendendo-
se no governo Lula. Todavia, embora esse esforço tenha trazido
resultados, diminuindo a taxa de analfabetismo das pessoas com
15 anos ou mais, a partir de 2012 a queda progressiva foi
descontínua e os motivos ainda estão sendo pesquisados.

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2005 Alunos de 4ª e 8ª séries, hoje 5º e 9º anos, passaram a ser


avaliados na Prova Brasil.

2007 Criado o Fundef – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da


Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
(Fundeb). Ainda em 2007, o MEC criou o Mais Educação, que
custeou o aumento da carga horária em milhares escolas.

2009 Em algumas faculdades os vestibulares passam a ser substituídos


pelo Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Ainda em 2009, a
Emenda Constitucional nº 59 definiu o aumento da obrigatoriedade
escolar para 4 a 17 anos até 2016.

2010 É aprovado o piso salarial nacional para os docentes, devendo um


terço da jornada ser dedicada a formação e planejamento

2017 A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para os


ensinos infantil e fundamental foi aprovada na sexta-feira (15/12)
em votação no Conselho Nacional de Educação (CNE).

Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

dos ensinos infantil e fundamental é aprovada

Debate sobre o ensino médio não foi concluído. Escolas públicas e


particulares devem adotar novas referências para seus currículos até
início do ano letivo de 2020.
(Fonte: g1.globo.com)

A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para os


ensinos infantil e fundamental foi aprovada na sexta-feira (15/12) em
votação no Conselho Nacional de Educação (CNE).

A BNCC dá diretrizes para orientar a elaboração dos currículos das


redes municipais, estaduais e federal de ensino, tanto nas escolas
públicas quanto particulares. O novo documento não trata do ensino
médio. A base curricular para o ensino médio ainda será avaliada
posteriormente pelo CNE.

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Destaques e próximos passos

• Ensino religioso ganha diretrizes sobre o que deve ser

ensinado do 1º ao 9º ano

• Alfabetização deve ser concluída até o segundo ano

• Orientações sobre identidade de gênero devem ser

discutidas por comissão do CNE

• Redes municipais, estaduais e federal precisam reelaborar

seus currículos segundo a BNCC

• Material didático terá que ser produzido segundo as novas

diretrizes

• Implementação deve estar completa até início do ano letivo

de 2020

Redes devem preparar currículos

Durante a reunião, o conselheiro Cesar Callegari, presidente da


comissão da BNCC, lembrou que a base "é um conjunto de referenciais
inédito na história do país" e que agora redes e escolas precisam
preparar os detalhes de como serão seus currículos.

"Base não é currículo, é um conjunto de referenciais sobre as quais


o processo crítico e criativo das escolas vai elaborar seu processo
curricular", afirmou ele.

"A Base não é um currículo mínimo. (...) A função da escola e da


rede não é copiar e colar a Base", complementou o conselheiro Chico
Soares, lembrando que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB)
continua em vigor e determina que é responsabilidade das escolas
elaborarem seus currículos.

O texto aprovado no CNE será agora homologado pelo ministro da


Educação, Mendonça Filho. De acordo com o Ministério da Educação
(MEC), "todas as escolas e redes de ensino deverão adaptar e rever os
seus currículos em 2018 para iniciar a implementação da base em 2019
e até 2020".

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Destaques da Base Curricular

O documento gerou discussão e gerou protestos principalmente


quanto ao ensino religioso e aos debates sobre gênero:

Ensino religioso

Segundo o artigo 23 da resolução, o ensino religioso dependerá de


uma comissão específica que decidirá se ele deve entrar como área de
conhecimento (com o mesmo status, por exemplo, de linguagens ou
matemática) ou como componente curricular dentro da área de
humanas.

Com a aprovação, os objetivos do ensino religioso serão os


seguintes:

• Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes


tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a partir
de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.

• Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas


e filosofias de vida, suas experiências e saberes, em diferentes
tempos, espaços e territórios.

• Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da


natureza, enquanto expressão de valor da vida.

• Conviver com a diversidade de identidades, crenças,


pensamentos, convicções, modos de ser e viver.

• Analisar as relações entre as tradições religiosas e os campos


da cultura, da política, da economia, da saúde, da ciência, da
tecnologia e do meio ambiente.

• Debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e


práticas de intolerância, discriminação e violência de cunho
religioso, de modo a assegurar os direitos humanos no
constante exercício da cidadania e da cultura de paz.

Identidade de gênero

De acordo com o documento, o CNE emitirá orientações específicas


sobre orientação sexual e identidade de gênero. Não foram fornecidos
mais detalhes sobre esse processo.

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O MEC não divulgou a versão final do texto, mas a pasta já


tinha tirado o termo "orientação sexual" da terceira versão da
BNCC apresentada em abril deste ano.

Alfabetização

Outra alteração ao sistema vigente é relativa à alfabetização: ela


deve ser garantida no primeiro e no segundo ano do ensino fundamental.
Até então, as escolas tinham até o terceiro ano para isso, quando as
crianças têm 8 anos de idade. A decisão de antecipar a alfabetização foi
criticada por especialistas.

O conselheiro e relator Chico Soares defendeu que a alfabetização é


um dos destaques da Base por deixar claro qual o direito do aluno. "Há
uma definição do que é estar alfabetizado", disse, lembrando que o texto
define que a BNCC define que estará alfabtizada a criança que conseguir
"ler e produzir textos adequados ao seu momento".

Competências gerais da Base

A seguir, veja as competências gerais previstas da Base:

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos


sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e
explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem


própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a
análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das iferentes áreas.

3. Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir


as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da
produção artístico cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual motora,


como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem
como conhecimentos das linguagens artística, matemática e
científica para se expressar e partilhar informações,

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experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e


produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e


comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se
comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e
autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e


apropriar se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho
e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis,


para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável
em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer se, apreciar se e cuidar de sua saúde física e


emocional, compreendendo se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e
capacidade para lidar com elas.

9. Exercer a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a


cooperação, fazendo se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de
qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões, com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.

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Outras questões para reflexão

É importante destacar que, além de todas as mudanças políticas que


interferiram na sala de aula, essas décadas incluíram uma grande
revolução tecnológica, marcada pelo desenvolvimento da internet, que
transformou as relações sociais e, claro, o ensino.

Apesar de algumas escolas de Ensino Fundamental não terem nem


mesmo computador, essa máquina está inserida na vida de professores e
alunos, dinamizando o acesso à informação. Mas será que o acesso à
informação e as inovações pedagógicas estão à disposição de todos?

Os últimos dois governos disseminaram laboratórios de informática,


laptops para alunos e tablets para docentes. Apesar disso, a realidade
ainda é plural. Existem escolas informatizadas, bilíngues e outras ainda
multisseriadas, com projetos pedagógicos bastante tradicionais.

Diante de tanta desigualdade, a reavaliação das políticas para a


educação deve ser repensada para garantir que, chegue o dia, em que
todos na prática tenham acesso à educação. Afinal, conforme vimos,
boas ideias vêm surgindo desde a chegada dos jesuítas, depois de muita
luta, algumas destas chegam a se concretizar como leis, porém, na
prática, levam-se anos para visualizarmos algum avanço em nosso
sistema de ensino, isso quando chegamos a ver alguma efetividade.

Saviani, no seu artigo “O pensamento pedagógico brasileiro: da


aspiração à ciência à ciência sob suspeição”, de 2007, lembra-nos dos
momentos de luta dos professores ao longo de anos, em especial na
década de 1980, solicitando mais espaço nas decisões da escola. Hoje,
como resultado do atendimento desse pleito, temos que nos desdobrar
dando aulas em mais de uma escola, para várias classes, participando
dos estudos de educação continuada e, ainda, temos que nos envolver
na elaboração do PPP, na mobilização da comunidade para participação
na escola, etc. Embora tenha sido aberto esse espaço, como que o
professor pode participar de todas essas ações, de forma efetiva, se seu
tempo de dedicação a sala de aula não foi revisto? É nesse sentido que
temos que pensar na nossa realidade atual. Leis e políticas públicas são
elaboradas, mas até que ponto podem ter efetividade se são construídas

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sem considerar todos os aspectos da realidade do nosso sistema


educacional deficiente? Fica aqui uma reflexão.

No que se refere ao nosso sistema de ensino atual (que prevê um


ensino laico, gratuito, uma escola inclusiva), você tem que levar para a
prova que tudo isso é resultado de anos de luta, do desenvolvimento do
pesamento pedagógico ao longo dos anos (tendências) e de inúmeros
pequenos fatos históricos, mas que contribuíram para estarmos onde
estamos hoje, em sentido positivo e negativo. Embora tenhamos tido
algum avanço, este acaba sendo muito pequeno perto do que poderia
ser, já que as mudanças ocorrem lentamente. A verdade é que há um
encadeamento um tanto lógico na nossa história. Anos de luta e, ao
mesmo tempo, anos de descaso, de postergação na aprovação de leis
por parte dos nossos governos e recorrentes fracassos das políticas
educacionais.

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Pessoal, as questões e seus comentários aprofundam e complementam


os conhecimentos vistos na aula. Além disso, aproveitaremos para revisar as-
suntos estudados em aulas anteriores. Por isso, resolva as questões e leia os
comentários.

IBADE 2016 – ANALISTA EDUCACIONAL – PSICÓLOGO – SEDUC – RO


==b9388==

1) Sobre a postura pedagógica da tendência progressista “críti-


co-social dos conteúdos” pode-se afirmar que:

a) é caracterizada por acentuar o ensino humanístico, de cultu-


ra geral, no qual o aluno é educado para atingir, exclusivamente
por seu esforço, sua plena realização como pessoa.

b) assume o saber como tendo um conteúdo relativamente obje-


tivo, mas, ao mesmo tempo, introduz a possibilidade de uma rea-
valiação crítica frente a esse conteúdo.

c) nessa tendência os conteúdos não têm qualquer relação com


o cotidiano dos alunos nem com a realidade social.

d) tem como função principal a preparação de recursos huma-


nos para a sociedade industrial e tecnológica.

e) os conteúdos ensinados são os conhecimentos e valores acu-


mulados pelas gerações adultas que são passados para os alunos
como verdades.

Resposta: B. Conforme vimos na aula, na escola progressista crítico-social dos


conteúdos predominam os conteúdos no seu confronto com as realidades
sociais, portanto, os conteúdos são relacionados com a realidade e os alunos
são estimulados a pensar criticamente. A letra “a” traz características das
tendências liberais tradicional e renovada; a opção “c” está mais condizente
com a pedagogia tradicional; na “d” temos características da tendência
tecnicista; e na “e” temos uma característica forte da tendência tradicional.

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FCC 2012 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA PEDAGÓGICA – TJ-


PE

2)

a) reconhecer que todo aluno tem a capacidade de aprender e


neste sentido o educador é o responsável final pelo processo de
aprendizagem dos alunos.

b) considerar que o aluno traz poucos conhecimentos para a es-


cola e neste sentido o educador deve planejar sua aula de manei-
ra detalhada.

c) possibilitar que o aluno entre em contato com diversas técni-


cas de produção de conhecimento, para que possam ser desen-
volvidas habilidades procedimentais.

d) considerar o aluno como centro do processo educativo, sendo


o educador o facilitador das aprendizagens a serem desenvolvi-
das pelos alunos.

e) proporcionar conhecimento profissionalizante a todos os alu-


nos para integrar a instituição educativa à sociedade.

Resposta: D. Os escolanovistas são os representantes das tendências liberais


renovada progressivista e não-diretiva. Conforme vimos, na pedagogia liberal
renovada, o aluno passa a ser o centro, o foco do processo de ensino,
enquanto o professor passa a ser um auxiliar ou facilitador. Portanto, a nosso

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resposta é a “D”. Aproveito para chamar a sua atenção para este detalhe:
alguns autores tratam as tendências “liberal renovado progressivista” e “liberal
renovada não-diretiva” de forma conjunta, falando apenas em tendência liberal
renovada, ou em pedagogia nova, ou pedagogia da escola nova.

FCC 2007 – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJ-PE

3) Pode-se afirmar que as tendências pedagógicas progressistas


compartilham o pressuposto de que os saberes e as práticas edu-
cativas devem

a) partir de uma análise crítica das realidades sociais.

b) desenvolver as aptidões dos indivíduos para o desempenho de


papéis sociais.

c) considerar a atividade do educando como base da relação edu-


cativa.

d) respeitar os saberes do educando em oposição à interferência


do adulto.

e) priorizar a transmissão dos conteúdos.

Resposta: A. As tendências progressistas (libertadora, libertária e crítico-social


dos conteúdos) concordam que os saberes e as práticas educativas devem
partir de uma análise das realidades sociais. De acordo com o quadro
apresentado na aula, vimos que essas correntes de pensamento têm como
foco a conscientização e a transformação, a participação crítica e o trabalho
com o conteúdo de forma indissociável da realidade, sendo que tudo isso deve
ser pensado a partir de uma análise das realidades sociais. A letra 'b”
caracteriza mais adequadamente a pedagogia tradicional; a “c” e a “d”, a
pedagogia progressivista; e a “e”, a tradicional.

FCC 2016 – ANALISTA AMBIENTAL - PEDAGOGO - SEGEP-MA

4) Há uma somatória de fatores que contribuem para a constru-


ção de um modelo de educação que traduza as necessidades de
um determinado povo.
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Para Paulo Freire, não se pode esperar resultados positivos de


um programa, seja educativo num sentido mais técnico ou de
ação política, se,

a) este é baseado em culturas superiores, mas também nas cultu-


ras inferiores de determinados povos primitivos que não permite
a unificação de um processo cultural de uma nação.

b) desrespeitarmos a visão particular de mundo que tenha ou es-


teja tendo o povo, pois isso se constitui numa espécie de “
invasão
cultural”
, ainda que feita com a melhor das intenções.

c) os conteúdos ensinados nas escolas indígenas não forem refe-


renciados na cultura ocidental.

d) as crenças, os rituais e demais saberes dos indígenas não esti-


verem compatibilizados com os conhecimentos escolares ensina-
dos nas redes do ensino público.

e) não valorizarmos o trabalho que busca criar um processo unifi-


cado de formação dos educadores do campo.

Resposta: A. Eu, particularmente, achei uma malde esta questão. Pois ao


falarmos em Paulo Freire, quase que imediatamente lembramos de respeito a
cultura do povo, de invasão cultural, etc. No entanto, a banca deve ter se
utilizado de uma crítica de Freire a programas de governo que se diziam
culturais e que, inclusive, diziam-se voltados para a conscientização (com base
nas culturas superiores e de povos primitivos), mas que, na verdade,
propagavam valores conservadores, mais próximos da educação bancária do
que de uma pedagogia crítica. Assim, a resposta da banca foi a “A”.

FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES - SEDU-ES

5) Quem não se lembra dos “ questionários”


, muitos usados no en-
sino de história e geografia, enfatizando a memorização repetiti-
va e automática? Professores conclamavam os alunos: “ Não dei-
xem de estudar o questionário que passei” . E quando o professor
não se adiantava em passar o questionário, os alunos o solicita-

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vam, pois consideravam como uma espécie de garantia de suces-


so.

Este processo de memorização

a) é uma forma eficiente do aluno aprender a aprender.

b) favorece o aluno adquirir disciplina em seu processo de estu-


do.

c) possibilita ampliar a compreensão dos conhecimentos transmi-


tidos pelo professor.

d) desconsidera a escola como espaço de produção de conheci-


mento.

e) desenvolve a capacidade do aluno pensar sobre o conhecimen-


to a ser apreendido.

Resposta: D. Esta questão é para relembrarmos um dos métodos estudados na


aula sobre métodos e técnicas de ensino e também para relacionarmos com a
tendência tradicional. Conforme vimos na aula, a pedagogia tradicional enfatiza
a memorização e, para isso, utiliza-se de exercícios repetitivos. A instrução
programada que aparece com a pedagogia tecnicista também é um método
que se utiliza de perguntas e respostas, sendo que a resposta certa é indicada
logo após a questão ser respondida, para que o aluno possa verificar se
acertou a resposta.

FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES - SEDU-ES

6) A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educan-


dos à memorização mecânica do conteúdo narrado (...) Em lugar
de comunicar-se, o educador faz “
comunicados e depósitos, que os
educandos recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí
a concepção “
bancária”de educação...

Para Paulo Freire, a concepção problematizadora da educação, ao


contrário desta visão, considera que

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a) é a competência técnica do educador e a dedicação e disciplina


por parte do educando que garantem a qualidade do ensino.

b) a aprendizagem do educando é efetiva quando se dá por meio


de um processo amoroso entre o educador e os educandos.

c) a ação educativa exige técnicas mnemônicas para que o edu-


cando possa demonstrar sua compreensão do conhecimento ensi-
nado.

d) ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os ho-


mens se educam entre si mediatizados pelo mundo.

e) nenhuma pessoa educa a si mesmo, é no ato de transferência


do conhecimento que se cria a possibilidade de aprendizagem do
educando.

Resposta: D. Paulo Freire falava que “ninguém educa ninguém, ninguém educa
a si mesmo, os homens se educam entre si mediatizados pelo mundo”. Por
isso, quando falamos em pedagogia libertadora, falamos que o professor atua
como um animador, trazendo temas geradores e promovendo discussões, já
que se enfatiza, nesta tendência, a autogestão.

IF-TO 2017 – PROFESSOR – ENGENHARIA QUÍMICA – IF-TO

7) De acordo com Libâneo (2013), vários autores concordam em


classificar as tendências pedagógicas em dois grupos: as de cu-
nho liberal - Pedagogia Tradicional, Pedagogia Renovada e Tecni-
cismo Educacional -; e as de cunho progressista – Pedagogia Li-
bertadora e Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos. Em referên-
cia às tendências pedagógicas no processo educacional, relacio-
ne:

1. Pedagogia Tradicional

2. Pedagogia Renovada

3. Pedagogia Libertadora

I. O professor incentiva, orienta, organiza as situações de apren-


dizagem, adequando-as às capacidades de características indivi-
duais dos alunos. O núcleo da atividade escolar não é o professor
nem a matéria, é o aluno ativo e investigador. (___)

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II. A atividade de ensinar é centrada no professor, que expõe e


interpreta a matéria. O aluno é um recebedor da matéria e sua ta-
refa é decorá-la. (___)

III. A atividade escolar é centrada na discussão de temas sociais


e políticos, de modo que o ensino é voltado para a realidade so-
cial. (___)

Marque a sequência correta.

a) 3, 1 e 2

b) 1, 2 e 3

c) 3, 1 e 3

d) 2, 3 e 1

e) 2, 1 e 3

Resposta: E. Antes de comentarmos os itens, cabe salientar que, de acordo


com Libâneo (2013) vários autores concordam em classificar as tendências
pedagógicas em dois grupos: as de cunho liberal - Pedagogia Tradicional,
Pedagogia Renovada e Tecnicismo Educacional -; e as de cunho progressista –
Pedagogia Libertadora e Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos. Observe que
ele não diferencia a pedagogia renovada progressista da não-diretiva, nem a
pedagogia progressista libertadora da libertária, mas isso não é problema.
Como o próprio autor afirma, muitos autores concordam com esta classificação
e, de fato, vimos que há muita coisa em comum entre as tendências
conjugadas. Dessa forma, estas tendências podem aparecer na sua prova,
como nesta questão, juntas, ou como as estudamos, separadas. Agora vamos
a questão. Conforme vimos, na pedagogia na renovada há grande preocupação
com o desenvolvimento da personalidade, com o autoconhecimento e com a
realização pessoal. Além disso, o professor atua como facilitador, enquanto o
aluno é ativo e investigador. Portanto, a pedagogia renovada está de acordo
com o apresentado no item “I”. Vimos que a pedagogia tradicional é centrada
no professor e o aluno exerce um papel passivo, portanto, para o item “II” está
de acordo com os preceitos da pedagogia tradicional. Já o item “III” está de

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acordo com a pedagogia libertadora, visto que, nessa escola, os conteúdos são
retirados da pratica social e cotidiana dos educandos e, além disso, relaciona a
educação à luta e organização de classe.

IF-TO 2017 – PEDAGOGO – IF-TO

8) Propiciar aos alunos o desenvolvimento de suas habilidades


intelectuais, por meio da transmissão e assimilação ativa dos
conteúdos articulados às noções sistematizadas e às qualidades
dos alunos que lhes possibilitem a autoatividade, a busca inde-
pendente e criativa das noções.

Esta é a perspectiva de qual tendência pedagógica?

a) Pedagogia Tradicional.

b) Pedagogia Renovadora

c) Pedagogia Crítico-Social.

d) Pedagogia Libertadora.

e) Todas as alternativas anteriores.

Resposta: C. Conforme vimos, na pedagogia crítico-social dos conteúdos, a


aprendizagem parte do que o aluno já sabe, segundo o princípio da
aprendizagem significativa. Além disso, a escola crítico-social dos conteúdos
utiliza o método dialético, que é entendido como o responsável pelo confronto
entre as experiências pessoais e o conteúdo transmitido na escola, a análise
crítica, relações teoria e prática, etc. Na relação entre professor e aluno, o
aluno entra com suas experiências e o professor com sua visão da realidade.

FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES – SEDU-ES

9) Todos têm o direito de aprender. Por isso, sua proposta con-


siste fundamentalmente no planejamento racional da atividade
pedagógica, com operacionalização dos objetivos, privilegiando
as funções de planejar, organizar, dirigir e controlar. O plano pe-
dagógico deve se submeter ao administrativo.

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As características apresentadas estão relacionadas à tendência


da educação

a) tecnicista.

b) construtivista.

c) crítica.

d) antiautoritária.

e) crítico-reprodutivista.

Resposta: A. Conforme vimos, a pedagogia tecnicista, forte no Brasil na


década de 1960, busca tonar o processo de ensino racional e eficiente. Por
isso, nessa corrente de pensamento, o professor deve agir como um
administrador. Portanto, a letra “a” é a resposta.

FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES – SEDU-ES

10) Para os liberais, a função social da escola é prover o ensino


de qualidade para todos os estudantes independentemente do ní-
vel socioeconômico.

Para os socialistas, a escola também deve ensinar com qualidade


todos os alunos, no entanto para se atingir este objetivo

a) o ensino deve ser organizado por conteúdos distintos para


cada classe social, visando atender ao mercado de trabalho.

b) as diferenças de níveis socioeconômicos entre os alunos não


os impedem de aprender igualmente.

c) é preciso que o professor elabore propostas pedagógicas dife-


renciadas, de acordo com a capacidade cognitiva de seus alunos.

d) o professor deve planejar um trabalho pedagógico que recupe-


re as deficiências culturais dos alunos pobres.

e) é necessária a eliminação dos desníveis socioeconômicos e a


distribuição do capital cultural e social.

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Resposta: E. Como bem colocado nesta questão, quando falamos das


tendências liberais, há de certa forma uma ideia ideias liberais, no sentido de
que se deve ofertar as “mesmas” condições e aos alunos cabe o esforço para
se desenvolverem e conquistar o seu espaço. As tendências liberais não
consideram as diferenças sociais e que isto pode interferir no processo de
ensino-aprendizagem. Já os socialistas, que na pedagogia são representados
pela pedagogia crítica ou pelas tendências progressistas, acreditam que a
escola deve sim ofertar as mesmas condições para todos os alunos, mas para
que os alunos possam efetivamente ter as mesmas condições de
desenvolvimento é necessário que haja também a eliminação dos desníveis
socioeconômicos e a distribuição do capital cultural e social.

FCC 2012 – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJ-PE

11) Para o educador Paulo Freire, a educação é

a) uma ação neutra, enquanto a alfabetização deve focar a leitura


crítica da realidade do aluno.

b) a forma como os grupos opressores organizaram a sociedade


visando a reprodução do status quo.

c) um ato político-partidário que possibilita a tomada de poder


das mãos dos opressores pelos grupos oprimidos.

d) um ato político que visa a formação da autonomia intelectual


do educando e a sua intervenção na realidade.

e) o momento em que os educandos podem, sem pressão do po-


der, discutir os problemas sociais que afligem o trabalhador.

Resposta: D. Para Paulo Freire, a educação é um ato político que visa a


formação da autonomia intelectual do educando e a sua intervenção na
realidade. Lembre-se que quando falamos de Paulo Freire temos que lembrar
da Pedagogia Libertadora que enfatiza a conscientização e a transformação.

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FUNECE 2017 – TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS - UECE

12) Os autores classificam as tendências pedagógicas em dois


grupos: as de cunho liberal e as de cunho progressista. Atente ao
que se diz a respeito das tendências pedagógicas e assinale com
V o que for verdadeiro e com F o que for falso.

( ) Na Pedagogia Libertadora, a atividade de ensinar é centrada


no professor, que expõe e interpreta a matéria.

( ) Os métodos de uma Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos


não partem de um saber artificial, depositado a partir de fora,
nem do saber espontâneo.

( ) Na Tendência Liberal Renovada Não-Diretiva, o professor é


apenas um elo de ligação entre a verdade científica e o aluno, ca-
bendo-lhe empregar o sistema instrucional previsto.

( ) Os conteúdos na Tendência Tradicional são separados da ex-


periência do aluno e das realidades sociais, valendo pelo valor in-
telectual.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

a) F, V, F, V.

b) F, V, V, F.

c) V, F, V, F.

d) V, F, F, V.

Resposta: A. Vamos ver cada uma. A primeira é falsa, porque na Pedagogia


Libertadora a atividade de ensinar é centrada na autogestão. A segunda é
verdadeira, porque na Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos parte da
realidade, das questões sociais, das experiências dos educandos. Veja, que ela
afirma que “não partem de um saber artificial”. A terceira é falsa, pois na
tendência renovada não-diretiva, o professor é um facilitador e o
relacionamento entre o professor e o aluno é marcado pela afetividade, não
sendo, portanto, o professor apenas um elo de ligação entre a verdade
científica e o aluno. A última está perfeita e, portanto, é verdadeira.

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FUNECE 2017 – TECNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS – UECE

13) As Tendências Pedagógicas se originaram no seio dos movi-


mentos sociais, em tempos e contextos históricos particulares e
buscaram atender às expectativas da sociedade, seja das classes
dominantes ou dos trabalhadores. Considerando os representan-
tes teóricos mais significativos em cada Tendência Pedagógica,
numere a Coluna II de acordo com a Coluna I a seguir:

Coluna I

1. Celestin Freinet

2. Carl Rogers

3. John Dewey

4. Paulo Freire.

Coluna II

( ) Tendência Liberal Renovada Não-Diretiva

( ) Tendência Progressista Libertadora

( ) Tendência Liberal Renovada Progressivista

( ) Tendência Progressista Libertária

A sequência correta, de cima para baixo, é:

a) 1, 3, 4, 2.

b) 3, 1, 2, 4.

c) 2, 4, 3, 1.

d) 4, 2, 1, 3.

c) 2, 4, 3, 1.

Resposta: C. Conforme vimos os representantes das tendências na tabela, a


ordem adequada é a descrita na letra “C”. 2 – Carl Rogers (Liberal Renovada
Não-Diretiva); 4 – Paulo Freire (Progressista Libertadora); 3 – John Dewey
(Liberal Renovada Progressivista); 1 – Celestian Freinet (Progressista
Libertária).

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EXATUS 2015 – PEDAGOGO – PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO - RJ

14) Leia o texto abaixo:

“A educação, nesse período, era “concebida como um subsistema


cujo funcionamento eficaz é essencial ao equilíbrio do sistema
social de que faz parte". A função da educação era formar indiví-
duos aptos a contribuírem para o aumento da produtividade da
sociedade. O professor e os alunos são relegados a posições se-
cundárias".

A Pedagogia abordada no texto é

a) Pedagogia Libertária.

b) Pedagogia Tecnicista

c) Pedagogia Social Crítica.

d) Pedagogia Renovada.

Resposta: B. Conforme vimos, a pedagogia tecnicista, forte no Brasil na


década de 1960, busca tonar o processo de ensino racional e eficiente. Além
disso, de acordo com a visão tecnicista, os alunos devem ser formados para
assumir um cargo profissional. Podemos dizer que os alunos e professores são
relegados a posições secundárias, porque o foco está no método, na eficiência
do processo. Por conta disso, alguns chegam a acreditar que o professor pode
ser substituído por uma máquina, de modo que alternativas tecnológicas são
buscadas; o tele-ensino passa a ser uma opção, bem como a instrução
programada.

CISCOPAR 2015 – PEDAGOGO – CISCOPAR

15) Sobre a organização da educação brasileira, é INCORRETO


afirmar:

a) Os docentes devem participar da elaboração da proposta peda-


gógica do estabelecimento de ensino.

b) A participação das comunidades escolar e local em conselhos


escolares ou equivalentes está assegurada na LDB/1996.

c) Os estabelecimentos de ensino devem prover meios para a re-


cuperação dos alunos de menor rendimento.

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d) O Ministério da Educação elabora e executa a proposta peda-


gógica de cada estado e de cada município.

e) Os estabelecimentos de ensino devem administrar seu pessoal


e seus recursos materiais e financeiros.

Resposta: D. Conforme vimos em aula passada, a proposta pedagógica deve


ser elaborada por cada escola. Essa autonomia da escola e a forma de
construção democrática foi conquistada ao longo dos anos. Embora tenhamos
algumas diretrizes nacionais e, agora , uma base nacional comum, a cada
sistema de ensino cabe complementar essas orientações da União e, a cada
escola cabe a construção da sua proposta proposta pedagógica.

CESPE 2017 – PROFESSOR – SE-DF

16) Com relação à influência do contexto sociocultural nas ten-


dências pedagógicas, julgue o item a seguir.

Na formação continuada dos professores, a coordenação pedagó-


gica deve considerar as diferentes tendências pedagógicas, a fim
de tornar a ação educativa cada vez mais consciente sobre que
sociedade se deseja construir.

Resposta: Certo. Conforme vimos no início da nossa aula, por meio do


conhecimento dessas tendências pedagógicas e dos seus pressupostos de
aprendizagem, o professor passa a ter condições de avaliar os fundamentos
teóricos que utiliza em sua prática diária, bem como capaz de tornar a ação
educativa cada vez mais consciente sobre que sociedade se deseja construir.

CESPE 2017 – PROFESSOR – SE-DF

17) Com relação à influência do contexto sociocultural nas ten-


dências pedagógicas, julgue o item a seguir.

No Brasil, há autores que consideram que as principais tendên-


cias pedagógicas pertencem a duas categorias: as liberais, em
uma perspectiva mais democrática de educação, e as progressis-
tas, fundamentadas em uma análise crítica da sociedade. A ado-
ção tanto de uma quanto de outra categoria nos sistemas de en-

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sino brasileiros resultou na superação do modelo que reproduz a


divisão social do trabalho.

Resposta: Errado. Conforme nos ensina Libâneo, as tendências pedagógicas


liberais (tradicional, renovada e tecnicista), por se declararem neutras, nunca
se comprometeram com as transformações da sociedade, embora, na prática,
buscassem legitimar a ordem econômica e social do sistema capitalista.

CESPE 2017 – CARGO 2 – SE-DF

18) Julgue o próximo item, relativo a didática, formação de pro-


fessores e tendências pedagógicas na educação.

Nas tendências pedagógicas liberais, como a renovada não direti-


va, a escolanovista e a tecnicista, predomina a abordagem volta-
da à liberdade e aos interesses individuais na sociedade.

Resposta: Certo. Realmente, estas são características comuns a essas


tendências. Agora, cabe destacar que a doutrina liberal existe a defesa da
liberdade e dos interesses individuais na sociedade (cada um deve crescer por
seu mérito, não há consideração sobre as diferenças de oportunidade), porém,
permanece a sociedade de classes.

CESPE 2017 – CARGO 2 – SE-DF

19) Julgue o próximo item, relativo a didática, formação de pro-


fessores e tendências pedagógicas na educação.

Na formação de professor, a didática subsidia a compreensão a


respeito dos seguintes aspectos do fazer pedagógico: o quê,
como e para quê.

Resposta: Certo. Esta é só para relembrar! De acordo com o que estudamos na


aula 02. ;)

CESPE 2017 – CARGO 2 – SE-DF

20) Julgue o próximo item, relativo a didática, formação de pro-


fessores e tendências pedagógicas na educação.

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Ainda que o professor não adote nenhuma das tendências peda-


gógicas, seu fazer pedagógico é norteado por uma opção episte-
mológica em relação ao sujeito de aprendizagem.

Resposta: Certo. O que poderia confundir é a palavra “epistemologia”, mas,


perceba, epistemologia vem do grego, sendo que “episteme” significa
conhecimento e “logia”, estudo. Portanto, questão perfeita.

FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP

21) Só aprende verdadeiramente aquele que se apropria do


aprendido, transformando-o em apreendido, com o que pode, por
isso mesmo, reinventá-lo; aquele que é capaz de aplicar o apren-
dido-apreendido a situações existentes concretas.

A Tendência Pedagógica expressa nas ideias acima representa a


pedagogia

a) tecnicista.

b) tradicional.

c) libertadora.

d) histórico-crítica.

e) realista.

Resposta: C. Conforme vimos, essa escola relaciona a educação à luta e


organização de classe do oprimido. Paulo Freire insiste que o conhecimento
não é suficiente se, ao lado e junto deste, não é elaborada uma nova teoria do
conhecimento e se os oprimidos não podem adquirir uma nova estrutura do
conhecimento que lhes possibilite reelaborar e reordenar seus próprios
conhecimentos e apropriar-se de outros. Dessa forma, o papel da educação é
conscientizar para transformar a realidade, sendo os conteúdos, retirados da
pratica social e cotidiana dos educandos, vistos como uma invasão cultural.

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FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP

22) Desde o início da década de 1990, algumas perspectivas de


políticas sociais orientadas para as exigências do estágio atual do
capitalismo para a América Latina têm sido delineadas por orga-
nismos internacionais. Na definição das políticas educativas na
América Latina assume papel decisivo o Banco Mundial e sua po-
sição de defesa explícita da vinculação entre educação e produti-
vidade, numa visão claramente economicista.

A influência do Banco Mundial gerou políticas educativas, na


América Latina, que priorizaram:

a) melhoria da eficiência interna, qualidade, equidade, descentra-


lização e privatização.

b) melhoria da qualidade do ensino, avaliação de competências e


desenvolvimento da cidadania.

c) universalização da educação básica e centralização de projetos


pedagógicos.

d) desenvolvimento integral do educando, formação de professo-


res e qualidade social.

e) integração dos sistemas educacionais e financiamento especí-


fico para a educação dos excluídos.

Resposta: A. Conforme vimos, as políticas educacionais implantadas na década


de 1990 tinham uma influência neoliberal. Muitos investimentos foram
patrocinados por organismos internacionais como Banco Mundial. Conforme
vimos, muitas políticas dessa época visavam medir, para demonstrar a
qualidade, a eficiência do ensino, também buscaram a descentralização e a
privatização. Isso não ocorreu por acaso. Ocorre que isso fazia parte da
exigência desses organismos para que houvesse a destinação de recursos.

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FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP

23) Em relação à Educação Pública no Brasil, é correto afirmar


que

I. o Manifesto dos Pioneiros da Educação, em 1932, teve grande


importância na defesa pela educação obrigatória, pública, gratui-
ta e laica como um dever do Estado.

II. a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei


no 4.024/61) atendeu também as escolas privadas, apesar das
pressões para que o Estado destinasse recursos apenas para a
educação pública.

III. o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL (1970) é


considerado o movimento mais competente em termos de quali-
dade para a alfabetização de jovens e adultos.

IV. historicamente a prática de pôr a Administração Pública a ser-


viço de grupos particulares, sejam econômicos, religiosos ou polí-
tico-partidários, garantiu um maior investimento financeiro na
educação pública de qualidade.

É correto o que consta APENAS em

a) II, III e IV.

b) III e IV.

c) I, II e III.

d) I, III e IV.

e) I e II.

Resposta: E. Os itens “I” e “II” estão corretos. O item “III” está errado,
porque, conforme vimos, embora os militares defendessem que com o
Movimento Brasileiro de Alfabetização, lançado em 1967, o analfabetismo
poderia ser erradicado, o MOBRAL não atingiu os resultados prometidos. O
item “IV” está incorreto, pois, justamente pelo fato de nossa Administração
Pública ter, em muitos momentos, colocado-se a serviço de grupos
particulares, ao invés de trabalhar com foco no bem-comum, é que deixaram
de ser feitos investimentos consideráveis em educação.

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FCC 2005 – PEDAGOGO – UFT

24) Esta situação marcou a educação no Brasil nos últimos 50


anos, mostrando-se ora conservadora, ora renovada. Enfatiza: o
preparo do indivíduo para o desempenho de papéis sociais, de
acordo com as aptidões individuais; os indivíduos precisam
aprender a adaptar-se aos valores e às normas vigentes da socie-
dade de classes e, embora propague a idéia de igualdade de
oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições.

Estas ideias traduzem uma concepção de educação

a) libertária.

b) liberal.

c) tecnicista.

d) moderna.

e) crítica.

Resposta: B. As ideias apresentadas no enunciado traduzem a concepção de


liberal. Veja que a questão traz a pedagogia tecnicista na letra “c”, que é uma
das ramificações da tendência liberal. Porém as ideias apresentadas no
enunciado trazem ideias da corrente liberal de forma ampla, por isso o
candidato teria que escolher o item “mais completo”, “mais adequado” (como
sempre), que, no caso, é a opção “b”.

FCC 2007 – PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL – SME-SP

25) Ainda da perspectiva crítica de educação, a concepção de pa-


péis de aluno e professor bem definidos − o professor como
aquele que ensina e o aluno como aquele que aprende − é consi-
derada

a) inovadora.

b) tradicional.

c) atual.

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d) criativa.

e) inclusiva.

Resposta: B. Esta questão é bastante simples. Todavia você pode ter tido um
pouco de dificuldades para interpretá-la. Observe que o item não está
perguntando como é a relação professor-aluno na perspectiva crítica. O item
questiona como a perspectiva crítica vê (como ela chama) a relação professor-
aluno, na qual os papéis são bem definidos, sendo o professor quem ensina e o
aluno quem aprende. Ora, rspectiva crítica chama essa concepção de
tradicional. Por isso, a resposta é a letra “b”. Atenção na sua prova, ok?! ;)

Seguem as questões vistas nesta aula, sem os comentários.

Hora de praticar!

IBADE 2016 – ANALISTA EDUCACIONAL – PSICÓLOGO – SEDUC – RO

1) Sobre a postura pedagógica da tendência progressista “críti-


co-social dos conteúdos” pode-se afirmar que:

a) é caracterizada por acentuar o ensino humanístico, de cultu-


ra geral, no qual o aluno é educado para atingir, exclusivamente
por seu esforço, sua plena realização como pessoa.

b) assume o saber como tendo um conteúdo relativamente obje-


tivo, mas, ao mesmo tempo, introduz a possibilidade de uma rea-
valiação crítica frente a esse conteúdo.

c) nessa tendência os conteúdos não têm qualquer relação com


o cotidiano dos alunos nem com a realidade social.

d) tem como função principal a preparação de recursos huma-


nos para a sociedade industrial e tecnológica.

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e) os conteúdos ensinados são os conhecimentos e valores acu-


mulados pelas gerações adultas que são passados para os alunos
como verdades.

FCC 2012 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA PEDAGÓGICA – TJ-


PE

2)

a) reconhecer que todo aluno tem a capacidade de aprender e


neste sentido o educador é o responsável final pelo processo de
aprendizagem dos alunos.

b) considerar que o aluno traz poucos conhecimentos para a es-


cola e neste sentido o educador deve planejar sua aula de manei-
ra detalhada.

c) possibilitar que o aluno entre em contato com diversas técni-


cas de produção de conhecimento, para que possam ser desen-
volvidas habilidades procedimentais.

d) considerar o aluno como centro do processo educativo, sendo


o educador o facilitador das aprendizagens a serem desenvolvi-
das pelos alunos.

e) proporcionar conhecimento profissionalizante a todos os alu-


nos para integrar a instituição educativa à sociedade.

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FCC 2007 – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJ-PE

3) Pode-se afirmar que as tendências pedagógicas progressistas


compartilham o pressuposto de que os saberes e as práticas edu-
cativas devem

a) partir de uma análise crítica das realidades sociais.

b) desenvolver as aptidões dos indivíduos para o desempenho de


papéis sociais.

c) considerar a atividade do educando como base da relação edu-


cativa.

d) respeitar os saberes do educando em oposição à interferência


do adulto.

e) priorizar a transmissão dos conteúdos.

FCC 2016 – ANALISTA AMBIENTAL - PEDAGOGO - SEGEP-MA

4) Há uma somatória de fatores que contribuem para a constru-


ção de um modelo de educação que traduza as necessidades de
um determinado povo.

Para Paulo Freire, não se pode esperar resultados positivos de


um programa, seja educativo num sentido mais técnico ou de
ação política, se,

a) este é baseado em culturas superiores, mas também nas cultu-


ras inferiores de determinados povos primitivos que não permite
a unificação de um processo cultural de uma nação.

b) desrespeitarmos a visão particular de mundo que tenha ou es-


teja tendo o povo, pois isso se constitui numa espécie de “
invasão
cultural”
, ainda que feita com a melhor das intenções.

c) os conteúdos ensinados nas escolas indígenas não forem refe-


renciados na cultura ocidental.

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d) as crenças, os rituais e demais saberes dos indígenas não esti-


verem compatibilizados com os conhecimentos escolares ensina-
dos nas redes do ensino público.

e) não valorizarmos o trabalho que busca criar um processo unifi-


cado de formação dos educadores do campo.

. FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES - SEDU-ES

5) Quem não se lembra dos “ questionários”


, muitos usados no en-
sino de história e geografia, enfatizando a memorização repetiti-
va e automática? Professores conclamavam os alunos: “ Não dei-
xem de estudar o questionário que passei” . E quando o professor
não se adiantava em passar o questionário, os alunos o solicita-
vam, pois consideravam como uma espécie de garantia de suces-
so.

Este processo de memorização

a) é uma forma eficiente do aluno aprender a aprender.

b) favorece o aluno adquirir disciplina em seu processo de estu-


do.

c) possibilita ampliar a compreensão dos conhecimentos transmi-


tidos pelo professor.

d) desconsidera a escola como espaço de produção de conheci-


mento.

e) desenvolve a capacidade do aluno pensar sobre o conhecimen-


to a ser apreendido.

FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES - SEDU-ES

6) A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educan-


dos à memorização mecânica do conteúdo narrado (...) Em lugar
de comunicar-se, o educador faz “
comunicados e depósitos, que os

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educandos recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí


a concepção “
bancária”
de educação...

Para Paulo Freire, a concepção problematizadora da educação, ao


contrário desta visão, considera que

a) é a competência técnica do educador e a dedicação e disciplina


por parte do educando que garantem a qualidade do ensino.

b) a aprendizagem do educando é efetiva quando se dá por meio


de um processo amoroso entre o educador e os educandos.

c) a ação educativa exige técnicas mnemônicas para que o edu-


cando possa demonstrar sua compreensão do conhecimento ensi-
nado.

d) ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os ho-


mens se educam entre si mediatizados pelo mundo.

e) nenhuma pessoa educa a si mesmo, é no ato de transferência


do conhecimento que se cria a possibilidade de aprendizagem do
educando.

IF-TO 2017 – PROFESSOR – ENGENHARIA QUÍMICA – IF-TO

7) De acordo com Libâneo (2013), vários autores concordam em


classificar as tendências pedagógicas em dois grupos: as de cu-
nho liberal - Pedagogia Tradicional, Pedagogia Renovada e Tecni-
cismo Educacional -; e as de cunho progressista – Pedagogia Li-
bertadora e Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos. Em referên-
cia às tendências pedagógicas no processo educacional, relacio-
ne:

1. Pedagogia Tradicional

2. Pedagogia Renovada

3. Pedagogia Libertadora

I. O professor incentiva, orienta, organiza as situações de apren-


dizagem, adequando-as às capacidades de características indivi-
duais dos alunos. O núcleo da atividade escolar não é o professor
nem a matéria, é o aluno ativo e investigador. (___)

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II. A atividade de ensinar é centrada no professor, que expõe e


interpreta a matéria. O aluno é um recebedor da matéria e sua ta-
refa é decorá-la. (___)

III. A atividade escolar é centrada na discussão de temas sociais


e políticos, de modo que o ensino é voltado para a realidade so-
cial. (___)

Marque a sequência correta.

a) 3, 1 e 2

b) 1, 2 e 3

c) 3, 1 e 3

d) 2, 3 e 1

e) 2, 1 e 3

IF-TO 2017 – PEDAGOGO – IF-TO

8) Propiciar aos alunos o desenvolvimento de suas habilidades


intelectuais, por meio da transmissão e assimilação ativa dos
conteúdos articulados às noções sistematizadas e às qualidades
dos alunos que lhes possibilitem a autoatividade, a busca inde-
pendente e criativa das noções.

Esta é a perspectiva de qual tendência pedagógica?

a) Pedagogia Tradicional.

b) Pedagogia Renovadora

c) Pedagogia Crítico-Social.

d) Pedagogia Libertadora.

e) Todas as alternativas anteriores.

FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES – SEDU-ES

9) Todos têm o direito de aprender. Por isso, sua proposta con-


siste fundamentalmente no planejamento racional da atividade
pedagógica, com operacionalização dos objetivos, privilegiando

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as funções de planejar, organizar, dirigir e controlar. O plano pe-


dagógico deve se submeter ao administrativo.

As características apresentadas estão relacionadas à tendência


da educação

a) tecnicista.

b) construtivista.

c) crítica.

d) antiautoritária.

e) crítico-reprodutivista.

FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES – SEDU-ES

10) Para os liberais, a função social da escola é prover o ensino


de qualidade para todos os estudantes independentemente do ní-
vel socioeconômico.

Para os socialistas, a escola também deve ensinar com qualidade


todos os alunos, no entanto para se atingir este objetivo

a) o ensino deve ser organizado por conteúdos distintos para


cada classe social, visando atender ao mercado de trabalho.

b) as diferenças de níveis socioeconômicos entre os alunos não


os impedem de aprender igualmente.

c) é preciso que o professor elabore propostas pedagógicas dife-


renciadas, de acordo com a capacidade cognitiva de seus alunos.

d) o professor deve planejar um trabalho pedagógico que recupe-


re as deficiências culturais dos alunos pobres.

e) é necessária a eliminação dos desníveis socioeconômicos e a


distribuição do capital cultural e social.

FCC 2012 – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJ-PE

11) Para o educador Paulo Freire, a educação é


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a) uma ação neutra, enquanto a alfabetização deve focar a leitura


crítica da realidade do aluno.

b) a forma como os grupos opressores organizaram a sociedade


visando a reprodução do status quo.

c) um ato político-partidário que possibilita a tomada de poder


das mãos dos opressores pelos grupos oprimidos.

d) um ato político que visa a formação da autonomia intelectual


do educando e a sua intervenção na realidade.

e) o momento em que os educandos podem, sem pressão do po-


der, discutir os problemas sociais que afligem o trabalhador.

FUNECE 2017 – TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS - UECE

12) Os autores classificam as tendências pedagógicas em dois


grupos: as de cunho liberal e as de cunho progressista. Atente ao
que se diz a respeito das tendências pedagógicas e assinale com
V o que for verdadeiro e com F o que for falso.

( ) Na Pedagogia Libertadora, a atividade de ensinar é centrada


no professor, que expõe e interpreta a matéria.

( ) Os métodos de uma Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos


não partem de um saber artificial, depositado a partir de fora,
nem do saber espontâneo.

( ) Na Tendência Liberal Renovada Não-Diretiva, o professor é


apenas um elo de ligação entre a verdade científica e o aluno, ca-
bendo-lhe empregar o sistema instrucional previsto.

( ) Os conteúdos na Tendência Tradicional são separados da ex-


periência do aluno e das realidades sociais, valendo pelo valor in-
telectual.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

a) F, V, F, V.

b) F, V, V, F.

c) V, F, V, F.

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d) V, F, F, V.

FUNECE 2017 – TECNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS – UECE

13) As Tendências Pedagógicas se originaram no seio dos movi-


mentos sociais, em tempos e contextos históricos particulares e
buscaram atender às expectativas da sociedade, seja das classes
dominantes ou dos trabalhadores. Considerando os representan-
tes teóricos mais significativos em cada Tendência Pedagógica,
numere a Coluna II de acordo com a Coluna I a seguir:

Coluna I

1. Celestin Freinet

2. Carl Rogers

3. John Dewey

4. Paulo Freire.

Coluna II

( ) Tendência Liberal Renovada Não-Diretiva

( ) Tendência Progressista Libertadora

( ) Tendência Liberal Renovada Progressivista

( ) Tendência Progressista Libertária

A sequência correta, de cima para baixo, é:

a) 1, 3, 4, 2.

b) 3, 1, 2, 4.

c) 2, 4, 3, 1.

d) 4, 2, 1, 3.

c) 2, 4, 3, 1.

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EXATUS 2015 – PEDAGOGO – PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO - RJ

14) Leia o texto abaixo:

“A educação, nesse período, era “concebida como um subsistema


cujo funcionamento eficaz é essencial ao equilíbrio do sistema
social de que faz parte". A função da educação era formar indiví-
duos aptos a contribuírem para o aumento da produtividade da
sociedade. O professor e os alunos são relegados a posições se-
cundárias".

A Pedagogia abordada no texto é

a) Pedagogia Libertária.

b) Pedagogia Tecnicista

c) Pedagogia Social Crítica.

d) Pedagogia Renovada.

CISCOPAR 2015 – PEDAGOGO – CISCOPAR

15) Sobre a organização da educação brasileira, é INCORRETO


afirmar:

a) Os docentes devem participar da elaboração da proposta peda-


gógica do estabelecimento de ensino.

b) A participação das comunidades escolar e local em conselhos


escolares ou equivalentes está assegurada na LDB/1996.

c) Os estabelecimentos de ensino devem prover meios para a re-


cuperação dos alunos de menor rendimento.

d) O Ministério da Educação elabora e executa a proposta peda-


gógica de cada estado e de cada município.

e) Os estabelecimentos de ensino devem administrar seu pessoal


e seus recursos materiais e financeiros.

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CESPE 2017 – PROFESSOR – SE-DF

16) Com relação à influência do contexto sociocultural nas ten-


dências pedagógicas, julgue o item a seguir.

Na formação continuada dos professores, a coordenação pedagó-


gica deve considerar as diferentes tendências pedagógicas, a fim
de tornar a ação educativa cada vez mais consciente sobre que
sociedade se deseja construir.

CESPE 2017 – PROFESSOR – SE-DF

17) Com relação à influência do contexto sociocultural nas ten-


dências pedagógicas, julgue o item a seguir.

No Brasil, há autores que consideram que as principais tendên-


cias pedagógicas pertencem a duas categorias: as liberais, em
uma perspectiva mais democrática de educação, e as progressis-
tas, fundamentadas em uma análise crítica da sociedade. A ado-
ção tanto de uma quanto de outra categoria nos sistemas de en-
sino brasileiros resultou na superação do modelo que reproduz a
divisão social do trabalho.

CESPE 2017 – CARGO 2 – SE-DF

18) Julgue o próximo item, relativo a didática, formação de pro-


fessores e tendências pedagógicas na educação.

Nas tendências pedagógicas liberais, como a renovada não direti-


va, a escolanovista e a tecnicista, predomina a abordagem volta-
da à liberdade e aos interesses individuais na sociedade.

CESPE 2017 – CARGO 2 – SE-DF

19) Julgue o próximo item, relativo a didática, formação de pro-


fessores e tendências pedagógicas na educação.

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Na formação de professor, a didática subsidia a compreensão a


respeito dos seguintes aspectos do fazer pedagógico: o quê,
como e para quê.

CESPE 2017 – CARGO 2 – SE-DF

20) Julgue o próximo item, relativo a didática, formação de pro-


fessores e tendências pedagógicas na educação.

Ainda que o professor não adote nenhuma das tendências peda-


gógicas, seu fazer pedagógico é norteado por uma opção episte-
mológica em relação ao sujeito de aprendizagem.

FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP

21) Só aprende verdadeiramente aquele que se apropria do


aprendido, transformando-o em apreendido, com o que pode, por
isso mesmo, reinventá-lo; aquele que é capaz de aplicar o apren-
dido-apreendido a situações existentes concretas.

A Tendência Pedagógica expressa nas ideias acima representa a


pedagogia

a) tecnicista.

b) tradicional.

c) libertadora.

d) histórico-crítica.

e) realista.

FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP

22) Desde o início da década de 1990, algumas perspectivas de


políticas sociais orientadas para as exigências do estágio atual do
capitalismo para a América Latina têm sido delineadas por orga-
nismos internacionais. Na definição das políticas educativas na

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América Latina assume papel decisivo o Banco Mundial e sua po-


sição de defesa explícita da vinculação entre educação e produti-
vidade, numa visão claramente economicista.

A influência do Banco Mundial gerou políticas educativas, na


América Latina, que priorizaram:

a) melhoria da eficiência interna, qualidade, equidade, descentra-


lização e privatização.

b) melhoria da qualidade do ensino, avaliação de competências e


desenvolvimento da cidadania.

c) universalização da educação básica e centralização de projetos


pedagógicos.

d) desenvolvimento integral do educando, formação de professo-


res e qualidade social.

e) integração dos sistemas educacionais e financiamento especí-


fico para a educação dos excluídos.

FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP

23) Em relação à Educação Pública no Brasil, é correto afirmar


que

I. o Manifesto dos Pioneiros da Educação, em 1932, teve grande


importância na defesa pela educação obrigatória, pública, gratui-
ta e laica como um dever do Estado.

II. a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei


no 4.024/61) atendeu também as escolas privadas, apesar das
pressões para que o Estado destinasse recursos apenas para a
educação pública.

III. o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL (1970) é


considerado o movimento mais competente em termos de quali-
dade para a alfabetização de jovens e adultos.

IV. historicamente a prática de pôr a Administração Pública a ser-


viço de grupos particulares, sejam econômicos, religiosos ou polí-

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tico-partidários, garantiu um maior investimento financeiro na


educação pública de qualidade.

É correto o que consta APENAS em

a) II, III e IV.

b) III e IV.

c) I, II e III.

d) I, III e IV.

e) I e II.

FCC 2005 – PEDAGOGO – UFT

24) Esta situação marcou a educação no Brasil nos últimos 50


anos, mostrando-se ora conservadora, ora renovada. Enfatiza: o
preparo do indivíduo para o desempenho de papéis sociais, de
acordo com as aptidões individuais; os indivíduos precisam
aprender a adaptar-se aos valores e às normas vigentes da socie-
dade de classes e, embora propague a idéia de igualdade de
oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições.

Estas ideias traduzem uma concepção de educação

a) libertária.

b) liberal.

c) tecnicista.

d) moderna.

e) crítica.

FCC 2007 – PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL – SME-SP

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péis de aluno e professor bem definidos − o professor como
aquele que ensina e o aluno como aquele que aprende − é consi-
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a) inovadora.

b) tradicional.

c) atual.

d) criativa.

e) inclusiva.

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1 B 11 D 21 C

2 D 12 A 22 A

3 A 13 C 23 E

4 A 14 B 24 B

5 D 15 D 25 B

6 D 16 Certo

7 E 17 Errado

8 C 18 Certo

9 A 19 Certo

10 E 20 Certo

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Principais fontes:

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2013.

GHIRALDELLI, Paulo. História da educação brasileira. 5ª ed. São Paulo: Cortez,


2015.

SILVA, Delcio Barros da. As principais tendências pedagógicas na prática


escolar brasileira e seus pressupostos de aprendizagem. Disponível em:
http://coral.ufsm.br/lec/01_00/DelcioL&C3.htm

https://g1.globo.com/educacao/noticia/base-nacional-comum-curricular-bncc-e-
aprovada-em-conselho.ghtml

Aguardo-lhe na próxima aula.


Bons estudos!

Em caso de dúvidas:

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